quarta-feira, 31 de outubro de 2018


Lucro do Itaú chega a R$ 19,25 bi nos nove primeiros meses do ano

Resultado corresponde a um crescimento de 3,5% em relação ao mesmo período de 2017
  • Publicado em 30/10/2018 14:29 / Atualizado em 30/10/2018 14:30
O Itaú obteve lucro líquido recorrente de R$ 19,255 bilhões nos nove primeiros meses deste ano. O montante corresponde a um crescimento de 3,5% em relação ao mesmo período de 2017. Com isso, a rentabilidade do banco foi de 21,7%, mesmo patamar medido no ano passado.
Contribuíram para o resultado o menor custo de crédito e as maiores receitas com prestação de serviços. O primeiro está relacionado à melhora da qualidade da carteira de crédito no Brasil, tanto no Banco de Varejo quanto no Banco de Atacado, o que reduz as despesas com provisão para devedores duvidosos (a queda foi de 22,7%). Além disso, houve crescimento de 13,7% na Receita de Recuperação de Créditos Baixados como Prejuízo.

Tarifas

Já as receitas do Itaú com prestação de serviços e tarifas bancárias chegaram a R$ 28 bilhões, uma alta de 7,7% em relação aos nove primeiros meses de 2017. Apenas com essa receita o Itaú cobre 162% do total de suas despesas de pessoal, ou seja, paga toda ela e ainda sobra R$ 10,8 bilhões.
Para Marta Soares, bancária do Itaú e secretária de Imprensa do Sindicato, os sucessivos lucros do banco deveriam refletir em valorização do seu corpo de funcionários. “Queremos o fim das demissões, dos adoecimentos diante de metas cada vez mais abusivas. Em empresa com tamanho resultado, os bancários deveriam trabalhar em paz. Mas não é isso que vemos, e sim um clima de intranquilidade, temor pelo emprego e em relação ao futuro”, ressalta.

Empregos e agências

Entre setembro de 2017 e setembro deste ano, o Itaú abriu 8 novas agências físicas, totalizando 3.531 unidades no país. E ainda 17 novas agências digitais - que agora somam 173. As agências digitais são responsáveis por 18% do volume financeiro do crédito, 40% dos investimentos e 74% dos pagamentos no Itaú.
Já o número de trabalhadores do Itaú no Brasil chegou a 87.070, um aumento de 4.669 em relação a setembro de 2017, em função da aquisição das operações de varejo do Citibank no país. Além disso, o Itaú destaca as contratações de consultores de seguros para a rede de agências e na área de tecnologia.

Carteira de crédito

A carteira de crédito apresentou crescimento de 10,6% em relação a setembro de 2017, chegando a R$ 636,4 bilhões. O crédito Pessoa Física cresceu 11,2%, com destaque para as linhas de cartão de crédito (+20,1%), crédito pessoal (+11,3%) e veículos (+9,7%).
O crédito para Micro e Pequenas empresas também apresentou alta de 14,3%, em contrapartida ao para as grandes empresas, que teve redução de 2,2%. De acordo com o Itaú, a queda se deu pelo fato destas últimas passarem a buscar mais recursos no mercado de capitais, ao invés do mercado de crédito.
O índice de inadimplência chegou a 2,9% da carteira de crédito, ante 3,2% em setembro de 2017.
fonte: http://spbancarios.com.br/10/2018/lucro-do-itau-chega-r-1925-bi-nos-nove-primeiros-meses-do-ano

Por que não se deve reduzir a contribuição previdenciária?


Quanto menor a reserva acumulada, menor o benefício no futuro. Rentabilidade nos fundos de pensão pode ser até 53% maior que na previdência aberta
  • Fenae
  • Publicado em 30/10/2018 12:34
Foto: Fenae
O cenário de crise financeira e incertezas políticas acaba impactando a vida de quem contribui para os planos de previdência complementar. Dados divulgados pela Funcef referentes ao primeiro semestre de 2018 revelam queda de 5,32% nas contribuições dos participantes do REB e 1,65% no Novo Plano. Afinal, qual o impacto disso no futuro das pessoas e porque é importante contribuir o máximo possível?
1) A principal consequência é a redução do benefício futuro. Quanto menores as contribuições e a reserva acumulada ao longo dos anos, menor será o valor a receber na aposentadoria. No Novo Plano, a faixa contributiva prevista no regulamento é de 5% a 12%, enquanto no REB, é de 2% a 7%.
2) As contribuições são paritárias, ou seja, para cada R$ 1 do participante, R$ 1 é depositado também pela Caixa Econômica Federal. Independentemente da rentabilidade dos investimentos, somente a paridade já garante ao participante praticamente 100% de rendimento, excluindo-se o custeio administrativo, que hoje é 3,5% para os ativos e de 0,8% para assistidos (taxa de carregamento, calculada sobre o valor da contribuição ou do benefício no plano, respectivamente). Há, ainda, a taxa de administração, que corresponde a 0,1% sobre a reserva garantidora, que é cobrada em dezembro do ano.
3) Como mostra estudo da Associação Nacional dos Participantes de Fundos de Pensão (Anapar), considerando uma contribuição média mensal de R$ 500, sem paridade, a rentabilidade média obtida nos planos fechados de previdência, ou fundos de pensão, em um período de 35 anos de contribuição, chega a ser 32,3% maior que o resultado obtido em planos abertos como os comercializados por bancos e seguradoras. Para 49 anos de contribuição, a diferença chega a ser de 53%.
Nas mesmas condições, o valor do benefício vitalício nos fundos de pensão pode ser até 179% maior que nos planos abertos de previdência para quem se aposenta aos 53 anos com 35 anos de contribuição.
4) A situação do REG/Replan Não Saldado é diferente. No primeiro semestre de 2018, houve redução de 5,68% nas contribuições feitas pelos participantes do plano, mas a razão dessa diminuição não tem a ver com a decisão do trabalhador.
O Não Saldado é um plano de benefício definido, portanto, o valor do benefício na hora da aposentadoria será equivalente à média dos últimos 12 salários de contribuição. Nesse caso, a Funcef calcula o valor das contribuições que precisam ser feitas pelos participantes para viabilizar o pagamento dos benefícios futuros. Portanto, se houve diminuição na contribuição no Não Saldado, isso se deve ao cálculo feito pela Funcef e pode ter como razão, entre outros fatores, a diminuição da carteira de participantes devido a aposentadorias ou planos de demissão voluntária.
Fonte: http://spbancarios.com.br/10/2018/por-que-nao-se-deve-reduzir-contribuicao-previdenciaria