quarta-feira, 30 de outubro de 2013

Bancos privados cortam quase 7 mil postos de trabalho até setembro

  
Os bancos privados que operam no país fecharam 6.977 postos de trabalho entre janeiro e setembro de 2013, andando na contramão da economia brasileira, que gerou 1,323 milhão de novos empregos no mesmo período. Além dos cortes, o sistema financeiro manteve a prática de rotatividade de mão de obra alta, mecanismo perverso que os bancos usam para reduzir despesas de pessoal.

Os dados constam na Pesquisa de Emprego Bancário (PEB) divulgada nesta terça-feira (29) pela Contraf-CUT, que faz o estudo em parceria com o Dieese, com base nos números do Cadastro Geral de Emprego e Desemprego (Caged), do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE).

Clique aqui para acessar gráficos e tabelas da pesquisa.

"Apesar dos lucros bilionários e da mais alta rentabilidade do sistema financeiro internacional, os bancos brasileiros, principalmente os privados, seguem demitindo trabalhadores, cortando postos de trabalho e usando a rotatividade para reduzir a massa salarial", aponta Carlos Cordeiro, presidente da Contraf-CUT. "Por isso vamos continuar lutando contra as demissões, por mais contratações e pelo fim da rotatividade, como forma de proteger e ampliar o emprego."

Segundo o Caged, os bancos brasileiros contrataram 30.417 bancários entre janeiro e setembro e desligaram 33.177. No total do sistema financeiro, foram fechados 2.760 postos de trabalho. O Caged não discrimina a evolução do emprego por empresa; apenas por setor. 

Considerando que a Caixa Econômica Federal apresentou um saldo positivo de 3.982 empregos nos primeiros nove meses do ano e como o Banco do Brasil e demais bancos públicos mantiveram quadros de funcionários estáveis no período, fica evidente que os cortes nos postos de trabalho se concentraram mais uma vez nos bancos privados.

Rotatividade diminui salários 

A pesquisa mostra que o salário médio dos admitidos pelos bancos entre janeiro e setembro foi de R$ 2.914,63, contra salário médio de R$ 4.594,83 dos desligados. Ou seja, os trabalhadores que entram no sistema financeiro recebem remuneração 36,6% inferior à dos que saem. Com isso, os bancos buscam reduzir suas despesas.

"Isso explica por que, embora com muita mobilização os bancários tenham conquistado 18,3% de aumento real no salário e 38,7% de ganho real no piso salarial desde 2004, a média salarial da categoria diminuiu. Esse é o mais cruel mecanismo de concentração de renda, num país que tem feito um grande esforço para se tornar menos injusto, mas permanece sendo muito desigual", ressalta Carlos Cordeiro.

Maior concentração de renda nos bancos

No Brasil, os 10% mais ricos no país, segundo estudo do Dieese com base no Censo de 2010, têm renda média mensal 39 vezes maior que a dos 10% mais pobres. Ou seja, um brasileiro que está na faixa mais pobre da população teria que reunir tudo o que ganha durante 3,3 anos para chegar à renda média mensal de um integrante do grupo mais rico.

No sistema financeiro, a concentração de renda é ainda maior. No Itaú, por exemplo, os executivos da diretoria receberam em 2012, em média, R$ 9,05 milhões por ano, o que representa 191,8 vezes o que ganha o bancário do piso. No Santander, os diretores embolsaram R$ 5,62 milhões no ano passado, o que significa 119,2 vezes o salário do caixa. E no Bradesco, que pagou R$ 5 milhões no ano aos seus diretores, a diferença é de 106 vezes.

Ou seja, para ganhar a remuneração mensal de um executivo, o caixa do Itaú tem que trabalhar 16 anos, o caixa do Santander 10 anos e o do Bradesco 9 anos.

Luta por crescimento com desenvolvimento

"As manifestações de junho e as mobilizações dos trabalhadores deixam claro a necessidade de mudanças profundas na sociedade brasileira e uma delas é a regulamentação do sistema financeiro. Não é possível que os bancos continuem com essa política nociva de reduzir custos e cobrar juros e tarifas escorchantes para lucrar ainda mais, sem olhar para o impacto nos trabalhadores, nos clientes e na economia do país", defende Carlos Cordeiro.

"Precisamos transformar o crescimento em desenvolvimento econômico e social, o que passa por melhoria de salário e mais emprego, como forma de valorizar o trabalho, distribuir renda e melhorar a qualidade de vida da população", conclui o presidente da Contraf-CUT.


Fonte: Contraf-CUT com Dieese

Mesmo com lucro de R$ 11,2 bi, Itaú corta 2.883 empregos até setembro

  
Apesar do lucro líquido recorrente de R$ 11,156 bilhões nos nove primeiros meses de 2013, com crescimento de 5,8% em 12 meses e 11% no terceiro trimestre, o Itaú fechou 2.883 empregos no período, na contramão da economia brasileira que abriu 1,323 milhão de vagas entre janeiro e setembro deste ano. 

O número total de empregados na holding do Itaú em setembro de 2013 foi de 87.440, com fechamento de 2.987 postos de trabalho em relação a setembro de 2012, uma queda injustificável de 3,3%. Apenas nos últimos três meses foram eliminados 619 empregos. 

"Os números do balanço mostram o descaso do Itaú com o emprego, pois o banco seguiu demitindo, praticando rotatividade e eliminando vagas, piorando ainda mais as condições de trabalho e prejudicando o atendimento aos clientes e à população", avalia o funcionário do banco e presidente da Contraf-CUT, Carlos Cordeiro.

Conforme análise do balanço feita pela Subseção do Dieese na Contraf-CUT, a estratégia de melhorar o chamado Índice de Eficiência por meio do corte de pessoal não vem obtendo êxito, pois o indicador do tipo "quanto menor, melhor" cresceu 3,6 pontos percentuais nos últimos 12 meses, ficando em 48,4%, mas caiu 0,9 pontos percentuais no terceiro trimestre. Cabe notar, entretanto, que desde o quarto trimestre de 2011 não ocorria redução no índice. 

O retorno sobre o patrimônio líquido médio anualizado foi de 19,6% (1,4 ponto percentual acima da rentabilidade em setembro de 2012 e 1,7 ponto percentual acima do retorno no segundo trimestre de 2013). 

Segundo o Sumário Executivo que acompanha o balanço trimestral do banco, o resultado só não foi melhor porque "essas evoluções (no trimestre) foram parcialmente compensadas pelo aumento das despesas não decorrentes de juros em 0,9%, que decorre, principalmente, do efeito do reajuste de salários e benefícios decorrentes da negociação sindical". A despesa de pessoal em setembro teve acréscimo de R$ 161 milhões e, desconsiderando esse aumente, "as despesas de pessoal teriam se reduzido em R$ 58 milhões (1,5%)". 

A carteira de crédito total somou R$ 456,561 bilhões em setembro de 2013, com crescimento de 9,3% em 12 meses (2,3% no trimestre). O crédito à pessoa física totalizou em setembro R$ 156,194 bilhões (evolução de 5,4% em 12 meses), com destaque para os créditos consignado e imobiliário (que cresceram 64% e 34,9%, respectivamente). 

O crédito à pessoa jurídica totalizou R$ 264,010 bilhões em setembro de 2013, com alta de 9,1% em relação a setembro de 2012 e destaque para o segmento das Grandes Empresas (alta de 16,9% em 12 meses). 

As taxas de inadimplência caíram 1,2 ponto percentual em relação a setembro de 2012, ficando em 3,9%. A queda no trimestre foi de 0,3%. Com isso, as despesas com provisões para devedores duvidosos tiveram redução de 25,8% em 12 meses, totalizando R$ 10,740 bilhões.

As receitas de prestação de serviços e tarifas bancárias atingiram R$ 17,505 bilhões, com alta de 15,8% em relação aos nove primeiros meses de 2012. Somente com esta receita o banco cobre 155,8% do total de suas despesas de pessoal. No mesmo período de 2012, a cobertura foi de 146,9%. As despesas de pessoal, no período, tiveram alta de 9,2%.

Milhões para altos executivos

Enquanto corta ainda mais empregos, o Itaú lidera a remuneração milionária dos altos executivos, superando o Santander e o Bradesco, que também pagam milhões de reais por ano para o alto escalão.

Segundo levantamento do Dieese, com base em dados da Comissão de Valores Mobiliários (CVM), cada diretor do Itaú ganhou, em média, R$ 9,05 milhões em 2012, mais do que o do Santander, que recebeu R$ 5,63 milhões e o do Bradesco, que embolsou R$ 5,01 bilhões. Já o bancário do piso salarial recebeu apenas R$ 38,64 mil no ano passado. 

Isso significa que um diretor do Itaú ganhou, em média, 234,27 vezes mais que um funcionário recebe com o piso. No Santander, o executivo ganhou 145,67 vezes o piso. 

"Trata-se de um modelo nocivo que enriquece um punhado de executivos, mas escancara a gritante concentração de renda no setor financeiro, o que não pode continuar. O Brasil, enquanto sexta economia do planeta, não pode permanecer na vergonhosa posição de 12º país mais desigual do mundo", destaca Cordeiro.


Fonte: Contraf-CUT

terça-feira, 29 de outubro de 2013



HSBC deposita antecipação da PLR com valor bem abaixo do esperado


O HSBC realizou pagamento de PLR nesta segunda-feira (28) aos funcionários com um redutor de 9,67%. O banco inglês efetuou o crédito com um valor menor mesmo após pressão da Contraf-CUT, federações e sindicatos, que exigem o pagamento do total da regra.

Os representantes dos bancários participaram de uma reunião com a diretoria do HSBC na quarta-feira (23), quando reforçaram a cobrança pelo pagamento integral. O banco argumentou que provisionou R$ 188 milhões para a distribuição da PLR, mas utilizou apenas R$ 68 milhões.

Ao fim da reunião, a diretoria do HSBC disse que a proposta dos bancários seria avaliada. No entanto, sem qualquer comunicado, a antecipação da PLR foi depositada nesta segunda-feira, último dia do prazo previsto na convenção coletiva, com o redutor.

"É por essas e outras que os bancários do HSBC se sentem desmotivados. O funcionário se desdobra para dar conta do serviço e na hora de ser valorizado o banco sempre dá um jeito de pagar menos do que merecemos. Os sindicatos vão continuar lutando e pressionando o HSBC para garantir o pagamento integral da PLR", afirma o funcionário do banco e secretário de Assuntos Jurídicos da Contraf-CUT e do Sindicato dos Bancários de Pernambuco, Alan Patrício.


Fonte: Contraf-CUT com Seec Pernambuco

segunda-feira, 28 de outubro de 2013



Enquanto lucra R$ 4,3 bi até setembro, Santander corta 3.414 empregos


Apesar do lucro líquido gerencial de R$ 4,335 bilhões nos nove primeiros meses de 2013, o Santander Brasil extinguiu 3.414 empregos no mesmo período, o que é inaceitável para a Contraf-CUT. Apenas no terceiro trimestre, o banco espanhol lucrou R$ 1,407 bilhão, mas fechou 1.124 postos de trabalho. Já nos últimos 12 meses, o corte alcançou 4.542 vagas, uma queda de 8,2% no quadro de funcionários que caiu para 50.578 em setembro deste ano.

"Com todo esse lucro bilionário, nada justifica as milhares de demissões de bancários, a prática da rotatividade e o corte de milhares de postos de trabalho, o que mostra que o banco segue andando na contramão da economia brasileira que, ao contrário do Santander, continua gerando empregos e crescendo", protesta o presidente da Contraf-CUT, Carlos Cordeiro.

"Essa redução de 3.414 empregos, somada às 975 vagas extintas em dezembro do ano passado durante as demissões em massa, totaliza 4.389 postos de trabalho a menos nos últimos dez meses, aproximando-se do boato que circulou na véspera do Natal de que o Santander cortaria 5 mil empregos", salienta o funcionário do banco e secretário de Imprensa da Contraf-CUT, Ademir Wiederkehr.

"O resultado no Brasil representou 24% do lucro mundial do Santander até setembro. Na Espanha, que contribuiu com 7%, não há essa sangria de empregos ceifados, mesmo com a crise. Os brasileiros não podem ser tratados como trabalhadores de segunda classe", completa Ademir.

O lucro até setembro significa uma queda de 8,9% em 12 meses e 0,2% no terceiro trimestre. O retorno sobre o patrimônio líquido médio foi de 11,1% (1,9 ponto percentual abaixo da rentabilidade em setembro de 2012 e 0,3 ponto percentual abaixo do retorno no 2º trimestre de 2013), mas é um resultado altamente positivo.

Segundo a análise do Dieese, um dos principais motivos para a diminuição do lucro foi a queda de 8,6% nas receitas oriundas das operações de crédito em 12 meses. Essa queda está associada, principalmente, à mudança de composição da carteira de crédito do banco, onde cresceu a participação dos produtos de menores spreads e riscos.

A carteira de crédito total somou R$ 222,071 bilhões em setembro de 2013, com crescimento de 7,1% em 12 meses. O crédito à pessoa física totalizou R$ 73,773 bilhões, alta de 6,3% no período, com destaque para o crédito imobiliário. A carteira de pequenas e médias empresas somou R$ 34,398 bilhões, queda de 1,2% no mesmo período e a carteira de Grandes Empresas atingiu R$ 77,153 bilhões, com crescimento de 15,5%. A inadimplência da carteira é de 4,5% (queda 0,7 ponto percentual em 12 meses).

Já as receitas de prestação de serviços e tarifas bancárias alcançaram R$ 7,828 bilhões, com alta de 9,3% em relação aos nove primeiros meses de 2012. Somente com essa receita, o Santander cobre 148% do total de despesas de pessoal do banco (inclusive PLR). No mesmo período do ano passado, a cobertura foi de 131%. As despesas de pessoal, no período, tiveram queda de 2,8%, fruto do corte de empregos no período.

"O Santander tem que parar de demitir, fazer mais contratações e rever o modelo de gestão. Não será freando o crédito e cortando custos que o banco vai crescer no mercado brasileiro, mas sim com ampliação dos empregos, com melhoria das condições de trabalho, com valorização dos funcionários e com atendimento de qualidade aos clientes", conclui Ademir.


Fonte: Contraf-CUT


Contraf repudia Santander por reduzir custos após aumento dos bancários


A Contraf-CUT repudiou o anúncio do Santander de cortar custos por causa do aumento dos salários dos funcionários. Com o lucro de R$ 4,3 bilhões nos primeiros nove meses de 2013, o banco espanhol não tem qualquer justificativa para reduzir despesas em razão das conquistas da Campanha Nacional dos Bancários.

Em uma teleconferência ocorrida nesta quinta-feira (24) para anunciar os resultados do terceiro trimestre, o presidente global do Santander, Javier Marín, disse que uma das prioridades para os próximos trimestres é "melhorar a eficiência dos custos", conforme reportagem publicada na edição desta sexta-feira (25) do jornal O Estado de S.Paulo.

Marín citou o recente aumento de salários dos bancários como um dos exemplos para a necessidade de cortar custos. "O acordo coletivo deu um aumento de 8% no Brasil", disse. "Por isso, é tão importante colocar em prática todas as medidas para que o Brasil tenha um custo de negócio similar a outros países em que operamos", afirmou.

O funcionário do Santander e secretário de Imprensa da Contraf-CUT, Ademir Wiederkehr, avalia que "trata-se de um enorme desrespeito com todos os bancários do Brasil, que fizeram uma greve nacional de 23 dias para quebrar a intransigência dos bancos e conquistar aumento real de salários e melhores condições de trabalho". Para ele, "reduzir os custos do reajuste é uma retaliação inaceitável aos funcionários do banco, que será combatida pelo movimento sindical com luta e mobilização".

O programa do Santander prevê uma redução de custos de 1 bilhão de euros até 2006 em todo mundo. O banco obteve lucro mundial de 3,3 bilhões de euros (R$ 9,9 bilhões) até setembro deste ano.

Mesmo tendo contribuído com 24% do lucro global, o maior resultado entre todos os países onde atua, o Brasil vai responder por 40% dos cortes, a maior parte desse valor. Isso significa que o Santander quer reduzir as despesas da filial brasileira em aproximadamente 400 milhões de euros (R$ 1,2 bilhão) até 2016.

A Espanha deve ser a segunda maior afetada, com corte de cerca de 30%. O restante será distribuído entre as demais filiais do Santander no mundo. "Para reestruturar o banco, vamos ter alguns custos. Daremos essa cifra no futuro e já estamos trabalhando em um plano. Informaremos futuramente os detalhes desse plano", disse Marín.

A intenção do banco é cortar e "fazer o mesmo com menos". A iniciativa se soma ao já anunciado plano de reduzir gastos em 500 milhões de euros na Espanha e Polônia.

"O objetivo é redesenhar o banco para fazer o mesmo com menos custos e, até 2016, economizar 1,5 bilhão de euros", afirmou Marín aos analistas e investidores.

Demissões

O plano anunciado poderá aprofundar a onda de demissões no ano. O Santander extinguiu 3.414 empregos nos primeiros nove meses de 2013. Apenas no terceiro trimestre, o banco fechou 1.124 postos de trabalho.

Já nos últimos 12 meses, o corte alcançou 4.542 vagas, uma queda de 8,2% no quadro de funcionários que caiu para 50.578 em setembro deste ano.

"Essa redução de empregos, além de demitir funcionários e piorar ainda mais as condições de trabalho, prejudica o atendimento dos clientes. Não é à toa que o banco liderou por sete meses consecutivos em 2013 o ranking mensal de reclamações do Banco Central", alerta o diretor da Contraf-CUT.

Mobilização

Para combater as demissões, o fechamento de agências e outros cortes, a Contraf-CUT marcou uma reunião ampliada da Comissão de Organização dos Empregados (COE) do Santander, a fim de definir um plano de lutas em defesa do emprego e dos direitos dos funcionários. O comunicado da reunião foi enviado para todos os sindicatos e federações de bancários.


Fonte: Contraf-CUT com Estadão

sexta-feira, 25 de outubro de 2013


6ª NOITE TROPICAL - APAE DE JALES


com Orquestra Cassino de Sevilha
(mesa de frios, frutas e doces)

data: 09/11/2013


fones: (17) 3621.6000 / 3632.1984


Antecipação da PLR sai até segunda e injeta R$ 2,8 bilhões na economia


Crédito: Seeb São Paulo
Seeb São PauloTabela para cálculo do IR sobre total recebido de PLR neste ano

Conforme determina a Convenção Coletiva de Trabalho sobre Participação nos Lucros ou Resultados dos Bancos em 2013, assinada na última sexta-feira (18), em São Paulo, o prazo de pagamento da antecipação da PLR vai até segunda-feira (28). Esse montante, conquistado com a força da greve nacional dos bancários, injetará cerca de R$ 2,8 bilhões na economia brasileira, segundo projeção do Dieese.

"A melhoria da PLR, assim como o aumento real de salário e a valorização do piso, contribui de forma decisiva para distribuir a renda no Brasil, que tem a sexta maior economia do mundo, mas ainda é um dos 12 países mais desiguais do planeta", afirma o presidente da Contraf-CUT, Carlos Cordeiro.

O que vem na antecipação da PLR

Pela regra básica da PLR, cada bancário tem direito a receber 54% do salário mais o valor fixo de R$ 1.016,40, com teto de R$ 5.452,49.

Já a parcela adicional da PLR garante a distribuição linear de 2,2% do lucro líquido do primeiro semestre de 2013, limitado a R$ 1.694,49.

Maiores bancos já começaram pagamento

O Banco do Brasil abriu o cronograma de pagamento da antecipação da PLR, efetuando o crédito na última sexta-feira. O Bradesco depositou na quarta (23).

A Caixa Econômica Federal disponibilizou os valores nesta quinta (24). O Itaú e o Santander creditam nesta sexta (25). Já o HSBC deposita no último dia do prazo.

Melhoria da PLR

Os bancários conquistaram melhorias na PLR. Os valores dos tetos da regra básica e da parcela adicional foram reajustados em 10%. Além disso, houve um aumento de 2% para 2,2% no lucro líquido a ser distribuído de forma linear na parcela adicional.

Desta forma, o total da PLR injetará aproximadamente R$ 5,3 bilhões na economia nos próximos 12 meses. Somente a PLR a ser paga pelo BB e Caixa responderão por mais da metade desse montante (R$ 2,9 bilhões).

A Fenaban também se comprometeu em rediscutir o modelo de pagamento da PLR antes das negociações da Campanha Nacional de 2014.

Nova tabela de imposto de renda

Os valores que os bancários irão receber na antecipação da PLR têm tabela de imposto de renda própria que estabelece isenção para o pagamento de até R$ 6 mil.

Com tributação exclusiva, o cálculo do imposto de renda da PLR leva em conta tudo o que o bancário recebe no ano: a segunda parcela paga na maioria dos bancos em fevereiro referente à PLR de 2012, a antecipação da PLR de 2013 e os programas próprios de renda variável.

Se a soma desses pagamentos for de até R$ 6 mil a isenção é total; se superior, há a incidência do imposto, mas com alíquotas menores.

Leia mais sobre o novo cálculo.


Fonte: Contraf-CUT

quinta-feira, 24 de outubro de 2013



Lucro do Santander Brasil atinge R$ 4,335 bilhões até setembro


O Santander Brasil apresentou lucro líquido gerencial de R$ 1,407 bilhão no terceiro trimestre de 2013, montante 6,7% menor do que o registrado no mesmo intervalo de 2012, de R$ 1,509 bilhão. Com isso, o lucro acumulado nos primeiros nove meses deste ano foi de R$ 4,335 bilhões.

A filial brasileira respondeu por 24% do resultado global do Santander, mantendo o posto de mais lucrativa. Reino Unido veio em seguida, com 15%.

O lucro líquido gerencial considera o resultado contábil com reversão das despesas com amortização dos ágios. Em relação ao segundo trimestre, houve recuo de 0,2%.

O resultado superou as estimativas de analistas do mercado consultados pela Agência Estado, em 11,4%. A média de oito casas consultadas (BTG Pactual, Citibank, Bank of America Merrill Lynch, Deutsche Bank, GBM Brasil, JPMorgan, Safra e UBS) indicava resultado de R$ 1,263 bilhão.

O Santander encerrou setembro com patrimônio líquido de R$ 53,457 bilhões, cifra 1,3% maior do que a registrada no segundo trimestre. O retorno sobre o patrimônio líquido (ROE) do banco ficou em 10,6% no terceiro trimestre, 0,3 ponto porcentual inferior ao visto no segundo trimestre, de 10,9%.

A carteira de crédito ampliada do banco espanhol totalizou R$ 272,790 bilhões no terceiro trimestre, aumento de 2,3% ante os três meses imediatamente anteriores.

O segmento de grandes empresas foi o que mais cresceu, com alta de 5,4%. Pessoa física veio em seguida com avanço de 2,1%. Em contrapartida, o banco reduziu em 3,3% a oferta de recursos para pequenas e médias empresas em setembro ante junho e em 0,7% o financiamento ao consumo.

No mundo

Considerando todas as filias no mundo, o Santander obteve um lucro líquido de 3,31 bilhões de euros (R$ 9,998 bilhões) nos nove primeiros meses de 2013, 77% a mais que no mesmo período de 2012. O aumento é justificado especialmente pelas menores necessidades de provisões, o que significa que o banco já lucrou mais que em todo o ano passado (2,295 bilhões de euros).

Em comunicado enviado hoje à Comissão Nacional de Bolsa de Valores (CNMV), a entidade explica que a América Latina forneceu 49% do lucro global, área na qual destacou Brasil. A Europa forneceu 40% às contas do grupo, sendo que 7% vieram da Espanha; 15% do Reino Unido e 6% da Alemanha e da Polônia. Por sua vez, os Estados Unidos forneceram 11% dos lucros do grupo.

O crédito à clientela caiu 2% nesses nove primeiros meses, até 686,821 bilhões de euros, com uma inadimplência de 5,43%, que no mercado espanhol ficou em 6,40%. Os depósitos globais cresceram 5% e se situaram em 633,433 bilhões de euros.


Fonte: Contraf-CUT com Valor Econômico e Agência Estado


Com falta de bancários, agências do Santander fecham para almoço


Crédito: Seeb Catanduva
Seeb CatanduvaCom marmitas e penicos, pressão por tempo para refeição e ida ao banheiro

As agências do Santander de Ibirá, Uchoa e Palmares Paulista, no interior de São Paulo, ficaram fechadas no horário do almoço na terça-feira (22). O motivo foi o protesto dos bancários por causa do quadro cada vez mais reduzido de funcionários em algumas agências dos arredores em razão das recorrentes demissões.

A manifestação foi lúdica: agências foram fechadas para que os funcionários pudessem almoçar. Os dirigentes sindicais protestaram com marmitas e penicos, representando os apuros que os trabalhadores passam por não terem tempo para as refeições ou ir ao banheiro - tamanha a sobrecarga de trabalho.

"Poderia ser cômico se não fosse trágico. Nosso protesto denuncia a triste realidade dos bancários do Santander, que não conseguem se alimentar com tranquilidade e sequer ir ao banheiro. A situação pode gerar graves problemas físicos e psicológicos", ressaltou o diretor do Sindicato dos Bancários de Catanduva e funcionário do Santander, Aparecido Augusto Marcelo.

O Santander está entre os que mais lucram e demitem no país: obteve lucro líquido de R$ 2,928 bilhões do primeiro semestre de 2013 e fechou quase 1.800 postos de trabalho só no primeiro trimestre.


Fonte: Contraf-CUT com Seeb Catanduva e Afubesp


Contraf-CUT cobra do HSBC pagamento integral da antecipação da PLR


Em reunião ocorrida com o HSBC nesta quarta-feira (23), em São Paulo, a pedido do Sindicato dos Bancários de Curitiba, com a participação da Contraf-CUT, Fetec-CUT/PR e Sindicato dos Bancários de São Paulo, os dirigentes sindicais cobraram os devidos esclarecimentos e o pagamento integral da regra básica na antecipação da Participação nos Lucros e Resultados (PLR), que será feita na próxima segunda-feira, dia 28.

Conforme estudo do Dieese, o banco inglês apresentou lucro líquido de R$ 454 milhões no primeiro semestre de 2013, o que garante a distribuição de R$ 58,2 milhões a título de antecipação da PLR. Para contemplar os 20.133 funcionários, conforme a convenção coletiva seria necessário aproximadamente o montante de R$ 63 milhões.

Pela regra básica, cada funcionário terá direito a receber 54% do salário reajustado mais valor fixo de R$ 1.016,40, limitado em R$ 5.452,49. No entanto, o banco informou que aplicará um redutor de 9,67% para distribuir os 12,8% do lucro líquido no primeiro semestre. Já a parcela adicional, que é de 2,2% do lucro no primeiro semestre, representará a distribuição linear de R$ 520,20, ficando bem abaixo do teto de R$ 1.694,00, previsto na convenção coletiva.

Os dirigentes sindicais foram incisivos em não concordar com a aplicação do redutor, uma vez que os bancários fizeram a sua parte, gerando um lucro bruto de cerca de R$ 3 bilhões e não tendo nenhuma responsabilidade sobre os provisionamentos efetuados e nem sobre os ajustes contábeis lançados no balanço, que impactaram negativamente os resultados.

Outro argumento importante é o fato de constar já provisionado no balanço semestral o montante de R$ 188 milhões para pagamento a título de PLR, o que significa três vezes mais do que o valor projetado para o pagamento da antecipação da PLR.

O HSBC se comprometeu a discutir internamente a proposta apresentada pelos dirigentes sindicais, ficando de dar uma resposta para as entidades até sexta-feira. "Queremos que o banco entenda que o pagamento da antecipação da PLR sem redutor será um fator de motivação para os bancários, que contribuem cotidianamente com os resultados do HSBC", disse Otávio Dias, presidente do Sindicato dos Bancários de Curitiba.

Para Miguel Pereira, secretário de Organização da Contraf-CUT, "o HSBC tem reais condições de atender à reivindicação de pagamento integral da antecipação da PLR porque, apesar de ter lançado R$ 1,8 bilhão como Provisionamento para Devedores Duvidosos (PDD), não tem qualquer problema de caixa e, com isso, reconhecer a dedicação sobre-humana da equipe de funcionários".

Diferenças salariais

O HSBC informou que pagará as diferenças salariais referentes ao reajuste de 8% dos meses de setembro e outubro já nesta folha de pagamento, a ser creditada nesta sexta-feira.

Diferenças de VA, VR e 13ª cesta

Já as diferenças referentes ao vale-refeição e vale-alimentação, assim como ao pagamento da 13ª cesta-alimentação, serão creditadas no próximo dia 30.

Vale-cultura

O banco anunciou que a nova conquista dos bancários poderá ser usufruída a partir de janeiro de 2014, conforme garante a convenção coletiva. O vale-cultura será R$ 50,00 por mês para funcionários que recebem até cinco salários mínimos, acumuláveis.

Participação

Além de Otávio e Miguel, participaram da reunião o presidente da Fetec-CUT-PR, Elias Jordão, o coordenador nacional da Comissão de Organização dos Empregados (COE) do HSBC, Carlos Alberto Kanak, os diretores do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Raquel Kacelnikas e Luciano Ramos, além de assessores do Dieese.

Pelo HSBC, compareceram o diretor de Relações Institucionais, João Rached, os relações sindicais Antônio Carlos e Gilmar Lepchack, a nova diretora de RH, Alexandra Roth, e o RH de Remuneração, Antenor Castro.


Fonte: Contraf-CUT com Seeb Curitiba

quarta-feira, 23 de outubro de 2013



Como fica a PLR dos bancários com as novas regras de tributação do IR


A nova lei da PLR (Lei nº 12.832), que embora publicada no Diário Oficial da União de 21 de junho deste ano está em vigor desde 1º de janeiro de 2013, entre outros aspectos estabelece novos critérios para o cálculo do imposto de renda devido e novas alíquotas, isentando do pagamento de imposto valores até R$ 6 mil e criando alíquotas progressivas mais vantajosas para os trabalhadores.

Os aspectos mais importantes da nova lei, para os quais os trabalhadores devem estar atentos, são:

1 - A PLR será tributada exclusivamente na fonte, em separado dos demais rendimentos recebidos, conforme tabela progressiva anual específica, e não integrará a base de cálculo do imposto devido na Declaração de Ajuste Anual.

2 - Quando houver o pagamento, num mesmo ano-calendário, de mais de uma parcela da PLR - como os bancários, que receberam em março a segunda parcela da PLR relativa a 2012 e em outubro a antecipação da PLR conquistada na recente campanha salarial -, o imposto será calculado considerando o total de PLR recebido. Será deduzido do imposto total assim apurado o valor já retido anteriormente.

3 - Para fins de cálculo do imposto devido, poderão ser deduzidos pagamentos de pensão alimentícia judicial, mas não haverá desconto por dependentes.

Veja aqui a nova tabela de cálculo do IR sobre a PLR.

Por exemplo, um bancário que recebeu R$ 3 mil em março de 2013 relativo à segunda parcela da PLR de 2012 e R$ 6 mil na antecipação da PLR conquistada na recente negociação, o IR será calculado com base na soma das duas parcelas, ou seja, R$ 9 mil.
Nesse exemplo, o bancário terá uma dedução de R$ 225,00 quando receber a antecipação da PLR de 2013 (R$ 9 mil x 7,5% - R$ 450,00).
Essa regra é válida para todos os bancos públicos e privados.

Banco do Brasil

No BB, não se trata de adiantamento. Os bancários recebem os valores definidos a cada semestre, de acordo com o resultado semestral. Veja nos casos abaixo para escriturários e caixas no ano-calendário 2013:

Escriturário
O escriturário recebeu no primeiro semestre R$ 3.970,85, isento de IR porque naquele momento era menor que R$ 6 mil. Como recebeu R$ 5.837,15 pelo acordo recém-assinado, a soma da PLR do ano-calendário 2013 atinge R$ 9.808,00, o que, jogado na nova tabela da lei 12.832, resulta num imposto retido na fonte de R$ 346,20.

Caixa executivo
O mesmo raciocínio vale para os caixas executivos do BB. Eles receberam em março R$ 4.370,07 (referente ao resultado do segundo semestre de 2012). Somados com os R$ 6.236,38 do acordo que acaba de ser assinado, perfaz uma PLR no ano-calendário de R$ 10.606,45, o que correspondente a um IR de R$ 465,97.

Para os comissionados do BB, é aplicada a mesma lógica.

O que diz a Lei 12.832, no artigo 3º

Parágrafo 7º: "Na hipótese de pagamento de mais de uma parcela referente a um mesmo ano-calendário, o imposto deve ser recalculado com base no total da participação dos lucros recebida no ano-calendário, mediante a utilização da tabela constante do Anexo, deduzindo-se do imposto assim apurado o valor retido anteriormente".


Fonte: Contraf-CUT

terça-feira, 22 de outubro de 2013



Apesar do lucro de R$ 9 bi até setembro, Bradesco corta 1.975 empregos


Mesmo com o estrondoso lucro líquido ajustado de R$ 9,003 bilhões nos nove primeiros meses de 2013, o Bradesco fechou 1.975 empregos no mesmo período, andando na contramão da economia brasileira que gerou 1.323.461 postos de trabalho.

O número total de empregados da Holding em setembro de 2013 foi de 101.410, com fechamento de 2.690 vagas em relação a setembro de 2012 (queda de 2,6% no quadro de funcionários).

Conforme análise do balanço feita pela subseção Contraf-CUT do Dieese, o corte de 1.975 empregos em 2013 colaborou para que as despesas de pessoal crescessem apenas 6,1% em 12 meses e a cobertura dessas despesas pelas receitas de prestação de serviços mais renda de tarifas aumentasse de 138,2% para 149,1%.

O lucro astronômico apurado significou um crescimento de 4,6% com relação ao mesmo período de 2012 (R$ 3,082 bilhões no 3º trimestre, com alta de 3,5% em relação ao trimestre anterior).

O retorno sobre o patrimônio líquido médio foi de 18,4% (1,5 ponto percentual abaixo da rentabilidade em setembro de 2012 e 0,4 ponto percentual abaixo do retorno no 2º trimestre de 2013).

A carteira de crédito expandida cresceu 11,0% em doze meses, atingindo um montante de R$ 412,6 bilhões (2,5% no trimestre). As operações com pessoas físicas cresceram 10,9%, em 12 meses, chegando a R$ 127,1 bilhões.

Já as operações com pessoas jurídicas alcançaram R$ 285,5 bilhões, com elevação de 11,0% comparado a setembro de 2012. O Índice de Inadimplência superior a 90 ficou em 3,6%, com quedas de 0,5 ponto percentual em relação ao 3º trimestre de 2012 e 0,1 no trimestre.

Com a segunda queda consecutiva nas taxas de inadimplência, as despesas com provisões para créditos de liquidação duvidosa (PDD) atingiram um montante de R$ 10,3 bilhões, com redução de 1,5% em relação a setembro de 2012 (-9,6% no trimestre).

A partir deste trimestre, os bancos passarão a divulgar (anualmente) um relatório de gerenciamento de riscos, de modo a atender as exigências do BC e do Acordo de Basileia.

O Índice de Basileia do banco em setembro de 2013 foi de 16,4% (0,4 ponto percentual maior do que em setembro de 2012) - o mínimo exigido no país é de 11%.


Fonte: Contraf-CUT com Dieese


Com vale-cultura, bancários ampliam conquistas e incentivam cultura


A força da greve nacional dos bancários, que durou 23 dias e chegou a paralisar 12.140 agências e centros administrativos de bancos públicos e privados em todo país, arrancou importantes conquistas econômicas e sociais, dentre elas o vale-cultura.

A nova conquista acontece após a aprovação e regulamentação da Lei nº 12.761/2012, criada pelo governo Dilma como forma de incentivar o acesso de milhões de trabalhadores aos eventos e bens culturais. Além da Contraf-CUT, federações e sindicatos, a negociação com a Fenaban contou com o envolvimento direto da ministra da Cultura, Marta Suplicy.

"A gente quer comida, diversão e arte"

Durante a solenidade da assinatura da Convenção Coletiva de Trabalho 2013/2014, ocorrida na última sexta-feira (18), em São Paulo, o presidente da Contraf-CUT, Carlos Cordeiro, destacou a conquista do vale-cultura, que pela primeira vez faz parte de uma convenção coletiva de trabalho no Brasil. "Isso permitirá que mais trabalhadores tenham acesso à literatura, ao cinema, ao teatro, aos espetáculos de música, valorizando a cultura em todo o país. A gente não quer só comida, a gente quer comida, diversão e arte. A gente não quer só dinheiro, a gente quer inteiro e não pela metade", disse ele parodiando a música dos Titãs.

A presidenta do Sindicato dos Bancários São Paulo, Juvandia Moreira, também ressaltou a importância do vale-cultura. "Essa cláusula, além de facilitar o acesso dos bancários, injetará mais de R$ 9 milhões por mês na cultura", afirmou.

A inclusão da cláusula de vale-cultura na convenção coletiva foi também destacada pelo presidente da Fenaban, Murilo Portugal, e pelo secretário de Fomento e Incentivo à Cultura do Ministério da Cultura, Henilton Menezes, que representou a ministra na cerimônia.

"A ministra Marta Suplicy queria estar aqui nesse evento importante para prestigiar a assinatura da primeira convenção que inclui o vale-cultura para o trabalhador brasileiro. Ela pediu pra dizer a vocês que a partir de agora ela tem certeza que o programa deu certo", afirmou o secretário.

"Vivemos num país em que pouca gente lê, em que 90% dos brasileiros nunca assistiram a um espetáculo de dança, onde 70% têm acesso a bens culturais apenas pela televisão, onde 80% nunca entraram numa sala de cinema. O programa vale-cultura do trabalhador tem o objetivo de acabar com essa exclusão cultural, abrindo a possibilidade de nós brasileiros termos acesso à cultura produzida neste país", acrescentou Henilton Menezes.

Para a secretária de Políticas Sociais da Contraf-CUT, Andrea Vasconcellos, "mesmo que a cláusula do vale-cultura inclua neste primeiro momento apenas os bancários e as bancárias que ganham até 5 salários mínimos, trata-se de um novo tempo que se abre para milhares de bancários, que terão incentivo para o acesso aos eventos e bens culturais em todo país". Com posse do cartão magnético, será possível comprar ou alugar CDs, DVDs, livros, revistas e jornais.

"Vale ressaltar que essa conquista é fruto da luta dos bancários, através das suas entidades sindcais, que de forma guerreira e combativa construíram uma grande mobilização no país, fazendo a Fenaban ceder e garantir na convenção coletiva mais um direito para a categoria", conclui Andrea.

Confira a íntegra da nova conquista na convenção coletiva:

CLÁUSULA 65ª - PROGRAMA DE CULTURA DO TRABALHADOR - VALE-CULTURA

Os bancos concederão aos seus empregados, que percebem remuneração mensal até o limite de 5 (cinco) salários mínimos nacionais, aqui compreendido o salário-base acrescido das verbas fixas de natureza salarial, o Vale-Cultura instituído pela Lei n. 12.761, de 27/12/2012, regulamentado pelo Decreto n. 8.084, de 26/08/2013, IN MINC n. 02/2013, de 06/09/2013 e Portaria MINC n. 80, de 30/09/2013, no valor único mensal de R$ 50,00 (cinquenta reais), sob a forma de cartão magnético.

Parágrafo Primeiro

O fornecimento do vale-cultura depende de prévia aceitação pelo empregado e não tem natureza remuneratória, nos termos do art. 11 da Lei 12.761/2012.

Parágrafo Segundo

O empregado usuário do vale-cultura poderá ter descontados, de sua remuneração mensal, assim entendida como o salário-base acrescido das verbas fixas de natureza salarial, os seguintes percentuais sobre o valor do vale-cultura estabelecidos no art. 15 do Decreto n. 8.084, de 26/08/2013, como segue:

I - até um salário mínimo - dois por cento;
II - acima de um salário mínimo e até dois salários mínimos - quatro por cento;
III - acima de dois salários mínimos e até três salários mínimos - seis por cento;
IV - acima de três salários mínimos e até quatro salários mínimos - oito por cento; e
V - acima de quatro salários mínimos e até cinco salários mínimos - dez por cento.

Parágrafo Terceiro

O salário mínimo a ser considerado, para efeito de desconto, é o valor correspondente ao salário mínimo nacional.

Parágrafo Quarto

Os bancos, nos termos da legislação citada no caput, providenciarão sua habilitação como "entidade beneficiária" do vale cultura, junto à Secretaria de Fomento e Incentivo à Cultura (SEFIC) do Ministério da Cultura.

Parágrafo Quinto

Ficam a critério do empregado, nos termos da legislação do Vale-Cultura, a forma e o momento de utilização dos créditos efetivados pelo banco, decorrentes do cumprimento desta cláusula.

Parágrafo Sexto

Esta cláusula vigorará no período de 01/01/2014 a 31/12/2016, salvo se antes desse prazo o incentivo fiscal previsto no art. 10 da Lei 12.761/2012 e nos artigos 21 e 22 do Decreto 8084/2013 for revogado, hipótese em que a concessão do benefício Vale-Cultura cessará imediatamente.


Bancários: referência que se torna reverência

Além de valorizar a nova conquista, Andrea chama a atenção para a disputa dos sentidos e dos significados da produção cultural que está em curso no país. Para ela, "é urgente avançar na construção e na reconfiguração de uma política cultural de qualidade, que não passe somente pelo fortalecimento da 'financeirização da cultura' ou pelo registro fotográfico de desenhos de crianças pobres e negras dos projetos promovidos pelos bancos".

"Há que se promover outra 'economia criativa' com a riqueza de expressões que possui a cultura brasileira, que vai muito além do forró escrachado e vulgar, do marketing sonoro, da mercantilização do corpo feminino pela propaganda, da novela que fabrica falsos sonhos, do merchandising para o consumo", ressalta Andrea.

A diretora da Contraf-CUT avalia que "romper com o modelo predominante de rentabilidade da cultura implica por fim ao monopólio da TV aberta, à alta concentração das concessões dos meios de comunicações. Por exemplo, a Rede Globo mantém 45% da audiência, controla a distribuição de filmes nacionais no cinema, participa de 38 canais fechados (Net e SKY), controla também jornais e rádios, o que caracteriza a chamada propriedade cruzada". Esse modelo só serve para fortalecer as redes nacionais e enfraquecer a produção local.

"Com o vale-cultura, os bancários também assumem um papel importante: o de superar o vazio da cultura no Brasil, de construir novos paradigmas relacionados à arte. Para além da cultura, queremos o direito de acesso à arte e à literatura, ampliando os espaços de integração e inteiração social", conclui Andrea.


Fonte: Contraf-CUT

segunda-feira, 21 de outubro de 2013



Santander credita antecipação da PLR aos funcionários no dia 25


O Santander comunicou à Contraf-CUT, nesta segunda-feira (21), que a antecipação da PLR (Participação nos Lucros e Resultados) prevista na Convenção Coletiva de Trabalho 2013-2014 será paga aos funcionários na próxima sexta-feira (25).

A antecipação PLR na regra básica determina o pagamento de 54% do salário mais o valor fixo de R$ 1.016,40, limitado a R$ 5.452,49. Isso significa um reajuste de 10% sobre o valor fixo da regra básica

Já a antecipação da parcela adicional prevê a distribuição linear de 2,2% do lucro líquido de R$ 2,928 bilhões do primeiro semestre de 2013 entre os trabalhadores, no valor de R$ 1.353,56, ficando abaixo do teto de R$ 1.694,00 previsto na convenção coletiva, que foi reajustado em 10%.

Além da PLR, o banco deposita também os valores dos programas de renda variável do primeiro semestre.

Já as diferenças de salário e dos vales-refeição e alimentação, junto com a 13ª cesta-alimentação, serão creditados na folha de novembro.

E o valor do Programa de Participação nos Resultados do Santander (PPRS) será pago somente em fevereiro de 2014, pois não há regra de antecipação prevista no acordo aditivo.

"A melhoria da PLR é resultado da força da ousadia, unidade e mobilização da categoria. Conquistamos importantes avanços econômicos e sociais, que agora começam a ser usufruídos pelos funcionários", afirma Carlos Cordeiro, presidente da Contraf-CUT.

As conquistas dos bancários na Campanha 2013

> Reajuste: 8,0% (1,82% de aumento real).

> Pisos: Reajuste de 8,5% (ganho real de 2,29%).
- Piso de portaria após 90 dias: R$ 1.148,97.
- Piso de escriturário após 90 dias: R$ 1.648,12.
- Piso de caixa após 90 dias: R$ 2.229,05 (que inclui R$ 394,42 de gratificação de caixa e R$ 186,51 de outras verbas de caixa).

> PLR regra básica: 90% do salário mais valor fixo de R$ 1.694,00 (reajuste de 10%), limitado a R$ 9.087,49. Se o total apurado ficar abaixo de 5% do lucro líquido, será utilizado multiplicador até atingir esse percentual ou 2,2 salários (o que ocorrer primeiro), limitado a R$ 19.825,86.

> PLR parcela adicional: aumento de 2% para 2,2% do lucro líquido distribuídos linearmente, limitado a R$ 3.388,00 (10% de reajuste).

> Antecipação da PLR até 10 dias após assinatura da Convenção Coletiva: na regra básica, 54% do salário mais fixo de R$ 1.016,40, limitado a R$ 5.452,49. Da parcela adicional, 2,2% do lucro do primeiro semestre, limitado a R$ 1.694,00. O pagamento do restante será feito até 3 de março de 2014.

> Auxílio-refeição: de R$ 21,46 para R$ 23,18 por dia.

> Cesta-alimentação: de R$ 367,92 para R$ 397,36.

> 13ª cesta-alimentação: de R$ 367,92 para R$ 397,36.

> Auxílio-creche/babá: de R$ 306,21 para R$ 330,71 (para filhos até 71 meses). E de R$ 261,95 para R$ 282,91(para filhos até 83 meses).

> Requalificação profissional: de R$ 1.047,11 para R$ 1.130,88.

> Adiantamento emergencial: Não devolução do adiantamento emergencial de salário para os afastados que recebem alta do INSS e são considerados inaptos pelo médico do trabalho em caso de recurso administrativo não aceito pelo INSS.

> Gestores ficam proibidos de enviar torpedos aos celulares particulares dos bancários cobrando cumprimento de resultados.

> Abono-assiduidade (novidade): 1 dia de folga remunerada por ano.

> Vale-cultura (novidade): R$ 50,00 mensais para quem ganha até 5 salários mínimos, conforme Lei 12.761/2012.

> Prevenção de conflitos no ambiente de trabalho - Redução do prazo de 60 para 45 dias para resposta dos bancos às denúncias encaminhadas pelos sindicatos, além de reunião específica com a Fenaban para discutir aprimoramento do programa.

> Adoecimento de bancários - Constituição de grupo de trabalho, com nível político e técnico, para analisar as causas dos afastamentos.


Fonte: Contraf-CUT


Contraf-CUT assina acordo aditivo com a Caixa. PLR será paga até dia 25


Crédito: Jailton Garcia/Contraf-CUT
Jailton Garcia/Contraf-CUTEvento de assinatura foi realizado no hotel Intercontinental, em São Paulo

A Contraf-CUT, federações e sindicatos assinaram nesta sexta-feira 18, em São Paulo, o acordo aditivo específico com a Caixa Econômica Federal, que anunciou o pagamento dos acertos retroativos a 1º de setembro ainda na folha deste mês e a antecipação da PLR até o dia 25. A cerimônia foi realizada após a assinatura da Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) dos bancários com a Fenaban e do acordo aditivo do Banco do Brasil - todas no hotel Intercontinental.

"Os companheiros da Caixa estão de parabéns por mais uma campanha vitoriosa. Ela foi fruto da mobilização, da ousadia e da unidade de todos os bancários em todo o país, que fizeram a maior greve em mais de 20 anos conquistando. Tivemos avanços importantes, tanto econômicos como sociais, como o aumento real pelo décimo ano, a valorização dos pisos, a melhoria da PLR, o grupo de trabalho para discutir as causas dos adoecimentos, a proibição do envio de SMS e o vale-cultura", afirmou no ato de assinatura Carlos Cordeiro, presidente da Contraf-CUT e coordenador do Comando Nacional.

"Nossa campanha não foi só pelo econômico, mas também por melhores condições de trabalho. Nos orgulhamos muito de conquistar avanços com a mobilização", disse a presidenta do Sindicato de São Paulo, Juvandia Moreira, destacando o papel social da Caixa.

O coordenador da Comissão Executiva dos Empregados (CEE) da Caixa, Jair Pedro Ferreira, depois de elogiar os avanços conquistados pela mobilização da categoria cobrou da Caixa "manter aberto o canal de diálogo, para que possamos continuar discutindo nossas reivindicações específicas e assim chegarmos na próxima campanha com menos pendências".

O vice-presidente de Pessoas, Sérgio Pinheiro, concordou com a "permanência do diálogo" e elogiou o desenvolvimento e o desfecho da campanha nacional dos bancários.

O acordo específico com a Caixa

PLR: Fenaban
- Regra básica e regra adicional.
PLR adicional na Caixa
- Valor de 4% do lucro líquido distribuída igualmente para todos os empregados e garantia de no mínimo uma remuneração-base a todos os empregados.

Valores de PLR - Exemplos paradigmáticos, com base no lucro orçado
- TBN referência 203 - R$ 8.000,48.
- Caixa executivo - R$ 9.361,28.
- Tesoureiro - R$ 11.200,88.
- Avaliador do penhor - R$ 10.695,98.

PLR: antecipação
- Antecipação de 60% do valor devido a cada empregado, a ser paga até o dia 25 de outubro.

Plano de assistência à saúde - dependente indireto Saúde Caixa

- Extensão da condição de dependente indireto a filhos (as) / enteados (as) com idade entre 21 e 27 anos incompletos que não possuam qualquer renda superior a R$ 1.800,00, inclusive as provenientes de pensão alimentícia.

Vale-cultura
- A Caixa participará do Programa de Cultura do Trabalhador, como empresa beneficiária, para distribuir o vale-cultura aos empregados que o requeiram e que tenham remuneração base igual ou inferior a 5 salários mínimos, conforme os termos estabelecidos pela Lei 12.761/2012 e seu regulamento.

Horas extras
- Manutenção da cláusula referente à prorrogação da jornada de trabalho, assegurando-se o pagamento, com adicional de 50% sobre o valor da hora normal, ou a compensação das horas extraordinárias realizadas na proporção de 1 hora realizada para 1 hora compensada e igual fração de minutos.
- Pagamento de 100% das horas extras realizadas em agências com até 15 empregados, facultando ao empregado optar pela compensação, a partir de 2 de janeiro de 2014.

Jornada em regime de escala
- Assume o compromisso de em até 31 de dezembro definir a redação.
Ausências permitidas
- Renovação da cláusula, acrescentando: até 2 dias por ano para levar cônjuge, companheiro (a), pai, mãe, filho ou dependente menor de 14 anos ao médico, mediante comprovação, em até 48 horas após.

Promoção por mérito - ano-base 2013
- A Caixa realizará sistemática de avaliação para promoção por mérito em 2014, referente ao ano-base 2013.
- Redução das horas de estudo para efeito da promoção por mérito de 70 para 10 horas.
Comissões de Conciliação Voluntária
- A Caixa se compromete a renovar a assinatura do acordo coletivo de trabalho que regulamenta a CCV por ocasião do seu vencimento.
Processo Seletivo Interno (PSI)
- Constituição de comissão para avaliar e sugerir melhorias nos processos de seleção interna.
- Constituição de fórum para debater, propor e estruturar ações preventivas e de tratamento de situações que envolvam o tema condições de trabalho, abrangendo: conflito no ambiente de trabalho, jornada de trabalho, acompanhamento de resultados, estrutura física e de pessoas das unidades.
- Início dos trabalhos 30 dias após a assinatura do acordo coletivo de trabalho e conclusão até 30 de março de 2014.
- A Caixa se compromete a dar continuidade ao processo de contratação de empregados, em 2014, para reposição dos empregados desligados e nas aberturas de agências.
- Os descontos decorrentes de ausência ao trabalho em virtude de paralisação nos dias 11 de julho de 2013 e 30 de agosto de 2013 serão convertidos em compensação (na regra da greve) com a devolução dos valores aos empregados nessa situação.

Cláusulas renovadas - Referência de ingresso e enquadramento
- Os empregados serão contratados na referência 202 da Estrutura Salarial Unificada (ESU) e nas referências 2402, 2602 e 2802 da Nova Estrutura Salarial (NES) e serão enquadrados nas referências 203, 2403, 2603 e 2803, respectivamente, no dia imediatamente posterior à conclusão do período referente ao contrato de experiência.
Isenção de anuidade de cartão de crédito
- Renovação da cláusula que garante a isenção de anuidade dos cartões de crédito Caixa Mastercard e Visa a seus empregados.

Juros do cheque especial
- Manutenção do enquadramento dos empregados, no programa de relacionamento para redução dos juros do cheque especial.
Licença maternidade e licença adoção
- Ratificação das atuais condições para licença maternidade e licença adoção.

Estabilidade provisória de emprego
- Renovação da cláusula referente às estabilidades provisórias de emprego.

Adicional de insalubridade e de periculosidade
- A Caixa continuará a pagar o adicional de insalubridade ou de periculosidade, sempre que na prestação de serviços se verificar o seu enquadramento nas atividades ou operações insalubres ou perigosas.

Licença para tratamento de saúde e titularidade da função gratificada ou cargo em comissão em licença para tratamento de saúde
- A Caixa renova a cláusula onde considera como de efetivo exercício os primeiros 15 dias de licença para tratamento de saúde do empregado.
- A Caixa garantirá ao empregado a titularidade da função gratificada ou cargo em comissão, pelo período da Licença para Tratamento de Saúde (LTS) ou Licença por Acidente de Trabalho (LAT), até o limite de 180 dias.



Fonte: Contraf-CUT


Deputados reforçam acordo para não votar PL 4330 da terceirização


Crédito: Seeb Brasília
Seeb Brasília"É óbvio que existe o risco de os empresários tentarem colocar o 4330 em votação, mas nós estamos mobilizados para impedir". A afirmação acima é do Deputado Federal Ricardo Berzoini (PT-SP) e se refere ao Projeto de Lei Nº 4330/2004, de autoria do empresário Sandro Mabel, deputado federal pelo PMDB-GO, que amplia a terceirização e precariza as condições de trabalho no Brasil ao legalizar a interposição fraudulenta da mão de obra e tirar direitos dos/as trabalhadores/as.

Berzoini explica que, após as manifestações dos militantes da CUT que impediram a votação e aprovação do PL 4330 na Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJC), foi feito um acordo entre as bancadas do PT, do PC do B e diversos parlamentares de outros partidos que defendem os interesses da classe trabalhadora para que o projeto não seja votado.

Na terça-feira (15), acabou o prazo adicional de cinco sessões determinado pela mesa da Câmara dos Deputados para que o projeto fosse votado. Isso não ocorreu e a Casa seguiu o trâmite, encaminhando o PL 4330 para a Coordenação de Comissões Permanentes (CCP). "Teoricamente", disse Berzoini, "o projeto está pronto para ir ao plenário da Casa, o que pode ser feito a qualquer momento".

Segundo ele, isso depende apenas do presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves. Mas, a bancada do PT, em conjunto com os deputados de outros partidos contrários ao projeto, estão atentos a essa possibilidade.

"Estamos monitorando de hora em hora para checar como está o clima em relação ao projeto e trabalhando firme no sentido de dialogar, mostrar que essa votação é de alto risco, pode passar a impressão de que a Casa do povo quer aprovar um projeto que prejudica os/as trabalhadores/as", diz Berzoini.

"A maior bancada da Câmara já avisou o presidente que não vai concordar com a votação do PL 4330 por entender que o projeto é inconstitucional", pontuou o deputado.

Militância em alerta

As bancadas do PT e do PC do B estão trabalhando contra a votação do 4330 e, por enquanto, estamos em estado de atenção. Isso não significa, no entanto, que podemos ficar tranquilos e desmobilizar a militância. O alerta é do presidente da CUT, Vagner Freitas, que lembra: "Não podemos desconsiderar a força da pressão que os empresários estão fazendo em cima dos deputados para aprovar essa excrescência".

Berzoini concorda e complementa: "é importante que a CUT e todos os sindicatos, federações e confederações cutistas se mantenham em estado de atenção. Caso haja qualquer mudança nos rumos, vamos dialogar com os sindicalistas para que voltem a se mobilizar e ocupem a Câmara dos Deputados para nos ajudar a barrar a aprovação deste projeto".

Por que lutar contra o Projeto de Lei 4330/2004

O PL 4330/2004 está pronto para ser votado desde maio, mas manifestações da CUT dentro e fora do Congresso, por todo o país, fizeram com que a definição fosse adiada.

Em junho, uma mesa quadripartite foi constituída por pressão dos trabalhadores. O último encontro ocorreu no dia 2 de setembro e o impasse continuou sobre três pontos: o limite para a contratação de terceirizadas (as centrais sindicais não aceitam a terceirização para todos os setores da empresa), a garantia de organização sindical e a adoção da responsabilidade solidária - aquela em que a contratante assume as pendências deixadas pela terceira.

De acordo com um estudo de 2011 da CUT e do Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos (Dieese), o trabalhador terceirizado fica 2,6 anos a menos no emprego, tem uma jornada de três horas a mais semanalmente e ganha 27% a menos. A cada 10 acidentes de trabalho, oito ocorrem entre terceirizados.

Por conta desse cenário devastador, além de todas as centrais, a Associação Nacional dos Magistrados da Justiça do Trabalho (Anamatra), a maior parte dos ministros do Tribunal Superior do Trabalho (TST) e presidentes e corregedores dos tribunais regionais do Trabalho também afirmaram publicamente posição contrária à proposta.


Fonte: Marize Muniz - CUT


Bradesco pagará a antecipação da PLR aos funcionários no dia 23


O Bradesco comunicou a Contraf-CUT, nesta sexta-feira (18), que a antecipação da PLR (Participação nos Lucros e Resultados) prevista na Convenção Coletiva de Trabalho 2013-2014 será paga aos funcionários na próxima quarta-feira (23).

A antecipação PLR na regra básica determina o pagamento de 54% do salário mais o valor fixo de R$ 1.016,40, limitado a R$ 5.452,49. Isso significa um reajuste de 10% sobre o valor fixo da regra básica

Já a antecipação da parcela adicional prevê a distribuição linear de 2,2% do lucro líquido do primeiro semestre de 2013 entre os trabalhadores, limitado a R$ 1.694,00, o que representa igualmente um reajuste de 10% no teto.

"É resultado de vinte e três dias de greve, de demonstração de muita força e união. Foi uma luta dura, mas conseguimos conquistar avanços importantes e o reajuste da PLR é um deles", afirma Carlos Cordeiro, presidente da Contraf-CUT.

As conquistas dos bancários na Campanha 2013

> Reajuste: 8,0% (1,82% de aumento real).

> Pisos: Reajuste de 8,5% (ganho real de 2,29%).
- Piso de portaria após 90 dias: R$ 1.148,97.
- Piso de escriturário após 90 dias: R$ 1.648,12.
- Piso de caixa após 90 dias: R$ 2.229,05 (que inclui R$ 394,42 de gratificação de caixa e R$ 186,51 de outras verbas de caixa).

> PLR regra básica: 90% do salário mais valor fixo de R$ 1.694,00 (reajuste de 10%), limitado a R$ 9.087,49. Se o total apurado ficar abaixo de 5% do lucro líquido, será utilizado multiplicador até atingir esse percentual ou 2,2 salários (o que ocorrer primeiro), limitado a R$ 19.825,86.

> PLR parcela adicional: aumento de 2% para 2,2% do lucro líquido distribuídos linearmente, limitado a R$ 3.388,00 (10% de reajuste).

> Antecipação da PLR até 10 dias após assinatura da Convenção Coletiva: na regra básica, 54% do salário mais fixo de R$ 1.016,40, limitado a R$ 5.452,49. Da parcela adicional, 2,2% do lucro do primeiro semestre, limitado a R$ 1.694,00. O pagamento do restante será feito até 3 de março de 2014.

> Auxílio-refeição: de R$ 21,46 para R$ 23,18 por dia.

> Cesta-alimentação: de R$ 367,92 para R$ 397,36.

> 13ª cesta-alimentação: de R$ 367,92 para R$ 397,36.

> Auxílio-creche/babá: de R$ 306,21 para R$ 330,71 (para filhos até 71 meses). E de R$ 261,95 para R$ 282,91(para filhos até 83 meses).

> Requalificação profissional: de R$ 1.047,11 para R$ 1.130,88.

> Adiantamento emergencial: Não devolução do adiantamento emergencial de salário para os afastados que recebem alta do INSS e são considerados inaptos pelo médico do trabalho em caso de recurso administrativo não aceito pelo INSS.

> Gestores ficam proibidos de enviar torpedos aos celulares particulares dos bancários cobrando cumprimento de resultados.

> Abono-assiduidade (novidade): 1 dia de folga remunerada por ano.

> Vale-cultura (novidade): R$ 50,00 mensais para quem ganha até 5 salários mínimos, conforme Lei 12.761/2012.

> Prevenção de conflitos no ambiente de trabalho - Redução do prazo de 60 para 45 dias para resposta dos bancos às denúncias encaminhadas pelos sindicatos, além de reunião específica com a Fenaban para discutir aprimoramento do programa.

> Adoecimento de bancários - Constituição de grupo de trabalho, com nível político e técnico, para analisar as causas dos afastamentos.


Fonte: Contraf-CUT


Itaú pagará diferenças dos reajustes, antecipação da PLR e PCR no dia 25


Nesta sexta(18) o Itaú comunicou à Contra-CUT que pagará as diferenças do acordo coletivo, antecipação da PLR e também o PCR - Participação Complementar nos Resultados, no próximo dia 25, juntamente com o salário de outubro.

Os funcionários têm direito a diferenças retroativas dos reajustes dos salários, vales refeição e alimentação, referentes aos meses de setembro e outubro.

PCR

O banco também informou que pagará o PCR de 2013, no valor de R$ 1.950, no dia 25.

Em negociação específica realizada na quinta-feira (17), a Contraf-CUT, federações e sindicatos, assessorados pela Comissão de Organização dos Empregados (COE), garantiu o valor total de R$ 4.030 para a PCR, para o período de 2013 e 2014 aos funcionários do Itaú. A primeira parcela, de R$ 1.950, será paga no dia 25 e a segunda, em 2014, será de R$ 2.080.

As conquistas dos bancários na Campanha 2013

> Reajuste: 8,0% (1,82% de aumento real).

> Pisos: Reajuste de 8,5% (ganho real de 2,29%).
- Piso de portaria após 90 dias: R$ 1.148,97.
- Piso de escriturário após 90 dias: R$ 1.648,12.
- Piso de caixa após 90 dias: R$ 2.229,05 (que inclui R$ 394,42 de gratificação de caixa e R$ 186,51 de outras verbas de caixa).

> PLR regra básica: 90% do salário mais valor fixo de R$ 1.694,00 (reajuste de 10%), limitado a R$ 9.087,49. Se o total apurado ficar abaixo de 5% do lucro líquido, será utilizado multiplicador até atingir esse percentual ou 2,2 salários (o que ocorrer primeiro), limitado a R$ 19.825,86.

> PLR parcela adicional: aumento de 2% para 2,2% do lucro líquido distribuídos linearmente, limitado a R$ 3.388,00 (10% de reajuste).

> Antecipação da PLR até 10 dias após assinatura da Convenção Coletiva: na regra básica, 54% do salário mais fixo de R$ 1.016,40, limitado a R$ 5.452,49. Da parcela adicional, 2,2% do lucro do primeiro semestre, limitado a R$ 1.694,00. O pagamento do restante será feito até 3 de março de 2014.

> Auxílio-refeição: de R$ 21,46 para R$ 23,18 por dia.

> Cesta-alimentação: de R$ 367,92 para R$ 397,36.

> 13ª cesta-alimentação: de R$ 367,92 para R$ 397,36.

> Auxílio-creche/babá: de R$ 306,21 para R$ 330,71 (para filhos até 71 meses). E de R$ 261,95 para R$ 282,91(para filhos até 83 meses).

> Requalificação profissional: de R$ 1.047,11 para R$ 1.130,88.

> Adiantamento emergencial: Não devolução do adiantamento emergencial de salário para os afastados que recebem alta do INSS e são considerados inaptos pelo médico do trabalho em caso de recurso administrativo não aceito pelo INSS.

> Gestores ficam proibidos de enviar torpedos aos celulares particulares dos bancários cobrando cumprimento de resultados.

> Abono-assiduidade (novidade): 1 dia de folga remunerada por ano.

> Vale-cultura (novidade): R$ 50,00 mensais para quem ganha até 5 salários mínimos, conforme Lei 12.761/2012.

> Prevenção de conflitos no ambiente de trabalho - Redução do prazo de 60 para 45 dias para resposta dos bancos às denúncias encaminhadas pelos sindicatos, além de reunião específica com a Fenaban para discutir aprimoramento do programa.

> Adoecimento de bancários - Constituição de grupo de trabalho, com nível político e técnico, para analisar as causas dos afastamentos.


Fonte: Contraf-CUT

sexta-feira, 18 de outubro de 2013


Bancários do Itaú conquistam PCR de R$ 1.950

Crédito será junto com PLR

 A antecipação da PCR (Participação Complementar nos Resultados) do Itaú, neste ano, será equivalente a R$ 1.950,00, conforme negociado hoje à tarde (17) entre os representantes dos trabalhadores e o Banco. O pagamento será efetuado junto com a antecipação da Participação nos Lucros e Resultados (PLR), que deve acontecer até o próximo dia 28 (prazo de 10 dias após assinatura da Convenção Coletiva de Trabalho, que acontece amanhã, dia 18). O acordo sobre a PCR será debatido e votado em assembleia dos funcionários.

 
Em 2012, o valor da PCR, que é paga de forma linear para todos os funcionários e não pode ser descontada dos programas próprios de remuneração e nem da PLR, foi de R$ 1.800,00. “O valor total da PCR vai depender do retorno sobre o patrimônio líquido (ROE), a ser apresentado no balanço de 2013, e pode chegar a R$ 2.100,00. A possível diferença ou complemento será pago junto com a segunda e última parcela da PLR; ou seja, até março de 2014. Cabe destacar que o único desconto previsto é o do imposto de renda”, esclarece o dirigente sindical e representante da Feeb SP/MS na COE (Comissão de Organização dos Empregados), Mauri Sérgio, que participou da rodada de negociação. Segundo ele, com base nos mesmos parâmetros negociados neste ano, em 2014 a PCR mínima será de R$ 2.080,00 e a máxima de R$ 2.100,00.

 
Bolsa de estudo

 Durante a negociação da PCR, os sindicatos garantiram extensão do auxílio-educação (bolsa de estudo) para a segunda graduação e pós-graduação (cursos presenciais e reconhecidos pelos MEC). Serão distribuídas 5.500 bolsas (cinco mil para funcionários do Banco, sendo mil preferencialmente para portadores de deficiências especiais; e 500 para os trabalhadores das demais empresas da holding). A bolsa corresponde até 70% do valor da mensalidade, limitado ao máximo de R$ 320,00. Os bancários contemplados receberão 11 parcelas.

 

Texto: Jairo Gimenez – Seeb Campinas

 

 
Fonte:Federação dos Bancários de SP e MS

quinta-feira, 17 de outubro de 2013



PLR até R$ 6 mil em 2013 tem isenção de imposto de renda


Crédito: Seeb São Paulo
Seeb São PauloTabela compara valores a receber de PLR e imposto de renda devido

Os valores que os bancários irão receber na antecipação da PLR, no prazo de até 10 dias após a assinatura da convenção coletiva que ocorre nesta sexta-feira (18), têm tabela de imposto de renda própria que estabelece isenção para o pagamento de até R$ 6 mil.

Com tributação exclusiva, o cálculo do imposto de renda da PLR leva em conta tudo o que o bancário recebe no ano: a segunda parcela paga em março referente à PLR de 2012, a antecipação da primeira parcela da Campanha 2013 e os programas próprios de renda variável. Se a soma desses pagamentos for de até R$ 6 mil a isenção é total, se superior, há a incidência do imposto, mas com alíquotas menores (veja quadro).

Conquista

A campanha PLR sem IR foi lançada em 2011 por bancários, metalúrgicos, químicos, petroleiros e urbanitários. Entre as iniciativas das categorias, ao lado da CUT e outras centrais sindicais, houve a coleta de cerca de 200 mil assinaturas pela aprovação do projeto de lei do deputado federal Ricardo Berzoini (PT-SP), que propunha a isenção total para a PLR dos trabalhadores.

O resultado da mobilização foi a nova tabela de imposto de renda, sancionada em dezembro passado pela presidenta Dilma Rousseff.


Fonte: Contraf-CUT com Seeb São Paulo


PL 4330 sai da CCJC e Berzoini cobra acordo para não votação na Câmara


O Projeto de Lei (PL) 4330/2004, do empresário e deputado Sandro Mabel (PMDB-GO), que permite a terceirização em todas as áreas das empresas, saiu da Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJC) e foi para a Coordenação de Comissões Permanentes (CCP) da Câmara dos Deputados, na terça-feira 15.

O deputado federal Ricardo Berzoini (PT-SP), que é e membro da CCJC, explica que isso ocorreu porque transcorreu o prazo adicional de cinco sessões determinado pelo presidente da Câmara sem que o projeto fosse votado.

Teoricamente, segundo Berzoini, o PL 4330 está pronto para ir ao plenário da Câmara, mas o deputado lembra que foi feito um acordo com as bancadas do PT, PCdoB e com diversos parlamentares de outros partidos para que o projeto não seja votado.

"Por definição política, o presidente da Câmara pode pautar o projeto no plenário, mas estamos trabalhando no sentido de reforçar que seria uma votação conflituosa e que a Câmara ficaria com uma imagem negativa, de que estaria com a intenção de retirar direitos e de pulverizar a organização sindical dos trabalhadores", informou o deputado,

Berzoini lembrou ainda que a bancada do PT continua trabalhando para que o PL 4330 não seja votado nem neste nem no ano que vem.


Fonte: Contraf-CUT com Seeb São Paulo

quarta-feira, 16 de outubro de 2013



Comando assina acordo aditivo com a Caixa nesta sexta, em São Paulo


O Comando Nacional dos Bancários, coordenado pela Contraf-CUT, assinará nesta sexta-feira 14, em São Paulo, às 14h, o acordo aditivo específico da Campanha 2013 com a Caixa Econômica Federal. De manhã, às 10h, será assinada a Convenção Coletiva dos Bancários com a Fenaban, também em São Paulo.

A proposta apresentada pela Caixa no dia 11, aprovada pelas assembleias em todo o país, inclui a proibição de agências com até 15 empregados tenham horas compensadas. A partir de janeiro de 2014, todas as horas extras realizadas nessas dependências serão pagas.

"Essa é uma das principais reivindicações dos empregados aprovadas no 29º Conecef e sua conquista é resultado da mobilização dos empregados em todo o país", afirma Jair Pedro Ferreira, coordenador da Comissão Executiva dos Empregados da Caixa.

Veja aqui em pdf a proposta completa da Caixa.

Com a assinatura do acordo, o pagamento de 60% do total da PLR a que cada empregado da Caixa tem direito (com base na projeção de lucro anual feito pela empresa) será pago até o dia 28 de outubro, quando termina o prazo de dez dias previsto.


Fonte: Contraf-CUT

terça-feira, 15 de outubro de 2013

Comando Nacional assina acordo com a Fenaban nesta sexta, em São Paulo

 
Greve de 23 dias arrancou aumento real de salário pelo 10º ano seguido

Atualizada às 18h45

O Comando Nacional dos Bancários, coordenado pela Contraf-CUT, assinará a Convenção Coletiva de Trabalho com a Fenaban nesta sexta-feira às 10h, em São Paulo, após a maior greve da categoria em mais de 20 anos, que conquistou aumento real de salário pelo décimo ano consecutivo, valorização do piso, melhoria da PLR e outros avanços econômicos e sociais. Às 14h, também em São Paulo, o Comando assina o acordo aditivo específico com a Caixa Econômica Federal.

"Foi mais uma campanha vitoriosa, fruto da mobilização, da ousadia e da unidade da categoria bancária em todo o país. Os bancários deram mais uma grande demonstração de força, dobrando a intransigência dos bancos, que este ano tinham a estratégia clara de acabar com os aumentos reais e rebaixar conquistas para reduzir custos, de vencer os bancários pelo cansaço e de punir os grevistas com o desconto dos dias parados", afirma Carlos Cordeiro, presidente da Contraf-CUT e coordenador do Comando Nacional.

Com os 23 dias de greve, os bancários arrancaram 8,0% de reajuste (aumento real de 1,82%) sobre os salários e demais verbas, 8,5% sobre o piso salarial (ganho real de 2,29%) e 10% sobre o valor fixo da regra básica e sobre o teto da parcela adicional da PLR (Participação nos Lucros e Resultados). Também aumenta de 2% para 2,2% o lucro líquido a ser distribuído linearmente na parcela adicional da PLR e avança em outras reivindicações econômicas e sociais.

Veja aqui que os bancários acumularam 18,3% de aumento real nos últimos dez anos e 38,7% de ganho real no piso.

Com a grande mobilização, a categoria também forçou os bancos a recuarem da proposição inicial de compensar todos os dias de greve em 180 dias. Acabaram aceitando compensar no máximo uma hora extra diária, de segunda a sexta-feira, até 15 de dezembro - a partir da assinatura do acordo.

A nova Convenção Coletiva incluirá ainda quatro novas cláusulas: proibição de os bancos enviarem SMS aos bancários cobrando resultados, abono-assiduidade de um dia por ano, constituição de grupo de trabalho com especialistas para apurar as causas dos adoecimentos dos bancários e adesão ao programa de vale-cultura do governo, no valor de R$ 50,00 por mês.

Pagamento da PLR e dos atrasados

A primeira parcela da PLR será paga pelos bancos até dez dias após a assinatura da Convenção Coletiva. Veja na proposta da Fenaban, abaixo, como será o adiantamento.

Como a data-base da categoria é 1º de setembro, os bancários receberão a diferença retroativa dos reajustes conquistados nos salários e vales refeição e alimentação referentes aos meses de setembro e outubro.

Veja aqui quanto cada um vai receber, segundo cálculo do Dieese subsecção Sese do Sindicato de São Paulo.

As conquistas dos bancários na Campanha 2013

> Reajuste: 8,0% (1,82% de aumento real).

> Pisos: Reajuste de 8,5% (ganho real de 2,29%).
- Piso de portaria após 90 dias: R$ 1.148,97.
- Piso de escriturário após 90 dias: R$ 1.648,12.
- Piso de caixa após 90 dias: R$ 2.229,05 (que inclui R$ 394,42 de gratificação de caixa e R$ 186,51 de outras verbas de caixa).

> PLR regra básica: 90% do salário mais valor fixo de R$ 1.694,00 (reajuste de 10%), limitado a R$ 9.087,49. Se o total apurado ficar abaixo de 5% do lucro líquido, será utilizado multiplicador até atingir esse percentual ou 2,2 salários (o que ocorrer primeiro), limitado a R$ 19.825,86.

> PLR parcela adicional: aumento de 2% para 2,2% do lucro líquido distribuídos linearmente, limitado a R$ 3.388,00 (10% de reajuste).

> Antecipação da PLR até 10 dias após assinatura da Convenção Coletiva: na regra básica, 54% do salário mais fixo de R$ 1.016,40, limitado a R$ 5.452,49. Da parcela adicional, 2,2% do lucro do primeiro semestre, limitado a R$ 1.694,00. O pagamento do restante será feito até 3 de março de 2014.

> Auxílio-refeição: de R$ 21,46 para R$ 23,18 por dia.

> Cesta-alimentação: de R$ 367,92 para R$ 397,36.

> 13ª cesta-alimentação: de R$ 367,92 para R$ 397,36.

> Auxílio-creche/babá: de R$ 306,21 para R$ 330,71 (para filhos até 71 meses). E de R$ 261,95 para R$ 282,91(para filhos até 83 meses).

> Requalificação profissional: de R$ 1.047,11 para R$ 1.130,88.

> Adiantamento emergencial: Não devolução do adiantamento emergencial de salário para os afastados que recebem alta do INSS e são considerados inaptos pelo médico do trabalho em caso de recurso administrativo não aceito pelo INSS.

> Gestores ficam proibidos de enviar torpedos aos celulares particulares dos bancários cobrando cumprimento de resultados.

> Abono-assiduidade (novidade): 1 dia de folga remunerada por ano.

> Vale-cultura (novidade): R$ 50,00 mensais para quem ganha até 5 salários mínimos, conforme Lei 12.761/2012.

> Prevenção de conflitos no ambiente de trabalho - Redução do prazo de 60 para 45 dias para resposta dos bancos às denúncias encaminhadas pelos sindicatos, além de reunião específica com a Fenaban para discutir aprimoramento do programa.

> Adoecimento de bancários - Constituição de grupo de trabalho, com nível político e técnico, para analisar as causas dos afastamentos.

Compromissos

> Inovações tecnológicas - Realização, em data a ser definida, de um Seminário sobre Tendências da Tecnologia no Cenário Bancário Mundial.

> Prevenção de conflitos no ambiente de trabalho - Reunião específica para discutir aprimoramento do processo.

> Discutir um novo modelo de PLR antes da campanha nacional de 2014.


Fonte: Contraf-CUT - http://www.contrafcut.org.br/noticias.asp?CodNoticia=36181