sexta-feira, 30 de agosto de 2013

Ação quer fechar correspondentes bancários
Ministério Público do Trabalho diz que modelo fere a lei por não dar a funcionários mesmos direitos de bancários

País tem hoje 165 mil postos que prestam serviços em locais como lotéricas e farmácias
RUBENS VALENTESHEILA D'AMORIM
DE BRASÍLIA
 
O MPT (Ministério Público do Trabalho) ajuizou uma ação civil pública na qual pede a decretação da ilegalidade dos correspondentes bancários --cerca de 165 mil postos de serviço que, contratados pelas instituições financeiras, fazem o papel de bancos em todo o país.

A ação também quer o pagamento de R$ 6,4 bilhões em indenizações por seis grandes bancos, pelo Banco Central e pelos Correios.
Para o MPT, os correspondentes, que são peça-chave do programa de inclusão financeira do governo, representam uma "terceirização ilícita" da atividade-fim dos bancos e "a aniquilação da categoria dos bancários".
O argumento é que o modelo de negócio afronta a Consolidação das Leis do Trabalho ao impedir que os funcionários tenham direitos trabalhistas equivalentes aos dos bancários, como piso salarial da categoria e auxílio-alimentação.
A ação foi ajuizada contra BC, ECT e os bancos Caixa, Banco do Brasil, Itaú, Bradesco, HSBC e Santander, em Rio Branco (AC), mas a intenção do MPT é que ela obtenha abrangência nacional.
O juiz trabalhista Edson Carvalho Barros Júnior decidiu enviar o processo para a Justiça Federal, ao se declarar juridicamente incompetente para julgá-lo. O MPT recorrerá da decisão, pois pretende que o processo corra na Justiça do Trabalho.
Em nota à Folha, a Febraban se manifestou em nome dos bancos citados na ação. Segundo a entidade, a contratação dos correspondentes está regulamentada por uma resolução do Conselho Monetário Nacional de 2011.
Segundo a Febraban, os correspondentes "constituem uma inovação financeira que, por diminuir a necessidade de escala na oferta de serviços financeiros, contribuem para facilitar e ampliar o acesso da população a esses serviços, principalmente em áreas distantes e carentes".
Os Correios disseram que os correspondentes estão autorizados por uma portaria do Ministério das Comunicações e duas resoluções do BC.
"Os principais correios do mundo têm importante papel na inclusão financeira de populações de baixa renda, e por esse motivo a implantação de bancos postais é incentivada pela ONU e pelo Banco Mundial."
O procurador do Trabalho que atua na ação no Acre Marcos Cutrim afirma, baseado em números da Febraban, que o número de correspondentes teve um salto de 1.103% de 2000 a 2010, enquanto as agências bancárias cresceram apenas 20,8%.
Eles hoje respondem por 62% do número total de pontos de serviço do sistema financeiro nacional, instalados em lotéricas, agências dos Correios, farmácias, papelarias e supermercados.
Conclusão do MPT é "equivocada, precipitada e imprudente", diz procurador do BC.
 
Ação do MPT sobre correspondentes bancários é "imprudente ", diz procurador do BC 
SHEILA D'AMORIM
DE BRASÍLIA
Pego de surpresa com a ação do Ministério Público do Trabalho, o procurador-geral do Banco Central, Isaac Ferreira, defende a contratação dos correspondentes bancários como importante instrumento de inclusão financeira.
 
Diz que eles atuam apenas no atendimento dos clientes e que a análise e palavra final sobre as operações cabem aos bancos.
 
Para Ferreira, a alegação do MPT de precarização das relações de trabalho é uma conclusão "equivocada, precipitada e imprudente".
 
A seguir, trechos da entrevista exclusiva à Folha.
Folha - Qual a base legal para contratação dos correspondentes bancários?
Isaac Ferreira - Correspondente bancário é prestador de serviços e toda prestação de serviço é contratada com base na legislação civil brasileira. O Banco Central e o Conselho Monetário Nacional têm o poder regulatório sobre as instituições financeiras e, com base nisso, podem estabelecer as condições para que elas venham contratar seus prestadores de serviços.
 
Mas os correspondentes não atuam como banco?
O correspondente só presta um tipo de serviço: atendimento aos usuários. Quem decide, analisa e dá a palavra final sobre as operações, os produtos, os serviços são as próprias instituições financeiras, por meio de seus funcionários.
 
Quais os argumentos para justificar a necessidade do correspondente?
A utilização do correspondente bancário representa um instrumento internacionalmente reconhecido e utilizado. O mundo inteiro se vale dele para permitir maior bancarização, maior inclusão financeira, e isso permite maior capilaridade na distribuição dos produtos e serviços financeiros. No Brasil, em alguns municípios, é o único canal de oferta de serviços financeiros à população.
 
O BC vai recorrer da ação?
O BC ainda não foi citado nos termos da ação, mas desde já afirma que é imprudente e improcedente a alegação de dano moral coletivo e de dumping social.
 
E a precarização do trabalho bancário que o Ministério Público do Trabalho alega?
Não vejo nenhuma razoabilidade nessa alegação de precarização do trabalho. O que se tem é a contratação de prestadores de serviços para atendimento aos usuários do sistema financeiro nacional. Na minha avaliação, como procurador-geral, essa é uma conclusão equivocada, precipitada e imprudente por parte do Ministério Público do Trabalho.
 
Fonte: Folha de S.Paulo

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Bancários cobram piso e avanços no plano de funções e na carreira do BB


Crédito: Augusto Coelho - Contraf-CUT
Augusto Coelho  - Contraf-CUTTerceira rodada de negociações específicas termina sem avanços

O Comando Nacional dos Bancários, coordenado pela Contraf-CUT e assessorado pela Comissão de Empresa dos Funcionários do BB, se reuniu com o Banco do Brasil nesta quinta-feira (29), em Brasília, na terceira rodada de negociações específicas e concomitantes à mesa geral da Fenaban para discutir as reivindicações de remuneração, carreira e ascensão profissional.

Na abertura, os dirigentes sindicais cobraram do BB explicações em relação às mudanças na empresa Cobra que estaria se preparando para receber grande volume de processamento de serviços de diversos departamentos do banco, como a CSI e CENOP, em flagrante aumento da terceirização. Recentemente, na reestruturação da DIRAO, o principal banco público do país deu o péssimo exemplo de ampliar a terceirização de importante setor de recuperação de ativos financeiros.

Também foi questionada a postura de um diretor do banco, que esteve dias atrás fazendo palestra no interior de São Paulo e teria ameaçado os bancários dizendo que faltas de eventual greve seriam descontadas.

"A ameaça já seria absurda por se tratar de prática antissindical e por não haver previsão alguma de desconto no acordo coletivo nem na convenção coletiva em vigor. Entretanto, se um diretor do banco já está dizendo isso durante processo negocial com os bancários, ele estaria revelando aos trabalhadores que o banco não está tratando com seriedade a pauta de reivindicações e que o BB estaria apostando no conflito e na greve e não o contrário, como a empresa vive anunciando em seus boletins internos. Esperamos outro comportamento da empresa nos próximos dias e que ela traga propostas efetivas para a solução dos problemas apresentados pelo funcionalismo porque nós negociamos com seriedade", afirma William Mendes, secretário de formação da Contraf-CUT e coordenador da Comissão de Empresa.

Além de questionar a postura indevida, foi cobrado mais uma vez que o banco mude o código de falta não abonada não justificada dos dias de luta realizados em 2013 contra o Plano de Funções e contra o PL 4330 da terceirização total.

Carreira e remuneração

As propostas de remuneração do funcionalismo do BB foram apresentadas e o resultado do banco neste primeiro semestre (R$ 10 bilhões) e nos anteriores mostra ser plenamente possível o seu atendimento, inclusive porque o banco está cobrindo com sobras sua folha de pagamento somente com receitas de tarifas:

- piso de R$ 2.860; interstício de 6% entre os 12 níveis da tabela de antiguidade; 25 letras de mérito de R$ 217 possibilitando que o funcionalismo tenha uma boa perspectiva de incorporação de verbas salariais de caráter pessoal ao longo de uma vida dedicada ao banco.

- inclusão de todos os escriturários e caixas na primeira faixa da Carreira de Mérito, pontuando 1,5 ponto por dia, para que a cada dois anos uma letra de mérito seja incorporada ao salário pessoal.

- foram feitas diversas propostas para correção das mudanças no Plano de Funções implantado unilateralmente em janeiro de 2013. É necessário aumentar os Valores de Referência das funções (VRs), tanto as gratificadas de 6h quanto aquelas que o banco considera como de "confiança" e com jornada maior.

- as gratificações de funções devem ter seus valores aumentados para que equivalham aos valores anteriores, pois independente da jornada que o banco determinou, as gratificações remuneravam as responsabilidades das funções e elas não mudaram. Os adicionais de função (AFG 256 e AFC 257) devem equivaler ao somatório anterior à implantação unilateral, ou seja, (ABF + ATFC + 25% de Grat. Sem).

- pagamento de anuênio para o conjunto do funcionalismo, pois o BB retirou unilateralmente o direito em 1999, diferentemente do ocorrido no restante da categoria, que foi perguntada em plebiscito e para aqueles que aceitaram o fim do direito foi paga uma indenização.

Ascensão profissional e comissionamento

Outras reivindicações importantes foram apontadas e estão relacionadas ao tema Ascensão Profissional:

- fim da trava de dois anos para a concorrência às funções comissionadas;

- pagamento das substituições nas funções, tanto pelo caráter formativo e pelo fim do desvio de função quanto para a solução de diversos problemas em setores do banco como PSO e gerência média. Também é uma proposta dos bancários para o fim da perda de função e de vínculo com as unidades no caso de afastamentos por questões de saúde após 90 dias;

- instituição de processo de seleção interna para o preenchimento das funções comissionadas, acabando com o subjetivismo e compadrio nas nomeações e estabelecendo regras claras e objetivas para todos. Também é necessário que todos tenham acesso aos certificados e cursos internos, e não somente os chamados "públicos alvo" definidos pelo banco porque a discriminação já começa nisso.

"A extensão do respeito aos 20 melhores pontuados no TAO para todas as áreas do banco - DG, táticas, negociais e estratégicas -, anunciado na semana passada, foi fruto do debate feito nas três mesas de ascensão entre o BB e a Contraf-CUT. É um avanço importante para onde não havia regra alguma, mas não resolve o problema. Queremos processo com provas e títulos e oportunidades iguais para todos no preenchimento de vagas comissionadas", cobra William.

- melhoria na cláusula de proteção contra descomissionamentos imotivados. Além de estabelecer um conceito mais claro para as avaliações satisfatórias e insatisfatórias, é necessária a inclusão dos primeiros gestores das unidades na cláusula, porque de 2012 adiante pioraram absurdamente o assédio e as ameaças aos gestores com a implantação do Novo Sinergia BB e a falta de gestão coerente das metas, onde metas individuais e diárias ameaçam a vida profissional de milhares de comissionados que percorreram longo caminho até a posição que ocupam na carreira e estão sendo "convidados" ou forçados a sofrer reduções salariais.

"A questão de moralizar a ascensão profissional e dar maior segurança ao trabalhador no BB foi reafirmada, assim como as entidades sindicais já haviam feito nas três mesas sobre o tema no primeiro semestre. Tudo que o funcionário quer é ser respeitado, saber como se programar para crescer na carreira, ser bem remunerado e trabalhar mais feliz no atendimento à população brasileira. Será que é pedir muito ao banco e ao governo?", questiona William.

Condições de trabalho

Também foram reforçadas as demandas apresentadas nas mesas anteriores e que têm relação direta com os eixos debatidos com o banco sobre remuneração, saúde e previdência, fim do assédio moral e das metas abusivas, fim das reestruturações e terceirizações, mudanças nas PSO, SAC, CABB e demais departamentos do banco e que se somam às principais reivindicações do funcionalismo no BB:

- a contratação de mais cinco mil bancários dos concursos em aberto, com a revisão urgente das dotações insuficientes das unidades de trabalho;

- fim da exploração dos estagiários como interposição fraudulenta de mão de obra e revisão dos valores das bolsas recebidas por eles. A reivindicação é que o BB cumpra a Convenção Coletiva de Trabalho que prevê valores baseados no piso da categoria, adequadas às jornadas do estágio;

- fim das metas diárias, proibição do envio de torpedos, emails e demais formas de assédio e ameaças na cobrança de metas, e fim das metas individuais inclusive na nova GDP;

- aumento na dotação das PSO e nomeação dos milhares de caixas substitutos, pagamento das substituições dos gerentes de serviços, solução para os delegados sindicais eleitos que atuam nos caixas e estão vinculados aos prefixos das plataformas, criação de gratificação de caixa líder ou de supervisor de caixa. Além de avançar na pontuação do mérito dos caixas e retroagir ao histórico de cada um;

- solução imediata, com definição de prazo, para a inclusão de todos os funcionários de bancos incorporados nos direitos da Cassi e da Previ. Também foram citadas várias discriminações no dia a dia e nos locais de trabalho no uso de direitos coletivos do ACT pelo fato de alguns funcionários terem origem em bancos incorporados;

- fim da perda de função e vínculo com a unidade de trabalho para as pessoas que se afastarem por motivo de doenças, sejam elas ocupacionais, acidente de trabalho ou por outras origens;

- melhoria no plano odontológico e extensão para os aposentados;

- criação de direito novo de complemento de aposentadoria na Previ relacionado à pagamentos de PLR e auxílio alimentação.

Bancários devem intensificar mobilização

A Fenaban se comprometeu a apresentar proposta global na próxima quinta-feira, dia 5 de setembro. Foi cobrado que o BB faça o mesmo com relação à pauta de reivindicações específicas.

"Está na mão do banco resolver os problemas apresentados pelos bancários e justificar seu discurso de responsabilidade sócio ambiental e de grande referência no setor bancário brasileiro", destaca William.

O diretor da Contraf-CUT alerta que a falta de propostas que atendam às expectativas dos trabalhadores, tanto em relação às reivindicações específicas quanto às demandas gerais na mesa da Fenaban, deve ser respondida com mobilização.

"Chamamos cada bancário e bancária a participar ativamente das atividades dos sindicatos não só por aumento real e PLR digna, mas também por melhores condições de trabalho e pelo atendimento da pauta específica dos trabalhadores do BB", salienta William. "Vem pra luta", conclui.

Calendário de luta

Agosto

30 - Dia Nacional de Mobilização e Paralisação das centrais sindicais pela pauta da classe trabalhadora

Setembro

3 - Quarta rodada de negociação específica entre Comando e Caixa
3 e 4 - Mobilização em Brasília para pressionar deputados contra PL 4330 na CCJC da Câmara
5 - Quarta rodada de negociação entre o Comando e a Fenaban


Fonte: Contraf-CUT


Sem avanços, mobilização é a resposta à intransigência da Caixa


Crédito: Fenae
FenaeNegociação sobre contratações, carreira e isonomia também não avançou

A Caixa Econômica Federal não apresentou nesta quinta-feira (29) qualquer contraproposta para solucionar demandas em relação à contratação de pessoal, carreira e isonomia de direitos entre novos e antigos empregados, durante a terceira rodada de negociação da pauta específica da Campanha 2013 com o Comando Nacional dos Bancários, coordenado pela Contraf-CUT e assessorado pela Comissão Executiva dos Empregados (CEE/Caixa), realizada em Brasília.

"Desde a primeira rodada, em 9 de agosto, apresentamos propostas detalhadas para cada reivindicação da pauta específica e tínhamos a expectativa de que os negociadores da Caixa trouxessem soluções para itens como isonomia, contratação de mais empregados, Saúde Caixa, condições de trabalho, carreira, jornada/Sipon, segurança bancária e questões relativas à Funcef, entre as quais a incorporação do REB pelo Novo Plano e a extensão do auxílio e da cesta-alimentação a todos os aposentados e pensionistas", afirma Jair Pedro Ferreira, coordenador da CEE/Caixa e vice-presidente da Fenae.

A Caixa se limitou a afirmar que irá esperar os resultados da negociação entre o Comando Nacional e a Fenaban na próxima quinta-feira, dia 5 de setembro, para só depois apresentar uma proposta global aos trabalhadores da empresa.
Desta forma, para Jair, o resultado da negociação desta quinta-feira foi mesmo frustrante, sobretudo por não registrar nenhum avanço para os empregados.

No início da reunião, a Caixa comunicou ao Comando Nacional que o acordo aditivo à convenção coletiva fica prorrogado até a data de 30 de setembro, com a expectativa de que, até lá, a campanha deste ano esteja concluída.

Contratação de pessoal

Os primeiros pontos discutidos foram relacionados à contratação de pessoal. Os dirigentes sindicais voltaram a cobrar maior rapidez no processo de convocação de concursados para melhorar as condições de trabalho, principalmente na rede de agências. Foi lembrado, por outro lado, que a empresa continua insistindo com a política de abrir unidades sem estrutura adequada e com número insuficiente de trabalhadores, situação essa que vem sobrecarregando o pessoal lotado nas unidades.

Os dirigentes sindicais criticaram o fato de o nível de contratações não vir acompanhando o ritmo de abertura de novas agências em todo o país, estrangulando a saúde dos trabalhadores.

Para resolver situações esdrúxulas provocadas pela carência de pessoal, o Comando Nacional propôs na mesa de negociação, entre outras medidas, a contratação de novos empregados, chegando ao quantitativo de 120 mil bancários até o final de 2014. Foi reivindicada ainda quantidade mínima de 20 empregados por agência, além de reposição de empregado no caso de afastamento por mais de seis meses, sem prejuízo deste no seu retorno.

Foram feitas também duas outras cobranças: a contratação permanente para reposição de empregados aposentados, demitidos ou afastados e o fim das discriminações no estágio probatório, tendo em vista que muitos empregados são desligados compulsoriamente tão logo esse processo esteja concluído.

A empresa, no entanto, negou o atendimento dessas reivindicações. Alegou, para isso, a necessidade de respeitar os limites impostos pelo controlador. Até o fim de 2013, a autorização é para que o quantitativo de empregados chegue a 103 mil, podendo alcançar o patamar de 105 mil até dezembro de 2014. Para 2015, a meta é de 112 mil trabalhadores, no máximo. Hoje, chega a 99.024 o número total de empregados.

No tocante à reposição de empregados em unidades com carência de mão de obra, a Caixa argumentou que esse trabalho já está sendo feito, principalmente nas agências em estado de maturação, cujo tempo é de dois anos por unidade. Nesse caso, segundo a empresa, o redimensionamento ocorre seis meses depois de abertura da agência. A Caixa informou ainda que, hoje, é de 9,1 a média de empregado nas unidades que estão sendo abertas.

Isonomia

O Comando Nacional cobrou equiparação de direitos de todos os empregados em relação à licença-prêmio e ao Adicional por Tempo de Serviço (ATS). Ambas as reivindicações foram consideradas complexas pela Caixa, que alegou duas razões para não atendê-las: dificuldades orçamentárias e resistência por parte do controlador. Há hoje, segundo o banco, apenas 28 mil empregados que ainda usufruem do benefício do ATS.

Houve protesto contra a recusa da Caixa. O Comando Nacional argumentou que a tabela salarial na empresa está muito distante da remuneração global. "Para fazer frente a essa defasagem, os empregados estão correndo atrás de novas saídas. Nesse caso, a Caixa precisa urgentemente encerrar o ciclo vicioso dos anos 90", alerta Jair.

Carreira/PSI

Os representantes dos trabalhadores cobraram ajustes no formato do Processo Seletivo Interno (PSI). Há o reconhecimento sobre a importância desse instrumento para o encarreiramento, mas a reivindicação é de que haja transparência nos critérios e universalização das participações.

Uma das reivindicações mais urgentes é a criação de Comitê de Acompanhamento dos PSIs e do Banco de Oportunidades (Bancop), com participação dos empregados e um membro da Gipes. Dois outros itens reivindicados foram a criação de função gratificada de assistente no Atendimento Social, para quem trabalha no setor social da empresa, e criação de banco de reserva de avaliadores de penhor, na medida de 50% das funções existentes.

Foi cobrada ainda a valorização da função de avaliadores de penhor, com revisão do piso do mercado.

Os dirigentes sindicais criticaram o fato de a Caixa não deixar claro para os trabalhadores os critérios utilizados para descomissionar. Ocorre que essa medida vem sendo adotada de forma unilateral, deixando a cargo do gestor a retirada da função.

O Comando Nacional cobrou também atenção especial para a área de tecnologia, com criação de cargos e funções específicas de TI com remuneração compatível com o mercado e outros órgãos públicos, além de implantação da proposta de carreira de TI que mantenha a possibilidade de seis horas nas funções técnica e técnico-gerencial. Ainda nesse quesito, outra reivindicação é a migração para as novas funções sem PSI.

A empresa informou que continua desenvolvendo uma proposta de reestruturação da carreira de TI, mas não estabeleceu um prazo para a conclusão desse trabalho.

Eleições para representante no Conselho de Administração

O banco informou ainda aos dirigentes sindicais que serão feitas as alterações necessárias no estatuto da Caixa, com publicação do edital do calendário eleitoral em novo formato, o que significará a efetivação do fim das restrições para participação de qualquer empregado na escolha do representante dos trabalhadores no Conselho de Administração.

Nesse sentido, segundo os negociadores da empresa, a nova redação do estatuto assegurará a exclusão do requisito da experiência gerencial para as candidaturas de conselheiro representante, que impedia a participação de 80% do quadro dos empregados. Com isso, ficará permitida a inscrição de qualquer bancário. Não ficou estabelecido, porém, nenhum prazo para que isto ocorra, ficando a discussão sobre o assunto para os próximos dias.

Por outro lado, o movimento sindical bancário ficou de indicar os nomes de seus representantes para compor a comissão eleitoral para o Conselho de Administração.

Avaliação

O Comando Nacional avalia que a ausência de proposta decente, para o desfecho das negociações específicas da Campanha 2013, deve ser respondida com mobilização. Isto é visto como fundamental para que sejam atendidas as expectativas dos trabalhadores, tanto em relação às suas reivindicações específicas como quanto aos itens gerais tratados na mesa da Fenaban.

Segundo Jair, "os empregados estão dispostos a seguir com a luta na campanha deste ano, não só por aumento real e PLR digna, mas também por valorização do piso, isonomia, contratação de pessoal, saúde e condições de trabalho, Funcef/Prevhab, tíquete dos aposentados, respeito à jornada de seis horas, Sipon e por medidas efetivas de segurança bancária". O momento, segundo ele, "é de mostrar a nossa força".

Nova rodada

Os temas pertinentes à Funcef, jornada e Sistema de Ponto Eletrônico (Sipon) serão tratados em nova rodada de negociação na próxima terça-feira, dia 3 de setembro, às 15h, em Brasília.

Calendário de luta

Agosto

30 - Dia Nacional de Mobilização e Paralisação das centrais sindicais pela pauta da classe trabalhadora

Setembro

3 - Quarta rodada de negociação específica entre Comando e Caixa
3 e 4 - Mobilização em Brasília para pressionar deputados contra PL 4330 na CCJC da Câmara
5 - Quarta rodada de negociação entre o Comando e a Fenaban


Fonte: Contraf-CUT com Fenae

quarta-feira, 28 de agosto de 2013

28 DE AGOSTO -DIA DO BANCÁRIO

 

 
NESTE 28 DE AGOSTO QUEREMOS PARABENIZAR O SEU TRABALHO E DEDICAÇÃO EXEMPLAR
 
PARABÉNS PELO DIA DO BANCÁRIO
 
SÃO OS VOTOS DO
SINDICATO DOS BANCÁRIOS DE VOTUPORANGA E REGIÃO


Sem proposta dos bancos, bancários comemoram seu dia nesta quarta


A Contraf-CUT saúda bancários e bancárias de todo país, que formam uma das categorias de trabalhadores mais aguerridas, organizadas, mobilizadas e vitoriosas do Brasil, pelo seu dia, celebrado nesta quarta-feira, 28 de agosto, também aniversário da CUT que está completando 30 anos de fundação.

É um dia especial. No meio de tantas metas, pressão, sobrecarga entre as inúmeras outras dificuldades da rotina imposta pelos bancos, dê um abraço apertado no seu colega de trabalho, um sorriso maior para quem está sentado à sua frente.

O dia do bancário, definido há 61 anos para recordar uma das mais importantes greves da categoria, é uma referência histórica e serve de exemplo para a mobilização da Campanha Nacional 2013, que já está nas ruas de todo o país com o slogan "Vem pra luta".

"Parabenizamos cada bancário e bancária pela passagem do nosso dia e esperamos que nunca falte ousadia, unidade e mobilização para enfrentar todos os desafios, disputar a hegemonia na sociedade e ampliar as conquistas da categoria e da classe trabalhadora", afirma Carlos Cordeiro, presidente da Contraf-CUT e coordenador do Comando Nacional dos Bancários.

Um pouco de história

Em 28 de agosto de 1951, começou uma das mais longas e vitoriosas campanhas salariais dos bancários. A categoria reivindicava um reajuste de 40%, salário mínimo profissional e adicional por tempo de serviço.

A contraproposta dos patrões, de 20% de aumento, foi considerada insuficiente e os bancários decidiram entrar em greve. Foram 69 dias de paralisação, até que, em 5 de novembro, a Justiça concedesse um reajuste de 31%, pondo fim à paralisação.

A greve de 1951 foi a primeira contra o decreto 9.070 da ditadura do Estado Novo, que proibia greves e amordaçava o movimento sindical dos trabalhadores. Foi um movimento pela liberdade sindical, em favor da democracia, contra os "atestados de ideologia" exigidos pelo Ministério do Trabalho dos candidatos a cargos sindicais, pela participação dos sindicatos na fiscalização das condições de trabalho e emprego, pela eleição de representantes dos bancários para a direção dos antigos Institutos de Aposentadorias e Pensões (o atual INSS) e pela participação dos sindicatos na fiscalização e elaboração das leis trabalhistas.

A data começou a ser comemorada já no ano seguinte, em 1952, por decisão do IV Congresso Nacional dos Bancários, realizado em Curitiba. Em 1957, a Assembleia Legislativa oficializou a data no Estado de São Paulo e, em 1959, o Congresso Nacional estendeu a data para todo o Brasil ao aprovar projeto do deputado federal bancário Salvador Romano Lossaco.

Quem somos

Somos quase 500 mil em todo o país - 496 mil de acordo com os dados de 2011, os mais recentes da Rais (Relação Anual de Informações Sociais), do Ministério do Trabalho e Emprego. Desses, 51% são homens e, 49%, mulheres.

A maior parte - 148 mil - já passou da casa dos 30 anos de idade e ainda não bateu nos 40. Mas a turma dos quarentões é grande: 120 mil. Entre 20 e 29 anos também somam mais de 100 mil e, acima dos 50, são 68 mil.

Na escolaridade, a ampla maioria - 340 mil - tem ensino superior completo. Outros 83 mil também têm, mas incompleto. Menos de 1% completou apenas o ensino fundamental.

O tempo de casa é distribuído de maneira bem mais uniforme. Mais de 116 mil abraçaram a categoria há mais de uma década, mas outros 100 mil ainda não completaram um ano de banco. Entre um e dois anos na profissão estão 89 mil e, entre cinco e 10 anos, somos 73 mil.

Força, mobilização e engajamento

A presidenta do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Juvandia Moreira, aponta que "os bancários fazem parte não só da história da categoria, mas do país. Já na década de 1950 tínhamos mulheres participando da diretoria do Sindicato. Lutamos contra a ditadura nas décadas de 1960 e 1970, quando, com a retomada da entidade, atuamos para romper com o modelo sindical vigente e impulsionar a categoria para novas conquistas".

"Resistimos bravamente à tentativa de retirada de direitos nos anos 1980 e 1990. E entramos no novo século firmes na luta, avançando nas conquistas para os bancários e toda a sociedade com as Marchas da Classe Trabalhadora", completa Juvandia.

O presidente do Sindicato dos Bancários de Brasília, Eduardo Araújo, lembra que todas as vitórias dos bancários e bancárias ao longo das últimas décadas foram conquistadas graças à força, à mobilização e ao engajamento da categoria.

"Nenhum direito dos bancários foi concedido por benesse das instituições financeiras. Os novos colegas bancários precisam saber que não existem ganhos sem luta", explica Araújo. "Todos estão de parabéns por integrar uma das categorias mais aguerridas e vitoriosas do país".

Na opinião de Eduardo Araújo, a categoria deve intensificar a campanha nas ruas para avançar nas negociações. "A história mostra que sem mobilização não há conquistas. Por isso, espero que o 28 de agosto incentive os trabalhadores a lutarem fortemente por mais direitos e conquistas", destaca.

"Desejo muito sucesso aos trabalhadores, que, com muita garra e força, conquistaram vitórias históricas. Espero contar com esse mesmo espírito combativo na Campanha Nacional deste ano. Mobilizados, podemos avançar ainda mais", conclui Araújo.



Fonte: Contraf-CUT com Seeb São Paulo e Brasília


Bancos seguem intransigentes e dizem que farão 'proposta global' dia 5


Crédito: Jailton Garcia/Contraf-CUT
Jailton Garcia/Contraf-CUTNo segundo dia de negociação sobre remuneração, nenhuma proposta dos bancos

Os bancos mais uma vez se abstiveram de apresentar qualquer proposta ao Comando Nacional dos Bancários nesta terça-feira 27, em São Paulo, no encerramento da terceira rodada de negociações da Campanha 2013, dedicada ao tema remuneração. Mas anunciaram que apresentarão uma "proposta global" para a pauta geral de reivindicações dos bancários na próxima rodada de negociações, na dia 5 de setembro, às 14h.

"Queremos que na próxima negociação os bancos tragam propostas sobre os três blocos de negociação, com soluções para as questões de saúde, condições de trabalho, segurança, emprego, igualdade de oportunidades e remuneração", afirma Carlos Cordeiro, presidente da Contraf-CUT e coordenador do Comando Nacional dos Bancários.

"Mas como acontece todos os anos, sabemos que os banqueiros só se movem sob pressão. Por isso é imprescindível que as entidades sindicais intensifiquem a discussão nos locais de trabalho e a mobilização da categoria, não apenas para a Campanha Nacional, mas também para as manifestações convocadas pelas centrais no dia 30 e para a votação do PL 4330 na CCJC da Câmara dos Deputados nos dias 3 e 4 de setembro em Brasília", alerta Cordeiro.

No segundo dia de negociação sobre remuneração, o Comando e a Fenaban discutiram nesta terça-feira PLR e os auxílios refeição, creche, cesta-alimentação e educacional, dentre outras demandas.

Veja aqui como foi o primeiro dia de discussão da rodada sobre remuneração.

PLR

A reivindicação dos bancários é de PLR equivalente a três salários mais valor fixo de R$ 5.553,12 e que não pode ser
compensado nos planos próprios de remuneração variável.

O Comando argumentou que a cada ano diminui a massa salarial dos bancários e, como há falta de transparência nos balanços dos bancos, a categoria quer mudar a regra de forma a torná-la mais simples e fácil de compreensão.

Os dirigentes sindicais frisaram que os bancários querem maior percentual de distribuição da PLR, mais próximo do tamanho do lucro das empresas, e elevação dos tetos que limitam os valores a serem distribuídos. E cobraram dos bancos uma discussão séria sobre os PDDs, as provisões para devedores duvidosos, cujos montantes os bancos vêm aumentando sem justificativa técnica, o que diminui a PLR. Com essas provisões, só os trabalhadores perdem.

Os representantes dos bancos descartaram a possibilidade de mudança de regra da PLR durante esta campanha nacional.

Auxílios-refeição, cesta-alimentação e creche/babá

A reivindicação dos bancários é aumentar os auxílios-refeição, cesta-alimentação, 13ª cesta e auxílio creche/babá para R$ 678,00, equivalente ao salário mínimo nacional.

Os representantes da Fenaban afirmaram que nos últimos anos reajustaram os auxílios acima da inflação e descartaram a elevação dos valores como querem os trabalhadores.

"Cobramos também a manutenção da cesta-alimentação para os afastados por doença ou acidente de trabalho até a alta do INSS e do médico do trabalho", destaca Cordeiro. Hoje, o pagamento ocorre até 180 dias de afastamento. "É inaceitável que os bancos economizem sobre bancários que adoeceram no trabalho", salienta.

Os negociadores da Fenaban ficaram de discutir o tema com os bancos.

Gratificação semestral

Os bancários reivindicam o pagamento de uma gratificação semestral de 1,5 salário para todos os trabalhadores nos meses de janeiro e julho. Alguns estados (RS, BA, PB e SE) e bancos em outros estados já pagam essa verba salarial há muitos anos, no valor de um salário.

A Fenaban, porém, negou a reivindicação, afirmando não haver sentido existir simultaneamente PLR e gratificação semestral, deixando claro que quer acabar com essa verba. Os dirigentes sindicais rebateram, dizendo que se trata de uma forma de valorização do trabalho dos bancários.

Auxílio educacional

O Comando reivindicou o pagamento de um auxílio educacional por todos os bancos, para empregados que estejam cursando ensino médio, graduação e pós-graduação. Várias instituições já concedem bolsas de estudo.

Os representantes da Fenaban negaram, alegando que o assunto deve ser discutido banco a banco. Os dirigentes sindicais insistiram na concessão do auxílio, pois significa qualificação da mão de obra, favorecendo bancários e bancos.

Parcelamento de adiantamento de férias

O que os bancários reivindicam é que, por ocasião das férias, a devolução do adiantamento feito pelo banco seja efetuada em até dez parcelas iguais e sucessivas, a partir do mês subsequente ao do crédito, sem acréscimo de juros ou correção de qualquer espécie. Vários bancos já efetuam parcelamentos.

Os negociadores da Fenaban vão levar a demanda aos bancos.

Previdência complementar

Os bancários reivindicam que todos os bancos instituam e patrocinem planos de previdência complementar fechados para todos os trabalhadores, com o objetivo de garantir a complementação de aposentadoria e pensão por morte e invalidez. Vários bancos já são patrocinadores de fundos para os seus funcionários.

Os representantes dos banqueiros, no entanto, disseram que esse é um tema para discussão banco a banco, como acontece com os planos de saúde, não sendo pauta da Convenção Coletiva.

Calendário de luta

Agosto

28 - Dia do Bancário, com atos de comemoração e de mobilização
29 - Terceira rodada de negociação específica entre Comando e BB
29 - Terceira rodada de negociação específica entre Comando e Caixa
30 - Dia Nacional de Mobilização e Paralisação das centrais sindicais pela pauta da classe trabalhadora

Setembro

3 e 4 - Mobilização em Brasília para pressionar deputados contra PL 4330 na CCJC da Câmara
5 - Quarta rodada de negociação entre o Comando e a Fenaban


Fonte: Contraf-CUT

terça-feira, 27 de agosto de 2013

Sindicato firma parceria com USCEESP - Colônia de Férias

Nosso Sindicato firmou parceria com a USCCESP-União dos Funcionários do Banco Nossa Caixa
 
Os bancários e seus dependentes agora tem mais uma opção de lazer
 
 
 

 
Colônia de Suarão 

Uma colônia ampla, aconchegante e com ótimas instalações. Assim é a colônia de férias de Suarão.
Nela os associados e seus convidados poderão se refrescar nas piscinas ou até mesmo optar por um mergulho nas águas do mar, pois as praias são muito próximas da colônia.
Na colônia de Suarão o associado tem além da piscina e possibilidade de banho de mar e farta possibilidade de lazer como:

- Ginásio poliesportivo
- Campo de grama sintética
- salão de jogos
- Sala de TV
- Cancha oficial de bocha
- Capela
- Sala de mamadeira

Instalada no litoral paulista, a unidade de Suarão possui excelente infra-estrutura e capacidade para acolher 731 hóspedes, garantia de lazer e entretenimento para os associados.
Avenida Suarão, nº3189 - Suarão - Itanhaem/SP           
 

Colônia de Flórida

 
Uma ótima opção para seu lazer, diversão e descanso. Localizada na praia grande, a 87 Km de São Paulo, é uma das colônias mais procuradas por pessoas de todas as idades.

Tendo uma capacidade para 259 hóspedes, todos muito bem acomodados em:

- 01 Apartamento com 3 lugares
- 02 Suítes para 4 pessoas
- 02 coletivos para 14 pessoas (08 pessoas no mínimo)
- 03 apartamentos de 4 lugares
- 28 apartamentos de 6 lugares
- Apartamentos do 2º e 3º andar com varandas
- Apartamentos com televisão e ventiladores
- 3 Berços

A colônia oferece também para uma maior comodidade e conforto aos seus hospedes, roupa de cama e de banho, restaurante self service para 180 pessoas , bar coberto e com mesas,2 churrasqueira (reservas direto na colônia),sala de TV,salão de jogos – pingue-pongue, pebolim e sinuca, sala de jogos – cartas e damas ,piscina para adulto e infantil vestiários com sanitário e guarda-malas, playground, estacionamento – l vaga por apto,sala de mamadeira (equipada).
Endereço:Avenida Presidente Castelo Branco, Nº 18718 - Balneário Flórida - Praia Grande/SP
 
Colônia de Paulicéia

Localizada às margens do rio Paraná, estado vizinho de Mato Grosso do Sul, essa bela colônia é uma ótima opção para quem gosta da tranquilidade do interior, uma paisagem linda e locais excepcionais para pescaria.
Paulicéia é um refúgio para quem quer descansar e gosta de pesca. Atrai muitos visitantes por sua beleza natural que cerca toda a colônia.

A colônia dispõe de varios atrativos como:

- Sala de TV
- Restaurante Self-service
- Piscina para adultos e crianças
- Vestiário com sanitários e armários
- Salão de jogos: ping-pong, bilhar, pebolim e damas
- Playground
- Campo de futebol
- Uma churrasqueira
- Bar coberto com mesas
- Estacionamento: uma vaga cada apartamento
- Sala do Nenêm

Além de uma ótima infra-estrutura com 34 apartamentos e capacidade de até 136 hóspedes.
Endereço: Rua Atrapéia, Nº 700 - Porto - Paulicéia/SP             
 

Colônia de Iacanga
 
Localizada na microregião de Bauru, a 372 Km da capital de São Paulo, a colônia de Iacânga é a única a oferecer camping e chalés, que acomodam confortavelmente até 90 pessoas.
A colônia possui muito verde e uma programação anual com várias festas tradicionais, mas dentre todas as programações nada se compara ao sucesso do porco no rolete e ao luau na beira da piscina.
E além de tudo, a colônia ainda conta com uma lista de itens para não deixar ninguém entediado, como por exemplo:

- Bares
- Piscinas para adultos e crianças
- Salão de jogos
- Quadra poliesportivas
- Duas churrasqueiras (coletivas, cobertas e iluminadas)
- Cancha oficial de bocha (coberta)
- Um barco
- Salão de festa com cozinha e churrasqueira
Endereço:Avenida Vangélio Mondelli, Nº 190 - Centro - Iacanga/SP    
 
 
Reservas:
Sindicato dos Bancários - (17)3421-3047
Diretor João Carlos Teixeira     
 
 
 
 
 
 


Contraf-CUT reforça novas mobilizações pela retirada do PL 4330


A Contraf-CUT chama sindicatos e federações de bancários de todo país a fortalecerem as novas mobilizações contra o PL 4330, de autoria do deputado federal Sandro Mabel (PMDB-GO), visando barrar qualquer tentativa de terceirização de atividade fim e/ou qualquer outro projeto que vise precarizar as relações de trabalho. Haverá manifestações na sexta-feira, dia 30, e na próxima terça e quarta-feira, dias 3 e 4 de setembro, em Brasília.

Conforme resolução da Executiva Nacional da CUT, aprovada na última quinta-feira, dia 22, em São Paulo, "a retirada do PL 4330 é a condição de uma verdadeira negociação sobre a regulamentação da terceirização".

30 de agosto: dia nacional de mobilização e paralisação

A derrubada do PL 4330 será reforçada nesta sexta-feira, dia 30, quando ocorre o Dia Nacional de Mobilização e Paralisação, organizado pela CUT e demais centrais sindicais pela pauta da classe trabalhadora, que inclui fim do fator previdenciário; redução da jornada de trabalho para 40 horas sem redução de salário; 10% do PIB para a educação; 10% do orçamento da União para a saúde; transporte público e de qualidade; valorização das aposentadorias; reforma agrária e suspensão dos leilões do petróleo.

Mesa quadripartite

Na próxima segunda-feira, dia 2, será encerrada a negociação da mesa quadripartite, em Brasília, onde a CUT vai reafirmar a posição de não aceitar a terceirização em atividade-fim, exigir a responsabilidade solidária da empresa contratante, o direito à informação prévia e o direito de representação sindical.

Mesmo após inúmeras rodadas de negociação na Mesa Quadripartite, até agora as negociações em torno do PL 4330 não avançaram em pontos fundamentais, o que se deve à intransigência dos representantes dos empresários, liderados pelo negociador da Fenaban, Magnus Apostólico, e do relator do PL na CCJC, deputado Arthur Maia (PMDB-BA), que não abrem mão de impor aos trabalhadores a terceirização ilimitada com as conhecidas consequências nefastas, precarizando direitos e salários.

3 e 4 de setembro: mobilização em Brasília

Na próxima semana, nova mobilização será realizada em Brasília. Na terça e quarta-feira, dia 3 e 4, centenas de bancários e de outras categorias de trabalhadores estarão visitando gabinetes de parlamentares e acompanhando as reuniões da Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJC) da Câmara dos Deputados, onde pode ser votado o PL 4330.

"A participação dos bancários foi determinante nas mobilizações nos dias 13 e 14 de agosto e nos dias 9 e 10 de julho, quando evitaram a votação do PL 4330, abriram espaço de negociação e deram exemplo de unidade e luta na defesa dos interesses da classe trabalhadora", salienta o presidente da Contraf-CUT, Carlos Cordeiro. "Contamos novamente com a presença dos bancários de todo país", completa.

Posição do governo

Em entrevista exclusiva à Rádio Brasil Atual e à Rádio ABC, de São Bernardo do Campo (ABC paulista), a presidenta Dilma Rousseff afirmou na última segunda-feira, dia 19, que o governo federal é contra qualquer processo que comprometa os direitos dos trabalhadores. "A posição do governo é que não concordamos com qualquer processo que comprometa direitos dos trabalhadores, que impactem a negociação coletiva ou precarizem as relações de trabalho", disse.

Enquanto isso, o ministro do Trabalho e Emprego, Manoel Dias, defendeu em reportagem publicada nesta segunda-feira, dia 26, no jornal O Globo "a ampliação da terceirização para todas as atividades da economia, não apenas as atividades meio".

"Criticamos com veemência a postura do ministro, que está na contramão da manifestação da presidenta Dilma, e reafirmamos a posição histórica da CUT de não admitir a retirada de direitos dos trabalhadores e das trabalhadoras", afirma o secretário de Organização do Ramo Financeiro da Contraf-CUT, Miguel Pereira.


Fonte: Contraf-CUT


Apesar dos lucros bilionários, bancos nada propõem sobre remuneração


Crédito: Jailton Garcia/Contraf-CUT
Jailton Garcia/Contraf-CUTTerceira rodada de negociação prossegue nesta terça-feira 27 em São Paulo

A exemplo das rodadas anteriores, os bancos não apresentaram nesta segunda-feira 26 nenhuma proposta para as reivindicações sobre remuneração apresentadas pelo Comando Nacional dos Bancários, entre elas aumento real de salário, valorização do piso, Plano de Cargos e Salários (PCS), adiantamento do 13º, salário do substituto e vale-cultura. A discussão sobre remuneração prossegue nesta terça 27, às 9h30, incluindo a PLR e os auxílios refeição, creche, cesta alimentação e educacional.

O Comando Nacional dos Bancários, coordenado pela Contraf-CUT, abriu a terceira rodada de negociações, relatando os casos da morte de um bancário e uma vigilante durante assalto ao posto do Santander em Angra dos Reis (RJ) e o ataque a agência do Bradesco em Campo Grande. E reivindicou que os problemas com falta de segurança sejam solucionados ainda nessa campanha.

Em seguida o Comando Nacional cobrou resposta para as reivindicações feitas nas rodadas anteriores sobre saúde, condições de trabalho, segurança e igualdade de oportunidades. Mas os negociadores da Fenaban ficaram em silêncio.

Ao entrar no tema de remuneração, o Comando Nacional primeiro fez uma rápida análise de conjuntura do sistema financeiro, apresentando dados e fazendo avaliação sobre os lucros crescentes do sistema financeiro, a rentabilidade, a evolução do emprego e dos salários e a concentração de renda no setor, que é ainda maior que no resto da sociedade.

"Os seis maiores bancos tiveram lucro líquido de R$ 29,6 bilhões no primeiro semestre. Eles têm a maior rentabilidade do sistema financeiro mundial, mas fecham postos de trabalho e reduzem a média salarial da categoria com o mecanismo perverso da rotatividade, apesar do aumento da produtividade dos bancários", afirma Carlos Cordeiro, presidente da Contraf-CUT e coordenador do Comando Nacional. "Por isso os trabalhadores exigem remuneração decente, que passa por aumento real de salário, valorização do piso e melhoria da PLR".

Produtividade cresce e salário médio cai

O Comando Nacional apresentou estudo do Dieese feito a partir dos balanços dos bancos mostrando que, enquanto o número de bancários por agência diminuiu 5% (de 24,15 para 22,95) entre junho de 2012 e junho de 2013, em razão do enxugamento de postos de trabalho, no mesmo período o lucro líquido por bancário aumentou 19,4%, a carteira de crédito por empregado cresceu 19,8% e o número de conta-corrente por trabalhador passou de 285 para 304 (crescimento de 6,9%).

Veja aqui o quadro comparativo preparado pelo Sindicato dos Bancários de São Paulo com base no estudo do Dieese-Linha Bancários.

Mas apesar do aumento da produtividade e dos ganhos reais da categoria com mobilizações e greves, que entre 2004 e 2011 foi de 13,94% no salário e 31,70% no piso, a remuneração média (salário mais verbas fixas) dos bancários diminuiu nesse período. Segundo dados da Rais (Relação Anual de Informações Sociais), do Ministério do Trabalho e Emprego, a remuneração média da categoria em 2004, deflacionado pelo INPC, era de R$ 4.817,12 . Em 2011 (último ano disponível pela Rais), o valor médio salarial do bancário caiu para R$ 4.743,59 - uma redução de 1,5% no poder de compra dos salários.

"Esse é o principal efeito nocivo da rotatividade nos bancos", acusa Carlos Cordeiro.

A luta é para desconcentrar renda

Para o presidente da Contraf-CUT, lutar por aumento de salário é combater a concentração de renda no país. "Apesar de ser a sexta maior economia do planeta, o Brasil ocupa ainda o vergonhoso 12º lugar no ranking dos países mais desiguais do mundo. E no sistema financeiro a concentração de renda é ainda maior", ressalta o presidente da Contraf-CUT.

O Comando Nacional também apresentou aos representantes dos banqueiros estudo do Dieese com base no Relatório Social da Febraban mostrando que a distribuição do valor adicionado nos bancos entre acionistas, governo e trabalhadores vem se alterando desde 1999, aumentando a fatia do capital e reduzindo a participação do trabalho. Veja aqui o estudo comparativo.

A concentração de renda pode ainda ser medida por outro ângulo. Segundo trabalho do Dieese com base no Censo de 2010, os 10% mais ricos no país têm renda média mensal 39 vezes maior que a dos 10% mais pobres. Ou seja, um brasileiro que está na faixa mais pobre da população teria que reunir tudo o que ganha durante 3,3 anos para chegar à renda média mensal de um integrante do grupo mais rico.

No sistema financeiro a concentração é ainda maior. No Itaú, por exemplo, os executivos da diretoria recebem em média R$ 9,05 milhões por ano, o que representa 234,27 vezes o que ganha o bancário do piso. No Santander, os diretores embolsam R$ 5,6 milhões, o que significa 145,64 vezes o salário do caixa. E no Bradesco, que paga R$ 5 milhões anuais a seus executivos, a diferença é de 129,57 vezes.

Ou seja, para ganhar a remuneração mensal de um executivo, o caixa do Itaú tem que trabalhar 16 anos e o caixa do Bradesco 9 anos.

Os bancos questionaram os dados apresentados pelo Comando Nacional. Disseram, por exemplo, que a produtividade cresce por causa das novas tecnologias e não em razão do aumento do trabalho bancário. Os dirigentes sindicais retrucaram que os dados são fornecidos pelos próprios bancos ao Caged do Ministério do Trabalho e Emprego, reclamando da falta de transparência das instituições financeiras. Foi definido fazer uma reunião com técnicos do Dieese e dos bancos para discutir os dados até a próxima semana.

Reajuste de 11,93% e piso do Dieese

Os representantes dos bancários defenderam o reajuste de 11,93%, que inclui a inflação do período mais 5% de aumento real, argumentando sobre a importância de recompor o poder de compra do salário e valorizar o piso salarial, conforme o salário mínimo do Dieese (R$ 2.860,21), diante dos lucros crescentes dos bancos e do aumento da produtividade. "Dissemos que essa é a prioridade das prioridades", destaca Carlos Cordeiro.

Os negociadores da Fenaban primeiro disseram que o reajuste sobre o piso esse ano será o mesmo que sobre as demais verbas, mas diante da argumentação do Comando afirmaram que levarão a demanda para os bancos.

PCS

A reivindicação dos bancários é que as empresas tenham critérios objetivos e transparentes para a ascensão profissional, o que inclui reajuste anual de 1% todas as verbas de natureza salarial e a partir do quinto ano completo de serviço o reajuste será de 2%.

Os bancários também reivindicam dos bancos a movimentação horizontal e/ou vertical de pelo menos um nível na tabela salarial a cada cinco anos na mesma função. E para os cargos das carreiras administrativas, operacional e técnica querem que o preenchimento seja feito por meio de seleção interna.

Os representantes da Fenaban disseram que a reivindicação é uma maneira disfarçada de pedir anuênio e não querem discutir PCS, afirmando que isso é "interferência insuportável" para os bancos. Entretanto, as instituições públicas têm planos de cargos de salários.

Em relação ao adiantamento do 13º salário, os negociadores dos bancos assumiram o compromisso de consultar os patrões.

Salário do substituto

A reivindicação é que nas substituições, mesmo em caráter provisório, seja garantido ao substituto o mesmo salário do substituído. Os representantes patronais rejeitaram a demanda, afirmando ser justo que o bancário trabalhe substituindo chefias porque assim está sendo avaliado para futuras promoções.

Vale-cultura

O objetivo é incentivar a diversidade cultural, conforme prevê a Lei 12.761/2012, exigindo que os bancos concedam todo mês aos trabalhadores um vale-cultura de R$ 100,00 para compra de ingressos para peças teatrais, cinema, shows, musicais, bem como para outros espetáculos artísticos.

Eles disseram não ter posição ainda sobre o tema, que é preciso aguardar a regulamentação da lei, mas que levarão a proposta aos banqueiros e depois voltarão a discutir a proposta.

PLR e auxílios

A terceira rodada de negociações prossegue nesta terça-feira, discutindo as demais reivindicações sobre remuneração, incluindo PLR, auxílio-refeição, cesta-alimentação e 13ª cesta-alimentação, auxílio-creche/babá e auxílio educacional.

Veja os salários e as reivindicações de 2013


Como é hoje
Como fica
Salário
-
11,93% (inflação + 5% de aumento real)
Piso portaria
966,74 (1.058,96 pós 90 dias)
2.860,21 (mínimo Dieese)
Piso escriturário
1.385,55 (1.519,00 pós 90 dias)
2.860,21
Piso Caixa
1.385,55 (2.056,89 pós 90 dias, incluído gratificação de caixa)
3.861,28 (mínimo Dieese + gratificação de caixa)
1º Comissionado
-
4.862,36
1º Gerente
-
6.435,47
PLR
Regra básica
90% do salário + 1.540,00
3 salários-base + 5.553,15
Auxílio-refeição
493,58 (mês)
21,46 (dia)
678,00 (mês)
29,48 (dia)
Cesta-alimentação
367,92
678,00
Auxílio-creche/babá
306,21
678,00


Calendário de luta

Agosto

27 - Continuidade da terceira rodada de negociações entre Comando e Fenaban
28 - Dia do Bancário, com atos de comemoração e de mobilização
29 - Terceira rodada de negociação específica entre Comando e BB
29 - Terceira rodada de negociação específica entre Comando e Caixa
30 - Dia Nacional de Mobilização e Paralisação das centrais sindicais pela pauta da classe trabalhadora

Setembro

3 - Previsão de votação do PL 4330 da terceirização na CCJC da Câmara


Fonte: Contraf-CUT

segunda-feira, 26 de agosto de 2013



Bancários cobram do BB propostas de saúde e condições de trabalho

 
Crédito: Jailton Garcia - Contraf-CUT
Jailton Garcia - Contraf-CUTSegunda rodada de negociação específica com o BB ocorreu em São Paulo

Na segunda rodada de negociações específicas ocorrida nesta sexta-feira (23) entre o Banco do Brasil e o Comando Nacional, coordenado pela Contraf-CUT e assessorado pela Comissão de Empresa dos Funcionários do BB, em São Paulo, foram destacadas várias propostas dos funcionários para soluções dos problemas de saúde, previdência, segurança, igualdade e condições de trabalho.

Na abertura, a Contraf-CUT reforçou a proposição de solução negociada e com prazo definido para o acesso de todos os funcionários a Cassi e Previ. Após a primeira mesa (14), houve sentença da Justiça sobre o tema. O banco sinalizou que também há disposição de debater a questão, independente da decisão de recorrer do julgamento.

"Nós apresentamos propostas possíveis de serem atendidas pela empresa. A vida de nosso bancário está muito sofrida e o que queremos é contratar limites para os abusos do banco e de seus administradores, avançar nos direitos para aqueles que efetivamente produzem o resultado e atendem a população. Agora é hora do banco atender às nossas reivindicações. Na próxima semana, apresentaremos as questões econômicas e sobre o plano de funções e carreira", destaca William Mendes, secretário de formação da Contraf-CUT e coordenador da Comissão de Empresa dos Funcionários do BB.

A terceira rodada foi marcada para a próxima quinta-feira (29), em Brasília.

Questões de proteção à saúde e assistência médica

Cassi e Previ para todos

Foi reforçada a necessidade do estabelecimento de um prazo para se buscar uma solução negociada para a inclusão de todos os funcionários dos bancos incorporados na Cassi e na Previ, independente de embates judiciais.

Afastamentos por motivo de saúde

Foram apresentadas propostas para que nenhum bancário perca sua função comissionada nem o vínculo com a sua unidade de trabalho durante os afastamentos por questões de saúde. Foi reivindicado que o bancário continue no prefixo de sua unidade e não no QS-Quadro Suplementar, após os 90 dias de afastamento. Uma alternativa para o banco e os administradores das dependências seria o pagamento remunerado da substituição daquela função.

Plano Odontológico

Foram reivindicadas melhorias e inclusão dos aposentados.

PCMSO

Foi cobrado o cumprimento da legislação em relação à existência de ambulatórios em todos os complexos do banco. Também foi reivindicado melhorias nos exames médicos periódicos.

Cobrança de metas

Alguns itens das reivindicações apresentam propostas para coibir a violência cotidiana na cobrança de metas e o fim das metas individuais; a proibição do envio de sms e e-mails, inclusive fora da jornada; a retirada das metas da nova GDP; e o fim das metas diárias estabelecidas e impostas pelos superintendentes e regionais.

Conselho de usuários

Foi reivindicada a criação de código específico para a liberação dos conselheiros da ativa para a participação nas reuniões nos conselhos de usuários. É uma demanda que deveria ser de interesse do próprio banco, haja vista a importante contribuição que os conselhos exercem localmente para o banco e a Cassi.

Abono de ausência parcial na jornada de trabalho

Foi reivindicada a regulamentação para os casos em que os bancários precisem se ausentar em algum momento na jornada por questão de saúde. Muitas vezes os bancários não querem faltar, mas encontram dificuldades com os seus gestores.

PSO/Caixas Executivos

Foi reafirmada a posição do funcionalismo, deliberada no 24º Congresso Nacional dos Funcionários do BB, solicitando o fim do projeto PSO e que os caixas e gerentes de serviço pertençam às agências porque após mais de um ano de extensão das plataformas para todo o país aumentou exponencialmente os problemas, tanto de atendimento nas agências, quanto para os administradores e funcionários.

Algumas prioridades destacadas pelas entidades sindicais:

- aumento das dotações de caixas tanto das agências quanto das PSO, pois desde a implantação existe uma grande diferença entre a dotação atual e a necessidade real.

- efetivação de milhares de caixas que estão substituindo há muito tempo continuamente.

- instituir a substituição remunerada nas funções de gerentes de serviço.

- criar a função de supervisor de caixas e acabar com a indicação de "caixa líder", pois os caixas têm feito várias funções fora de sua alçada, sem receber para isso.

- pagamento da gratificação de caixa para todos os que executarem serviços de caixa, inclusive os gerentes de serviço.

- foram apresentadas propostas para a eleição de delegados sindicais nas PSO, pois após a implantação, em 2012, o banco praticamente inviabilizou a eleição de várias lideranças locais que atuavam nos caixas.

Contratações

Foi apontada como uma das questões mais importantes, pois a falta de pessoal é uma das principais responsáveis pelas más condições de trabalho.

Foi reivindicada a contratação de cinco mil funcionários, pois, apesar do aumento substancial dos serviços, o banco vem reduzindo o número e inclusive não está repondo aposentadorias. Praticamente não houve contratação em 2013, apesar dos aprovados em concurso estarem aguardando para serem chamados.

Carreira

Em relação ao tema ascensão profissional e comissionamento, uma das prioridades é o estabelecimento de processo de seleção interna com regras claras, objetivas e transparentes.

Outra questão que deve avançar é a inclusão dos primeiros gestores na cláusula de proteção contra descomissionamento, que estabelece no mínimo três avaliações de desempenho insatisfatórias para perder a função, como já foi conquistado pelos demais comissionados.

Há um grande abuso por parte do banco na exigência do cumprimento de metas, que vai desde o primeiro gestor até os demais funcionários, muitas pessoas estão sendo ameaçadas e estão perdendo suas funções, por não cumprirem alguma meta estabelecida para o dia.

Por fim, é necessário estabelecer de forma mais clara e objetiva o conceito do que seria desempenho satisfatório/insatisfatório.

Previdência

Foram destacadas algumas prioridades em relação a avanços nos direitos de previdência complementar na Previ: fim do voto de minerva, retorno da consulta ao corpo social em caso de mudanças no estatuto, resgate da parte patronal no Previ Futuro e estabelecimento de um teto de benefício na Previ, dentre outros.

Também foi reivindicada a criação de um benefício de complemento de previdência baseado na distribuição das PLR, haja vista que a PLR passou a ser parte importante da remuneração dos bancários e pesa de forma importante na decisão da aposentadoria. O mesmo foi reivindicado em relação ao VA e VR.


Fonte: Contraf-CUT - http://www.contrafcut.org.br/noticias.asp?CodNoticia=35489


Bancos privados fecham 5,8 mil empregos e baixam salário com rotatividade

 
Os bancos privados que operam no país fecharam 5.800 postos de trabalho nos primeiros sete meses de 2013, andando na contramão da economia brasileira, que gerou 907.214 novos empregos de janeiro a julho. Além disso, o sistema financeiro continua mantendo a política de alta rotatividade como mecanismo para reduzir custos e salários.

Esses são os principais resultados da 19ª Pesquisa de Emprego Bancário (PEB), divulgada nesta sexta-feira 23 pela Contraf-CUT, que faz o estudo em parceria com o Dieese com base nos dados dos Cadastro Geral de Emprego e Desemprego (Caged), do Ministério do Trabalho.

"Mesmo aumentando os lucros e mantendo a mais alta rentabilidade do sistema financeiro internacional, os bancos brasileiros, principalmente os privados, continuam fechando postos de trabalho e utilizando a rotatividade para reduzir os salários dos trabalhadores", critica Carlos Cordeiro, presidente da Contraf-CUT.

Segundo o Caged, os bancos brasileiros desligaram 25.996 bancários de janeiro a julho e contrataram apenas 23.579. Os bancos múltiplos, setor que abrange os bancos privados e o Banco do Brasil, cortaram 5.800 postos de trabalho. Como o BB manteve o quadro de funcionários estável, fica evidente que a eliminação de emprego se concentrou nas instituições privadas. A Caixa Econômica Federal apresentou saldo positivo de 3.156 empregos nos primeiros sete meses.

Veja abaixo quadro com os admitidos e contratados por setor e as respectivas remunerações médias.

Admitidos, desligados e diferença da remuneração média, por setor atividade econômica (*)
Brasil - Janeiro a Julho de 2013
Setor de atividade econômica
Admitidos
Desligados
Saldo
Diferença da Rem. Média (%)
Nº de trab.
Part. (%)
Rem. Média
(em R$)
Nº de trab.
Part. (%)
Rem. Média
(em R$)
Bancos comerciais
405
1,7%
3.738,18
367
1,4%
4.573,58
38
-18,3%
Bancos múltiplos, com carteira comercial
17.717
75,1%
3.043,73
23.517
90,5%
4.495,83
-5.800
-32,3%
Caixas econômicas
4.829
20,5%
2.079,95
1.673
6,4%
4.078,90
3.156
-49,0%
Bancos múltiplos, sem carteira comercial
540
2,3%
3.664,26
332
1,3%
6.653,77
208
-44,9%
Bancos de investimento
88
0,4%
7.397,28
107
0,4%
11.829,67
-19
-37,5%
Total
23.579
100,0%
2.888,74
25.996
100,0%
4.527,84
-2.417
-36,2%

Fonte: MTE/Caged. Elaboração: Dieese-Rede Bancários. (*) Classificação Nacional de Atividade Econômica (CNAE)

Rotatividade reduz salário e concentra renda

A pesquisa Contraf-CUT/Dieese mostra que o salário médio dos admitidos pelos bancos no primeiro semestre foi de R$ 2.888,74, contra salário médio de R$ 4.527,84 dos desligados. Ou seja, os trabalhadores que entram no sistema financeiro recebem remuneração 37,5% inferior à dos que saem.

"Isso explica por que, embora com muita mobilização os bancários tenham conquistado 16,2% de aumento real no salário e 35,6% de ganho real no piso salarial desde 2004, a média salarial da categoria diminuiu neste período. Esse é o mais perverso mecanismo de concentração de renda, num país que faz um grande esforço para se tornar menos injusto", denuncia Carlos Cordeiro.

Segundo dados da Rais (Relação Anual de Informações Sociais), do Ministério do Trabalho e Emprego, o salário médio dos bancários em 2001, deflacionado pelo INPC, era de R$ 5.016,72. Em 2011 (último ano disponível pela Rais), o valor médio salarial do bancário caiu para R$ 4.743,59 - uma redução de 5,44% no poder de compra do salário.

Em contraste brutal com a perda salarial, o lucro líquido conjunto dos seis maiores bancos que atuam no país (BB, Itaú, Bradesco, Santander, Caixa Federal e HSBC) pulou de R$ 4,2 bilhões em 2001 para R$ 52,2 bilhões em 2011 - salto de 520,6%.

A evolução do PIB, do lucro líquido e da remuneração dos bancários

Houve nesta década uma grande concentração de renda no sistema financeiro.

Os 10% mais ricos no país, segundo estudo do Dieese com base no Censo de 2010, têm renda média mensal 39 vezes maior que a dos 10% mais pobres. Ou seja, um brasileiro que está na faixa mais pobre da população teria que reunir tudo o que ganha durante 3,3 anos para chegar à renda média mensal de um integrante do grupo mais rico.

No sistema financeiro a concentração de renda é ainda maior. No Banco Itaú, por exemplo, os executivos da Diretoria recebem em média R$ 9,05 milhões por ano, o que representa 234,27 vezes o que ganha o bancário do piso. No Santander, os diretores embolsam R$ 5,6 milhões, o que significa 145,64 vezes o salário do caixa. E no Bradesco, que paga R$ 5 milhões anuais a seus executivos, a diferença é de 129,57 vezes.

Ou seja, para ganhar a remuneração mensal de um executivo, o Caixa do Itaú tem que trabalhar 16 anos e o caixa do Bradesco 9 anos.

"A sociedade brasileira mostrou nas recentes manifestações de rua que quer mudança e certamente está de olho na prática dos bancos, de juros e tarifas escorchantes. Queremos transformar o crescimento em desenvolvimento econômico e social. Isso passa por melhoria de salário e mais emprego, o contrário do que os bancos estão fazendo", comenta Carlos Cordeiro.

Clique aqui para ver gráfico comparativo entre a evolução do PIB, do lucro líquido dos cinco maiores bancos e da remuneração média dos bancários. É a chamada "boca do jacaré".

Mulheres ganham menos na entrada e na saída

Apesar de constituírem hoje praticamente a metade da categoria bancária e de terem nível de escolaridade superior ao dos homens, a pesquisa Contraf-CUT/Dieese mostra que as mulheres continuam sendo discriminadas no sistema financeiro.

Quando são contratadas, as mulheres recebem salário médio de R$ 2.471,39, ou 25% a menos que os homens (R$ 3.287,43). E quando são desligadas, o salário médio das bancárias é 30% inferior ao dos bancários homens (R$ 3.703,62 contra R$ 5.325,12).

Veja abaixo a evolução do emprego por gênero.

Admitidos, desligados e remuneração média por gênero
Brasil - Janeiro a Julho de 2013
Gênero
Admitidos
Desligados
Saldo
Diferença da Rem. Média (%)
Nº de trab.
Part. (%)
Rem. Média
(em R$)
Nº de trab.
Part. (%)
Rem. Média
(em R$)
Masculino
12.059
51,1%
3.287,43
13.214
50,8%
5.325,12
-1.155
-38,3%
Feminino
11.520
48,9%
2.471,39
12.782
49,2%
3.703,62
-1.262
-33,3%
Total
23.579
100,0%
2.888,74
25.996
100,0%
4.527,84
-2.417
-36,2%
Fonte: MTE/CAGED
Elaboração: Dieese - Rede Bancários