quinta-feira, 27 de dezembro de 2012



Bancos não atendem público no dia 31 e reabrem dia 2 de janeiro


A exemplo de anos anteriores, os bancos não terão atendimento ao público na próxima segunda-feira, dia 31 de dezembro. Segundo a Febraban, a reabertura das portas ocorrerá na quarta-feira, dia 2 de janeiro, diante do feriado de 1º de janeiro, Dia Mundial da Paz.

As contas de consumo (água, luz, telefone e TV a cabo, por exemplo) e os carnês que vencerem no feriado poderão ser pagas no próximo dia útil (2 de janeiro), sem a incidência de multa. Os tributos, normalmente, já estão com a data ajustada pelo calendário de feriados (federais, estaduais e municipais).

Os clientes também podem agendar nos bancos os pagamentos das contas de consumo ou pagá-las (as que têm código de barras) nos próprios caixas automáticos.


Fonte: Contraf-CUT com Febraban

quarta-feira, 26 de dezembro de 2012



Governo reajusta salário mínimo para R$ 678 a partir de janeiro de 2013


O valor do salário mínimo será R$ 678 a partir do dia 1° de janeiro de 2013. O anúncio foi feito nesta segunda-feira (24) e o decreto será publicado no Diário Oficial da União desta quarta-feira (26). Atualmente, o salário mínimo é R$ 622.

De acordo com a ministra-chefe da Casa Civil, Gleisi Hoffmann, que fez o anúncio a pedido da presidenta Dilma Rousseff, o reajuste, de cerca de 9%, considerou "a variação real do crescimento" e o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC).

"A presidenta fez questão de que isso acontecesse hoje, na véspera de Natal, o reajuste do salário mínimo, que será de R$ 678. Um reajuste portanto de cerca de 9%, considerando a variação real que nós tivemos de crescimento mais a inflação. É um bom anúncio de Natal para o trabalhador, reconhecendo o esforço que todos os trabalhadores fizeram para os resultados que o país teve este ano", disse a ministra Gleisi Hoffman.

A proposta da Lei Orçamentária de 2013 previa o mínimo em R$ 674,96 a partir de janeiro.

Além do reajuste do salário mínimo, o governo anunciou nesta segunda-feira a isenção de imposto de renda sobre a Participação nos Lucros e Resultados de até R$ 6 mil e escalonamento de alíquotas para valores acima desse valor.


Fonte: Agência Brasil


Após mobilização dos trabalhadores, governo isenta IR de PLR até R$ 6 mil


Após mais de um ano de mobilização dos bancários, metalúrgicos, químicos, petroleiros e eletricitários e de negociação entre as principais centrais sindicais e o governo federal, a ministra-chefe da Casa Civil, Gleisi Hoffmann, a pedido da presidenta Dilma Rousseff, anunciou nesta segunda-feira (24) a isenção de Imposto de Renda (IR) na Participação nos Lucros e Resultados (PLR) para trabalhadores que recebem valores até R$ 6 mil. A partir de R$ 6.000,01, foram criadas escalas de alíquotas, de 7,5% até 27,5%, dependendo do valor recebido.

Para quem ganha entre R$ 6.000,01 e R$ 9 mil, a incidência do IR será 7,5%, de R$ 9.000,01 a R$ 12 mil, será 15%, e de R$ 12.000,01 a R$ 15 mil, será 22,5%. Acima de R$ 15 mil, será 27,5%, segundo a ministra Gleisi.

A mudança da incidência do IR sobre a PLR será feita por medida provisória, que o governo vai publicar na edição desta quarta-feira (26) do Diário Oficial da União. Como a medida está sendo anunciada neste fim de ano, ela já passa a valor a partir de janeiro de 2013 para todas as categorias.

A isenção de Imposto de Renda sobre a PLR era uma demanda antiga das centrais sindicais. Uma campanha foi lançada no final de 2011. Houve diversas manifestações - em São Paulo, ABC e Brasília - e reuniões com representantes do governo e parlamentares. Um abaixo assinado com mais de 220 mil assinaturas foi entregue ao governo. A Contraf-CUT encaminhou milhares de adesões recolhidas pelos sindicatos de bancários em todo país.

Na última sexta-feira (21), um ofício assinado pelos presidentes de CUT, Força Sindical, Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), Nova Central e União Geral dos Trabalhadores (UGT) foi enviado à Secretaria-Geral da Presidência da República, informando que as centrais aceitam a proposta do governo, apresentada durante o encontro de Natal da presidenta Dilma com catadores de materiais recicláveis e a população em situação de rua, na quadra dos bancários de São Paulo.

Para Carlos Cordeiro, presidente da Contraf-CUT, "a isenção do IR na PLR é uma conquista importante para os trabalhadores nesta véspera de Natal, pois esses recursos irão agora para o bolso do trabalhador, que poderá consumir mais, contribuindo para aquecer a economia, gerar empregos e incentivar o desenvolvimento do país".

"A isenção do IR na PLR é uma grande vitória para os trabalhadores", afirma Juvandia Moreira, presidenta do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região. "Essa isenção representará economia de mais de R$ 1 bilhão. Um montante que vai para o bolso dos trabalhadores. Economia, portanto, que vai aumentar a demanda."


Fonte: Contraf-CUT com Seeb SãoPaulo e Agência Brasil

sexta-feira, 21 de dezembro de 2012



Conselho de Administração do BB terá representante eleito do funcionalismo


Decreto assinado nesta quarta-feira 19 pela presidenta Dilma Roussef altera a composição do Conselho de Administração do Banco do Brasil de forma a permitir a eleição de um representante do funcionalismo para a mais importante instância decisória da instituição financeira federal. O processo eleitoral precisa ainda ser convocado por um edital específico.

Os trabalhadores do BB já tiveram um representante no Conselho de Administração no período entre 1993 e 2001, conhecido como Garef (Gabinete do Representante dos Funcionários). A representação foi extinta pelo então presidente Fernando Henrique Cardoso.

Desde então o funcionalismo vinha reivindicando a retomada do direito de eleger um representante para o Conselho. Em 2010, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva sancionou projeto de lei, de iniciativa do Poder Executivo, garantindo a participação dos trabalhadores junto aos conselhos de administração das empresas públicas e sociedades de economia mista.

Veja aqui a Lei 12.353, assinada pelo ex-presidente Lula.

O novo decreto (nº 7.864), publicado no Diário Oficial desta quinta-feira 20, estabelece que o representante dos funcionários do BB será "escolhido pelo voto direto de seus pares dentre os empregados ativos, em eleição organizada pelo Banco do Brasil em conjunto com as entidades sindicais que os representam".

Veja aqui o decreto da presidenta Dilma, que também assinado pelo ministro da Fazenda, Guido Mantega.

O decreto proíbe a participação do representante eleito na eleição do presidente e do vice-presidente do Conselho de Administração, mas não faz nenhum outro tipo de restrição.

Participação de dirigentes sindicais

A Contraf-CUT já alertou a Secretaria-Geral da Presidência da República, em reunião realizada dia 14 de novembro, para o risco de o BB desvirtuar o objetivo do decreto que regulamenta a eleição de representante do funcionalismo.

"O banco tem classificado os bancários eleitos, 'liberados' para atividades sindicais, como se fossem 'cedidos' para órgãos do governo ou empresas diversas. Com isso, o BB quer impedir a participação dos dirigentes sindicais na eleição para o Conselho de Administração, repetindo o que já fez em 2010 na eleição para os comitês estaduais de ética", alerta William Mendes, diretor de Formação da Contraf-CUT e coordenador da Comissão de Empresa dos Funcionários do BB.

"O Governo Federal, acionista majoritário do Banco do Brasil, precisa encaminhar o fim desses atos discriminatórios e antissindicais na empresa, preservando assim as boas práticas de gestão e o respeito para com os trabalhadores", afirma a Contraf-CUT no ofício entregue ao secretário-geral da Presidência, José Lopez Feijóo.

O Conselho de Administração do BB, além do futuro representante do funcionalismo, será composto ainda por dois representantes eleitos pelos acionistas minoritários, por quatro representantes da União (sendo um indicado pelo ministro do Planejamento e três pelo ministro da Fazenda) e pelo presidente do Banco do Brasil.


Fonte: Contraf-CUT


Bancários criticam comunicado da vice-presidenta de RH do Santander


Os funcionários receberam nesta quinta-feira (20) um comunicado interno da vice-presidenta de Recursos Humanos do Santander, Lilian Guimarães, sob o título de "Processo de ajuste na nossa organização". O objetivo é tentar explicar as recentes demissões em massa no banco espanhol às vésperas do Natal.

Segundo ela, "nas últimas semanas, o banco passou por ajustes pontuais em sua estrutura, que resultaram em algumas mudanças organizacionais e, infelizmente, na saída de alguns dos nossos colegas".

O funcionário do Santander e secretário da imprensa da Contraf-CUT, Ademir Wiederkehr, rebate a avaliação da dirigente do banco. "Não foram alguns colegas, mas 1.280 funcionários desligados conforme lista enviada pelos advogados do Santander após determinação do Ministério Público do Trabalho", destaca. "Isso é demissão em massa", avalia.

A vice-presidenta de RH afirma que foi estruturado um "pacote que teve como objetivo propiciar os melhores benefícios aos funcionários que saíram, além de apoiá-los no processo de recolocação no mercado". Para Ademir, esse comentário ofende os trabalhadores do banco. "Os funcionários não saíram, mas foram mandados embora, muitos com 10, 20 e 30 anos de casa e terão enorme dificuldade em se recolocar no mercado", aponta. "E o pacote dos melhores benefícios esqueceu os funcionários com menos de 10 anos de banco", critica.

"Mas agora entendo a nova propaganda onde diz que o Santander investe forte no Brasil. Na verdade, investe forte nas demissões de funcionários. Nós queremos o contrário. Que o banco invista forte no emprego e no desenvolvimento econômico e social do país", salienta Ademir.

Diálogo?

A comunicação interna afirma que "em diálogo com o Sindicato dos Bancários concedemos, adicionalmente, alguns benefícios extras que fazem parte de um acordo assinado no dia de hoje". A frase refere-se ao acordo firmado com o Sindicato de São Paulo, na quarta-feira (19), intermediado pela Justiça do Trabalho, o qual prevê indenizações aos demitidos com menos de 10 anos de empresa.

A funcionária do Santander e secretária de Finanças do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Rita Berlofa, ressalta que o "diálogo" não existiu. "Em nenhum momento houve qualquer aviso ou diálogo com o Sindicato. Fomos surpreendidos pelas demissões e tivemos que agir realizando protestos em agências e concentrações e ingressando na Justiça do Trabalho contra a atitude autoritária e desumana do banco", frisa.

Rita explica que a "negociação com o banco só ocorreu porque o Santander foi acionado na Justiça, após o Sindicato entrar com denúncia e pedido de liminar contra as demissões. O acordo judicial só foi homologado depois de um tenso debate com os representantes do banco", conta. A dirigente sindical lembra ainda que, diante da ação do Sindicato, o TRT concedeu liminar no dia 5 de dezembro, suspendendo todas as demissões no banco. A liminar foi revogada na quarta 19, após a assinatura do acordo judicial.

"Lamentamos profundamente o comunicado da vice-presidente de RH, que acabou por cumprir o papel de informar incorretamente os funcionários do Santander. Na verdade, o acordo com o banco foi fruto de um duro embate e da intervenção da Justiça, e não de um 'diálogo'", afirma Rita.

A dirigente sindical destaca ainda que o acordo foi fruto da tentativa do Sindicato de minimizar ao máximo os impactos sociais das demissões, mas que está longe de ser o ideal. "O que queríamos na verdade era reverter todos os desligamentos e que os bancários fossem tratados com a dignidade que merecem. A própria executiva do banco se refere à unidade brasileira como a mais importante dentro do grupo espanhol. O problema é que o banco retribui o resultado que está tendo no país com demissões e desrespeito aos trabalhadores brasileiros", enfatiza.

A verdade é outra

No comunicado, Lilian Guimarães tenta justificar as demissões dizendo que "estas mudanças decorreram da necessidade de acompanharmos o processo de transformação do sistema financeiro e adaptarmo-nos à nova realidade de competitividade da indústria". Ela diz ainda que "esse cenário exige um foco cada vez maior na eficiência e na diversificação de produtos e serviços que atendam aos crescentes anseios e demandas dos nossos clientes e acionistas".

Para a funcionária do Santander e diretora da Federação dos Bancários do RJ e ES, Luiza Maria Mendes de Almeida, a verdade é outra. "A demanda principal dos clientes não é por novos produtos e serviços. O correntista quer atendimento rápido e eficiente, sem filas e com atenção individualizada. Outra grande demanda é por crédito barato - vale lembrar que o Santander foi o único entre os maiores bancos em operação no país que quase não reduziu as taxas de juros", observa Luiza.

A dirigente sindical do Rio avalia que "as demissões não são uma resposta às mudanças do sistema financeiro". Conforme ela, "trata-se, simplesmente, de corte de custos para maximizar os lucros. Lucros estes que serão enviados à matriz do banco para compensar as perdas decorrentes da crise financeira que assola a Europa e, destacadamente, a Espanha".

Luiza reforça que "o Brasil é responsável por 26% do lucro mundial do Santander em 2012 e os bancários brasileiros, que constroem estes bons resultados, não são responsáveis pelas perdas financeiras provocadas pela especulação feita por executivos".

"Os bancários já demonstraram sua indignação aderindo maciçamente aos protestos realizados em todo o país desde as primeiras dispensas. Essa carta aos colegas não minimiza o impacto dos cortes no moral da tropa, nem oferece qualquer garantia de que não haverá mais demissões. Como qualquer empresa que se pretende socialmente responsável, o Santander tem obrigação de respeitar o Brasil e os brasileiros", conclui Luiza.


Fonte: Contraf-CUT com Seeb São Paulo e Feeb RJ-ES

quinta-feira, 20 de dezembro de 2012



Sindicato de São Paulo assina acordo judicial com Santander no TRT-SP


Crédito: Seeb São Paulo
Seeb São PauloO Sindicato dos Bancários de São Paulo assinou um acordo judicial com o Santander no Tribunal Regional do Trabalho da 2ª Região (TRT-2) que prevê indenizações aos trabalhadores demitidos sem justa causa em dezembro que tinham menos de 10 anos de empresa.

Pelo acordo, homologado em audiência de conciliação nesta quarta-feira (19), ficou estabelecido que esses trabalhadores receberão um salário nominal, com limite de R$ 5 mil, e seis meses de vale-alimentação. O acordo judicial foi construído após quatro audiências, presididas pela desembargadora Rilma Hemetério, e três reuniões de conciliação, intermediadas pelo Núcleo de Solução de Conflitos do TRT.

O acordo extrajudicial, que regra outros casos, ainda está sendo redigido por representantes do Sindicato e do banco e a redação final deve sair nos próximos dias. Os casos previstos no documento são os de funcionários demitidos que estavam na estabilidade pré-aposentadoria; os desligados que estavam a seis meses de entrar na estabilidade pré-aposentadoria; e os que têm HIV, câncer ou lúpus. O banco se comprometeu em reintegrar ou indenizar esses bancários.

"Após muitos debates chegamos a acordo judicial, mas ainda estamos acertando os detalhes finais da redação do documento com o banco. Com isso, pudemos reduzir parte do impacto social das 440 demissões anunciadas pelo Santander na base do Sindicato em dezembro. Mesmo assim, o que conseguimos até agora está longe daquilo que o Sindicato defende para os trabalhadores e do que eles têm direito", disse a coordenadora da mesa de negociações com o Santander e diretora executiva do Sindicato, Rita Berlofa.

A dirigente ressalta que o banco não demite na Espanha, apesar da crise financeira pela qual passa o país. "Os trabalhadores europeus não são tratados dessa maneira e nem dispensados dessa forma. Ainda temos de lutar muito para ter nossa dignidade respeitada. Nossa luta, portanto, não termina aqui, ela tem de avançar para que o trabalhador seja respeitado."

Rita ressalta que o Brasil precisa voltar a ser signatário da Convenção 158 da Organização Internacional do Trabalho (OIT), a qual coíbe dispensas imotivadas. "É a 158 que protege os trabalhadores europeus. Ela havia sido ratificada no governo de Itamar Franco, mas o país foi retirado da convenção em 1996, pelo então presidente Fernando Henrique Cardoso. Precisamos voltar a ser signatários dessa medida para que o emprego no país seja respeitado."

Histórico

Em apenas três dias de dezembro, o Santander promoveu 440 demissões em São Paulo, Osasco e região. Diante da dispensa em massa, o Sindicato entrou com ação trabalhista no TRT em 5 de dezembro e conquistou liminar que suspendeu todas as dispensas sem justa causa no mês. Após a assinatura do acordo judicial, a liminar foi revogada.

Além da disputa na Justiça, o Sindicato realizou protestos em agências e concentrações do banco. A luta dos bancários do Santander também recebeu solidariedade de diversas entidades de trabalhadores em todo o mundo.

O acordo com o Sindicato pode ser estendido para todo o território nacional, mas isso depende de negociações posteriores com o banco.


Fonte: Contraf-CUT com Seeb São Paulo

quarta-feira, 19 de dezembro de 2012



Liminar suspende demissões do Santander na base da Feeb SP/MS


Crédito: Seeb Piracicaba
Seeb PiracicabaProtesto em Piracicaba contra demissões no banco espanhol

A juíza Gabriela Lens de Lacerda, da 4ª Vara do Trabalho de Campinas, concedeu nesta terça-feira (18) uma liminar que suspende todas as demissões sem justa causa promovidas pelo Santander em novembro e dezembro na base da Federação dos Bancários de São Paulo e Mato Grosso do Sul (Feeb SP/MS).

A Ação Civil Pública (ACP), ingressada pela Feeb-SP/MS, vale para as bases territoriais de Andradina, Araçatuba, Franca, Guaratinguetá, Jaú, Lins, Marília, Piracicaba, Presidente Venceslau, Ribeirão Preto, São José do Rio Preto, São Carlos, São José dos Campos, Sorocaba, Tupã e Votuporanga, onde o banco espanhol dispensou 117 bancários, às vésperas do Natal.

A multa em caso de descumprimento da decisão é de R$ 100 mil por funcionário desligado.

"Conseguimos a suspensão das demissões e agora vamos lutar para que haja a reintegração de todos os trabalhadores que foram desligados sem justa causa e dos bancários que estavam em período de estabilidade provisória, como pré-aposentadoria", afirma o presidente da Feeb SP/MS, Davi Zaia.


Fonte: Contraf-CUT com Feeb SP/MS

terça-feira, 18 de dezembro de 2012



Bancários paralisam contra Natal de demissões em massa no Santander


Os bancários realizam nesta terça-feira (18) um dia nacional de luta contra as demissões em massa no Santander. Com faixas, cartazes e carro de som, os trabalhadores paralisam agências e centro administrativos e protestam contra a falta de respeito do banco espanhol com o Brasil e os brasileiros.

Uma carta aberta está sendo entregue aos clientes e usuários do banco, denunciando as dispensas e pedindo apoio e solidariedade para a luta dos bancários, visando suspender as demissões, a exemplo da liminar concedida pelo TRT-SP no último dia 6 ao Sindicato dos Bancários de São Paulo.

Clique aqui para ler a carta aberta.

A instituição desligou 1.280 empregados nos primeiros dias de dezembro em todo país. A lista foi enviada na última sexta-feira (14) pelos advogados do banco para a Contraf-CUT, após determinação feita pela procuradora regional do Trabalho da 10ª Região do Ministério Público do Trabalho (MPT), Ana Cristina Tostes Ribeiro, durante audiência de mediação realizada na quarta-feira (12), em Brasília.

"Esse número confirma que se trata de demissões em massa", avalia Ademir Wiederkehr, funcionário do banco e secretário de imprensa da Contraf-CUT. "O número só não é maior por causa das denúncias, dos protestos e da mobilização das entidades sindicais em todo país", salienta o dirigente sindical.

Segundo os sindicatos, entre os desligados há funcionários com mais de 10, 20 e 30 anos de casa, muitos próximos da aposentadoria, o que caracteriza uma prática discriminatória com os mais antigos de banco. Além disso, vários desligados são gerentes e, portanto, com maiores salários, mostrando que, com as demissões, o objetivo é continuar fazendo rotatividade para reduzir ainda mais os custos e aumentar os lucros para remessa à Espanha.

"As demissões realizadas pelo Santander aconteceram sem qualquer discussão prévia com o movimento sindical e sem nenhuma justificativa, sobretudo diante do lucro gerencial de R$ 4,7 bilhões até setembro, que representa 26% do resultado mundial do banco", explica Ademir.

Conforme análise do Dieese, 1.216 dos 1.280 foram demitidos sem justa causa, o que significa 95% dos casos. "Cobramos a reversão das dispensas, o fim da rotatividade, mais contratações e melhores condições de saúde, segurança e trabalho", defende Ademir.

A Contraf-CUT enviou na segunda-feira (17) documento ao MPT sobre a lista de desligados e acerca das informações prestadas mensalmente pelo banco ao Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) referentes aos anos de 2011 e 2012, conforme determinação da procuradora. "Aguardamos posicionamento do MPT", destaca o dirigente sindical.

Ministério do Trabalho e Emprego

A Contraf-CUT também espera resposta do Santander para a proposta feita pelo secretário de Relações de Trabalho do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Manoel Messias, durante audiência com a Contraf-CUT e o Sindicato dos Bancários de São Paulo na última quinta-feira (13), em Brasília. Ele propôs a suspensão das demissões efetuadas em dezembro, conforme liminar concedida no TRT-SP, e a abertura de um processo de diálogo e negociação coletiva, resguardando as medidas já tomadas pelas entidades sindicais.

Messias salientou o esforço do MTE para combater a rotatividade, reafirmado o compromisso assumido pelo ministro Brizola Neto, por ocasião da 14ª Conferência Nacional dos Bancários, ocorrida em julho, em Curitiba. O Ministério ficou de convocar nova audiência entre as partes, logo após a resposta do Santander.

Nova audiência no TRT-SP

Ocorre nesta terça-feira, às 13h45, a terceira audiência de conciliação no Tribunal Regional do Trabalho (TRT) da 2ª Região de São Paulo. A liminar, requerida pelo Sindicato, foi deferida pela desembargadora Rilma Aparecida Hemetério, durante a primeira audiência de conciliação, no último dia 6. Caso a direção do Santander desobedeça, terá de pagar multa diária de R$ 100 mil.

Para a magistrada, o banco espanhol deveria respeitar os trabalhadores brasileiros assim como respeita os da Espanha, país de origem da empresa. Segundo ela, os trabalhadores daqui não podem ser tratados como se fossem de segunda categoria.

Também foram ajuizadas ações em tribunais de outros estados, visando suspender as demissões e proteger os empregos dos funcionários do Santander.


Fonte: Contraf-CUT

segunda-feira, 17 de dezembro de 2012



Após audiência no MPT, Santander envia lista com 1.280 demitidos no país


Crédito: Guina - Contraf-CUT
Guina - Contraf-CUTAudiência no Ministério Público do Trabalho (MPT), em Brasília

Saiu finalmente a lista dos demitidos do Santander neste início de dezembro em todo país. A relação possui um total de 1.280 nomes de funcionários e foi enviada nesta sexta-feira (14) pelos advogados do banco para a Contraf-CUT, após determinação da procuradora regional do Trabalho da 10ª Região do Ministério Público do Trabalho, Ana Cristina Tostes Ribeiro, durante audiência de mediação realizada na quarta-feira (12), em Brasília.

"Esse número confirma que se trata de demissões em massa", avalia Ademir Wiederkehr, funcionário do banco e secretário de imprensa da Contraf-CUT. "O número só não é maior por causa da mobilização das entidades sindicais em todo país", salienta o dirigente sindical.

"Os nomes apresentados pelo banco não estão organizados por estado ou base sindical, nem se encontram em ordem alfabética. Tudo para dificultar a conferência. É mais uma prova da falta de transparência do Santander nas relações de trabalho", critica Ademir.

A relação já foi encaminhada pela Contraf-CUT aos sindicatos e federações para checagem das entidades. Qualquer divergência deve ser comunicada para a Confederação até segunda-feira (17), às 12h, a fim de ser incluída na manifestação que será protocolará até o final da tarde no MPT.

"As demissões realizadas pelo Santander aconteceram sem qualquer discussão prévia com o movimento sindical e sem nenhuma justificativa, sobretudo diante do lucro gerencial de R$ 4,7 bilhões até setembro, que representa 26% do resultado mundial do banco", explica Ademir.

Na audiência no MPT, a Contraf-CUT defendeu a reversão de todos os desligamentos ocorridos em dezembro e cobrou a abertura de um processo de negociação sobre emprego com o Santander. Participaram o presidente e o secretário de Organização do Ramo Financeiro da Contraf-CUT, Carlos Cordeiro e Miguel Pereira, respectivamente, juntamente com a funcionária do Santander e diretora do Sindicato dos Bancários de Brasília, Rosane Alaby. Também esteve presente o assessor jurídico da Confederação, Sávio Lobato.

Caged

O Santander também enviou para a Contraf-CUT as informações prestadas mensalmente ao Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) referentes aos anos de 2011 e 2012, conforme determinação da procuradora. Os dados já estão sendo conferidos pelos técnicos do Dieese.

Os números do Caged foram igualmente solicitados pela Contraf-CUT, durante a audiência de mediação ocorrida na quinta-feira (13) entre a Confederação e o Sindicato dos Bancários de São Paulo com o Santander no Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), em Brasília.

Durante essa audiência, o secretário de Relações de Trabalho do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Manoel Messias, propôs a suspensão das demissões efetuadas em dezembro, conforme liminar concedida no TRT-SP, e a abertura de um processo de diálogo e negociação coletiva, resguardando as medidas já tomadas pelas entidades sindicais.

Messias salientou o esforço do MTE para combater a rotatividade, reafirmado o compromisso assumido pelo ministro Brizola Neto, durante a 14ª Conferência Nacional dos Bancários, em Curitiba. O Ministério convocará uma nova audiência entre as partes nos próximos dias, após a resposta do Santander.


Fonte: Contraf-CUT

sexta-feira, 14 de dezembro de 2012



Ministério do Trabalho propõe suspender demissões do Santander em todo país


Crédito: Guina - Contraf-CUT
Guina - Contraf-CUTContraf-CUT e Sindicato de São Paulo cobram emprego e fim da rotatividade

Em audiência de mediação ocorrida na manhã desta quinta-feira (13) entre a Contraf-CUT e o Sindicato dos Bancários de São Paulo com o Santander, em Brasília, o secretário de Relações de Trabalho do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Manoel Messias, propôs a suspensão das demissões efetuadas em dezembro, conforme liminar concedida no TRT-SP, e abrir um processo de diálogo e negociação coletiva, resguardando as medidas já tomadas pelas entidades sindicais.

O advogado Alencar Rossi, representante do banco espanhol, ficou de consultar a instituição sobre a proposta apresentada e encaminhar uma resposta ao MTE. A partir da manifestação do banco, o Ministério convocará uma nova audiência entre as partes nos próximos dias.

A reunião foi realizada após carta enviada no último dia 5 pela Contraf-CUT ao ministro do Trabalho e Emprego. O Sindicato também fez contatos.

Clique aqui para ler a íntegra da carta.

Participaram do encontro o secretário de Organização do Ramo Financeiro da Contraf-CUT, Miguel Pereira, e a presidente e a secretária de finanças do Sindicato, Juvandia Moreira e Rita Berlofa, respectivamente. Também esteve presente o assessor jurídico da Confederação, Sávio Lobato.

Demissões em massa

Os dirigentes sindicais ressaltaram que ocorreram demissões em massa em todo país, sem qualquer discussão prévia e sem nenhuma justificativa, sobretudo diante do lucro gerencial de R$ 4,7 bilhões até setembro, que representa 26% do resultado mundial do banco.

"Mais de mil funcionários foram dispensados às vésperas do Natal, muitos com mais de 10 anos de casa, oriundos de bancos adquiridos e próximos da aposentadoria", denuncia Miguel. O representante do Santander disse que não é possível reverter as dispensas.

O diretor da Contraf-CUT solicitou acesso aos dados informados pelo Santander ao Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) do MTE. O banco concordou e as informações serão disponibilizadas até esta sexta-feira (14).

Messias salientou o esforço do MTE para combater a rotatividade, reafirmado o compromisso assumido pelo ministro Brizola Neto, durante a 14ª Conferência Nacional dos Bancários, em Curitiba. "O secretário do Ministério anunciou que as demissões do Santander foram denunciadas ao Ponto de Contato Nacional (PCN)", destaca Miguel.

Pesquisa

O dirigente da Contraf-CUT entregou para Messias a 15ª Pesquisa do Emprego Bancário, elaborada pela Contraf-CUT e Dieese e divulgada nesta quinta, mostrando que o sistema financeiro nacional gerou 2.876 novos empregos entre janeiro e setembro deste ano, o que representa uma queda de 84,2% em comparação com o mesmo período do ano passado. Embora pequeno, o saldo positivo deve-se às contratações dos bancos públicos. Nas instituições privadas, houve fechamento de 7.286 postos de trabalho nos primeiros nove meses do ano.

"A pesquisa revela mais uma vez que a rotatividade de mão-de-obra continua sendo utilizada pelos bancos para reduzir os salários", frisou Miguel. Até setembro, o salário médio dos trabalhadores contratados foi 38,65% inferior ao dos desligados. "E as mulheres continuam ganhando menos que os homens nas instituições financeiras", completou.

Responsabilidade social

Para o diretor da Contraf-CUT, "apesar dos lucros bilionários, o sistema financeiro contribui muito pouco para a geração de empregos e, como se não bastasse, os bancos privados estão cortando postos de trabalho, na contramão do crescimento da economia e do desenvolvimento do país com distribuição de renda e inclusão social".

Miguel reforça que "se o Santander não demite na Espanha onde há crise, nem corta vagas em outros países da América Latina, não há por que colocar trabalhadores brasileiros no olho da rua".

Ele lembra ainda que "não falta dinheiro ao banco para gastar com propaganda na TV e patrocínio de futebol e Fórmula 1". Por isso, "é preciso reverter as demissões, negociar com o movimento social e botar a responsabilidade social em prática".


Fonte: Contraf-CUT

quinta-feira, 13 de dezembro de 2012



Ministério do Trabalho discute demissões no Santander nesta quinta


O Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) realiza nesta quinta-feira (13), às 10h, uma reunião entre a Contraf-CUT e o Santander, em Brasília, para discutir o processo de demissões de massa em dezembro, às vésperas do Natal. O agendamento ocorre após carta enviada na última quarta-feira (5) pela Confederação, propondo medidas para abrir um canal de diálogo com o banco.

Clique aqui para ler a íntegra da carta.

No ofício enviado ao ministro do Trabalho e Emprego, Brizola Neto, a Contraf-CUT solicita "a adoção de medidas no âmbito do governo federal para estabelecer um diálogo social com o Santander, visando a reintegração dos desligados, a manutenção dos empregos e o fim da rotatividade, como forma de contrapartida pelos excelentes resultados aqui obtidos".

A Contraf-CUT lembrou no ofício a participação do ministro na 14ª Conferência Nacional dos Bancários, no dia 20 de julho, em Curitiba, onde ele criticou a alta rotatividade no sistema financeiro. Brizola Neto disse que "o Ministério do Trabalho tem o compromisso com o elo mais fraco das relações de trabalho, que são os trabalhadores".

"Esperamos que essa reunião possibilite a abertura de um canal de negociação com o banco espanhol sobre emprego, pois não é possível que lá na Espanha, onde existe crise, não haja dispensas e aqui tenha essa rotatividade e ainda demissões em massa antes do Natal, mesmo com a participação de 26% no lucro mundial da instituição", destaca Carlos Cordeiro, presidente da Contraf-CUT.


Fonte: Contraf-CUT

quarta-feira, 12 de dezembro de 2012



MPT cobra detalhamento das informações sobre demissões do Santander


Crédito: Aguinaldo Azevedo
Aguinaldo AzevedoContraf-CUT defendeu reversão das dispensas em massa no banco

Em audiência de mediação no Ministério Público do Trabalho, solicitada pela Contraf-CUT e realizada na manhã desta quarta-feira (12), em Brasília, a procuradora regional do Trabalho da 10ª Região, Ana Cristina Tostes Ribeiro, solicitou ao Santander o detalhamento das informações sobre as demissões efetuadas em novembro e dezembro em todo país, bem como cópia das informações prestadas mensalmente ao Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) em 2012.

O prazo concedido ao banco foi de 24 horas, quando os documentos apresentados serão disponibilizados para a Contraf-CUT se manifestar igualmente no mesmo prazo.

Após esse período de 48 horas, a procuradora examinará os documentos juntados pelas duas partes para então definir um posicionamento e as medidas que serão tomadas no âmbito do MPT. Um das possibilidades é o ajuizamento de uma ação civil pública contra o Santander.

O presidente e o secretário de Organização do Ramo Financeiro da Contraf-CUT, Carlos Cordeiro e Miguel Pereira, respectivamente, juntamente com a funcionária do Santander e diretora do Sindicato dos Bancários de Brasília, Rosane Alaby, denunciaram o processo de demissões em massa no banco espanhol neste final de ano, às vésperas do Natal.

Cordeiro, também presidente da UNI Américas Finanças, ressaltou que o Santander obtém lucros astronômicos no Brasil, que representam 26% do resultado mundial do banco. "Na Espanha, onde há crise, não há demissões, nem em outros países da América, mas aqui o banco promove dispensas em massa, o que é totalmente injustificável e significa um enorme descaso com o emprego e o desenvolvimento econômico e social do país", frisou.

O advogado do Santander repetiu o discurso do banco de que as demissões ocorridas estão "dentro da normalidade", informando que foram mil dispensas em dezembro e que não haverá outras nesse mês.

A Contraf-CUT defendeu a reversão de todos os desligamentos ocorridos em dezembro e cobrou a abertura de um processo de negociação sobre emprego com o Santander.

"Não foi marcada nova audiência de mediação no MPT por causa da posição intransigente do Santander, que não aceitou discutir a reversão das dispensas efetuadas", salienta Miguel.


Fonte: Contraf-CUT


MPT realiza audiência de mediação entre Contraf e Santander nesta quarta


O Ministério Público do Trabalho (MPT) realiza nesta quarta-feira (12), às 9h30, uma audiência de mediação entre a Contraf-CUT e o Santander, em Brasília, sobre as demissões em massa neste mês de dezembro, às vésperas do Natal.

A reunião foi solicitada pela Contraf-CUT logo após o início das dispensas em todo país, diante da falta de diálogo e de transparência do banco espanhol com o movimento sindical e os trabalhadores.

As demissões atingiram principalmente funcionários com mais de 10 anos de casa, muitos gerentes e oriundos de bancos adquiridos (Banespa, Real, Sudameris, Meridional, Noroeste), perto da aposentadoria e até pessoas com deficiência.

"Foi um processo surpreendente, desumano e cruel que afetou a vida de centenas de pais e mães de família em todo Brasil", afirma o presidente da Contraf-CUT, Carlos Cordeiro.

Números contraditórios

Cobrado pelo TRT-SP, o Santander admitiu nesta terça-feira (11) ter realizado mil desligamentos em todo o país, mas informações levantadas pelos representantes dos trabalhadores indicam que, de fato, o número de demissões ultrapassa 2 mil no Brasil. Houve até informações que o total poderia chegar a 5 mil.

O Santander entregou ao TRT-SP uma lista na qual constam os nomes de 440 trabalhadores na base teritorial do Sindicato dos Bancários de São Paulo em processo de demissão, em dezembro. O banco alega que esse total não caracteriza demissão em massa, mas o Sindicato apresentou dados que mostram o contrário. Segundo levantamento da entidade, a média de homologações do Santander em São Paulo, Osasco e região é de 77,8 ao mês, em 2012, muito abaixo das 440 previstas para dezembro.

Não há motivos para demitir

Cabe registrar que o Santander não está demitindo na Espanha onde há crise, nem em outros países da América Latina. Por que dispensa trabalhadores brasileiros que produzem 26% do lucro mundial do banco? Nenhum outro país gera tão grande resultado para o banco do que o Brasil.

Nos primeiros nove meses do ano, o Santander lucrou R$ 5,6 bilhões, segundo o padrão contábil internacional. "Com esse lucro bilionário, o banco deveria fazer mais contratações e melhorar as condições de trabalho, a fim de oferecer atendimento decente aos clientes", aponta o funcionário do Santander e secretário de imprensa da Contraf-CUT, Ademir Wiederkehr.

A Contraf-CUT também enviou cartas ao presidente do Santander Brasil, Marcial Portela, e aos ministros do Trabalho e Emprego, Brizola Neto, e da Fazenda, Guido Mantega, solicitando reuniões para discutir as demissões e buscar garantir o emprego dos trabalhadores.

"O emprego é prioridade não somente para os bancários mas também para o desenvolvimento econômico e social do Brasil com distribuição de renda e inclusão", conclui o presidente da Contraf-CUT.


Fonte: Contraf-CUT

terça-feira, 11 de dezembro de 2012



BB recusa mediação no Ministério do Trabalho e mostra que é antissindical


Crédito: Guina - Contraf-CUT
Guina - Contraf-CUTContraf-CUT e Sindicato de Brasília denunciam práticas antissindicais do BB

A Contraf-CUT em conjunto com o Sindicato dos Bancários de Brasília, participou nesta segunda-feira (10), de audiência com o Banco do Brasil, no Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), em Brasília, para tratar de ilegalidade na jornada de trabalho, passivo trabalhista e descomissionamentos por "ato de gestão", bem como sobre as práticas antissindicais que o banco vem tomando e as perseguições que funcionários vêm sofrendo.

A reunião aconteceu duas semanas após o Sindicato denunciar os abusos do BB e solicitar a atuação do ministro Brizola Neto. Os bancários também já procuraram a Secretaria-Geral da Presidência da República e o Ministério Público do Trabalho (MPT).

Uma das práticas questionadas pelo movimento sindical é o fato de o banco descomissionar o trabalhador após este garantir na Justiça o direito de receber a 7ª e 8ª hora como horas extras. "Logo após o trabalhador ganhar na Justiça, o banco desvirtua a ordem judicial descomissionando o bancário, fazendo com que ele perca o seu direito", explica Eduardo Araújo, diretor do Sindicato dos Bancários de Brasília, representante da entidade na audiência. "Mas, assim como já havia feito no MPT no último dia 3, o banco não se mostrou disposto à mediação", afirma o dirigente sindical.

Outro ponto que o banco insiste em não negociar é em relação às novas funções comissionadas de seis horas, que devem ser implantadas até 31 de janeiro de 2013. O BB anunciou ao secretário de Relações do Trabalho do MTE, Manoel Messias Nascimento Melo, que irá implantar as novas funções até janeiro de 2013, mas sem estabelecer nenhum diálogo e negociação com o movimento sindical.

"O que queremos é discutir como tal processo será feito. O próprio MTE sugeriu ao banco que seria interessante uma negociação com a representação sindical sobre as novas funções, como ocorreu em outras empresas públicas, mas o BB novamente desconsiderou a proposta e a mediação do Ministério do Trabalho também não avançou", afirma William Mendes, secretário de formação da Contraf-CUT e coordenador da Comissão de Empresa dos Funcionários do BB.

Ao que parece, a direção de gestão de pessoas do BB não tem a mínima vontade de negociar e só atua através de ação judicial e de pressão sindical. "A Contraf-CUT e as entidades sindicais continuam buscando espaços e locais que possam ajudar na intermediação com o BB, mas o banco tem mostrado uma postura antissindical e avessa a mediações de órgãos como o Ministério do Trabalho e o MPT", critica William.

Perseguições aos grevistas

Em relação às denúncias encaminhadas pelos representantes dos trabalhadores sobre a perseguição para a compensação das horas aos trabalhadores que exerceram neste ano o seu legítimo direito de greve, suspendendo férias, abonos e licenças, tanto o BB quanto o movimento sindical decidiram não tratar sobre esse tema no MTE, deixando essa discussão no âmbito do MPT, como já vem ocorrendo.

Em audiência realizada pelo MPT, na última segunda-feira (3), o banco se manteve intransigente e recusou a proposta da procuradora de voltar atrás na decisão de cancelar unilateralmente férias, abonos e licenças já programados dos trabalhadores que participaram da greve.

"O MPT havia sugerido ao BB que alterasse o item 4.5.4 da IN361 que dá margem ao banco para prejudicar férias, licenças e abonos dos bancários grevistas. A ousadia do BB é tanta que, antes do prazo dado pelo MPT (10) para que o BB apresentasse uma solução, o banco, além de não atender à procuradora, soltou na sexta-feira (7) boletim insistindo e incentivando a prática de pressão e assédio, mostrando total desrespeito aos bancários, às entidades sindicais e aos órgãos públicos", aponta William.

Na última sexta-feira, a Contraf-CUT protocolou no MPT o boletim que o banco fez e pediu para que o órgão abra procedimento investigatório contra o BB em razão da prática de improbidade administrativa da "Direção Executiva" do banco que assinou esse material. Também instou o MPT que promova ação civil pública para a preservação dos direitos individuais e homogêneos e dos direitos coletivos dos funcionários.


Fonte: Contraf-CUT com Seeb Brasília

segunda-feira, 10 de dezembro de 2012



Contraf-CUT cobra medidas do governo contra demissões no Santander


Crédito: CUT
CUTContraf-CUT enviou carta ao ministro do Trabalho e Emprego

A Contraf-CUT enviou na manhã desta quarta-feira (5) carta ao ministro do Trabalho e Emprego, Brizola Neto, solicitando "a adoção de medidas no âmbito do governo federal para estabelecer um diálogo social com o Santander, visando a reintegração dos desligados, a manutenção dos empregos e o fim da rotatividade, como forma de contrapartida pelos excelentes resultados aqui obtidos".

> Clique aqui para ler a íntegra da carta.

O ofício denuncia ao ministro as demissões em massa no banco espanhol. Brizola Neto participou da 14ª Conferência Nacional dos Bancários, no dia 20 de julho, em Curitiba, onde criticou a alta rotatividade no sistema financeiro.

"Fomos pegos de surpresa ao tomarmos conhecimento nesta semana de demissões em massa na rede de agências e centros administrativos do Banco Santander (Brasil), que atingiram principalmente funcionários com mais de 10 anos de casa, muitos oriundos de bancos adquiridos (Banespa, Real, Meridional, Noroeste), perto da aposentadoria e até pessoas com deficiência. Dispensas que podem chegar a 5 mil funcionários, segundo informações extraoficiais, e que acontecem em pleno final de ano, às vésperas do Natal, desrespeita a vida dos trabalhadores e de suas famílias", afirma o documento.

Ao final, a carta assinada pelo presidente e secretário de imprensa da Contraf-CUT, Carlos Cordeiro e Ademir Wiederkehr, respectivamente, ressalta o compromisso assumido pelo ministro em Curitiba. Brizola Neto disse que "o Ministério do Trabalho tem o compromisso com o elo mais fraco das relações de trabalho, que são os trabalhadores".

Veja o texto da carta ao ministro:

São Paulo, 5 de dezembro de 2012.

Ao
Ministério do Trabalho e Emprego
Gabinete do Ministro
Att. do Sr. Brizola Neto
Brasília - DF

Excelentíssimo Senhor Ministro:

Ref.: Demissões em massa no Banco Santander (Brasil).

Ao cumprimentarmos Vossa Excelência, vimos comunicar-lhe que fomos pegos de surpresa ao tomarmos conhecimento nesta semana de demissões em massa na rede de agências e centros administrativos do Banco Santander (Brasil), que atingiram principalmente funcionários com mais de 10 anos de casa, muitos oriundos de bancos adquiridos (Banespa, Real, Meridional, Noroeste), perto da aposentadoria e até pessoas com deficiência. Dispensas que podem chegar a 5 mil funcionários, segundo informações extraoficiais, e que acontecem em pleno final de ano, às vésperas do Natal, desrespeita a vida dos trabalhadores e de suas famílias.

Essas demissões não se justificam. O Santander lucrou R$ 5,6 bilhões nos primeiros nove meses deste ano no Brasil, contribuindo com 26% do resultado mundial do banco. Além disso, não houve qualquer discussão prévia com o movimento sindical, que durante negociação ocorrida no dia 22 de novembro no Comitê de Relações Trabalhistas reivindicou mais contratações e o fim da rotatividade, a fim de melhorar as condições de trabalho e o atendimento aos clientes.

Considerando o compromisso assumido por Vossa Excelência de enfrentar, junto com os bancários e demais categorias, a rotatividade que ocorre em alguns segmentos do mercado de trabalho, como o setor financeiro, durante a sua exposição sobre emprego feita na 14ª Conferência Nacional dos Bancários, ocorrida no dia 20 de julho, em Curitiba, vimos solicitar-lhe a adoção de medidas no âmbito do governo federal para estabelecer um diálogo social com o Santander, visando a reintegração dos desligados, a manutenção dos empregos e o fim da rotatividade, como forma de contrapartida pelos excelentes resultados aqui obtidos.

Contamos com o apoio irrestrito de Vossa Excelência. Afinal, como afirmou publicamente aos bancários em Curitiba, "o Ministério do Trabalho tem o compromisso com o elo mais fraco das relações de trabalho, que são os trabalhadores".

Certos de sua atenção, ficamos no aguardo de sua resposta.

Atenciosamete

Carlos Alberto Cordeiro da Silva
Presidente

Ademir José Wiederkehr
Secretário de Imprensa


Fonte: Contraf-CUT

sexta-feira, 7 de dezembro de 2012



Liminar do TRT-SP suspende demissões no Santander em São Paulo


Crédito: Seeb São Paulo
Seeb São PauloManifestação na Avenida Paulista contra as demissões

A mobilização dos bancários, que já paralisaram diversas agências e centros administrativos do Santander em todo país contra as demissões em massa, obteve a primeira vitória nesta quinta-feira (6), em São Paulo.

A desembargadora Rilma Aparecida Hemetério, do Tribunal Regional do Trabalho da 2ª Região (capital e região metropolitana de São Paulo), deferiu liminar requerida pelo Sindicato dos Bancários de São Paulo e suspendeu, a partir desta quinta-feira, todas as demissões sem justa causa feitas pelo Santander em São Paulo, Osasco e região, base territorial da entidade. De acordo com a juíza, todas as dispensas que ainda não foram homologadas estão suspensas. As já homologadas, serão discutidas.

Caso a direção do Santander desobedeça a liminar que proíbe as demissões, a instituição financeira pagará multa diária de R$ 100 mil.

Para a presidenta do Sindicato, Juvandia Moreira, a liminar foi uma vitória importante na luta dos trabalhadores contra as demissões. "A Justiça entendeu que o banco não foi transparente com os trabalhadores nem com o Sindicato. A desembargadora também destacou que o Santander Brasil não apresenta motivações para demitir, porque não passa por crise, pelo contrário, ela citou indicadores que mostram a saúde financeira da instituição", disse.

Durante a audiência de conciliação, realizada nesta quinta, a desembargadora, que preside a Seção de Dissídios Coletivos do TRT-SP, dirigiu-se aos representantes do banco espanhol dizendo que, como instituição europeia que são, deveriam respeitar os trabalhadores brasileiros assim como respeitam os espanhóis. "Não podem tratados os brasileiros como se fossem de segunda categoria", disse.

Ela lembrou que os trabalhadores da Comunidade Europeia contam com leis de proteção ao emprego que não existem no Brasil e que lá, diferentemente daqui, os países são signatários da Convenção 158 da Organização Internacional do Trabalho (OIT), a qual coíbe demissões em massa. Mas que mesmo assim, de acordo com ela, o trabalho é uma questão social e tem de ser olhado dessa forma.

A desembargadora destacou, também, a boa situação do banco. "Todos os rankings de consultorias indicam que não há crise no Santander. Ou seja, não precisa demitir."

A magistrada frisou ainda que os trabalhadores "não podem ficar desamparados" e que "não se pode fazer vistas grossas quando não existe uma legislação específica".

Para a diretora executiva do Sindicato e funcionária do Santander Rita Berlofa, a decisão do TRT foi sensata. "A desembargadora deixou bem claro aquilo que nós do Sindicato sempre defendemos: que os trabalhadores brasileiros não podem ser tratados como de segunda categoria. Além de destacar a função social do trabalho, que deve ser protegida."

O funcionário do Santander e secretário de imprensa da Contraf-CUT, Ademir Wiederkehr, que acompanhou a audiência, avaliou que a liminar é muito importante, pois abriu um novo caminho na luta contra as demissões no Santander. "Precisamos continuar intensificando as mobilizações para estender essa vitória para todo o país", destacou.

Números de São Paulo

Durante a audiência, os desembargadores cobraram dos representantes do Santander o número exato de cortes em dezembro. A princípio, eles alegaram não ter esses dados, mas depois de um intervalo e de alguns telefonemas afirmaram que seriam 415 ao todo, na base do Sindicato, até 14 de dezembro, sendo que dessas, dez eram pedidos de demissão de trabalhadores.

Os juízes pediram a lista com os dados dos demitidos e o Santander deve entregá-la em até 24 horas (sexta-feira), após isso, o Sindicato tem mais 24 horas para apresentar os dados que apurou. A próxima audiência de conciliação foi marcada para terça-feira 11, às 16h.

Homologações no Sindicato

O Sindicato informou aos desembargadores do TRT-SP que o Santander marcou, só para esta sexta-feira 7, 98 homologações de funcionários demitidos. Esse número está bem acima da média de homologações do banco.

Outro indício de demissões em massa, informado pelos representantes dos trabalhadores durante a audiência, foi que o banco solicitou que o Sindicato reservasse todos os dias da semana para homologações do Santander, quando normalmente é reservado ao banco apenas as terças e quintas.

O Sindicato informou que até novembro deste ano 836 demissões já foram homologadas no Sindicato.

Os dirigentes sindicais apuraram que em todo o país já são mais de 2 mil demitidos. Ainda segundo informações que chegam ao Sindicato, os desligamentos chegariam a 5 mil até esta sexta-feira.

Mobilização em São Paulo

Uma série de protestos foi realizada nesta semana para denunciar as demissões. Foram paralisadas dezenas de agências na terça-feira 4 e o Centro Administrativo Santander (Casa 3) na quarta-feira. No Casa 3, concentração que reúne cerca de 1.200 funcionários, onde pelo menos 200 foram dispensados, segundo levantamento feito por dirigentes sindicais.

Nesta quinta-feira a paralisação foi na principal avenida de São Paulo, a Paulista.

Mobilização segue no interior paulista e outros estados

"Animados pela liminar em São Paulo, precisamos intensificar a pressão contra as demissões no Santander em todo Brasil para conquistar novas vitórias e garantir os empregos e os direitos dos trabalhadores", destaca Ademir.

A Contraf-CUT enviou nesta quinta uma carta ao ministro Guido Mantega, solicitando uma audiência para "discutir o processo de reestruturação no sistema financeiro, buscando medidas para garantir a proteção do emprego dos bancários e a defesa dos interesses da sociedade brasileira".

Clique aqui para ler a íntegra da carta.

"É inaceitável que os trabalhadores paguem a conta desses ajustes dos bancos para manter os seus lucros gigantescos e continuar se apropriando da renda do país, na contramão da política de crescimento com desenvolvimento econômico e social, inclusão e redução das desigualdades", aponta o ofício da Contraf-CUT.

Atenção, demitidos!

Os trabalhadores demitidos, que ainda não realizaram a homologação, devem procurar o Sindicato e trazer a carta de demissão para que a entidade tenha o controle das dispensas. "Precisamos confrontar com os dados apresentados pelo banco", explica Rita Berlofa. Os demitidos devem também trazer ao Sindicato documentos que comprovem uma possível ilegalidade no desligamento.


Fonte: Contraf-CUT com Seeb São Paulo

HSBC demite pelo menos 40 bancários

Sindicato cobra respostas sobre desligamentos e fará protestos contra a medida do banco
São Paulo – Há 30 dias, a imprensa mundial e nacional informou que o banco inglês HSBC anunciara cortes de funcionários com o objetivo de alcançar suas metas de redução de custos. Na ocasião, o Sindicato enviou carta à direção do banco no Brasil cobrando posição sobre a situação dos trabalhadores. A resposta oficial nunca veio, mas semana passada o HSBC Brasil demitiu pelo menos 40 bancários.

> Sindicato atento a demissões do HSBC no mundo

Para a diretora do Sindicato Liliane Fiúza, os recentes desligamentos promovidos pelo banco provavelmente significam que o grupo adotará no país essa política de redução de funcionários. “O HSBC já reduziu em muito os postos de trabalho no Brasil e, pelo que vemos, vai continuar promovendo demissões. Enquanto isso, os bancários ficam cada vez mais sobrecarregados e aumenta o número de afastamentos por doenças. Além disso, o atendimento aos clientes piora”, critica.

De junho de 2011 a junho de 2012, a instituição financeira cortou 1.836 postos de trabalho no Brasil, segundo balanço do banco. “Mas essa referência é apenas do primeiro semestre de 2011, de lá pra cá, esse quadro pode ter piorado muito”, destaca Liliane.

> HSBC atinge lucro de R$ 602,5 milhões

Essas últimas dezenas de demissões, segundo levantamento feito pelos dirigentes, alcançaram principalmente o quadro gerencial. Na agência da Praça da República, por exemplo, a maioria dos gerentes foi dispensada. “Isso tem causado forte apreensão entre os que ficam. É esse o Natal que o HSBC quer proporcionar aos funcionários, que são os responsáveis pelo resultado do banco?”, questiona a dirigente.

Liliane anuncia que o Sindicato continuará cobrando explicações à instituição e protestará contra as demissões. Ela acrescenta que o HSBC é um forte concorrente ao título de São Pilantra do ano, concedido ao ganhador da corrida-sátira que o Sindicato realizará, este ano, no dia 27 de dezembro, na Avenida Paulista. Os bancários podem votar no “Lord Exploration” pelo Fale Conosco do site, escolhendo o setor “site” e o assunto “São Pilantra”.


Andréa Ponte Souza - http://www.spbancarios.com.br/Noticias.aspx?id=3317

TRT-SP suspende demissões do Santander

Sindicato ajuizou ação e desembargadora deferiu liminar que susta os deligamentos. Decisão vale para São Paulo, Osasco e região. Se descumprir decisão, banco pagará multa diária de R$ 100 mil
São Paulo – A desembargadora Rilma Aparecida Hemetério, do Tribunal Regional do Trabalho da 2ª Região (capital e região metropolitana de São Paulo), deferiu liminar ingressada pelo Sindicato e suspendeu, a partir desta quinta-feira, todas as demissões sem justa causa feitas pelo Santander em São Paulo, Osasco e região, base do Sindicato, em dezembro. De acordo com a juíza, todas as dispensas que ainda não foram homologadas estão suspensas.

> Sindicato paralisou agências da Paulista nesta quinta
> Fotos: protesto na Paulista contra demissões

Caso a direção do Santander desobedeça a liminar que proíbe as demissões, a instituição financeira pagará multa diária de R$ 100 mil.

Para a presidenta do Sindicato, Juvandia Moreira, a liminar foi uma vitória importante na luta dos trabalhadores contra as demissões. “A Justiça entendeu que o banco não foi transparente com os trabalhadores nem com o Sindicato. A desembargadora também destacou que o Santander Brasil não apresenta motivações para demitir, porque não passa por crise, pelo contrário, ela citou indicadores que mostram a saúde financeira da instituição”, disse.

Durante a audiência de conciliação, realizada nesta quinta, no TRT, a desembargadora, que preside a Seção de Dissídios Coletivos do Tribunal, dirigiu-se aos representantes do banco espanhol dizendo que, como instituição europeia que são, deveriam respeitar os trabalhadores brasileiros assim como respeitam os espanhóis.

Ela lembrou que os trabalhadores da Comunidade Europeia contam com leis de proteção ao emprego que não existem no Brasil e que, diferentemente daqui, são países signatários da Convenção 158 da Organização Internacional do Trabalho (OIT), a qual coíbe demissões imotivadas. Mas que mesmo assim, de acordo com ela, o trabalho é uma questão social e tem de ser olhado dessa forma.

A desembargadora destacou, ainda, a boa situação do banco. “Todos os rankings de consultorias indicam que não há crise no Santander. Ou seja, não precisa demitir.”

Para a diretora executiva do Sindicato e coordenadora na mesa de negociações do Santander Rita Berlofa a decisão do TRT foi sensata. “A desembargadora deixou bem claro aquilo que nós do Sindicato sempre defendemos: que os trabalhadores brasileiros não podem ser tratados como de segunda categoria. Somos os responsáveis pela unidade mais lucrativa do grupo, ou seja, produzimos 26% do lucro mundial.”

Números – Durante a audiência, os desembargadores cobraram dos representantes do Santander o número exato de cortes em dezembro. A princípio, eles alegaram não ter esses dados, mas depois de telefonemas afirmaram que seriam 415 ao todo, na base do Sindicato, até 14 de dezembro, sendo que dessas, dez eram pedidos de demissão de trabalhadores.

Os juízes pediram a lista com os dados dos demitidos e o Santander deve entregá-la em até 24 horas (sexta-feira), após isso, o Sindicato tem mais 24 horas para apresentar os dados que apurou. A próxima audiência de conciliação foi marcada para terça-feira 11, às 16h.

Homologações – O Sindicato informou aos desembargadores do TRT-SP que o Santander marcou, só para esta sexta-feira 7, 98 homologações de funcionários demitidos. Esse número está bem acima da média de homologações do banco. Outro indício de demissões em massa, informado pelos representantes dos trabalhadores durante a audiência, foi que o banco solicitou que o Sindicato reservasse todos os dias da semana para homologações do Santander, quando normalmente é reservado ao banco apenas as terças e quintas.

Os dirigentes sindicais apuraram que em todo o país já são mais de 2 mil demitidos. Ainda segundo informações que chegam ao Sindicato, os desligamentos chegariam a 5 mil até sexta-feira.

Atenção – Os trabalhadores demitidos, que ainda não realizaram a homologação, devem procurar o Sindicato e trazer a carta de demissão para que a entidade tenha o controle das dispensas. "Precisamos confrontar com os dados apresentados pelo banco", explica Rita Berlofa. Os demitidos devem também trazer ao Sindicato documentos que comprovem uma possível ilegalidade no desligamento. Em caso de dúvidas, os bancários devem entrar em contato por meio do 3188-5200.

Mobilização – Uma série de protestos foi realizada nesta semana para denunciar as demissões. Foram paralisadas dezenas de agências na terça-feira 4 e o Centro Administrativo Santander (Casa 3) na quarta-feira. No Casa 3, concentração que reúne cerca de 1.200 funcionários, pelo menos 200 foram dispensados, segundo levantamento feito por dirigentes sindicais. Nesta quinta-feira a paralisação foi na principal avenida de São Paulo, a Paulista.

*Atualizada às 21h30 de 6/12/2012

Andréa Ponte Souza - 6/12/2012 - http://www.spbancarios.com.br/Noticias.aspx?id=3329

quinta-feira, 6 de dezembro de 2012



Bancários aumentam protestos contra demissões em massa no Santander


Os bancários intensificaram os protestos em todo país contra as demissões em massa no Santander. Novas paralisações ocorrem nesta quinta-feira (6) buscando aumentar a pressão para abrir negociações com o banco espanhol. Com os lucros bilionários do banco no Brasil, que representam 26% do resultado mundial, não há por que dispensar trabalhadores.

Carta ao presidente do Santander

A Contraf-CUT enviou na quarta-feira (5) carta ao presidente do Santander Brasil, Marcial Portela, solicitando "a marcação de uma reunião, dentro da maior brevidade possível, para discutirmos a reintegração dos funcionários desligados, a manutenção dos empregos, a melhoria das condições de trabalho e medidas que ampliem o crédito e estimulem o crescimento econômico do país, como contrapartida social pelos excelentes resultados aqui obtidos".

> Clique aqui para ler a íntegra da carta.

O ofício denuncia as demissões em massa no banco "que atingiram principalmente funcionários com mais de 10 anos de casa, muitos oriundos de bancos adquiridos (Banespa, Real, Meridional, Noroeste), perto da aposentadoria e até pessoas com deficiência. Dispensas que acontecem em pleno final de ano, às vésperas do Natal".

Carta ao ministro do Trabalho e Emprego

Também foi enviada carta ao ministro do Trabalho e Emprego, Brizola Neto, solicitando "a adoção de medidas no âmbito do governo federal para estabelecer um diálogo social com o Santander, visando a reintegração dos desligados, a manutenção dos empregos e o fim da rotatividade, como forma de contrapartida pelos excelentes resultados aqui obtidos".

> Clique aqui para ler a íntegra da carta.

A correspondência denuncia ao ministro as demissões em massa no banco espanhol. Brizola Neto participou da 14ª Conferência Nacional dos Bancários, no dia 20 de julho, em Curitiba, onde criticou a alta rotatividade no sistema financeiro.

Audiência de conciliação

O Sindicato dos Bancários de São Paulo ingressou com uma ação no Tribunal Regional do Trabalho da 2ª Região, com o objetivo de impedir a dispensa em massa. Uma audiência de conciliação entre a entidade e o banco foi marcada para a tarde desta quinta-feira, na capital paulista.

A ação visa proteger direitos coletivos sob o argumento de que demissões de grande contingente de trabalhadores, como a promovida pelo Santander, têm de ser informadas previamente ao Sindicato para que possam ser estudadas medidas que evitem os cortes.

Mais protestos

Na quarta-feira (5), inúmeras manifestações foram realizadas nas principais cidades do país, ampliando os protestos contra a onda de dispensas do banco que foi deflagrada na semana passada com o desligamento de 40 funcionários na Torre Santander e disparou na segunda-feira (3) com cerca de mil demissões e que podem chegar a 5 mil até esta sexta-feira (7), segundo informações extraoficiais.

Não há motivos para cortar empregos. "O banco não demite na Espanha onde há crise, nem em outros países da América Latina. Não aceitamos que dispensem os funcionários daqui", enfatiza Maria Rosani, diretora do Sindicato dos Bancários de São Paulo e coordenadora da Comissão de Organização dos Empregados (COE) do Santander.

"Ao invés de promover um Natal de demissões em massa, o Santander deveria fazer contratações, acabar com a rotatividade, melhorar as condições de trabalho e apostar no crescimento do país. Por isso, exigimos a reintegração dos desligados e a manutenção dos empregos dos trabalhadores", reitera o funcionário do banco e secretário de imprensa da Contraf-CUT, Ademir Wiederkehr.


Fonte: Contraf-CUT

quarta-feira, 5 de dezembro de 2012

Protestos contra horário estendido no Itaú e demissões no Santander

 
Crédito: Contraf-CUT, com CUT
Contraf-CUT, com CUT Bancários realizam manifestações contra abusos do Itaú e Santander

Os bancários realizam protestos com paralisações nesta quarta-feira (5) em todo Brasil. No Itaú, os trabalhadores promovem um Dia Nacional de Luta contra o horário estendido de atendimento ao público. Já no Santander a mobilização é contra as demissões em massa que atingiram a rede de agências e os centros administrativos em pleno fim de ano, às vésperas do Natal.

Itaú

A implantação do horário estendido feito pelo Itaú em diversas agências no último dia 27 de agosto deste ano tem sobrecarregado os funcionários e causado consequências diretas no emprego, jornada, organização de trabalho e principalmente na qualidade de vida dos trabalhadores, fragilizando a segurança dos bancários e clientes.

Devido à forma unilateral e sem transparência de colocar em prática o projeto, a Contraf-CUT, federações e sindicatos de bancários de todo país realizam um Dia Nacional de Luta, como forma de pressionar o Itaú para que reveja esse horário diferenciado e discuta com os trabalhadores um novo modo de organizar o atendimento. Uma edição especial do jornal Itaunido, elaborado pela Contraf-CUT, está sendo distribuída aos funcionários e clientes do banco.

> Clique aqui para ler o jornal Itaunido.

"Não somos contra a ampliação do horário de atendimento das agências. Temos uma reivindicação antiga para ampliar o horário das 9h às 17h, com dois turnos de trabalho e mais contratações de bancários, a fim de atender melhor os clientes e a população. Essa proposta está com a Fenaban há muitos anos. Por que não começamos a discussão a partir daí?", questiona Carlos Cordeiro, presidente da Contraf-CUT.

Com o horário estendido, as agências localizadas nos shoppings passaram a abrir das 12h às 20h. Nos corredores, as agências têm agora quatro horários diferentes: 8h às 16h, 9h às 16h, 11h às 18h e 11h às 19h. Hoje são 450 agências que esticaram o expediente ao público. O objetivo do banco é chegar a 1.500 agências com horários ampliados em todo o país.

O Itaú argumenta que o projeto visa atender os clientes do banco que desejam realizar operações de negócios. Desta forma, essas agências ampliaram em duas horas diárias o atendimento para transações e destinaram outras cinco horas diárias ininterruptas para atendimento ao público, conforme exigido pela norma do Banco Central.

Para Jair Alves, diretor da Fetec-SP e um dos coordenadores da Comissão de Organização dos Empregados (COE) do Itaú, o programa está acarretando inúmeros prejuízos aos bancários em todo o país. "As informações recebidas dos sindicatos é que diversas agências não possuem o movimento de clientes que o banco afirma ter. Além disso, a medida sequer amplia o número de contratações, e os bancários estão sendo obrigados a trabalhar no limite", denuncia.

Santander

Os bancários protestam contra as demissões em massa. A onda de dispensas foi deflagrada na semana passada com o desligamento de 40 funcionários na Torre Santander e disparou na segunda-feira (3) com cerca de mil demissões e que podem chegar a 5 mil até sexta-feira (7), segundo informações extraoficiais.

A luta das entidades sindicais é pela reintegração de todos os funcionários desligados e a manutenção dos empregos. A Contraf-CUT já cobrou uma negociação com o banco, mas até o momento não obteve retorno.

"Solicitamos uma negociação com o Santander para discutir a suspensão imediata das dispensas e a manutenção dos empregos dos trabalhadores", destaca Ademir Wiederkehr, funcionário do banco e secretário de imprensa da Contraf-CUT.

A denúncia dos bancários repercutiu na imprensa. O Santander disse que "os números não correspondem à realidade" e alegou que "está procedendo um ajuste em sua estrutura de forma a adequá-la ao contexto competitivo da indústria".

Não há motivos para cortar empregos. "O banco não demite na Espanha onde há crise, nem em outros países da América Latina. Não aceitamos que dispensem os funcionários daqui", afirma Maria Rosani, diretora do Sindicato dos Bancários de São Paulo e coordenadora da Comissão de Organização dos Empregados (COE) do Santander.

"Ao invés de promover um Natal de demissões em massa, o Santander deveria fazer contratações, acabar com a rotatividade, melhorar as condições de trabalho e apostar no crescimento do país. Por isso, exigimos a reintegração dos desligados e a manutenção dos empregos dos trabalhadores", conclui Ademir.


Fonte: Contraf-CUT- http://www.contrafcut.org.br/noticias.asp?CodNoticia=32785


Deputados adiam votação do fim do fator previdenciário para 2013


Iolando Lourenço e Ivan Richard
Agência Brasil


Apesar da pressão de centenas de deputados e sindicalistas, a votação do projeto de lei que acaba com o fator previdenciário foi adiada para o próximo ano. A decisão foi tomada nesta terça-feira (4) em reunião do presidente da Câmara, deputado Marco Maia (PT-RS), com os líderes partidários. A decisão se deveu à dificuldade de se construir um acordo com o governo que evite o veto à proposta.

Embora conte com o apoio da maioria dos deputados, o fim do fator previdenciário esbarra na possibilidade de veto presidencial por causa da possibilidade de uma enxurrada de ações judiciais de aposentados e pensionistas que tiveram seus benefícios reduzidos pelo dispositivo criado durante a gestão do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso. Cálculos do Executivo estimam em cerca de R$ 70 bilhões o passivo que pode ser criados a partir dos questionamentos judiciais.

Para tentar costurar um acordo que viabilize a aprovação do fim do fator previdenciário, Marco Maia decidiu criar uma nova comissão especial para discutir todo o sistema previdenciário do país. A comissão pode iniciar os trabalhos ainda este ano, e deve apresentar um parecer até o final do primeiro semestre do ano que vem.

"Eles [os líderes] acreditam que, neste momento, esse é o melhor encaminhamento para a matéria", disse Marco Maia. "O veto presidencial seria inevitável", acrescentou o petista sobre a possibilidade de aprovação do texto ainda este ano.


Fonte: Agência Brasil


Bancários paralisam agências contra demissões em massa no Santander


Indignados, os bancários estão parando agências do Santander na manhã desta terça-feira (4) em várias cidades do país, como São Paulo, Rio de Janeiro e Salvador, protestando contra as demissões em massa e exigindo a reintegração de todos os funcionários desligados. A Contraf-CUT já cobrou uma negociação com o banco, mas até o momento não obteve retorno.

"Solicitamos uma negociação com o Santander para discutir a suspensão imediata das dispensas e a manutenção dos empregos dos trabalhadores do banco", destaca Ademir Wiederkehr, funcionário do banco e secretário de imprensa da Contraf-CUT.

A paralisação é a primeira resposta diante da onda de dispensas que foi deflagrada pelo banco que começaram na semana passada com o desligamento de 40 funcionários na Torre Santander e que estouraram nesta segunda-feira (3) com cerca de mil demissões, segundo estimativa inicial de dirigentes sindicais. A Contraf-CUT já está fazendo um levantamento nacional junto aos sindicatos para apurar o total de dispensas.

"Tivemos informação que o banco prosseguirá as demissões até a próxima sexta-feira (7) e que pode atingir cerca de 5 mil em todo país. Isso é um absurdo, pois os trabalhadores brasileiros são principais responsáveis pela maior fatia do resultado global da empresa (26%). O banco não demite na Espanha onde há crise, nem em outros países da América Latina. Não aceitamos que dispensem os funcionários daqui", afirma Maria Rosani, diretora do Sindicato dos Bancários de São Paulo e coordenadora da Comissão de Organização dos Empregados (COE) do Santander.

Rosani alerta que entre os dispensados estão empregados com mais de 20 anos de banco, muitos às vésperas da aposentadoria, e até pessoas com deficiência. "Trabalhadores que dedicaram uma vida inteira à instituição não podem ser descartados dessa forma. Além disso, essas dispensas só podem estar ocorrendo para que o banco economize com os funcionários e amplie suas remessas à Espanha", denuncia.

No Nordeste, dados preliminares de alguns sindicatos são preocupantes. Ocorreram 30 demissões em Pernambuco, 23 na Bahia, 14 em Alagoas e 10 na Paraíba. Na sua maioria, os desligados foram gerentes de agências.

Para Ademir, nada justifica essas demissões. Nos nove primeiros meses do ano, o banco lucrou R$ 5,694 bilhões no Brasil. "Ao invés de demitir, o banco deveria, isto sim, fazer mais contratações, como foi reivindicado pelas entidades sindicais na última negociação com o banco, no dia 22 de novembro, durante o Comitê de Relações Trabalhistas", ressalta o dirigente sindical.

"Queremos melhores condições de trabalho, frear o adoecimento de trabalhadores e agilizar o atendimento aos clientes e usuários", defende Ademir.

"Ao demitir trabalhadores, faltando menos de um mês para o Natal, o Santander revela que não respeita o Brasil e os brasileiros", critica o diretor da Contraf-CUT. "Exigimos a suspensão imediata das demissões, a manutenção dos empregos e a geração de novos postos de trabalho, como forma de responsabilidade social e contrapartida para o desenvolvimento do país", conclui.


Fonte: Contraf-CUT com sindicatos


BB decepciona e nega proposta do MPT para rever práticas antissindicais


Crédito: Guina - Contraf-CUT
Guina - Contraf-CUTBB não recuou na decisão de alterar férias e licenças já marcadas dos grevistas

A Contraf-CUT compareceu nesta segunda-feira (3) na audiência do Ministério Público do Trabalho (MPT), em Brasília, para ser ouvida sobre a representação protocolada no dia 5 de novembro contra o Banco do Brasil por práticas antissindicais e discriminação pós-campanha nacional em relação aos funcionários que exerceram o seu legítimo direito de greve. Apesar do esforço do MPT em tentar mediar a situação, o BB não voltou atrás na sua decisão de alterar unilateralmente férias e licenças já programadas dos grevistas.

A mediação do MPT ocorreu no sentido de que o banco alterasse a Instrução Normativa 361, especificamente no item em que dá margem para tal alteração unilateral de afastamentos abonados (férias, abonos e licenças prêmio) ou que o BB emitisse um informe esclarecendo que a prática está proibida.

"O banco, no entanto, manteve uma posição intransigente e, após várias tentativas da procuradora , não houve mediação", afirma William Mendes, secretário de Formação da Contraf-CUT e coordenador da Comissão de Empresa dos Funcionários do BB.

O MPT deu prazo ao banco até a próxima segunda-feira (10) para analisar a situação e apresentar uma proposta que não prejudique os bancários grevistas nesses afastamentos abonados. "A Contraf-CUT continuará defendendo os trabalhadores que exerceram seu direito de greve, seja por meio de ações sindicais ou pela Justiça, como já vem fazendo e obtendo bons resultados", salienta William.

Acordo

Uma das condições para que os bancários assinassem o acordo coletivo 2012/2013 com o BB foi a de não haver o desconto dos dias de greve ou mesmo qualquer outra medida contra os trabalhadores que exerceram esse direito assegurado pela Constituição.

"Mas o banco extrapolou o que está previsto na cláusula 56ª da Convenção Coletiva de Trabalho ao soltar uma instrução normativa mandando seus administradores alterarem férias e demais licenças dos grevistas que já estavam pré-agendadas", denuncia William.

As entidades sindicais também denunciaram o banco ao assessor especial da Secretaria-Geral da Presidência da República, José Lopes Feijóo, durante reunião ocorrida no dia 14 de novembro, em Brasília. Três documentos foram entregues para ele com denúncias de problemas graves de gestão no BB, entre elas as perseguições aos bancários grevistas.


Fonte: Contraf-CUT

segunda-feira, 3 de dezembro de 2012

CLIPING "DIVERSOS"

12 bancos são multados por falhas na segurança

As principais falhas apontadas foram agências com número insuficiente de vigilantes, planos de segurança não renovados e alarmes inoperantes

Por Luiza Belloni Veronesi
|18h50 | 29-11-2012
SÃO PAULO - A Polícia Federal multou 12 bancos no valor total de R$ 1,5 milhão por descumprimento da lei federal sobre as normas de segurança. A ação foi realizada nesta quinta-feira (29) durante a 95ª reunião da CCASP (Comissão Consultiva para Assuntos de Segurança Privada), em Brasília.
O Bradesco foi o banco mais multado, com R$ 682,8 mil, seguido do Banco do Brasil, Santander, Itaú Unibanco, HSBC e Caixa Econômica. As principais falhas apontadas foram agências e postos de atendimento com número insuficiente de vigilantes, planos de segurança não renovados, alarmes inoperantes, inauguração de agências sem aprovação de plano de segurança e cerceamento da fiscalização de policiais federais, dentre outras, que resultaram no total de multas no valor de R$ 1.573.876,23.
agência Bradesco Poá - bancos
O Bradesco foi o banco com a mulra de maior valor, com R$ 682,8 mil
A agência Vespasiano, da Caixa Econômica Federal, em Belo Horizonte, chegou a ser interditada. Os bancos foram punidos em processos abertos pelas Delesp (delegacias estaduais de segurança privada). Houve ainda aplicação de penalidades contra empresas de segurança, vigilância e transporte de valores e cursos de formação de vigilantes.
Lista dos bancos
Veja abaixo a lista de todos os bancos multados:
Bancos
Valores das multas
*Contraf-CUT
Bradesco
R$ 682.818,07
Banco do Brasil
R$ 282.361,06
Santander
R$ 154.659,48
Itaú Unibanco
R$ 122.376,82
HSBC
R$ 117.058,45
Caixa Econômica Federal
R$ 101.093,76
Banestes
R$ 37.245,63
Mercantil do Brasil
R$ 21.282,00
Safra
R$ 15.961,50
BNB
R$ 14.188,70
Sofisa
R$ 14.188,70
Banco da Amazônia
R$ 10.642,06
Disparidades
"Essas multas confirmam que os bancos tratam com negligência a segurança dos estabelecimentos", ressalta o secretário de imprensa e representante da Contraf-CUT na CCASP, Ademir Wiederkehr. “Recursos não faltam aos bancos para investir mais em segurança”.
Segundo estudo do Dieese, os números dos balanços comprovam a fala do secretário, já que os cinco maiores bancos do País lucraram R$ 36,3 bilhões nos primeiros nove meses de 2012. Já as despesas com segurança e vigilância somaram R$ 2,6 bilhões, o que representa uma média de 6,2% em comparação com o lucro.
Juízes querem anular reforma da Previdência
DE BRASÍLIA
Com o resultado do julgamento do mensalão, a AMB (Associação dos Magistrados Brasileiros) e a Anamatra (Associação Nacional dos Magistrados da Justiça do Trabalho) entraram com ação de inconstitucionalidade no Supremo questionando a validade da reforma da Previdência de 2003.
A possível nulidade foi levantada pelo ministro Celso de Mello durante o julgamento.
Como a corte julgou ter havido compra de votos de deputados, ele destacou que as leis aprovadas com a presença de réus poderiam estar viciadas.
As entidades pedem ainda que também seja anulada a lei que criou o Fundo de Previdência Complementar do Servidor.
Índice usado na aposentadoria muda e favorece os segurados
Sobrevida na faixa de até 80 anos diminui, e, com isso, aumenta o fator previdenciário
É a primeira vez desde 1999 que benefícios recebem ganhos por causa de mudança no fator previdenciário
CLAUDIA ROLLIDE SÃO PAULOPAULO MUZZOLONEDITOR-ADJUNTO DE “MERCADO”
A redução de 83 dias, em média, na expectativa de sobrevida dos brasileiros na faixa de 41 a 80 anos vai dar ganho médio de 0,31% no valor das aposentadorias.
É a primeira vez em 13 anos, desde que o fator previdenciário foi criado, que o índice usado no cálculo das aposentadorias registra melhora. No ano passado, o benefício teve seu valor reduzido em média em 0,42%.
Os dados foram calculados pelo consultor Newton Conde, especializado em previdência, e professor da Fipecafi da Faculdade de Economia, da USP, a partir da nova tábua de expectativa de vida divulgada ontem pelo IBGE.
O índice aplicado no cálculo das aposentadorias (fator previdenciário) varia de acordo com a idade do aposentado, o tempo de contribuição e a expectativa de sobrevida da população.
É um mecanismo que entrou em vigor em dezembro de 1999 para tentar adiar a aposentadoria dos mais jovens -reduz o benefício por tempo de contribuição de quem se aposenta mais cedo.
Se a expectativa de sobrevida do segurado aumenta, a aposentadoria perde. Se diminui, o benefício ganha.
"O IBGE fez um ajuste nos cálculos e na série histórica. Ao contrário do que ocorria desde 2002, quando o instituto fazia uma estimativa de que a expectativa de vida dos segurados aumentava em média 40 dias por ano, esse ano usou dados reais do Censo de 2010. O resultado é que constatou que a expectativa de sobrevida era menor do que a antes estimada", afirma o consultor, da Conde Consultoria Atuarial.
A expectativa de vida ao nascer, segundo o IBGE, subiu de 73,8 anos, em 2010, para 74,1 anos, em 2011. Mas, na faixa de 52 até 80 anos, a expectativa de sobrevida caiu, o que beneficia os segurados, informa a Previdência.
NA PRÁTICA
Um homem com salário de R$ 1.000, 35 anos de contribuição previdenciária e 55 anos de idade vai receber, com base na tabela que entra em vigor na segunda-feira, R$ 716,93 de aposentadoria.
Pela tabela antiga, com validade até hoje, o benefício é de R$ 714,09. A diferença no valor é de 0,40%.
Os cálculos consideram que houve redução de pouco mais de um mês (36 dias) para essa faixa etária.
Quatro em cada dez brasileiros que se aposentaram no ano passado estavam na faixa de 50 a 54 anos. De janeiro a outubro de 2012, das 254 mil aposentadorias concedidas por tempo de contribuição, 175 mil foram para pessoas com 52 anos ou mais, de acordo com o Ministério da Previdência Social.
"A mudança favorece os que se aposentarem com mais de 50 anos. Faixas mais jovens perdem", diz o professor.
APOSENTAR-SE HOJE
Na faixa de 39 a 48 anos, os brasileiros tiveram aumento na expectativa de sobrevida de 35 a 71 dias em média. Cálculo do consultor mostra que pela nova tabela uma mulher com 48 anos de idade e 30 de contribuição, com um remuneração média de R$ 2.000, vai receber se se aposentar antes de segunda-feira R$ 1.119,19. Com a tabela atual, R$ 1.115,57.
"É uma diferença de R$ 3,62 no benefício. Mas quem tem tudo em mãos e está nessa faixa de idade se favorece se der entrada ainda nesta sexta [hoje] no pedido para se aposentar", diz o consultor. Sindicalistas e parlamentares pressionam há cinco anos para acabar com o fator previdenciário, que pode ser avaliado ainda neste ano no Congresso.
Fonte: Folha de S.Paulo
PIB fraco faz total de greves aumentar 25%
Foram 544 paralisações no ano passado, o maior número desde 1997, segundo o Dieese
THIAGO SANTOSCOLABORAÇÃO PARA A FOLHA
O crescimento modesto da economia brasileira em 2011 fez com que o número de greves no país atingisse o seu maior patamar em 14 anos.
O total de paralisações no ano passado foi de 544, 25% mais que em 2010 e o maior número desde 1997 (631), segundo o Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos).
"Em 2010, tivemos crescimento da economia de 7,5%. Já em 2011, o PIB cresceu somente 2,7%", afirmou José Silvestre, coordenador de relações sindicais do Dieese.
De acordo com Silvestre, o pessimismo do mercado inviabilizou acordos, levando às paralisações.
"Percebemos o mesmo ao comparar as conjunturas econômicas da última década e dos anos 1990, quando as crises eram mais graves", aponta o coordenador.
No período de 1990 a 1999, houve em média 1.030 paralisações ao ano. Entre 2000 e o ano passado, essa média caiu para 395.
Funcionários públicos estaduais foram os que realizaram mais greves no ano passado: 145 paralisações, 66,6% a mais do que em 2010 (87).
A pesquisa apontou que greves duram mais no setor público do que no privado.
No ano passado, nenhuma paralisação no setor privado ultrapassou 60 dias. No setor público, 10,8% delas ultrapassaram esse período -2,7% passaram de 90 dias.
A falta de regulamentação para negociações no setor público faz com que a paralisação mais longa seja uma forma de pressionar a abertura de negociações.
A piora da economia também influenciou os resultados das negociações. Caiu o número de reivindicações atendidas integralmente.
No setor privado, o número recuou de 30% para 21,6% entre 2010 e o ano passado. No setor público, a retração foi de 13,1% para 9,3%.
Aumentaram ainda o número de reivindicações trabalhistas rejeitadas. Na esfera privada o índice subiu de 3% para 3,6%, e, na pública, de 21% para 31%.
Fonte: Folha de S.Paulo
Economia cresce 0,6% no 3º trimestre, abaixo da expectativa, diz IBGE
Por Alessandra Saraiva e Diogo Martins - colaboraram Arícia Martins e Rafael Rosas | Valor
RIO E SÃO PAULO - Nota atualizada às 9h15
O Produto Interno Bruto (PIB), dado que representa a soma de todas as riquezas produzidas pela economia do país, teve expansão de 0,6% no terceiro trimestre deste ano, na comparação com o segundo trimestre, na série com ajuste sazonal, de acordo com o resultado das Contas Nacionais divulgado nesta sexta-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
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O PIB do terceiro trimestre também veio abaixo do que apontava o Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br), considerado uma prévia do PIB, e que indicou crescimento de 1,15% na passagem do segundo para o terceiro trimestre de 2012, na série com ajuste sazonal.
O resultado decepciona também a expectativa do ministro da Fazenda, Guido Mantega, que previu esta semana que o desempenho do PIB do terceiro trimestre não seria 'nada espetacular', estimando uma taxa entre 1% e 1,3%.
No segundo trimestre de 2012, o PIB cresceu 0,2%, dado revisado de alta de 0,4% divulgada anteriormente, na comparação com o primeiro trimestre, na série dessazonalizada.
No acumulado do ano, o PIB cresce 0,7% ante igual período do ano anterior. Já no acumulado em quatro trimestres, o PIB cresce 0,9%.
Em outra comparação, o PIB cresceu 0,9% no terceiro trimestre de 2012 frente a igual período de 2011. Este foi o pior resultado para o PIB nesse período desde 2009, quando o indicador caiu 1,5%. Em 2009, a economia do país era fortemente atingida pela crise internacional.
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Reação aos estímulos
No lado da oferta, a indústria cresceu 1,1% no terceiro trimestre ante o segundo e ajudou a impulsionar a atividade econômica . O setor de serviços não contribuiu para o crescimento econômico no terceiro trimestre ao ficar estável sobre o trimestre imediatamente anterior, com avanço zero e a agropecuária teve expansão de 2,5%, na mesma base de comparação.
A média apurada pelo Valor Data foi de alta de 1% para a indústria, no terceiro trimestre ante o segundo. Para o setor de serviços, os analistas estimaram também avanço de 1% e, na agropecuária, aumento de 3,4% na mesma base de comparação.
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O desempenho da indústria foi impulsionado principalmente pela redução de Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para automóveis. O benefício foi prorrogado até dezembro, mas, como inicialmente vigoraria somente até agosto, as vendas e a produção se concentraram naquele mês.
A partir de outubro, economistas esperam que a retomada da indústria, embora moderada, seja mais espalhada entre diferentes setores.
Demanda
Pelo lado da demanda, o consumo das famílias cresceu 0,9% no terceiro trimestre de 2012, ante o segundo de 2012. A demanda do governo aumentou 0,1% e a formação bruta de capital fixo (que representa o investimento em máquinas e equipamentos e na construção civil) caiu 2%, sempre na mesma base de comparação e na série com ajuste sazonal. A taxa de investimento atingiu 18,7% do PIB no terceiro trimestre.
A média apurada pelo Valor Data foi de alta de 1,2% para o consumo das famílias, elevação de 0,5% na demanda do governo e queda de 1% na formação bruta de capital fixo (FBCF), na passagem entre o segundo e o terceiro trimestre do ano.
Comércio externo
No setor externo, as exportações cresceram 0,2%, segundo o IBGE, enquanto as importações caíram 6,5% no terceiro trimestre, ante o segundo.
A média das previsões apuradas pelo Valor Data foi de aumento de 2% para as exportações e queda de 3,5% para as importações.
Outros desempenhos
Apesar de bem abaixo do 1,2% esperado, o crescimento de 0,6% PIB brasileiro no terceiro trimestre, na comparação com o trimestre anterior, deixou o Brasil com o quarto maior crescimento em um ranking de 14 países que já divulgaram suas taxas de crescimento entre julho e setembro.
O maior crescimento, de 1,4%, ficou com o Chile, seguido pelo Reino Unido, com 1%, e os Estados Unidos, com 0,7%.
Atrás do Brasil ficaram México, com 0,5%; Alemanha, Coreia do Sul e França, todos com 0,2%; e a União Europeia, com 0,1%. Com queda no PIB na passagem do segundo para o terceiro trimestres ficaram a Itália, com -0,2%; Espanha, com -0,3%; Portugal, com -0,8%; Japão, com -0,9%; e Holanda, com -1,1%.
Fonte: Alessandra Saraiva e Diogo Martins - colaboraram Arícia Martins e Rafael Rosas | Valor Econômico
Crédito
Banco privado permanece tímido na oferta
De Brasília - Os números divulgados pelo Banco Central mostram que os bancos privados seguem reticentes em aumentar a oferta de crédito. O estoque de empréstimos e financiamentos dessas instituições cresceu só 0,36% em outubro. O ritmo foi bem inferior ao dos bancos públicos, cuja carteira aumentou 2,6% no mês, puxando a média do sistema financeiro para 1,4%.
A carteira dos privados de controle nacional, especificamente, cresceu menos ainda que a média e variou 0,2% em outubro. Olhando para períodos mais longos, as variações de saldo também apontam menor dinamismo das instituições privadas. No caso delas, o volume de crédito cresceu 5,57% no acumulado do ano até outubro, taxa inferior a um terço da registrada pelas instituições sob controle dos governos (19,9%). Em 12 meses, enquanto a carteira dos bancos privados se expandiu 7,91%, a dos estatais cresceu 28,4%.
A diferença no tamanho do passo levou os privados a perderem, só neste ano, mais de três pontos percentuais de fatia de mercado. A participação deles no conjunto de operações, que era de 56,47% no fim de 2011, fechou outubro em 53,32%, fazendo com que a dos públicos subisse, consequentemente, de 43,53% para 46,68%.
Esse processo não é recente. Mas se acelerou em relação aos dois últimos anos. Em 2011, a participação dos privados no total da carteira do sistema encolheu e a dos públicos aumentou cerca de 1,3 ponto percentual. Em 2010, a perda tinha sido ainda menor, de 0,3 ponto percentual.
Em 2012, a situação está mais parecida com a de 2009, ano em que a fatia de mercado "transferida" de privados para públicos superou 5 pontos percentuais. Na época, como agora, o governo orientou os bancos federais a aumentar a oferta de crédito para compensar a retração dos privados e estimular a economia. Por causa do que ocorreu em 2009 e do que está se repetindo este ano, em menos de quatro anos a participação do sistema financeiro privado no total de empréstimos e financiamentos apurado pelo BC já caiu mais de 10 pontos percentuais, pois era de 63,75% no fim de 2008.
O chefe do Departamento Econômico do BC, Tulio Maciel, voltou a apontar o crédito direcionado como a principal explicação para o avanço dos públicos, sobretudo em função de financiamentos habitacionais. O crédito concedido com recursos de aplicação obrigatória, cujas linhas são mais concentradas em bancos públicos, de fato, segue crescendo mais que o oriundo de recursos livres. Mas o ritmo de avanço da carteira dos bancos públicos tem sido mais acelerado que o do crédito direcionado, o que sugere que o crescimento deles está se dando também com base em recursos livres.
Em outubro, o estoque de crédito direcionado exibiu alta de 1,9% no mês, 14,5% no acumulado do ano e de 20,9% em 12 meses. Todas essas taxas são inferiores às respectivas variações do volume de crédito dos bancos públicos (2,6%, 19,9% e 28,4%). O crédito com recursos livres aumentou, nos mesmos períodos, 1,1%, 10,3% e 14,2%. O fato de a carteira dos privados ter crescido menos do que isso é mais um indício de que os bancos públicos também estão crescendo mais em operações com recursos livres. (MI e MRA)
Fonte: Valor Econômico
Internacional
Parlamento alemão aprova com folga pacote de ajuda para a Grécia
BERLIM - (Atualizada às 9h37) O Parlamento da Alemanha aprovou, por larga maioria, o pacote de ajuda para a Grécia. Foram 473 votos a favor, 100 contra e 11 abstenções.
A aprovação já era esperada depois que o principal partido da oposição, o Social Democrata, prometeu ontem apoiar o pacote, apesar de ter insistido que o plano não é suficiente para ajudar os gregos.
As medidas aprovadas hoje reduzem as taxas de juros que a Grécia paga sobre os empréstimos oficiais que contraiu e autoriza a distribuição para a Grécia do lucro obtido pelo programa de compra de bônus pelo Banco Central Europeu (BCE).
Mais cedo, o ministro das Finanças da Alemanha, Wolfgang Schaeuble, havia dito ao Parlamento do país que o voto para as novas medidas da Grécia determinaria a continuidade ou não do programa de resgate do país.
Em discurso a parlamentares em Berlim, Schaeuble pediu que todos os membros aprovassem as novas medidas, reforçando que o futuro da zona do euro depende da permanência da Grécia no bloco e um default do país pode implicar na separação do grupo. Ele ainda afirmou que as especulações sobre perdão da dívida grega são “falsos incentivos” para o país e devem ser evitados.
(Dow Jones Newswires)
Clipping – 29/11
Banco do Brasil

Banco do Brasil passa a oferecer crédito na bandeira Elo

Por Murilo Rodrigues Alves | Brasil
BRASÍLIA – O Banco do Brasil (BB) informou nesta quinta-feira que firmou parceria para ofertar crediário pelos cartões da bandeira Elo. Antes, a transação só estava disponível nas máquinas da bandeira Visa. Segundo o banco público, o crediário pode ser utilizado em 1,2 milhão de estabelecimentos filiados à Cielo em todo o Brasil.
A bandeira Elo é fruto da união de três dos maiores bancos do país (Banco do Brasil, Bradesco e Caixa Econômica Federal), com opções nas modalidades crédito, débito, pré-pago e benefícios. Já emitiu mais de 10 milhões de cartões.
A linha do BB fica disponível para o cliente que possui qualquer cartão Elo, após análise cadastral nas agências do banco, o que dispensa as avaliações de crédito em cada um dos estabelecimentos onde forem efetuadas as compras.
O BB informou que as taxas de juros do crédito começam em 1,49% ao mês para as compras feitas diretamente nos estabelecimentos comerciais. Para o crédito para material de construção, as taxas variam entre 1,49% e 1,98% ao mês e, para eletrodomésticos, viagens, informática ou produtos e serviços ligados à saúde e beleza, as taxas vão de 1,88% a 1,95% ao mês.
(Murilo Rodrigues Alves | Valor Econômico)
Fator Previdenciário
Adiada novamente votação do fator previdenciário

A votação do Projeto de Lei (PL) nº 3299/08 que estabelece o fim do fator previdenciário foi adiada na Câmara dos Deputados. Líderes partidários podem se reunir com o governo, na próxima semana, para discutir o impasse.

O líder do governo, deputado Arlindo Chinaglia (PT-SP), reafirmou nesta quarta-feira (28) que a intenção do Planalto é não votar a matéria, mas vai pedir que a ministra de Relações Institucionais, Ideli Salvatti, ouça os líderes sobre o tema.
"Eu não posso dizer que vai haver negociação. Tem uma pressão para que seja votado. Nós respeitamos todos interlocutores, tanto aposentados, como sindicalistas. Agora, a posição do governo é que não deva ser votado, mas me comprometi a buscar a ministra Ideli para que se estabeleça algum grau de contato da ministra com os líderes da base."

Manifesto
Nesta quarta-feira, centrais sindicais e aposentados lotaram os corredores da Câmara para novas manifestações pela votação da proposta que cria uma fórmula alternativa ao fator previdenciário. Pelo texto, as aposentadorias não seriam reduzidas se a idade ao se aposentar somada ao tempo de contribuição resultar em 85 anos no caso das mulheres e 95 no caso dos homens.

O governo teme, no entanto, que ações na Justiça obriguem o pagamento integral aos aposentados que tiveram desde o ano 2000 o benefício reduzido pelo fator.
Fonte: Agência Câmara
Outras notícias
Mantega vê PIB 'nada espetacular' e anuncia mais ações pró-crescimento
Novos setores serão beneficiados pela desoneração da folha de pagamento, promete ministro
Programa do BNDES de juros baixos será prorrogado; previsão é que PIB do 3º tri tenha crescido de 1% a 1,3%
VALDO CRUZSHEILA D’AMORIMDE BRASÍLIA
Preocupado com o ritmo fraco dos investimentos, que devem ter registrado, no terceiro trimestre, a quinta queda consecutiva, o ministro Guido Mantega (Fazenda) disse àFolha que o governo vai tomar mais medidas "pró-crescimento" da economia.
Entre elas, anunciou a prorrogação por mais um ano do PSI (Programa de Sustentação do Investimento), a inclusão de novos setores na lista dos beneficiados pela desoneração da folha de pagamento e a concessão ao setor privado dos aeroportos do Galeão (RJ) e de Confins (Grande Belo Horizonte).
"Nós vamos prorrogar o PSI, incluir novos setores na lista da desoneração da folha e lançar programas de investimento nos setores portuário e de aeroportos", disse o ministro da Fazenda à Folha.
O PSI, programa do BNDES que financia compras de bens de capital e tem hoje taxa de juros negativa (menor que a inflação), vence no fim deste ano. Sua renovação era reivindicada pelos empresários sob o argumento de que só agora, com o início da recuperação da economia, eles começaram a planejar investimentos em expansão.
Ou seja, o programa poderia deixar de existir exatamente no momento em que as empresas vão começar a precisar mais dele para financiar a ampliação de seus negócios produtivos.
A meta, diz Mantega, é transformar os investimentos no "carro-chefe" da economia, crescendo 8% em 2013 e 12% em 2014, recuperando-se do tombo deste ano -quando devem recuar cerca de 3%.
PIB 'NADA ESPETACULAR'
Com isso, disse, o governo quer garantir que seja sustentável a retomada do crescimento da economia brasileira. Ele prevê que o PIB (Produto Interno Bruto) do terceiro trimestre, que será divulgado amanhã pelo IBGE, subirá pelo menos 1%.
"Fico satisfeito com qualquer número de 1% a 1,3%. Se for 1%, será um crescimento anualizado de 4%", afirmou Mantega.
Ele admite ser um resultado "nada espetacular", mas destaca que é um "crescimento gradual".
O PIB brasileiro cresceu 0,4% de abril a junho, após ter expansão de 0,1% nos dois trimestres anteriores. No terceiro trimestre de 2011, a economia encolheu 0,2%.
Mantega não quis antecipar quais setores serão incluídos na lista da desoneração da folha de pagamento. "Vamos anunciar novos setores. A generalização da desoneração é um processo que vai ocorrer ao longo do tempo, de modo que, em algum momento, ela será plena."
Fonte: Folha de S.Paulo
Banco Central mantém taxa básica de juros a 7,25% ao ano
Banco Central interrompe ciclo de cortes iniciado em agosto de 2011; País sobe para 3º no ranking de juros reais
28 de novembro de 2012 | 19h 55
SÃO PAULO - O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) manteve a taxa básica de juros em 7,25% ao ano e interrompeu nesta quarta-feira, 28, o ciclo de cortes iniciado em agosto de 2011, quando a Selic estava em 12,50% ao ano. A instituição também indicou que não deve mexer tão cedo na taxa, que serve de referência para o custo do crédito e para a maioria das aplicações financeiras, pois a economia brasileira só agora começa a se recuperar e a crise nos países desenvolvidos segue sem solução. A decisão foi unânime e já era esperada pela maioria dos economistas.
Com a manutenção do cenário, o Brasil subiu uma posição no ranking mundial de juros reais, passando de quarto para o terceiro maior pagador.
A instituição também repetiu as afirmações feitas ao final da reunião anterior, em outubro, quando foi realizado o último corte de juros. Para o BC, a estabilidade dos juros "por um período de tempo suficientemente prolongado é a estratégia mais adequada para garantir a convergência da inflação para a meta, ainda que de forma não linear". Ao justificar a manutenção, a instituição citou ainda o balanço de riscos para a inflação, a recuperação da atividade doméstica e a complexidade que envolve o ambiente internacional, mesma avaliação feita no começo do mês passado.
Essa foi a última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) deste ano. Agora, os diretores do BC só voltam a se reunir nos dias 15 e 16 de janeiro. A expectativa da maior parte do mercado financeiro é de que os juros continuem no patamar atual pelo menos até o fim de 2013.
Entre agosto do ano passado e outubro de 2012, foram realizados dez cortes seguidos nos juros, que estão hoje no menor patamar da história recente. As taxas para consumidores e empresas também atingiram mínimos históricos. A inflação, por outro lado, está em 5,45% nos últimos 12 meses, acima do centro da meta de 4,5%. Já a atividade econômica só agora começa a se recuperar, o que deve fazer com que o crescimento nos dois primeiros anos do governo Dilma Rousseff registre a segunda pior média da história recente, atrás apenas do governo Collor.
As previsões oficiais de crescimento para este ano são de 1,6%, pelo BC, e de 2%, pelo Ministério da Fazenda. Para o próximo ano, analistas já começaram a reduzir suas estimativas, cuja média está agora abaixo de 4%.
O diretor de investimentos da Lecca, Samy Balassiano, projeta um crescimento em torno de 3,5%. Para o economista, esse patamar já deve puxar para cima a inflação e levar o BC a subir os juros no segundo semestre. Em relação aos cortes já realizados, Balassiano diz que alguns analistas ficaram assustados no começo, mas a decisão de reduzir os juros já em 2011 foi acertada. "A gente não conseguiu crescer, mesmo com juros baixos, mas não tivemos nenhuma disparada da inflação."
Na semana passada, o presidente do BC, Alexandre Tombini, afirmou que os juros estão hoje mais próximos do verificado no resto do mundo. Ele disse, no entanto, que a instituição não abandonou a política monetária e poderá fazer ajustes nos juros, para cima ou para baixo, quando necessário.

Taxa média de juro cai para nova mínima histórica em outubro, diz BC

Atualizado às 11h40 BRASÍLIA – A taxa média de juros das operações referenciais de crédito do sistema financeiro caiu 0,6 ponto percentual entre setembro e outubro, atingindo 29,3% ao ano, o menor nível da série histórica calculada pelo Banco Central (BC), com início em junho de 2000. Já a taxa de inadimplência considerando atrasos há mais de 90 dias não cede e permaneceu em 5,9% pelo quarto mês seguido.
Os dados foram divulgados nesta quinta-feira pela autoridade monetária. O governo iniciou em abril uma cruzada pela redução das tarifas bancárias. Este é o oitavo mês consecutivo de queda nas taxas médias. O corte acumulado de janeiro a outubro é de 7,8 pontos percentuais.
A queda foi um pouco maior nas operações direcionadas às empresas, cujo custo caiu 0,5 ponto percentual no mês passado, para 22,1% ao ano. Para as famílias, a média caiu de 35,8% para 35,4% ao ano. Tanto as taxas médias de juros das pessoas físicas como as das pessoas jurídicas atingiram as mínimas históricas em outubro.
O spread bancário (diferença entre as taxas de captação dos bancos e as aplicadas aos clientes) caiu de 22,3 pontos percentuais em setembro para 22 pontos em outubro, também novo piso histórico. Nas operações com pessoas físicas, o spread, que era de 27,9 pontos em setembro, caiu para 27,8 pontos percentuais. As empresas, por sua vez, contrataram crédito com spread de 15 pontos em setembro, ante 15,3 pontos no mês anterior.
Inadimplência
Desde o início do ano, o BC vem repetindo o discurso de que a inadimplência vai recuar neste segundo semestre. No entanto, pelos dados disponíveis, faltando apenas dois meses para terminar o ano, a taxa continua no mesmo patamar, o mais alto da série histórica, pelo quarto mês consecutivo.
Nos dez primeiros meses do ano, a taxa variou entre o intervalo curto de 5,7% a 5,9%. No acumulado do ano e nos 12 meses terminados em outubro, a taxa caiu apenas 0,4 ponto percentual.
Nos empréstimos e financiamentos referenciais a empresas, a inadimplência subiu para 4,1% em outubro, 0,1 ponto percentual a mais do que em setembro. No segmento de pessoas físicas, a taxa de atrasos continuou em 7,9%, também pelo quarto mês consecutivo.
O levantamento da autoridade monetária engloba as operações de crédito que são referenciais para o cálculo da taxa média de juros, que inclui quase todo o crédito livre.
A taxa de inadimplência de todas as operações de crédito do sistema financeiro, livre e direcionado, continuou em 3,8% em outubro – o mesmo nível que se repete desde abril. O volume de operações que tinha pelo menos uma prestação em atrasos há mais de 90 dias somou R$ 85,314 bilhões no mês passado.
Estoque
Ainda de acordo com os números do BC, o estoque de crédito no Brasil cresceu 1,4% em outubro, um ritmo melhor que o verificado em setembro. A carteira de empréstimos e financiamentos do sistema financeiro encerrou o período em R$ 2,269 trilhões.
Fonte: Murilo Rodrigues Alves | Valor Econômico
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