quarta-feira, 26 de novembro de 2014

Itaú baixa PDV para assistentes operacionais da área empresarial

  




O Itaú baixou nesta terça-feira (25) um Plano de Demissão Voluntária (PDV) para os assistentes operacionais da área empresarial (Emp), através de comunicação verbal feita pelos gestores junto aos funcionários das Emps 1, 2 e 3. Ñão houve qualquer discussão com o movimento sindical.

As informações preliminares apontam que o PDV seria composto de uma indenização de até cinco salários, variando conforme o tempo de banco, mais 12 meses de concessão de vale alimentação e 36 meses de plano de saúde, incluindo o tempo previsto na Convenção Coletiva de Trabalho (CCT).

Ainda de acordo com informações recebidas pelos funcionários, o prazo de adesão seria até o dia 3 de dezembro.

"Em contato com a área de relações sindicais do banco, foi informado que o prazo para adesão seria até junho de 2015. A circular sobre o PDV ainda não estaria pronta mas, assim que estivesse, nos seria repassada. De qualquer forma, esse processo não foi previamente discutido com o movimento sindical", afirma Wanderley Crivellari, integrante da coordenação da Comissão de Organização dos Empregados (COE) do Itaú, que assessora a Contraf-CUT nas negociações com o banco. 

Outra questão que precisa ser amplamente debatida é a possibilidade de adesão dos trabalhadores que estão com estabilidade no emprego.

"Vamos nos reunir com o Itaú já na próxima semana para tratar destas questões. Até lá, recomendamos aos funcionários a aguardar os resultados da negociação com o banco", complementa Wanderley.


Fonte: Contraf-CUT

terça-feira, 25 de novembro de 2014

Sem reajuste na tabela, IR Pessoa Física subirá em 2015

O contribuinte poderá pagar mais Imposto de Renda (IR) em 2015 caso a tabela progressiva não seja reajustada. A Medida Provisória que corrigia o valor das faixas em 4,5% no próximo ano caducou no fim de agosto e, apesar das promessas, o governo ainda não enviou ao Congresso um novo texto propondo a atualização. O temor é que a mordida do Fisco fique maior e chegue ao bolso de mais brasileiros.
O tempo hábil para a aprovação de uma nova MP ou projeto de lei ainda em 2014 é curto: os parlamentares entram em recesso daqui a menos de um mês, no dia 23 de dezembro. A falta de reajuste aumentaria ainda mais a defasagem da tabela em relação à inflação, um descompasso que cresce ano a ano.
De 1996 a 2013, a defasagem acumulada foi de 61,42%, segundo cálculos do Sindicato dos Auditores Fiscais da Receita Federal (Sindifisco Nacional). Uma discrepância que pode subir para 64,36% em 2014, caso a inflação feche o ano em 6,40%, como preveem os economistas consultados pelo Relatório Focus, do Banco Central.
"O fato de a tabela do Imposto de Renda estar sendo corrigida por um porcentual inferior à inflação já faz com que o contribuinte pague mais imposto a cada ano. E a situação ficará pior ainda se não houver nenhuma atualização", afirma Leandro Souza, gerente sênior da consultoria Ernst & Young.
O governo ainda tem a possibilidade de aprovar a correção ao longo de 2015, criando duas tabelas para o mesmo ano e depois corrigindo a diferença no ajuste anual, mas isso atrasaria o acerto de contas. "Neste caso, em vez de ter uma retenção menor desde janeiro, o contribuinte só teria esse acerto de contas no outro ano, no momento da declaração de ajuste anual", explica Souza. E a restituição ainda poderia ser liberada somente em dezembro, ampliando o prazo de espera do contribuinte para quase dois anos.
Salário mínimo
A defasagem da tabela ainda se soma aos aumentos acima da inflação aplicados ao salário mínimo nos últimos anos. Em 2014, houve um reajuste de 6,78% no piso nacional das remunerações, contra uma correção de 4,5% do Imposto de Renda. Para 2015, está prevista uma alta de 8,8% nos salários, ante uma correção ainda incerta das faixas do imposto.
O resultado disso é o aumento da tributação sobre o assalariado. Em 1996, a isenção do Imposto de Renda beneficiava quem recebia até oito salários mínimos, segundo levantamento da Ernst & Young. Relação que despencou para 2,47 em 2014 e pode chegar a 2,27 em 2015 - caso o IR não tenha nenhum tipo de atualização. Dessa forma, brasileiros antes isentos por causa da baixa renda vão paulatinamente ingressando na condição de contribuintes.
O Presidente do Sindifisco Nacional, Cláudio Damasceno, observa que os ganhos salariais - tanto por meio da alta do rendimento mínimo como pelos acordos na iniciativa privada - acabam sendo reduzidos pela correção insuficiente da tabela do IR. "Os trabalhadores terão o ganho salarial revertido, pois poderão sair da faixa de isenção ou subir para alíquotas maiores", afirma Damasceno.
Pelos cálculos do Sindifisco, considerando a defasagem até 2013, quem ganha até R$ 2.761 por mês deveria ser isento de IR, mas acaba sendo tributado, pelas alíquotas de 7,5% e 15%. Na visão do assessor tributário da OAB Nacional, Luis Gustavo Bichara, a atual cobrança do imposto viola o conceito do mínimo existencial, já que atinge pessoas que não possuem uma riqueza mínima para o seu sustento. "A defasagem da tabela do IR cria um efeito muito perverso, pois tributa mais quem ganha menos salário", destaca Bichara.
A OAB tem atualmente dois processos sobre o tema correndo no Supremo Tribunal Federal. Um, sob relatoria do ministro Luís Roberto Barroso, pede que a tabela seja corrigida pelo IPCA. Outro, nas mãos da ministra Rosa Weber, quer que, assim como a saúde, os gastos com educação sejam integralmente dedutíveis no IR.
Governo
Dias após a Medida Provisória do imposto perder a validade, o presidente do Senado, Renan Calheiros, afirmou que o governo editaria uma nova MP para assegurar a correção dos valores da tabela. A legislação proíbe a edição de uma nova MP, com igual teor da anterior, no mesmo ano legislativo. Mas é possível criar um texto diferente, que mantenha os principais pontos.
O ministro da Fazenda, Guido Mantega, também disse à época que a correção do imposto em 2015 estava garantida, mas não especificou qual caminho seria seguido. Segundo os cálculos da pasta, a correção inicialmente prevista, de 4,5%, causaria um impacto de R$ 5,3 bilhões na arrecadação federal do próximo ano.
Fonte: Jornal de Brasília e Contec

Bancário só pode ser demitido por dívidas se elas afetarem imagem da entidade

Bancários só podem ser demitidos por justa causa devido a acúmulo de dívidas caso elas afetem a imagem da instituição financeira. O uso automático da norma, anteriormente prevista no artigo 508 da Consolidação das Leis do Trabalho, que já foi revogado, ofende os princípios constitucionais da isonomia e da dignidade da pessoa humana.
Assim decidiu a 2ª Turma do Tribunal Superior do Trabalho ao manter acórdão do Tribunal Regional do Trabalho da 2ª Região que reverteu demissão por justa causa de empregado do Itaú Unibanco por acúmulo de dívidas.
O artigo 508 da CLT foi revogado pela Lei 12.347/2010. Como o autor do processo prestou serviço ao banco de setembro de 2002 a novembro de 2007, o dispositivo permanece aplicável para o seu caso. No entanto, o TRT-2 descaracterizou a justa causa com o entendimento de que só caberia a aplicação da norma quando a conduta do empregado maculasse a reputação do banco, o que não teria ocorrido no caso.
Ao não conhecer do recurso do Itaú contra a decisão regional, o ministro José Roberto Freire Pimenta, relator do processo no TST, destacou que a revogação do artigo 508 confirmou o entendimento, dominante na jurisprudência da época, de que sua aplicação seria restrita aos casos excepcionais, "em que a falta contumaz fosse suficientemente grave a ponto de abalar a confiança mútua que deve existir entre empregado e empregador".
Ele afirmou ainda que o princípio da dignidade da pessoa humana, citado no artigo 1º da Constituição Federal, vem sendo afirmado como guia para a interpretação de todas as normas jurídicas. Isso, de acordo com o ministro, "não deixa dúvidas sobre a proposta constitucional de considerar o indivíduo, em todas as suas dimensões, como núcleo central, essencial e intangível, a receber plena e substancial proteção no âmbito do Estado Democrático de Direito".
Para o relator, aplicar de forma automática e absoluta o teor literal do artigo 508 da CLT, sem se avaliarem as consequências negativas das dívidas feitas pelo empregado à imagem ou à saúde financeira do banco, representaria ofensa ao princípio constitucional. A decisão do TST foi unânime. Com informações da Assessoria de Imprensa do TST. Processo: RR-36600-28.2008.5.02.0044
Fonte: Conjur, com TST e Contec

quinta-feira, 20 de novembro de 2014



EDITAL DE CONVOCAÇÃO




ASSEMBLEIA GERAL EXTRAORDINÁRIA


O Sindicato dos Empregados em Estabelecimentos Bancários de Votuporanga, inscrito no CNPJ/MF/49.074.172/0001-07, por seu presidente abaixo assinado, convoca todos os empregados do Banco Santander (Brasil) S.A, associados ou não associados, das agências dos municípios de sua base territorial, para Assembleia Geral Extraordinária que se realizará dia 25 de Novembro de 2014, às 18h30min, em primeira convocação e às 17h00min, em segunda convocação com qualquer numero de presentes, em sua sede sito á Rua Tibagi 3447, Bairro Patrimônio Novo, cidade de Votuporanga SP, para discussão e deliberação da seguinte ordem do dia:
1-      Discussão e votação da Proposta de Acordo Aditivo à CCT da categoria bancária;
2-      Discussão e votação da Proposta de Programa da Participação nos Resultados (PPRS-2014/2016), conforme o disposto na Lei 10.101 de 19/12/2000;
3-      Termo de Compromisso Banesprev e Termo de Compromisso Cabesp.
Votuporanga SP, 20 de Novembro de 2014.

HARLEY APARECIDO VIZONÁ

Presidente

Artigo: Consciência negra e a realidade dos negros no sistema financeiro

  




Crédito: Seeb Mato Grosso
Seeb Mato GrossoO dia 20 de novembro representa a luta pela valorização dos negros e negras e reforça a bandeira da equidade na sociedade. Negar que existe desigualdade entre brancos e negros é ignorar dados que apontam as diferenças no mercado de trabalho. E exemplo disso está no II Censo da Diversidade realizado no setor financeiro neste ano: o resultado é alarmante. 

Segundo o levantamento feito entre os bancários nos meses de março e maio de 2014, apenas 24,7% são negros nos bancos do Brasil. Se comparar a população negra com o índice de bancários negros, a discriminação fica mais evidente, uma vez que 51% da população brasileira é negra, conforme dados do IBGE. 

Para se ter uma noção da diferença racial dentro dos bancos, observe ao ir a uma agência quantos negros trabalham na instituição ou se estão presentes na propaganda institucional espalhada nos banners e folders do banco, lembrando que mais da metade da população brasileira é negra. 

Infelizmente, a realidade da inclusão e da igualdade está longe do que nós dos movimentos sociais sonhamos. A luta pela valorização dos negros deve ser defendida, e para isso, a data do dia 20 de novembro vem para enfatizar que do jeito que está não está certo, não está de acordo. 

Políticas afirmativas, ações de valorização aliadas à bandeira da igualdade racial são pautas para o ano todo e, nesta data da consciência negra, nos faz reforçar o compromisso que cada um temos com a humanidade de sermos iguais e termos igualdade de oportunidade, o que infelizmente, não faz parte da nossa realidade no sistema financeiro, nos cargos de chefia das empresas privadas, na publicidade, no mercado de trabalho... 

Nossa luta continua! 


Arilson da Silva é vereador do Partido dos Trabalhadores (PT) em Cuiabá, funcionário do Santander e dirigente do Sindicato dos Bancários de Mato Grosso. 


Fonte: Seeb Mato Grosso

quarta-feira, 19 de novembro de 2014

Bancos fecham 3,4 mil empregos até outubro, enquanto Brasil gera 912 mil

  






O sistema financeiro nacional fechou 3.392 postos de trabalho nos primeiros dez meses de 2014, atuando na contramão da economia brasileira, que gerou 912.287 novos empregos formais no mesmo período. O desemprego no setor seria ainda mais acentuado não fosse a atuação da Caixa Econômica Federal, a única grande instituição financeira a criar vagas (2.125).

Os dados são da Pesquisa de Emprego Bancário (PEB) divulgada nesta quarta-feira (19) pela Contraf-CUT, que faz o estudo em parceria com o Dieese, com base nos números do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE).

> Clique aqui para acessar as tabelas e gráficos da pesquisa.

No total, 18 estados apresentaram saldos negativos de emprego entre janeiro e outubro de 2014. As maiores reduções ocorreram em São Paulo, Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro e Minas Gerais, com 1.068, 775, 646 e 529 cortes, respectivamente. O estado com maior saldo positivo foi o Pará, com geração de 271 novas vagas.

"Apesar dos lucros gigantescos, os bancos brasileiros, principalmente os privados, seguem eliminando postos de trabalho em 2014, a exemplo do ano passado, o que é injustificável para um setor onde somente os seis maiores bancos (BB, Itaú, Bradesco, Caixa, Santander e HSBC) lucraram R$ 56,7 bilhões em 2013 e mais R$ 44,0 bilhões até o terceiro trimestre deste ano, ostentando os maiores índices de rentabilidade de todo o sistema financeiro internacional", afirma Carlos Cordeiro, presidente da Contraf-CUT.

"Os bancos que estão fechando postos de trabalho prejudicam os bancários, pioram o atendimento dos clientes e da população e não contribuem para o crescimento econômico e social do país com emprego e distribuição de renda", alerta Cordeiro. 

Rotatividade achata salários dos bancários

De acordo com o levantamento Contraf-CUT/Dieese, além do corte de vagas, a rotatividade continuou alta de janeiro a outubro de 2014. Os bancos brasileiros contrataram 28.385 funcionários e desligaram 31.777.

A pesquisa mostra também que o salário médio dos admitidos pelos bancos nos primeiros oito meses do ano foi de R$ 3.356,47 contra o salário médio de R$ 5.279,83 dos desligados. Assim, os trabalhadores que entraram nos bancos receberam valor médio equivalente a 63,6% da remuneração dos que saíram.

"Essa diferença prova que os bancos privados continuam praticando a rotatividade, um mecanismo cruel utilizado para reduzir a massa salarial da categoria e aumentar ainda mais os lucros", destaca o presidente da Contraf-CUT. "Nos últimos onze anos, os bancários conquistaram aumentos reais consecutivos, mas esses ganhos foram corroídos pela rotatividade, freando o crescimento da renda da categoria."

Para Cordeiro, "os números da nova pesquisa reforçam a luta dos bancários contra as demissões e pelo fim da rotatividade, por mais contratações e contra os projetos de terceirização, como forma de proteger e ampliar o emprego da categoria e da classe trabalhadora". 

Desigualdade entre homens e mulheres

A pesquisa mostra também que as mulheres, ainda que representem metade da categoria e sejam mais escolarizadas, permanecem sendo discriminadas pelos bancos na sua remuneração, ganhando menos do que os homens quando são contratadas. Essa desigualdade segue ao longo da carreira, pois a remuneração das mulheres é bem inferior à dos homens no momento em que são desligadas dos seus postos de trabalho.

Enquanto a média dos salários dos homens na admissão foi de R$ 3.801,97 nos primeiros dez meses do ano, a remuneração das mulheres ficou em R$ 2.896,65, valor que representa 76,2% da remuneração de contratação dos homens. 

Já a média dos salários dos homens no desligamento foi de R$ 6.037,88 no período, enquanto a remuneração das mulheres foi de R$ 4.464,69. Isso significa que o salário médio das mulheres no desligamento equivale a 73,9% da remuneração dos homens.

"Essa absurda discriminação é totalmente inaceitável e reforça ainda mais a luta da categoria por igualdade de oportunidades na contratação, na remuneração e na ascensão profissional", enfatiza Cordeiro.

Maior concentração de renda nos bancos

O presidente da Contraf-CUT salienta ainda que "a pesquisa fortalece ainda a mobilização dos bancários por distribuição de renda". Enquanto no Brasil, os 10% mais ricos no país, segundo estudo do Dieese com base no Censo de 2010, têm renda média mensal 39 vezes maior que a dos 10% mais pobres, no sistema financeiro a concentração de renda é ainda maior. 

No Itaú, cada membro do Conselho de Administração recebeu, em média, R$ 15,5 milhões em 2013, o que representa 318,5 vezes o que ganhou o bancário do piso salarial. No Santander, cada diretor embolsou, em média, R$ 7,7 milhões no mesmo período, o que significa 158,2 vezes o salário do caixa. E no Bradesco, que pagou, em média, R$ 13 milhões no ano para cada diretor, a diferença para o salário do caixa foi de 270 vezes.

Desta forma, para ganhar a remuneração mensal de um desses executivos, o caixa do Itaú tem que trabalhar 26,5 anos, o caixa do Santander 13 anos e o do Bradesco 22,5 anos.

"Essa imensa distância, que separa os ganhos dos altos executivos e os salários dos bancários, atenta contra a justiça social e a dignidade dos trabalhadores, bem como contribui para a vergonhosa posição do Brasil entre os 10 países mais desiguais do mundo, o que precisa mudar", conclui Cordeiro.


Fonte: Contraf-CUT com Dieese

Após dia de luta, Santander negocia e melhora proposta de aditivo e PPRS

  




Crédito: Maurício Morais - Seeb São Paulo
Maurício Morais - Seeb São PauloMobilização dos bancários garante avanços na negociação com o banco

Na sexta rodada de negociação específica da Campanha 2014, realizada nesta terça-feira (18) com a Contraf-CUT, federações e sindicatos, em São Paulo, o Santander melhorou a proposta para a renovação do acordo aditivo à Convenção Coletiva de Trabalho (CCT). O banco também apresentou proposta para o acordo de Programa de Participação nos Resultados do Santander (PPRS). O prazo de vigência é de dois anos, a exemplo dos acordos anteriores. 

"A melhoria da proposta é resultado do dia nacional de luta, ocorrido no último dia 11, quando os bancários fizeram paralisações e protestos em todo o país e mandaram um recado para a direção do banco espanhol de que era preciso garantir avanços para os trabalhadores", afirma o secretário de Imprensa da Contraf-CUT, Ademir Wiederkehr. 

Avanços

A proposta do Santander garante a manutenção das cláusulas existentes do aditivo com algumas atualizações. O banco mantém as atuais 2.500 bolsas de estudo, sendo 2.000 para primeira graduação e 500 para pós-graduação, no valor de 50% da mensalidade, limitado a R$ 442,80, com a aplicação do reajuste de 8,5% conquistado este ano pela categoria a partir de janeiro de 2015 e do reajuste que vier a ser obtido em 2015 a partir de janeiro de 2016. 

"Pela primeira vez, conquistamos bolsas para pós-graduação, o que representa um importante avanço, pois é uma demanda de muitos funcionários", destaca Ademir.

O banco mantém o grupo de trabalho do SantanderPrevi, criado nos acordos anteriores, com a finalidade de discutir um processo eleitoral democrático no fundo de pensão que possui mais de 44 mil participantes. A primeira reunião será realizada no próximo dia 4 de dezembro, com prazo de conclusão dos trabalhos no dia 30 de abril de 2015. 

"Trata-se de um compromisso importante, pois hoje não há representantes eleitos democraticamente pelos participantes nos conselhos deliberativo e fiscal. A última eleição, ocorrida em 2011, foi suspensa por medidas judiciais em função de regras antidemocráticas", ressalta o diretor da Contraf-CUT.

Outro avanço é na cláusula de igualdade de oportunidades. O banco concordou com a formação de um grupo de trabalho para discutir, de forma conjunta, os dados estatísticos relacionados ao tema. 

O banco assegura também ao empregado demitido que o período de continuidade do plano de saúde será iniciado após o término do prazo estipulado na convenção coletiva para assistência médica e hospitalar.

Condições de trabalho

Diante da cobrança dos dirigentes sindicais para a melhoria das condições de trabalho, que tem provocado sobrecarga, estresse, adoecimentos e afastamentos, o banco propõe a criação de uma nova cláusula para tratar das relações laborais e prestação de serviços financeiros, explicitando as práticas recomendadas aos gestores para uma gestão orientativa, práticas não permitidas e práticas recomendadas perante os clientes. O banco se compromete a realizar ampla divulgação das regras de conduta.

No texto, a ser anexado ao aditivo, consta que "as reuniões de planejamento das agências devem ser restritas ao horário da manhã e limitadas a 30 minutos, sempre durante a jornada de trabalho. Devem ser usadas para orientar e dar foco de maneira inspiradora e motivacional, sempre observando o respeito aos funcionários e sem caráter exclusivo de acompanhamento de produção".

Dentre as práticas não permitidas, o banco relaciona as proibições incluídas na convenção coletiva, como a "exposição de ranking nominal em qualquer ambiente público, mesmo áreas internas da agência" e a "cobrança de cumprimento de resultados, no telefone particular do funcionário".

PPRS

O banco apresentou também a proposta de PPRS. O valor de R$ 1.720 pago em fevereiro de 2014 será reajustado pelos índices de reajuste dos dois últimos anos. Com isso, o valor a ser pago em fevereiro de 2015 será corrigido em 8% da Campanha 2013 passando para R$ 1.858. Já o valor a ser creditado em fevereiro de 2016 será reajustado em 8,5% da Campanha 2014, ficando em R$ 2.016.

"O PPRS não é compensável com o pagamento da PLR", salienta o diretor da Contraf-CUT.

Folga-assiduidade

O Santander ficou de discutir internamente no prazo de 30 dias as medidas necessárias para se adequar ao cumprimento da cláusula 24ª da convenção coletiva que trata da folga-assiduidade. Esse direito não está vinculado à data de aniversário, como vem sendo feito equivocadamente pelo banco. Essa folga deve ser gozada no melhor dia a critério do funcionário em conjunto com o gestor. 

Saúde do trabalhador

Foi agendada indicativamente para o próximo dia 28 uma nova reunião com o médico coordenador do PCMSO (Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional) do Santander, Gustavo Locatelli, para continuar a discussão sobre a denúncia de existência de um controle nos exames médicos para a caracterização do funcionário como inapto. 

Os dirigentes sindicais esperam respostas para as medidas cobradas na reunião anterior, como o fim da utilização do prontuário da Micelli e a formação de um grupo de trabalho para aprofundar o debate sobre o problema. 

Avaliação

Para a Comissão de Organização dos Empregados (COE) do Santander, a proposta do banco melhorou e traz avanços significativos para os funcionários. Trata-se do único banco privado que possui um aditivo com várias conquistas além da convenção coletiva da categoria. 

As reivindicações não atendidas continuarão na agenda de luta do movimento sindical e serão discutidas especialmente no Comitê de Relações Trabalhistas (CRT) e no Fórum de Saúde e Condições de Trabalho.

A Contraf-CUT aguarda a redação final do aditivo e dos demais documentos, a fim de divulgar encaminhamentos aos sindicatos para a realização de assembleias dos funcionários do Santander e deliberação acerca da proposta do banco, o que deve ocorrer nos próximos dias.


Fonte: Contraf-CUT

Negociação com HSBC garante que não haverá mais demissões este ano

  




Crédito: Seeb Curitiba
Seeb CuritibaEntidades sindicais também asseguraram reversão de demissões irregulares

Na terceira rodada de negociação específica, ocorrida nesta terça-feira (18) com a Contraf-CUT, Fetec-PR, Feeb-SP/MS e Sindicatos dos Bancários de Curitiba e São Paulo, o HSBC assumiu o compromisso com o movimento sindical de que não realizará mais demissões em 2014. 

Além disso, o banco inglês ficou de revisar, por meio de uma comissão paritária (banco e entidades sindicais), e reintegrar os demitidos irregularmente (bancários em estabilidade pré-aposentadoria, grávidas, afastados por motivos de saúde ou portadores de doenças crônicas). 

Já aos funcionários desligados, além dos direitos assegurados, o banco garantiu um adicional de três meses da cesta-alimentação e a extensão do plano de saúde em três meses além do prazo previsto na Convenção Coletiva de Trabalho (CCT). Essa regra valerá até abril de 2015, com o objetivo de encarecer as demissões e proteger o emprego.

"A força da mobilização garantiu avanços nas negociações, mostrando a importância da atuação do movimento sindical na defesa dos direitos dos trabalhadores", afirma Alan Patricio, secretário de Assuntos Jurídicos da Contraf-CUT. 

"O banco precisa entender que toda demissão tem um ônus que vai muito além das questões financeiras domésticas. É preciso ter responsabilidade também com os impactos sociais e econômicos quando se trata de demissão em massa", avalia Elias Jordão, presidente do Sindicato dos Bancários de Curitiba e região.

As três reuniões aconteceram em São Paulo e o HSBC voltou a garantiu investimentos no Brasil e informou que pretende fazer novas contratações que atendam ao seu novo perfil estratégico. "Estaremos atentos e observando a postura do banco no que se refere ao emprego. E, se preciso for, iremos à luta novamente!", conclui Cristiane Zacarias, coordenadora da Comissão de Organização dos Empregados (COE) do HSBC.

Histórico 

No último dia 6, o HSBC iniciou um processo de demissões em massa em todo o país. No dia seguinte, os bancários de Curitiba reagiram e iniciaram protestos e paralisações de agências e centros administrativos em toda capital paranaense e se estenderam para outras cidades do Paraná e de outros estados nas bases territoriais de sindicatos filiados à Contraf-CUT.

Foram precisos quatro dias de paralisação para o banco inglês abrir o canal de diálogo com o movimento sindical. A primeira conversa se deu em Curitiba, no dia 12 de novembro, em uma audiência pública mediada pelo Ministério Público do Trabalho do Paraná (MPT-PR). Contudo, a suspensão das paralisações só ocorreu na sexta-feira (14), após a primeira rodada, quando o banco suspendeu as demissões enquanto durarem as negociações.

Diante dos inúmeros boatos que surgiram, a direção do banco afirmou que não existe a intenção de cortar 20% do quadro de funcionários, nem substituir bancários por terceirizados. Eles também negaram que o HSBC cogita deixar o Brasil.

Veja o que ficou garantido nas negociações:

- suspensão das demissões ate o final de 2014;

- reintegração dos trabalhadores em casos a serem analisados por comissão constituída entre sindicatos e HSBC (saúde, pré-aposentadoria, gravidez etc.);

- aos funcionários desligados, além dos direitos assegurados, ficou restabelecido um adicional de 3 meses da cesta alimentação e extensão do plano de saúde em 3 meses além do garantido na CCT, com validade até abril de 2015; e

- o HSBC ainda garantiu investimentos no Brasil e assegurou que pretende realizar contratações de novos empregados dentro do seu "perfil estratégico".


Fonte: Contraf-CUT com Seeb Curitiba

terça-feira, 18 de novembro de 2014

BMG, HSBC e Santander lideram ranking de reclamações de clientes no BC

  




O BMG liderou, novamente, o ranking de queixas entre bancos com mais de 2 milhões de clientes, de acordo com o levantamento referente ao mês de outubro, divulgado nesta segunda-feira (17) pelo Banco Central (BC). Com 146 reclamações julgadas procedentes, o banco obteve índice de 65,75%. Em segundo lugar entre os mais reclamados, ficou o HSBC, com 122 queixas e índice de 12,17%. 

A terceira posição em queixas em outubro ficou com o Santander, seguido pelo Banrisul e Caixa Econômica Federal. O banco espanhol teve 355 queixas e índice de 11,55%. O Banrisul, 36 queixas e índice de 9,37%. A Caixa acumulou 572 queixas e atingiu índice de 7,73% no último mês.

O índice representa o número de reclamações da instituição financeira para cada 1 milhão de clientes. Para chegar a ele, as reclamações são divididas pelo número de clientes do banco e multiplicadas por 1 milhão. A posição da instituição financeira no ranking do BC dependerá do índice, mesmo que tenha sido alvo de mais reclamações em números absolutos.

Com relação aos principais motivos de reclamação, a liderança ficou com as irregularidades relativas à confiabilidade, segurança, sigilo ou legitimidade, com 318 queixas procedentes. Em segundo lugar veio o débito em conta de depósito não autorizado, que recebeu 302 reclamações.

A restrição à realização de portabilidade de operação de crédito ocupou o terceiro lugar, com 211 queixas. Por fim, a cobrança de tarifa por serviços não contratados e prestação de serviço irregular em conta-salário vieram em quarto e quinto lugar, respectivamente com 156 e 126 reclamações. 

No total, houve 2.660 queixas procedentes em outubro. O BC leva em conta as reclamações que descumprem normas do Conselho Monetário Nacional (CMN).


Fonte: Agência Brasil

segunda-feira, 17 de novembro de 2014

Contraf-CUT retoma negociação do aditivo com Santander nesta terça

  



Crédito: Seeb São Paulo
Seeb São PauloManifestação durante dia nacional de luta no centro de São Paulo

A Contraf-CUT, federações e sindicatos retomam nesta terça-feira (18), às 10h30, a negociação específica da Campanha Nacional 2014 para a renovação com avanços do acordo aditivo do Santander à Convenção Coletiva de Trabalho (CCT). Também estará em discussão o Programa de Participação nos Resultados do Santander (PPRS).

Trata-se da sexta rodada, que ocorre após a realização de um dia nacional de luta, na última terça-feira (11), quando os bancários fizeram paralisações e protestos em todo o país e enviaram um recado para a direção do banco espanhol de que é preciso apresentar uma proposta na mesa de negociação que atenda à pauta de reivindicações dos funcionários. 

"Esperamos que os negociadores do banco tragam uma proposta decente para os trabalhadores, à altura do lucro gigantesco de R$ 4,3 bilhões até setembro, que representa 20% do resultado global do Santander. Em nenhum outro país do mundo o banco ganhou mais do que aqui", afirma o secretário de Imprensa da Contraf-CUT, Ademir Wiederkehr. 

Queremos mais

"Queremos o fim das demissões e da rotatividade, mais contratações, melhorias no plano de saúde, igualdade de oportunidades, eleições democráticas no SantanderPrevi e ampliação das bolsas de estudo, dentre outras demandas", ressalta Ademir.

"Também queremos melhores condições de trabalho. Que parem as reuniões diárias para a cobrança de metas. Que acabam as metas para a área operacional. Basta de pressão e sobrecarga de serviços, estresse, adoecimento e afastamentos do trabalho", destaca o diretor da Contraf-CUT.

Reunião da COE do Santander

Antes da sexta rodada, a Contraf-CUT promove às 9h uma reunião da Comissão de Organização dos Empregados (COE) do Santander, na sede do Sindicato dos Bancários de São Paulo, no mesmo local da negociação. O objetivo é preparar os debates com o banco.


Fonte: Contraf-CUT