sexta-feira, 22 de março de 2019

126 cidades do Brasil vão fazer atos em defesa da Previdência. Participe!

Reforma da Previdência vai dificultar concessão da aposentadoria e reduzir valor dos benefícios. Participe da luta contra o fim da dua aposentadoria!

 Publicado: 20 Março, 2019 - 12h40 | Última modificação: 21 Março, 2019 - 17h38
Escrito por: Redação CUT
 ALEX CAPUANO/CUT
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Nesta sexta-feira (22), a CUT, demais centrais e movimentos sociais organizam atos em Defesa da Previdência em 126 cidades de todo o país. Do total, 26 serão em capitais, um é Brasília e 99 em cidades das regiões metropolitanas ou no interior dos estados (confira a lista no final do texto).
A mobilização deste Dia Nacional de Luta em Defesa da Previdência é um esquenta para a greve geral que a classe trabalhadora vai fazer caso o governo de Jair Bolsonaro (PSL) insista em aprovar a Proposta de Emenda à COnsatituição (PEC 006/2019), de reforma da Previdência, que dificulta o acesso à aposentadoria, reduz o valor dos benefícios, prejudica os trabalhadores e trabalhadoras de todo o Brasil, em especial os mais pobres. 

22 de março | Dia Nacional de Luta em Defesa da Previdência
Confira a lista de atos marcados no seu estado: 
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ACRE
  • Rio Branco – ato às 8h, em frente à sede do governo do estado (Palácio Rio Branco), tem panfletagem também
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ALAGOAS
  • Maceió - ato às 15h, na Praça Centenário
  • Arapiraca - ato às 9h na Praça da Prefeitura
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AMAPÁ
  • Macapá - Ato às 9h, em frente a agência do INSS, na Avenida Marechal Rondon
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AMAZONAS
  • Manaus - Concentração às 15, na Praça da Polícia. Depois, tem caminhada até a Praça da Matriz, no Centro.
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BAHIA
  • Salvador - ato às 9h, no Rótula do Abacaxi
  • Jacobina - às 8h, em frente ao INSS 
  • Teixeira de Freitas - às 9h, na Praça da PMTF
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CEARÁ 
  • Fortaleza - ato às 8h na Praça da Imprensa (bairro Dionizio Torres) 
  • Acopiara – ato às 8h, na Praça da Matriz
  • Alto Santo – ato ás 7h, Praça em frente ao hospital  
  • Aquiraz – ato às 7h30, na Rodoviária 
  • Aracati – ato às 8h, na Praça dos Prazeres 
  • Barreira – ato às 7h, na sede do Sinsemba 
  • Beberibe – ato ás 8h, no auditório do Sindserv 
  • Camocim – ato às 8h, na Pracinha do Amor 
  • Canindé – ato às 7h, na Praça Tomás Barbosa 
  • Caririaçu – ato às 8h, na sede do SINDSMCAR 
  • Chorozinho – ato às 8h, na Praça da EEF Padre Enemias 
  • Cratéus – ato às 7h, na Coluna da Hora 
  • Cruz – ato às 8h30, Centro da Cidade 
  • Fortim – ato às 8h, Praça São Pedro 
  • Guaiúba – plenária no distrito de água verde, horário a confirmar 
  • Horizonte – ato às 7h, no Estádio Domingão 
  • Iguatu – ato às 8h, na Praça da Caixa Econômica 
  • Ipu – ato às 8h, Praça de Iracema 
  • Itaiçaba – ato às 7h, na EEF Dulcineia Gomes Dinis 
  • Itapipoca – ato às 8h, na Praça dos Motoristas 
  • Jaguaribe – ato às 16h, na Praça do Fórum 
  • Jaguaruana – ato às 9h, na Praça da Prefeitura 
  • Juazeiro do Norte - ato às 16h, no Giradouro 
  • Madalena – ato às 8h, na Praça da Igrejinha de São Pedro 
  • Maracanaú - ato às 16h, na Praça da Estação de Maracanaú 
  • Martinópole – ato às 16h, no Galpão dos Feirantes 
  • Massapê – ato às 7h, na Praça São Francisco 
  • Mombaça – ato às 8hPraça da Matriz 
  • Monsenhor Tabosa – às 8h, na sede do Sindserp 
  • Morada Nova – ato às 7h, na Praça da Matriz 
  • Paracuru – ato às 8h, no Sindicato Rural 
  • Paraipaba – ato às 15h30, na Praça do Hospital 
  • Pereiro – ato às 7h, na Praça da Matriz 
  • Quixadá - às 8h, ato na Praça da Catedral
  • Quixeramobim – ato às 8h, no memorial Antônio Conselheiro 
  • Russas – ato às 7h, na Praça Monsenhor João Luiz 
  • Sobral – ato às 7h30, na Praça de Cuba 
  • Solonopole – ato às 9h30, no Ginásio Poliesportivo 
  • Tamboril – ato às 7h30, na sede do Sindicato Dos Trabalhadores Rurais (STTR)  
  • Tarrafas – ato às 7h30, na Praça da Escola Emília Ferreira 
  • Tianguá – ato às 8h, na Praça dos Eucaliptos 
  • Ubajara – ato às 8h, na sede do Sindicato Dos Trabalhadores Rurais (STTR) 
  • Varjota – ato às 16h30, ao lado do Titanic 
  • Viçosa do Ceará – ato às 7h, Praça São Francisco
 
 
DISTRITO FEDERAL
  • Brasília - As entidades filiadas deverão realizar reuniões, seminários, assembleias, atos ou paralisações junto a suas bases, denunciando os perigos da reforma de Bolsonaro e construindo a Greve Geral.
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ESPÍRITO SANTO
  • Vitória - ato às 8h, com caminhada de Jucutuqyara até o Palácio Anchieta 
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GOIÁS
  • Goiânia - às 6h, ato perto da Serra Dourada, na altura do KM 153 da BR
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MARANHÃO
  • São Luís - às 8h, INSS - Parque Bom Menino (Centro)
  • Imperatriz - às 8h, na Praça de Fátima
  • Tem atos também em Caxias, Santa Inês, Vargem Grande, Peri Mirim, São João dos Patos, Bequimão, Itapecuru, Presidente Dutra, Pinheiro, Barra do Corda e Balsas
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MATO GROSSO
  • Cuiabá - ato às 16h, na Praça Ipiranga
  • Chapada dos Guimarães – ato ás 8h, na Praça Wunibaldo
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MATO GROSSO DO SUL
  • Campo Grande – 9h, paralisação com ato público, na Praça do Rádio Clube. Em todo o estado a FETEMS realizou assembleias com os trabalhadores, que aprovaram greve geral no dia 22
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MINAS GERAIS
  • Belo Horizonte - às 17h tem ato na Praça Sete. Na parte da manhã, sindicalistas e militantes percorrerão com carro de som dois bairros populosos da capital - Barreiro e Venda Nova - explicando as perversidades da reforma de Bolsonaro e fazendo panfletagens.
  • Cidade de Timoteo – Ato às 17h, na Praça 1º de Maio 
  • Coronel Fabriciano – Ato às 9h, Praça da Rodoviária
  • Ipatinga – Ato às 14h, na Praça 1º de Maio
  • João Monlevade – Ato a partir das 9h, na Praça do Povo
  • Montes Claros, 16h - Ato na Praça Dr. João Alves (Praça do Automóvel Clube)
  • Ouro Preto - panfletagem 
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PARAÍBA 
  • João Pessoa - Ato às 15h, no Parque Solon de Lucena
  • Campina Grande - ato às 10h, na Praça da Bandeira
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PARÁ
  • Belém - às 7h30, concentração em frente ao Banco do Brasil da Avenida Ponte Vargas e caminhada, a partir das 9h, do BB até a agência do INSS, na Av Nazaré.
  • Marabá - pela manhã defronte do INSS e às 15h, seminário sobre reforma da Previdência na Faculdade Carajás
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PARANÁ
  • Curitiba - às 9h, concentração na Boca Maldita e às 11h, ato e panfletagem, no INSS, R. João Negrão, 11  
  • Araucária - ato às 7h, em frente a refinaria da Petrobras
  • Paranaguá - às 09h, panfletagem na Praça Fernando Amaro; às 10h, no INSS; às 11h, no Terminal urnano, às 17h, na Ponte dos Valadares: ás 19h30, plenária na Unespar 
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PERNAMBUCO
  • Recife - ato às 15h, na Praça  do Derby 
  • Petrolina – ato às 8h30, na Praça do Bambuzinho
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PIAUÍ
  • Teresina - ato às 8h, na Praça Rio Branco, em frente ao INSS.
  • Parnaíba - ato às 8h, na Praça da Graça.
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RIO DE JANEIRO
  • Rio de Janeiro - ato às 16 na Candelária. Depois segue em caminhada até a Central do Brasil
  • Campos - às 9h e às 15h np Pelourinho do calçadão no Centro
  • Macaé - às 9h, no calçadão do centro
  • Rio das Ostras - às 15h30, na Praça José Pereira Câmara
 
 
RIO GRANDE DO NORTE
  • Natal - às 15h, concentração no INSS, na Rua Apodi 2150. Depois, militantes e sindicalistas seguem em caminhada pelas ruas da Cidade Alta em direção a Praça dos Três Poderes
  • Mossoró - às 6h, manifestação na base da Petrobrás e, às 8h concentração no INSS. Depois, manifestantes seguirão em caminhada pelas ruas do centro da cidade
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RIO GRANDE DO SUL
  • Porto Alegre - ato às 18h, na Esquina Democrática
  • Caxias do Sul - ato às 17h, na Praça Dante Alighieri
  • Passo Fundo - ato às 17h, na Esquina Democrática
  • Pelotas - ato às 18h, no Mercado Público
  • Santa Maria - ato às 17h30, na Praça Saldanha Marinho
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RONDÔNIA 
  • Porto Velho – Às 9h, seminário sobre a reforma da Previdência na sede do SINTERO, e às 17h, ato na Praça Mal. Rondon (Praça do Baú)
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RORAIMA
  • Boa Vista - das 9h às 12h, debate “Reforma da Previdência e os prejuízos aos Trabalhadores”, no auditório Jornalista Alexandre Borges/UFRR. Às 15h, ato com panfletagem, na Praça do Centro Cívico (em frente à Assembleia Legislativa) e às 16h tem carreata.
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SANTA CATARINA
  • Florianópolis – ato às 17h, no Ticen. 
  • Blumenau - ato às 10h, em frente ao INSS
  • Criciúma - às 13h30 tem ato no calçadão da Praça Nereu Ramos 
  • Itajaí - às 16h, tem ato em frente à Igreja Matriz
  • Joinville - às 14h tem ato na Praça da Bandeira 
  • Lages - às 17h00, tem aulão popular sobre a Reforma da Previdência, no Calçadão Tiago Fiúza de Carvalho
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SÃO PAULO
  • São Paulo - ato às 17h, em frente ao MASP, na Avenida Paulista
  • Araras - ato às 16h, em frente à Casa da Cultura
  • Bauru - a partir das 14h, Audiência Pública na Câmara Municipal - Praça Dom Pedro II, 1-50 - Centro
  • Campinas - às 10h00 tem Ato dos professores e Servidores Públicos no Largo do Rosário, no centro;                    às 16h30 – Concentração para o ato e panfletagem na rua 13 de Maio e diversos terminais de ônibus; às 18h00 – tem ato político com representante das centrais, das Frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo, movimentos         sociais e sindicatos
  • Carapicuíba – ação às 5h30, em frente à estação de Carapicuíba e, às 9h, ato público no Calçadão
  • Grande ABC - às 7h – Caminhada com a participação dos sindicatos da região saindo da porta da Mercedes Benz e da Ford.
  • Mogi das Cruzes - a partir das 10h tem ato no Largo do Rosário (Praça da Marisa) 
  • Osasco – Ato às 9h, em frente à estação de trem da cidade 
  • Ribeirão Preto - a partir das 17h, concentração na Esplanada Dom Pedro II 
  • São Carlos - a partir das 9h, na praça em frente ao Mercado Municipal - Centro
  • São José dos Campos - às 10h, na Praça Afonso Pena
  • Ubatuba - ato às 10h, no Ipiranguinha, POsto BR, e das 11h30 às 18h, no calçadão do centro

  
SERGIPE 
  • Aracaju - Ás 15h, com concentração em frente à Deso, na Rua Campo do Brito
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TOCANTINS
  • Palmas - Ato às 8h, em frente ao INSS 203 Sul, na Avenida NSI (trabalhadores dos municípios de Paraíso do Tocantins e Porto Nacional participarão da mobilização na capital).
  • Aurora - Paralisação das atividades do pessoal da Educação (Colégio Estadual Ranulfa, Escola Est. Dona Inês, Escola Municipal Marcolina) 
  • Lavandeira - Paralisação das atividades no Colégio Estadual Lavandeira;
  • Combinado - Paralisação das atividades na Escola de tempo Integral Girassol, Escola Augusta Vaz) 
  • Novo Alegre - Paralisação das atividades escolares.

Santander vai retirar portas giratórias de agências

Medida coloca a vida de clientes e bancários em risco; Sindicato cobra que o banco recue da decisão
  • Redação Spbancarios
  • Publicado em 21/03/2019 19:37
Foto: Mauricio Morais
O Santander irá retirar as portas giratórias das suas agências, colocando em risco a segurança de bancários e clientes. A medida não foi negociada com o Sindicato, que por sua vez cobra que o banco recue da decisão.
“Cobramos que o banco tenha responsabilidade com a segurança de clientes e funcionários e recue da decisão. Um banco como o Santander, que lucrou mais de R$ 12 bilhões em 2018 no Brasil, país responsável pela maior fatia do seu lucro global, não pode arriscar vidas humanas para transformar suas unidades em vitrines de loja”, critica a dirigente do Sindicato e bancária do Santander, Silmara Silva.
“A posição do Sindicato é que agências com caixas eletrônicos, com ou sem numerário, devem disponibilizar toda a segurança possível para clientes e funcionários. É de uma irresponsabilidade assustadora retirar portas giratórias das agências enquanto arrombamentos e explosões de terminais de autoatendimento são cada vez mais frequentes. Além disso, vivemos uma escalada da violência e muitas agências ficam em locais com grande incidência de assaltos”, acrescenta.
Em 2018, o estado de São Paulo registrou 54 roubos de estabelecimentos bancários.
fonte: http://spbancarios.com.br/03/2019/santander-vai-retirar-portas-giratorias-de-agencias

Reforma da Previdência: trabalhar mais para ganhar menos

A proposta do governo é um ataque fatal a todo o sistema de seguridade social da forma como foi concebido na Constituição de 1988, público e solidário. Caso aprovada a reforma, você com sorte terá que trabalhar por muito mais tempo para receber um benefício muito menor
  • Redação Spbancarios
  • Publicado em 26/02/2019 14:59 / Atualizado em 26/02/2019 19:14
O governo divulga que a sua proposta da reforma da Previdência vai tornar o sistema mais justo, equiparando pobres e ricos. Porém, para esse governo, qualquer trabalhador bancário já é rico. Na verdade, a proposta de reforma dificulta a aposentadoria e rebaixa o valor dos benefícios para todos os segmentos, em especial para os mais pobres e a classe média, nivelando todo o sistema por baixo.
Pelas regras propostas pelo governo Bolsonaro (veja mais abaixo), a aposentadoria por tempo de contribuição será extinta; homens só poderão se aposentar com 65 anos de idade e com 20 anos de contribuição ao INSS; e as mulheres apenas com 62 anos de idade e os mesmos 20 anos de contribuição. Mas a idade mínima pode subir a partir de 2024, e depois a cada quatro anos (2028, 2032 e assim por diante), conforme o aumento da expectativa de sobrevida da população. 
Outro detalhe importante é que, com 65 anos ou 62 anos e 20 anos de contribuição, homens e mulheres só receberão 60% do benefício. E serão 60% da média de TODOS os salários da vida laboral do cidadão, inclusive os menores, de início de carreira. Ou seja, além de aumentar o tempo para a aposentadoria, a PEC também reduz os valores dos benefícios, visto que, pelas regras atuais, são retirados do cálculo os 20% salários mais baixos do trabalhador ou trabalhadora. Hoje o percentual mínimo para quem se aposenta por idade é de 85% do benefício.
Atenção: se o trabalhador e a trabalhadora chegarem a 65 e 62 anos de idade, respectivamente, mas não tiverem alcançado os 20 anos de contribuição, não poderão se aposentar. Outra maldade é que para ter direito ao benefício integral (100% da média de TODOS os salários), serão necessários 40 anos de contribuição, além da idade mínima obrigatória (65 anos para homens e 62 anos para mulheres, pelo menos até 2024).  
Se levarmos em consideração que a reforma trabalhista vai precarizar os empregos e deixar muitos trabalhadores na informalidade, será muito mais difícil alcançar os 20 anos de contribuição necessários para se aposentar, e quase impossível chegar aos 40 anos de contribuição exigidos para ter direito ao benefício integral.
Pressione os parlamentares: mande mensagens para os deputados clicando aqui; e para os senadores por aqui.
Confira abaixo algumas das maldades da proposta de reforma da Previdência e exemplos de como as regras propostas dificultam o acesso à aposentadoria e rebaixam o valor dos benefícios: 

Benefício Integral

Pela proposta do governo, para se aposentar com 100% do benefício, o trabalhador terá que contribuir para o INSS por 40 anos, além de atingir a idade mínima obrigatória. 
Apesar de promover a progressividade das alíquotas, a nova tabela reduz apenas contribuições dos menores salários, próximos ao mínimo, elevando contribuições dos salários medianos, nos quais se enquadram os rendimentos da categoria bancária.

Você vai ganhar menos! 

Ao considerar a média de todos os salários para o cálculo do benefício, sem excluir os 20% menores como no modelo atual, a regra proposta fará o valor do benefício ser rebaixado, uma vez que entrarão na conta os rendimentos do início de carreira, bem inferiores aos demais.

E não terá FGTS na aposentadoria ativa

Para o trabalhador que se aposentou voluntariamente e continuou trabalhando, não será necessário mais ao empregador recolher o FTGS e nem mesmo pagar a multa de 40% na demissão sem justa causa. 
Com a regra proposta, o governo pretende cortar um direito trabalhista, um recurso financeiro do trabalhador, justamente na velhice, quando ele já sofre uma queda nos seus rendimentos devido ao valor menor da aposentadoria em comparação com o salário.

Se ficar incapaz para o trabalho, ganhará benefício menor!  

Pela regra proposta, o valor do benefício é 60% da média de todos os salários se o tempo de contribuição for igual ou menor que 20 anos. A cada ano extra de contribuição soma-se mais 2% ao valor do benefício. No caso da aposentadoria por incapacidade permanente resultante de acidente ou doença de trabalho, o valor é a média de todas as contribuições. 
Atualmente, o valor do benefício é a média dos 80% maiores salários. 
A regra proposta reduz drasticamente o valor dos benefícios, uma vez que considera todos os salários no cálculo, não desconsiderando os 20% menores, normalmente do início da carreira, como ocorre na regra atual. 

Capitalização: o fim da Previdência pública e solidária!

A reforma proposta prevê constitucionalmente a criação do sistema de capitalização em contas individuais - ou seja, cada trabalhador financiaria sua própria aposentadoria -, administradas por entidades públicas ou privadas, a  ser regulamentado por lei complementar.
A capitalização resulta em rendimentos menores do que no atual modelo de repartição, uma vez que não prevê o financiamento tripartite (Estado, trabalhador e empregador); as altas taxas de administração consomem parte da aplicação individual do trabalhador; há risco de prejuízo nos investimentos que remuneram as contas; e adota-se a lógica da privatização de serviços e direitos; além de ampliar a financeirização da economia.
Países como Chile, México e Peru, onde o sistema de capitalização da previdência foi implantado, hoje revisam o modelo devido ao rebaixamento dos benefícios, e consequente empobrecimento da população idosa, e a baixa cobertura do sistema no todo de suas populações.

Miséria no campo e na cidade!

Aposentadoria rural
Regra atual: 55 anos de idade para mulheres e 60 para homens, mais 15 anos de atividade rural, sem necessidade efetiva de contribuição.
Regra Proposta: Idade mínima de 60 anos para homens e mulheres com tempo mínimo de contribuição sobre a produção de 20 anos. Haverá lei complementar para definir o valor de contribuição, enquanto isso o valor mínimo anual do grupo familiar será de R$ 600,00, independente de comercialização rural.
A renda da maior parte das unidades rurais (grupo familiar) não possibilita pagar a contribuição de R$ 600 ao ano. Além disso, o aumento da idade para mulheres ignora o trabalho desgastante no campo, a entrada precoce no mercado de trabalho (70% das mulheres começam a trabalhar antes dos 14 anos no campo) e o acúmulo das tarefas de cuidados com a casa e a família.
A regra proposta colocará grande parte dos trabalhadores rurais na assistência social (BPC), que pagará bem menos que um salário mínimo de benefício até que o trabalhador complete 70 anos.
BPC (Benefício de Prestação Continuada)
Na regra atual, pessoas com renda familiar per capita inferior a um quarto de salário mínimo tem direito a um salário mínimo a partir de 65 anos. 
Na regra proposta, apesar de reduzir a idade de acesso ao BPC para 60 anos, estipula-se que o valor não será mais de um salário mínimo. Aos 60 anos, o beneficiário receberá R$ 400 e com o passar dos anos esse valor aumenta. Para se alcançar o valor de um salário mínimo, garantido pela regra atual aos idosos em situação de miserabilidade a partir dos 65 anos, será necessário que o beneficiário alcance 70 anos. E, caso o idoso possua imóvel próprio com valor superior a R$ 98 mil, ou patrimônio equivalente, está excluído do BPC.

A reforma é machista 

As mulheres são discriminadas no mercado de trabalho: em geral ganham menos, não chegam a cargos de direção e estão mais sujeitas ao desemprego e à informalidade; além disso, cumprem jornada dupla de trabalho, já que assumem a totalidade ou boa parte das tarefas com filhos e com a casa. É isso que justifica que as mulheres se aposentem antes dos homens. Mas a proposta de reforma da Previdência do governo Bolsonaro desconsidera nisso e acaba por prejudicar mais as mulheres do que os homens.
“A reforma, se aprovada, vai prejudicar todos os trabalhadores, mas é especialmente cruel com as mulheres. É uma proposta machista, que desconsidera totalmente as desigualdades enfrentadas pelas mulheres no mercado”, denuncia a presidenta do Sindicato, Ivone Silva.
Pelas regras atuais, a aposentadoria por idade exige 60 anos para as mulheres e 65 para homens; já por tempo de contribuição é 30 anos para mulheres e 35 para homens. E a fórmula progressiva 85/95 também respeita essa diferença: hoje a soma da idade com o tempo de contribuição deve alcançar 86 para mulheres e 96 para homens (até 90/100 a partir de 2027).
A PEC do governo – que acaba com a aposentadoria por tempo de contribuição – mantém a idade mínima para os homens, que continua sendo de 65 anos, e aumenta a das mulheres em dois anos: 62. Mas atenção: ambos só podem se aposentar com essas idades alcançando 20 anos de contribuição, ou seja, determina o mesmo tempo de contribuição para homens e mulheres, desconsiderando todas as desigualdades que as mulheres ainda enfrentam no Brasil.
Compare como ficariam as aposentadorias de homens e mulheres no gráfico acima.
fonte: http://spbancarios.com.br/02/2019/reforma-da-previdencia-trabalhar-mais-para-ganhar-menos