segunda-feira, 31 de agosto de 2015

Negociações da Campanha Nacional 2015 continuam nesta semana

  




A Campanha Nacional Unificada está com a agenda cheia nesta semana. Até 4 de setembro, o Comando Nacional se reúne com representantes da Fenaban e as comissões de empresa com o Banco do Brasil e com a Caixa. 

A primeira é nesta segunda-feira (31), com a direção do BB. O debate será entorno de segurança, igualdade de oportunidades e isonomia. Este será o terceiro encontro. As primeiras foram sobre emprego, condições de trabalho e saúde.

Na quarta e na quinta-feira (2 e 3), o Comando Nacional dos Bancários se reúne com a Fenaban para tratar das reivindicações de saúde, segurança e condições de trabalho. Será a segunda rodada sobre a pauta geral. Na primeira, o foco foi no emprego.

Dentre as principais reivindicações da categoria discutidas com os bancos esta semana estão o fim das metas abusivas e do assédio moral, alteração na redação da cláusula da Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) de forma que o programa de reabilitação profissional seja realmente respeitado, além da extensão integral de direitos para afastados e redução da jornada durante amamentação.

Sobre segurança, reivindicações como a abertura e o fechamento remoto das agências, instalação de biombos nos caixas, melhor atendimento a bancários e demais vítimas de assalto, fim da revista de funcionários, extinção das tarifas para transferências de dinheiro via DOC e TED com o objetivo de combater o crime de saidinha de banco, estão entre as principais.

Com a Caixa, a segunda mesa específica da Campanha será na sexta-feira (4) para tratar de Saúde Caixa, Funcef e aposentados. A primeira tratou de Saúde e Segurança Bancária.

Sobre o convênio médico, a reivindicação é a utilização do resultado anual com aporte da Caixa (70%) para melhorias no plano; segregação operacional contábil e financeira dos recursos, com a criação de um fundo que os remunere; contratação de assessoria especializada para acompanhar o Saúde Caixa na Gipes e na Gesap; revisão geral tanto em relação às coberturas quanto aos limites de procedimentos; mudança do caráter do Conselho de Usuários de consultivo para deliberativo.

Já para a Funcef, exige-se o reconhecimento do CTVA como verba salarial para fins de aporte aos que permaneceram no REG/Replan não saldado e aos que o saldaram, e fim do voto de Minerva. O banco público assume a responsabilidade pelo aporte de recursos referentes a serviço passado devido a condenações trabalhistas.

Atualizada em 31/08/15 

Fonte: Contraf-CUT, com Seeb SP

sexta-feira, 28 de agosto de 2015

Na primeira negociação específica, Caixa mantém intransigência quanto ao GDP

  



Crédito: Fenae
FenaeMais segurança nas unidades e o combate ao assédio moral e sexual também foram reivindicados na reunião desta quinta-feira

A Caixa Econômica Federal se manteve intransigente na primeira negociação da pauta específica da Campanha Nacional 2015, realizada nesta quinta-feira (27), em Brasília (DF). A empresa rejeitou a reivindicação das representações dos trabalhadores de suspender o programa Gestão de Desempenho de Pessoas (GDP), informando que a posição é a de mantê-lo e ampliá-lo.

"Essa discussão não se esgota. Entendemos que para avançar nas questões relacionadas à saúde do trabalhador, é preciso dizer 'não' a este programa que institucionaliza a cobrança de metas individuais, as principais causas do adoecimento nas unidades", destaca Genésio Cardoso, integrante da Comissão Executiva dos Empregados (CEE/Caixa), que assessora a Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) e o Comando Nacional dos Bancários.

A negociação específica com a Caixa ocorre concomitantemente com a mesa unificada (Fenaban). Além do fim do GDP, os representantes dos empregados reivindicam que o banco concorde com o artigo 71 da minuta geral da Campanha Nacional 2015, que estabelece que os bancos deverão "garantir a participação de todos os seus trabalhadores na estipulação de metas e respectivos mecanismos de aferição, estabelecendo-se que as mesmas serão obrigatoriamente de caráter coletivo e definidas por departamentos/agências". 

Outro ponto reforçado, no tocante à saúde do trabalhador, foi o combate ao assédio moral e sexual. Os representantes dos empregados cobraram da Caixa celeridade na apuração das denúncias. A empresa alegou que tem procurado cumprir o prazo de 45 dias estabelecido na cláusula 56 da Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) 2014/2015.

Segurança bancária

Na negociação desta quinta-feira, esteve em pauta também o tema segurança bancária. Um representante da Gerência Nacional de Segurança Física (GESFI) apresentou as medidas que a Caixa tem adotado na área, como compra de equipamentos, campanhas de orientação dos empregados, medidas de gerenciamento de crise, entre outras.

Na avaliação dos representantes dos trabalhadores, porém, as ações da empresa priorizam a preservação do patrimônio físico. "Nossa visão é de que precisamos de um programa de segurança que garanta a proteção dos bancários e bancárias", acrescentou Genésio Cardoso.

Dentre os pontos reivindicados pela CEE/Caixa, estão a instalação de biombos que impeçam a visualização das operações efetuadas nos caixas pelo público, sem impedir a visão dos empregados e adequando a posição dos vigilantes. A Caixa argumentou que foi definido um modelo padrão e que as divisórias já começaram a ser instaladas. A Comissão cobrou informações sobre o quantitativo de unidades já contempladas e a previsão de prazo para conclusão da instalação em todas as agências.

Outra reivindicação diz respeito à garantia de vigilantes em todas as unidades do banco. A CEE/Caixa denunciou casos de prédios que estão sem o serviço, por conta da não renovação de contratos com a prestadora de serviço. Os representantes da empresa confirmaram que a medida foi adotada para reduzir custos e que a recomendação da GESFI é de que os locais afetados adotem outras medidas como colocação de recepcionistas ou porteiros, além do controle do acesso. Para os representantes dos trabalhadores, esse posicionamento é inadmissível.

A próxima reunião da negociação específica da Campanha Nacional 2015 com a Caixa está agendada para o dia 4 de setembro, com a continuidade dos debates sobre saúde do trabalhador, Saúde Caixa, Funcef e aposentados. A pauta de reivindicações foi entregue à direção da empresa no dia 11 de agosto. 

Prorrogação do ACT

A CEE/Caixa reivindicou a prorrogação do Aditivo ao Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) 2014/2015, que expira na próxima segunda-feira, 31 de agosto, até a conclusão das negociações deste ano. A Caixa se comprometeu a atender à reivindicação. 

Fonte: Fenae

quinta-feira, 27 de agosto de 2015

Lucro da Caixa sobe para R$ 3,5 bilhões no primeiro semestre de 2015

  



A Caixa Econômica Federal anunciou nesta quinta-feira (27) ter registrado lucro de R$ 1,9 bilhão no segundo trimestre de 2015, um avanço de 25% sobre os três meses anteriores. No semestre, o lucro líquido somou R$ 3,5 bilhões, 2,8% acima do verificado no mesmo período do ano anterior.

A carteira de crédito ampliada chegou a R$ 648,1 bilhões, representando 20,7% do mercado e uma alta de 17,4% em 12 meses. O destaque ficou com o crédito habitacional, que cresceu 20,8%, alcançando saldo de R$ 366,6 bilhões.

Em junho, a Caixa diz ter sido responsável pela gestão de R$ 1,9 trilhão de ativos, um aumento de 14,2% em 12 meses, impulsionado principalmente pelos ativos próprios, que apresentaram crescimento nominal de R$ 156,1 bilhões.

Carteira de habitação

As contratações da carteira de crédito habitacional somaram R$ 50,9 bilhões até junho de 2015, dos quais R$ 23,3 bilhões com recursos do FGTS, incluindo subsídios, e R$ 27,2 bilhões com recursos do CAIXA/SBPE, além de R$ 397,0 milhões contratados com outros recursos.

No primeiro semestre, no Programa Minha Casa Minha Vida, foram contratados R$ 19,2 bilhões pela Caixa, totalizando 171 mil unidades habitacionais.

A poupança da Caixa - uma das principais fontes de recursos para o crédito imobiliário - registrou saldo de R$ 232,1 bilhões no primeiro semestre de 2015, uma alta de 5% em relação ao mesmo período do ano anterior.

A Contraf-CUT informa que o Dieese prepara análise do balanço, a qual será divulgada em breve. 

Fonte: G1

terça-feira, 25 de agosto de 2015

Bancos fecham 5.864 postos de trabalho entre janeiro e julho de 2015

  



Nos primeiros sete meses deste ano os bancos que operam no Brasil fecharam 5.864 postos de trabalho, de acordo com a Pesquisa de Emprego Bancário (PEB), divulgada nesta terça-feira (25) pela Contraf-CUT. O estudo é feito mensalmente, em parceria com o Dieese, e usa como base os números do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE).

Os bancos múltiplos, com carteira comercial, categoria que engloba grandes instituições, como Itaú, Bradesco, Santander, HSBC e Banco do Brasil, foram os principais responsáveis pelo saldo negativo. Eles eliminaram 3.715 empregos. A Caixa, apresentou corte de 2.180 postos de trabalho no período. 

O resultado foi influenciado, em parte, pelo Plano de Aposentadoria Incentivada (PAI) do Banco do Brasil e o Programa de Apoio à Aposentadoria (PAA) da Caixa Econômica Federal, implementados ao longo de 2015.

"Os bancos insistem, nas negociações, em dizer que são o setor da economia que menos demite, comparando-se indevidamente com setores que atravessam crises pontuais. Mas o que estamos verificando é diferente. Existe uma tendência de redução de postos de trabalho justamente no setor que não vive nenhuma crise e que vem obtendo altos lucros. Isto é inadmissível", afirma Roberto von der Osten, presidente da Contraf-CUT. 

Clique aqui para acessar as tabelas e gráficos da pesquisa.

Reduções por estados

No total, 23 estados registraram saldos negativos de emprego. Em apenas quatro houve saldo positivo entre desligamentos e admissões. As reduções mais expressivas ocorreram no Rio de Janeiro (-1023), São Paulo (-782) e Minas Gerais (-618) e Rio Grande do Sul (-579). Já o Pará, foi o estado com maior saldo positivo, com geração de 108 novos postos de trabalho, seguido pelo Mato Grosso, com 39 novos postos no período 

Rotatividade e salário

De acordo com o levantamento da Contraf-CUT/Dieese, além do corte de vagas, a rotatividade continuou alta. Os bancos contrataram 20.426 funcionários e desligaram 26.290 nos sete primeiros meses de 2015.

A pesquisa também revela que o salário médio dos admitidos pelos bancos foi de R$ 3.427,10, contra R$ 6.234,13 dos desligados. Assim, os trabalhadores que entraram nos bancos receberam valor médio 55% menor que a remuneração dos dispensados.

"Além da gravidade da questão da redução dos empregos no setor, os bancos continuam utilizando a rotatividade para levar vantagens e reduzir o tamanho das suas folhas de pagamento. Demitem os trabalhadores que têm salários mais altos e contratam trabalhadores na base da pirâmide", critica Roberto von der Osten. 

Desigualdade entre homens e mulheres

A pesquisa mostra também que as mulheres, mesmo representando metade da categoria e tendo maior escolaridade, continuam discriminadas pelos bancos na remuneração. 

A média dos salários dos homens admitidos pelos bancos foi de R$ 3.757,29 no período. Já a remuneração das mulheres ficou em R$ 3.065,40, valor 18,4% inferior à remuneração de contratação dos homens. 

A desigualdade também permanece no desligamento. A média dos salários dos homens foi de R$ 6.986,58 no período, enquanto a remuneração das mulheres ficou em R$ 5.408,45. Resultando em um salário médio 22,6% menor do que o dos homens. 

"A diferença salarial entre homens e mulheres, tanto na contratação quanto na demissão, (facilmente verificável pela pesquisa do Dieese) mostra que estão mantidas as históricas discriminações nos bancos, apesar das mulheres terem hoje mais escolaridade no emprego bancário. Isto é injustificável e precisa continuar sendo combatido", reforça o presidente da Contraf-CUT. 

Fonte: Contraf-CUT

Banco Itaú pode fechar metade das agências em 10 anos


Daqui a dez anos, o Itaú Unibanco pode ter apenas metade do número de agências que tem hoje e, nos próximos três anos, o corte já atingirá 15%, disse Marco Bonomi, o executivo que manda em toda a área de varejo do banco, em reunião com acionistas na semana passada.
Roberto Setúbal
No mesmo evento, o CEO Roberto Setúbal disse aos investidores que o Itaú não foi agressivo na disputa pelo HSBC porque “estamos acreditando muito mais na agência digital do que na agência do tijolo físico.” O Bradesco pagou 17,6 bilhões de reais pela operação brasileira do banco inglês.
As projeções de Bonomi sobre a rede física do Itaú e o fato do banco estar mais obcecado por algoritmos do que por expandir esta rede mostram que o Itaú começou a colher frutos tangíveis de sua estratégia digital 15 anos depois de abraçar a internet em sua comunicação, quando aninhou seu ‘i’ na @rroba laranja.
No primeiro semestre deste ano, 36% do resultado da área de varejo do Itaú foram gerados por operações que aconteceram na plataformas mobile ou pela internet. Há três anos, este número era de apenas 8%. Os gerentes do banco, que geravam 83% do resultado em 2012, agora geram 46%, de acordo com uma apresentação que o banco fez a investidores e está disponível em seu site.
O principal pilar da estratégia digital do Itaú é a abertura das chamadas agências digitais, um conceito que vai além do ‘internet banking’ tradicional porque inclui um relacionamento com um gerente e sua equipe de apoio. No segmento Personnalité, por exemplo, os ‘clientes digitais’ têm acesso a seu gerente de 7 da manhã à meia-noite, e se comunicam com ele e sua equipe por telefone, SMS, videconferência, email ou chat.
Há dois anos, o Itaú começou a abrir essas agências digitais para os clientes do Personnalité, que exige dos clientes um saldo mínimo de investimentos de 100 mil reais. O segmento tem hoje 44 agências digitais que atendem 254 mil clientes — um número que deve dobrar até o fim do ano que vem.
Agora, o banco está estendendo essa proposta digital ao Uniclass, onde espera atender 1,5 milhão de clientes em agências digitais até o fim de 2016.
Os esforços do Itaú mostram uma instituição brasileira tentando se reinventar no momento em que, no mundo todo, os bancos são ameaçados pela desintermediação financeira e desafiados por novas tecnologias, que cada vez mais reduzem a tradicional agência bancária a uma armadilha demográfica: um lugar adorado pelos vovôs… e desprezado por seus netos.
Setúbal não gosta quando chamam o investimento do banco em tecnologia de ‘aposta.’ “Aposta significa um risco muito elevado…” disse ele. “Dá aquela ideia de [algo] que pode dar certo ou não. Não estamos fazendo uma aposta, e sim um grande investimento, que acreditamos que vai ter um grande retorno. A demanda está lá. O cliente fica mais satisfeito e o banco consegue operar com custos menores.” Segundo o Itaú, no segmento Uniclass a rentabilidade da agência digital é 10 vezes maior do que da agência física.
Em 2008, o ano da fusão entre o Itaú e o Unibanco, 74% das transações do banco eram feitas por canais tradicionais (caixa, caixa eletrônico, e por telefone) e só 26% por canais digitais (internet e mobile).
Hoje, de 65% a 70% das transações já são feitas nos canais digitais — e o banco mais do que dobrou de tamanho de lá para cá.
Até o caixa eletrônico, que já foi um altar de alta tecnologia e recebia 43% das transações do banco em 2008, hoje responde por apenas 21%.
O esforço de digitalização do Itaú começou quando o CRM do banco — um sistema que acompanha e visualiza as interações dos clientes com a empresa — identificou uma ineficiência que, vista em retrospecto, hoje parecia óbvia: enquanto a agência ficava aberta de 10 da manhã às 4 da tarde, os clientes usavam os canais digitais para fazer transações em dois momentos de pico: antes de sair para o trabalho e à noite, ao voltar para casa.
“Estávamos com o tijolo físico aberto, custando dinheiro, e o cliente usando a internet…” diz um executivo do banco.
O banco também tem investido em melhorar a experiência de uso do cliente na internet, frequentemente se inspirando em sacadas de empresas como Google e Amazon. Por exemplo, no site do banco, o menu tradicional que lista as possíveis transações está sendo complementado por outro, no qual o cliente vai digitar o que deseja, como se estivesse na barra de busca do Google. O Itaú também tem acelerado as atualizações de seu app mobile. Em 2013, lançou oito atualizações. Ano passado, 35. E só no primeiro semestre deste ano, fez 20 — quase uma a cada 10 dias.
Fonte: Veja/Geraldo Samor Colunista
Diretoria Executiva da CONTEC

Em negociação sobre emprego no BB banco não garante novas contratações

  




Crédito: Guina Ferraz - Contraf-CUT
Guina Ferraz - Contraf-CUTNegociação prossegue nesta terça-feira 25

No primeiro dia da primeira rodada de negociação da pauta específica do BB realizada nesta segunda-feira (24), na sede do banco, em Brasília, os funcionários cobraram mais contratações e a imediata reposição das vagas abertas pelo plano de aposentadoria incentivada.

O Banco não informou se vai repor as vagas do PAI ou mesmo quantos funcionários pretende contratar para a reposição dessas vagas. 

Os representantes dos funcionários cobraram do BB a constante redução no quadro de funcionários e o Banco respondeu que não existir uma política deliberada da empresa em reduzir o número de funcionários.

O Banco afirmou ainda, que existe uma administração de mão-de-obra e direcionamento dos serviços adaptando a novas tecnologias e processos, como por exemplo as agências digitais e atendimento virtual.

Os funcionários cobraram também os casos de terceirizados dentro das unidades de negócio e o banco ficou de analisar onde isso está ocorrendo, pois não é orientação da empresa.

Nos itens sobre condições de trabalho, foram tratados assuntos referentes ao PCMSO e aos programas de saúde do trabalhador. Foi cobrado do BB quais os programas que ainda excluem funcionários dos bancos incorporados, para que se regularize a situação em todos os casos.

Ainda nas questões de condição de trabalho foi tratada uma reivindicação antiga dos funcionários, quanto à abertura de caixa nas agências. Foi reivindicado que qualquer funcionário, independente do cargo que exerça, receba gratificação de caixa quando abrir o terminal para trabalho de caixa, evitando-se o desvio de função.

Também foi solicitado que a mesa temática sobre cobrança de metas seja permanente e trimestral, uma vez que é um assunto que precisa sempre ser atualizado.

Para Wagner Nascimento, coordenador da Comissão de Empresa, nesta primeira rodada de negociação o mais importante é tratar das contratações e da reposição das vagas abertas pelo plano de aposentadoria: "Infelizmente, o banco tem se recusado a informar o número de reposições que realizará. Para nós, as condições de trabalho só vão melhorar se o banco começar a repor o quadro. Por isso pedimos mais contratações. Esperamos que até o final do processo de negociação tenhamos algum compromisso firmado pelo banco neste sentido".

As negociações continuam nesta terça-feira, dia 25 a partir das 9h.

segunda-feira, 24 de agosto de 2015

Negociação sobre a Cassi define discussão de medidas emergenciais

  



Crédito: Guina Ferraz
Guina FerrazPropostas emergenciais serão debatidas imediatamente com os funcionários

Na mesa de negociação sobre a Cassi desta sexta-feira (21), as entidades representativas do funcionalismo do BB novamente apresentaram ao banco a preocupação com a situação da Caixa de Assistência e a necessidade de se discutir ações emergenciais no processo de negociação.

Durante as negociações, o BB havia apresentado a proposta de criação de um fundo para custeio do pós-laboral e a antecipação de contribuição dos ativos para manutenção das contribuições de 4,5% do banco para os aposentados.

Ao longo do período negocial foram apresentadas alterações na proposta original do BB e feitos debates com funcionários da ativa e aposentados e entre as representações da mesa de negociação.

Contudo, considerando a situação das reservas técnicas da Cassi, os representantes dos associados apresentaram ao banco a dificuldade de chegar a um consenso neste momento sobre uma das premissas apresentadas, dada a necessidade de ampliar o debate com todos os associados.

Diante dessa preocupação, a mesa de negociação propôs orientar os debates para a apresentação e discussão de propostas de cunho emergencial, de forma que não se interrompa o processo de negociação e que se encontrem soluções para a sustentabilidade da Cassi e que até lá não tenhamos perda de nenhum benefício e nem afete a assistência médica dos associados. 

Segundo as entidades representadas na negociação, essas propostas de cunho emergencial serão debatidas imediatamente e a partir da próxima reunião serão apresentadas ao banco, de forma a dar um fôlego nas contas da Cassi até que tenhamos uma proposta de sustentabilidade melhor construída e debatida.

A próxima reunião de negociação será já na próxima quinta-feira, dia 27 de agosto. 

Fonte: Contraf-CUT

sexta-feira, 21 de agosto de 2015

Confirmado para 27 de agosto o início das negociações específicas com a Caixa

  


Entrega da pauta para o banco ocorreu em 11 de agosto em São Paulo 

Com debates específicos ocorrendo concomitantemente às discussões gerais da categoria com a Fenaban, a Comissão Executiva dos Empregados (CEE/Caixa) e a Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf/CUT) se reúnem com os representantes da Caixa Econômica Federal na primeira rodada de negociações específicas da campanha salarial 2015. Será na quinta-feira da próxima semana, dia 27 de agosto, às 14h30, em Brasília (DF).

O encontro com o banco ocorre no Hotel San Marco e tratará das reivindicações dos empregados relacionadas à saúde do trabalhador e segurança bancária. O objetivo é melhorar as condições estruturais das agências, com o aumento do número de empregados por setor e o atendimento das questões relativas à saúde e segurança.

No dia da reunião com a Caixa, na parte da manhã (9h30), a CEE/Caixa realiza um encontro preparatório, na sede da Fenae, em Brasília. 

A entrega da pauta específica da Caixa ocorreu no dia 11 de agosto. O documento reúne itens que serão negociados durante a campanha nacional e, posteriormente, na mesa de negociações permanentes. Todos as reivindicações foram aprovadas no 31º Conecef, realizado em junho, em São Paulo (SP). 

Os principais destaques são contratação de mais empregados, fim do GDP, combate ao assédio moral, fim das metas abusivas, garantia do Saúde Caixa na aposentadoria (inclusive para os que saíram pelo PADV), fim do voto de Minerva na Funcef, imediata incorporação do REB ao Novo Plano, fim da restrição de dotação orçamentária para horas extras e extensão da licença-prêmio e do anuênio para todos os admitidos a partir de 1998.

Os debates entre os representantes dos empregados e do banco serão realizados com base no seguinte calendário: dia 27 de agosto (saúde do trabalhador e segurança bancária), dia 4 de setembro (Saúde Caixa, Funcef e aposentados), dia 11 de setembro (carreira, isonomia e organização do movimento) e dia 18 de setembro (contratação, condição de funcionamento das agências e jornada/Sipon). 

Fonte: Contraf-CUT/Fenae

quinta-feira, 20 de agosto de 2015

Mesmo diante de crise, lucro dos bancos não para de crescer


Lucro do Bradesco e Itaú, por exemplo, foram recordes no 2º trimestre.
Juros altos e demanda por crédito podem explicar avanço dos ganhos.

Mesmo em meio à turbulência vivida pela economia brasileira e que pode levar o país a registrar a primeira recessão após a crise mundial de 2009, existe um setor que não deixou de crescer este ano: o bancário.
LUCROS NO 2º TRIMESTRE
em R$ bilhões
4,4731,6755,9843,008BradescoSantanderItaúBB02468
Fonte: bancos
Enquanto a indústria recuou mais de 6% no primeiro semestre e o comércio registrou a maior queda nas vendas desde 2003, o lucro dos bancos bateu recordes. Somados, os ganhos dos quatro maiores bancos cresceram mais de 40% no primeiro semestre, na comparação com os primeiros seis meses de 2014.
Tal movimento, contrário à maré baixa enfrentada pela economia brasileira, pode ser compreendido como "oportunidade".
“Qualquer crise pega a sociedade de forma diferenciada. Os bancos passam por um momento em que o produto que vendem está altamente valorizado. A taxa de juros real de hoje é a segunda mais alta do mundo”, analisou o professor do departamento de economia da PUC-SP Claudemir Galvani.
Sob esse aspecto, mesmo com a crise, os bancos ganham, já que as empresas, por exemplo, vendem menos e precisam de mais capital de giro. “Se não tem capital de giro, [as empresas] vão atrás dos bancos. Além de os juros estarem em alta, a demanda por dinheiro cresce. Quando é ruim para todo o comércio, para a produção, para o consumidor, é bom para os bancos.”
O risco que as instituições financeiras correm é com a inadimplência. No entanto, as perdas tendem a ser suavizadas pelo custo do dinheiro, que traz embutida essa chance de calote.
“Mesmo com a inadimplência, ele [banco] não perde. Nenhum outro setor da economia tem essa vantagem. O varejo, por exemplo, é mais concorrencial. Não é possível aumentar os custos dos produtos para o consumidor”, conforme explicou o economista.
Em seus relatórios, as instituições financeiras continuam mantendo uma visão otimista, vislumbrando perspectivas favoráveis para o setor, ainda que os índices da economia brasileira estejam, a cada divulgação, atingindo os piores resultados da história.
De olho
Esses ganhos podem vir a ser reduzidos com a entrada em vigor dos efeitos de uma medida provisória  que eleva a alíquota da Contribuição Social Sobre o Lucro Líquido (CSLL) das instituições financeiras de 15% para 20%, a partir de setembro. A medida vale para bancos, seguradoras e administradoras de cartões de crédito, entre outras instituições. Um parecer da senadora Gleisi Hoffmann pretende elevar esse patamar ainda mais, para 23%. (Entenda)
O aumento da tributação dos bancos faz parte da estratégia de reequilibrar as contas públicas para tentar estimular a confiança dos empresários e evitar um rebaixamento da nota brasileira pelas agências de classificação de risco.
Veja abaixo os resultados dos bancos que já divulgaram seus balanços:
Agência do Bradesco no centro do Rio de Janeiro (Foto: REUTERS/Pilar Olivares)
Agência do Bradesco no centro do Rio de Janeiro
(Foto: REUTERS/Pilar Olivares)
O Bradesco inaugurou a temporada de balanços do segundo trimestre deste ano. O lucro líquido contábil do banco chegou a R$ 4,473 bilhões, após atingir R$ 4,244 bilhões nos três meses anteriores – um aumento de 5,4%. Já na comparação com o mesmo período do ano passado, o lucro mostrou crescimento de 18,4%.
O lucro líquido ajustado - excluindo efeitos extraordinários - foi de R$ 4,504 bilhões, alta anual de 18,4% e trimestral, de 5,4%.
Segundo levantamento da consultoria Economatica, o banco Bradesco atingiu seu maior lucro trimestral na história. De acordo com o levantamento, considerando todos os bancos de capital aberto, o lucro do Bradesco neste segundo trimestre foi o terceiro maior da história, atrás apenas dos resultados do Banco do Brasil, em 2013, e do Itaú Unibanco, em 2014.
No primeiro semestre, o lucro líquido contábil da instituição somou R$ 8,717 bilhões, acima dos R$ 7,221 bilhões verificados no mesmo período de 2014. Nos moldes ajustados, o lucro líquido do primeiro semestre de 2015 foi de R$ 8,778 bilhões, contra R$ 7,277 bilhões no mesmo período de 2014.

Fachada de agência do banco Santander Brasil (Foto: REUTERS/Pilar Olivares)
Fachada de agência do banco Santander Brasil
(Foto: REUTERS/Pilar Olivares)
O Santander Brasil teve lucro líquido ajustado (ou gerencial)  de R$ 1,675 bilhão no segundo trimestre de 2015, crescimento de 2,6% na comparação com o mesmo período do ano anterior.
De abril a junho, o maior banco estrangeiro no Brasil teve lucro contábil de R$ 3,881 bilhões, acima dos R$ 527,5 milhões registrados no mesmo período de 2014.
No primeiro semestre de 2015, o lucro total ajustado somou R$ 3,308 bilhões, 15,5% acima dos R$ 2,864 verificados no mesmo período do ano anterior. Já o lucro líquido contábil (também chamado de societário) ficou em R$ 4,565 bilhões, contra R$ 1,046 bilhão em 2014.

Agência do Itaú no Rio de Janeiro (Foto: Reuters)
Agência do Itaú no Rio de Janeiro (Foto: Reuters)
O Itaú Unibanco registrou lucro líquido de R$ 5,984 bilhões no segundo trimestre deste ano. Nos três meses anteriores, o lucro havia sido de R$ 5,73 bilhões e no segundo trimestre do ano passado, de R$ 4,899 bilhões.
Já o lucro ajustado ficou em R$ 6,134, contra R$ 5,808 bilhões de janeiro a março. 
Segundo dados da Economatica, o lucro do Itaú no período entre abril e junho foi o maior já registrado na história do banco para um segundo trimestre. O ganho de R$ 5,984 bilhões é também o segundo maior da história em valores nominais entre os bancos brasileiros de capital aberto para este período, perdendo apenas para o do Banco do Brasil em 2013 (R$ 7,4 bilhões).
No semestre, o lucro contábil somou R$ 11,71 bilhões, contra R$ 9,318 bilhões nos primeiros seis meses de 2014. Nos moldes do lucro ajustado, os ganhos foram de R$ 11,94 bilhões no primeiro semestre de 2015, contra R$ 9,502 bilhõesno mesmo período do ano passado.

Banco do Brasil (Foto: REUTERS/Pilar Olivares)
Banco do Brasil (Foto: REUTERS/Pilar Olivares)
O Banco do Brasil, maior banco do país em ativos, anunciou que teve lucro líquido contábil de R$ 3,008 bilhões no segundo trimestre de 2015, uma queda de 48,3% em relação aos R$ 5,818 bilhões registrados nos três meses anteriores. Frente ao mesmo período do ano passado, o lucro cresceu 6,3%.
Entre os bancos brasileiros que já anunciaram seus resultados referentes ao segundo trimestre, o Banco do Brasil foi o único a ver seus ganhos diminuírem na comparação com o 1º trimestre.
Tirando o efeito de fatos extraordinários, o lucro líquido ajustado do banco somou R$ 3,04 bilhões de abril a junho, uma alta de 1,3% sobre um ano antes, e de 0,5% frente aos três meses anteriores.
Nos primeiros seis meses, o banco registrou o lucro líquido contábil de R$ 8,826 bilhões - valor 60,3% superior ao primeiro semestre de 2014 (R$ 5,506 bilhões) O lucro ajustado atingiu R$ 6,065 bilhões em 2015, após registrar R$ 5,438 nos primeiros seis meses de 2014.
Fonte:
Diretoria Executiva da CONTEC