sexta-feira, 29 de maio de 2015

Reembolso por combustível 

reajustado no Santander

Após conquista de aumento no Bradesco, bancários do banco espanhol denunciaram defasagem no valor
São Paulo – O Sindicato cobrou e o Santander informou na quinta-feira 28 que irá reavaliar o valor de reembolso pago aos bancários que utilizam o próprio veículo para visitar clientes. 
Após o Sindicato ter conseguido aumento no valor pago aos funcionários do Bradesco, os trabalhadores do Santander também enviaram reclamações referentes à despesa com quilômetro rodado, que é de R$ 0,55.

“Esse reembolso está congelado há quase 10 anos e há muito tempo é insuficiente para cobrir as despesas de combustível e desgaste do veículo do trabalhador que precisa utilizá-lo para fazer visitas a clientes e prospecção de novos”, explica Maria Rosani, diretora executiva do Sindicato e funcionária do Santander.

Ao cobrar o banco, o Sindicato recebeu a informação de que foi dado encaminhamento à reivindicação e que em breve os trabalhadores terão resposta sobre o valor e a data do reajuste. “Não podemos aceitar que, além de prejudicar nossa saúde pressionados por metas abusivas que todos os dias nos são impostas, ainda termos de assumir despesas pela execução dessas imposições”, conclui a dirigente.

Leia mais
Reembolso maior por combustível no Bradesco
 
Luana Arrais – 28/5/2015 - http://www.spbancarios.com.br/Noticias.aspx?id=11373

HSBC confirma possibilidade de deixar o Brasil em até dois anos

  




O presidente do HSBC no Brasil, André Guilherme Brandão, confirmou que o banco britânico estuda deixar o país. Em encontro com o prefeito de Curitiba, Gustavo Fruet (PDT), André disse que a subsidiária brasileira ainda tenta demover os ingleses da ideia de vender seus ativos, com o argumento de que o mercado nacional é importante para a instituição financeira. O executivo ponderou que, caso seja concretizada, a transação levará de um a dois anos para ser concluída.

"Ele [André] me disse que há uma decisão de reposicionamento mundial do banco, não é algo específico com o Brasil. Eles acreditam que o país é um mercado muito importante. Este é o argumento que tem sido usado pela equipe brasileira para o banco continuar aqui. Mas a decisão não passa por eles", disse Fruet ao Congresso em Foco. Os dois se encontraram nesta quarta-feira (27), em São Paulo.

O banco tem mais de 21 mil funcionários e aproximadamente 850 agências em todo o país. Em fevereiro, o HSBC anunciou que a filial brasileira teve prejuízo de US$ 247 milhões no ano passado. Foi o pior resultado entre todas as subsidiárias latino-americanas. Pivô de um escândalo bilionário de evasão de divisas e sonegação fiscal, o chamado caso Swissleaks, a instituição tem apontado a saída de mercados emergentes como estratégia para cortar custos e riscos.

Empregos e receita

A possibilidade de um dos maiores bancos do mundo deixar o país preocupa o prefeito de Curitiba, cidade que abriga a sede da instituição no Brasil. O HSBC emprega diretamente 7,5 mil pessoas na capital paranaense e recolheu aos cofres da prefeitura R$ 85 milhões em Imposto sobre Serviços (ISS) só no ano passado. Isso equivale a 8% de todo o ISS arrecadado pelo município em 2014.

No Brasil desde 1997, quando comprou o banco paranaense Bamerindus, o HSBC movimenta outros setores da economia curitibana, como o de tecnologia da informação (TI). Fruet admite o receio da prefeitura com a perda de receita e empregos. Segundo ele, os dirigentes da instituição financeira no Brasil sinalizaram com um processo de transição caso o banco seja vendido - total ou parcialmente.

"Eles me disseram que uma operação dessa natureza não se concretiza em menos de um ou dois anos. Isso dá tempo para avançarmos nas conversas", avaliou o pedetista. "Além da questão financeira, temos projetos sociais, o evento de Natal na Rua das Flores, que é promovido pelo HSBC. Esse cenário gera todo tipo de apreensão", acrescentou.

Santander e Bradesco

O Santander e o Bradesco despontam como principais candidatos à compra do HSBC no Brasil. Mas há também a possibilidade de negociação com grupos estrangeiros que ainda não atuam no país. Em busca de informações, Gustavo Fruet se encontra com representantes do sindicato dos bancários nesta quinta-feira (28) e vai ao encontro do presidente do Santander, Jesús Zabalza.

Os rumores sobre a saída do HSBC do Brasil ganharam força no mês passado, quando o jornal britânico Financial Times publicou que o banco considerava vender a operação de varejo e uma parte de seus investimentos no país como estratégia de se afastar de mercados emergentes. Presente em mais de 80 países, o HSBC é considerado o maior banco europeu em valor de mercado. Mas, em 2014, registrou seu lucro anual mais baixo dos últimos cinco anos.

Swissleaks

O banco está no epicentro do chamado Swissleaks e virou alvo de investigações em vários países por causa de transações irregulares de sua filial suíça, acusada de ajudar clientes de mais de 200 países a sonegar impostos. O valor estimado da sonegação, entre novembro de 2006 e março de 2007, é de 104 bilhões de euros.

O caso gerou uma CPI no Senado brasileiro e a abertura de investigações por parte da Receita Federal e do Ministério Público. A Receita identificou a existência de 5.581 contas, ativas e inativas, de brasileiros no HSBC da Suíça. Desse total, 1.702 apresentavam saldo total de aproximadamente US$ 5,4 bilhões em 2006. Os casos mais graves identificados pelo Fisco, Banco Central e pelo Coaf terão a investigação aprofundada pela Polícia Federal e pelo Ministério Público Federal.

Rumor confirmado

Em comunicado à imprensa na última sexta-feira (21), o banco admitiu que estudava a possibilidade de vender seus ativos no Brasil. "O HSBC confirma que está explorando diversas opções estratégicas para suas operações no Brasil, incluindo uma potencial venda", afirmou. Mas ressaltou que nenhuma decisão havia sido tomada nem havia valor ou comprador em potencial.

No último dia 5, o presidente do HSBC no Brasil, André Guilherme Brandão, classificou como "rumores" a possibilidade de venda dos ativos do banco no país. "Não é a primeira vez que há rumores de que o HSBC deixaria o Brasil. Os últimos rumos se originaram a partir de um comentário do presidente-executivo do HSBC, Stuart Gulliver. 

O Brasil não teve resultados positivos recentemente e o HSBC avalia como reverter esse processo", respondeu em depoimento na CPI do HSBC, comissão formada no Senado para apurar irregularidades nas contas mantidas por brasileiros na filial suíça do banco. 

Fonte: Congresso em Foco - Edson Sardinha

quinta-feira, 28 de maio de 2015

Deputados aprovam fim da reeleição para presidente, governador e prefeito



Antes, Câmara aprovou doação de empresas a partidos, não a candidatos.
Texto completo da reforma política ainda terá que ser votado em 2º turno.
Nathalia Passarinho Do G1, em Brasília
Câmara dos Deputados aprovou na noite desta quarta-feira (27), por 452 a favor, 19 contra e uma abstenção, o fim da reeleição para presidente da República, governador e prefeito. A votação foi parte da série de sessões iniciada nesta semana, destinada à apreciação das propostas de reforma política.
O texto do fim da reeleição, de autoria do relator, deputado Rodrigo Maia (DEM-RJ), não altera o tempo atual de mandato (quatro anos), mas, nesta quinta-feira (28), o plenário analisará a ampliação da duração do mandato para cinco anos. Antes de votar o fim da reeleição, os deputados rejeitaram nesta quarta o financiamento exclusivamente público das campanhas e aprovaram a doação de empresas a partidos, mas não a candidatos.
A proposta de emenda à Constituição da reforma política começou a ser votada no plenário nesta terça (26). Por decisão dos líderes partidários, cada ponto da PEC, como o fim da reeleição, será votado individualmente, com necessidade de 308 votos para a aprovação de cada item. Ao final, todo o teor da proposta de reforma política será votado em segundo turno. Se aprovada, a PEC seguirá para análise do Senado.
Fim da reeleição
Pelo texto aprovado pelos deputados, a nova regra de término da reeleição não valerá para os prefeitos eleitos em 2012 e para os governadores eleitos em 2014, que poderão tentar pela última vez uma recondução consecutiva no cargo. O objetivo desse prazo para a incidência da nova regra foi obter o apoio dos partidos de governantes que estão atualmente no poder.
Durante a votação em plenário, os líderes de todos os partidos orientaram que os deputados das bancadas que votassem a favor do fim da reeleição.
“O entendimento da nossa bancada é que [a reeleição] foi um instrumento que não se mostrou produtivo para o nosso país”, disse o líder do PMDB, Leonardo Picciani (RJ).
Também defensor do fim da reeleição, o líder do Solidariedade, Arthur Maia (BA), argumentou que o uso da máquina pública pelo governante que está no poder torna desigual a disputa com outros candidatos.
“É desigual e injusto alguém disputar eleição contra o governante que está no poder com todos os favorecimentos que este poder proporciona”, discursou.
O líder do PT, Sibá Machado (AC), defendeu o fim da reeleição, com a manutenção do mandato de quatro anos.
“Nossa bancada vai orientar o voto sim, pelo fim da reeleição. Todos nós sabemos que a reeleição foi introduzida por um governo do PSDB”, declarou.
O PSDB também defendeu acabar com a possibilidade de reeleição, ressaltando porém, que essa regra “cumpriu o seu papel histórico”.
“A avaliação da bancada é que devemos caminhar para um novo ciclo, pelo fim da reeleição com mandato de cinco anos. Amanhã [quinta[, discutiremos o período do mandato”, disse o deputado Marcus Pestana (PSDB-MG).
Financiamento
Mais cedo, nesta quarta, a Câmara aprovou incluir na Constituição autorização para que empresas façam doações de campanha a partidos políticos, mas não a candidatos.
As doações a candidatos serão permitidas a pessoas físicas, que poderão doar também para partidos. O texto foi aprovado por 330 votos a favor e 141 contra.
No início da madrugada de quarta, o plenário havia rejeitado emenda de autoria do PMDB que previa doação de pessoas jurídicas tanto a partidos quanto a campanhas de candidatos.
A derrubada dessa emenda foi interpretada por lideranças políticas como uma derrota do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), e do vice-presidente Michel Temer, que negociaram pessoalmente a votação do artigo da PEC.
O PMDB, então, se empenhou para aprovar, pelo menos, uma emenda que garantisse a doação de empresas aos partidos políticos.
Outras siglas da base aliada e da oposição defenderam a proposta, como o PR. “Esse é o texto mais equilibrado que temos. Impede a doação a varejo aos candidatos, mas permite a doação aos partidos. Posteriormente as leis estabelecerão limites a essas doações”, disse o líder do PR, Maurício Quintella Lessa.
O PT, porém, favorável ao financiamento exclusivamente público, se posicionou contra. O vice-líder do partido Alessandro Molon (PT-RJ) defendeu a derrubada da emenda para que se negociasse, posteriormente, uma solução em projeto de lei que garantisse maior “equilíbrio” na distribuição de recursos de campanha.
“Se derrotarmos, teremos tempo para conseguir uma solução para todos nós. Hoje, pela regra, qualquer um de nós pode receber, partidos e candidatos. Se essa emenda for aprovada, só os partidos poderão receber recursos. Vamos encontrar uma solução que estabeleça uma distribuição equânime”, defendeu.
Fonte: G1
Diretoria Executiva da CONTEC

COEs traçam estratégias para negociações com bancos privados

  




Crédito: Jaílton Garcia - Contraf-CUT
Jaílton Garcia - Contraf-CUTOs encontros nacionais dos funcionários de bancos privados, realizados em São Paulo, terminaram nesta quarta-feira (27) com definições importantes para as Comissões de Organização dos Empregados (COEs) do Bradesco, Itaú, Santander e HSBC.

Os trabalhadores do Bradesco, que se reuniram no Braston São Raphael - no Largo do Arouche -, elegeram Gheorge Vitti Holovatiuk para a coordenação da COE. Os bancários ainda avaliaram importante pensar em um novo modelo para o Bradesco, pois o atual não serve nem ao trabalhador nem ao cliente. Outra ideia discutida foi pensar o banco como holding, para que todos trabalhadores do ramo financeiro sejam comtemplados nas negociações dos bancários. 

Já o encontro dos funcionários do Itaú, no hotel Braston da Rua Martins Fontes, foi dividido em quatro temas: segurança bancária; emprego e remuneração; plano de saúde e saúde e condições de trabalho. No grupo de segurança bancária, foram aprovadas propostas, como transferir a responsabilidade da posse das chaves dos funcionários para empresas especializadas, fim imediato das revistas pessoal e intima; e, no caso de assaltos, as agências só podem ser reabertas com a vistoria e autorização da Delegacia de Controle de Segurança Privada (Delesp).

No grupo de emprego e educação, a ideia é combater práticas de horário estendido, rotatividade (turn-over) e a terceirização. Na área de saúde, a proposta é a manutenção da autogestão do plano de saúde e reimplantação de escritórios estaduais, como havia anteriormente, além da ampliação da rede credenciada. Diversos temas foram abordados pelo grupo que debateu as questões de saúde e condições de trabalho, como a efetiva inclusão das pessoas com deficiência nos quadros do banco, cumprimento das cotas previstas em lei, combate à discriminação e preconceito, com políticas claras e construídas coletivamente e garantias de formação profissional e possibilidade de ascensão profissional.

"Conseguimos debater as questões centrais e trocar experiências com trabalhadores de todos os cantos do País", afirmou a coordenadora da Comissão de Organização dos Empregados (COE) do Santander, Maria Rosani, sobre ocorrido no Hotel Boulevard São Luiz.

Ela destaca quatro temas como os principais do evento. Saúde e condições de trabalho, Emprego e terceirização, Plano de previdência complementar do Santander e Plano de saúde complementar do Santander. 

Fonte: Contraf-CUT

Trabalhadores do HSBC fazem ato em frente ao Banco Central contra demissões

  



Crédito: Caetano Ribas - Contraf-CUT
Caetano Ribas - Contraf-CUTOs trabalhadores do HSBC realizaram um ato em frente à sede do Banco Central em São Paulo nesta quarta-feira (27). A manifestação teve o objetivo de chamar a atenção para os riscos em relação à manutenção do emprego e dos direitos, caso a instituição inglesa deixe de atuar no Brasil. O banco confirmou informação à imprensa sobre a possível venda da unidade brasileira e enviou comunicado aos funcionários. "O Banco Central não pode fechar os olhos para as facilidades que foram oferecidas ao HSBC quando da sua chegada ao Brasil. Foram 5,8 bilhões em 1997 utilizados nessa operação", lembra Cristiane Zacarias, coordenadora da Comissão de Organização dos Empregados do HSBC

O ato foi definido no encontro nacional dos trabalhadores no HSBC, que terminou hoje, no Hotel Braston Augusta. Durante os dois dias, dirigentes sindicais discutiram as ações já realizadas e seus reflexos, bem como debateram as futuras ações. "Avaliamos como positiva a antecipação das ações, como contatos com parlamentares em todas as esferas. As audiências realizadas junto ao Banco Central e ao Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) apontaram uma outra linha de atuação nos órgãos reguladores do sistema econômico", revelou Cristiane. 

Fonte: Contraf-CUT

Bico calado é alternativa ao Fale

 Francamente

Programa do Itaú para avaliar gestores é uma “farsa” e deve ser denunciado ao Sindicato, uma vez que bancários estão sendo ameaçados quando falam a verdade ou quando não respondem
São Paulo – O Itaú mais uma vez está pisando na bola com a metodologia do Fale Francamente, pesquisa interna de satisfação. Entre as perguntas, estão avaliações dos gestores da área, meritocracia, ambiente de trabalho. No entanto, quem responder a verdade é punido e quem não responder, também. A saída é a direção do banco reorientar gestores assediadores que não aceitam críticas.

Na pesquisa, o gestor recebe uma nota de acordo com a avaliação dos trabalhadores. Se o percentual de satisfação for baixo, os avaliadores são identificados e cobrados. “Gestor com avaliação ruim tem assediado bancários, ameaçando seus empregos. Nós também temos nossa avaliação: o Fale Francamente é uma farsa”, protesta a diretora executiva do Sindicato Marta Soares. Denúncias sobre o programa já foram feitas em 2013, mas as queixas continuam.

O dirigente sindical Sergio Lopes, o Serginho, orienta que os bancários do Itaú não respondam à pesquisa do banco, uma vez que poderão sofrer represálias. “O login para acessar a pesquisa é nada menos que o CPF do funcionário. Portanto, é fácil a identificação e não é possível confiar no sigilo garantido pelo banco. Além de desmascarar o Fale Francamente enviando as denúncias ao Sindicato, os trabalhadores também podem fazer suas críticas sobre a gestão, supervisão e dificuldades no ambiente de trabalho, como assédio moral e falta de segurança, problemas com o mobiliário, ar-condicionado, entre outros tantos”, informa. “O sigilo será mantido e dirigentes sindicais entrarão em contato com o Itaú para resolver e melhorar a qualidade de vida para os bancários”, explica o dirigente.

Denúncias podem ser feitas pessoalmente aos representantes sindicais, pelo 3188-5200, no setor “site” do Fale Conosco (clique aqui) e ainda por mensagem direta nas redes sociais da entidade que representa os bancários:Twitter e Facebook.


Gisele Coutinho – 27/5/2015
 

Ato pede manutenção de empregos

 no HSBC

Bancários de todo o país estão mobilizados e acompanhando negociação de venda do banco no Brasil
São Paulo – Um ato promovido pelo Sindicato em frente ao Banco Central, na Avenida Paulista, cobrou a manutenção dos empregos e garantia de direitos aos trabalhadores do HSBC. O protesto, na manhã da quarta-feira 27, é o segundo desde que o HSBC confirmou em 22 de maio que pode ser vendido. O banco inglês afirma que ainda não há decisão de prosseguir com nenhuma transação e assume que existe a possibilidade de passar para outra instituição suas operações no Brasil, onde tem cerca de 21 mil funcionários e 850 agências.

> Bancários devem se preparar para greve
Ato no Casp alerta sobre riscos da fusão

Rumores dão conta de que o processo de venda possa ser concluído até o final de agosto. “Queremos chamar a atenção do Banco Central para que leve em consideração na negociação a manutenção dos empregos dos mais de 20 mil funcionários do HSBC no Brasil”, explicou Liliane Fiuza, diretora do Sindicato e funcionária do banco. A manifestação reuniu representantes sindicais de todo o país.

Liliane lembra que a negociação pode afetar não só os bancários como a economia de alguns lugares como Curitiba, cidade onde está a maior concentração do HSBC. “Lugares assim têm sua economia girando em torno do banco. Por isso, estamos todos unidos em prol dos trabalhadores e para que os empregos sejam mantidos independente da negociação em que o banco se envolva.”

Demissões ocorridas no final de 2014 iniciaram os rumores da venda que se intensificaram este ano após o escândalo a filial suíça do HSBC.

> Investigação revela evasão no HSBC suíço

Em 17 de abril uma notícia sobre a possível venda da operação de varejo e de parte do banco de investimento no Brasil foi veiculada em primeira mão pelo jornal Financial Times.

Bancos como Santander, Itaú, Bradesco, BTG Pactual, o canadense Bank Of Nova Scotia e o chinês ICBC, estariam interessados na compra.

“Estamos em uma tensão imensa, muito preocupados”, ressaltou Liliane lembrando que neste momento os bancários devem estar unidos e buscar informações somente por meio do Sindicato. “E caso seja necessário, vamos paralisar as atividades para defender empregos e direitos.”

Luana Arrais – 27/5/2015

Caixa freia contratações e 

empregados sofrem

Banco empossou apenas 48 bancários nos meses de março e abril. Dirigentes cobram mudança de postura
São Paulo – Mais trabalhadores para a Caixa foi o tema central da discussão dos integrantes da Comissão de Empresa dos Empregados (CEE) e a direção do banco público na negociação realizada na terça 26.

Os dirigentes sindicais criticaram a morosidade na contratação de pessoal que praticamente foi congelada neste ano. Os negociadores da Caixa apresentaram dados, revelando que de 1º de março a 30 de abril apenas 48 novos empregados ingressaram na empresa contra a saída de 1.341 bancários, a maioria por meio do Programa de Apoio a Aposentadoria (PAA).

Esse número pode crescer, pois o prazo de saída pelo PAA expira na sexta 29.

“No ano passado conquistamos no acordo aditivo à Convenção Coletiva de Trabalho a contratação de mais 2 mil empregados até dezembro deste ano. Esse número era para minimizar a situação caótica das unidades, antes desse verdadeiro êxodo provocado pelo PAA. Tem de haver a reposição dos que saíram, além de contratar mais 2 mil pessoas. Essa demora apenas aumenta a sobrecarga de trabalho”, afirma o diretor executivo do Sindicato e integrante da CEE, Dionísio Reis.

Os representantes do banco público afirmam que a média é de sete bancários por unidade, sem previsão para redimensionamento. E não se posicionaram quanto a acelerar o ritmo de contratações, apesar de já haver concursados aguardando.

O Sindicato vai reunir esses trabalhadores na quinta-feira 28, no Auditório Amarelo, a partir das 9h.

Agências punidas – Os integrantes da CEE questionaram a prática da Caixa de se dispor a atender pedido de aumento de dotação de trabalhadores em locais que atingem metas e negar às agências que não as cumprem. A Caixa confirmou que prioriza as contratações para estabelecimentos com desempenho melhor e não mostrou disposição em alterar essa política.

Dionísio critica: “O principal motivo de uma agência não ter desempenho melhor é por falta de gente. Logo é necessário atender solicitações de todas as unidades. Sem isso, tanto o trabalhador quanto a população sofrem com a precariedade no atendimento”.

Banco de Habilitados – Os dirigentes protestaram, ainda, contra o processo do Banco de Habilitados para promoção. Segundo a representação dos empregados, falta transparência e credibilidade na seleção. Além disso, pelas regras estabelecidas unilateralmente pela instituição, os candidatos nem sequer podem recorrer do resultado.

A comissão dos empregados reivindicou a suspensão da trava de seis meses, garantido o direito de todos que se sentiram prejudicados a se inscrever para uma nova seleção. A Caixa ficou de levar à área responsável as denúncias e a reivindicação.

Áreas meio – A carência de pessoal atinge não apenas a rede de agências, mas as chamadas áreas meio concentradas nos complexos administrativos. Nesses locais a dotação é mais demorada, uma vez que, obrigatoriamente, o novo contratado tem de primeiro passar pela unidade. Cobrada para dar solução, a Caixa diz estudar reestruturação para o segmento.

Substituições – O banco público voltou a negar a reivindicação da CEE de revogar a circular 055, que restringe as substituições “em cascata” de empregados que executam temporariamente funções gratificadas e cargos em comissão.

Tesoureiros – Os sindicalistas cobraram o cumprimento da cláusula 56 do acordo aditivo, que prevê melhorias nas condições de trabalho dos tesoureiros. O segmento sofre com problemas de estrutura física, segurança, falta de pessoal, entre outros. A Caixa alegou ter implementado algumas ações como a revisão das atividades com a melhoria dos processos, a digitalização de documentos, acertos operacionais e a conta acerto passou a ser centralizada na Gerência de Retaguarda. Para o segundo semestre está previsto que a conferência de cheques seja feita diretamente pela Giret e a rotina de custódia será automatizada.

Tecnologia – Outro segmento debatido foi o de tecnologia. Pelo acordo aditivo, a instituição tem de apresentar proposta de carreira para o setor até final do primeiro semestre deste ano. Os representantes do banco público informaram que está sendo feito estudo e o tema será apreciado pelas instâncias envolvidas.

Fóruns regionais – Ficou definida a prorrogação até 31 de agosto para conclusão dos trabalhos dos projetos pilotos dos Fóruns Regionais de Condições de Trabalho em andamento em Brasília, Campinas, Curitiba, Fortaleza, Rio de Janeiro e São Paulo.

O objetivo dos fóruns é buscar medidas para prevenir e combater problemas relativos ao cumprimento da jornada de trabalho, assédio moral, cobrança por metas abusivas e falta de estrutura das unidades.

Ficou agendada para 16 de junho a primeira reunião do Fórum Nacional de Condições de Trabalho.

Saúde Caixa – A CEE referendou o acordo para destinação do superávit do Saúde Caixa com uma ressalva: que a redução da coparticipação de 20% para 15% entre em vigor em 1º de julho deste ano. A Caixa defende que isso só ocorra a partir de janeiro de 2016, mas informou que a reivindicação será analisada.

Adiantamento odontológico – Os representantes do banco confirmaram que o adiantamento odontológico foi suspenso, porque a metodologia será revista. A CEE solicitou rapidez nessa questão, pois esse recurso foi criado para custear serviços sem cobertura do Saúde Caixa.

A próxima reunião da mesa permanente de negociação foi agendada para 20 de julho.


Jair Rosa com informações da Fenae – 27/5/2015 - http://www.spbancarios.com.br/Noticias.aspx?id=11353

PL libera terceirização na Caixa, 

Petrobras e no BB

Apesar de emenda aprovada na Câmara tirar empresas públicas do projeto, texto final refere-se somente a administração direta, fundações e autarquias
São Paulo - A CUT, o Sindicato e parceiros dos movimentos sindical e sociais promovem na sexta 29 mais uma manifestação nacional em 2015 contra o retrocesso e os ataques aos direitos trabalhistas. Um dos pontos da agenda é a retirada do projeto de lei que permite a terceirização sem limites.

> Bancários vão parar contra o PL da Terceirização

Aprovado na Câmara dos Deputados como Projeto de Lei (PL) 4330, o texto seguiu para o Senado como PLC 30 (Projeto de Lei na Câmara) sem acatar as propostas de organizações como a CUT.

Sem essas mudanças, tramita com ao menos cinco armadilhas que atacam a organização sindical e fragilizam a proteção aos direitos trabalhistas, conforme destaca a coordenadora executiva do Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos), Patrícia Pelatieri.

Serviços públicos – Além da ampliação da terceirização para qualquer atividade na empresa, Patrícia aponta que o texto abre a possibilidade de contratação de terceirizados na atividade-fim (a principal da empresa) de estatais e sociedades de economias mistas como Banco do Brasil, Petrobras e Caixa Federal.

Ela explica que, apesar de uma emenda aprovada durante a votação do PL 4330 retirar do projeto as empresas públicas, o texto final se refere somente à administração direta, às fundações e autarquias.

Prestador de serviço - O projeto erra ao abrir portas para que as terceirizadas sejam associações ou cooperativa e cria outra categoria econômica, a de prestadores de serviços, afirma Patrícia.

“Embora o projeto de lei, na justificativa que trata de prestadores de serviços especializados refira-se a ‘determinados serviços’, na redação onde conceituou as empresas terceirizadas fala em prestadores de serviço e isso cria uma nova categoria econômica. Portanto, ao invés de termos bancários, metalúrgicos e professores, podemos ter prestadores de serviço em bancos, metalúrgicas e escolas”, explica.

Os três pontos juntos facilitam a transformação dos trabalhadores com carteira assinada em pessoas jurídicas (PJ), sem direitos como 13º salário, férias e FGTS e afetam diretamente a possibilidade de representação sindical.

Para o assessor jurídico da CUT, Eymard Loguércio, o conceito de categoria preponderante, para avaliar qual sindicato pode representar um grupo de trabalhadores, desapareceu e o texto estimula uma fragmentação ainda maior da organização dos trabalhadores.

“A companhia aérea poderá criar outras empresas especializadas em fornecer pessoal de terra, piloto, comissário com piores salários e menos direitos”, exemplifica.

Para Patrícia, ainda que um artigo do texto garanta a representação para o sindicato da categoria preponderante – sindicato dos metalúrgicos, no caso de empresas automobilísticas, sindicato dos bancários, no caso de financeiras, e assim por diante – isso nunca acontecerá porque as terceirizadas serão sempre enquadradas como prestadoras de serviços.

“Quando conceitua que é especializada em prestação de serviço, esse artigo fica inócuo, porque na caracterização nunca será da mesma categoria econômica. E isso afeta diretamente os sindicatos mais representativos”, diz.

PJ e quarteirizações - A coordenadora do Dieese critica ainda o trecho do projeto que trata da permissão aos trabalhadores se tornarem sócios das empresas contratantes depois de 12 meses do seu desligamento. Período que deixa de existir em caso de aposentadoria.

Esse trecho, casado à possibilidade de serviços realizados por cooperativas, pode gerar uma enxurrada de CNPJs com o mesmo prestador de serviços sem os atuais direitos trabalhistas no prazo de um ano.

“A redação do artigo é feita de tal forma que precisa ler muito e analisar com muita calma para perceber as armadilhas”, define Patrícia.

Ela também questiona a possibilidade da subcontração por conta da lógica que norteia a lei. Se a terceirizada precisa ser especializada em determinado serviço, por que precisaria contratar outra para realizar a atividade?

“Ora, se está dizendo que empresas são especializadas, por que precisa acionar outra para fazer o trabalho para o qual foi contratada e no qual deveria ser especializada? Na prática, a possibilidade de fazer várias subcontratações burla outra proibição, a defesa do fim da intermediação da mão de obra pregada pelos favoráveis ao projeto. Com a quarteirização, ela continua existindo.”


Luiz Carvalho e Vanessa Ramos, da CUT - 26/5/2015 - http://www.spbancarios.com.br/Noticias.aspx?id=11324

quarta-feira, 27 de maio de 2015

Curitiba teme perdas com possível venda do HSBC


A cidade de Curitiba teme uma grande queda de arrecadação, caso o HSBC seja vendido e o novo comprador transfira sua sede para outro município, como São Paulo.
O banco é o maior contribuinte da capital -são R$ 86 milhões, quase 10% da arrecadação do ISS de Curitiba.
"Ainda não se sabe o que ocorrerá, mas nos preocupa, não só pela arrecadação, como por empregos, pela renda da cidade, pela cadeia de fornecedores formada e pela atuação social do banco", diz Eleonora Fruet, secretária municipal de Finanças.
O cenário ideal é que a unidade brasileira do banco britânico fique em mãos estrangeiras sem presença no Brasil, como as de chineses ICBC e CCB e do canadense Scotiabank, diz o sindicato local de bancários. "Sem estrutura no país, poderiam continuar na cidade, diferentemente de um banco nacional, como o Bradesco", diz o presidente da entidade, Elias Jordão.
O Santander, outra instituição que também sinalizou interesse na aquisição, já tem 72 agências na região metropolitana de Curitiba -quase o dobro das unidades do HSBC na área.
"Conversamos com o Banco Central, o Cade e parlamentares para minimizar o impacto. Pedimos que não olhem apenas o lado financeiro, mas o social também."
Os presidentes do HSBC, André Guilherme Brandão, e do Santander, Jesús Zabalza, já agendaram reuniões com o prefeito Gustavo Fruet.
SEM DATA PARA O IP
A intenção era que o IPO (oferta inicial pública de ações, na sigla em inglês) acontecesse neste ano, mas a situação do mercado não deve colaborar para a rede de farmácias Pague Menos estrear na Bolsa tão cedo.
"Estamos prontos desde 2012. Quem sabe conseguimos fazer [o IPO] no próximo ano, mas tudo dependerá da imagem do Brasil no exterior", diz o presidente da empresa, Deusmar Queirós.
"Por enquanto, nenhum estrangeiro quer investir aqui. Há meses, não vemos um IPO acontecer."
A recusa de Queirós em vender o controle da companhia também restringe compradores. Seu limite máximo é de 30%. "É uma empresa muito boa. Por que vou me desfazer dela?"
Enquanto não aparece o momento certo de entrar na Bolsa, a rede segue seu projeto de expansão pelo país. Nesta semana, fará sete inaugurações. Durante 2015, deverão ser 90.
"A crise não ocorre com todos. Em cidades menores, que não dependem da indústria, o ritmo está bom. Os segmentos de beleza, higiene e saúde não sofrem."
R$ 4,4 BILHÕES foi o faturamento da empresa no ano passado
R$ 5,2 BILHÕES é o faturamento previsto para 2015
19 MIL são os funcionários
762 são as lojas em operação
DESENHO GEOGRÁFICO
No Brasil desde 1994, a Disney ainda tem como um de seus principais desafios a distribuição de produtos licenciados no país.
Com 200 empresas autorizadas a produzir, vender e revender itens licenciados da marca, a companhia busca parceiros regionais para ampliar o alcance em cidades menores.
"Nenhum parceiro nacional consegue estar em todos os municípios. O Brasil é extenso e o transporte é muito caro", diz Miguel Vives, presidente da Disney no país.
No Nordeste, a empresa alocou mais três ou quatro pessoas para avaliar oportunidades e buscar parceiros, de acordo com o mexicano Vives.
As vendas pelo e-commerce, lançado no início deste ano para atender pequenas e médias empresas, ainda não são muito expressivas para o faturamento do grupo.
"Estamos tendo um resultado interessante, principalmente na venda de brinquedos, mas o canal terá representatividade maior só daqui uns dois ou três anos", conclui o executivo.
20 MIL é o portfólio de produtos comercializados no Brasil
38% é a participação dos vestuários no faturamento da divisão de consumo no país
US$ 12,5 BILHÕES foi a receita global no segundo trimestre fiscal de 2015, encerrado em 28 de março, ou cerca de R$ 39,4 bilhões
Novo... Felipe Clemente Santos é o novo diretor-presidente da Apae São Paulo. Neto de Jô Clemente, uma das fundadoras da entidade, Santos atua como voluntário desde 2004.
...presidente O anúncio será feito no próximo dia 2, no 8º Leilão de Vinhos da Apae.
Luz... A Bunge Brasil registrou no ano passado um aumento de 38% na cogeração de energia elétrica em suas usinas de cana-de-açúcar, na comparação com 2013.
Fonte: Folha de S. Paulo
Diretoria Executiva da CONTEC

Trabalhadores de bancos privados definem pauta especifica

  



Crédito: Jaílton Garcia - Contraf-CUT
Jaílton Garcia - Contraf-CUTUma pauta unificada para todo Brasil. Esse foi o ponto em comum dos quatro encontros nacionais dos funcionários de bancos privados, que começaram nesta terça-feira (26), em São Paulo.

Os trabalhadores do Bradesco, concentrados no Hotel Braston São Raphael, no Largo do Arouche, iniciaram o trabalho com uma análise dos resultados do banco, a partir de uma apresentação do Dieese. "São indicadores que vão nos ajudar a planejar nossas políticas, já que nós estamos começando uma campanha nacional de valorização do bancário", comenta Neiva Maria Ribeiro dos Santos, secretária de formação do Sindicato dos Bancários de São Paulo.

Os participantes fizeram também uma análise da estrutura da holding Bradesco. "É a estratégia da Contraf criar o ramo financeiro. Então, vamos lutar pela contratação diferenciada, para trazer esses trabalhadores para dentro do acordo coletivo dos bancários", explica.

Neiva revela também que o encontro ainda vai traçar estratégias de organização para construção do ramo, além de planejar a atuação da Comissão de Empregados (COE) nos próximos anos. "Nós vamos debater um mote único para todo o Brasil. É importante para que a gente possa construir uma pauta específica, além da campanha nacional unificada. Nossa pauta tem 18 itens e queremos atualizá-la com questões como auxílio-educação, inclusão de pais e mães no plano de saúde e remuneração variável."

Os bancários do Santander, reunidos no Hotel Boulevard São Luiz, fizeram uma análise do balanço do banco, em cima dos dados apresentados pelo Dieese. "Com esses números na cabeça, podemos iniciar o alinhamento político de ação nacional para defender nossas demandas e traçar um plano de luta para cobrar o banco", informa a coordenadora da Comissão de Organização dos Empregados (COE) do Santander, Maria Rosani.

Para ela, quando a categoria mostra uma unidade nacional, o movimento ganha mais força. "A ação nacional nos dá mais poder na mesa de negociação. Mas, não podemos usar sempre, só quando há real necessidade."

No hotel Braston Martins Fontes, os funcionários do Itaú definiram questões centrais para este ano, como os nomes da Comissão de Organização dos Empregados (COE) e pontos de contatos nas federações, a periodicidade de reuniões e um alinhamento de conteúdo para os materiais de comunicação da campanha. "Este é o período de reorganizar a comissão e escutar todas as demandas nacionais para definirmos uma pauta única e negociar a agenda de negociação com os bancos", acredita Jair Santos, coordenador da COE.

HSBC: Contra demissões
Como já estava previsto, o encontro do HSBC, no Hotel Braston Augusta, discutiu o anúncio feito pelo banco inglês de que analisa a venda de seus ativos financeiros no Brasil. "Queremos dar visibilidade a este processo e mostrar para a sociedade os reflexos sociais negativos dessa venda. Pois, os órgãos reguladores consideram apenas as questões mercadológicas e esquecem das pessoas e de suas necessidades", garante Cristiane Zacarias, coordenadora da Comissão de Organização dos Empregados do HSBC. "Nós estamos aqui fazendo a luta em defesa do emprego. Esta luta, no fundo, também é pela defesa e ampliação dos direitos dos bancários", completa. 

Fonte: Contraf-CUT

terça-feira, 26 de maio de 2015

Caixa divulga regras de promoção por mérito


Cada empregado pode indicar de dois a oito colegas da sua unidade que atendam a critérios de avaliação A Caixa Federal divulgou internamente na sexta-feira 22 as regras para Promoção por Sistemática Anual, conhecida anteriormente por Promoção por Mérito.
É muito importante a promoção por mérito que conquistamos a partir de 2008 com o novo PCS da Caixa. Garante, junto com a promoção por antiguidade, que o empregado possa ter um reajuste de mais de 6% acima do aumento que recebe a categoria. Isso é fruto da luta e da organização dos empregados e a Caixa não pode vincular à realização de metas.
Pelas novas regras, está assegurada a conquista de um delta com 40 pontos, 10 a menos que na metodologia anterior. A sistemática terá uma pontuação máxima de 70 pontos.
Os critérios objetivos serão distribuídos da seguinte forma: 20 pela conclusão de 30 horas anuais de módulos da Universidade Caixa, cinco pontos pela participação no Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional (PCMSO) e outros 15 pontos para a frequência medida pelo Sistema de Ponto Eletrônico (Sipon).
Além dos critérios objetivos, a sistemática da promoção por merecimento prevê critérios subjetivos que contam 20 pontos. Cada empregado poderá indicar de dois a oito empregados da sua unidade (preferencialmente da sua equipe) que atendam aos critérios de avaliação como relacionamento no ambiente de trabalho e contribuição para a solução de problemas.
O número de indicações variará em função do tamanho da unidade, e a distribuição dos 20 pontos vai variar em função do número de indicações recebida por cada empregado. Fica garantida também a pontuação extra de 10 pontos para iniciativa de autodesenvolvimento.
Fonte: FEEB-PR
Diretoria Executiva da CONTEC

Santander confirma que estuda proposta para comprar HSBC Brasil


O presidente do Santander Brasil, Jesús Zabalza, confirmou nesta terça-feira (19) que o banco está estudando fazer uma proposta para a aquisição do HSBC Brasil.
O presidente do Santander Brasil, Jesús Zabalza, confirmou nesta terça-feira (19) que o banco está estudando fazer uma proposta para a aquisição do HSBC Brasil. Nenhuma proposta foi feita, segundo o executivo, e o processo está sendo assessorado pelo Goldman Sachs. "Estamos estudando fazer uma proposta. Ainda não fizemos e não podemos falar por outro banco (HSBC). Não visitamos o data room do banco", disse Zabalza.
O executivo afirmou que o valor de mercado de cerca de US$ 4 bilhões da unidade brasileira do HSBC não é um exagero e é acessível ao Santander. "Para um banco como o Santander, não é nada exagerado. É um valor acessível", afirmou ele em coletiva de imprensa. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
Zabalza foi questionado sobre o que despertaria seu interesse no HSBC brasil, o executivo afirmou que a participação de 3% do banco no País é relevante e, por isso, interessa. O banco está, segundo ele, estudando fazer uma proposta pela instituição, mas ainda não há prazos nem valor a ser ofertado pelo ativo. "Estamos estudando fazer uma proposta. Ainda não fizemos e não podemos falar por outro banco (HSBC). Não visitamos o data room do banco. Vamos seguir o cronograma acertado", disse.
O presidente do Santander Brasil ainda disse que o banco vai olhar todas as oportunidades de aquisições no País, mesmo que o foco da instituição seja no crescimento orgânico. "Temos capital para crescer com clientes. Nosso foco é orgânico. Temos agenda recorrente e orgânica no Brasil e responsabilidade de olhar todas as oportunidades", completou.
Fonte: Jus Brasil
Diretoria Executiva da CONTEC

Itaú indenizará funcionário excluído de festa por ser dirigente sindical

  




O Banco Itaú foi condenado a indenizar um de seus funcionários em R$ 34,5 mil por não tê-lo premiado pelos seus 30 anos de empresa, assim como fez com outros colaboradores, por ele exercer atividades sindicais. A decisão é do juiz Gustavo Naves Guimarães, da 1ª Vara do Trabalho de Catanduva (SP). O valor indenizatório será acrescido de juros e correção monetária.

Consta nos autos que o banco tem o costume de organizar, sem período pré-estabelecido, uma homenagem a todos os funcionários que completaram 30 anos de serviços prestados à instituição financeira. Os homenageados são presenteados com um relógio de ouro e ações do banco, que totalizam o equivalente aos três últimos salários do funcionário à época do evento.

No caso, o autor da ação foi excluído da festa de homenagem e solicitou indenização por danos morais e materiais, que compreende os valores equivalentes ao relógio de ouro e às ações negadas a ele. De acordo com a testemunha ouvida no processo, o relógio é avaliado em torno de R$ 5 mil. Já os papéis financeiros foram calculados em R$ 12.555,40.

Segundo citação da corte, o motivo para a exclusão da festa seria a participação do autor da ação em atividades sindicais, pois, graças ao depoimento de testemunha, foi relatado que esse fato já ocorreu com outros empregados na mesma situação.

"É de clareza irrefutável que foi pelo fato de ser dirigente sindical que o reclamante foi discriminado e não recebeu o prêmio costumeiramente distribuído pelo reclamado. Ressalte-se que dos depoimentos testemunhais transcritos no acórdão recorrido só houve um único outro exemplo de empregado que não recebeu o prêmio, e que, por coincidência ou não, assim como o reclamante, era dirigente sindical", relatou o julgador.

Para Guimarães, a ação do banco comprovou "a existência de uma discriminação clara e evidente" e "também caracteriza uma atitude antissindical, de forma a coagir, indiretamente, toda a categoria profissional". 

Segundo o juiz, essa atitude afronta a liberdade sindical e o exercício da representação dos trabalhadores, que estão protegidos peloartigo 8 da Constituição Federal e pelo artigo 1º, parágrafo 1º da Convenção 98 da Organização Internacional do Trabalho (OIT).

O dispositivo da OIT delimita que "os trabalhadores deverão gozar de adequada proteção contra todo ato de discriminação tendente a diminuir a liberdade sindical em relação ao seu emprego." Já o artigo da Constituição destaca de impõe regras à livre associação profissional ou sindical.

Como defesa, o Itaú alegou que a premiação era uma ação feita por livre e espontânea vontade, sendo caracterizada como mera liberalidade do empregador. Sobre o argumento, o juiz citou que "a situação peculiar do reclamante, de estar no exercício de atividade sindical, não autoriza o tratamento diferenciado dado a esse empregado para não permitir que recebesse o prêmio costumeiramente distribuído pelo reclamado, não podendo ser acatada a tese de que a referida prática se consubstancia em mera liberalidade do empregador".

Guimarães destacou, ainda, que a atitude do Itaú viola o princípio da isonomia e da liberdade de atividade coletiva dos funcionários do banco. "Esclareça-se, ainda, que não se trata, aqui, de tutelar apenas o direito individual do empregado litigante neste feito, mas principalmente de toda a coletividade de trabalhadores desta instituição reclamada, constitucionalmente assegurado", disse. 

Fonte: Brenno Grillo - do Consultor Jurídico