quarta-feira, 31 de agosto de 2016

Campanha 2016 - Reivindicações

 
Após um grande debate nacional, amparado por inúmeras discussões regionais, com ampla participação de toda a categoria, os bancários definiram a pauta de reivindicações geral a ser entregue à federação dos bancos, a Fenaban, visando a renovação da Convenção Coletiva de Trabalho (CCT).

A construção da pauta começa com uma consulta às respectivas bases. Depois são debatidas regionalmente em assembleias e passam por conferências estaduais. A conclusão foi na 18º Conferência Nacional dos Bancários, de 29 e 31 de julho, em São Paulo.

Conferência: só a luta garante seus direitos

A entrega à Fenaban está marcada para 9 de agosto e marca o início da Campanha Nacional Unificada 2016. A CCT reúne todos os direitos conquistados pela categoria durante décadas de luta, tem validade nacional e a data-base é 1º de setembro.

Específicas  Além da pauta geral da categoria, há outras três pautas, independentes umas das outras, específicas dos funcionários do Banco do Brasil, dos empregados da Caixa Federal e dos bancários do Santander. As três valem para a renovação dos respectivos acordos aditivos à CCT, que reúnem direitos adicionais exclusivos.

Nesse espaço apresentamos os principais pontos das quatro: a geral (CCT) e específicas do BB, da Caixa e Santander, além das dos trabalhadores do BNB (Banco do Nordeste do Brasil) e Basa (Banco da Amazônia).

É fundamental que você se aproprie deles para fortalecer o movimento com sua participação. Mobilize-se!SÓ A LUTA TE GARANTE!
PAUTA CCT (FENABAN)
A luta dos bancários contra demissões, por mais contratações, aumento real, PLR maior, fim da terceirização e condições de trabalho decentes, este ano vai se somar à mobilização nacional de toda classe trabalhadora contra a retirada de direitos como a reforma da Previdência, que pretende aumentar a idade mínima para aposentadoria de homens e mulheres para até 70 anos.

Manifesto contra o golpe e a retirada de direitos

Remuneração – Os trabalhadores definiram reajuste salarial de 14,78%, o que representa aumento real de 5% mais inflação projetada em 9,31%. A PLR cobrada dos bancos é de de três salários mais R$ 8.317,90 de parcela fixa adicional e 14º salário. Para o piso, o salário mínimo do Dieese (R$ 3.940,24). O valor do vale-alimentação e da 13ª cesta reivindicado é de R$ 880. Para o vale-refeição, R$ 40 ao dia.

Emprego – Além do fim das demissões e mais contratações, os trabalhadores querem a promoção da igualdade de oportunidades para todos, o fim das discriminações na contratação, nos salários e na ascensão profissional de mulheres, negros, LGBT e pessoas com deficiência (PCDs).

No combate à terceirização no sistema financeiro, a proposta é a suspensão de todos os projetos dos que terceirizam serviços e a criação de uma comissão bipartite, com participação dos sindicatos e dos bancos, para reverter esse quadro e transformar todos os terceirizados em bancários.

Agências digitais – A pauta deste ano contém reivindicações específicas para agências digitais e sobre novas tecnologias. Uma questão fundamental é o acesso dos dirigentes sindicais a essas unidades, que tem sido dificultado pelos bancos. Há denúncias de que os bancários trabalham até oito horas comheadset  seis horas é a jornada estabelecida por lei para quem trabalha com teleatendimento. A reivindicação dos trabalhadores é de cinco horas sem redução do salário, inclusive para criação de mais empregos, já que outro grave problema é o volume muito grande de clientes para atender.

Saúde e condições de trabalho – Além da manutenção da luta contra o assédio moral e as metas abusivas, os bancários querem a melhoria nos programas de retorno ao trabalho, participação dos trabalhadores e dos sindicatos nas questões de saúde. A intenção é dar mais transparência no PCMSO [Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional] e acesso às informações dos serviços médicos dos bancos, tanto em relação a exames periódicos quanto a ações preventivas implementadas pelas empresas.

Sobre as Cipas (Comissão Interna de Prevenção de Acidentes), uma das demandas é que todos os locais de trabalho tenham uma e que os treinamentos e a Sipat [Semana Interna de Prevenção de Acidentes] sejam presenciais e com participação dos bancários. Também será cobrado que os planos de saúde sejam mantidos após a aposentadoria do trabalhador e custeados pelas empresas.

Segurança – Necessidade de portas giratórias nas agências, instalação de biombos nos caixas eletrônicos e o fim da guarda das chaves pelos trabalhadores, além da permanência de dois vigilantes por andar nas agências e pontos de serviços bancários.

Estratégia – Além da unidade entre trabalhadores de bancos públicos e privados, os bancários aprovaram estratégias de luta conjunta com outras categorias em defesa do emprego, pelo fim das demissões imotivadas, da terceirização, em defesa das empresas públicas. Também dizem não à reforma da Previdência como está apresentada pelo governo interino, à proposta que coloca o negociado sobre o legislado, e vão reforçar a luta em defesa da CLT, do SUS, além da importância de esclarecer a população sobre a alta de juros tão nefasta à sociedade.

PAUTA ADITIVO BANCO DO BRASIL
Definida no 27º Congresso Nacional dos Funcionários do Banco do Brasil, de 17 e 19 de junho, em São Paulo. Será entregue no dia 11 de agosto para a direção da instituição federal.

> Bancários do BB aprovam reivindicações específicas
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PAUTA ADITIVO CAIXA FEDERAL
Definida no 32º Congresso Nacional dos Empregados da Caixa Econômica Federal (Conecef), de 17 e 19 de junho, em São Paulo.

Conecef aprova pauta de reivindicações específicas

PAUTA ADITIVO SANTANDER
A pauta específica é fruto de debate democrático com os funcionários do banco espanhol que responderam a mais de 10 mil consultas e apontaram suas prioridades. As propostas foram aprovadas por unanimidade em assembleia realizada no dia 9 de maio.

Propostas específicas do Santander são aprovadas 

Proposta dos bancos é desrespeito e levará à greve

Negociações foram encerradas na terça-feira com índice de reajuste abaixo da inflação, sem proteção aos empregos, sem avanços para igualdade de oportunidades, saúde, segurança. No dia 1º bancários fazem assembleia e se não houver nova proposta, podem parar a partir de 6 de setembro
São Paulo – Quer índice de reajuste abaixo da inflação? Quer ficar sem o vale-cultura? Quer PLR desvalorizada? Se a resposta é não, vá para a assembleia de quinta 1º de setembro votar paralisação nacional a partir do dia 6.

Os bancos, que lucraram R$ 29,7 bilhões somente nos primeiros seis meses deste ano, encerraram as negociações da Campanha Nacional Unificada 2016 e a proposta global apresentada na quinta rodada, na terça-feira 30, não atende a praticamente nenhuma das reivindicações da categoria.

> Principais reivindicações dos bancários
> Agenda e resultados das negociações

O aumento salarial proposto, de 6,5%, representa perda real de 2,8% (de acordo com a inflação de 9,57%). A Fenaban retoma, assim, política de reajuste rebaixado – que nos anos 1990 trouxe grandes perdas à categoria. O pagamento de uma parcela de R$ 3 mil de abono para os trabalhadores, sempre bom reforçar, não reflete em férias, 13º, FGTS, VA, VR, auxílios, previdência. As regras para a PLR continuariam as mesmas de 2015. O vale-cultura será extinto a partir de dezembro. A proposta também não traz nada sobre proteção aos empregos, melhores condições de trabalho, mais saúde, segurança, fim da desigualdade entre homens e mulheres, vale-refeição durante a licença-maternidade (leia mais no quadro abaixo).

O único avanço refere-se à adoção da licença-paternidade de 20 dias a partir de janeiro de 2017.

“Os banqueiros apresentaram aos seus empregados uma proposta rebaixada, que não respeita as necessidades da categoria e nem garante sequer a reposição da inflação para os salários, PLR, vales”, critica a presidenta do Sindicato, Juvandia Moreira, lembrando que 25% das categorias tiveram reajuste acima da inflação de janeiro a maio deste ano. “Os bancários querem estar nessa estatística, já que trabalham para o setor mais lucrativo do país”, afirma a dirigente, uma das coordenadoras do Comando Nacional dos Bancários, que negocia com a federação dos bancos.

O setor que tanto ganha, somente nos sete primeiros meses do ano extinguiu 7.897 postos de trabalho bancário. “Seja pelas demissões promovidas pelos privados, ou nos planos de aposentadorias dos públicos, o fato é que faltam funcionários, o que prejudica o atendimento, causa sobrecarga de trabalho e adoecimento. Mas também para isso os bancos não trouxeram absolutamente nenhuma resposta”, diz Juvandia.

Assembleia dia 1º – O reajuste de 6,5% mais os R$ 3 mil de abono significa que, em 2017, a categoria já começaria as negociações perdendo mais de 30% – os 6,5% propostos representam somente 68% da inflação deste ano.

Diante desse quadro, o Comando Nacional dos Bancários indica aos trabalhadores de todo o Brasil a rejeição e greve a partir de 6 de setembro caso os bancos não apresentem uma nova proposta que atenda às reivindicações da categoria.

Em São Paulo, a assembleia para votar a paralisação nacional será no dia 1º, a partir das 19h, na Quadra (Rua Tabatinguera, 192, Sé).

“Todos os locais de trabalho devem estar representados. Tão logo votada a greve, organizaremos os trabalhadores para o movimento. Cada um deve fazer sua parte para que a pressão sobre os bancos garanta avanços. Só a luta te garante”, afirma a secretária-geral do Sindicato, Ivone Silva.
Bancos dizem NÃO para os bancários!
Auxílio-creche/babá de R$ 880NÃO! Os bancos querem reajustar somente em 6,5% o valor atual de R$ 337, que iria para R$ 359. O Comando reforçou que as creches públicas não dão conta e que as empresas, por lei, têm de disponilizar ou pagar creche para os filhos dos funcionários.

Vale-cultura: NÃO! Assim, mesmo que o governo federal renove a lei no fim do ano, o Comando teria de voltar a negociar com os bancos para que os bancários mantenham o vale de R$ 50 mensais.

Parcelamento de férias: NÃO! Querem condicionar o parcelamento do valor pago nas férias ao parcelamento dos 30 dias de férias. O Comando não aceita, já que muitos bancários denunciam que não conseguem mais tirar os 30 dias a que têm direito e essa situação só se agravaria.

Fim da desigualdade entre homens e mulheres: NÃO! A Fenaban remeteu novamente à mesa temática o debate de igualdade salarial e de ascensão profissional entre homens e mulheres.

Vale-refeição na licença-maternidade: NÃO! Mesmo que signifique muito pouco para os bancos (que têm subsídio de 40% do valor) e muito para as mães bancárias.

Empregos e Agência digital: NÃO! A Fenaban afirma que o debate sobre respeito aos empregos e direitos, como jornada e condições de trabalho nessas unidades, deve ser feito banco a banco.

Auxílio-educação em todos os bancos: NÃO! O que mantém o Bradesco como o único dos grandes que não pagam bolsa de estudo aos seus empregados.

Leia mais
> Chuva de “nãos” em negociação com a Caixa
BB nega várias reivindicações e não faz proposta


Cláudia Motta – 30/8/2016 - http://www.spbancarios.com.br/Noticias.aspx?id=15926

Chuva de “nãos” em negociação com a Caixa

Sem apresentar qualquer proposta concreta para as demandas dos trabalhadores, banco público empurra empregados para a greve; assembleia é quinta-feira 1º
São Paulo – “Uma chuva de nãos”. Assim, o diretor executivo do Sindicato e coordenador da Comissão Executiva dos Empregados (CEE), Dionísio Reis, definiu a terceira rodada de negociações entre representantes dos empregados e da direção da Caixa. Mesmo de posse dasreivindicações desde o dia 9 de agosto, o banco não apresentou proposta palpável.

> Principais reivindicações dos bancários

Caixa 100% pública – Uma das cobranças dos empregados é a manutenção do caráter público do banco. Na mesa, foi realizado um ato com a abertura de cartazes e uma fala do coordenador da CEE e diretor do Sindicato, Dionísio Reis, em defesa da Caixa 100% Pública. “Não aceitamos o fatiamento, com a venda de áreas como loterias, seguros e cartões. Algo ventilado na imprensa. O próprio presidente é contraditório. Por vezes confirma a intenção privatista, outras desmente”, destaca Dionísio Reis.

“Os representantes do banco dizem depender das políticas de governo. Se a intenção for o fatiamento, a abertura de capital, vão levar adiante. Portanto, é fundamental a mobilização dos empregados e da população na defesa da Caixa 100% pública. Não podemos aceitar que o banco seja submetido à lógica de mercado em detrimento do seu importante papel social e estratégico para o Brasil”, acrescenta.

> Occhi confirma intenção de privatizar a Caixa
> Occhi nega privatização, mas não convence

Caixas – Outro ponto de destaque na negociação foi a volta da função de caixas. Apesar da direção do banco negar a extinção do cargo, o normativo RH184 prevê apenas a existência do “caixa minuto”.

“São colocados no caixa só quando a demanda é alta. Isso acarreta maior risco de erros, já que o trabalhador não possui prática e é pego no susto. E não vale a pena financeiramente: caso o bancário cometa um erro, pode perder muito mais que o valor da gratificação pelo tempo no caixa”, critica Dionísio.

Outro exemplo de problema no RH184 é a restrição ao acesso dos empregados à incorporação de função. “Em caso de descenso, antes o empregado não precisava procurar a Justiça para garantir incorporação proporcional. Agora, com o RH184, ele precisa recorrer ao judiciário. Assim, o banco intensifica a judicialização das relações de trabalho”, explica o coordenador da CEE.

Sobre a revogação da RH184, a Caixa não apresentou nenhuma proposta.

Descomissionamento – De acordo com Dionísio, uma conquista histórica dos bancários da Caixa é o processo seletivo interno. Porém, por outro lado, o banco sempre manteve em segredo a questão do descomissionamento.

“Mesmo o processo seletivo foi flexibilizado pela direção do banco, com denúncias de haver nomeações. Já o descomissionamento sempre ficou nas mãos do gestor, que aplica critérios subjetivos de forma arbitrária. Inclusive, é bom pontuar que ameaças de descomissionamento, configuram-se assédio moral”, diz o diretor do Sindicato.

Na mesa, a direção do banco admitiu arbitrariedades por parte de gestores no descomissionamento, mas declarou não ter intenção de abrir discussão com empregados sobre a questão.

Reestruturação – Outra prioridade dos trabalhadores é a discussão prévia e transparente de qualquer processo de reestruturação.

“Temos um processo de reestruturação suspenso, que nos normativos do banco oferece uma série de garantias aos trabalhadores. Mas, pelas beiradas, a direção da Caixa vai aplicando uma reestruturação disfarçada, dia após dia, com a remodelagem de áreas específicas, como aconteceu na Cehag. Neste caso, nem mesmo garantias previstas para reestruturações são asseguradas”, denuncia Dionísio.

Novamente, a direção da Caixa não se pronunciou.

“A direção da Caixa, além de não avançar em nenhum ponto, tem descumprido questões acordadas em anos anteriores como o Saúde Caixa, no qual não utiliza o superávit para melhoria do plano. Isso já se arrasta por dois anos. Cobramos a efetivação, já no âmbito da Campanha, da utilização do superávit e redução da coparticipação dos empregados. Outro exemplo é o grupo de representantes do banco e empregados que deveria debater a Funcef, mas não foi efetivado pela direção da Caixa até hoje”, critica o dirigente sindical.

“Esta postura intransigente e desrespeitosa está empurrando os bancários para a greve. Todos os empregados devem comparecer à assembleia de quinta-feira 1º. Em caso de ameaça ou perseguição, devem procurar o Sindicato. O momento agora é de construir uma grande mobilização em torno da Caixa 100% pública e por nenhum direito a menos, além das reivindicações gerais da categoria”, conclui Dionísio.

Denuncie – Em caso de perseguição ou ameaça, o bancário denunciar ao Sindicato por meio dos dirigentes, pelo 3188-5200 ou pelo Fale Conosco (clique aqui e escolha o setor "Site"). O sigilo é garantido.

Leia mais
> Proposta dos bancos é desrespeito e levará à greve


Felipe Rousselet – 30/8/2016 - http://www.spbancarios.com.br/Noticias.aspx?id=15929
EDITAL DE CONVOCAÇÃO

O SINDICATO DOS EMPREGADOS EM ESTABELECIMENTOS BANCÁRIOS DE VOTUPORANGA, inscrito no CNPJ/MF: 49.074.172/0001-07, Registro Sindical 006.132.86232-7, por seu Presidente abaixo assinado, convoca todos os empregados em estabelecimentos bancários dos bancos públicos e privados, sócios e não sócios, da base territorial deste sindicato, para a Assembleia Geral Extraordinária que se realizará no dia 02 de setembro de 2016, às 19h30min, em primeira convocação, e às 20h00min, em segunda convocação, com qualquer numero de presentes, no endereço à Rua Tibagi nº 3447, Bairro Patrimônio Novo, cidade de Votuporanga SP, para discussão e deliberação acerca da seguinte ordem do dia:

1-Avaliação e deliberação sobre contraproposta apresentada pela FENABAN na reunião de 29/08/2016, à minuta de reivindicação entregue em 09/08/2016;

2-Deliberação acerca de paralização das atividades por prazo indeterminado a partir da 00h00min do dia 06/Setembro/2016.



Votuporanga SP, 31 de Agosto de 2016.

 HARLEY APARECIDO VIZONÁ

Presidente.

terça-feira, 30 de agosto de 2016

BB nega várias reivindicações e não faz proposta
Segunda rodada de negociações específicas da Campanha 2016 mostra que trabalhadores do banco público terão de se mobilizar para obter conquistas


São Paulo – Não à incorporação de escriturários ao Plano de Cargos e Remuneração (PCR), não à adoção do índice de 6% nas faixas da carreira de antiguidade, não para novas contratações, não também para o pagamento de Verba de Caráter Pessoal (VCP) para funcionários envolvidos em processos de reestruturação. Essa avalanche de negativas marcou a postura dos representantes do Banco do Brasil na segunda rodada de negociação que discute a renovação do acordo aditivo à Convenção Coletiva de Trabalho (CCT), na manhã de terça 30, em São Paulo. Não há data para nova negociação.


“Tínhamos a expectativa de que o banco viria com disposição de negociar e que apresentasse proposta global às reivindicações. O que ocorreu, no entanto, foi um festival de negativas e a tentativa de adiar o debate de temas importantes. Isso mostra claramente que os trabalhadores terão de se mobilizar para forçar o BB a mudar de postura”, afirma o diretor do Sindicato e integrante da Comissão de Empresa dos Funcionários do BB, João Fukunaga, convocando os bancários a participar da assembleia da categoria que ocorre na quinta-feira 1º de setembro, a partir das 19h, na Quadra (Rua Tabatinguera, 192, próximo a estação Sé do Metrô).

BB Digital - Também foi negada a adoção da Norma Regulamentadora 17 (NR 17) para os trabalhadores do BB Digital. A norma estabelece, entre outras medidas, pausa de dez minutos para cada 50 trabalhados para, por exemplo, quem fica por tempo prolongado em atendimento telefônico.

Os dirigentes sindicais criticaram a postura do banco e insistiram que o BB Digital deve ser discutido com prioridade. Apontaram que este projeto está sendo usado como forma de ameaça de descomissionamento e cobraram providências para melhorar as condições de trabalho, principalmente em relação a quem tem jornada até as 22h. O BB não se posicionou aos argumentos, afirmando que também não fará o pagamento de substituições de trabalhadores que ocupam esporadicamente cargo de superior hierárquico. Além disso, que será mantido o descomissionamento por ato de gestão.

“Vamos insistir nessas questões. Principalmente nas agências digitais, que se não forem tomadas medidas urgentes, podem se tornar verdadeiras fábricas de adoecimento de funcionários”, disse o coordenador da comissão de empresa, Wagner Nascimento.

Economus - Foi recusado, ainda, negociação específica sobre a situação deficitária do Economus (responsável pela previdência complementar e assistência à saúde dos funcionários oriundos da Nossa Caixa).

“Achamos um absurdo o banco não querer uma mesa de negociação para discutir o assunto. O Economus está numa situação delicada devido a gestores indicados pelo próprio BB. Carlos Célio, atual gestor da Diref (Diretoria de Relacionamento com Funcionários e Entidades), foi um desses administradores. E porque agora se negam a se debruçar para encontrar solução que não implique apenas e tão somente no repasse de contas para os participantes pagarem?”, questiona João Fukunaga.

Em estudo – Para reivindicações relativas à reclassificação de faltas greve; pagamento dos vales refeição e alimentação para as licenças maternidade e saúde; remuneração do gerente de relacionamento, os negociadores pelo BB afirmaram que há estudos em andamento e que depois dariam retorno aos sindicalistas.

Mesas temáticas – A direção do banco concorda em instalar duas mesas temáticas: uma sobre saúde e outra sobre conflitos no ambiente de trabalho. No entanto, recusou uma específica sobre os cargos técnicos. O que discutiria situação de engenheiros, advogados entre outros.


Jair Rosa – 30/8/2016  -  http://www.spbancarios.com.br/Noticias.aspx?id=15924

REUNIÃO DE NEGOCIAÇÃO DA CAIXA É ADIADA


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A reunião de negociação da CAIXA ECONÔMICA FEDERAL que aconteceria nesta quarta-feira (31/08), foi adiada em função das negociações com a FENABAN. 
Assim que tivermos nova data e local para realização das negociações com a CAIXA, repassaremos a todos. 
Comissão Executiva Bancária Nacional de Negociação - CEBNN/CONTEC

Fenaban propõe 6,5% de reajuste com perdas nos salários e não garante empregos

Comando Nacional cobra respostas não abordadas e Fenaban se compromete a apresentar nesta terça-feira (30)


Jailton Garcia / Contraf-CUT
Comando Nacional dos Bancários cobra resposta global das reivindicações - Jailton Garcia / Contraf-CUT
Comando Nacional dos Bancários cobra resposta global das reivindicações
Mais uma vez a Federação Nacional dos Bancos se nega a oferecer uma proposta decente, que valorize os bancários. Após quatro rodadas de negociação com o Comando Nacional dos Bancários, a Fenaban propôs reajuste de 6,5% no salário, na PLR e nos auxílios refeição, alimentação, creche, e abono de R$ 3 mil. A proposta não cobre, sequer, a inflação do período, projetada em 9,57% para agosto deste ano e representa perdas de 2,8% para o bolso de cada bancário. Pressionada pelo Comando Nacional dos Bancários, a Fenaban ficou de apresentar nesta terça-feira (30), às 14h, em São Paulo, a resposta global das reivindicações, mas, segundo os banqueiros, “sem alterar o modelo de reajuste econômico apresentado”.
O Comando Nacional dos Bancários aprovou um calendário de lutas e orienta as Federações e Sindicatos a convocar assembleias de avaliação da proposta para o dia 1º de setembro, e caso seja rejeitada, indicativo de greve a partir do dia 6, com assembleia organizativa no dia 5 de setembro.
Para Roberto von der Osten, presidente da Contraf-CUT e um dos coordenadores do Comando Nacional dos Bancários, além de não garantir aumento real de salário, a proposta da Fenaban não contempla emprego, saúde, segurança, igualdade de oportunidades e todas as demais reivindicações da categoria.
“A proposta de reajuste é muito ruim e reduz salários. Repetimos para a Fenaban que abono significa um retrocesso. Queremos a reposição da inflação e ganho real, um modelo consagrado há mais de doze anos de negociações. Por estas razões, o Comando Nacional já disse à Fenaban que vai orientar a rejeição da proposta apresentada. Chegou a hora de cada bancário e bancária mostrar a sua disposição para a luta. Afinal, Só a Luta te Garante”, afirma Roberto von der Osten.  
"Apresentamos toda nossa pauta, passamos a terceira rodada, no dia 24, ouvindo e debatendo os argumentos dos bancos. Hoje deveriam ter trazido para a mesa proposta global, mas só trouxeram a econômica e ainda muito baixa. Cobramos e os bancos voltam para mesa de negociação nesta terça-feira para responder pontos omitidos nessa proposta", ressaltou Juvandia Moreira, vice-presidenta da Contraf-CUT e uma das coordenadoras do Comando.
Os eixos centrais da campanha são: reposição da inflação do período mais 5% de aumento real, valorização do piso salarial, no valor do salário mínimo calculado pelo Dieese (R$3.940,24 em junho), PLR de três salários mais R$ 8.317,90, combate às metas abusivas, ao assédio moral e sexual, fim da terceirização, mais segurança, melhores condições de trabalho. A defesa do emprego também é prioridade na Campanha Nacional, assim como a proteção das empresas públicas e dos direitos da classe trabalhadora.
O lucro dos cinco maiores bancos (Itaú, Bradesco, Banco do Brasil, Santander e Caixa) no primeiro semestre de 2016 chegou a R$ 29,7 bilhões, mas houve corte de 7.897 postos de trabalho nos primeiros sete meses do ano. Entre 2012 e 2015, mais de 34 mil empregos foram reduzidos pelos banqueiros.
Clique aqui para ver a galeria de fotos.
Proposta dos bancos
Reajuste de 6,5% (representa perda de 2,8% para os bancários em relação à inflação de 9,57%).
Abono de R$ 3.000,00 (parcela única, não incorporado aos salários).
Piso portaria após 90 dias - R$ 1.467,17.
Piso escritório após 90 dias - R$ 2.104,55.
Piso caixa/tesouraria após 90 dias - R$ 2.842,96 (salário mais gratificação, mais outras verbas de caixa).
PLR regra básica - 90% do salário mais R$ 2.153,21, limitado a R$ 11.550,90. Se o total ficar abaixo de 5% do lucro líquido, salta para 2,2 salários, com teto de R$ 25.411,97.
PLR parcela adicional - 2,2% do lucro líquido dividido linearmente para todos, limitado a R$ 4.306,41.
Antecipação da PLR - Primeira parcela depositada até dez dias após assinatura da Convenção Coletiva. Pagamento final até 02/03/2017. Regra básica - 54% do salário mais fixo de R$ 1.291,92, limitado a R$ 6.930,54 e ao teto de 12,8% do lucro líquido - o que ocorrer primeiro. Parcela adicional equivalente a 2,2% do lucro líquido do primeiro semestre de 2016, limitado a R$ 2.153,21.
Auxílio-refeição - R$ 31,57.
Auxílio-cesta alimentação e 13ª cesta - R$ 523,48.
Auxílio-creche/babá (filhos até 71 meses) - R$ 420,36.
Auxílio-creche/babá (filhos até 83 meses) - R$ 359,61.
Vale-Cultura R$ 50 (mantido até 31/12/2016, quando expira o benefício).
Gratificação de compensador de cheques - R$ 163,35.
Requalificação profissional - R$ 1.437,43.
Auxílio-funeral - R$ 964,50.
Indenização por morte ou incapacidade decorrente de assalto - R$ 143.825,29.
 Ajuda deslocamento noturno - R$ 100,67.
Principais reivindicações dos bancários
Reajuste salarial: reposição da inflação (9,57%) mais 5% de aumento real.
PLR: 3 salários mais R$8.317,90.
Piso: R$3.940,24 (equivalente ao salário mínimo do Dieese em valores de junho último).
Vale alimentação no valor de R$880,00 ao mês (valor do salário mínimo).
Vale refeição no valor de R$880,00 ao mês.
13ª cesta e auxílio-creche/babá no valor de R$880,00 ao mês.
Melhores condições de trabalho com o fim das metas abusivas e do assédio moral que adoecem os bancários.
Emprego: fim das demissões, mais contratações, fim da rotatividade e combate às terceirizações diante dos riscos de aprovação do PLC 30/15 no Senado Federal, além da ratificação da Convenção 158 da OIT, que coíbe dispensas imotivadas.
Plano de Cargos, Carreiras e Salários (PCCS): para todos os bancários.
Auxílio-educação: pagamento para graduação e pós.
Prevenção contra assaltos e sequestros: permanência de dois vigilantes por andar nas agências e pontos de serviços bancários, conforme legislação. Instalação de portas giratórias com detector de metais na entrada das áreas de autoatendimento e biombos nos caixas. Abertura e fechamento remoto das agências, fim da guarda das chaves por funcionários.
Igualdade de oportunidades: fim às discriminações nos salários e na ascensão profissional de mulheres, negros, gays, lésbicas, transsexuais e pessoas com deficiência (PCDs).

Fonte: Contraf-CUT

segunda-feira, 29 de agosto de 2016

FENABAN oferece índice de reajuste de 6,5%


Os bancos acabam de oferecer a contraproposta de 6,5% de reajuste salarial, abono de R$ 3 mil. PLR calculada nos moldes do último Acordo Coletivo de Trabalho assinado.
A oferta foi feita há pouco durante reunião da Comissão Executiva Bancária Nacional de Negociação – CEBNN/CONTEC e a FENABAN, em São Paulo.

A CEBNN/CONTEC entende que a contraproposta é muito baixa e, não tem condições de ser aprovada. A CONTEC seguirá reunida e, no decorrer do dia, passará mais informações e orientação.

Veja íntegra da contraproposta da Fenaban abaixo:
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Diretoria Executiva da CONTEC

sexta-feira, 26 de agosto de 2016


Reunião de Negociação Coletiva - CAIXA ECONÔMICA FEDERAL

Publicado em .
Nesta quinta-feira (25/08), houve a reunião de negociação coletiva da Caixa Econômica Federal, no Hotel Maksoud Plaza, em São Paulo. Participaram da reunião as federações, sindicatos e associações dos empregados da CAIXA convidadas. Pela CONTEC, a coordenação foi feita pela diretora de Finanças, Rumiko Tanaka; pela CAIXA, o superintendente nacional, Sebastião Martins de Andrade.
Durante a reunião, as comissões CONTEC e CAIXA debateram várias cláusulas. Os representantes da CAIXA informaram que as cláusulas econômicas seguirão a contraproposta FENABAN, que deverá ser apresentada na segunda-feira (29/08), no Maksoud Plaza, às 10h, em São Paulo.
Quanto à recomposição do poder aquisitivo, a CAIXA alegou não fará porque entende que a mesma já foi feita quando passaram adotar as novas tabelas salariais. A Comissão CONTEC, no entanto, insistiu que os salários da CAIXA são os mais defasados no processo de perdas inflacionárias e que propõe seguir discutindo nas Mesas Permanentes de Negociação.
A Comissão CAIXA, sobre as outras cláusulas, respondeu com a manutenção da mesma redação do Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) revisando.
Durante as argumentações da Comissão CONTEC, a CAIXA negou grande parte da pauta de reivindicação aprovada no XLV Encontro Nacional de Dirigentes Sindicais Bancários e Securitários, realizado em Fortaleza nos dias 4 e 5 de agosto.
A Comissão CONTEC argumentou com convicção que a CAIXA poderá melhorar as condições de trabalho, contratando mais e remunerando melhor seus empregados. A Comissão CONTEC afirmou que apenas com os lucros originários das cobranças de tarifas bancárias, a CAIXA está arrecadando até duas folhas de pagamento de pessoal.
No entanto, a comissão CAIXA afirmou que não poderá contratar novos empregados, apenas aqueles aprovados em concurso que ingressaram na justiça.
VALE CULTURA - A Comissão CAIXA afirmou que benefício será concedido até dezembro deste ano em função da Lei nº12.761/12, artigo 10, que transcrevemos:
“Art. 10. Até o exercício de 2017, ano-calendário de 2016, o valor despendido a título de aquisição do vale-cultura poderá ser deduzido do imposto sobre a renda devido pela pessoa jurídica beneficiária tributada com base no lucro real.”
No entanto, a comissão CAIXA entende também como a Comissão CONTEC, que o vale-cultura foi muito positivo, estimulando os empregados ao acesso a vários meios culturais como a leitura constante de diversos livros.
AGÊNCIA BARCO – CAIXA pretende seguir discutindo, em Mesa Permanente de Negociação, as condições dos empregados das Agências Barco, localizadas nos estados da Bahia, Amazonas e Pará.
FUNCEF – Após várias colocações da Comissão CONTEC, a CAIXA propôs a criação de um fórum de debate quadripartite para aprofundar os assuntos específicos referentes aos problemas do fundo de pensão e seus impactos no futuro.
A Comissão CONTEC cobrou responsabilidade da CAIXA com relação aos maus negócios, a má gestão e vários encaminhamentos desastrosos que culminaram no déficit da FUNCEF, fazendo com que seus empregados pagassem essas dívidas.
CAIXA-EXECUTIVO – A Caixa informou que a área de modelagem ainda não definiu o modelo de atuação do caixa-executivo. O que tem dificultado às negociações sobre esse tópico. Inclusive, com a prática de criar o caixa-minuto, causando até prejuízos financeiros.
COMISSÕES TEMÁTICAS - A Comissão CAIXA disse que não pretende formar as comissões temáticas. E concordou com a Comissão CONTEC para que os temas sejam passados para a Mesa Permanente de Negociação, que teria na pauta dos seguintes temas: Terceirização, Plano de Saúde, SIPON, Promoções, Lotações Necessárias - LNP, Processo Seletivo - PSI, Assédio Moral, Isonomia, Licença Prêmio, ATS , ESU2008 , PFG, CTVA, Correspondente Bancário, PFG, Condições de Trabalho, Comissão de Conciliação Prévia e Gestão de Desempenho de Pessoas.
A Comissão CAIXA propõe manter do ACT revisando:
ISENÇÃO DE TARIFAS E ANUIDADES; JUROS DO CHEQUE ESPECIAL E OPERAÇÕES DE CRÉDITO; AUSÊNCIAS PERMITIDAS; ESCALA DE FÉRIAS / LICENÇA PRÊMIO; JORNADA DE TRABALHO; LICENÇA MATERNIDADE; LICENÇA ADOÇÃO; ESTABILIDADES PROVISÓRIAS DE EMPREGO; INDENIZAÇÃO POR ASSALTO / SINISTRO; MULTA POR IRREGULARIDADE EM CHEQUE; PLANO DE ASSISTÊNCIA À SAÚDE – SAÚDE CAIXA; SUPLEMENTAÇÃO DO AUXÍLIO-DOENÇA; PROCEDIMENTO EM CASO DE ASSALTO E SEQUESTRO; LICENÇA PARA TRATAMENTO DE SAÚDE; TRABALHO DA GESTANTE; CIPA – COMISSÃO INTERNA DE PREVENÇÃO DE ACIDENTES; COMUNICAÇÃO DE ACIDENTES DE TRABALHO; INTERVALO PARA DESCANSO; COMISSÃO DE NEGOCIAÇÃO; HOMOLOGAÇÃO DAS RESCISÕES CONTRATUAIS; DESCONTO ASSISTENCIAL; DESCONTO DA MENSALIDADE SINDICAL; LIBERAÇÃO DE DIRIGENTE SINDICAL; DELEGADOS SINDICAIS; QUADRO DE AVISOS E COMUNICAÇÃO ELETRÔNICA; UTILIZAÇÃO DE MALOTE; REUNIÕES; SINDICALIZAÇÃO; e, NEGOCIAÇÃO PERMANENTE.
Após as argumentações e insistência do pleito pela Comissão CONTEC, a reunião foi suspensa para dar continuidade no próximo dia 31/08, às 15h, em Brasília-DF, em local ainda a ser definido e informado posteriormente.
Caso as negociações da FENABAN, marcada para a próxima segunda-feira (29/08), tenham evolução, a reunião com a CAIXA poderá ser transferida para São Paulo.
AVALIAÇÃO - A Comissão CONTEC avaliou que a maioria dos pedidos foram negados, a CAIXA apenas propôs a renovação da maioria das cláusulas do ACT revisando. Pedimos que todas as entidades, juntamente com os bancários, mantenham mobilizados os empregados da CAIXA para os próximos passos da atividade da Campanha Salarial 2016/2017. A Comissão CONTEC entende que não houve nenhuma evolução e avanços nesta segunda reunião de negociação.
ORIENTAÇÃO – Informar os bancários e empregados da CAIXA ECONÔMICA FEDERAL sobre a marcha das negociações. É IMPORTANTE manter forte e firme a mobilização de toda a categoria, promovendo as atividades deliberadas em cada entidade.
Pedimos que encaminhem fotografias e informações desta Campanha Salarialcomunicacao@contec.org.br para que possamos ampliar a divulgação das atividades e ações.
 Diretoria Executiva da CONTEC

quarta-feira, 24 de agosto de 2016

Fenaban diz que apresenta proposta global dia 29, mas não demonstra avanços no debate das reivindicações

Comando Nacional dos Bancários orienta que categoria reforce as mobilizações

24/08/2016
Jailton Garcia / Contraf-CUT
Comando argumentou na mesa de negociação que não existe crise para o setor bancário - Jailton Garcia / Contraf-CUT
Comando argumentou na mesa de negociação que não existe crise para o setor bancário
A terceira rodada de negociação entre o Comando Nacional dos Bancários e a Fenaban, nesta quarta-feira (24), na Capital Paulista, foi marcada pela frustração da categoria, já que a Federação Nacional dos Bancos não apresentou nenhum avanço no debate das revindicações dos trabalhadores. Outra rodada já está marcada para 29 de agosto, data em que Fenaban se comprometeu a trazer uma resposta global às reivindicações. Mas diante da postura dos bancos, apresentada na reunião de hoje, o Comando Nacional dos Bancários orienta reforço nas mobilizações das bases sindicais.
Os eixos centrais da campanha são: reposição da inflação do período mais 5% de aumento real, valorização do piso salarial, no valor do salário mínimo calculado pelo Dieese (R$3.940,24 em junho), PLR de três salários mais R$ 8.317,90, combate às metas abusivas, ao assédio moral e sexual, fim da terceirização. Além da defesa das empresas públicas e dos direitos da classe trabalhadora, ameaçados pelo governo interino de Michel Temer.
Durante a reunião desta quarta, a Fenaban afirmou que os bancos remuneram mais do que outros setores, e que o piso dos caixas, por  exemplo,  é superior ao salário médio do país. Os bancos avaliaram que o reajuste precisa ser analisado com muito cuidado, para que consigam garantir emprego, e ainda jogaram com a expectativa de inflação mais baixa para tentar justificar a falta de disposição em valorizar os funcionários e atender às reivindicações.
“Nesta argumentação os bancos ocultam que estamos negociando com o setor que mais lucra. Entre 2003 e 2016, por exemplo, os lucros cresceram mais de 150%, enquanto a remuneração média dos bancários cresceu só 14,9%, abaixo do crescimento do ganho real acima da inflação, que foi cerca de 16%. Mas o nosso debate não é só sobre números, temos uma série de outras reivindicações importantes, como emprego, saúde, segurança, igualdade de oportunidades. Queremos que os 128 artigos da nossa pauta de reivindicações sejam considerados,” afirma Roberto von der Osten, presidente da Contraf-CUT e um dos coordenadores do Comando Nacional dos Bancários.   
Emprego
A defesa do emprego é prioridade na Campanha Nacional. Entre 2012 e 2015, mais de 34 mil postos de trabalho foram reduzidos. Só neste ano, houve corte de quase sete mil vagas. Por isso, os bancários reivindicam o fim das demissões, da rotatividade e pedem mais contratações. A preocupação com as agências digitais também está sendo abordada pelos bancários.
Apesar dos números alarmantes apresentados pelos dirigentes sindicais, a Fenaban transferiu a responsabilidade das demissões para os funcionários, alegando que nos casos de saída com mais de 20 anos de trabalho, cerca de 40% são a pedido dos funcionários. Informações que contradizem os dados oficiais do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) do Ministério do Trabalho. Pesquisa do Emprego Bancário, elaborada pelo Dieese, a partir das informações do Caged, revela que do total de desligamentos, de janeiro a junho deste ano, 62% foram por demissão sem justa causa, perfazendo 10.916 demissões. Por outro lado, os desligamentos a pedido do trabalhador representaram apenas 28% do total.
"Não houve avanço nas principais reivindicações da categoria. Os bancos dizem que não podem garantir empregos e ainda não definiram o índice de reajuste para a categoria, principal responsável pelos seus lucros bilionários. Os cinco maiores bancos ganharam, somente no semestre, R$ 29,96 bilhões, sendo o setor mais rentável da economia. Não existe crise para eles e, mesmo com tanto dinheiro, demitem os trabalhadores e aumentam as taxas de juros para os clientes", disse Juvandia Moreira, vice-presidenta da Contraf-CUT e uma das coordenadoras do Comando Nacional dos Bancários. "Esperamos que a Fanaban apresente no dia 29 uma proposta condizente com os ganhos dos bancos".
Sem avanços no debate
Também não houve sinais de avanços no debate das demais reivindicações da minuta entregue no início do mês, em 9 de agosto, como a extensão do vale-cultura (lei expira em dezembro), auxílio educação, parcelamento do pagamento das férias e atendimento médico e psicológico aos familiares dos bancários vítimas de sequestros e assaltos aos bancos. Sobre a reclamação dos trabalhadores em relação à revista, que têm sido submetidos nas agências, a Fenaban afirmou que os casos precisam ser discutidos entre os sindicatos e cada banco, para que não haja abusos.
Igualdade de Oportunidades e Saúde
A igualdade de oportunidades também é destaque na pauta de reivindicações. O Comando Nacional exige o fim das discriminações nos salários e na ascensão profissional de mulheres. Só que mais uma vez os bancos colocaram nas costas das mulheres o peso da falta de ascensão profissional, justificando que as bancárias não chegam ao topo dos cargos por várias razões, dentre elas, porque muitas interrompem, e mais tarde retomam, a carreira profissional.
Uma análise muito diferente na comparação com mais dados do Caged. Pesquisa do Emprego Bancário também demonstra que as 5.371 mulheres admitidas nos bancos no primeiro semestre de 2016 recebem, em média, R$ 3.101,62. Esse valor correspondeu a 73,2% da remuneração média auferida pelos 5.484 homens contratados no mesmo período, que foi de R$ 4.235,69.
No momento do desligamento também se observa diferença na remuneração entre homens e mulheres. As mulheres que tiveram o vínculo de emprego rompido nos bancos no primeiro semestre do ano receberam R$ 5.507,00, que representou 72,8% da remuneração média dos homens desligados dos bancos no período.
“Nós colocamos uma centralidade no debate sobre mulheres bancárias, principalmente porque na conjuntura atual tem havido uma ampliação dos ataques físicos e psicológicos às mulheres, um desemponderamento. Isto tem refletido no mercado de trabalho, pois a escolha das promoções tem caráter subjetivo e é impactado por esses reflexos sociais. Retornaram aos locais de trabalho o desrespeito e assédios, inclusive o sexual. Isso precisa mudar”, alerta o presidente da Contraf-CUT.
Sobre as demandas de saúde também não houve novidades. Os dirigentes sindicais revindicam o fim das metas abusivas e do assédio moral. Há cinco anos, os bancários conquistaram instrumento de prevenção e combate ao assédio moral, previsto na cláusula 56ª da Convenção Coletiva de Trabalho (CCT). No ano passado foi conquistada a cláusula 57, que pode trazer uma possibilidade de interferir na gestão e cobrança de metas, melhorando, continuamente as relações de trabalho. Mas tudo isso precisa ser aprimorado.
O Comando Nacional também quer mudanças no processo de retorno ao trabalho, e que os bancos assegurem condições seguras e saudáveis para reinserção do trabalhador que volta da licença-saúde.
“Ter um ambiente saudável e seguro é responsabilidade dos bancos para que os bancários tenham um emprego decente. Esperamos ver todas as nossas reivindicações atendidas”, conclui Roberto von der Osten.
Fonte: Contraf-CUT

terça-feira, 23 de agosto de 2016

Proposta do BB sobre Cassi é insuficiente

Haveria investimento maior em programas de prevenção e na rede CliniCassi, além de injeção na entidade de R$ 34 milhões mensais; movimento sindical critica custo dividido igualmente entre banco e assistidos
São Paulo – A direção do Banco do Brasil apresentou proposta para aumentar volume de recursos para a caixa de assistência dos funcionários (Cassi). Na negociação específica sobre a situação da entidade na segunda 22, a direção do BB propôs contribuição extra de R$ 34 milhões mensais para a Cassi. O que serviria para cobrir déficits e dar fôlego financeiro para a implantação de projetos.

Para isso, no entanto, propôs contribuição extraordinária correspondendo ao desconto de 1% nos salários dos bancários da ativa ou benefícios dos aposentados até dezembro de 2019. O BB faria repasse do mesmo percentual e em igual período, não diretamente para a Cassi, mas por meio de reembolsos ao Programa de Assistência Farmacêutica (PAF), ao Programa de Atendimento a Domicílio (PAD), coberturas especiais, além de investimentos nas CliniCassi e em projetos de prevenção e promoção a saúde.

João Fukunaga, diretor do Sindicato e integrante da Comissão de Empresa dos Funcionários do BB, considera a proposta insuficiente. “Defendemos que o banco contribua com 60% e os trabalhadores com 40% nesse rateio. Como ocorre atualmente nos repasses do banco e dos associados para a Cassi. Afinal, muito dos custos da Cassi se devem ao adoecimento provocado por condições inadequadas de trabalho impostas pela instituição financeira.”

Já o diretor eleito de Saúde e Rede de Atendimento da Cassi, William Mendes, que também participou da negociação, considera positivo o fato de o banco aplicar sua por meio de programas de prevenção, mas reforça que todos têm de ser subordinados à Estratégia Saúde da Família (ESF). “Assim não se correria o risco de haver desvios para outros programas. Cobramos que o banco, além de aumentar sua contribuição no rateio, amplie a ESF a todos os funcionários ativos e aposentados. É isso que dará à Cassi a sustentação necessária para os próximos anos, diminuindo o risco de novos aportes como esse.”

Prestação de contas – A proposta do banco prevê ainda que a Cassi apresente trimestralmente prestação de contas sobre a implantação dos projetos ao seu corpo social e ao BB.

Consulta – Para ser validada, a proposta deverá ser formalizada por meio de acordo entre as entidades que compõem a mesa de negociação, nos colegiados da Cassi e do BB, e encaminhada para consulta aos associados. As reuniões sobre a Cassi terão continuidade em data a ser agendada.

Campanha 2016 – A primeira rodada de negociação específica para discutir o acordo aditivo à Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) entre a comissão de empresa e a direção do Banco do Brasil está marcada para terça-feira 23.

Leia mais
> Calendário e resultados das negociações da Campanha


Jair Rosa – 23/8/2016 - http://www.spbancarios.com.br/Noticias.aspx?id=15845

Caixa transforma déficit da Funcef em bola de neve

Direção não assume contencioso judicial, principal ingrediente que compromete contas do fundo de pensão
São Paulo – Enquanto a direção da Caixa Federal não discutir com seriedade a situação deficitária do fundo de pensão Funcef, os participantes serão os principais prejudicados. 
É em função disso que dirigentes sindicais têm insistido para que seja honrado compromisso assumido pelo banco público na Campanha 2015: a constituição de uma comissão paritária, integrada por representantes dos participantes e da empresa, para discutir especificamente o a Funcef.

“O descaso da Caixa nessa questão é revoltante”, critica o diretor do Sindicato Valter San Martin. “Grande parte do déficit na Funcef é proveniente de ações trabalhistas movidas contra o banco. Quando um empregado pleiteia hora extra, por exemplo, a Caixa suspende o repasse à Funcef referente ao valor da ação. Isso, no entanto, é um problema causado pela instituição, ao desrespeitar direitos trabalhistas, mas acaba impactando negativamente no montante a ser destinado ao fundo de pensão.”

Resolução - Segundo o dirigente sindical a situação piorou desde que o Conselho Nacional de Previdência Complementar (CNPC) alterou, no final de 2015, resoluções e estabeleceu novo prazo para que os fundos de pensão apresentem soluções para saldar déficit.

“Como a Funcef apresentou déficit em 2015, a medida imposta pelo banco e pelo fundo de pensão foi repassar a conta aos participantes. Desde maio deste ano eles estão tendo de arcar com acréscimo de 2,78% em suas contribuições. Um pagamento que vai até 2017”, explica Valter San Martin. “Outro problema é que isso se refere a 2015 e, ao que tudo indica, a Funcef fechará novamente com déficit neste ano. Assim se não houver negociação séria para resolver o problema - como o de a Caixa assumir o contencioso judicial – corre-se risco de haver nova cobrança aos participantes, antes mesmo de quitarem a dívida deste ano. A Caixa está criando verdadeira bola de neve que pode, inclusive, inviabilizar a própria Funcef.”

Segundo o balanço de 2015, o valor a ser equacionado no plano REG/Replan Saldado é de R$ 6 bilhões e, para os integrantes do plano Reg/Replan não Saldado, é de R$ 929,4 milhões. Já o passivo judicial provisionado subiu de R$ 1,4 bilhão em 2014 para R$ 1,9 bilhão em 2015, um incremento de 39%. ”Essa provisão aumenta, muito em decorrência de novas ações que são ingressadas pelos trabalhadores que, legalmente, lutam para reaver direitos não pagos pelo banco”, acrescenta Valter.

A criação da comissão sobre Funcef foi um dos temas da primeira negociação com a Caixa da Campanha 2016. No entanto, o representante do banco não se posicionou à reivindicação.

Leia mais
> Déficit na Funcef continua crescendo
> Caixa ensaia emperrar negociações com empregados


Jair Rosa – 22/8/2016 - http://www.spbancarios.com.br/Noticias.aspx?id=15840

Novas rodadas marcadas para dias 24 e 29

Nas reuniões de quinta e sexta, trabalhadores apresentaram cláusulas da pauta à Fenaban e dados que comprovam: setor pode atender às reivindicações de aumento real, mais empregos, melhoria nas condições de trabalho. Bancos vão debater e proposta global deve ser apresentada até dia 29
São Paulo – Todas as 128 cláusulas da pauta de reivindicações dos bancários foram apresentadas aos bancos nas rodadas de negociação realizadas na quinta e sexta-feira, dias 18 e 19.

No primeiro dia, o Comando Nacional dos Bancários cobrou da federação dos bancos (Fenaban) mais empregos; aumento real de 5%; reajustes maiores para PLR, vales refeição e alimentação e auxílio-creche; valorização do piso; auxílio-educação em todos os bancos; parcelamento do adiantamento de férias; renovação do vale-cultura; manutenção do vale-refeição na licença-maternidade; ampliação da licença-paternidade; fim da desigualdade de salários entre homens e mulheres.

> Leia sobre negociação de quinta
Vídeo: bancos têm condições de apresentar proposta que atenda reivindicações
> Veja as principais reivindicações dos bancários

Saúde e segurança – Na sexta, os debates se deram em torno das reivindicações de saúde, segurança, condições de trabalho. “Cobramos o fim das metas abusivas, da pressão, do assédio moral. Os bancos têm de fazer o dimensionamento das metas de acordo com o perfil da agência e também em caso de férias e afastamentos”, explica a secretária-geral do Sindicato, Ivone Silva.

Também foi cobrado o programa de retorno ao trabalho – com respeito às condições de saúde dos afastados e a efetiva participação dos sindicatos –, o fim da revisão dos atestados médicos e do assédio sexual.

Nas questões de segurança, além da reivindicação de instalação dos equipamentos (como portas giratórias e biombos nos caixas) que garantam a integridade física e psicológica dos bancários nas agências, foi cobrado que a assistência às vítimas de assalto, sequestros ou extorsões seja extensiva inclusive aos familiares dos bancários que tiverem sofrido a violência.

“Queremos, ainda, o fim da revista dos bancários promovida por alguns bancos na saída das agências. Um abuso que não vamos tolerar”, ressalta Ivone.

Novas rodadas – A Fenaban pediu esclarecimentos e uma série de dados foi apresentada para reforçar a capacidade do setor financeiro de atender às demandas da categoria.

O Comando Nacional dos Bancários reforçou que a pauta para renovação da Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) da categoria já é conhecida pelos bancos e cobrou uma proposta para a próxima rodada de negociação, marcada para o dia 24.

> Leia sobre negociações específicas com a Caixa e com o Banco do Brasil 

Mas a Fenaban informou que precisa de um período para debater com as direções das instituições financeiras e que voltam na quarta-feira 24 para fazer um debate e no dia 29 uma proposta global deve ser apresentada aos representantes dos trabalhadores.

“Como todo ano, os bancários vêm para a mesa de negociação preparados, com dados e toda a seriedade. Deixamos claro que a questão do emprego, o aumento real, a melhoria das condições de trabalho e o fim da desigualdade entre homens e mulheres são questões centrais. No dia 29 esperamos que venham para a mesa com proposta para resolver a campanha, sem enrolação”, afirma a presidenta do Sindicato, Juvandia Moreira.

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Cláudia Motta – 19/8/2016 - http://www.spbancarios.com.br/Noticias.aspx?id=15817