segunda-feira, 28 de janeiro de 2013

Funcionários do BB desrespeitados e coagidos

Direção impõe plano de cargos e salários e pressiona bancários a aceitarem novas regras de jornada

São Paulo - A direção do Banco do Brasil mais uma vez desrespeitou seus funcionários ao decidir, de forma unilateral, o novo plano de cargos e salários. O descaso se deu na apresentação do plano, implementado na segunda-feira 28, em reunião com o Sindicato.

No novo plano imposto pelo BB, cerca de 22 mil funcionários poderão optar por manter os cargos de oito horas ou reduzir suas jornadas para seis horas. No entanto, além de ter elaborado unilateralmente todo o planejamento, a instituição também está reduzindo salários dos funcionários que optarem pela redução de jornada.

“O Sindicato critica a redução salarial e a implantação unilateral sem negociação. O banco fez mudanças que trarão prejuízos salariais aos funcionários que optarão pelas seis horas, dependendo do seu tempo de banco e da função exercida”, afirma o dirigente sindical Claudio Luis de Souza.

Plenárias – O Sindicato vai realizar plenárias nesta quinta-feira 31, às 19 h, na Quadra do Sindicato (RuaTabatinguera, 192, Sé), para discussão do plano de cargos e salários.

O banco fez a alteração também para os cargos de oito horas, mudando nome de funções e atribuições, dando um prazo de seis dias para o funcionário aceitar a nova função de oito horas, por meio da assinatura de um documento. Quem não aceitar essa função será descomissionado.

Claudio Luis ressalta que a direção do BB está coagindo seus funcionários. “De imediato, nossa maior preocupação é com os cargos que serão mantidos nas oito horas, em que a pessoa terá de assinar um termo para se decidir.”

Os funcionários cujos cargos de oito horas virarão de seis horas não terão prazo para adesão.

O Sindicato está acionando o departamento jurídico para prestar orientações aos trabalhadores e é essencial aguardar a posição da entidade antes da tomada de qualquer decisão. “É importante que os funcionários procurem o Sindicato enviando o maior número de informações para que a gente possa ir analisando durante esses dias e que possamos compartilhar na plenária”, salienta o dirigente.

O compromisso do banco de implementar um plano de cargo de seis horas é fruto da Campanha Nacional Unificada e de ações judiciais. Nessa negociação, o BB se propôs a implantar a Comissão de Conciliação Voluntária (CCV) na qual se comprometeu a pagar uma indenização pelos últimos cinco anos aos funcionários que optarem pela jornada de seis horas.

fonte :  http://www.spbancarios.com.br/Noticias.aspx?id=3649

CUT se reúne com MTE e reforça preocupação com projeto de terceirização

 
Crédito: CUT
CUT O Grupo de Trabalho (GT) de Terceirização da CUT, coordenado pela secretaria de Relações de Trabalho da Central, esteve reunido na última quarta-feira (23), na sede nacional da CUT, e apresentou ao secretário de Relações de Trabalho do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Manoel Messias, as preocupações da CUT em relação à tramitação do PL 4330 no Congresso Nacional, buscando apoio junto ao governo federal para uma regulamentação da terceirização que garanta o fim da precarização e a igualdade de direitos e de tratamento no trabalho.

Estiveram presentes na reunião representantes da Confetam (Confederação dos Trabalhadores no Serviço Público Municipal), CNQ (Confederação Nacional do Ramo Químico), FITTEL (Federação Interestadual dos Trabalhadores em Telecomunicações), FNU (Federação Nacional dos Urbanitários), FUP (Federação Única dos Petroleiros) e Bancários de São Paulo.

O projeto de autoria do deputado e empresário Sandro Mabel já sofreu alterações, mas ainda mantém seu caráter de regulamentar a terceirização pela via da precarização. A última versão do PL (substitutivo do dep. Roberto Santiago), em análise pelo atual relator - deputado Artur Maia -, não prevê restrições de atividades que podem ser terceirizadas, tampouco coloca a responsabilidade solidária das empresas contratantes como marco para a contratação de prestadoras de serviços.

Em audiência pública realizada em dezembro na Comissão de Constituição e Justiça da Câmara, onde o projeto tramita de forma conclusiva, o atual relator deputado Artur Maia não deu indicações de que pretende alterar substancialmente o projeto. Manoel Messias relatou que este é um tema de grande relevância para o Ministério do Trabalho e está na pauta do atual ministro.

"Porém, é necessário que o movimento sindical identifique propostas de consenso na questão para uma defesa ampla de proposta de regulamentação", defendeu Messias.

Mobilização

A CUT vai mobilizar suas bases para pressionar o Congresso Nacional com o intuito de barrar o PL 4330, conforme informou a secretária de Relações do Trabalho, Graça Costa, em entrevista ao Portal do Mundo do Trabalho. "O projeto representa uma verdadeira reforma trabalhista e não admitiremos qualquer retrocesso em relação aos direitos já conquistados pela classe trabalhadora."

Quais os pontos que foram discutidos nesta reunião?

Graça Costa - A CUT colocou para o Secretário as suas preocupações com o andamento do PL 4330 e reforçou os impactos negativos que a regulamentação da terceirização da forma como está colocada causam a um projeto de desenvolvimento social e com distribuição de renda para o país.

Uma das lutas da CUT é pela extinção do PL 4330. Diante deste embate, qual o plano de ação da Central para o próximo período?

Graça Costa - Realmente estamos mobilizados para barrar o andamento do projeto na Câmara ou no Senado. A regulamentação da terceirização deve ser fruto de um processo de negociação e não uma imposição dos critérios do setor patronal para o tema. Estaremos em contato permanente com parlamentares que defendem a pauta da classe trabalhadora para atuação no Legislativo. Cobraremos do governo federal a defesa de um modelo de regulamentação que garanta trabalho decente e atuação junto com entidades da área jurídica.

A CUT também participa com outras entidades do Fórum em defesa dos trabalhadores e trabalhadoras ameaçados pela terceirização e este também é um canal de pressão. Além disso, claro, seguiremos mobilizando nossas bases para pressionar em relação à questão.

Com a perspectiva de um Congresso Nacional cada vez mais conservador como fazer para garantir os direitos da classe trabalhadora?

Graça Costa - Denúncia, organização e mobilização são as chaves contra o conservadorismo e o retrocesso. O projeto representa uma verdadeira reforma trabalhista e não admitiremos qualquer retrocesso em relação aos direitos já conquistados pela classe trabalhadora.


Fonte: CUT- http://www.contrafcut.org.br/noticias.asp?CodNoticia=33286

Bancários de Santa Maria estão de luto após tragédia na Boate Kiss

 
Um incêndio na Boate Kiss, em Santa Maria, causou a morte de mais de 200 jovens na madrugada de domingo (27). O fogo teve início por volta das 2h30, após um membro da banda que se apresentava no palco ter acendido um sinalizador. Uma faísca alcançou o forro da boate e logo o fogo se alastrou pelo local.

A Secretaria de Segurança Pública divulgou uma lista com 232 mortos. Há também muitos feridos em estado grave internados em vários hospitais. Esta já é considerada a maior tragédia da história do Rio Grande do Sul.

Clique aqui para ver a lista dos mortos.

A presidente Dilma Rousseff veio a Santa Maria e consolou famílias das vítimas. O governador Tarso Genro decretou luto oficial de sete dias no Rio Grande do Sul.

A maior causa dos óbitos teria sido em recorrência de asfixia, em função da inalação da fumaça. Além disso, a falta de alvará em dia do Corpo de Bombeiros e a existência de apenas um local de entrada e saída agravaram a situação.

Conforme informações iniciais, coletadas via Facebook, a tragédia vitimou pelo menos dois parentes de bancários e o acadêmico de Sistemas de Informação da Unifra, João Carlos Barcellos, que esporadicamente prestava serviços ao site do Site do Sindicato dos Bancários de Santa Maria e Região.

Médicos, enfermeiros e psicólogos estão sendo chamados para auxiliar no atendimento das vítimas e familiares. Já há confirmação de deslocamentos de feridos para CTI de Porto Alegre e de outros municípios da região devido a total lotação dos leitos de tratamento intensivo disponíveis no Município.

No Centro Desportivo Municipal, onde os corpos das vítimas foram levados, uma fila de mais de 500 metros de familiares aguarda para identificação dos corpos vitimados pelo incêndio na boate Kiss. Autoridades presentes no local pedem que voluntários levem ao local gelo, isopor e garradas d'água.

O Sindicato dos Bancários de Santa Maria e Região está de luto. Os diretores da entidade se solidarializam com as famílias dos jovens vitimados nesta tragédia.

A Contraf-CUT também manifesta sentimentos de dor e soliedariedade aos familiares e amigos das vítimas de Santa Maria e a todos os gaúchos e brasileiros que ficaram sensibilizados com essa tragédia e espera a apuração rigorosa das causas, bem como a adoção de medidas de segurança em todas os estabelecimentos do país para prevenir incêndios e proteger a vida das pessoas.


Fonte: Contraf-CUT com Seeb Santa Maria- http://www.contrafcut.org.br/noticias.asp?CodNoticia=33261

Apesar do lucro de R$ 11,5 bi, Bradesco fecha 1.299 empregos em 2012

 
O Bradesco obteve lucro líquido ajustado de R$ 11,523 bilhões em 2012, o que significa um crescimento de 2,9% com relação ao ano anterior, mesmo com a redução de juros e spreads e com o aumento de 15,31% (ou R$ 1,85 bilhão) das Provisões para Devedores Duvidosos (PDD) para uma inadimplência superior em apenas 0,2 pontos percentuais (de 3,9% para 4,1%) no período.

Clique aqui para ver os principais números da análise do Dieese.

Apesar do aumento do lucro bilionário, o Bradesco fechou 1.299 postos de trabalho no ano passado, segundo o balanço da instituição financeira anunciado nesta segunda-feira 28. O Bradesco é o primeiro banco a divulgar os resultados de 2012.

O corte de vagas aumenta a preocupação dos bancários com o emprego, já manifestada no último dia 10 ao presidente do Bradesco, Luiz Carlos Trabuco, durante sua primeira visita à sede da Contraf-CUT, em São Paulo. "É inadmissível que, apesar desse lucro astronômico, o Bradesco feche postos de trabalho, sabotando os esforços do governo e da sociedade brasileira para que o país volte a crescer a um ritmo mais acelerado, com geração de mais empregos e diminuição da desigualdade", afirma o presidente da Contraf-CUT, Carlos Cordeiro.

O montante provisionado pelo Bradesco para os atrasos superiores a 90 dias (R$ 13,9 bilhões) é maior que o lucro líquido ajustado anunciado. Já o Índice de Inadimplência superior a 90 manteve a marca de 4,1% do trimestre anterior. Com relação a dezembro de 2011, a inadimplência cresceu apenas 0,2 pontos percentuais.

"O Bradesco repete a manipulação contábil, usada por todo o sistema financeiro no ano passado, de esconder o lucro superdimensionando as provisões para devedores duvidosos em relação à inadimplência real, que praticamente ficou inalterada", critica Carlos Cordeiro.

O resultado positivo foi obtido, principalmente, devido ao maior resultado operacional de seguros (32,66%) e ao crescimento das receitas de prestação de serviços (16,14%) e das rendas de tarifas bancárias(13,34%). As operações de crédito cresceram 11,51% em doze meses, atingindo um montante de R$ 385,53 bilhões.

As despesas de pessoal cresceram 5,4% no ano passado, abaixo dos 7,5% do reajuste dos salários e dos 8,5% do reajuste do piso da categoria bancária na campanha nacional de 2012. A cobertura das despesas de pessoal sobre a receita de prestação de serviços chegou a 140,07% no Bradesco no período, um acréscimo de 12,2 pontos percentuais.

"Esse mecanismo de usar as demissões e a rotatividade para reduzir a massa salarial é uma prática obscena do sistema financeiro, que explica por que o Brasil, apesar de já ser a sexta maior economia, ainda está entre os 12 países mais desiguais do planeta", critica Carlos Cordeiro.


Fonte: Contraf-CUT- http://www.contrafcut.org.br/noticias.asp?CodNoticia=33281

BB mantém intransigência e reduz salários das funções comissionadas de 6h

 
Crédito: Jaílton Garcia
Jaílton Garcia Na reunião desta segunda-feira em São Paulo, BB apenas apresentou o plano unilateral para as entidades sindicais

Em nova rodada de discussões realizada nesta segunda-feira 28 em São Paulo com a Contraf-CUT, as federações e os sindicatos, o Banco do Brasil manteve a linha intransigente, apresentada na semana passada, de não negociar e implantar unilateralmente o novo plano de funções comissionadas de 6 horas, que envolvem a vida de milhares de trabalhadores.

Com o novo plano, o BB extinguiu neste domingo 27 todas as funções comissionadas de 8 horas - que amanheceram nesta segunda-feira com novas nomenclaturas e todos os comissionados que o banco entende estarem em função de confiança (FC) migrados unilateralmente. Já o público-alvo das funções gratificadas (FG) tem a opção de migrar para as novas funções de 6 horas, com redução de salários, ou ficar em suas funções de 8 horas em extinção.

"O plano é uma decepção porque o banco reduz salário de milhares de funcionários comissionados, que já deveriam estar trabalhando 6 horas, e fez uma manobra interna nas verbas remuneratórias de maneira a prejudicar os funcionários que migrarem. Quanto mais direitos conquistados o funcionário tiver, como por exemplo letras de mérito e antiguidade, maior pode ser o prejuízo", critica William Mendes, secretário de Formação da Contraf-CUT e coordenador da Comissão de Empresa dos Funcionários do BB.

Segundo William, o banco está reduzindo de forma diferenciada os pisos de funções (VRs) e os valores das gratificações de funções, de maneira a prejudicar os funcionários com maior tempo de dedicação à empresa. "Quanto mais tempo de banco, maior a perda líquida de salário ao aderir às novas funções de 6 horas com redução de salário", afirma o dirigente sindical.

Orientações das entidades sindicais

A Contraf-CUT e a Comissão de Empresa orientam as entidades sindicais a realizarem reuniões e plenárias com os trabalhadores para dar informações e orientações jurídicas e políticas, bem como para recolher informações dos bancários para que, juntos, bancários e sindicatos, possam embasar a tomada de decisões por parte dos funcionários.

A Contraf-CUT e as entidades sindicais reafirmam a orientação da semana passada para que os bancários mantenham a calma e não tenham pressa em assinar nada até as plenárias - tanto no caso dos migrados compulsoriamente nas funções de confiança (8h) como o público-alvo das funções gratificadas (FG) com redução de salário (6h) -, uma vez que terão o tempo que acharem necessário para migrar ou não, de acordo com a avaliação de cada um.

As entidades sindicais seguirão à disposição dos bancários durante todo o período de implantação do novo plano de funções do banco, tanto para defendê-los com atividades sindicais, bem como com ações judiciais e também para buscar acordos individuais e extrajudiciais nas CCV.


Fonte: Contraf-CUT- http://www.contrafcut.org.br/noticias.asp?CodNoticia=33285

sexta-feira, 25 de janeiro de 2013



Ampliação da isenção de IR na PLR pode injetar R$ 1 bilhão na economia


Crédito: CUT
CUTO ano de 2013 começou com uma boa notícia para os trabalhadores e trabalhadoras que recebem a Participação nos Lucros e Resultados (PLR). No dia 1º de janeiro entrou em vigor medida do governo que isenta de Imposto de Renda (IR) a PLR de trabalhadores e trabalhadoras que recebem até 6 mil reais do direito e apresenta uma escala de alíquotas para valores superiores.

A nova medida foi anunciada no último dia 24 de dezembro pela ministra-chefe da Casa Civil, Gleisi Hoffmann, a pedido da presidenta Dilma Rousseff, e publicada no Diário Oficial da União no dia 26 do mesmo mês - Medida Provisória nº 597.

Abertura de uma porta

"Eu vejo isso como a abertura de uma porta, porque, até então, havíamos feito várias conversas com ministros, mas pouca coisa prática. Corretamente, a presidenta Dilma Rousseff atendeu a uma reivindicação que é parte da pauta que tiramos na assembleia da classe trabalhadora, no Pacaembu, em 2010. A partir da pressão popular, o governo demonstrou sensibilidade e aprovou uma medida que é boa, porém, paliativa", declarou Vagner Freitas, presidente da CUT.

"Esperamos que, a partir disso, o governo atenda outras de nossas reivindicações, como a redução de jornada para 40 horas semanais sem redução de salário, o fim do fator previdenciário, a regulamentação da negociação no setor público, até o mês de abril para que possamos apresentar no 1º de maio", ressalta Vagner.

Além da isenção para quem ganha até 6 mil, a nova regra traz uma escala de incidência do IR para valores superiores: entre R$ 6.000,01 e R$ 9 mil, o desconto será de 7,5%; de R$ 9.000,01 a R$ 12 mil, será de 15%, e de R$ 12.000,01 a R$ 15 mil, 22,5%. Para valores acima de R$ 15 mil, a incidência será de 27,5%.

"Esse governo é diferenciado porque senta pra negociar, mas foi necessária muita mobilização, diz Paulo Cayres, presidente da Confederação Nacional dos Metalúrgicos CNM/CUT). "Pautamos o governo, realizamos atos em todo o Brasil, com maior destaque para a região do ABC paulista, e arrancamos essa conquista, ressalta."

Só conquista quem luta

Essa conquista é resultado de mais de um ano de mobilização de diversas categorias e das negociações da CUT e das demais centrais sindicais com o Governo Federal. Em outubro de 2011, foi iniciada uma campanha, que contou com um abaixo- assinado que recolheu mais de 220 mil assinaturas pedindo a alteração da Lei nº 10.101.

No dia 30 de novembro de 2011, cerca de 10 mil trabalhadores ocuparam a Via Anchieta, no ABC paulista, com uma manifestação pelo fim do IR sobre a PLR. Um mês depois, os sindicalistas foram a Brasília entregar oficialmente o abaixo-assinado da campanha.

Já em 2012, em março, trabalhadores ocuparam novamente a Via Anchieta em manifestação que contou com cerca de 20 mil pessoas, enquanto os bancários atrasaram a abertura das agências na região da Av. Paulista. A mobilização também reuniu outras categorias em frente ao prédio do Banco Central.

No dia 21 de dezembro, a CUT e as demais centrais enviaram ao gabinete do ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência, Gilberto Carvalho, um ofício contendo uma nova proposta de isenção até R$ 6 mil. Às vésperas do Natal, o governo anunciou a medida, que entrou em vigor no dia 1º de janeiro deste ano.

O coordenador-geral da Federação Única dos Petroleiros (FUP), João Antônio de Moraes, aponta as dificuldades na negociação e ressalta a necessidade de mudar o tratamento do governo com os trabalhadores. "O processo deixou muito a desejar, tanto pelo tempo que levou, quanto por não avançar mais no valor. A discrepância entre o tratamento dado ao trabalhador e ao empresário é gigantesca. A desoneração para o empresário é discutida rapidamente e em grande escala. Para o trabalhador é lenta e pequena. Foi importante ter avançado, mas demorou mais do que devia, até porque, o dinheiro repassado ao trabalhador imediatamente vira crescimento, o oposto do que acontece com empresariado. Precisamos mudar essa lógica".

Segundo o secretário-geral nacional da CUT, Sérgio Nobre, esta conquista é fruto do empenho coletivo da CUT e de suas entidades filiadas que representam os metalúrgicos, químicos, petroleiros, urbanitários e outras categorias. Foram realizadas manifestações em São Paulo, ABC e Brasília - e inúmeras reuniões de negociação entre a CUT e demais centrais sindicais e o Governo Federal.

"Foi um processo longo, que envolveu um diálogo constante com Congresso, governo e, como trata-se de isenção, de dinheiro que entraria nos cofres da União, naturalmente teve bastante dificuldade, relembra Juvandia Moreira Leite, presidenta do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e região.

A PLR não substitui ou complementa salário

Segundo Franklin Moreira Gonçalves, presidente da Federação Nacional dos Urbanitários (FNU), a isenção do IR na PLR era um compromisso do primeiro governo Lula, que começou com as mobilizações pela correção da tabela do imposto de renda. "Essa luta passou a ganhar espaço por conta dos empresários trocarem a isenção pela suspensão do pagamento de despesas permanentes na folha de pagamento. Quando começou a aumentar o valor da PLR, só corrigir a tabela não adiantava mais".

A Participação nos Lucros e Resultados (PLR) está prevista na Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) pela Lei nº 10.101, de 19 de dezembro de 2000. Ela é resultado de negociação entre trabalhadores e empregadores, formalizada por convenção ou acordo coletivo, com critérios que consideram, entre outros aspectos, os índices de produtividade, qualidade ou lucratividade da empresa, bem como programas de metas, resultados e prazos previamente acordados.

A PLR não substitui ou complementa a remuneração que o trabalhador ou trabalhadora recebe da empresa, nem constitui base de incidência de qualquer encargo trabalhista.

"A prioridade, não só do ramo, a partir de agora, é buscar a isenção para todos os trabalhadores, inclusive os que estão acima do teto. Porque PLR não é renda, mas resultado do nosso trabalho e dos lucros que geramos para a empresa", destaca Lucineide Varjão, presidenta da Confederação Nacional do Ramo Químico (CNQ). Segundo ela, a isenção no ramo químico vai atingir cerca de 60% dos trabalhadores. "Hoje representamos 350 mil trabalhadores na base e a maioria será beneficiada porque grande parte ganha PLR até o valor limite", diz.

Impactos na economia

Conforme projeções do DIEESE (tabela abaixo - dados 2011), com a medida de desoneração aprovada pelo governo, mais de 1,3 bilhão poderá ser injetado no país.

"Ao invés de ficar preservado como verba carimbada, esse dinheiro será injetado diretamente pelo trabalhador na economia", avalia Paulo Cayres. "Além disso, corrigimos uma injustiça: os diretores das empresas, quando fazem retirada de lucro, não são tributados, e o que queremos é apenas tratamento igual porque somos nós que produzimos os lucros. Além disso, a lei que define parâmetros para a PLR nasceu sem tributação, a taxação foi invenção do governo Fernando Henrique Cardoso".

Franklin avalia que a medida criará um ciclo virtuoso na economia. "Mais consumo gera mais produção e mais emprego. O Governo deveria não só investir nessa questão, mas em outras que promovam o aumento da renda, que é o que vai atrair investimento. O que traz investimento é o trabalhador tendo renda pra consumir. A isenção aumenta a distribuição de lucro em forma de dividendos, porque acionista não paga IR e grande parte disso saia do país".

Justiça Tributária

A isenção da incidência de Imposto de Renda sobre a PLR dos trabalhadores e trabalhadoras é uma reivindicação antiga da CUT e de suas entidades filiadas. Trata-se de uma pauta que cobra justiça tributária, já que aparcela do lucro líquido distribuída aos acionistas das empresas é isenta do imposto desde 1996. Além disso, entre as vantagens para as empresas que pagam PLR, estão a isenção de encargos sociais como FGTS e INSS e a dedução com despesas no Imposto de Renda.

Para Moraes (FUP), além do fator econômico, a medida trabalha pela igualdade. "A médio e longo prazo, a medida pode se transformar na construção de um tratamento isonômico, já que os dividendos das empresas possuem isenção fiscal desde 1996.

"Criar um mercado consumidor capaz de não ficar pendurado ao sabor das crises internacionais significa valorizar a renda e o trabalho e não apenas oferecer isenção de impostos. Isentar o IR na PLR significa dar condições ao trabalhador para investir no consumo, fazendo com que o Brasil tenha as transformações que precisa fazer", conclui Vagner.


Fonte: Paula Brandão e Luiz Carvalho - CUT

quinta-feira, 24 de janeiro de 2013



Vigilantes de todo o Brasil paralisam atividades no dia 1º de fevereiro


Crédito: CUT
CUTNo final do ano passado, a presidente Dilma sancionou a Lei nº 12.740/2012, que garante aos vigilantes de todo o País o adicional de risco de vida de 30%. A lei altera a redação do artigo 193 da CLT (Consolidação das Leis do Trabalho), que regulamentava a concessão do adicional apenas aos profissionais que exercessem atividades em contato com inflamáveis, explosivos e energia elétrica.

Essa conquista é consequência direta do poder mobilização e luta dos vigilantes que realizaram sucessivas ações de norte a sul. "A aprovação da Lei consagra uma luta de mais de 12 anos cujo objetivo era a remuneração adequada para a questão do risco de vida. Mais importante é o reconhecimento do risco profissional que dialoga com a valorização do nosso trabalho. Antes não tínhamos nenhum parâmetro legal que nos diferenciasse de qualquer outra profissão. E esta Lei vem para preencher esta lacuna, reconhecendo o alto grau de periculosidade de nossa atividade", declarou José Boaventura, presidente da Confederação Nacional dos Vigilantes(CNTV).

Neste período de intensa mobilização, a entidade realizou três grandes marchas em Brasília que foram determinantes para o resultado final. Também serviram como referência para as ações organizadas em cada ente federativo.

"Algumas inclusive inéditas, como os companheiros do Acre que após a nossa primeira marcha fizeram sua primeira passeata no Estado. Em Chapecó (SC), os companheiros vêm realizando todos os anos no período de junho, quando comemora-se o Dia do Vigilante, uma marcha local. Acredito que essas manifestações tiveram papel fundamental, de mobilização e pressão, mas também como referencial, unificando toda a categoria", elencou Boaventura.

Apesar de todos os pareceres jurídicos apontarem para a aplicação imediata da Lei, muitas empresas estão postergando seu cumprimento, utilizando-se de um expediente falacioso (a necessidade da regulamentação aprovada pelo Ministério do Trabalho e Emprego) com o único objetivo de ganhar tempo e, assim, não precisarem pagar imediatamente este direito conquistado pela categoria.

"A regulamentação não é um impeditivo, até porque a Lei apenas incorpora o que já está inserido nas convenções coletivas. O empresariado não conseguiu fundamentar argumentos sobre a necessidade da regulamentação. Nós temos pareceres de todas as ordens que comprovam que a lei é autoaplicável", destacou Boaventura.

Diante de tamanha insensibilidade e desrespeito aos trabalhadores que arriscam suas vidas no cotidiano do trabalho, os vigilantes organizam para 1º de fevereiro um Dia Nacional de Paralisação que poderá se transformar em uma greve nacional.

"Será um dia de luta, um processo de mobilização de toda categoria, onde muitos bancos, o sistema de transporte de valores, órgãos públicos e privados estarão totalmente paralisados com o objetivo de mostrar nossa indignação com a ganância e o descaso patronal. É um direito conquistado com muita luta e que deve ser garantido imediatamente. Queremos mais respeito e vamos à luta por valorização profissional e da vida", atentou o dirigente da CNTV.

Sindicatos na luta

Além da luta nacional, os sindicatos também estão se mobilizando nos Estados para garantir o cumprimento da lei. Os companheiros de Brasília com data-base em janeiro arrancaram do patronato um acordo que garante o pagamento imediato do adicional de 30%. Antes, esse valor era de 15%.

Em São Paulo, a Federação local fez um acordo que passa de 15% para apenas 18%, mas há uma movimentação de vários sindicatos no Estado para que o índice previsto na lei seja ratificado.

Na semana passada, tanto os trabalhadores do Rio Grande do Norte como do Paraná organizaram paralisações de um dia.

Especificamente no Paraná, os vigilantes com data-base em fevereiro cobram, além do pagamento imediato do adicional de vida de 30%, o atendimento a pauta de reivindicações da categora que inclui a recuperação das perdas com um reajuste salarial baseado pelo índice de inflação mais 5% de aumento real, R$ 20 de vale-alimentação, entre uma série de claúsulas sociais.

Conforme informou João Soares, presidente do Sindicato dos Vigilantes de Curitiba e Região, o sindicato patronal apresentou um comunicado afirmando que não haveria qualquer tipo de negociação sobre os pontos reivindicados pela categoria. Os trabalhadores revoltados com tamanho desrespeito promoveram um dia de protesto na semana passada que paralisou todo o sistema financeiro de Curitiba e Região Metropolitana e fez o sindicato patronal recuar e convocar uma reunião.

"Esperamos que nos seja apresentada uma proposta que contemple as reivindicações da categoria. Estaremos na luta neste Dia Nacional de Paralisação, sendo que no Paraná nosso indicativo é para a continuidade da paralisação por tempo inderterminado até que as empresas cumpram a lei e atendam os outros pontos reivindicados pelos vigilantes", informou o dirigente.


Fonte: CUT


Contraf-CUT comprova no MPT demissões em massa no Santander


Crédito: Guina - Contraf-CUT
Guina - Contraf-CUTQuarta audiência de mediação no MPT, em Brasília

Caiu a máscara das demissões do Santander em 2012. Na quarta audiência de mediação com o banco espanhol, realizada na tarde desta quarta-feira (23) no Ministério Público do Trabalho (MPT), em Brasília, a Contraf-CUT apresentou estudo do Dieese que comprova a ocorrência de demissões em massa em dezembro de 2012. Enquanto a média de dispensas sem justa causa era de 182 entre janeiro e novembro, o banco despediu 1.153 no último mês do ano passado, quase seis vezes mais, significando um crescimento de 533,5%.

Além da Contraf-CUT, participaram dirigentes dos Sindicatos dos Bancários de Brasília, Belo Horizonte, Pernambuco, Bahia, Alagoas, Mato Grosso e da Fetraf Minas Gerais, Fetrafi Rio Grande do Sul, Fetrafi Nordeste, Fetec Centro-Norte e Federação dos Bancários da Bahia e Sergipe. Também compareceu o assessor jurídico da Contraf-CUT, Sávio Lobato.

Demissões em massa

A análise do Dieese, feita com base nos novos dados fornecidos pelo banco na última segunda-feira (21) após determinação da procuradora do MPT, Ana Cristina Tostes Ribeiro, revela também que as dispensas imotivadas em dezembro dispararam em relação a novembro, quando o banco mandou embora 256 empregados, o que representou um crescimento de 350,4%.

Clique aqui para acessar a íntegra do estudo do Dieese.

Confira o número de demissões sem justa em 2012:

- janeiro: 198
- fevereiro: 170
- março: 218
- abril: 179
- maio: 234
- junho: 176
- julho: 157
- agosto: 126
- setembro: 147
- outubro: 139
- novembro: 256
- dezembro: 1.153
- total: 3.153

A procuradora do MPT questionou o Santander se os dados estavam corretos. Os advogados do banco consultaram suas tabelas e os números foram conferidos mês a mês. "Todos bateram, mostrando a seriedade, a competência e a qualidade do trabalho do Dieese", destaca o secretário de imprensa da Contraf-CUT, Ademir Wiederkehr.

Foi registrado em ata que "o banco confirmou os desligamentos sem justa causa (janeiro a dezembro/12) apresentados no estudo do Dieese".

"Lamentável é que o banco escondeu esses números até agora, negando o direito à informação e mostrando falta de transparência, mas graças à atuação do MPT finalmente foi possível comprovar a dispensa coletiva na véspera do Natal, que só não foi maior por causa das denúncias, dos protestos e das manifestações dos sindicatos em todo país", ressalta.

O estudo do Dieese apresenta ainda os números por tipos de desligamentos (demissão sem justa causa, demissão por justa causa, aposentadoria, falecimento e término de contrato). Estão excluídas as transferências entre agências, que estavam incluídas nos primeiros dados fornecidos pelo banco, razão pela qual os números do estudo anterior do Dieese foram diferentes dos atuais.

Corte de 975 empregos em dezembro

O levantamento do Dieese revela o total de admitidos e desligados em 2012, com o saldo de empregos mês a mês. O destaque é dezembro, quando o banco desligou 1.302 empregos e admitiu 327, o que representa um corte de 975 postos de trabalho.

Em novembro, o banco já havia fechado 150 vagas. Em todo ano, o saldo foi negativo, com a extinção de 183 empregos.

"O Santander faz propaganda milionária, dizendo que está investindo forte no Brasil, mas não explica aonde. O certo é que não investe no emprego, pois eliminou postos de trabalho", critica o secretário de Organização do Ramo Financeiro da Contraf-CUT, Miguel Pereira.

Rotatividade do Santander foi de 11% em 2012

Com os novos dados, o Dieese calculou a taxa de rotatividade (excluídas as transferências) do Santander, ficando em 11% entre janeiro e dezembro de 2012, com base no Caged. Trata-se do mesmo número informado recentemente pelo banco em notícia da Folha de S.Paulo. Já a rotatividade do setor bancário de janeiro a novembro do ano passado foi de 7,6%, conforme o Caged.

A taxa de rotatividade descontada (que exclui transferências, demissões a pedido, desligamentos por morte e aposentadorias) atingiu 6,8% no Santander, ficando acima do índice de 4,4% dos trabalhadores do setor bancário que foram substituídos em 2012.

Por ambos os métodos, a rotatividade no Santander é superior à média do setor bancário.

Proteção ao emprego

Ao final da audiência, a Contraf-CUT reiterou que diante do estudo do Dieese, do número apurado de demissões sem justa causa em dezembro, do corte de empregos em 2012 e da rotatividade acima do setor bancário ficou caracterizada a despedida em massa de trabalhadores no banco. Foi registrado em ata que "é necessário negociar formas de proteção ao emprego".

O MPT deverá se manifestar após a próxima terça-feira (29).

"Concluímos o processo de mediação no MPT, garantindo acesso à lista de desligados em dezembro e obtendo pela primeira vez dados do Caged de um banco privado, possibilitando que o Dieese apurasse as demissões mês a mês e calculasse a taxa de rotatividade do banco", avalia Miguel.

"Vamos aguardar o posicionamento do MPT sobre esse processo de demissões no Santander, sendo que para nós ficou comprovada a prática de dispensa coletiva em dezembro e de rotatividade acima da média do setor bancário", salienta Ademir.

As liminares obtidas pelos Sindicatos dos Bancários da Bahia e da Paraíba continuam em vigor. A da Bahia garante a reintegração dos demitidos desde o dia 22 de novembro de 2012 e a da Paraíba suspende as dispensas e impede demissões coletivas. Outras ações judiciais aguardam decisões.


Fonte: Contraf-CUT

quarta-feira, 23 de janeiro de 2013



BB só mostra esboço de plano de funções comissionadas e irrita bancários


Crédito: Agnaldo Azevedo
Agnaldo AzevedoRodada de negociação foi realizada nesta terça-feira 22 em Brasília

Na reunião realizada nesta terça-feira 22 em Brasília com a Contraf-CUT, as federações e os sindicatos para discutir o novo plano de funções comissionadas de 6 horas, o Banco do Brasil apresentou apenas as premissas do projeto que vai implantar a partir da próxima semana. Alegando que de última hora precisou prestar novos esclarecimentos aos órgãos governamentais, o BB negou-se a mostrar o projeto completo, demonstrando mais uma vez desrespeito para com os bancários.

"O banco reforçou novamente sua estratégia de não negociar com as entidades sindicais questões fundamentais da vida de seus trabalhadores sob o falso argumento que não discute gestão", critica William Mendes, secretário de Formação da Contraf-CUT e coordenador da Comissão de Empresa dos Funcionários do BB.

"Aliás, desde o início do processo de luta pela jornada correta de bancários para todos os comissionados, foi somente a luta e a mobilização dos trabalhadores e suas entidades sindicais, através de priorização do tema nas últimas campanhas nacionais e com ações na justiça, que levou o banco a mudar de estratégia de 'gestão' e implantar algumas funções comissionadas de 6 horas", acrescenta William.

As premissas do plano

O banco informou que as premissas do plano de funções comissionadas de 6 horas serão as seguintes:

> Assegura que os bancários não terão prejuízo.

> Haverá regras sobre o que é o trabalho do comissionado de 6 e 8 horas.

> Manterá funções com a jornada de 8 horas.

> A adesão será voluntária para o público-alvo das funções de 6 horas.

> A adesão não será voluntária onde o BB entende ter fidúcia (ou seja, todas as demais funções que ele deixar fora da jornada de 6 horas).

> As funções do plano antigo que viraram funções de 6 horas serão extintas.

> Em relação ao passado, passivo trabalhista, a questão poderá será tratada de forma extrajudicial nas bases onde houver Comissão de Conciliação Voluntária (CCV).

> O BB afirma que não irá alterar as dotações porque haverá mais "eficiência operacional".

> O plano terá um período de acompanhamento para ver a necessidade de ajustes.

> Haverá uma central de atendimento interna para esclarecer dúvidas nos casos particulares dos funcionários.

> O BB está mudando todo o quadro de funções, inclusive naquelas que entende ser de 8 horas. Todas as funções terão descrição específica sobre elas. O banco migrará automaticamente os comissionados de 8 horas para as novas nomenclaturas, que terão seis dias para dar o 'de acordo'. Aqueles que não quiserem migrar, serão descomissionados.

> Sobre a Ditec, o banco informou que também haverá reestruturação. A Ditec terá um incremento de 230 cargos, sendo 150 de níveis gerenciais, trazendo oportunidades de encarreiramento.

> O banco reafirmou que não vai negociar a jornada de trabalho do plano e as funções.

'Postura do banco causará grande tumulto'

A Contraf-CUT e as entidades sindicais fizeram fortes críticas aos métodos e à postura do banco durante todo o processo de negociação.

"O que o banco fez hoje foi usar a estratégia de não informar as entidades e os funcionários com o tempo mínimo necessário para a tomada de decisão. Simplesmente decidiu migrar todos os funcionários que não estiverem no público alvo das funções de 6 horas automaticamente na manhã de segunda, dia 28, e pressioná-los para assinar um termo de concordância em seis dias, sob ameaça de descomissionamento", condena William Mendes. "A postura é absurda e causará um grande tumulto a milhares de trabalhadores em funções comissionadas."

Entidades sindicais defenderão bancários em todas as frentes

A Contraf-CUT e as entidades sindicais orientam que os bancários tenham calma na segunda-feira e não tenham pressa em assinar nada. Haverá reunião entre o banco e Comissão de Empresa no mesmo dia.
"Em relação às funções de 6 horas e o público-alvo, os trabalhadores terão o tempo que acharem necessário para migrar ou não, de acordo com a avaliação de cada um. A migração para novas funções ficará em aberto", esclarece o coordenador da Comissão de Empresa.

Apesar da postura intransigente do banco, as entidades sindicais continuarão organizando os bancários para defender a jornada de 6 horas de todas as funções comissionadas. A Contraf-CUT e os sindicatos seguirão à disposição dos bancários durante todo o período de implantação do novo plano de funções do banco tanto para defendê-los com ações judiciais como também para buscar acordos individuais e extrajudiciais nas CCV.


Fonte: Contraf-CUT

terça-feira, 22 de janeiro de 2013

Santander não está à venda no Brasil, diz presidente mundial
 
Do UOL, em São Paulo

Há duas semanas, voltaram a circular rumores na imprensa brasileira sobre a venda do banco para o Bradesco.
Na noite do dia 9, a Veja.com, portal da revista Veja, tinha noticiado a compra do Santander Brasil pelo Bradesco, mas depois retirou a informação do ar, a pedido de ambos os bancos, poucos minutos após a publicação original.
De acordo com a matéria original, os funcionários do Santander haviam recebido um e-mail afirmando a negociação.
No dia seguinte, o Santander enviou um e-mail para seus funcionários desmentindo a suposta fusão com o Bradesco. No e-mail, a empresa afirmou que "esses rumores não têm nenhum fundamento e foram desmentidos imediata e categoricamente, tanto pelo Santander como pelo Bradesco".
"O próprio site, 22 minutos após publicar a notícia, a retirou do ar e publicou uma nota retratando-se e reconhecendo o erro, numa demonstração de maturidade do jornalismo que pratica", afirmou o Santander no e-mail a seus funcionários.
Em seu site, a revista divulgou o seguinte comunicado: "Por uma falha interna de procedimento, durante 22 minutos, de 17h59 às 18h21 desta quarta-feira, o site de VEJA deixou no ar uma manchete errada sobre o que seria o anúncio da fusão dos bancos Bradesco e Santander. A informação foi corrigida em seguida pela redação do site, que publicou também os desmentidos oficiais dos bancos em questão. Essa falsa informação, que reaparece de tempos em tempos na internet, é fruto de boatos infundados que circulam há seis meses dando como fonte mensagens atribuídas a funcionários de um dos bancos. VEJA se desculpa com seus leitores por ter mantido por 22 minutos no site uma notícia errada que trazia no seu próprio enunciado a chave da sua falsidade. O texto dizia, infantilmente, que a negociação da fusão fora "informada" pela instituição a funcionários. Como qualquer pessoa do meio financeiro sabe, uma operação desse tipo tem que ser, por lei, mantida em absoluto sigilo e comunicada antes de qualquer outra forma de divulgação à Comissão de Valores Mobiliários (CVM)."

(Com Infomoney e Reuters) - http://economia.uol.com.br/noticias/redacao/2013/01/22/santander-nao-esta-a-venda-no-brasil-diz-presidente-mundial.htm
 

 

 

segunda-feira, 21 de janeiro de 2013

Empregados da Caixa podem aproveitar CCV

Comissão funciona desde 8 de janeiro e horário deve ser marcado pela central de atendimento
São Paulo – Os empregados da Caixa Federal que querem discutir pendências trabalhistas têm a oportunidade de buscar acordos nas reuniões da Comissão de Conciliação Voluntária (CCV) antes de levar o caso para a Justiça.

A CCV foi retomada em 8 de janeiro e funciona como um fórum que reúne Sindicato, empregado e representante da empresa para discutir e buscar soluções para as pendências, que devem ser somente sobre 7ª e 8ª horas para empregados da ativa e aposentados ocupantes de cargos em comissão de natureza técnica e também auxílio-alimentação de aposentados.

O objetivo é resolver com brevidade questões que poderiam ficar por muito tempo aguardando desfecho judicial. No entanto, caso o trabalhador não aceite o acordo proposto nas reuniões da CCV, tem até dois anos para ingressar com ação na Justiça, no caso dos aposentados, e até cinco anos para os demais.

Os empregados devem marcar a data do atendimento pelo 3188-5200. Os trabalhadores pré-agendados com o Sindicato têm prioridade no atendimento.

Continue sócio – Os trabalhadores que se aposentam podem continuar sindicalizados, como sócios remidos. Mesmo aposentado pelo INSS, é possível aproveitar convênios e parcerias exclusivas para sócios, assessoria jurídica e continuar frequentando a sede da entidade. Neste caso, não são cobradas mensalidades. Procure a Central de Atendimento para saber mais.


Redação – 21/01/2013

BB equipara salários, mas limita aumentos

Equiparação ocorreu acompanhada de manobra que limita aumento nos pisos e nas promoções
São Paulo – O Banco do Brasil finalmente equiparou os salários dos atendentes B aos dos atendentes A, mas há problemas. Os representantes do banco tinham se comprometido, ainda no ano passado, a regularizar essa pendência do Acordo Coletivo. Um dos pontos cobrados diz respeito ao cumprimento da cláusula que unifica os atendentes B e A em um único cargo da Central de Atendimento, com salário no valor de R$ 2.554,20.

A execução da cláusula deveria ter acontecido em dezembro, com valor retroativo a 1º de setembro. No entanto, essa implementação ocorreu somente agora e, para piorar, o banco reduziu o Adicional Básico de Função (ABF) e criou o Complemento Temporário de Valorização de Função (CTVF).

Ou seja, os atendentes B e os atendentes A com menos tempo de banco aumentaram seus salários, mas, com a manobra do banco, todos os atendentes terão ganhos menores futuramente, até que os aumentos salariais decorrentes de promoções por mérito e de tempo de serviço se equiparem ao valor do CTVF.

O diretor do sindicato e representante na Comissão de Empresa dos Funcionários, Claudio Luis de Souza, considera absurda a manobra da instituição pública. “O Banco do Brasil age para restringir o efeito da equiparação e do aumento do salário do atendente. Vamos cobrá-los sobre isso e continuar a pressionar pela valorização do trabalhador”, afirma. O Sindicato vai cobrar do BB mudanças na remuneração dos atendentes em reunião nesta terça-feira 22, quando também deverá ser discutido o plano de cargos e salários com jornada de seis horas.

> Reunião sobre funções comissionadas no BB

Jornada – O Sindicato entende que na redução de jornada, o salário não deve ser reduzido. “Apesar de um avanço obtido na Campanha e aprovado nas assembleias, a questão está longe de se encerrar, pois somente a mobilização garante resultados. Esperamos que o banco venha com disposição para negociar, e não apenas com o intuito de apresentar o plano de cargos e salários”, diz Cláudio.


Rodolfo Wrolli - 21/1/2013

Contraf-CUT retoma nesta terça 22 negociação permanente com o BB

 

A Contraf-CUT, federações e sindicatos retomam nesta terça-feira 22 o processo de negociação permanente com o Banco do Brasil. Está em pauta a implantação de funções comissionadas com jornada de 6 horas no BB, conquista da Campanha Nacional dos Bancários 2012. A reunião será às 14h, em Brasília.

"Esperamos que na primeira negociação deste ano possamos discutir o assunto e sugerir mudanças antes do banco implantar as funções", afirma William Mendes, secretário de Formação da Contraf-CUT e coordenador da Comissão de Empresa dos Funcionários do BB.

Durante todo o período de luta dos bancários para que fosse implantada a jornada de 6 horas para as funções comissionadas, o BB sempre afirmou e segue afirmando que não negocia com os trabalhadores questões que ele entende como sendo "de gestão".

Mas William retruca. "Acordos e convenções coletivas, que envolvem salários, PLR, direitos sociais e econômicos, planos de carreira, jornada, passivos e direitos trabalhistas, condições de trabalho e de saúde e previdência, dentre outras, são na leitura dos trabalhadores questões de gestão de uma empresa", defende o coordenador da Comissão de Empresa.

Bancários querem relações modernas de trabalho

As entidades sindicais sempre apostaram em negociações entre as partes e nas relações modernas de trabalho. Em audiência ocorrida em dezembro do ano passado, o Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) chegou a sugerir ao BB que aceitasse estabelecer mesa de negociação com a representação dos trabalhadores, com possibilidade de alterações naquilo que a direção do banco pretende implantar.

"Naquele encontro", salienta William, "o MTE citou exemplos de outras empresas públicas que negociaram com os trabalhadores os seus planos de funções e de carreira e que isso foi muito positivo para as empresas e o governo, o principal acionista".

"Vamos ver se o BB vem disposto a valorizar as negociações coletivas e a ouvir propostas dos trabalhadores, acatando, inclusive, sugestões dos próprios órgãos do governo federal", conclui o diretor da Contraf-CUT.


Fonte: Contraf-CUT- http://www.contrafcut.org.br/index.asp

Santander recusa no MPT negociação sobre formas de proteção ao emprego

 
Crédito: Guina - Contraf-CUT
Guina - Contraf-CUT Em audiência ampliada de mediação, bancários defendem emprego

O Santander pretende continuar demitindo pais e mães de família em 2013. Em nova e ampliada audiência de mediação realizada nesta quinta-feira (17), no Ministério Público do Trabalho (MPT), em Brasília, o banco recusou a proposta da Contraf-CUT de reintegração dos demitidos em dezembro de 2012 e de negociação sobre formas de proteção ao emprego.

Além da Contraf-CUT, participaram dirigentes de várias entidades sindicais de todo país, como os Sindicatos dos Bancários de Brasília, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Pernambuco, Bahia, Paraíba, Alagoas, Campo Grande e Santos, além da Feeb Rio de Janeiro e Espírito Santo, Fetec Paraná, Fetec Centro-Norte, Fetrafi Nordeste, Fetrafi Rio Grande do Sul e Feeb Bahia e Sergipe. Também esteve presente o assessor jurídico da Contraf-CUT, Sávio Lobato.

Sem negociação prévia

A Contraf-CUT propôs o estabelecimento de uma cláusula sobre redução de quadros com demissões coletivas, diante do compromisso firmado pelo banco na ata da mediação anterior, ocorrida no último dia 9, de que "não há nenhum plano de redução de quadros, com dispensa coletiva" e que "o seu turn over encontra-se dentro da média do segmento financeiro". Pela proposta apresentada, o banco convocaria a Contraf-CUT para discussão de critérios quando esta ultrapasse a média do setor bancário.

No entanto, conforme registro em ata na mediação desta quinta, "o banco recusou a proposta de discutir previamente quaisquer demissões, bem como a proposta de reintegração. Reafirmou, ainda, que não efetuou demissão coletiva em dezembro e que não pretende iniciar processo de demissão coletiva".

O presidente da Contraf-CUT, Carlos Cordeiro, reiterou que o banco demitiu 1.280 funcionários em dezembro, o que representou o corte de 955 empregos. Ele denunciou que novas demissões estão ocorrendo em janeiro. Em Campo Grande, 8 empregados já foram mandados embora, enquanto no mesmo mês do ano passado um havia sido demitido.

Cordeiro salientou também que as liminares obtidas pelos Sindicatos dos Bancários da Bahia e da Paraíba continuam em vigor. A da Bahia garante a reintegração dos demitidos desde o dia 22 de novembro de 2012 e a da Paraíba suspende as dispensas e impede demissões coletivas.

Lá e aqui

Cordeiro ficou indignado com o novo descaso do Santander diante do emprego, a exemplo do que ocorreu no dia anterior na audiência de mediação em conjunto com o Itaú no Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), também em Brasília.

Ele informou ao MPT que na terça-feira (15) o banco assinou um acordo de emprego no processo de fusão do Banesto com as entidades sindicais espanholas (CC.OO-Comfia, UGT-FES, FITC e SEB), em Madri. Os representantes do banco alegaram que "são realidades diferentes".

Clique aqui para ler o comunicado da CC.OO-Comfia (em espanhol)

Clique aqui para ver o comunicado da UGT (em espanhol)

Clique aqui para ler a íntegra do acordo (em espanhol).

Para o dirigente da Contraf-CUT, a diferença está no tratamento do banco aos trabalhadores. "Lá, na Espanha, em crise financeira, o Santander fecha acordo, garantindo mecanismos de informação, diálogo e respeito aos direitos dos funcionários, sem medidas traumáticas", afirmou Cordeiro.

"No Brasil, onde sai 26% do lucro mundial, o banco demitiu em massa antes do Natal, pratica rotatividade, age sem transparência e rechaçou negociação prévia sobre demissões", comparou. "A diferença é que o banco trata os trabalhadores brasileiros como se eles fossem de segunda categoria, o que é inaceitável", disse o dirigente sindical.

Dúvidas

Os representantes do Santander reclamaram do levantamento do Dieese sobre rotatividade, feito a partir dos dados do Caged de 2011 e 2012 (exceto dezembro), conforme números fornecidos pelo banco para a Contraf-CUT após determinação da procuradora do MPT, Ana Cristina Tostes Ribeiro. Eles disseram que não foram consideradas 11 mil transferências entre agências ocorridas no ano passado, o que no entanto não havia sido informado pelo banco.

A Contraf-CUT explicou também que o banco tinha enviado os dados sem informar os tipos de desligamentos e que o pedido de informações remetido na última sexta-feira (11) ainda não havia sido respondido, sendo que essa questão é um dos esclarecimentos solicitados em conjunto com o Dieese.

"O banco disse que ainda tinha prazo para responder, mas adiantou que várias dúvidas não serão elucidadas, revelando assim que não zela pela transparência e pelo direito à informação dos bancários e da sociedade", critica o secretário de Organização do Ramo Financeiro da Contraf-CUT, Miguel Pereira.

Clique aqui para ver a solicitação de informações ao banco.

A procuradora do MPT determinou que o banco remeta detalhadamente por cada base sindical, até o meio-dia da próxima segunda-feira (21), os números de desligamentos sem justa causa, pedidos de demissão e aposentadoria ocorridos entre janeiro e dezembro de 2012. A Contraf-CUT pediu que fosse registrado em ata que a forma de envio dos dados não garantirá a exatidão das informações - o que somente se dará com a entrega do Caged aberto.

No mesmo prazo, o banco também deverá enviar os dados do Caged de dezembro do ano passado, com o total de admitidos e desligados.

"Com o acesso às informações, esperamos obter novos dados que permitem esclarecer o processo de demissões e reforçar a luta pela reintegração dos demitidos e pela construção de mecanismos de combate à rotatividade, essa jabuticaba que só existe no Brasil e que arrebenta com o emprego e a dignidade dos trabalhadores", salienta o secretário de imprensa da Contraf-CUT, Ademir Wiederkehr.

Nova mediação dia 23

Nova e ampliada audiência de mediação, aberta à participação de sindicatos e federações, foi marcada pelo MPT para a próxima quarta-feira (23), às 17h, em Brasília.

A funcionária do Santander e secretária de imprensa do Sindicato dos Bancários de Brasília, Rosane Alaby, reafirmou a importância do emprego. "O movimento sindical quer discutir a questão do emprego para que os bancários tenham condições dignas de trabalho sem o fantasma das demissões. Não queremos que os funcionários sejam demitidos de forma imotivada", destacou.

Reunião preparatória

Antes da mediação, nova reunião das entidades sindicais será realizada no mesmo dia, às 14h, na sede da Contraf-CUT, nas dependências do Sindicato dos Bancários de Brasília, para preparar os debates com o banco.


Fonte: Contraf-CUT com Seeb Brasília

Mudanças no plano de saúde do HSBC oneram bancários e retiram direitos

 
Ano começa mal no banco inglês com alterações unilaterais no plano de saúde

Pegos de surpresa por um informativo interno do HSBC no último dia 8, a Contraf-CUT, federações e sindicatos se reuniram na quarta-feira (16) com a direção do banco inglês, em Curitiba, e cobraram explicações sobre as alterações feitas unilateralmente no plano de saúde dos funcionários. O objetivo foi esclarecer as mudanças, tanto para funcionários da ativa quanto aos aposentados.

Estiveram presentes Alan Patrício, secretário de assuntos jurídicos da Contraf-CUT; Carlos Alberto Kanak, coordenador da Comissão de Organização dos Empregados (COE) do HSBC; Otávio Dias, presidente do Sindicato dos Bancários de Curitiba; Elias Jordão, presidente da Fetec-CUT-PR; Cristiane Zacarias, diretora do Sindicato dos Bancários de Curitiba; Lucio Paz, diretor da Fetrafi-RS; e Valdecyr Rios (Vava), diretor da Fetec-CUT Centro-Norte.

Pelo banco, participaram os representantes de relações sindicais Antônio Carlos e Gilmar Lepchak, além da gerente do RH Benefícios, Maria Peres.

Mudanças

Conforme explicações do HSBC, a partir de 2013 os bancários (titulares) não terão que pagar o valor mensal da contribuição para o plano de saúde. Já o valor pago para os dependentes sofreu reajustes que variam de acordo com a tabela.

Além dessas mudanças, a partir de fevereiro, o valor da coparticipação em consultas, procedimentos ambulatoriais e exames simples passa de 15% para 20% (reajuste de cerca de 33%) e será cobrado já a partir da primeira consulta (antes era cobrada apenas a partir da sétima consulta), sem limite máximo de desconto (antes era limitado a R$ 160,23 por mês).

Segundo o banco, alterações também foram feitas no plano de saúde dos aposentados (que estão sendo avisados por telefone e carta), seguindo a Resolução Normativa nº 279, que permite a cobrança de mensalidade de acordo com a faixa etária dos titulares e seus dependentes.

Além do reajuste da coparticipação de 15% para 20%, cobrada já na primeira consulta e sem limite máximo de desconto, a mensalidade para aposentados e dependentes sofrerá, a partir de março, reajuste significativo.

O HSBC justificou as mudanças como única forma de manter a qualidade do plano de saúde.

Avaliação

Para as entidades sindicais, as alterações oneram os trabalhadores e retiram direitos de bancários. "O ano começa mal no HSBC. Além dos reajustes que encarecerão o custo dos trabalhadores, o banco está criando uma nova divisão entre os bancários: os que são beneficiados pela Lei Federal nº 9.656/98 e têm direito a manutenção do plano de saúde (de seis meses a dois anos) por contribuírem mensalmente; e os que não terão a chance de contribuir e, por isso, não poderão usufruir da manutenção para além do que determina a convenção coletiva (máximo de 270 dias)", avalia Alan Patrício.

Os artigos 30 e 31 da Lei Federal 9.656/98, regulamentada pela RN nº 279 da ANS, determinam que empregados demitidos sem justa causa (e dependentes) que contribuíram com o plano de saúde podem permanecer por um período equivalente a um terço do tempo de contribuição, sendo no mínimo 6 meses e no máximo 2 anos, nas mesmas condições de cobertura assistencial de que gozavam quando da vigência do contrato de trabalho, desde que assumam seu pagamento integral.

Os aposentados que contribuíram por mais de 10 anos podem se manter no plano, também nas mesmas condições, desde que assumam o pagamento integral pelo tempo que desejarem ou, quando o período for inferior a 10 anos, por mais um ano para cada ano de contribuição.

Já a convenção coletiva determina que empregados dispensados sem justa causa podem usufruir dos convênios de assistência médica e hospitalar contratados pelo banco por períodos determinados, conforme tempo de serviço, mantidas as condições do plano ao qual se vincula o empregado, sendo: até cinco anos de trabalho, manutenção do plano de saúde por 60 dias; de cinco a 10 anos, manutenção por 90 dias; de 10 a 20 anos, manutenção por 180 dias; e mais de 20 anos de trabalho, manutenção por 270 dias (confira a cláusula 42 da convenção coletiva).

"Desta forma, ao extinguir a contribuição por parte dos bancários titulares, o HSBC está impedindo que bancários demitidos ou aposentados possam usufruir da manutenção do plano de saúde, conforme permite a legislação, limitando o benefício ao que determina a convenção coletiva", resalta Kanak.

Providências

Diante das explicações do HSBC, as entidades sindicais reiteraram a crítica às mudanças unilaterais realizadas no plano de saúde e reivindicaram que a direção do banco reestude o programa, apresentando uma nova proposta na próxima reunião, marcada para o dia 6 de fevereiro, em Curitiba.

Os dirigentes sindicais também irão tomar as medidas jurídicas cabíveis para que não sejam retirados direitos dos trabalhadores.


Fonte: Contraf-CUT com Seeb Curitiba- http://www.contrafcut.org.br/noticias.asp?CodNoticia=33207
BRADESCO

EDITAL DE CONVOCAÇÃ0 DE ASSEMBLÉIA GERAL EXTRAORDINÁRIA DOS EMPREGADOS


BANCO BRADESCO S/A.


SINDICATO DOS EMPREGADOS EM ESTABELECIMENTOS BANCÁRIOS DE VOTUPORANGA CNPJ/MF Nº 49.074.172/0001-07, por seu Presidente, convoca todos os empregados do Banco Bradesco S/A, sócios e não sócios, da Base Sindical deste Sindicato, no endereço a Rua Tibagi, nº 3447-centro em Votuporanga-sp, para Assembléia Extraordinária que será realizada dia 25 do mês de janeiro de 2013, em primeira convocação às 18;30 horas e em segunda convocação às 19;30 horas, para discussão e aprovação da seguinte ordem do dia:

1. Discussão, deliberação e aprovação do Acordo Coletivo de Trabalho proposto pelo Banco Bradesco S/A para utilização de sistema alternativo de controle de jornada, conforme autorizado pela Portaria Nr.373/2011 do MTE, em substituição ao Sistema REP – Registro Eletrônico de Ponto criado pela Portaria 1510/2009, a vigorar pelo período de 02 (dois) anos – 2013/2015;

2. Autorização à diretoria para celebração, implementação e assinatura do Acordo Coletivo de Trabalho Sistema Alternativo Eletrônico de Controle de Jornada de Trabalho – 2013/2015, conforme dispõe Portaria 373/2011.


Votuporanga-sp, 21 de Janeiro de 2013.


Harley Ap. Vizoná

Presidente

quinta-feira, 17 de janeiro de 2013



MPT realiza audiência ampliada nesta quinta sobre demissões no Santander


O Ministério Público do Trabalho (MPT) realiza nesta quinta-feira (17), às 14h, uma nova e ampliada audiência de mediação entre a Contraf-CUT e o Santander em Brasília, o que possibilitará a participação de sindicatos e federações de todo país. A medida foi tomada pela procuradora do MPT, Ana Cristina Tostes Ribeiro, ao final da segunda mediação entre as partes, ocorrida no último dia 9, na capital federal.

"O objetivo dessa audiência ampliada é garantir que cada entidade sindical possa se manifestar sobre as demissões em massa que ocorreram no banco espanhol em dezembro e apresentar propostas de reintegração dos demitidos e de combate à rotatividade, a fim de evitar que o mesmo processo de dispensas volte a acontecer agora em janeiro e nos meses seguintes", afirma Carlos Cordeiro, presidente da Contraf-CUT.

A reunião ocorre um dia depois da audiência de mediação no Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) entre as partes e o Itaú, em Brasília, que terminou frustrada. Os dois bancos privados se recusaram a negociar emprego. Eles não aceitaram a proposta do secretário de Trabalho do MTE, Manoel Messias, que propôs a formação de uma mesa de negociação do setor bancário, a exemplo de outros setores da economia. Também se recusaram a garantir acesso das informações mensais do Cadastro Geral de Emprego e Desemprego (Caged) aos bancários.

"Na Espanha, em crise financeira, o Santander acaba de assinar um acordo com os sindicatos sobre o processo de fusão do Banesto, garantindo mecanismos de informação, diálogo e respeito aos direitos dos funcionários, sem medidas traumáticas", salienta Cordeiro. "No entanto, o banco rechaçou firmar acordo semelhante, alegando que 'no Brasil as coisas são diferentes'", destaca.

Clique aqui para ler o comunicado da CC.OO (em espanhol)

Clique aqui para ver o comunicado da UGT (em espanhol)

Clique aqui para ler a íntegra do acordo (em espanhol).

Natal de demissões

O Santander cortou 955 empregos em dezembro, conforme dados fornecidos pelo banco para a Contraf-CUT, após determinação da procuradora do MPT. No MTE, os representantes dos bancos ironizaram, dizendo que o fechamento de quase mil postos de trabalho antes do Natal é muito pouco frente aos 51 mil empregados do Santander.

Na última audiência no MPT, a procuradora disse que o Santander estava disposto a estender o acordo firmado nos dissídios coletivos com os Sindicatos dos Bancários de São Paulo, ABC e Santos no TRT de São Paulo. O banco informou que na audiência de conciliação do dissídio proposto pelo Sindicato dos Bancários do Rio de Janeiro foi acertado que prevaleceriam os mesmos termos desse acordo.

A Contraf-CUT salientou que nos dissídios coletivos movidos pelos Sindicatos dos Bancários da Bahia e da Paraíba foram concedidas liminares suspendendo as demissões, que permanecem vigentes. Também foi informado que a Federação dos Bancários de São Paulo e Mato Grosso do Sul ajuizou ação civil pública e obteve liminar, que igualmente continua em vigor. O Sindicato dos Bancários de Brasília disse que também entrou com ação civil pública, aguardando decisão sobre o seu pedido de reconsideração.

Reunião preparatória

Antes da audiência ampliada no MPT, as entidades sindicais estão convidadas a participar de uma reunião nesta quinta-feira, às 10h, na sede da Contraf-CUT, que ficha nas dependências do Sindicato dos Bancários de Brasília, para preparar os debates com o Santander.


Fonte: Contraf-CUT


Itaú e Santander se negam no MTE a negociar emprego e rotatividade


Em audiência de mediação, bancários cobram transparência e respeito

Terminou frustrada a audiência de mediação ocorrida nesta quarta-feira (16) no Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), em Brasília, entre a Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), o Itaú e o Santander. Os dois bancos privados se negaram a negociar emprego, apesar de milhares de demissões imotivadas e da prática de rotatividade nos últimos anos.

O secretário do Trabalho do MTE, Manoel Messias, frisou a preocupação do ministro com o mercado de trabalho, destacando que o país atravessa um longo ciclo de crescimento com geração de empregos. Ele propôs a formação de uma mesa de negociação do setor bancário, a exemplo de outros setores da economia, mas os bancos não aceitaram. Eles também se recusaram a garantir acesso das informações mensais do Cadastro Geral de Emprego e Desemprego (Caged) aos bancários.

"Mais uma vez, o Itaú e o Santander se negaram a negociar emprego, o que mostra que pretendem continuar dispensando funcionários em 2013, como admitiu um dos diretores do Itaú em declarações à imprensa. Essas demissões são injustificadas e, por isso, não aceitamos pagar a conta da pequena redução dos juros e da chamada melhoria da eficiência dos bancos", afirma Carlos Cordeiro, presidente da Contraf-CUT.

Além de representantes do Itaú e Santander, participou da audiência o negociador da Fenaban, Magnus Apostólico, que na Campanha Nacional dos Bancários de 2012 disse que o tema emprego devia ser discutido banco e banco. "Além de não negociar, eles usam a Fenaban para tentar esconder o descaso com o emprego dos trabalhadores", critica.

Conforme dados dos balanços, o Itaú cortou 7.831 empregos entre janeiro e setembro do ano passado. Somente no terceiro trimestre de 2012, o banco reduziu 2.090 postos de trabalho. Desde abril de 2011, houve o fechamento de 13.595 vagas, segundo análise do Dieese.

Já o Santander cortou 955 empregos só em dezembro, conforme dados fornecidos pelo banco para a Contraf-CUT, após determinação da procuradora do Ministério Público do Trabalho, Ana Cristina Tostes Ribeiro. Os representantes dos bancos ainda ironizaram, dizendo que o fechamento de quase mil postos de trabalho antes do Natal é muito pouco frente aos 51 mil empregados do Santander.

"Na Espanha, em crise financeira, o Santander acaba de assinar ontem um acordo com os sindicatos sobre o processo de fusão do Banesto, garantindo mecanismos de informação, diálogo e respeito aos direitos dos funcionários, sem medidas traumáticas", salienta Cordeiro. "No entanto, o banco rechaçou firmar acordo semelhante, alegando que 'no Brasil as coisas são diferentes'".

"Os trabalhadores brasileiros não são de segunda categoria, contribuem com 26% do lucro mundial do banco e merecem o mesmo respeito dos trabalhadores espanhóis", aponta.

A Contraf-CUT cobrou ainda informações sobre os dados de emprego e o índice de rotatividade, mas eles nada informaram. "Os bancos agem com falta de transparência ao negar o direito à informação aos bancários", protesta Cordeiro.

"Diante da recusa ao diálogo do Itaú e do Santander sobre emprego, vamos chamar os sindicatos e as federações de todo país para discutir um processo de mobilização, onde não está descartada uma greve nacional para forçar os bancos a negociar compromissos de emprego, fim da rotatividade, mais contratações reversão das terceirizações e melhores condições de trabalho", aponta o dirigente sindical.

Pela Contraf-CUT, também estiveram presentes os secretários de organização do ramo financeiro, Miguel Pereira, e de imprensa, Ademir Wiederkehr. Também participaram os diretores do Sindicato dos Bancários de Brasília, Rosane Alaby e Washington Henrique da Silva.


Fonte: Contraf-CUT

terça-feira, 15 de janeiro de 2013



Contraf-CUT retoma negociação permanente em 2013 com Caixa nesta terça


Crédito: Fenae
FenaeA Contraf-CUT, federações e sindicatos retomam nesta terça-feira (15), às 15h, o processo de negociação permanente em 2013 com a Caixa Econômica Federal, em Brasília.

Estarão em pauta a implantação de novo sistema para autenticações nos caixas, as condições de trabalho nas unidades, o desligamento de empregado em estágio probatório e a avaliação por mérito de 2012.

Antes da rodada, a Contraf-CUT promove uma reunião da Comissão Executiva dos Empregados (CEE/Caixa), que assessora as negociações com o banco. O encontro ocorre no mesmo dia, às 9 horas, na sede da Fenae, na capital federal.

Fonte: Contraf-CUT com Fenae

segunda-feira, 14 de janeiro de 2013



Contraf-CUT discute rotatividade com Itaú e Santander no MTE no dia 16


Crédito: Guina - Seeb Brasília
Guina - Seeb BrasíliaAudiência de mediação foi solicitada pela Contraf-CUT e Sindicato de Brasília

O ministro do Trabalho e Emprego (MTE), Brizola Neto, promove na próxima quarta-feira, dia 16, às 14h30, uma audiência de mediação entre a Contraf-CUT e o Itaú e o Santander, em Brasília, para discutir a redução de empregos e a política de rotatividade dos dois bancos privados.

A data foi confirmada nesta sexta-feira, dia 11, após anúncio feito na quarta-feira, dia 9, durante audiência concedida para a Confederação e o Sindicato dos Bancários de Brasília, no gabinete do ministro, na capital federal.

Estiveram presentes o presidente e o secretário de imprensa da Contraf-CUT, Carlos Cordeiro e Ademir Wiederkehr, respectivamente, e o vice-presidente e a secretária de imprensa do Sindicato, Eduardo Araújo e Rosane Alaby, respectivamente. Também participou da audiência o secretário do Trabalho do MTE, Manoel Messias.

As entidades sindicais apresentaram novos dados do Dieese sobre milhares de demissões e de fechamento de postos de trabalho nas duas instituições financeiras. "De um lado, os bancários perdem seus empregos e, de outro, o governo amplia os gastos com seguro-desemprego. Só os bancos saem ganhando, porque reduzem a folha de pagamento e aumentam ainda mais os seus lucros", afirma Carlos Cordeiro, presidente da Contraf-CUT.

Brizola Neto se mostrou preocupado com os números apresentados e reafirmou o seu compromisso com a geração de empregos e o combate à alta rotatividade, manifestado na 14ª Conferência Nacional dos Bancários, ocorrida em julho, em Curitiba.

"A audiência de mediação marcada pelo ministro será uma boa oportunidade para buscar travar esse processo nefasto para o emprego de milhares de bancários", avalia Eduardo Araújo.

Itaú

Os dirigentes sindicais apresentaram dados do Dieese, a partir dos balanços do Itaú, que apontam o corte brutal de postos de trabalho nos últimos dois anos. O banco ceifou 7.831 empregos entre janeiro e setembro do ano passado.

Somente no terceiro trimestre de 2012, o número de trabalhadores recuou de 92.517 para 90.427, uma redução de 2.090 vagas em apenas três meses.

Desta forma, o banco aprofundou ainda mais o processo de extinção de empregos iniciado em abril de 2011, totalizando desde então o fechamento de 13.595 vagas, conforme análise feita pelo Dieese. "É um absurdo que o Itaú elimine mais de 13 mil de postos de trabalho em apenas um ano e meio, mesmo com todo este lucro faraônico", aponta Cordeiro.

O presidente da Contraf-CUT disse ao ministro que o quadro pode piorar ainda mais este ano. O diretor corporativo de Controladoria e de Relações com Investidores do Itaú, Rogério Calderón, defendeu a política "de ganhar eficiência em 2013, estratégia que pode incluir a redução de pessoal, embora em velocidade menor que no ano passado", conforme notícia divulgada na terça-feira (8) pela Agência Reuters. "Empresa eficiente não pode ser a que demite, mas a que emprega, valoriza os trabalhadores e presta bons serviços aos clientes e à sociedade", afirma Cordeiro.

Santander

O presidente da Contraf-CUT apresentou a análise técnica do Dieese com base nos dados do Caged de 2011 e 2012 que foram entregues pelo Santander à Contraf-CUT a partir de determinação da procuradora do Ministério Público do Trabalho, Ana Cristina Tostes Ribeiro.

O Santander contratou 14.692 empregados em 2012 e desligou 14.980, um corte de 288 postos de trabalho. O banco fechou o ano com quadro de 51.237 funcionários.

Desta forma, enquanto a taxa de rotatividade no setor bancário foi de 7,6%, o índice no Santander atingiu 28,8% em 2012.

"Isso foi quase quatro vezes superior à vigente no setor bancário como um todo. Isso significa que num período de 12 meses o banco 'girou' quase um terço do seu quadro de pessoal. Mantida essa taxa em três anos, o banco terá 'girado' quase 100% dos seus funcionários", avalia o Dieese.

Em dezembro, o Santander ainda promoveu demissões em massa. Após determinação do MPT, o Santander enviou para a Contraf-CUT uma lista de 1.280 desligamentos às vésperas do Natal. "O número só não foi ainda maior por causa das denúncias, protestos e mobilizações das entidades sindicais dos bancários em todo país", destaca Ademir. Segundo dados apresentados na quarta-feira em audiência de mediação no MPT, o banco disse que contratou 325 funcionários em dezembro, o que representa o corte de 955 empregos no último mês de 2012.

"Enquanto o Brasil não voltar a ser signatário da Convenção 158 da OIT, que proíbe demissões imotivadas, é preciso encontrar travas para acabar com essa verdadeira sangria de empregos nos bancos, especialmente os privados", ressalta Rosane Alaby.


Fonte: Contraf-CUT

quinta-feira, 10 de janeiro de 2013



MPT marca audiência ampliada sobre demissões no Santander para dia 17


Crédito: Guina - Seeb Brasília
Guina - Seeb BrasíliaSegunda mediação no MPT discute demissões e rotatividade no banco

O Ministério Público do Trabalho (MPT) decidiu marcar uma nova e ampliada audiência de mediação entre a Contraf-CUT e o Santander para a próxima quinta-feira (17), às 14h, em Brasília, o que possibilitará a participação de sindicatos e federações de todo país. A medida foi tomada pela procuradora do MPT, Ana Cristina Tostes Ribeiro, ao final da segunda mediação entre as partes, ocorrida nesta quarta-feira (9), na capital federal.

Pela Contraf-CUT, participaram Carlos Cordeiro, presidente, Ademir Wiederkehr, secretário de imprensa, e Sávio Lobato, assessor jurídico. Também esteve presente Rosane Alaby, secretária de imprensa do Sindicato dos Bancários de Brasília.

A procuradora disse que o banco estava disposto a estender o acordo firmado nos dissídios coletivos com os Sindicatos dos Bancários de São Paulo, ABC e Santos no TRT de São Paulo. O banco informou que na audiência de conciliação do dissídio proposto pelo Sindicato dos Bancários do Rio de Janeiro foi acertado que prevaleceriam os mesmos termos desse acordo.

A Contraf-CUT salientou que nos dissídios coletivos movidos pelos Sindicatos dos Bancários da Bahia e da Paraíba foram concedidas liminares, que permanecem vigentes. Também foi informado que a Federação dos Bancários de São Paulo e Mato Grosso do Sul ajuizou ação civil pública e obteve liminar, que igualmente continua em vigor. O Sindicato dos Bancários de Brasília disse que também entrou com ação civil pública, aguardando decisão sobre o seu pedido de reconsideração.

"O objetivo dessa audiência ampliada é garantir que cada entidade sindical possa se manifestar sobre as demissões em massa que ocorreram no banco espanhol em dezembro e apresentar propostas de reintegração dos demitidos e de combate à rotatividade, a fim de evitar que o mesmo processo de dispensas volte a acontecer agora em janeiro e nos meses seguintes", afirma Cordeiro.

Os representantes do banco informaram que o banco contratou 95 funcionários em 2013 até a presente data, mas não souberam dizer quantos já foram desligados até agora em janeiro.

Corte de 955 empregos em dezembro

Graças à determinação da procuradora do MPT na primeira audiência, o Santander enviou para a Contraf-CUT uma lista de 1.280 desligamentos em dezembro. Nesta quarta-feira, o banco disse que admitiu 325 funcionários no mesmo período.

"Isso mostra que houve um corte de 955 empregos em dezembro, a maior redução de vagas por mês nos últimos dois anos, conforme revelam os dados do Caged de 2011 e 2012", destaca Ademir. "O banco reconhece que mandou embora quase mil funcionários na véspera do Natal, muitos com mais de 10 e 20 anos de banco, perto da aposentadoria, só para reduzir custos e aumentar os lucros para mandá-los à Espanha", critica.

Rotatividade de 27,4%

Os representantes dos bancários apontaram que esses dados do Caged, igualmente entregues pelo Santander para a Contraf-CUT a partir de determinação da procuradora do MPT, comprovam a política nefasta de rotatividade, segundo análise técnica feita pelo Dieese. Enquanto a taxa no setor bancário foi de 7,6% entre janeiro e novembro de 2012, o índice no Santander atingiu 27,4% no mesmo período.

Clique aqui para ver a análise do Dieese.

"Isso foi quase quatro vezes superior à vigente no setor bancário como um todo. Isso significa que num período de 11 meses o banco 'girou' quase um terço do seu quadro de pessoal. Mantida essa taxa em três anos, o banco terá 'girado' quase 100% dos seus funcionários", avalia o Dieese.

O estudo revela que o banco desligou 13.700 empregados entre janeiro e novembro de 2012, com geração de 667 postos de trabalho no período, embora tenham sido registrados saldos negativos nos meses de março (-67), maio (-94), junho (-8) e novembro (-150). O maior desligamento ocorreu em outubro, mês após a assinatura da convenção coletiva, com 2.208 empregados.

Apesar dos números, o banco disse em ata que "não há nenhum plano de redução de quadros, com dispensa coletiva, bem como afirma que não está sendo vendido". Além disso, o banco registrou que "o seu turn over encontra-se dentro da média do segmento financeiro".

Reunião preparatória

Antes da audiência ampliada no MPT, as entidades sindicais estão convidadas a participar de uma reunião na mesma quinta-feira (17), às 10h, na sede da Contraf-CUT, em Brasília, para preparar os debates com o Santander.


Fonte: Contraf-CUT com Seeb Brasília

quarta-feira, 9 de janeiro de 2013


Contraf-CUT critica Itaú por buscar eficiência fazendo corte de empregos

 
A Contraf-CUT criticou nesta quarta-feira (9) a política do Itaú, manifestada pelo diretor corporativo de Controladoria e de Relações com Investidores, Rogério Calderón, "de ganhar eficiência em 2013, estratégia que pode incluir a redução de pessoal, embora em velocidade menor que no ano passado", conforme notícia divulgada ontem pela Agência Reuters.

Segundo a matéria, esse esforço do Itaú, no entanto, não será suficiente para que o maior banco privado da América Latina atinja a meta de eficiência prometida para este ano. "É muito pouco provável chegar ao índice (de eficiência) de 41% no final de 2013", disse Calderón.

O chamado índice de eficiência mede quanto um banco gasta para gerar receita. Portanto, quanto menor, melhor. Em setembro último, o do Itaú estava em 45,5%, enquanto o índice do Bradesco estava em 41,7% e a do Banco do Brasil, em 46,8%.

Segundo Calderón, o banco seguirá atuando fortemente em 2013 para melhorar o indicador, tanto na redução de despesas quanto na geração de receitas com tarifas. "Nossas despesas devem crescer menos que a inflação neste ano", afirmou o executivo.

Ainda segundo a Reuters, "o trabalho inclui novos esforços para reduzir duplicidade de funções, embora em velocidade menor do que recentemente".

Bancários repudiam demissões

O funcionário do Itaú e presidente da Contraf-CUT, Carlos Cordeiro, rebateu as afirmações de Calderón. "O banco quer turbinar ainda mais os seus lucros estrondosos e fazer com que os trabalhadores paguem a conta da pequena redução de juros". A instituição foi uma das que menos cortou suas taxas.

O Itaú obteve lucro líquido de R$ 10,102 bilhões nos nove primeiros meses de 2012. Se não fossem as altas provisões para devedores duvidosos, o resultado seria ainda maior.

Apesar do resultado bilionário, o banco cortou 7.831 postos de trabalho até setembro do ano passado. No terceiro trimestre, o número de trabalhadores recuou de 92.517 para 90.427, uma redução de 2.090 vagas em apenas três meses. Desta forma, o banco aprofundou ainda mais o processo de extinção de empregos iniciado em abril de 2011, totalizando desde então o fechamento de 13.595 vagas, conforme análise feita pelo Dieese.

"É um absurdo que o Itaú elimine mais de 13 mil de postos de trabalho em apenas um ano e meio, mesmo com todo este lucro faraônico", aponta Cordeiro. "Empresa eficiente não pode ser a que demite, mas a que emprega, valoriza os trabalhadores e presta bons serviços aos clientes e à sociedade", defende.

"Vamos responder essa estratégia do Itaú com organização e mobilização em todo país", adianta o presidente da Contraf-CUT. "Em vez de aprofundar as demissões e a rotatividade, está na hora de o Itaú contratar mais funcionários para acabar com a enorme sobrecarga de trabalho, melhorar o atendimento, baixar juros e tarifas, e contribuir para o desenvolvimento econômico e social do Brasil", conclui Cordeiro.


Fonte: Contraf-CUT com Reuters- http://www.contrafcut.org.br/noticias.asp?CodNoticia=33145

Contraf-CUT questiona modelo privado para banco de investimento do BB

 
A Contraf-CUT questiona a intenção do Banco do Brasil, manifestada pelo seu vice-presidente Paulo Cafarelli, de criar um banco de investimento em parceria com a iniciativa privada, conforme reportagem publicada nesta sexta-feira (4) no jornal Valor Econômico. Para a entidade, o projeto em estudo pelo BB reforça a orientação privada de gestão do banco, afastando-se cada vez mais do papel de empresa pública, além de desvalorizar a competência e o profissionalismo dos funcionários do banco.

"Um banco público vai abrir um banco de investimentos para atuar no mercado de capitais - o controle da nova empresa será do BB ou este vai ter só 49% das ações, para desta maneira se enquadrar como empresa privada e fugir da lei da licitação, de concurso público e outras exigências características de empresa pública?", pergunta o secretário de formação da Contraf-CUT e coordenador da Comissão de Empresa dos Funcionários do BB, William Mendes.

Parceria com iniciativa privada

A reportagem mostra claramente que a ideia do BB é fazer uma nova parceria com a iniciativa privada, o que traz enorme preocupação para os funcionários e a sociedade brasileira.

"Com a intenção declarada - e nada modesta - de se tornar o maior banco de investimentos do país, o Banco do Brasil (BB) estuda a possibilidade de destacar sua área de mercado de capitais em uma estrutura à parte, nos moldes da recém-criada BB Seguridade, que vai concentrar os negócios de seguros, previdência e capitalização", aponta o jornal.

"O projeto, ainda em fase preliminar de análise, prevê a criação de uma empresa à parte em parceria com uma instituição privada. A adoção de um acordo operacional ou uma joint venture controlada pelo BB, nos moldes da sociedade com a seguradora espanhola Mapfre, são dois caminhos em discussão", explica a matéria do Valor.

"Estamos fazendo vários estudos e vamos tomar uma decisão ao longo de 2013", afirmou o vice-presidente de atacado, negócios internacionais e private bank do BB, Paulo Rogério Caffarelli. Segundo ele, "o BB avalia medidas para se tornar mais competitivo perante os principais concorrentes".

Enfraquecimento do banco público

Para a Contraf-CUT, o desenho apresentado não explica qual é o modelo de banco de investimento que a direção do BB defende. "Vai investir diretamente recursos do banco ou captar no mercado? Vai oferecer participação a preço de banana para os sócios privados a participação no banco de investimento, sem cobrar o preço da 'placa' Banco do Brasil, que é um ativo de grande valor?", questiona William.

O BB deveria lembrar o que foi o processo de aquisição de metade das ações do Banco Votorantim. Com a justificativa de entrar no mercado de financiamento de automóveis, o BB gastou uma fortuna sem necessidade para comprar uma carteira de clientes que a 'placa' Banco do Brasil e sua imensa rede de agências poderia captar com um pequeno esforço de seu funcionalismo qualificado e dedicado.

Os bilhões de reais despejados no Votorantim serviram para salvar a família Ermínio de Morais de grandes problemas com aquela empresa. É o capitalismo à brasileira, lucros privados com risco público.

Saneada a empresa, os dividendos que deveriam ser do Governo Federal são divididos com a família que deveria estar capitalizando o Votorantim para resolver os problemas que criaram.

Para William, "em vez de aprofundar a gestão privada, o BB deveria resgatar a função de empresa pública que pertence ao povo brasileiro".

A Contraf-CUT questiona ainda: no anunciado banco de investimento, o BB vai continuar colocando a rede de agências para trabalhar a serviço dos sócios privados do novo banco, desvalorizando os funcionários de cá para valorizar os de lá?

Desvalorização dos funcionários

Outra preocupação da Contraf-CUT é com a proposta em estudo traz uma evidente desvalorização dos funcionários do BB, que são trabalhadores concursados e atuam com capacidade, dedicação e profissionalismo, encarando e vencendo desafios ao longo de mais de 200 anos de história do banco.

Segundo a reportagem, "um dos grandes entraves para isso é a remuneração da equipe. Nos bancos de investimentos, a maior parte do pagamento é variável e está atrelada ao desempenho do profissional e da instituição. Como banco público constituído por funcionários concursados, o BB não consegue reproduzir esse modelo e dessa forma não atrai talentos de outros bancos".

Caffarelli alega na matéria do Valor que "nossa única opção é formar a equipe. Temos um time fantástico, mas não conseguimos contratar gente de outros bancos". Segundo ele, "ao mesmo tempo, o volume de pessoas que mais perdemos para o mercado são do banco de atacado e da área de mercado de capitais." Para ele, "ao constituir uma companhia privada, essa questão poderia ser contornada", disse o executivo.

Ainda conforme Caffarelli, essa estrutura permitiria ao banco se tornar mais competitivo e também possibilitaria a criação de uma corretora de valores mobiliários. "O objetivo é criar áreas que estão faltando para o banco se tornar mais forte nesse mercado, como corretagem, análise e assessoria a operações de fusões e aquisições", afirmou. "Isso pode ser feito por meio da criação de uma empresa à parte, que prestaria serviços ao banco, ou a partir de uma estrutura montada dentro do próprio BB", aponta.

Lógica selvagem do mercado ameaça BB como banco público

Na visão da Contraf-CUT, esse modelo não só enfraquece o BB como banco público como também desvaloriza o seu maior patrimônio, que são os seus funcionários. "Vão usar o trabalho dos bancários do BB para prestar serviço de graça ao novo banco?", questiona William.

"Há ainda uma série de perguntas que devemos fazer aos dirigentes deste banco que tem mais de 70% de suas ações em propriedade do governo federal, ou seja, do povo brasileiro", ressalta o diretor da Contraf-CUT.

"A virada de ano deveria abrir um novo horizonte na gestão do BB, mas com essa construção de banco de investimento o que se percebe é mais um passo na lógica selvagem do mercado, que compromete o futuro da instituição como banco público a serviço do desenvolvimento econômico e social do país", conclui William.


Fonte: Contraf-CUT - http://www.contrafcut.org.br/noticias.asp?CodNoticia=33117