quarta-feira, 29 de abril de 2015

Lucro do Bradesco cresce 23,3% no 1º trimestre e atinge R$ 4,2 bilhões

  



O Bradesco, segundo maior banco privado brasileiro, registrou lucro líquido contábil de R$ 4,224 bilhões no primeiro trimestre de 2015, um aumento de 23,3% na comparação com o mesmo período de 2014, quando o banco lucrou R$ 3,443 bilhões. O resultado é o maior lucro da história do banco para um primeiro trimestre, de acordo com a consultoria Economatica.

Quando se compara o primeiro trimestre com os três meses anteriores, o lucro do banco aumentou 6,3%.

Já o lucro líquido ajustado, que contempla ganhos e perdas extraordinários, cresceu 23,1% nos três primeiros meses do ano, para R$ 4,274 bilhões. Na comparação com o trimestre imediatamente anterior, o crescimento foi de 3,4%.

O aumento do lucro foi guiado, entre outras coisas, pela margem financeira das operações que rendem juros, que passou de R$ 10,872 bilhões no primeiro trimestre de 2014 para R$ 13,273 bilhões no mesmo período deste ano.

A carteira de crédito do banco -que inclui operações com risco de crédito, avais e fianças- continuou com expansão modesta nos três primeiros meses do ano e teve crescimento de 7,2%, para R$ 463,3 bilhões, quando se compara com o mesmo período de 2014. Em relação aos três meses anteriores, a alta foi de apenas 1,8%.

O crescimento em termos anualizados ficou dentro da expectativa do banco, que prevê um avanço na carteira de crédito entre 5% e 9% em 2015.

Entre as principais linhas de crédito do banco, o financiamento imobiliário registrou o maior avanço, ao crescer 29,3% no primeiro trimestre em comparação com o mesmo período de 2014, passando de R$ 14,521 bilhões para R$ 18,778 bilhões. Ante o quarto trimestre, a expansão foi de 4,8%.

Já financiamento de veículos registrou queda de 8% na comparação anual e de 3,6% em relação ao quarto trimestre de 2014.

DESPESAS

As despesas administrativas cresceram 4,4% no primeiro trimestre na comparação anual e alcançaram R$ 3,639 bilhões. Em relação ao quarto trimestre, houve queda de 12,5%, devido, segundo o Bradesco, a menores gastos com propaganda e publicidade.

Já a inadimplência teve leve aumento na comparação trimestral, passando de 3,5% nos três meses encerrados em dezembro para 3,6% no primeiro trimestre deste ano.

Em seu balanço, o banco atribui o aumento à "desaceleração da atividade econômica, que impactou o crescimento da carteira do segmento de Micro, Pequenas e Médias Empresas".

O banco aumentou a provisão para calote no começo deste ano. Na comparação com o primeiro trimestre de 2014, o aumento foi de 25,1%, de R$ 2,861 bilhões para R$ 3,580 bilhões nos três primeiros meses do ano. Já em relação ao quarto trimestre, o crescimento foi de 8,3%.

Análise do Dieese

A subseção do Dieese na Contraf-CUT já está analisando o balanço trimestral do Santander, cujo resultado será divulgado em breve.


Fonte: Uol e G1

terça-feira, 28 de abril de 2015

Lucro líquido do Santander Brasil sobe 14,4% no 1º trimestre


O Santander Brasil teve lucro líquido gerencial de R$ 1,633 bilhão no primeiro trimestre, crescimento de 14,4% na comparação com o mesmo período do ano anterior, informou a instituição financeira nesta terça-feira.
A carteira de crédito atingiu R$ 258,14 bilhões, avanço de 15,3% na comparação anual. O índice de inadimplência acima de 90 dias ficou em 3%, queda de 0,8 ponto percentual ano contra ano.
O lucro líquido gerencial corresponde ao lucro líquido societário mais 100% da reversão da despesa de amortização do ágio, ocorrida no período.
O lucro líquido societário ficou em R$ 684 milhões, avanço anual de 31,9%.
Fonte:Terra

CUT, centrais e movimentos populares fazem 1º de Maio de luta em todo o país

  


Principal ato será no Vale do Anhangabaú, em São Paulo

A CUT, outras centrais sindicais e movimentos sociais da cidade e do campo estão organizando em todo o país nesta sexta-feira, Dia do Trabalhador, um 1º de Maio de luta em defesa dos direitos da classe trabalhadora, da democracia, da Petrobras e da reforma política. A Contraf-CUT orienta as federações e sindicatos filiados a se engajarem na organização e na convocação para a participação massiva dos bancários nas manifestações no Brasil todo.

"Os trabalhadores estão sofrendo o maior ataque a seus direitos desde a criação da CLT, na década de 1930, com o avanço do PL 4330 da terceirização no Congresso Nacional, onde os parlamentares financiados pelas grandes empresas privadas estão pagando suas dívidas de campanha aprovando as pautas defendidas pelo patronato, entre elas a terceirização desenfreada", afirma Roberto von der Osten, o Betão, presidente da Contraf-CUT.

"Além disso, setores conservadores e entreguistas da sociedade, aproveitando-se das investigações sobre desvios de recursos na Petrobrás, fazem campanha aberta pela privatização da maior empresa pública brasileira e por um golpe contra a democracia, por intermédio de um pedido de impeachment da presidenta da República legitimamente eleita pelo povo brasileiro", acrescenta Betão.

"Nós trabalhadores temos que resistir a esses ataques. Por isso mais do que nunca esse será um 1º de Maio de luta, em defesa dos direitos da classe trabalhadora, da democracia, da Petrobras e da reforma política que ponha fim ao financiamento privado das campanhas eleitorais", conclui o presidente da Contraf-CUT.

Denunciar os traidores dos trabalhadores

A Contraf-CUT também orienta as federações e sindicatos a intensificarem a campanha pela rejeição do PL 4330 e de denúncia dos parlamentares que aprovaram no plenário da Câmara dos Deputados o texto-base e os destaques do projeto de lei que legaliza a terceirização até das atividades-fim das empresas.

No dia 8 de abril, 324 deputados federais aprovaram no plenário da Câmara o texto-base do PL 4330, contra 137 votos (187 votos de diferença). Já na votação dos destaques, no dia 22 de abril, o projeto patronal da terceirização teve 230 votos a favor e 203 contrários, mesmo com manobra regimental do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ). 

"Revertemos 97 votos em duas semanas, graças às campanhas de rua que os trabalhadores fizeram em todo o país, com atos, faixas, cartazes, panfletos e outdoor denunciando em suas bases os parlamentares que votaram contra os direitos dos trabalhadores", diz Roberto von der Osten. "Precisamos intensificar essa campanha e levá-la aos atos do 1º de Maio."

O PL 4330 segue agora para o Senado. A CUT e outras centrais sindicais reúnem-se nesta terça-feira 28 com o presidente do Senado, Renan Calheiros, para debater o projeto de lei. Leia mais aqui. (http://contrafcut.org.br/noticias.asp?CodNoticia=41875)

Ato em São Paulo será no Anhangabaú

Além da CUT, da CTB e da Intersindical, cerca de 30 organizações dos movimentos sociais e estudantil participam da organização do ato de 1º de Maio em São Paulo, que será a partir das 10h, no Vale do Anhangabaú, e terá ato ecumênico, ato político-cultural e programação de shows.

Entre os movimentos, estão Central dos Movimentos Populares (CMP), Coordenação Nacional de Entidades Negras (Conen), Marcha Mundial de Mulheres, Movimento dos Atingidos Por Barragens (MAB), Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST), Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST) e União Nacional dos Estudantes (UNE).

As entidades assinaram conjuntamente o texto abaixo alusivo ao Dia do Trabalhador:

Em Defesa dos Direitos da Classe Trabalhadora, 
da Democracia, da Petrobrás e da Reforma Política


O 1º de Maio é um dia de luta por ampliação de direitos da classe trabalhadora e de reflexão sobre os direitos conquistados por trabalhador/as de todo o mundo. A história que se tem registro começa em 1886, quando trabalhadores de Chicago (EUA) fizeram uma greve geral para reivindicar redução da jornada de trabalho de até mais de 16 horas diárias para 8 horas. A polícia entrou em confronto. Dezenas de manifestantes foram feridos e alguns mortos. Anos depois, vários países reconheceram a data como feriado, entre eles, o Brasil, a partir de 1925.

Em 2015, neste Dia 1º de Maio, nós trabalhadores/as estamos nas ruas, reivindicando respeito aos direitos duramente conquistados e por sua ampliação.

Em defesa dos direitos, contra o ajuste fiscal

Continuaremos a pressão contra a aprovação do PL 4330, que retira direitos de todos/as os/as trabalhadores/as ao permitir a terceirização sem limites, em todas as funções de qualquer empresa e setor. Também continuaremos mobilizados contra a Medida Provisória (MP) 664, que muda as regras para a concessão do auxílio-doença e pensão por morte, e contra a MP 665, que dificulta o acesso ao seguro-desemprego e ao abono salarial. Somos contra a política de ajuste fiscal que penaliza o/a trabalhador/a, que gera desemprego e recessão. Defendemos a taxação das grandes fortunas, como primeiro passo para uma reforma tributária em nosso País.

Em defesa da democracia, contra a intolerância

Nossa luta também é pela manutenção do estado democrático de direito, contra a onda golpista em curso, que, caso vitoriosa, trará retrocessos para a classe trabalhadora, para a juventude, para as mulheres. Nossa luta é contra o preconceito de gênero, raça e etnia, crença, orientação sexual, ideologia política e outras opressões.

Corrupção se combate com o fim do 
financiamento empresarial de campanha


Corrupção se resolve com reforma política, com a proibição do financiamento empresarial de campanha e não com golpe de Estado. Enquanto essa forma de financiamento não for proibida, o sistema político brasileiro continuará a seguir os interesses das empresas que financiam as campanhas, e não aos interesses do povo brasileiro.

Em defesa da Petrobras e do 
pré-sal, patrimônios do povo


A Petrobras é do povo brasileiro e não dos patrões! Os ataques à empresa por parte do empresariado e seus representantes, contam com o apoio da grande imprensa e tem o objetivo de enfraquecer esse patrimônio brasileiro para que possam privatizá-lo e, assim, os recursos do Pré-Sal, que deveriam ser destinados à saúde e educação, iriam para a iniciativa privada, aumentando ainda mais os lucros dos patrões. 

Direito não se reduz, se amplia! 
Por reforma agrária, urbana, tributária e política


Entidades que assinam o documento
Centro de Estudos da Mídia Alternativa "Barão de Itararé"
CMP - Central dos Movimentos Populares
CONAM - Confederação Nacional de Associações de Moradores
CONEN - Coordenação Nacional de Entidades Negras
Consulta Popular
CTB - Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil
CUT - Central Única dos Trabalhadores
FDE - Fora do Eixo/Mídia Ninja
FETRAF - Federação dos Trabalhadores na Agricultura Familiar
FLM - Frente de Luta por Moradia
FNDC - Fórum Nacional pela Democratização da Comunicação
Intersindical CCP
Juventude Revolução
Levante Popular da Juventude
MAB - Movimento dos Atingidos Por Barragens
MMM - Marcha Mundial das Mulheres
MPA - Movimento Pequenos Agricultores
MST - Movimento dos Trabalhadores Sem Terra
MTST -Movimento dos Trabalhadores Sem Teto
Plataforma Operaria Camponesa da Energia
Plebiscito Constituinte
UBES - União Brasileira dos Estudantes Secundaristas
UBM - União Brasileira de Mulheres
UNE - União Nacional Dos Estudantes
UNEGRO - União de Negros pela Igualdade
UNMP - União Nacional por Moradia Popular



Fonte: Contraf-CUT, com CUT

segunda-feira, 27 de abril de 2015

Centrais reúnem-se com Renan para debater terceirização nesta terça

  



Crédito: RBA
RBADirigentes sindicais preparam mobilização maior contra PL 4330

O primeiro encontro entre os trabalhadores e senadores, após a aprovação do PL da Terceirização pela Câmara dos Deputados, está programado para a tarde desta terça-feira (27), quando o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL) recebe em reunião os presidentes das centrais CUT, CTB, Nova Central e UGT.

A audiência foi solicitada pelo presidente da CUT, Vagner Freitas, para dar continuidade à mobilização por uma terceirização que não seja precarizante desde o início da entrada da proposta ao Senado, conforme ele contou. 

"A luta contra esse PL é ininterrupta e envolve várias frentes de batalha: dias nacionais de paralisações, atos em frente ao Congresso Nacional e nos aeroportos e, também, audiências com os parlamentares que ainda vão apreciar o projeto", afirma.

De acordo com o presidente da CUT, o objetivo do encontro é explicar aos senadores que o PL 4.330 representa um ataque aos direitos trabalhistas assegurados em 1943, pela CLT e aos que foram conquistados posteriormente em lutas históricas da classe trabalhadora. "Essa avaliação não é só da CUT. É unânime no Judiciário Trabalhista e tem avaliações contrárias entre advogados, economistas e estudiosos do mundo do trabalho", disse Freitas.

Reforço às mobilizações

Para Feitas, as mobilizações organizadas pelas centrais sindicais e movimentos populares contrários ao PL, desde a abertura das votações da matéria no plenário da Câmara, contribuíram para que muitos dos parlamentares passassem a analisar melhor o ataque frontal aos direitos dos trabalhadores que o projeto representa, fazendo muitos deles voltarem atrás em suas decisões.

"O resultado da votação das emendas (230 votos a favor e 203 contra, na última quarta-feira (22)), comparado com a votação do texto-base no dia 8 (324 a 137 contra, uma semana antes), demonstra que a luta da classe trabalhadora está conseguindo conscientizar muitos deputados", acentuou Freitas. Ele acrescenta que as centrais e movimentos sociais permanecerão mobilizados e participando de todos os atos, inclusive nas atividades agendadas para o Dia do Trabalhador, na próxima sexta-feira.

"Vamos fazer um Primeiro de Maio de muita luta com os movimentos populares do campo e da cidade e também atuando em todas as frentes, para impedir que esse projeto nefasto seja aprovado", destacou.

Discussão equilibrada

No Senado, conforme já adiantado por Renan, a matéria deverá tramitar com mais calma do que o foi no plenário da Câmara, de forma a ser realizado um amplo debate em torno do tema - o PL original da ofensiva patronal aos direitos dos trabalhadores e que passou por várias comissões é de 2004.

Além de já ter dito que naquela Casa não será feita uma apreciação da matéria de forma corrida como ocorreu na Câmara, Renan disse também que tanto ele, como a maioria dos senadores trabalharão para que uma versão final "ampla, geral e irrestrita" da terceirização. "Desta Casa não sairá um texto que suprima direitos dos trabalhadores", disse o presidente da Casa revisora do Legislativo.

O grande problema é que, por ser originário da Câmara dos Deputados, é para lá que o PL retornará para nova apreciação, caso seja totalmente alterado. Motivo pelo qual o momento é, avaliam representantes das centrais sindicais, importantíssimo para o reforço da conscientização da sociedade junto aos parlamentares sobre os riscos do texto.

Prejuízos

Conforme avaliação da CUT, o texto final do PL 4.330 que foi aprovado pelos deputados na última quarta-feira é mais prejudicial aos trabalhadores do que o original que havia chegado ao Plenário. O texto autoriza a terceirização em todos os níveis e departamentos das empresas, eliminando a distinção entre atividade-meio e atividade-fim.

O PL também amplia a chamada "pejotização" (serviços prestados por pessoas jurídicas) e amplia o leque de possibilidade para a contratação associações, cooperativas, fundações e empresas individuais, aumentando os riscos de precarização, na medida em que enfraquece os vínculos empregatícios.

Além disso, o PL reduz o prazo de carência para contratação de ex-funcionários como PJ's de 24 meses para 12 meses e autoriza a subcontratação, abrindo espaço para a quarteirização e sucessivas subcontratações, entre tantos outros itens.

Ofensiva patronal

Segundo o presidente da CUT, o lobby patronal do empresariado, sobretudo por meio de entidades como a Confederação Nacional da Indústria (CNI) e da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (FIESP) - que ajudou na aprovação do projeto - já está atuando no Senado.

"Eles (empresários) dizem que a terceirização vai regulamentar a situação de 12,7 milhões de terceirizados e gerar mais empregos, mas isso não é verdade. A terceirização só tem um objetivo, que é aumentar os lucros dos empresários, reduzir salários e benefícios, piorar as condições de trabalho dos já terceirizados e colocar em risco os direitos dos mais de 30 milhões de trabalhadores que ainda têm contratos diretos com as empresas", ressaltou.

Além de Vagner Freitas, participarão da reunião com Calheiros os presidentes da CTB, Adilson Araújo; da NCST, José Calixto; e da UGT, Ricardo Patah. 

Fonte: Rede Brasil Atual - Hylda Cavalcanti

Projeto de terceirização chega ao Senado


O Projeto de Lei 4.330/2004, que regulamenta a terceirização de trabalhadores, deve chegar ao Senado nesta segunda-feira (26). Depois de ter recebido mais de 200 emendas, o texto foi aprovado na noite de quarta-feira (22) na Câmara, onde está sendo concluída a redação final.
 Polêmica, a proposta deve receber alterações. O presidente do Senado, Renan Calheiros, e os líderes das duas maiores bancadas, Eunício de Oliveira (PMDB-CE) e Humberto Costa (PT-PE), já disseram que não concordam com alguns pontos. Além disso, outros senadores já foram à tribuna criticar o projeto.
 Renan decidiu convocar uma sessão temática em Plenário para debater a proposição com os senadores e chegou a dizer que a terceirização não poderia ser “ampla, geral e irrestrita” e não permitiria um drible contra o trabalhador.
 — Vamos fazer uma discussão criteriosa no Senado. O que não vamos permitir é pedalada contra o trabalhador. O projeto tramitou 12 anos na Câmara. No Senado, terá uma tramitação normal — disse.
 Assim como o presidente Renan Calheiros, o líder petista Humberto Costa mostrou-se contrário à mudança central feita pelo projeto, que permite às empresas contratar trabalhadores terceirizados para suas atividades-fim. Ele garantiu que, se depender do PT, a proposta não passará no Senado do jeito que foi aprovada pela Câmara.
 — Não há qualquer negociação que possamos abrir sobre atividade-fim das empresas. Ou ela sai do projeto, ou votaremos contra — advertiu.
 O líder do PMDB, Eunício de Oliveira (CE) também defende alterações. Para ele, terceirizar atividade-fim é um erro.
 — A terceirização é importante e moderniza o país, mas não pode ocupar espaço na atividade-fim de qualquer empresa do Brasil — afirmou ele em entrevista à imprensa.


 Longa tramitação


O PL 4.330 foi apresentado em 2004 pelo deputado por Goiás Sandro Mabel, filiado na época ao Partido Liberal. E só teve a tramitação acelerada em 2015.
A proposição libera a terceirização de todas as atividades de uma empresa, cria regras de sindicalização dos terceirizados e prevê a responsabilidade solidária da empresa contratante e da contratada nas obrigações trabalhistas.


ENTENDA O PROJETO DA TERCEIRIZAÇÃO (PL 4.330)
TERCEIRIZAÇÃO: As empresas podem contratar trabalhadores terceirizados em qualquer ramo de atividade para execução de qualquer tarefa, seja em atividade-fim ou meio. Atualmente, a terceirização é permitida somente em atividades de suporte, como limpeza, segurança e conservação, nos termos da Súmula 331, do Tribunal Superior do Trabalho (TST).
RESPONSABILIDADE SOLIDÁRIA: A fornecedora de mão de obra terceirizada e a empresa contratante têm responsabilidade solidária nas obrigações trabalhistas. Assim, ambas podem responder judicialmente por direitos trabalhistas não honrados.
FISCALIZAÇÃO: A contratante tem obrigação de fiscalizar se a contratada está em dia com salário, férias, vale-transporte, FGTS e outros direitos trabalhistas.
SINDICALIZAÇÃO: Quando a terceirização for entre empresas que pertençam à mesma categoria econômica, os empregados da contratada serão representados pelo mesmo sindicato que representa os empregados da contratante. Por meio de emenda, foi retirada do texto a necessidade de observar os respectivos acordos e convenções coletivas de trabalho.
DIREITOS: Os trabalhadores terceirizados têm direito às mesmas condições oferecidas aos empregados da contratante: alimentação em refeitórios, serviços de transporte, atendimento médico ou ambulatorial, cursos e treinamento, quando necessários.
SUBCONTRATAÇÃO: A empresa que fornece mão de obra terceirizada pode subcontratar
trabalhadores de outra empresa em casos de serviços técnicos altamente especializados e se
houver previsão contratual.
DEFICIENTES: As empresas terão que contabilizar todos os empregados diretos e terceirizados para calcular a cota de funcionários com deficiência a serem contratados, que hoje varia de 2% a 5%.
PREVIDÊNCIA: As fornecedoras de mão de obra pagarão alíquota de 11% sobre a receita bruta para a Previdência Social.
MULTA: Se as normas da lei forem violadas, a empresa infratora estará sujeita a multa igual ao valor mínimo estipulado atualmente para inscrição na dívida ativa da União (R$ 1 mil) por trabalhador prejudicado.
VEDAÇÃO: A contratante não pode usar os trabalhadores terceirizados para tarefas distintas das que estão previstas em contrato.
DOMÉSTICOS: A lei não vale para trabalhadores domésticos. Emenda aprovada no Plenário da Câmara também vedou a aplicação para guardas portuários.
TRIBUTOS ANTECIPADOS: A empresa que contrata os terceirizados deve recolher antecipadamente parte dos tributos devidos pela contratada.

Fonte: Agência Senado

quinta-feira, 23 de abril de 2015

Câmara vira as costas ao trabalhador e aprova terceirização em atividade-fim

  



Crédito: Edgar Marra/CUT
Edgar Marra/CUTVagner Freitas, presidente da CUT, fala aos trabalhadores na frente da Câmara

Na noite desta quarta-feira (22), a Câmara dos Deputados, sob o comando de seu presidente, o deputado federal Eduardo Cunha (PMDB-RJ), apunhalou os trabalhadores e suas conquistas históricas aprovando a emenda que autoriza a terceirização em atividade-fim nas empresas do país.

Ao todo, 230 deputados votaram favoráveis à emenda e 203 contra. A proposta foi apresentada pelo relator do projeto, o deputado federal Arthur Maia (SD-BA). O PT apresentou um proposta que contrariava essa emenda, mas ela não foi apreciada.

Além da terceirização em atividade-fim, a Câmara também aprovou a emenda que reduz de 24 para 12 meses, a quarentena que o ex-funcionário de uma empresa deve cumprir para que possa prestar serviços por meio de uma terceirizada.

"A luta não acaba com a votação na Câmara, o projeto ainda passará no Senado. Nós estaremos na rua e teremos um 1º de maio de luta. Vamos ampliar as mobilizações, fazer novos dias de paralisações e, se necessário, uma greve geral para barrar esse ataque nefasto e criminoso aos direitos da classe trabalhadora brasileira", declarou o presidente da CUT, Vagner Freitas.

Para a secretária nacional de Relações do Trabalho da CUT, Graça Costa, o caminho deve ser uma greve geral para contestar a aprovação do PL 4330 na Câmara dos Deputados.

"Nós nos deparamos com uma aberração no Parlamento. Não tem espaço para o debate e não tem acesso dos trabalhadores para discutir com os parlamentares. Se discute a matéria e no outro dia se volta tudo atrás. A partir de amanhã, vamos intensificar as mobilizações. Vamos fazer um 1º de maio forte e aglutinar forças para uma greve geral", afirmou Graça.

O povo fora da Casa

Desde às 14h desta quarta-feira (22), trabalhadores concentraram à frente do Anexo 2 da Câmara dos Deputados, aguardando uma liberação para que acompanhassem a votação do PL 4330. Porém, autoritariamente e sem qualquer motivo, o presidente da Casa proibiu que o povo estivesse no local.

"Isso aqui é a Casa do povo, não é a Casa do Cunha", discursava Vagner Freitas, após a última de inúmeras tentativas de acessar as galerias da Câmara. "É um absurdo o que está sendo feito, isso me lembra a ditadura militar, Eduardo Cunha é um ditador", afirmou a deputada federal Moema Gramacho (PT-BA). 

Fonte: Igor Carvalho, da CUT Nacional

quarta-feira, 22 de abril de 2015

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O que vai acontecer caso o projeto da terceirização seja aprovado

  



- Salários mais baixos: os terceirizados ganham 25% menos que os trabalhadores diretos. No setor financeiro, eles ganham 70% menos que os bancários;

- Aumento do trabalho escravo: entre 2010 e 2014, cerca de 90% dos trabalhadores resgatados do trabalho escravo no país eram terceirizados de setores como mineração, confecções e manutenção elétrica;

- Sem PLR (Participação nos Lucros e Resultados) e com jornada mais extensa - só para se ter uma ideia, os subcontratados trabalham três horas a mais por semana, em média;

- Redução de investimentos em qualificação;

- Queda na qualidade do produto final;

- Aumento dos acidentes de trabalho: o número de acidentes é 3,4 vezes maior entre terceirizados;

- Empresas sem empregados, só com terceirizados;

- Quarteirização - quando uma empresa terceirizada contrata outra para o serviço;

- Ampliação dos correspondentes bancários, o que pode levar à extinção da categoria bancária;

- A informalização deixa de ser a exceção para se tornar a regra;

- Destruição do sistema trabalhista;

- Todas as conquistas sociais vão ruir;

- Impossibilidade de ascensão na carreira (promoção);

- Tíquetes mais baixos.


Fonte: Seeb Brasília