quarta-feira, 30 de setembro de 2015


Bancária aposentada garante direito de manter plano de saúde do Bradesco

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Uma bancária aposentada beneficiária da Bradesco Saúde garantiu na Justiça o direito de manter o plano de saúde empresarial. A ex-funcionária é beneficiária do plano há mais de 26 anos, e após seu desligamento, foi informada pela operadora que o plano seria cancelado.
Inconformada, a bancária decidiu acionar a Justiça. Segundo o advogado Luciano Correia Bueno Brandão, do escritório Bueno Brandão Advocacia, especializado em planos de saúde, "a lei garante ao funcionário aposentado e demitido sem justa causa a possibilidade de permanecer com o plano de saúde empresarial após o desligamento, desde que assuma o pagamento integral da mensalidade".
O Judiciário tem entendimento pacífico neste sentido. A Súmula 104 do Tribunal de Justiça de São Paulo estabelece que: "A continuidade do exercício laboral após a aposentadoria do beneficiário do seguro saúde coletivo não afasta a aplicação do art. 31 da Lei n. 9.656/98".
Com base em tais argumentos, o juiz Rogério Cimino, da 28ª Vara Cível de São Paulo concedeu liminar no sentido de "(.) determinar à ré que se abstenha de promover o cancelamento dos planos de saúde e odontológico da autora, nos termos do art. da lei /98, sob pena de desobediência, observando que caberá à autora assumir o pagamento integral das mensalidades, devendo a ré emitir os boletos bancários".
Fonte: JusBrasil
Diretoria Executiva da CONTEC
http://www.contec.org.br/index.php/contec-online/informes-anteriores-geral/370-setembro-2015/14536-inf-15-1536-bancaria-aposentada-garante-direito-de-manter-plano-de-saude-do-bradesco

Bancários fazem assembleias em todo o País para deliberar sobre greve

  



Crédito: Contraf-CUT
Contraf-CUTAtendendo ao chamado do Comando Nacional, sindicatos dos bancários de todo o País realizam assembleias, nesta quinta-feira (1º), para deliberar sobre a proposta apresentada pelos bancos, na última rodada de negociação, no dia 25 de setembro. 

A Fenaban ofereceu 5,5% de reajuste para salários e vales. O índice está muito abaixo da inflação, que ficou em 9,88% (INPC) em agosto deste ano, e significa perda real de 4% para os salários e demais verbas da categoria. A proposta inclui abono de R$ 2.500,00, não incorporado ao salário. Diante do retrocesso proposto pelos bancos e do desrespeito apresentado pelos banqueiros nas mesas de negociações, o Comando Nacional dos Bancários indica rejeição da proposta e aprovação de greve a partir do dia 6 outubro. 

"Nosso Dia Nacional de Luta, realizado pelos bancários, nesta semana, já demonstrou a unidade e mobilização da categoria em não aceitar a pior proposta já apresentada pela Fenaban nos últimos anos", afirma Roberto von der Osten, presidente da Contraf-CUT e um dos coordenadores do Comando Nacional dos Bancários. 

"É uma proposta rebaixada, que vem justamente do setor que lucrou R$ 36,3 bilhões somente no primeiro semestre deste ano, com um crescimento de 27,3% em relação ao mesmo período do ano passado. Setores que estão em crise, com retração de produção e vendas, fizeram propostas melhores. Então, só podemos dizer, que é uma irresponsabilidade dos bancos e que nossa resposta indignada vai ser dura", apontou o presidente da Contraf-CUT.

O Comando Nacional dos Bancários ressalta que desde a entrega da minuta, em 11 de agosto, aguarda que a Fenaban faça uma proposta que contemple o reajuste do salário dos bancários pela inflação do período acrescido de um ganho real que valorize os trabalhadores, além de outras reivindicações. Os representantes dos bancários enviaram carta à Federação dos Bancos, nesta quarta-feira (30), reforçando que estão abertos a ouvir propostas neste sentido. 

"Sempre estivemos e estamos abertos ao diálogo, para uma negociação que respeite os bancários e melhore as nossas condições de trabalho. Ao agir com irresponsabilidade e falta da coerência, a Fenaban está empurrando os bancários para a greve ", concluiu Roberto von der Osten. 

Principais reivindicações da categoria
Reajuste salarial de 16%. (incluindo reposição da inflação mais 5,7% de aumento real)
PLR: 3 salários mais R$7.246,82 
Piso: R$3.299,66 (equivalente ao salário mínimo do Dieese em valores de junho último).
Vales alimentação, refeição, 13ª cesta e auxílio-creche/babá: R$788,00 ao mês para cada (salário mínimo nacional).
Melhores condições de trabalho com o fim das metas abusivas e do assédio moral que adoecem os bancários.
Emprego: fim das demissões, mais contratações, fim da rotatividade e combate às terceirizações diante dos riscos de aprovação do PLC 30/15 no Senado Federal, além da ratificação da Convenção 158 da OIT, que coíbe dispensas imotivadas.
Plano de Cargos, Carreiras e Salários (PCCS) para todos os bancários.
Auxílio-educação: pagamento para graduação e pós.
Prevenção contra assaltos e sequestros: permanência de dois vigilantes por andar nas agências e pontos de serviços bancários, conforme legislação. Instalação de portas giratórias com detector de metais na entrada das áreas de autoatendimento e biombos nos caixas. Abertura e fechamento remoto das agências, fim da guarda das chaves por funcionários. 
Igualdade de oportunidades: fim às discriminações nos salários e na ascensão profissional de mulheres, negros, gays, lésbicas, transexuais e pessoas com deficiência (PCDs). 

Fonte: Contraf-CUT

Estudo do Dieese mostra que unidade dos bancários está revertendo perda histórica no piso
"Mas sinal também de algo que é tão importante quanto conquistar reajustes. Manter a mobilização e a força da greve, o nosso verdadeiro instrumento de pressão por melhores salários. E não esquecer nunca que ainda precisamos lutar muito para recuperar perdas históricas".





Imaginemos que o conjunto dos bancários tivesse uma grande conta no sistema financeiro. Os bancários e bancárias seriam o maior cliente, depositando nesta conta diariamente o maior valor que um banco pode ter: o trabalho. Este trabalho gerou lucros astronômicos para o sistema financeiro nos últimos anos, estando o país em crise ou não. Mas, mesmo ganhando muito, o sistema financeiro está em dívida com os bancários e não deixa o trabalhador sacar o seu próprio dinheiro da conta.

Os banqueiros dizem que não podem autorizar o saque porque vão quebrar, porque não têm dinheiro, porque a crise internacional está aí. Restaria aos trabalhadores entenderem isso e colaborar. Se os bancários e bancárias quiserem sacar o dinheiro de que precisam e que o sistema historicamente lhes deve, a receita dos bancos é clara: vão ter que trabalhar mais, descansar menos, atingir metas que só ficam mais abusivas até ficarem doentes. E daí, rezar para não serem demitidos. É assim que os banqueiros tratam seu maior e melhor cliente: exigem que o trabalhador deposite todo o seu valor numa grande conta enão querem nem ouvir falar em dividir o lucro e recuperar as perdas no piso acumuladas nos últimos 18 anos.
Dieese realizou um levantamento dos reajustes salariais obtidos pelos bancários nas campanhas desde 1995 no BB, Caixa e bancos privados (veja as tabelas clicando AQUI). O estudo mostra exatamente o quadro ilustrado nos dois parágrafos iniciais deste texto. Os setores públicos e privados estão em dívida com o trabalhador. Algumas evidências sobressaem dos percentuais conquistados pelos bancários nos últimos 18 anos. Os anos de neoliberalismo de FHC (1994-2002) foram cruéis para a categoria, a ponto de os bancários ainda lutarem para recuperar as perdas da política de estado mínimo e de desmonte.
Outra conclusão aponta a importância da greve e da unidade nacional da categoria na ampliação dos índices de reajuste do piso. Desde 2003, os bancários mantêm nacionalmente greves de grande repercussão ininterruptamente. Não por acaso, a partir de 2004, a categoria deu guinada nos reajustes e, há nove anos, conquista aumentos reais. Registre-se que o Dieese leva em consideração em seus estudos os reajustes obtidos pelos bancários nos Acordos Nacionais em relação ao Índice de Custo de Vida (ICV-Dieese) e o INPC-IBGE (Índice Nacional de Preço ao Consumidor) para calcular o aumento real.
O presidente do SindBancários (Porto Alegre), Mauro Salles, exalta a organização da categoria em nível nacional como um dos fatores que explicam as sucessivas vitórias nas data-base, assim como a unidade e a capacidade de mobilização. “Há 20 anos os bancários nacionalmente dão exemplo de unidade com as negociações coletivas em nível nacional. O que um bancário ganha no Rio Grande do Sul o outro lá de Rondônia também ganha. Montamos todos os anos um comando de representação nacional para irmos à mesa de negociação com a Fenaban. Temos tido êxito, como os números mostram. Mas ainda temos um caminho longo a percorrer para recuperar nossas perdas dos últimos 18 anos”, avalia Mauro.
 Outra evidência do levantamento do Dieese é que, no conjunto dos bancos privados, a série histórica revela aumento real. Diferentemente do que ocorre na Caixa e no Banco do Brasil, bancos públicos nos quais os trabalhadores amargam perdas no saldo de reajustes dos últimos 18 anos.
Desde 1995, as perdas e ganhos deixaram um saldo positivo em relação ao ICV, de 1,66%, nos bancos privados, além de aumento real de 6,23% no que se refere ao INPC. Nos últimos 18 anos, os reajustes dos bancários chegaram a 307,75%, ante inflação de 301,09%, pelo ICV, e INPC de 283,84%. Como dito acima, os bancos privados têm oferecido reajustes seguidos. Mas também podem temer mais do que os públicos os efeitos de um piquete bem organizado em frente a alguma agência.

Banco do Brasil e Caixa, como informado, têm uma dívida histórica com os trabalhadores. Os sucessivos reajustes nacionais positivos em termos reais a partir de 2004, nestes dois bancos, ainda não foram suficientes para recuperar as perdas que o governo FHC causou. No Banco do Brasil, os bancários ganharam 184,11% de reajuste entre 1995 e 2012, acumulando perda de 29,17% (ICV) e de 25,98% (INPC).
Na Caixa, o reajuste , desde 1995, foi de 167,63%. Portanto, ainda menor do que no Banco do Brasil. Consequentemente, as perdas ou ausência de aumento real, foram maiores também. Os trabalhadores da Caixa tiveram aumento real de -33,27% (ICV) e de -30,28% (INPC). No caso desses dois bancos, o agravante é que são duas instituições públicas que devem fomentar o crescimento do país e distribuir a renda. Porém, não fazem o dever de casa.
Piores anos - Os anos em que os trabalhadores mais sofreram foram aqueles em que o governo neoliberal de FHC aplicou um truque. Quando o Plano Real ganhava a mídia, em 1995, os bancários da Caixa receberam o maior reajuste do período do estudo do Dieese. Com 20,94% de aumento na Caixa, a série histórica poderia ter iniciado com os maiores ganhos e inaugurar um ciclo virtuoso de aumentos reais no piso dos bancários. Nada disso aconteceu. No BB, este primeiro ano trouxe reajuste de 25%, e os trabalhadores dos bancos privados conquistaram 30% de aumento.
Mas foi justamente neste segundo ano de Plano Real (1995) que o ICV (28,14%) e o INPC (25,8%) bateram recordes. Resultado: as perdas deste período foram mascaradas pelo índice de reajuste e incidiram sobre a política de propaganda de êxito de um modelo econômico de austeridade e de eliminação de benefícios sociais. O ano em que os bancários tiveram o maior reajuste foi o ano em que houve a maior desvalorização do salário em comparação com a inflação. Falamos de 1995.
Enquanto os maiores reajustes dos 18 anos prenunciariam ganhos sucessivos nos anos seguintes, a real intenção foi amortecer a luta dos trabalhadores ante o pior ciclo de inflação do período abordado pelo estudo do Dieese. Sem conseguir controlar a inflação, o governo FHC, em seus primeiros anos, disfarçou a perda. O índice de aumento foi alto, mas a inflação também esteve entre as maiores do período.
Para se ter uma ideia, em 1998, FHC instituiu o Proer, socorro de bilhões de reais ao sistema financeiro, sustentado política e midiaticamente com um discurso de crise cuja inércia chega à mesa de negociação ainda hoje. Entre 1996 e 2001, penúltimo ano do governo FHC, 1998 foi o único ano com reajuste, mas não sem perdas. Os bancários da Caixa só conseguiram 1% de reajuste em seis anos, apesar da luta, ante ICV de 56,31% e 46,24% de INPC durante todo o período.
No Banco do Brasil, a história se repetiu. A diferença é que os bancários do BB tiveram dois anos de reajustes positivo, 1,7% (2000) e 2% (2001). As perdas foram menores do que na Caixa ante os índices inflacionários do período e mencionados no fim do parágrafo anterior.
Os trabalhadores dos bancos privados tiveram reajustes maiores, mas nem por isso deixaram de acumular perdas. Somando os percentuais de reajustes entre 1996 e 2001, os trabalhadores dos bancos privados conquistaram 40,37% nos seis anos de consolidação do Plano Real. No entanto, as perdas foram somente menores, considerando os índices inflacionários tomados como referência. Portanto, nos anos FHC, nunca houve aumento real para os bancários, mas só as maiores perdas. Os bancários correm atrás do tempo perdido até hoje.


Mudança de modelo
 - O levantamento do Dieese demonstra que a chegada de Luiz Inácio Lula da Silva à presidência legou uma reversão no quadro de perdas dos bancários a partir do segundo ano de gestão (2004). As perdas se seguiram na transição dos dois modelos econômicos. Na Caixa, por exemplo, em 2002 e 2003, respectivamente, houve reajustes de 5% e 12,6%. Mesmo assim, não houve aumento real para os bancários da Caixa: -2,28% (2002) e -2,51% (2003), segundo o ICV, e -3,81% (2002) e -4,19% (2003), pelo INPC.
No Banco do Brasil, o ciclo virtuoso de crescimento real também não chegaria no primeiro ano do governo Lula. Os trabalhadores acumulariam perdas de 2,28% (2002) e 2,52% (2003), segundo o ICV e -3,81 (2002) e -4,19 (2003).
Apesar de a luta dos trabalhadores dos bancos privados para conquistar aumentos sucessivos nos anos de FHC, as perdas também eram constantes e se mantiveram na transição de um modelo a outro. Foram de 0,42% (2002) e de 2,51% (2003), pelo ICV. Nos mesmos dois anos, o INPC registrou perdas dos trabalhadores dos bancos privados de 1,98% (2002) e de 4,19% (2003), pelo INPC.
A partir de 2004, a história dos reajustes do piso dos bancários mudaria no compasso da história do país. Um processo de redução dos índices inflacionários, com estabilidade dos preços e crescimento econômico desenhou um quadro favorável para o aumento real sustentável dos bancários. Não coincidentemente, emerge outro fator de grande importância para a sucessiva recuperação das perdas dos tempos neoliberais. Desde 2004, portanto, há nove anos, os bancários mantêm greves nacionais anuais.

Luta e unidade - A repercussão da mobilização dos bancários se verifica nos aumentos reais conquistados. À exceção do aumento real para os trabalhadores dos bancos privados em 1995 (1,45%, pelo ICV, e 3,34%, pelo INPC), os dez anos anteriores (1995 a 2004) haviam sido de acumulação de perdas para os bancários do BB e da Caixa. Mas, a partir de 2004, começa um ciclo de aumentos reais. Desde então, são nove anos de sinais positivos nos percentuais que reduzem do reajuste os índices inflacionários (ICV e INPC). Porém, esses sucessivos ganhos não foram suficientes para reverter o estrago que o neoliberalismo provocou nos salários dos trabalhadores.
 Outra regularidade pode ser obtida da leitura dos gráficos: os acordos coletivos passaram a ser obtidos de forma unificada para toda a categoria no Brasil a partir de 2003. Em 2004, com a consolidação do modelo econômico do novo governo, começa o período de aumento real. Sinal da importância do Comando Nacional dos Bancários nas negociações com a Fenaban. Mas sinal também de algo que é tão importante quanto conquistar reajustes. Manter a mobilização e a força da greve, o nosso verdadeiro instrumento de pressão por melhores salários. E não esquecer nunca que ainda precisamos lutar muito para recuperar perdas históricas.

Fonte: Matéria produzida por SindBancários.
http://www.bancax.org.br/noticias/ultimas_noticias/estudo-do-dieese-mostra-que-unidade-dos-bancarios-esta-revertendo-perda-historica-no-piso.html

Em três anos, tarifa bancária subiu nove vezes mais que a inflação
A pesquisa verificou tarifas dos bancos Banrisul, Banco do Brasil, Bradesco, Caixa Econômica Federal, Citibank, HSBC, Itaú e Santander





As tarifas cobradas pelos oito maiores bancos do país nos últimos três anos cresceu até 169%, percentual 8,6 vezes superior à inflação para o mesmo período, mostra a associação de consumidores Proteste.
O levantamento comparou as tarifas das cestas informadas nas tabelas das próprias instituições bancárias. O maior aumento foi na cesta Exclusive Fácil (antiga Conta Fácil Bradesco Super) do banco Bradesco, que em 2013 custava R$ 23 mensais, e no próximo mês passará a custar R$ 61,90. O consumidor terá um custo anual de R$ 742,80, ou seja, R$ 466,80 a mais que em 2013.
No levantamento, também foram encontrados pacotes de serviços com valores de até R$ 74 mensais, como o cobrado pelo banco Santander na cesta de serviço Van Gogh Max. O custo anual do pacote soma R$ 888.
A pesquisa verificou tarifas dos bancos Banrisul, Banco do Brasil, Bradesco, Caixa Econômica Federal, Citibank, HSBC, Itaú e Santander. A Proteste lembra que os bancos têm obrigação de divulgar o valor de todas as tarifas e taxas cobradas, além de deixar claro quais serviços estão inclusos nos pacotes oferecidos.

Fonte: Agência Brasil 
http://www.bancax.org.br/noticias/ultimas_noticias/em-tres-anos-tarifa-bancaria-subiu-nove-vezes-mais-que-a-inflacao.html



terça-feira, 29 de setembro de 2015

Proposta da Fenaban impõe retrocesso e abono não pode substituir reajuste

  




Crédito: Seeb SP
Seeb SPA proposta apresentada pela Fenaban, de 5,5% de reajuste mais R$ 2.500,00 de abono, não incorporado ao salário, significa perda real de 4% para os salários e demais verbas da categoria, já que a inflação acumulou 9,88% (INPC).

Uma conta simples mostra que os bancos estão querendo impor retrocesso aos trabalhadores. Nos últimos dois anos, os bancários garantiram, na luta, aumento real de 1,82% e 2,02%, o que resultou num ganho acumulado de 3,88%. Ou seja, a proposta da Fenaban, na prática, mais do que anula os ganhos conquistados pela categoria em 2013 e 2014. Se essa proposta fosse aplicada, o saldo final de 2013, 2014 e 2015 seria de perda real de 0,26% para os bancários.

Ruim demais - Com a proposta feita pela Fenaban, considerando o ganho anual do trabalhador (salários, 13º, férias e FGTS) e a PLR, o bancário que recebe o salário médio da categoria (R$ 6.208) teria uma perda de R$ 2.144,81 ao longo do ano (se comparado a uma proposta que apenas repusesse a inflação).

Abono é perda 

Além disso, o abono de R$ 2,5 mil não se integraria aos salários, seria pago só uma vez. Incide imposto de renda e INSS. Ou seja, o valor que seria pago é bem menor que o apresentado pelos bancos. Abono em vez de aumento real significa chegar à próxima campanha, em 2016, com toda a inflação de um ano mais as perdas de 4% para repor nos salários e demais verbas dos bancários. Não incorpora ao FGTS, à aposentadoria nem ao 13º salário. No longo prazo, isso significaria trabalhadores com menos poder de compra e mais dinheiro nos cofres dos banqueiros.

Nem pra uma coxinha 

A proposta da Fenaban de 5,5% de reajuste para os vales não cobre a inflação da alimentação fora de casa (10,56%), nem da refeição no domicílio (10,72%). Com esse reajuste de fome, o vale-refeição aumentaria apenas R$ 1,43 (não dá nem para uma coxinha), passando dos atuais R$ 26 por dia para R$ 27,43. Hoje o valor médio de uma refeição na rua é R$ 33,16. 

Fonte: Seeb SP

segunda-feira, 28 de setembro de 2015


EDITAL DE CONVOCAÇÃO
ASSEMBLEIA GERAL EXTRAORDINÁRIA


O SINDICATO DOS EMPREGADOS EM ESTABELECIMENTOS BANCÁRIOS DE VOTUPORANGA, inscrito no CNPJ/MF: 49.074.172/0001/07, Registro Sindical INSC/MTE: 006.132.86232-7, por seu presidente abaixo assinado, convoca todos os empregados em estabelecimentos bancários dos bancos públicos e privados, sócios e não sócios, da base territorial deste Sindicato, para Assembleia Geral Extraordinária que se realizará no dia 01/10/2015, às 19h30min, em primeira convocação, e às 20h00min, em segunda convocação, com qualquer numero de presentes, no endereço à Rua Tibagi nº 3447, bairro Patrimônio Novo, cidade de Votuporanga SP, para discussão e deliberação acerca da seguinte ordem do dia:
1-      Avaliação e deliberação sobre contra proposta apresentada pela FENABAN na reunião de 25/09/2015, à minuta de reivindicações entregue em 11/08/2015;
2-      Deliberação acerca de paralização das atividades por prazo indeterminado a partir da 00h00min do dia 06/10/2015.


Votuporanga SP, 27 de Setembro de 2015 – HARLEY APARECIDO VISONÁ – Presidente.

sexta-feira, 25 de setembro de 2015


  

Comando Nacional dos Bancários cobra respostas às reivindicações do BB


O Comando Nacional dos Bancários enviou ao Banco do Brasil, na quinta feira (24), um ofício solicitando imediata reunião para apresentação de proposta da pauta específica dos funcionários do banco público.

Depois de cinco rodadas de negociação e com a apresentação da proposta da Fenaban, a categoria esperava que o Banco do Brasil apresentasse proposta complementar à proposta geral da categoria bancária. Mas, até agora, nenhuma reunião foi marcada.

Para Wagner Nascimento, coordenador da Comissão de Empresa dos Funcionários do BB, é extremamente necessária uma reunião com o Banco após a rodada com a Fenaban, a qual o Banco do Brasil participa. "Temos uma pauta de reivindicações específicas que foi negociada sem resposta alguma do BB. Os funcionários querem respostas às contratações, melhorias na carreira, nas condições de trabalho e andamento nas negociações da Cassi", cobrou. 

Fonte: Contraf-CUT - http://www.contrafcut.org.br/noticias.asp?CodNoticia=42965

 

Comando Nacional dos Bancários cobra nova rodada de negociação com a Caixa

 
O Comando Nacional dos Bancários, assessorado pela Comissão Executiva dos Empregados (CEE) da Caixa, enviou ofício à Caixa Econômica Federal, nesta quinta-feira (24), para cobrar que o banco se posicione sobre à realização de uma nova negociação específica nesta sexta-feira (25). A proposta dos representantes dos trabalhadores é de que a reunião ocorra em São Paulo (SP), logo após a quinta rodada de negociação entre o Comando e a Fenaban.

"A Caixa se mantém em silêncio, apesar da solicitação que fizemos e de ser normal e prático que haja a negociação específica após os debates na mesa única", disse Fabiana Matheus, coordenadora da CEE da Caixa. Ela ainda acrescentou. "Não houve avanço em nenhuma das reuniões com os representantes da Caixa e nada significativo nas tratativas com os outros bancos. Essa postura intransigente, se for mantida, vai empurrar a categoria para a greve."

Segundo Roberto von der Osten, presidente da Contraf-CUT e um dos coordenadores do Comando Nacional dos Bancários, a disposição dos trabalhadores é lutar, com unidade e força, pelos necessários avanços. "Queremos que as instituições financeiras apresentem propostas que reconheçam e valorizem o esforço diários dos bancários. Apenas no ano passado, os cinco maiores bancos lucram mais de R$ 60 bilhões. Ou seja, há condições financeiras para atender nossas reivindicações", afirmou.

Para Fabiana Uehara Proscholdt, secretária da Juventude da Contraf-CUT, a mobilização dos trabalhadores é fundamental. "Está na hora da categoria mostrar a sua força e exigir mais respeitos dos banqueiros. Juntos atingiremos nossos objetivos", reforçou.

Reivindicações dos bancários
A pauta geral da categoria bancária tem como pontos centrais o reajuste de 16%, valorização do piso salarial no valor do salário mínimo calculado pelo Dieese (R$ 3.299,66 em junho), PLR de três salários mais R$ 7.246,82, defesa do emprego, combate às metas abusivas e ao assédio moral, melhores condições de trabalho, fim da terceirização e vales-alimentação e refeição maiores.

Já entre os itens específicos da Caixa, destacam-se: contratação de mais empregados; fim do GDP; combate ao assédio moral; fim das metas abusivas; garantia do Saúde Caixa na aposentadoria, inclusive os que saíram pelo PADV; fim do voto de Minerva na Funcef; imediata incorporação do REB ao Novo Plano; fim da restrição de dotação orçamentária para horas extras; e extensão da licença-prêmio e do anuênio para todos os admitidos a partir de 1998. 

Fonte: Fenae - http://www.contrafcut.org.br/noticias.asp?CodNoticia=42961

Fenaban propõe reajuste de 5,5%. Comando orienta rejeição e greve dia 6

  
Crédito: Jailton Garcia - Contraf-CUT
Jailton Garcia - Contraf-CUTBancários farão assembleias no dia 1° de outubro em todo o País 

A Fenaban não só frustrou, como agiu de forma desrespeitosa com os bancários, ao apresentar uma proposta para a categoria, com um reajuste de 5,5% no salário, também na PLR e nos auxílios refeição, alimentação, creche e abono de R$ 2.500,00, durante a rodada de negociação desta sexta-feira (25), em São Paulo. O reajuste está muito abaixo da inflação, que ficou em 9,88%, em agosto deste ano. 

Diante da intransigência dos banqueiros em atender às reivindicações da categoria, as quais abrangem reajuste de 16% (incluindo 5,7% de aumento real), o Comando Nacional dos Bancários aprovou um calendário de mobilizações para pressionar os bancos, apontando para greve a partir de 6 de outubro, orientação que será deliberada em assembleias dos trabalhadores nos dias 1° e 5 de outubro em todo o País.

"A Fenaban está jogando os bancários para a greve", afirmou Roberto Von der Osten, presidente da Contraf-CUT e um dos coordenadores do Comando Nacional dos Bancários. "Essa proposta rebaixada vem justamente do setor que lucrou R$ 36,3 bilhões somente no primeiro semestre deste ano. Com um crescimento de 27,3% em relação ao mesmo período do ano passado. Setores que estão em crise, com retração de produção e vendas, fizeram propostas melhores. Então, só podemos dizer, que é uma irresponsabilidade dos bancos", completou. 

"Essa proposta, a pior dos últimos anos, é um total desrespeito à categoria e orientamos sua rejeição nas assembleias que acontecerão em 1º de outubro, em todo o Brasil, com indicativo de greve a partir do dia 6", disse a vice-presidenta da Contraf-CUT, Juvandia Moreira. "E o desrespeito não é só com os bancários, mas com toda a sociedade, já que o setor vai levar os trabalhadores a uma paralisação nacional, mesmo estando em pleno ganho", critica a dirigente que também é uma das coordenadoras do Comando Nacional dos Bancários.

Proposta dos bancos

Reajuste de 5,5% (representa perda de 4% para os bancários em relação à inflação de 9,88%). 

Piso portaria após 90 dias - R$ 1.321,26. 

Piso escritório após 90 dias - R$ 1.895,25. 

Piso caixa/tesouraria após 90 dias - R$ 2.560,23 (salário mais gratificação, mais outras verbas de caixa).

PLR regra básica - 90% do salário mais R$ 1.939,08, limitado a R$ 10.402,22. Se o total ficar abaixo de 5% do lucro líquido, salta para 2,2 salários, com teto de R$ 22.884,87.

PLR parcela adicional - 2,2% do lucro líquido dividido linearmente para todos, limitado a R$ 3.878,16.

Antecipação da PLR
Primeira parcela depositada até dez dias após assinatura da Convenção Coletiva. Pagamento final até 01/03/2016. 

Regra básica - 54% do salário mais fixo de R$ 1.163,44, limitado a R$ 6.241,33 e ao teto de 12,8% do lucro líquido - o que ocorrer primeiro.

Parcela adicional - 2,2% do lucro líquido do primeiro semestre de 2015, limitado a R$ 1.939,08.

Auxílio-refeição - R$ 27,43.

Auxílio-cesta alimentação e 13ª cesta - R$ 454,87.

Auxílio-creche/babá (filhos até 71 meses) - R$ 378,56.

Auxílio-creche/babá (filhos até 83 meses) - R$ 323,84.

Gratificação de compensador de cheques - R$ 147,11.

Requalificação profissional - R$ 1.294,49.

Auxílio-funeral - R$ 868,58.

Indenização por morte ou incapacidade decorrente de assalto - R$ 129.522,56

Ajuda deslocamento noturno - R$ 90,67.

As reivindicações da categoria, apresentadas pelo Comando Nacional dos Bancários, são muito diferentes da proposta dos bancos. Confira : 

Reajuste salarial de 16%. (incluindo reposição da inflação mais 5,7% de aumento real)

PLR: 3 salários mais R$7.246,82 

Piso: R$3.299,66 (equivalente ao salário mínimo do Dieese em valores de junho último).

Vales alimentação, refeição, 13ª cesta e auxílio-creche/babá: R$788,00 ao mês para cada (salário mínimo nacional).

Melhores condições de trabalho com o fim das metas abusivas e do assédio moral que adoecem os bancários.

Emprego: fim das demissões, mais contratações, fim da rotatividade e combate às terceirizações diante dos riscos de aprovação do PLC 30/15 no Senado Federal, além da ratificação da Convenção 158 da OIT, que coíbe dispensas imotivadas.

Plano de Cargos, Carreiras e Salários (PCCS) para todos os bancários.

Auxílio-educação: pagamento para graduação e pós.

Prevenção contra assaltos e sequestros: permanência de dois vigilantes por andar nas agências e pontos de serviços bancários, conforme legislação. Instalação de portas giratórias com detector de metais na entrada das áreas de autoatendimento e biombos nos caixas. Abertura e fechamento remoto das agências, fim da guarda das chaves por funcionários. 

Igualdade de oportunidades: fim às discriminações nos salários e na ascensão profissional de mulheres, negros, gays, lésbicas, transexuais e pessoas com deficiência (PCDs). 

O Comando Nacional protestou veemente contra esta mudança de desenho de campanha salarial apresentada pelos bancos, afirmou o presidente da Contraf-CUT. 

"Fica claro que os bancos querem abandonar os ciclos de valorização do trabalho bancário, que acumulava onze anos de ganho real. E pretendem fazer esta mudança sem que tenha acontecido nenhuma redução dos seus lucros ou crise no setor. Isso é incompreensível para os trabalhadores que até adoecem para cumprir metas e produzir lucros fabulosos para os bancos. E a nossa resposta indignada vai ser dura", finalizou Roberto von der Osten. 

Fonte: Contraf-CUT - http://www.contrafcut.org.br/noticias.asp?CodNoticia=42964

Proposta com perdas vai levar bancários à greve

Fenaban propõe reajuste de 5,5% e abono de R$ 2.500; perdas para bancários seriam de 4%. Comando indica rejeição, com assembleia em 1º de outubro e greve a partir do dia 6
São Paulo – Parece inacreditável, mas não é. A federação dos bancos (Fenaban) apresentou ao Comando Nacional dos Bancários proposta de 5,5% de reajuste para salários e vales, o que nem chega perto de repor a inflação de 9,88% (INPC), e representaria perdas de 4%. A proposta prevê, ainda, abono de R$ 2,5 mil.

“Essa proposta, a pior dos últimos anos, é um total desrespeito à categoria e orientamos sua rejeição nas assembleias que acontecerão em 1º de outubro, em todo o Brasil, com indicativo de greve a partir do dia 6”, diz a presidenta do Sindicato, Juvandia Moreira. “E o desrespeito não é só com os bancários, mas com toda a sociedade, já que o setor vai levar os trabalhadores a uma paralisação nacional, mesmo com os bancos em pleno ganho”, critica a dirigente, que é uma das coordenadoras do Comando.

A Fenaban alegou que acordos de outras categorias fechados em julho e agosto estão em formato diferente de anos anteriores. O Comando rebateu lembrando que 69% dos fechados no primeiro semestre tiveram aumento real. E quando isso não aconteceu, foram em setores com prejuízo e que têm garantia de emprego, totalmente diferente do financeiro, que ganha cada vez mais. O lucro líquido dos cinco maiores bancos atuantes no Brasil (Banco do Brasil, Caixa Federal, Bradesco, Itaú e Santander), nos seis primeiros meses do ano, atingiu a marca de R$ 36,3 bilhões, um crescimento de 27,3% na comparação com o primeiro semestre de 2014.

A proposta foi apresentada na quinta rodada de negociação, na sexta-feira 25. “O abono é pago só uma vez, não se incorpora aos salários e não pode substituir reajuste. Um setor que ganha tanto querer impor perdas aos seus funcionários é um absurdo!”, reforça Juvandia Moreira. Abono significa chegar à próxima campanha, em 2016, com toda a inflação de um ano mais as perdas de 4% nos salários e demais verbas dos bancários.

PLR – Para a PLR, a proposta é manter a regra, somente reajustada pelos 5,5% (90% do salário mais R$ 1.939,08). A parcela adicional, que distribui 2,2% do lucro líquido, sofreria o mesmo reajuste de 5,5%, podendo chegar a no máximo R$ 3.878,16. “Isso significa que os bancos propõem continuar lucrando muito e distribuindo menos aos bancários”, ressalta a presidenta do Sindicato.

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Calendário de luta – Até a assembleia do dia 1º, que deve deliberar sobre a greve a partir de 6 de outubro, os bancários estarão mobilizados: 29 de setembro será Dia Nacional de Luta.

No dia 2, após as assembleias, o Comando Nacional dos Bancários estará reunido, em São Paulo, para debater estratégias para a campanha. “Prazo máximo para os bancos alterarem a proposta absurda que sequer contempla outras reivindicações fundamentais como garantia para os empregos, fim das metas abusivas e do assédio moral, mais saúde, igualdade de oportunidades, segurança nas agências bancárias”, afirma Juvandia. “Os trabalhadores estão extremamente insatisfeitos e essa proposta só vai agravar esse quadro. Demissões, pressão, sobrecarga de trabalho, adoecimento, ameaças de fechamento de unidades. Razões não faltam para parar e os bancários vão dar uma resposta à altura do desrespeito dos bancos”, completa Juvandia.

No dia 5, os bancários farão assembleias organizativas para a paralisação. Todas as datas foram estabelecidas pelo Comando respeitando a Lei de Greve, de forma que a mobilização dos bancários não possa ser considerada abusiva pela Justiça.

BB e Caixa – A Contraf-CUT formalizou pedido de negociação às direções do Banco do Brasil e da Caixa Federal, mas elas ignoraram. Os bancos públicos sequer se posicionaram em relação a uma data para dar continuidade aos debates específicos da Campanha Nacional Unificada 2015.


Cláudia Motta – 25/9/2015
* Atualizada às 14h55 de 25/9/2015 - http://www.spbancarios.com.br/Noticias.aspx?id=12707

Campanha 2015: Fenaban propõe 5,5% e abono de R$ 2.500

  




A federação dos bancos (Fenaban) apresentou ao Comando Nacional dos Bancários proposta de 5,5% de reajuste para salários e vales, o que nem chega perto de repor a inflação de 9,88%, e representaria perdas de 4% para os bancários. A proposta prevê, ainda, abono de R$ 2.500.

Reajuste representaria perda de 4% para os bancários. Comando Nacional dos Bancários está reunido, mas já informou na mesa que a proposta é muito ruim e vai indicar rejeição nas assembleias

Leia mais em breve. 

Fonte: Contraf-CUT com Seeb SP