sábado, 31 de maio de 2014

Atenção usuários do Cabesp Família: Afubesp ingressará com cautelar pedindo estudos PDF Imprimir E-mail
Ter, 27 de Maio de 2014 11:56
O presidente e os diretores eleitos da Cabesp continuam em silêncio no que diz respeito ao aumento abusivo do Plano Família. Já são quase 50 dias desde o primeiro contato da Afubesp sobre o assunto. Dessa forma, diante da omissão e do descaso dos eleitos com as famílias de banespianos que utilizam este plano, a Afubesp informa que irá ingressar na Justiça com uma cautelar, visando ter acesso aos estudos que nortearam o reajuste de 30,44%, em vigor desde 1º de maio.

O presidente da Afubesp, Camilo Fernandes, explica que esta ação tem o único objetivo de conquistar cópias dos documentos, que serão encaminhados a um técnico para avaliação. "A partir dessa análise do profissional, estudaremos a viabilidade de um outro processo relacionado ao índice", explica Fernandes.

Para isso, a Afubesp conclama os usuários do Cabesp Família a encaminharem procurações para o Departamento Jurídico da entidade até 5 de junho. A cautelar será ajuizada no dia seguinte (6/6).

"Não é preciso ser associado da Afubesp para participar dessa ação de pedido de documentos", informa o presidente, que alerta: "No entanto, caso o técnico dê o parecer que é possível questionar o índice na Justiça, este novo processo só abrigará os beneficiários do plano que são filiados à associação".

Documentos necessários

Os interessados em participar da cautelar devem encaminhar procuração assinada, cópias simples de RG, CPF e carteirinha do Cabesp Família até dia 5 de junho para a Afubesp (Rua Direita, 32, 2º andar, CEP 01.002-000, Centro, São Paulo), aos cuidados do Departamento Jurídico.

>>> Baixe a procuração, imprima, preencha e envie por correio ou pessoalmente

Encontro neste sábado

No próximo sábado, dia 31 de maio, o Sindicato dos Bancários de São Paulo e a Afubesp irão realizar um encontro para falar sobre Banesprev (especial Plano II) e Cabesp, que será às 10 horas, no Auditório Amarelo do Sindicato (Rua São Bento, 413).

Na oportunidade, além de esclarecer dúvidas sobre a cautelar, a Afubesp irá recolher procurações para entrar com a ação.

Histórico


Desde que foi anunciado o aumento abusivo, no início de abril, a Afubesp tem tentado comunicar-se com a caixa beneficente pedindo acesso aos estudos para saber se realmente não existe outra saída que não seja tão prejudicial aos usuários.

A entidade tem ciência de que muitos já cancelaram seus planos e outros ainda persistem, mas com muita dificuldade. É por isso, que a Afubesp têm lutado pedindo transparência na gestão dos eleitos, que se negam a fornecer estudos e sequer responder as perguntas dos beneficiários do plano.

Importante lembrar que a Afubesp é a única entidade de banespianos que faz essa luta em defesa do direito de informação sobre o plano de saúde desse segmento.     

Leia outras matérias sobre o assunto:

>> O absurdo reajuste do Cabesp Família

>> Reajuste do Cabesp Família "tira" a saúde de seus usuários

>> Afubesp quer esclarecimentos da Cabesp sobre reajuste do Plano Família


>> Cabesp é notificada por esclarecimentos do abusivo reajuste no Plano Família

>> Prazo para Cabesp responder notificação da Afubesp termina hoje

Última atualização em Qua, 28 de Maio de 2014 10:32
 

quinta-feira, 29 de maio de 2014

Rentabilidade, regra de ouro no Santander


Uma das regras de ouro adotadas por Jesús Zabalza, presidente no Brasil do Banco Santander desde junho, é reveladora das suas intenções. Quase que por decreto, ele estabeleceu que nenhum novo negócio será tocado se não tiver um retorno de 20%.

O número "mágico" vale para tudo, de aquisições que o banco pretende fazer à abertura de agências. Até para o teatro que vai inaugurar neste ano, ao lado de sua sede. O esforço é para elevar a rentabilidade do banco. O Santander Brasil registrou um retorno sobre o patrimônio líquido de 11,2% no primeiro trimestre, muito abaixo da faixa de 20% exibida por seus dois principais concorrentes privados, Itaú Unibanco e Bradesco. A meta final é abrir espaço para sustentar o crescimento orgânico e por meio de aquisições. O presidente do Santander Brasil, o espanhol nascido em Baracaldo, no País Basco, Jesús Zabalza, tem uma missão que se provou impossível para seus antecessores: fazer o banco crescer.

De posse da maior folga de capital entre os grandes bancos em operação no país, o Santander tem patinado. Nos últimos anos, perdeu fatias de mercado e clientes, reconhece. Zabalza elegeu três áreas prioritárias para direcionar o capital do banco. São elas: agronegócio, crédito consignado e adquirência. "Nós vamos crescer, mas vamos crescer de um jeito rentável, além das capacidades que temos de crescer de maneira orgânica dentro do banco." A chamada adquirência, de nome difícil, é o negócio de credenciamento de estabelecimentos comerciais para captura de transações com cartões de crédito e débito. De certa forma, contempla também o relacionamento com as pequenas e médias empresas, que Zabalza considera crucial para o banco. 

Entre as várias mudanças de pessoal que promoveu até agora, uma delas foi nomear o executivo Pedro Coutinho para cuidar dos novos negócios, ou seja, identificar oportunidades nas três áreas citadas. "O encarreguei de desenvolver os novos negócios, aqueles em que queremos crescer de maneira rápida e não-orgânica". Na área de adquirência com cartões, o Santander está colocando na rua um projeto pioneiro com a AmBev, em que todos os pagamentos dos clientes à fabricante de bebidas poderá ser feito por transferência eletrônica usando as maquininhas de cartão.

Isso significará habilitar milhares de pequenos bares, restaurantes e mercados por todo o Brasil. Zabalza diz que há projetos semelhantes com outras companhias em andamento. A compra da GetNet, empresa que já fazia adquirência, foi fundamental para o banco conseguir se estabelecer nessa área, em que Cielo e Rede, que tinham o monopólio da operação até recentemente, contam com os maiores bancos locais como acionistas. "Agora os números já começaram a ficar mais claros. Temos 10% dos clientes e 7% das receitas nesse mercado." Zabalza diz ter uma "obsessão" com pequenas e médias empresas. "Digo que um país moderno e estável tem de ter um segmento de pequenas e médias muito crescente.

Cria emprego e a estabilidade da economia. Eu gostaria de ter crescimento mais rápido em ´pymes´ (abreviação usada no espanhol para pequenas e médias empresas), mas me dei conta que tinha que regular umas coisas antes. Ao fim do ano, vamos ter um banco que vai liderar em pymes. Vamos crescer a cada trimestre e o ano que vem será o ano das pymes para o Santander. O agronegócio já esteve no DNA do banco, do finado Banespa, mas se perdeu com os anos. A ideia é recuperá-lo. "Somos banqueiros dos grandes produtores, como Minerva, Marfrig, JBS. E a ideia é trabalhar toda a cadeia dos fornecedores e dos clientes.

Há um caminho enorme." Segundo ele, apesar da proximidade desses grandes produtores, o banco não tinha equipes e produtos para explorar as oportunidades existentes. No consignado, a herança do Banespa mais uma vez é positiva, graças aos contratos com prefeituras. Fora de São Paulo, o banco cuida das contas da prefeitura do Rio de Janeiro e outros Estados e municípios. E quer explorar o consignado nas empresas privadas clientes do banco.

O desafio, como sempre, está no modelo de negócios. No ano passado a instituição rompeu com os chamados pastinhas, os agentes autônomos que ganham alta comissão para gerar contratos de crédito. "Desenvolvemos todo um projeto de consignado orgânico para a rede de agências. E seguimos buscando novas oportunidades para compras e parcerias na área", afirma.

No primeiro ano no cargo, diz que sua agenda foi voltada para assuntos internos sem glamour e que agora a instituição estaria pronta para desempenhar. Um dos problemas que diz ter procurado resolver foi o da insatisfação da clientela, que levou o banco a liderar alguns rankings de reclamação. "Esse é um dos temas ao qual mais tempo dediquei. Revisei todos os processos, os canais, como estamos atendendo no SAC, na ouvidoria, nas agências".

Ao final, diz, pediu ajuda aos funcionários. Em outubro, abriu um canal para que todos sugerissem medidas para melhorar o atendimento ao cliente. "Me responderam 9 mil empregados. E daí surgiram umas cem ideias". Foram coisas simples, como não exigir que o cliente tenha que ir à agência para criar uma senha. 

Fonte: Valor Econômico
Data da informação: 27/05/2014

STF adia novamente julgamento sobre planos econômicos

Mais de 400 mil ações aguardam definição sobre perdas nos saldos da poupança


O Plenário do Supremo Tribunal Federal (STF) adiou mais uma vez o julgamento das ações
 que pedem a reposição de perdas da poupança durante os planos econômicos Bresser, 
Verão, Collor 1 e Collor 2. Os processos estavam pautadas para sessão de hoje, mas os
 ministros concordaram com um pedido de adiamento por parte do procurador-geral da 
República, Rodrigo Janot.
"No que concerne ao relator desta ADPF (Ação por Descumprimento de Direito Fundamental),
estou de acordo em converter o julgamento em diligência para os fins propostos pela PGR”, 
disse o ministro Ricardo Lewandowski, um dos relatores dos processos.
Em petição enviada ao Supremo ontem, Janot disse que pretende rever cálculos apresentados
 pela Procuradoria Geral da República ao STF e que, segundo ele, teriam sido contestados pela
 Advocacia Geral da União e pelosa advogados das instituições financeiras. O adiamento
 atende especialmente aos bancos, que lutam pela derrota dos poupadores nas ações. 
O efeito no mercado foi imediato. As ações preferenciais do Banco do Brasil subiram quase
 4%, as do Bradesco, 1,49% e as do Itaú, 1,68%.
“A Procuradoria anexou ao processo cálculos feitos por uma parte técnica. Houve uma
 impugnação desses cálculos recentemente a informar que teria havido um equívoco da
 Procuradoria na confecção, na feitura desses cálculos. Eu não sei como o Supremo vai
 se postar em frente a esse tipo de acidente de percurso no julgamento”, disse o procurador
 antes da decisão tomada pelo plenário.
O julgamento não tem data para ser retomado. Na manhã desta quarta-feira, após audiência
 no Senado, Janot chegou a dizer informalmente que levaria cerca de 10 dias para rever os 
cálculos. Contudo, antes da sessão do Supremo, o procurador evitou estipular um prazo.
Quase 400 mil processos sobre o tema estão com a tramitação suspensa em diversos
 tribunais, desde 2010, à espera de uma decisão do STF. Os autores das ações argumentam
 que tiveram perdas com as correções nas poupanças e querem receber os valores
 corrigidos com base na inflação. Se o tribunal entender que o percentual utilizado pelos
 planos foi correto, muitos poupadores não terão direito a receber nada.
Na hipótese de o Supremo considerar o índice utilizado irregular, a Corte deverá estipular
 como será feito o pagamento da correção dos saldos da poupança por um instrumento
 chamado modulação. O governo federal, por meio da AGU e do Banco Central, aponta
 riscos ao sistema financeiro e prevê retração no crédito caso os poupadores sejam 
beneficiados.
Direto de Brasília

Terra

Comissão do Senado aprova projeto da carteira de trabalho eletrônica

  




A emissão da Carteira de Trabalho e Previdência Social (CTPS) por meio eletrônico pode passar a ser uma alternativa à disposição dos trabalhadores. De autoria do senador licenciado Blairo Maggi (PR-MT), projeto com essa finalidade foi aprovado pela Comissão de Assuntos Sociais (CAS) nesta quarta-feira (28).

A matéria (PLS 466/2013), que foi aprovada na CAS em decisão terminativa, deverá seguir agora para exame da Câmara dos Deputados, a menos que haja recurso para que a última votação no Senado ocorra em Plenário. O relatório, com voto pela aprovação, foi do senador Armando Monteiro (PTB-PE).

Pelo texto, a emissão eletrônica dependerá de requerimento escrito do empregado, o que torna opcional essa modalidade de identificação. Regulamento a ser elaborado pelo Ministério do Trabalho e Emprego irá estabelecer a forma do documento e disciplinará a transferência das informações contidas no documento físico para o meio eletrônico.

Blairo observa, na justificação, que o formato atual do documento não acompanhou a evolução dos meios de armazenamento de informações. Salientou, ainda, que o uso de instrumentos tecnológicos pode proteger os dados trabalhistas e previdenciários de eventuais perdas e deteriorações.

Armando Monteiro, na análise, considera que a proposta representa um estímulo ao avanço da utilização da informática no processo de modernização das relações de trabalho. A seu ver, a CTPS eletrônica também pode ajudar a reduzir a informalidade no trabalho, fraudes na concessão de benefícios previdenciários e do Seguro-Desemprego, além de ampliar aplicações em outros programas sociais.


Fonte: Agência Senado

quarta-feira, 28 de maio de 2014

Ato nacional cobra fim das demissões e reunião com presidente do Santander

  
Crédito: Mauricio Morais - Seeb São Paulo
Mauricio Morais - Seeb São Paulo


Depois das manifestações, bancários entregam cartas para diretoria do banco 

A Contraf-CUT, federações e sindicatos realizaram nesta terça-feira (27) um ato nacional em frente à Torre Santander, em São Paulo, seguida da entrega para a diretoria do banco de cerca de 25 mil cartas de clientes, onde se solidarizam com a luta pelo fim das demissões e cobram "a redução de tarifas e a contratação de mais bancários". Houve também entrega de uma carta das entidades reforçando a solicitação de uma reunião com o presidente do Santander Brasil, Jesús Zabalza. 

A grande manifestação, que contou com a participação de dirigentes sindicais e da Afubesp de todo o país, foi a apoteose da Jornada Nacional de Luta contra as demissões do Santander, indicada pela Comissão de Organização dos Empregados (COE) e deflagrada pelos sindicatos no último dia 12. 

Solidariedade dos clientes

"Ao longo de duas semanas, houve protestos, leitura de manifesto e coleta de assinaturas de clientes em inúmeras agências do banco em todo o país, como forma de pressionar o banco a parar as dispensas, contratar mais funcionários, melhorar as condições de trabalho e o atendimento ao público", afirmou o secretário de imprensa da Contraf-CUT, Ademir Wiederkehr.

As cartas endereçadas ao presidente do Santander Brasil, Jesús Zabalza, foram recebidas pela diretora de Recursos Humanos, Vanessa Lobato, após uma manifestação de dirigentes sindicais no saguão do imenso prédio onde fica a direção do banco. Houve também entrega de uma carta reforçando a solicitação de uma reunião com Zabalza. Vanessa se comprometeu a levar o pedido da reunião para o presidente do banco.

> Clique aqui para ler a carta entregue ao banco.

As cópias das cartas foram também afixadas em cordas, formando um enorme varal, e deram três voltas na sede do banco no Brasil, valorizando o recado de milhares de clientes solidários com a luta dos bancários contra as demissões. 

Milhões para altos executivos

Um enorme cartaz com um cheque gigante no valor de R$ 465 mil foi estendido, mostrando a remuneração mensal de um alto executivo do banco. 

"Enquanto o Santander paga milhões de reais por ano para um punhado de executivos, os bancários e as bancárias que permanecem no emprego recebem um dos menores salários da categoria, o que revela a falta de valorização para quem produz os lucros bilionários do banco", disse a secretária de Mulheres da Contraf-CUT, Deise Recoaro. 

Os dirigentes sindicais ainda seguraram cruzes pretas, com a inscrição "Demitidos", simbolizando os milhares de bancários que o banco mandou embora desde as demissões em massa na véspera do Natal de 2012. Além das dispensas, o Santander cortou 4.833 empregos entre março de 2013 e março de 2014, sendo 970 no primeiro trimestre deste ano, o que inaceitável.

"É o banco que mais fechou vagas no ano passado e no início de 2014, apesar de continuar lucrando muito, tendo obtido R$ 1,428 bilhão no primeiro trimestre", salienta o secretário de Relações Internacionais da Contraf-CUT, Mário Raia. "As demissões não têm justificativa. Queremos que o Santander respeite o Brasil e os brasileiros", completou.

Gestão equivocada

Nos pronunciamentos, os dirigentes sindicais criticaram a gestão do banco, sobretudo as demissões, o que piorou as condições de trabalho e o atendimento. Não é à toa que o banco tem liderado quase todos os meses o ranking de reclamações de clientes no Banco Central. Além disso, o banco tem reduzido custos por meio do corte de serviços, como transporte e limpeza, causando a indignação dos funcionários.

"Ao assumir o posto, no ano passado, o atual presidente declarou à imprensa que implantaria a mesma política adotada quando comandou o banco no México: redução de custos por meio das demissões, mas aqui não é o México. Respeite quem é responsável por 20% do lucro mundial do Santander", disse a secretária de finanças do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Rita Berlofa.

"O banco é uma concessão pública e como tal deve atender aos anseios da sociedade, que deve vir com o aumento do número de postos de trabalho, a diminuição das tarifas e a concessão de crédito barato", afirmou o diretor do Sindicato, Ramilton Marcolino.

Funcionários assustados

"A sensação que temos é que podemos ser demitidos a qualquer momento. Não fazemos planos financeiros a longo prazo porque não sabemos se vamos continuar no banco", contou uma funcionária do banco.

"A retirada dos fretados é uma das principais reclamações dos meus colegas aqui na Torre, que é um lugar de difícil acesso. O trânsito aqui é horrível em qualquer horário, a estação de trem fica longe. Avisaram sobre o fim dos fretados dois dias antes [do serviço terminar]. Simplesmente falaram para a gente se virar", relatou uma funcionária do banco.

Bancários cobram mudanças

"Os trabalhadores aceitam o desafio de fazer deste banco o maior do país desde que a direção nos dê condições para isto, fazendo deste banco o melhor para se trabalhar. Neste sentido, é preciso parar imediatamente com as demissões e contratar mais bancários para atender melhor o cliente", ressaltou Rita Berlofa.

Os dirigentes sindicais deixaram claro que não irão descansar enquanto não pararem as demissões e não houver uma reunião com o presidente do banco. "Esperamos dialogar com Zabalza para mostrar que o caminho para o banco crescer no Brasil não é cortar ainda mais custos, mas sim mudar a gestão, criar empregos, melhorar as condições de trabalho, ampliar o crédito, reduzir juros e tarifas, e investir no desenvolvimento econômico e social do país", concluiu Ademir.


Fonte: Contraf-CUT com Seeb São Paulo

terça-feira, 27 de maio de 2014


Santander busca retorno de 20%
O presidente do Santander Brasil, o espanhol nascido em Baracaldo, no País Basco, Jesús Zabalza, tem uma missão que se provou impossível para seus antecessores: fazer o banco crescer. De posse da maior folga de capital entre os grandes bancos em operação no país, o Santander tem patinado. Nos últimos anos, perdeu fatias de mercado e clientes, reconhece Zabalza em sua primeira entrevista exclusiva desde que assumiu o cargo, em junho de 2013.

 Presidente do Santander persegue retorno de 20%
Em pouco mais de seis meses, o encontro com o espanhol Jesús Zabalza foi desmarcada pelo menos três vezes. Ao adentrar a sala de reuniões no 28º andar da sede do Santander Brasil para a sua primeira entrevista exclusiva desde que assumiu a cadeira de presidente do banco, em junho de 2013, Zabalza logo diz: "Demorei porque não falo de promessas. Falo de coisas que fiz".

 Rentabilidade, regra de ouro no Santander

Uma das regras de ouro adotadas por Jesús Zabalza, presidente no Brasil do Banco Santander desde junho, é reveladora das suas intenções. Quase que por decreto, ele estabeleceu que nenhum novo negócio será tocado se não tiver um retorno de 20%. O número "mágico" vale para tudo, de aquisições que o banco pretende fazer à abertura de agências. Até para o teatro que vai inaugurar neste ano, ao lado de sua sede. O esforço é para elevar a rentabilidade do banco. O Santander Brasil registrou um retorno sobre o patrimônio líquido de 11,2% no primeiro trimestre, muito abaixo da faixa de 20% exibida por seus dois principais concorrentes privados, Itaú Unibanco e Bradesco. A meta final é abrir espaço para sustentar o crescimento orgânico e por meio de aquisições.

 

segunda-feira, 26 de maio de 2014

Afubesp explica plano de custeio do Plano II PDF Imprimir E-mail
Os participantes do Plano II vêm sofrendo por conta dos seguidos déficits atuariais apurados nos últimos anos. Essa situação faz com que desinformações circulem, promovendo pânico entre os colegas. Preocupada em elucidar algumas questões surgidas recentemente, a Afubesp apresenta explicações sobre a forma de custeio dos planos de benefícios.

Para começar é importante ressaltar que a Previdência em sua essência possui o poder de proteção, onde os mais abonados pagam pelos menos abonados. No caso do Plano II, a forma de contribuição normal para o custeio foi definida no artigo 39 do regulamento, e foi embasada na legislação vigente na época, divida em três faixas : primeira - 2% sobre ½ limite do teto da Previdência Oficial; segunda - 4% sobre ½ a 1 limite do teto e terceira - 7%, ou mais, sobre o que ultrapassar o limite.

As contribuições extraordinárias são pesadas e estão prejudicando várias pessoas, em especial os ativos e os que recebem remuneração acima do teto da previdência (R$ 4.390,24). Porém, o plano precisa de uma solução que envolva todas as partes, pois é mutualista, não há como solucionar o problema com medidas individualistas, correndo o risco de levar o plano a insolvência.

Segundo o coordenador do Comitê Gestor do Plano II e secretário-geral da Afubesp, Walter Oliveira, a última reunião do colegiado, realizada em março, deliberou que o atuário deve apresentar estudo com as devidas simulações para que se conheça melhor a situação do déficit, inclusive por faixas salariais.

“A forma de contribuição extraordinária não consta do regulamento e até podemos discutir se é a mais justa, ou não, mas não podemos esquecer que muitos participantes pagaram contribuições e não recebem nada, devido às alterações nos cenários do Banco e da Previdência”, lembra Oliveira.

Importante destacar que 25,55% dos aposentados estão acima da terceira faixa, o que representa 2.169 participantes, de um universo total de 8.488. No caso dos ativos a situação se inverte, são 1.592 participantes de um universo de 2.217, que estão na terceira faixa, representando de 72%, do total.

Considerando que 1.000 participantes poderão se aposentar até o final de 2015 (período que não necessitaremos aportar recursos para pagar novos déficits) descontada a parcela do INSS no cálculo, o numero de participantes da terceira faixa cairá mais ainda.

Sem esquecer também, que a maioria dos que estão na terceira faixa, não recebem valores de complementação do Banesprev muito acima do teto da Previdência Oficial, que é de R$ 4.390,24, o que altera totalmente o raciocínio.

Veja na prática:
Participante Assistido/Aposentado
Salário da Ativa: R$ 7.500,00
Salário do INSS: R$ 2.500,00
Salário de Complementação Banesprev: R$ 5.000,00
Teto do INSS: R$ 4.390,24
Cálculo da Contribuição Extraordinária

½ do Limite Máximo do Salário (R$): 4.390,24 : 2 = 2.195,12 X 2%=43,90
½ a 1 do referido Limite (R$): 4.390,24: 4 = 2.195,12 X 4% = 87,80
Parcela superior ao Limite (R$) 5.000,00 – 4.390,24 = 609,76 X 30,55% = 186,28
Contribuição Total: 
R$ 317,98, corresponde a 6,36% da renda do Banesprev e 4,24% da renda total.
Participante Ativo Salário da Ativa: R$ 7.500,00.
Cálculo da Contribuição Normal

½ do Limite Máximo do Salário (R$): 4.390,24: 2 = 2.195,12 X 2% = 43,90.
½ a 1 do referido Limite (R$): 4.390,24: 4 = 2.195,12 X 4% = 87,80.
Parcela superior ao Limite (R$) 7.500,00 – 4.390,24 = 3.109,76 X7% = 217,68.
   

Cálculo da Contribuição Extraordinária

½ do Limite Máximo do Salário (R$): 4.390,24: 2 = 2.195,12 X 2% = 43,90.
½ a 1 do referido Limite (R$): 4.390,24: 4 = 2.195,12 X 4% = 87,80.
Parcela superior ao Limite (R$):7.500,00–4.390,24 = 3.109,76 X 24,10% = 749,45.
 Contribuição Total:
 R$ 1.230,53, corresponde a 16,41% da renda do funcionário.

sexta-feira, 23 de maio de 2014

Carta ao presidente do Santander pede negociação sobre demissões

  
Crédito: Seeb São Paulo
Seeb São Paulo


Manifestação durante Jornada Nacional de Luta contra Demissões

O Sindicato dos Bancários de São Paulo enviou carta ao presidente do Santander Brasil, Jesús Zabalza, evidenciando os problemas decorrentes da gestão atual, enfrentados pelos funcionários do banco. O documento cobra reunião na próxima terça-feira, dia 27, para tratar especificamente das demissões. 

> Leia a íntegra da carta 

"Consideramos equivocada a visão empresarial atual, pois além de ser danosa aos funcionários remanescentes - que são obrigados a conviver com a sobrecarga de trabalho, assédio moral e o adoecimento -, ainda por cima não traz resultados ao banco", consta em trecho da carta. 

O texto contém diversos dados que corroboram a crítica. O lucro do Santander caiu 9,7% em 2013, em comparação com 2012, período em que foram eliminados 4.371 postos de trabalho. 

A carta denuncia ainda que a redução de custos está atingindo setores básicos do ambiente de trabalho enquanto os diretores executivos da instituição receberam aumentos consideráveis nos seus rendimentos. 

"A incoerência da política de redução de custos fica ainda mais evidente quando, por um lado, até mesmo questões básicas como os ônibus fretados, café, papel higiênico, funcionários de limpeza, dentre outros pontos essenciais, sofreram cortes", diz outro trecho. 

E continua: "No topo da hierarquia, no entanto, os 46 diretores executivos poderão receber em 2014 aumento de até 48,3% nos seus já astronômicos ganhos, que no ano passado chegaram a incríveis R$ 4,7 milhões. O resultado é que a remuneração de somente um diretor executivo representa 146 vezes os ganhos anuais de um escriturário."

Protesto 

Nesta quarta-feira 21 foi a vez de Osasco receber a jornada nacional de luta dos trabalhadores do Santander. O movimento cobra o fim das demissões, a contratação de mais funcionários e a redução das tarifas cobradas dos clientes. 

Durante os atos, dirigentes sindicais fizeram a leitura de manifesto nas agências e distribuíram o jornal Sindical Santander, além de cartas-manifesto aos clientes, que apoiam a luta assinando pedido de mais contratações e redução das tarifas. A diretora executiva do Sindicato, Maria Rosani, ressalta a solidariedade e o apoio dos correntistas ao protesto. 

"Muitas pessoas falam que assinam com prazer as cartas que serão entregues ao presidente do banco, e isso mostra a indignação e o descontentamento dos usuários e clientes pela forma como têm sido tratados pelo banco", salienta. 


Fonte: Seeb São Paulo

Bancos eliminam 2.567 empregos nos primeiros quatro meses de 2014

  



O sistema financeiro fechou 2.567 postos de trabalho de janeiro a abril de 2014. Enquanto os bancos privados e o Banco do Brasil cortaram postos de trabalho, a Caixa Econômica Federal abriu 1.256 vagas no mesmo período, o que evitou um resultado ainda pior para o nível de emprego no setor.

A redução de empregos nos bancos contraria o movimento da economia brasileira, que gerou 458.145 novos empregos formais nos primeiro quadrimestre do ano. 

Os dados constam na Pesquisa de Emprego Bancário (PEB) divulgada nesta quinta-feira (22) pela Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), que faz o estudo em parceria com o Dieese, com base nos números do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE).

Clique aqui para acessar as tabelas e gráficos da pesquisa.

Conforme o estudo, além da diminuição de vagas, a rotatividade permaneceu alta no período. Os bancos brasileiros contrataram 11.080 funcionários e desligaram 13.647.

Um total de 15 estados apresentaram saldos negativos de emprego. Os maiores cortes ocorreram em São Paulo, Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro e Minas Gerais, com 1.301, 381, 362 e 251 cortes, respectivamente. O estado com maior saldo positivo foi o Pará, com geração de 128 novos postos.

"Apesar dos lucros bilionários, os bancos brasileiros, especialmente os privados, seguem fechando postos de trabalho em 2014, a exemplo dos últimos meses de 2013, o que é injustificável. No ano passado, os seis maiores bancos (BB, Itaú, Bradesco, Caixa Econômica Federal, Santander e HSBC) lucraram R$ 56,7 bilhões", afirma Carlos Cordeiro, presidente da Contraf-CUT.

Para ele, "banco que não cria empregos anda na contramão da economia do país, prejudica os bancários, piora o atendimento dos clientes e da população e não contribui para o crescimento com distribuição de renda".

Rotatividade derruba salários dos bancários

A pesquisa mostra também que o salário médio dos admitidos pelos bancos nos primeiros quatro meses do ano foi de R$ 3.221,18 contra o salário médio de R$ 5.206,73 dos desligados. Assim, os trabalhadores que entraram nos bancos receberam valor médio equivalente a 61,9% da remuneração dos que saíram.

"Os bancos privados continuam praticando a maldita rotatividade, um instrumento perverso utilizado para reduzir a massa salarial e aumentar ainda mais os lucros", aponta o presidente da Contraf-CUT. "Nos últimos dez anos, os bancários conquistaram aumentos reais consecutivos, mas esses ganhos foram corroídos pela rotatividade, reduzindo o crescimento da renda da categoria", denuncia.

Para Cordeiro, "os números da nova pesquisa reforçam cada vez mais a certeza dos bancários de ampliar a luta contra as demissões e pelo fim da rotatividade, por mais contratações e contra o PL 4330 da terceirização, como forma de proteger e ampliar o emprego da categoria e da classe trabalhadora".

Desigualdade entre homens e mulheres

A pesquisa revela também que as mulheres, ainda que representem metade da categoria, continuam sendo discriminadas pelos bancos na sua remuneração, ganhando menos do que os homens quando são contratadas. Essa desigualdade permanece ao longo da carreira, pois a remuneração das mulheres é bem inferior à dos homens no momento em que são desligadas do seu posto de trabalho.

Enquanto a média dos salários dos homens na admissão foi de R$ 3.660,01 de janeiro a abril deste ano, a remuneração das mulheres ficou em R$ 2.776,30, valor que representa 75,9% da remuneração de contratação dos homens. 

Já a média dos salários dos homens no desligamento foi de R$ 6.027,18 enquanto a remuneração das mulheres foi de R$ 4.333,27. Isso significa que o salário médio das mulheres no desligamento equivale a 71,9% da remuneração dos homens.

"Essa discriminação é inaceitável e fortalece ainda mais a luta da categoria por igualdade de oportunidades na contratação, na remuneração e na ascensão profissional", ressalta Cordeiro.

Maior concentração de renda nos bancos

A pesquisa reforça ainda a luta dos bancários por distribuição de renda. Enquanto no Brasil, os 10% mais ricos no país, segundo estudo do Dieese com base no Censo de 2010, têm renda média mensal 39 vezes maior que a dos 10% mais pobres, no sistema financeiro a concentração de renda é ainda maior. 

No Itaú, cada membro do Conselho de Administração recebeu, em média, R$ 15, 5 milhões em 2013, o que representa 318,5 vezes o que ganhou o bancário do piso salarial. No Santander, cada diretor embolsou, em média, R$ 7,7 milhões no mesmo período, o que significa 158,2 vezes o salário do caixa. E no Bradesco, que pagou, em média, R$ 13 milhões no ano para cada diretor, a diferença para o salário do caixa foi de 270 vezes.

Desta forma, para ganhar a remuneração mensal de um desses executivos, o caixa do Itaú tem que trabalhar 26,5 anos, o caixa do Santander 13 anos e o do Bradesco 22,5 anos.

"Essa distância que separa os ganhos dos altos executivos e os salários dos bancários atenta contra a justiça social e a dignidade dos trabalhadores, bem como contribui para a vergonhosa posição do Brasil entre os 10 países mais desiguais do planeta", conclui o presidente da Contraf-CUT.


Fonte: Contraf-CUT com Dieese

quinta-feira, 22 de maio de 2014

STJ decide que bancos devem pagar juros em perdas na poupança

  




Os ministros do Superior Tribunal de Justiça (STJ) decidiram, na tarde desta quarta-feira (21), que os bancos deverão contabilizar juros, no pagamento a poupadores prejudicados por planos econômicos passados, desde a citação em Ação Civil Pública (ACT) movida em 1993. A votação foi apertada, dividindo a corte. O último voto, do presidente Felix Fischer, decidiu o julgamento.

Dessa forma, os juros de mora - ou seja, de atraso de pagamento - começam a ser contados desde a ação civil movida pelo Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec), ganha em 1993. Com a decisão, os bancos terão que calcular os juros de mora desde esse período. Eles, porém, têm o direito de apresentar recurso no próprio STJ.

Foram julgadas ações de dois poupadores que tiveram perdas no Plano Verão, de 1989, com base em decisões proferidas nas ações civis públicas movidas contra o Banco do Brasil e Banco Bamerindus (atual Banco HSBC). A decisão reflete em ações movidas por outros poupadores em relação ao Plano Verão ou a outros planos econômicos, como os planos Collor e Bresser.

"Hoje, o poupador e qualquer pessoa que se beneficiar de uma ação civil pública teve reconhecida a contagem de juros de mora a partir da ação civil pública e isso foi muito importante para o reconhecimento da tutela coletiva aqui no Brasil", disse a advogada do Idec, Mariana Tornero. 

Um dos argumentos dos bancos foi que o prejuízo com o pagamento desses juros seria muito grande, em torno de R$ 340 bilhões, trazendo, inclusive, danos "à economia do país", uma vez que Banco do Brasil e a Caixa Econômica, dois bancos públicos, seriam parte em várias ações similares.

Os bancos também questionaram o alcance das ações. "As ações coletivas trazem uma sentença genérica, não especificam quem tem o direito e qual é o direito. O que se espera é que seja reconhecida a iniciativa individual de cada poupador na hora que ele decidiu ajuizar a execução", argumentou a vice-presidente da Federação Brasileira de Bancos, Claudia Politanski.

Os votos, ao longo do julgamento, se alternaram, deixando a decisão para o presidente Fischer. O placar final foi de oito votos contra sete a favor dos poupadores. Os ministros que votaram a favor do entendimento dos bancos foram: Raul Araújo, Gilson Dipp, Laurita Vaz, João Otavio Noronha, Maria Thereza de Assis Moura, Napoleão Nunes Maia Filho, Felipe Salomão. 

Já ao encontro da tese dos poupadores, votaram: Sidnei Beneti, Ari Parglender, Nancy Andrighi, Arnaldo Esteves Lima, Antonio Herman Benjamin, Humberto Martins, Og Fernandes, Felix Fisher.

O debate envolveu ainda a questão da eficácia da ACT e de seus reais efeitos. O ministro Hernan Benjamin chegou a falar em "pena de morte da ação civil pública", caso o recurso dos bancos fosse aceito. "É a pena de morte da eficácia da ação civil pública. Estaremos condenando à morte a eficácia da ação civil pública". A decisão balizará outros tipos de ACT, como reajustes de planos de saúde, cobranças indevidas ou perdas ocorridas em outros planos econômicos.

Os poupadores lesados pelo Plano Verão poderão entrar com uma ação pedindo a devolução do dinheiro com direito a contagem de juros de mora desde 1993. Eles, no entanto, têm um prazo para fazê-lo, uma vez que os efeitos da ação movida pelo Idec - que lhes dá garantia de recebimento desse dinheiro - são expiráveis. Poupadores que têm dinheiro a receber do Banco Bamerindus (atual HSBC) devem entrar com ação até agosto de 2014. Quem entrar com ação contra o Banco do Brasil, deve fazê-lo até outubro.

Diante da derrota no STJ, os bancos aguardam o julgamento no Supremo Tribunal Federal sobre a constitucionalidade dos próprios planos econômicos. O tribunal vai definir se os bancos têm de pagar a diferença das perdas no rendimento de cadernetas de poupança causadas pelos planos Cruzado (1986), Bresser (1998), Verão (1989); Collor 1 (1990) e Collor 2 (1991).


Fonte: Agência Brasil