terça-feira, 30 de setembro de 2014



Greve nacional começa com força em São Paulo e pressiona bancos  

Crédito: Seeb São Paulo
Seeb São Paulo


Bancários paralisam agências e cobram atendimento das reivindicações 

"Todos os bancários têm de se empenhar para que nosso movimento seja cada vez maior e capaz de arrancar o quanto antes uma proposta dos bancos que contemple nossas reivindicações." A declaração é da presidenta do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Juvandia Moreira, que logo no início da manhã convocava todos os trabalhadores a aderirem à greve iniciada nesta terça-feira 30. 

No primeiro dia de paralisação, o movimento ganhou a adesão dos funcionários de agências das ruas do Centro da capital, do corredor da Avenida Ibirapuera e em Moema, na zona sul; da Praça Silvio Romero e nos bairros da Mooca e Vila Prudente, na zona leste; Avenida Faria Lima, na zona oeste; avenidas Tucuruvi e Voluntários da Pátria, na zona norte; do calçadão de Osasco, além da Avenida Paulista, Praça Oswaldo Cruz e outras unidades. 

A greve também é forte nos complexos CABB (Central de Atendimento), SAC (Serviço de Apoio ao Cliente), CSI, São João e XV de Novembro do Banco do Brasil, edifícios Sé da Caixa Federal e Patriarca do Itaú. 

Comando de greve 

Integrado por dirigentes do Sindicato, da Fetec-CUT/SP, da Contraf-CUT, cipeiros, além de delegados sindicais da Caixa e do BB, o Comando de Greve reúne-se nesta terça às 16h30, na sede do Sindicato (Rua São Bento, 413). Outros bancários também podem participar. 

Proposta rejeitada 

A greve a partir do dia 30 foi decidida em assembleia realizada em 25 de setembro, quando a categoria rejeitou reajuste de 7% de reajuste de 7% para os salários e verbas e de 7,5% para o piso propostos pela federação dos bancos (Fenaban). 

Diante do expressivo número de trabalhadores nas assembleias em todo o país, a Fenaban marcou nova negociação para o último sábado 27 quando fez nova oferta ao Comando Nacional dos Bancários: 7,35% (0,94% de aumento real) de reajuste para salários e verbas e 8% (1,55% de aumento real) para o piso. 

Considerada insuficiente, essa segunda proposta foi rejeita por unanimidade em assembleia realizada na segunda 29, na qual mantida a decisão de início da greve e organizado o movimento. 

Ato em frente ao Banco Central

Os bancários farão um grande ato nesta quinta-feira, dia 2 de outubro, na Avenida Paulista (altura do 1.800), para protestar contra a independência do Banco Central prevista em alguns programas de governo dos candidatos à Presidência da República. Lá será feita uma grande assembleia de rua da categoria. 

"Somos contra a independência do BC porque isso significaria entregar ao mercado, aos bancos, decisões tão importantes para o país como a inflação, a moeda, taxa de juros. Questões que têm grande impacto no emprego e na vida da população e não podem estar nas mãos de apenas um setor da sociedade", afirma a presidenta do Sindicato. 

O protesto faz parte do calendário do Comando e será realizado em todo o país. 


Fonte: Seeb São Paulo - http://www.contrafcut.org.br/noticias.asp?CodNoticia=39814

Contraf-CUT solicita reunião com HSBC para discutir PLR dos funcionários

  

A Contraf-CUT enviou ofício à direção do HSBC nesta terça-feira 30, primeiro dia da greve nacional dos bancários, solicitando reunião "com a maior brevidade possível" para discutir a PLR dos funcionários do banco inglês, que registrou prejuízo no primeiro semestre de 2014.

"Diante do atual momento das negociações da Campanha Nacional dos Bancários 2014, dos resultados divulgados pelo banco no Brasil referentes ao balanço do primeiro semestre de 2014, e a alta expectativa que esses fatos vêm gerando em todo o corpo funcional, vimos solicitar o agendamento de reunião, com a maior brevidade possível, para que possamos tratar dos efeitos da Convenção Coletiva sobre PLR a ser firmada junto à Fenaban, especificamente no Banco HSBC", diz o ofício da Contraf-CUT assinado pelo presidente Carlos Cordeiro.

A reunião será importante porque, apesar dos problemas que sempre houve no pagamento dos seus programas próprios (PPR), nesses 17 anos do HSBC no Brasil é a primeira vez que o banco apresentou prejuízo em seu balanço semestral. E de acordo com as regras da PLR negociada com a Fenaban, o pagamento ficaria comprometido. 

"Acontece que os funcionários não têm governabilidade sobre a gestão do banco e todos, com muito esforço, no sufoco, e particularmente com muito assédio moral, vêm cumprindo sua parte e por isso a insatisfação hoje no banco é geral", avisa Miguel Pereira, secretário de Organização da Contraf-CUT e funcionário do banco. "Esperamos que o HSBC tenha essa sensibilidade, uma vez que o programa próprio para a área gerencial acabou de ser paga no mês de agosto."


Fonte: Contraf-CUT - http://www.contrafcut.org.br/noticias.asp?CodNoticia=39819

CAMPANHA SALARIAL - GREVE

Bancários da base do Sindicato de Votuporanga e Região, avaliará em reunião na data de hoje 19:30h na sede do Sindicato, o movimento.
Todos os bancários convidados.


Bancários deflagram greve nacional por salário e condições de trabalho

  



Crédito: Seeb São Paulo
Seeb São PauloBancários de São Paulo aprovam paralisação por tempo indeterminado

Os bancários de bancos públicos e privados de todo o país entram em greve nacional a partir desta terça-feira 30, por tempo indeterminado. Por orientação do Comando Nacional, coordenado pela Contraf-CUT, a decisão foi tomada pelas assembleias realizadas pelos sindicatos nesta segunda-feira à noite, que ratificaram as decisões das assembleias do dia 25 e rejeitaram a nova proposta apresentada no sábado 27 pela Fenaban, elevando o índice de reajuste de 7% para 7,35% (0,94% de aumento real) para os salários e demais verbas salariais e de 7,5% para 8% (1,55% acima da inflação).

"Além de o índice de reajuste não atender a expectativa dos bancários, a proposta não contempla as reivindicações não econômicas, que para nós são imprescindíveis, como garantia de emprego, combate às metas abusivas e ao assédio moral, segurança bancária e igualdade de oportunidades. Queremos mais dos bancos, que têm aqui a mais alta rentabilidade de todo o sistema financeiro internacional", afirma Carlos Cordeiro, presidente da Contraf-CUT e coordenador do Comando Nacional. 

Somente os seis maiores bancos (Banco do Brasil, Itaú, Bradesco, Caixa Econômica Federal, Santander e HSBC), que somados detêm mais de 85% dos ativos do sistema financeiro e empregam mais de 90% dos bancários, tiveram lucro líquido de R$ 56,7 bilhões em 2013 e mais R$ 28,5 bilhões no primeiro semestre deste ano.

"Para conseguir esses lucros estratosféricos, os bancos estão fazendo demissões e usando a rotatividade para reduzir a média salarial da categoria e submetendo os bancários a uma crescente pressão por cumprimento de metas abusivas, que levam com frequência à prática do assédio moral", destaca Carlos Cordeiro. Em razão disso, 18,6 mil bancários doentes foram afastados do trabalho pelo INSS em 2013 (aumento de 41% em relação aos últimos cinco anos), mais da metade dos quais com diagnóstico de transtornos mentais e do sistema nervoso - doenças que cresceram 64,3% desde 2008.

Após o resultado das assembleias dos sindicatos, que representam a grande maioria dos bancários de todo o país, a Contraf-CUT enviou ofício para a Fenaban, comunicando a rejeição da nova proposta dos bancos e a ratificação da decisão das assembleias do dia 25 de greve por tempo indeterminado a partir desta terça-feira. "Queremos registrar também que continuamos à disposição da comissão dos bancos para a retomada das negociações visando buscar uma nova proposta que atenda às expectativas da categoria bancária", afirma o documento.

O Comando Nacional é formado pela Contraf-CUT, dez federações e 134 sindicatos de bancários de todo o país, que representam mais de 90% dos 511 mil trabalhadores de bancos públicos e privados. Um balanço do primeiro dia de greve será divulgado no final da tarde desta terça-feira, com base nas informações que serão enviadas pelos sindicatos para a Contraf-CUT.

AS PRINCIPAIS REIVINDICAÇÕES DOS BANCÁRIOS

Reajuste salarial de 12,5%.

Piso Salarial de R$ 2.979,25

PLR: três salários mais parcela adicional de R$ 6.247.

14º salário.

Vales alimentação, refeição, cesta-alimentação, 13ª cesta e auxílio-creche/babá: R$ 724,00 ao mês para cada (salário mínimo nacional).

Gratificação de caixa: R$ 1.042,74.

Gratificação de função: 70% do salário do cargo efetivo.

Vale-cultura: R$ 112,50 para todos.

Fim das metas abusivas.

Combate ao assédio moral.

Isonomia de direitos para afastados por motivo de saúde.

Manutenção dos planos de saúde na aposentadoria.

Emprego: fim das demissões e da rotatividade, mais contratações, proibição às dispensas imotivadas como determina a Convenção 158 da OIT, aumento da inclusão bancária e combate às terceirizações.

Plano de Cargos, Carreiras e Salários (PCCS) para todos os bancários.

Auxílio-educação: pagamento para graduação e pós.

Prevenção contra assaltos e sequestros: cumprimento da Lei 7.102/83 que exige plano de segurança em agências e PABs, garantindo pelo menos dois vigilantes durante todo o horário de funcionamento dos bancos; instalação de portas giratórias com detector de metais na entrada das áreas de autoatendimento das agências; biombos em frente aos caixas e fim da guarda das chaves de cofres e agências por bancários. 

Igualdade de oportunidades para todos, pondo fim às discriminações nos salários e na ascensão profissional de mulheres, negros, gays, lésbicas, transexuais e pessoas com deficiência (PCDs). 

A PROPOSTA DOS BANCOS REJEITADA PELOS BANCÁRIOS

Reajuste de 7,35% (0,94% de aumento real).

Piso portaria após 90 dias - 1.240,89 (8% ou 1,55% de aumento real).

Piso escritório após 90 dias - R$ 1.779,97 (1,55% acima da inflação).

Piso caixa/tesouraria após 90 dias - R$ 2.403,60 (salário mais gratificação mais outras verbas de caixa), significando 1,39% de aumento real).

PLR regra básica - 90% do salário mais R$ 1.818,51, limitado a R$ 9.755,42. Se o total ficar abaixo de 5% do lucro líquido, salta para 2,2 salários, com teto de R$ 21.461,91.

PLR parcela adicional - 2,2% do lucro líquido dividido linearmente para todos, limitado a R$ 3.637,02.

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Antecipação da PLR

Primeira parcela depositada até dez dias após assinatura da Convenção Coletiva e a segunda até 2 de março de 2015. 

Regra básica - 54% do salário mais fixo de R$ 1.091,11, limitado a R$ 5.853,25 e ao teto de 12,8% do lucro líquido - o que ocorrer primeiro.

Parcela adicional - 2,2% do lucro líquido do primeiro semestre de 2014, limitado a R$ 1.818,51.
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Auxílio-refeição - R$ 24,88.

Auxílio-cesta alimentação e 13ª cesta - R$ 426,60.

Auxílio-creche/babá (filhos até 71 meses) - R$ 355,02.

Auxílio-creche/babá (filhos até 83 meses) - R$ 303,70.

Gratificação de compensador de cheques - R$ 137,97.

Requalificação profissional - R$ 1.214,00.

Auxílio-funeral - R$ 814,57.

Indenização por morte ou incapacidade decorrente de assalto - R$ 121.468,95.

Ajuda deslocamento noturno - R$ 85,03.

RESULTADO DAS ASSEMBLEIAS

Conforme informações já enviadas para a Contraf-CUT até as 22h, a greve foi aprovadas nas assembleias dos sindicatos de:

São Paulo
Rio de Janeiro
Brasília
Belo Horizonte
Curitiba
Porto Alegre
Florianópolis
Campo Grande
Pernambuco
Mato Grosso
Bahia
Alagoas
Paraíba
Ceará
Piauí
Acre
Sergipe, exceto Banese
Maranhão
Amapá
Rondônia
Espírito Santo
ABC (SP)
Bragança Paulista (SP)
Campinas (SP)
Mogi das Cruzes (SP)
Piracicaba (SP)
Campina Grande (PB)
Cariri (CE)
Juiz de Fora (MG)
Teófilo Otoni (MG)
Uberaba (MG)
Campos de Goytacazes (RJ)
Itaperuna (RJ)
Teresópolis (RJ)
Campina Grande (PB)
Barra das Garças (MS)
Itabuna (BA)
Vitória da Conquista (BA)
Extremo Sul da Bahia (BA)
Camaçari (BA)
Feira de Santana (BA)
Ilhéus (BA)
Irecê (BA)
Jacobina (BA)
Jequié (BA)
Juazeiro (BA)
Dourados (MS)
Apucarana (PR)
Arapoti (PR)
Guarapuava (PR)
Cornélio Procópio (PR)
Londrina (PR)
Paranavaí (PR)
Umuarama (PR)
Araranguá (SC)
Bagé (RS)
Bento Gonçalves (RS)
Cachoeira do Sul (RS)
Camaquã (RS)
Cruz Alta (RS)
Erechim (RS)
Litoral Norte (RS)
Passo Fundo (RS)
Rio Grande (RS)
Santa Cruz do Sul (RS)
Santa Rosa (RS)
Santo Ângelo (RS)
São Leopoldo (RS)
Uruguaiana (RS)
Vacaria (RS)
Vale do Caí (RS)
Vale do Paranhana (RS)

CALENDÁRIO

Setembro
30 - Início da greve nacional por tempo indeterminado

Outubro
2 - Manifestações em frente aos prédios do Banco Central, em defesa de um BC independente do mercado financeiro


Fonte: Contraf-CUT

segunda-feira, 29 de setembro de 2014

Proposta ainda é insuficiente e Comando indica greve


Em rodada convocada para esse sábado, bancos ofereceram 7,35% de reajuste para salário, PLR, vales e auxílios, 8% para piso, e mais nada. Bancários paralisam as atividades a partir da terça 30, em todo o Brasil
São Paulo – Os bancos parecem não ter entendido o recado da categoria. Apesar de reafirmarem querer evitar uma greve e por isso a convocação para negociar neste sábado 27, apresentaram ao Comando Nacional dos Bancários proposta ainda insuficiente: índice de 7,35% de reajuste para salário, PLR, vales e auxílios (0,94% aumento real) e 8% para o piso (aumento real de 1,55%). E mais nada.

“Cinco dos maiores bancos que compõem a mesa de negociação (BB, Caixa, Bradesco, Itaú e Santander) viram seu lucro crescer 16,5%. Mas oferecem menos de 1% de aumento real para seus trabalhadores. Não dá pra aceitar: queremos aumento real maior para salários, piso, PLR, vales e auxílios”, diz a presidenta do Sindicato, Juvandia Moreira, uma das coordenadoras do Comando.

Vídeo: Presidenta Juvandia Moreira comenta proposta

Os representantes dos trabalhadores voltaram a cobrar da federação dos bancos propostas para resolver problemas graves, como a pressão por metas abusivas que adoecem os bancários em níveis epidêmicos, o fim das demissões injustificadas e mais contratações para acabar com a sobrecarga de trabalho. Mas os negociadores da Fenaban disseram já ter apresentado proposta sobre essas cláusulas sociais, que a Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) já tem avanços nesse sentido e que “a vida tem metas”.

“As pessoas têm mesmo metas na vida, mas para serem felizes, não para adoecer, como acontece nos bancos. Não precisam acordar todos os dias se perguntando como vão bater a meta do dia, que nem sabem qual será”, critica Juvandia. “Os bancários não aguentam mais tanta cobrança, tanta pressão. E vão paralisar as atividades até que os bancos apresentem solução para esse quadro que atormenta e adoece os trabalhadores.”

A categoria quer, ainda, mais segurança nas agências para clientes e funcionários e igualdade de oportunidades na ascensão profissional. “As mulheres, por exemplo, recebem, em média, salários 22% menores que os dos homens. Essa injustiça tem de acabar.”

Entenda – No dia 19, na sétima rodada de negociação da Campanha Nacional Unificada 2014, uma primeira proposta econômica foi feita pelas instituições financeiras, com reajuste de 7% para salários , PLR, vales e auxílios (0,61% de aumento real) e 7,5% (1,08% de aumento real) para o piso. O índice foi considerado insuficiente pelo Comando, que comunicou isso à federação dos bancos. A proposta também não contemplava as reivindicações de saúde e condições de trabalho, emprego, segurança. Diante disso, assembleias realizadas em todo o país, no dia 25, decidiram pela greve por tempo indeterminado a partir de 30 de setembro.

> Bancários em greve a partir de 30 de setembro

“Apesar de esta campanha estar sendo diferente, com os bancos apresentando aumento real, mesmo insuficiente, desde a primeira proposta, ainda temos muito a avançar. Nesta segunda-feira 29, vamos lotar novamente a Quadra dos Bancários para dizer não a mais essa proposta dos bancos e organizar uma grande paralisação”, convoca Juvandia. “Por mais um ano, o 11º seguido, a Fenaban desperdiça a oportunidade de resolver a campanha na mesa de negociação. Agora é greve!”

A assembleia nesta segunda 29 será a partir das 19h, na Quadra dos Bancários (Rua Tabatinguera, 192, Sé). Participe! Você é fundamental para organizar a greve e construir uma grande mobilização. É necessário crachá do banco e documento com foto para o credenciamento.

Específicas – As negociações com os bancos públicos também não avançaram.

Na Caixa, além de não trazerem proposta para mais contratações de bancários, isonomia, carreira e respeito à jornada, não querem garantir o pagamento da PLR Social.

A situação é a mesma no Banco do Brasil: nada para melhoria do PCR (Plano de Carreira e Remuneração), mudança do interstício para 6% na carreira, inclusão dos escriturários na carreira do mérito, mais contratações, melhorias para o SAC (Serviço de Apoio ao Cliente), CABB (Central de Atendimento) e PSO (Plataforma de Suporte Operacional), entre outras.

Leia mais
> Veja como foram todas as negociações gerais e específicas


Cláudia Motta - 27/9/2014
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sexta-feira, 26 de setembro de 2014

Pressão dos bancários arranca nova negociação com bancos neste sábado

  




A oitava rodada de negociação será realizada em São Paulo, às 11h

Poucas horas após as assembleias massivas desta quinta-feira 25 à noite em todo o país aprovando a deflagração da greve por tempo indeterminado a partir da terça-feira 30, a Fenaban enviou ofício à Contraf-CUT na manhã desta sexta-feira 26 chamando para este sábado 27 uma nova rodada de negociação da Campanha 2014 com o Comando Nacional dos Bancários. O encontro será às 11h, em São Paulo.

Ao final das assembleias da quinta à noite que rejeitaram a proposta dos bancos e decretaram a paralisação, a Contraf-CUT enviou ofício à Fenaban comunicando a decisão da categoria e se colocando à disposição "para a retomada das negociações visando buscar uma nova proposta que atenda às expectativas da categoria bancária, que poderá ser apreciada pelas novas assembleias que os sindicatos realizarão na próxima segunda-feira, 29 de setembro".

"Esse é o primeiro resultado da mobilização e da força da unidade dos bancários, que lotaram as assembleias para mostrar aos banqueiros que a proposta apresentada no dia 19 é insuficiente e queremos mais. Esperamos que os bancos apresentem amanhã uma proposta que atenda as reivindicações que contemple aumento real de salário, valorização dos pisos, proteção ao emprego, combate às metas abusivas e ao assédio moral, mais segurança e igualdade de oportunidades", afirma Carlos Cordeiro, presidente da Contraf-CUT e coordenador do Comando Nacional dos Bancários.

Veja aqui como foram as assembleias desta quinta-feira à noite. 

As principais reivindicações dos bancários

Reajuste salarial de 12,5%.

PLR: três salários mais parcela adicional de R$ 6.247.

14º salário.

Vales alimentação, refeição, cesta-alimentação, 13ª cesta e auxílio-creche/babá: R$ 724,00 ao mês para cada (salário mínimo nacional).

Gratificação de caixa: R$ 1.042,74.

Gratificação de função: 70% do salário do cargo efetivo.

Vale-cultura: R$ 112,50 para todos.

Fim das metas abusivas.

Combate ao assédio moral.

Isonomia de direitos para afastados por motivo de saúde.

Manutenção dos planos de saúde na aposentadoria.

Emprego: fim das demissões e da rotatividade, mais contratações, proibição às dispensas imotivadas como determina a Convenção 158 da OIT, aumento da inclusão bancária e combate às terceirizações.

Plano de Cargos, Carreiras e Salários (PCCS) para todos os bancários.

Auxílio-educação: pagamento para graduação e pós.

Prevenção contra assaltos e sequestros: cumprimento da Lei 7.102/83 que exige plano de segurança em agências e PABs, garantindo pelo menos dois vigilantes durante todo o horário de funcionamento dos bancos; instalação de portas giratórias com detector de metais na entrada das áreas de autoatendimento das agências; e fim da guarda das chaves de cofres e agências por bancários. 

Igualdade de oportunidades para todos, pondo fim às discriminações nos salários e na ascensão profissional de mulheres, negros, gays, lésbicas, transexuais e pessoas com deficiência (PCDs). 

Veja aqui as propostas econômicas dos bancos. 

conheça aqui as propostas não econômicas da Fenaban e as reivindicações sociais que os bancos rejeitam. 

Calendário

Setembro
26 - Segunda rodada de negociação específica com BNDES
27 - Oitava rodada de negociação com a Fenaban
29 - Assembleia para deflagração da paralisação
30 - Greve nacional por tempo indeterminado

Outubro
1º e 2 - Quarta rodada de negociação específica com o Banrisul
2 - Manifestações em frente aos prédios do Banco Central, em defesa de um BC independente do mercado financeiro.


Fonte: Contraf-CUT