quarta-feira, 29 de agosto de 2012

CAMPANHA SALARIAL - Negociações das Cláusulas Econômicas



Bancários continuam negociação sobre remuneração com a Fenaban na terça 4



Retomadas nesta quarta-feira 29 de manhã, as negociações sobre as cláusulas econômicas da pauta de reivindicações da Campanha 2012 entre o Comando Nacional dos Bancários e a Fenaban prosseguem na próxima terça-feira 4 de setembro, às 15h, em São Paulo. No período da tarde desta quarta os dirigentes sindicais discutem com os bancos o combate ao assédio moral.

Nesta quinta-feira 30 haverá uma reunião de um grupo técnico, formado por representantes dos bancários e dos bancos, para debater as questões envolvendo os trabalhadores afastados por motivo de saúde.

A Fenaban apresentou na terça-feira 28 a proposta que prevê 6% de reajuste (aumento real de cerca de 0,7%) para todas as verbas salariais, inclusive PLR, além de avanços em relação à saúde, à segurança bancária e à igualdade de oportunidades. O Comando Nacional considerou a proposta insuficiente. Veja aqui como foi a rodada de negociação da terça-feira.

No final desta quarta-feira o Comando Nacional se reunirá para fazer uma avaliação das negociações e encaminhar os próximos passos da Campanha 2012.




Fonte: Contraf-CUT

Bancários aprovam proposta de PCR do Itaú

Trabalhadores também deliberaram em assembleia no Sindicato pela ampliação de bolsas de estudos e novo sistema de ponto eletrônico
São Paulo - O valor mínimo de R$ 1,8 mil para o PCR (Programa Complementar de Remuneração), 5,5 mil bolsas de estudo e aprimoramento do ponto eletrônico foram aprovados pelos funcionários de agências e concentrações do Itaú. A proposta apresentada pela empresa, após intensa negociação com o Sindicato, foi deliberada em assembleia na terça 28.

O PCR passou de R$ 1,6 mil para o mínimo de R$ 1,8 mil. Sendo que o total a ser pago dependerá do retorno sobre o patrimônio líquido (ROE). O programa não terá desconto de programas próprios e da PLR (Participação nos Lucros e Resultados) da categoria, que vem sendo discutida entre o Comando Nacional dos Bancários e a federação dos bancos (Fenaban).

Bolsas e ponto - Das 5,5 mil bolsas, mil serão destinadas preferencialmente a bancários com deficiência. O valor será de 70% da mensalidade, com teto de R$ 320. Com a aprovação da proposta, o banco irá abrir processo seletivo complementar.

Já para o ponto eletrônico foram feitos aprimoramentos no sistema, entre eles, o direito de o bancário ter acesso às marcações do dia e de datas anteriores, além de a anotação ser feita por todos, inclusive gerentes, e só no local de trabalho. O Sindicato acompanhará a implantação do sistema para garantir que ele seja inviolável.


Redação - 28/8/2012 - http://www.spbancarios.com.br/Noticias.aspx?id=2498

Novo Sinergia pode diminuir PLR dos bancários do BB

Mudanças sem discussão com Sindicato podem refletir negativamente no módulo bônus dos trabalhadores
São Paulo – A alteração unilateral da direção da empresa em um dos componentes da PLR semestral dos funcionários do Banco do Brasil, o módulo bônus, pode reduzir o montante destinado aos trabalhadores. Isso porque o Sindicato estima que cerca de 50% das agências não atingirão a pontuação exigida pelo banco para fazer jus à premiação.

As novas premissas do Sinergia englobam a gestão das carteiras e grupos negociais, constituindo 70% do peso total para a formação da nota das agências; sistema de avaliação semestral para, segundo o banco, premiações periódicas e individualizadas.

De acordo com a secretária-geral do Sindicato, Raquel Kacelnikas, a direção do banco alterou o Sinergia, que mede o módulo bônus da PLR – que também é constituída pela distribuição linear de 4% do lucro líquido e o módulo Fenaban –, impondo novos números para a colocação das unidades nos patamares: inicial, bronze, prata e ouro. “O banco alterou a pontuação, mas manteve as metas abusivas. E mais, passou a cobrar desempenho individual, o que aumentou a pressão em cima de todos. O resultado disso tudo é que mesmo tendo trabalhado tanto, diversos bancários, inclusive comissionados, correm risco de receber menos de módulo bônus em relação ao ano passado.”

No entanto, no primeiro semestre de avaliação deste ano, conforme sondagem das entidades sindicais, 50% das agências nem sequer saíram da etapa inicial e menos de 20% atingiram a etapa ouro, demonstrando a distorção do modelo. Além disso, 90% das superintendências ficaram na etapa prata.

“Para mudar essa situação, os trabalhadores têm de se envolver na campanha deste ano. Reivindicamos PLR maior e mais justa aos funcionários das agências e complexos administrativos”, acrescenta Raquel.


Redação - 28/8/2012

Direção do BB tenta confundir funcionalismo

Em comunicado interno empresa diz que os descomissionamentos não ocorrem de forma unilateral e são em pequeno número
São Paulo – Uma das maiores conquistas dos trabalhadores do Banco do Brasil é a necessidade de três avaliações negativas e consecutivas para que ocorra qualquer descomissionamento.

Essa importante ferramenta, no entanto, foi objeto de intenso debate entre os representantes dos trabalhadores e da direção da empresa na negociação específica da Campanha Nacional ocorrida em 20 de agosto. Na ocasião, o banco propôs reduzir as avaliações de três para uma, o que provocou protesto por parte dos dirigentes sindicais, que ameaçaram, inclusive, deixar a mesa de negociação.

“Nosso empenho é que esse acordo seja de fato respeitado pelo banco. Temos recebido denúncias de que estão ocorrendo descomissionamentos unilaterais e sem as três avaliações”, afirma o diretor do Sindicato e integrante da Comissão de Empresa dos Funcionários do BB, Cláudio Luis de Souza, acrescentando que o banco postou comunicado interno tentando justificar sua postura nas negociações por meio de números que tentam mostrar serem poucos os descomissionamentos. “Não aceitamos esse argumento, pois consideramos que as três avaliações coíbem injustiças. E mais, se os números são baixos como alegam, então por que tentam diminuir as avaliações?”, questiona o dirigente.

Cláudio Luis reforça ainda que os trabalhadores têm de consultar sempre os informativos oficiais do Sindicato - site e Folha Bancária – para saber do andamento das negociações. “Os negociadores do banco apostam na confusão para tentar desmobilizar os trabalhadores, que têm de estar atentos aos debates”, acrescenta.

Leia mais
> Negociação específica com BB prossegue sem avanço


Redação - 28/8/2012 - http://www.spbancarios.com.br/Noticias.aspx?id=2495


Comando considera 6% insuficiente. Negociação continua nesta quarta


Crédito: Jailton Garcia
Jailton GarciaProposta da Fenaban contém somente 0,7% de aumento real

O Comando Nacional dos Bancários considera insuficiente a proposta apresentada nesta terça-feira (28) pela Fenaban, que prevê 6% de reajuste (aumento real de cerca de 0,7%) para todas as verbas salariais, inclusive PLR, além de avanços em relação à saúde, à segurança bancária e à igualdade de oportunidades. As negociações sobre remuneração continuam nesta quarta-feira (29), às 10h, em São Paulo. Na quinta-feira, terão continuidade as discussões sobre saúde do trabalhador e condições de trabalho, como o combate ao assédio moral.

"A proposta dos bancos contém avanços nos temas de saúde e condições de trabalho, segurança bancária e igualdade de oportunidades, mas é insuficiente em relação ao índice de reajuste, ao piso e à PLR, e nada propõe sobre emprego", afirma Carlos Cordeiro, presidente da Contraf-CUT e coordenador do Comando Nacional. "Setores da economia menos dinâmicos que o sistema financeiro estão fazendo acordos com aumentos acima da inflação muito maiores do que a proposta dos bancos. Também consideramos imprescindível que sejam contempladas nossas reivindicações de garantia de emprego, de melhoria da PLR e de valorização do piso salarial."

Em relação ao emprego, a Fenaban disse que o tema não deve ser incluído na Convenção Coletiva dos Bancários, devendo ser tratado por meio de acordos banco a banco. Assim, a Contraf-CUT enviará nesta quarta-feira carta aos seis grandes bancos nacionais (BB, Itaú, Bradesco, Caixa, Santander e HSBC), que empregam mais de 90% da categoria, para cobrar negociações específicas sobre emprego. Os bancários querem mais contratações, fim da rotatividade, proteção contra demissões imotivadas e cumprimento da jornada de 6 horas, entre outras.

Combate ao assédio moral

Os bancos aceitaram a reivindicação dos bancários de rediscutir o instrumento de combate ao assédio moral previsto na Convenção Coletiva com adesão espontânea para bancos e sindicatos. Para os bancários, esse instrumento precisa ser avaliado, porque é insuficiente e precisa de ajustes.

O tema será discutido nesta quinta-feira entre o Comando Nacional
dos Bancários e a Fenaban, com a participação de técnicos em saúde dos dois lados.

Programa de Reabilitação Profissional

Também vai a discussão nesta quinta-feira o Programa de Reabilitação Profissional (PRP). O Comando Nacional questionou os bancos sobre a razão pela qual nenhum deles aderiu ainda ao programa, que está desde 2009 na Convenção Coletiva. Pelo acordo, cuja implementação é opcional, os bancos devem instituir programas de reabilitação, visando assegurar condições para a manutenção ou a reinserção ao trabalho do bancário com diagnóstico de adoecimento, de origem ocupacional ou não.

O que está acontecendo na prática é que a grande maioria dos trabalhadores, ao retornarem ao trabalho depois de um determinado período de afastamento, é recolocada no mesmo posto de trabalho que o adoeceu, sem nenhuma mudança nas condições e no ritmo de trabalho.

A Fenaban disse que os bancos estão rediscutindo o assunto e apresentarão uma posição sobre a adesão ainda durante o processo de negociação da campanha.

Garantia de salário para bancários afastados

Também continuam nesta quinta as discussões sobre garantia de salário do bancário no período entre ele receber alta programada do INSS e ser considerado inapto pelo médico do trabalho dos bancos quando do retorno ao trabalho, em que ele fica hoje sem salário. A Fenaban disse que os bancos aceitam pagar o salário durante esse período, assim como nos casos de afastamento entre a licença-médica e a realização da perícia.

Também prosseguem na mesma reunião os debates sobre as Sipats. A reivindicação dos bancários é que os bancos informem os sindicatos, com prazo mínimo de 30 dias antes da realização da Sipat, a data, o tema e o local de realização.

Projeto-piloto para segurança bancária

Os bancos aceitaram a proposta do Comando Nacional de instituir um projeto-piloto conjunto para testar medidas de prevenção contra assaltos e sequestros e melhorar a segurança das agências. Eles propõem escolher uma grande cidade, definir um grupo de trabalho com especialistas em segurança e representantes do Comando Nacional e da Fenaban.

A 3ª Pesquisa Nacional de Ataques a Bancos, elaborada pela Confederação Nacional dos Vigilantes (CNTV) e Contraf-CUT, com apoio técnico do Dieese, revelou que as ocorrências cresceram 50,48% no primeiro semestre de 2012 e atingiram 1.261 casos em todo país, uma média assustadora de 6,92 por dia. Desses, 377 foram assaltos (inclusive com sequestro de bancários e vigilantes), consumados ou não, e 884 arrombamentos de agências, postos de atendimento e caixas eletrônicos. No mesmo período do ano passado, foram registrados 838 casos, sendo 301 assaltos e 537 arrombamentos.

Os representantes dos bancários também lembraram que já houve 27 assassinatos em assaltos envolvendo bancos, na sua maioria em "saidinhas" de banco, no primeiro semestre de 2012. Em todo ano passado foram 49 mortes.

Para combater essa insegurança, o Comando Nacional defende a proibição da guarda das chaves e acionadores de alarmes para evitar sequestros, fim do transporte de numerário por bancários, instalação de equipamentos de prevenção contra assaltos e sequestros (porta de segurança, câmeras de monitoramento, biombos, vidros blindados, entre outros), além de estabilidade ao empregado vítima desse tipo de violência.

Igualdade de oportunidades

A Fenaban também concordou com a proposta do Comando Nacional de realizar um novo censo na categoria bancária para avaliar se as medidas em defesa da igualdade de oportunidades, contidas nos planos de ação dos bancos após a divulgação do Mapa da Diversidade, estão produzindo resultados.

Pela proposta dos bancos, o novo censo será planejado em 2013 e aplicado no início de 2014.

O Comando mostrou aos bancos que os planos de ação que os bancos instituíram unilateralmente não estão produzindo efeitos positivos, uma vez que não há negros nas agências nem programas de encarreiramento das mulheres com critérios objetivos, que evitem discriminações.



Fonte: Contraf-CUT - http://www.contrafcut.org.br/noticias.asp?CodNoticia=31730

terça-feira, 28 de agosto de 2012

Fenaban propõe aumento real de 0,7%

Reajuste de 6% foi considerado insuficiente pelo Comando Nacional dos Bancários e negociação será retomada nesta quarta-feira 29
São Paulo - Índice de 6% para o reajuste salarial e demais verbas. Essa foi a proposta apresentada pela federação dos bancos (Fenaban) ao Comando Nacional dos Bancários em reunião realizada nesta terça 28.

> Após ler toda a proposta, mande sua opinião
> Vídeo: Fenaban apresenta proposta insuficiente

O valor corresponde a aumento real de 0,7% (para inflação do INPC projetada em 5,3%) e foi considerado insuficiente pelo Comando na mesa de negociação.

Uma nova rodada deve dar continuidade aos debates nesta quarta-feira, já que a Fenaban afirma querer resolver a campanha na mesa de negociação com os trabalhadores. “Também achamos importante resolver a campanha na mesa de negociação, mas para isso a proposta tem de melhorar muito”, afirma a presidenta do Sindicato, Juvandia Moreira, uma das coordenadoras do Comando. “Temos reivindicações importantes e plausíveis para os bancos. Vir somente com proposta de índice, sem resposta para questões fundamentais como valorização da PLR, do piso, dos auxílios, além das demandas de emprego, saúde e condições de trabalho é pouco. Para resolver a campanha na mesa de negociação tem de avançar.”

A dirigente destaca que isso é perfeitamente possível. “Os bancos têm resultados excelentes e ainda podem reduzir seus altos provisionamentos que refletiram negativamente no lucro do setor. Os bancários não aceitam receber PLR menor.”

> Veja resultados dos bancos no primeiro semestre

A dirigente lembra que a cada ano as instituições comprometem uma parcela menor do seu lucro líquido com a PLR da categoria. “Nos maiores privados era distribuído 14% em 1995 e em 2011 chegou a 6,4%. Os bancos podem melhorar isso” cobra a presidenta do Sindicato.

> Cai porcentagem do lucro distribuída pelos bancos

Veja abaixo outros itens da proposta global dos bancos

EMPREGO
Os bancos se negaram a tratar das reivindicações de emprego na CCT, informando que essas questões devem ser resolvidas em acordo coletivo de trabalho, ou seja, banco a banco.

Diante disso, o Comando Nacional dos Bancários enviará carta a cada uma das instituições que compõem a mesa da Fenaban solicitando espaço para discutir demandas fundamentais à categoria, como mais contratações, fim da rotatividade, da terceirização e das dispensas imotivadas, respeito à jornada de seis horas, universalização dos serviços bancários. “Deixamos claro para os bancos a relevância do tema e de mudanças que alterem a realidade de sobrecarga de trabalho e adoecimento dos bancários, por falta de funcionários e desrespeito à jornada”, relata Juvandia.

SEGURANÇA
A proposta do Comando, de manter um projeto piloto de segurança, foi aceita pela Fenaban, em local ainda a ser definido. O objetivo é cruzar estatísticas com dados do passado e do presente que mostrem a importância das ações implementadas, como portas de segurança e biombos de proteção entre os caixas e entre as filas. Um grupo de trabalho com representantes dos bancários e dos bancos deverá acompanhar os planos de ação e de monitoramento.

“Tem de ter prazo para começar e para analisar. Tendo esses números a gente consegue estabelecer a discussão das medidas que têm de ser implementadas no Brasil inteiro”, explica Juvandia.

SAÚDE
"Os bancos se comprometeram com atuação emergencial junto aos trabalhadores afastados que ficam sem salário e benefício até a perícia" do INSS ou devido a alta programada. A cláusula que deverá constar da Convenção Coletiva de Trabalho deve definir quanto, como e até quando pagar os salários dos afastados.

Também ficou acertado que representantes dos bancários e dos bancos procurarão a Previdência, juntos, para cobrar solução para o probolema. “O importante é que possamos garantir os proventos desses trabalhadores que já sofrem tanto com o adoecimento. Esse é um avanço importante em relação aos direitos dos afastados”, ressalta Juvandia.

Até o encerramento da campanha, os bancos também devem se posicionar em relação à cláusula que prevê o direito à reabilitação após adoecimento, mas à qual nenhuma instituição aderiu.

ASSÉDIO MORAL
Nesta quinta-feira, integrantes da Fenaban e do Comando dos Bancários devem debater o instrumento de combate ao assédio moral. Serão expostos números de denúncias feitas e solucionadas e discutidos prazos para resposta dos bancos.

IGUALDADE
Os bancos finalmente aceitaram refazer o censo da categoria. Ao longo de 2013 farão o planejamento, preparação e sensibilização dos trabalhadores para aplicação da pesquisa no início de 2014. Toda a discussão será feita na mesa temática de igualdade de oportunidade. “Esse censo é importante para que possamos saber das condições das mulheres, dos negros, das pessoas com deficiência e trabalhar para que todos tenham as mesmas oportunidades nos bancos”, completa Juvandia.


Cláudia Motta - 28/8/2012 - http://www.spbancarios.com.br/Noticias.aspx?id=2497

CAMPANHA SALARIAL -

Contraproposta dos banqueiros para o índice de reajuste das cláusulas econômicas.

 A proposta deles é de 6%.


As negociações continuam.


Segue abaixo contraproposta:



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DIA DO BANCÁRIO - 28 DE AGOSTO


segunda-feira, 27 de agosto de 2012



Bancos apresentam proposta global nesta terça 28, Dia do Bancário


Após três rodadas duplas de negociação, a Fenaban apresentará ao Comando Nacional nesta terça-feira 28, Dia dos Bancários, uma proposta global para as reivindicações da categoria na Campanha 2012.

"A expectativa dos bancários é que os bancos, para valorizar o processo de negociações, entreguem uma proposta que contemple aumento real de salário, valorização do piso, PLR maior, garantia de emprego, melhores condições de saúde e trabalho, mais segurança e promoção à igualdade de oportunidades", afirma Carlos Cordeiro, presidente da Contraf-CUT e coordenador do Comando Nacional.

"Pelos lucros fantásticos que o sistema financeiro continua produzindo, graças principalmente ao aumento da produtividade dos bancários, há condições objetivas para atender as nossas reivindicações. Somente os seis maiores bancos tiveram lucro líquido de R$ 25,2 bilhões, mesmo usando o truque de fazer provisões para devedores duvidosos de R$ 39,15 bilhões para uma inadimplência que cresceu apenas 0,7 pontos percentuais no período", acrescenta Cordeiro.

Leia mais:
Com truque das provisões, bancos escondem lucro para reduzir a PLR

O Comando Nacional mostrou à Fenaban na terceira rodada de negociações, na quarta-feira 22, que o sistema financeiro nacional é o mais rentável do mundo, recompensa seus altos executivos com bônus milionários, mas paga a seus empregados um dos salários mais baixos dentre os bancários sul-americanos. "São injustiças como essas que tornam o Brasil o país com a quarta pior distribuição de renda na América Latina, segundo estudo da ONU. Isso não pode continuar", critica o presidente da Contraf-CUT.

Confira a seguir as principais reivindicações da categoria na Campanha 2012, aprovadas pela 14ª Conferência Nacional dos Bancários, realizada entre 20 e 22 de julho, em Curitiba.

Remuneração

Reajuste salarial de 10,25% (reposição da inflação mais 5% de aumento real).

Piso salarial de R$ 2.416,38, equivalente ao salário mínimo do Dieese.

PLR de três salários mais R$ 4.961,25 fixos.

PCS para todos os bancários.

Reajuste para R$ 622,00, valor do salário mínimo nacional, para o auxílio-refeição, a cesta-alimentação, o auxílio-creche/babá e a 13ª cesta-alimentação, além da criação do 13º auxílio-refeição no mesmo valor.

Parcelamento do adiantamento de férias em até dez parcelas iguais.

Salário do substituto igual ao do substituído.

Emprego

Mais contratações.

Garantias contra demissões imotivadas.

Fim da rotatividade.

Respeito à jornada de seis horas.

Fim das terceirizações.

Universalização dos serviços bancários em substituição aos correspondentes.

Saúde e condições de trabalho

Fim das metas abusivas.

Combate ao assédio moral.

Programa de Reabilitação Profissional.

Segurança bancária

Obrigatoriedade da porta de segurança em todas as agências e postos.

Fim da guarda das chaves do cofre e das unidades por bancários e vigilantes.

Proibição ao transporte de numerário por bancários.

Biombos e divisórias para garantir privacidade nos saques.

Melhoria da assistência de saúde às vítimas de assaltos e sequestros.

Igualdade de oportunidades

Inclusão na Convenção Coletiva dos planos de ação dos bancos de combate às discriminações, elaborados a partir do Mapa da Diversidade.

Realização de novo censo para avaliar resultados das medidas em defesa da igualdade já implantadas.


Veja como foram as três rodadas de negociações anteriores:

Bancários negociam remuneração e Fenaban fará proposta global dia 28

Negociação sobre igualdade emperra; Comando propõe projeto de segurança

Avança negociação sobre saúde entre Comando Nacional e Fenaban

Banqueiros se negam a discutir metas abusivas que adoecem bancários

Banqueiros dizem que bancários não estão preocupados com emprego

Fonte: Contraf-CUT

sexta-feira, 24 de agosto de 2012



Com truque das provisões, bancos escondem lucro para reduzir a PLR


Os seis maiores bancos do sistema financeiro nacional registraram em seus balanços lucro líquido conjunto de R$ 25,2 bilhões no primeiro semestre de 2012. E debitaram como provisões para devedores duvidosos (PDD) R$ 39,15 bilhões - 64,3% a mais que o lucro líquido.

O aumento das PDDs variou de 22,2% (Caixa) a 63,43% (HSBC), enquanto o índice de inadimplência do sistema financeiro como um todo no período, segundo o Banco Central, subiu apenas 0,7 pontos percentuais na média.

Veja na tabela abaixo:

Resultados dos seis maiores bancos no 1º semestre de 2012

Lucro líquido (R$)
Provisões para devedores duvidosos (PDD), em R$
Evolução das PDDs (*)
Variação da inadimplência (*)
Itaú
7,1 bilhões (recorrente)
12,02 bilhões
+26,7%
1,0p.p.
Banco do Brasil
5,7 bilhões (ajustado)
6,93 bi
+26,58%
0,1p.p.
Bradesco
5,7 bilhões
(ajustado)
6,95 bi
+33,14%
0,5p.p.
Caixa
2,8 bilhões
3,64 bi
+22,2%
0,0p.p.
Santander
3,2 bilhões (IRFS)
7,8 bi
+36,15%
0,6p.p.
HSBC
602 milhões
1,81 bi
+63,43%
1,2 p.p.
Total
25,2 bilhões
39,15 bilhões

(*) Comparação com o primeiro semestre de 2011.

Fonte: Demonstrações financeiras dos bancos. Elaboração: Dieese - Rede Bancários


"Sempre soubemos que a maquiagem dos balanços é um velho truque dos bancos para esconder seus lucros, mas isso nunca ficou tão claro como agora. As instituições financeiras cumprem vários objetivos com essa mágica e um deles é reduzir a PLR dos bancários. Na campanha nacional deste ano, queremos discutir essa questão a sério", adverte Carlos Cordeiro, presidente da Contraf-CUT e coordenador do Comando Nacional dos Bancários.

Além de tirar PLR dos trabalhadores, com a maquiagem dos balanços para reduzir contabilmente o lucro, os bancos tentam justificar a contenção da oferta de crédito e a manutenção das maiores taxas de juros, spreads e tarifas do mundo. "É uma chantagem do sistema financeiro para com a sociedade brasileira", critica Cordeiro.

O Comando Nacional defende outra fórmula de distribuição da PLR, propondo três salários mais uma parcela fixa de R$ 4.961,25. Uma regra simples e mais justa.

Além das mudanças de critérios frequentes que os bancos fazem nos balanços, este ano ainda se soma o superdimensionamento das provisões para devedores duvidosos. "Se seguirmos o modelo atual, em muitas instituições os bancários receberão PLR menor que no ano passado, apesar de os lucros terem aumentado. Queremos também discutir as PDDs", avisa o presidente da Contraf-CUT.

Os bancos reconheceram que a atual fórmula é complexa e "diabólica" e que um modelo simples seria melhor, mas salientaram que não pretendem mudar neste momento as atuais regras da PLR.

"Os bancários, principais responsáveis pelos lucros dos bancos, não podem ser prejudicados, enquanto os altos executivos recebem bônus milionários. Quem produziu todos esses resultados gigantescos precisa ser valorizado com uma boa PLR, além de uma proposta global decente que atenda às reivindicações da categoria", conclui Cordeiro.


Fonte: Contraf-CUT


HSBC usa truque da PDD, reduz lucro para R$ 602 milhões e corta empregos


A análise do balanço do 1º semestre de 2012, realizada pela subseção do Dieese da Contraf-CUT, aponta que. enquanto o lucro líquido registrado nos primeiros seis meses do ano atingiu o montante de R$ 602 milhões, com queda de 1,6% comparativamente ao mesmo período de 2011, os valores destinados para provisões para créditos em liquidação duvidosa (PDD) aumentaram em 63,4%, atingindo a cifra de R$ 1,8 bilhão, ou seja, três vezes o valor do lucro. A PDD é um velho truque contábil usado pelos banqueiros para maquiar resultados.

No mesmo período o índice de inadimplência aumentou apenas 1,2 ponto percentual, atingindo 4,8% no semestre.

Para o Dieese, fica claro que o HSBC está usando a PDD para reduzir seus lucros no Brasil, não mantendo qualquer relação com a carteira de créditos em atraso, que deveria ser a referência para a formação destas reservas.

"É vergonhoso ver o banco se utilizar dessa possibilidade legal para diminuir o seus lucros e dos esforços sobre-humanos dos bancários para atingir metas irem para o ralo. Se isso não ocorresse, somente os valores pagos a título de PLR poderiam ser muito maiores, atingindo o teto de 2,2 salários", critica Miguel Pereira, funcionário do HSBC e secretário de Organização do Ramo Financeiro da Contraf-CUT.

Quanto ao emprego, os dados do balanço mostram que, apesar do lucro milionário, o banco eliminou 1.836 postos de trabalho entre junho de 2011 e junho deste ano, na contramão da economia brasileira que gerou empregos.

"Não é à toa que as condições de trabalho estão péssimas, beirando o insuportável e a cada dia o nível de adoecimento é cada vez maior. E quando isso acontece, os funcionários ainda são discriminados e perseguidos pelo banco, como apontou a recente denúncia feita pelo Sindicato dos Bancários de Curitiba ao Ministério Público do Trabalho", aponta Miguel.

O fato de a PDD ser uma das contas de despesas dos balanços bancos, além de baixar o lucro líquido, compromete não só o pagamento da PLR da categoria bancária prevista na Convenção Coletiva de Trabalho, como pode até inviabilizar o pagamento dos programas próprios de remuneração variável, como o PPR e o PSV.

Apesar das mudanças paliativas feitas pelo HSBC para o PPR/PSV 2012, como a não compensação apenas para os gerentes entre a PLR e o seu programa próprio (PSV) e o pagamento diferenciado aos funcionários da área de atendimento das agências, com esse volume de provisionamento corre-se o risco de ao final do programa ninguém ganhar nada.

"Todos sabemos que o PPR/PSV é péssimo. Ele é mal dimensionado nas metas e nos valores para pagamento e, nos últimos períodos, o banco tem escolhido entre as áreas administrativas e de vendas para quem não pagar. Ano passado ofereceu empréstimo ao invés de pagar o que havia prometido. No semestre anterior a maioria dos gerentes é que não recebeu nada. Quando paga, alguns gerentes, após as compensações, recebem muito menos que os caixas, e obviamente ficam todos desmotivados", salienta Miguel.

Agora, envolto em diversas denúncias de lavagem de dinheiro nos EUA e venda irresponsável de produtos na Inglaterra, tendo de provisionar bilhões de dólares em multas, parece que a ordem da matriz em Londres é apertar ainda mais o cinto, a fim de sobrar recursos para o pagamento das multas aplicadas pelas autoridades nos EUA, México e Inglaterra, que passam dos US$ 2 bilhões.

"E o pior é que neste cenário negativo que contaminou a imagem do HSBC em todo mundo, ainda aumentaram as exigências para atingimento dos resultados, elevando os níveis de assédio moral, com a falsa promessa de ao final o funcionário receber alguma compensação financeira. E a direção da empresa ainda tenta vender a ideia que caso isso não ocorrer é por descompromisso das equipes de trabalho país a fora, o que é um absurdo", alerta o dirigente da Contraf-CUT.

"Além de desculpas, os executivos do banco deveriam cumprir os compromissos assumidos com os funcionários do banco", conclui Miguel.


Fonte: Contraf-CUT com Dieese


Mobilizados, funcionários do Banco do Brasil aguardam boa proposta de PLR


As negociações entre o Comando Nacional dos Bancários, coordenado pela Contraf-CUT, e a Fenaban estão em andamento. Os bancários aguardam propostas sobre todas as reivindicações apresentadas tanto na mesa geral da Fenaban quanto nas mesas específicas dos bancos públicos, inclusive sobre a regra geral de PLR.

Assim como ocorre desde a conquista desse direito pelos funcionários do Banco do Brasil na greve histórica de 2003, haverá provavelmente alguma proposta adicional à regra geral de PLR da categoria. A negociação visa ampliar o direito.

É importante esclarecer que nenhuma proposta na mesa da Fenaban reduz a PLR. Pelo contrário, ela pode aumentá-la. Foi assim quando a porcentagem do salário aumentou de 80% para 90% do paradigma ao ano.

Pelos resultados apresentados pelos maiores bancos do sistema financeiro, a proposta precisa ser boa porque, mesmo com abusivas provisões para devedores duvidosos (PDD), eles lucraram mais de R$ 25 bilhões no primeiro semestre deste ano.

E olha que o BB lucrou R$ 5,7 bilhões e provisionou R$ 6,93 bilhões para PDD. A provisão sofreu um acréscimo de 26,58% e a variação da inadimplência do banco foi de 0,1% (comparação com primeiro semestre de 2011), segundo cálculo do Dieese.

Os resultados estão aí e foram produzidos pelos bancários que merecem receber a sua parte.

PLR NO BB: IMPORTANTE CONQUISTA DA UNIDADE DA CATEGORIA

Quando se fala em conquistas oriundas da luta unitária de uma categoria profissional sempre é bom apresentar o histórico da distribuição da Participação nos Lucros e Resultados no Banco do Brasil. O banco só passou a ter PLR a partir da greve de 2003.

Histórico na categoria

A PLR foi conquistada pela categoria bancária no ano de 1995. O acordo foi assinado entre a então Confederação Nacional dos Bancários (CNB/CUT) e a Fenaban e valia para dezenas de bancos do país.

A conquista foi fruto da luta dos bancários e o modelo garantia uma distribuição de uma porcentagem do salário do trabalhador mais um valor fixo distribuído para todos sem vínculo com metas individuais.
Uma das principais características da regra geral da PLR da categoria sempre foi garantir que ninguém seja excluído do direito à participação.

Bancos públicos federais sem PLR até 2002

Antes da campanha unificada nos anos 2000, os bancos públicos federais não assinavam a Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) dos bancários e, com isso, os trabalhadores desses bancos não tinham alguns direitos da categoria como a PLR.

A greve de 2003 no BB e na Caixa foi histórica, pois a reivindicação dos bancários era pelo cumprimento da CCT da categoria e pela isonomia de direitos como reajustes salariais, Vale-Alimentação, Vale-Refeição, Auxílio-Creche/Babá (todos com valores menores que a CCT da época) e PLR assinada com os sindicatos, federações e CNB/CUT.

O BB, antes dessa conquista da campanha unificada, tinha um programa de resultados (PR) entre 1998 e 2002, que discriminava milhares de bancários, pois pagava valores irrisórios para as principais funções nas agências e até 54 vezes mais para os executivos do banco. Pelas regras do Dest - departamento que controla as empresas estatais -, o banco não pode distribuir mais que 6,25% do lucro entre os bancários.

Unidade com a categoria traz PLR ao BB

Com a greve de 2003, o governo federal foi obrigado a implantar a PLR no BB assinada com os sindicatos, federações e CNB/CUT na mesa da Fenaban. A conquista fez o banco passar a distribuir mais que 6,25% do resultado para atender às regras da convenção da categoria, que prevê uma porcentagem do salário mais um valor fixo distribuído a todos.

Os bancários perceberam a conquista já no primeiro pagamento da PLR em 2003, uma vez que, ao invés de receber uns R$ 400 e milhares de bancários não ganharem nada, todos receberam valores muito maiores.
O banco gasta, em geral, entre 10% e 12% na distribuição do lucro justamente para cumprir a regra conquistada na luta, com base no modelo da Fenaban. Os bancários não aceitam que o banco apague essa referência.

Avanços a partir de 2005

A partir de 2005, os funcionários do BB conquistaram na campanha unificada daquele ano um aditivo de 4% linear, além da regra geral da categoria, e as entidades sindicais passaram a negociar um acréscimo de módulo bônus atrelado ao resultado coletivo das dependências (ATB).

É importante deixar claro que os funcionários do BB não abrem mão da referência na regra da categoria na mesa da Fenaban, pois foi da luta da campanha unificada que garantiram o direito. E o modelo da Fenaban mais a distribuição linear de 4% não têm nenhuma vinculação com metas.

O módulo bônus, que foi negociado entre 2005 e 2011, sempre teve como referência o resultado coletivo das unidades e é importante salientar que, em geral, 95% das dependências cumpriam os 400 pontos do ATB.

Antigo Sinergia não impedia adicional de módulo bônus

O programa Sinergia foi criado em outubro de 2005, com a participação dos superintendentes, gerentes regionais, gerentes de mercado, administradores e aprovado pelo Conselho Diretor em dezembro de 2005. Uma das "premissas" era estabelecer objetivos de acordo com o ORC/ATB (Acordo de Trabalho), além de estimular o atingimento de resultados de todas as dependências do banco.

Um dos problemas do programa sempre foi a falta de um acordo efetivo de trabalho que verificasse a realidade de mercado de cada dependência, ou seja, tudo sempre foi imposto sem um acordo real e efetivo.

Foram traçados objetivos no programa, porém alguns deles nunca foram mensurados adequadamente, dentre eles, o de assegurar a adoção das melhores práticas bancárias e o de utilizar racionalmente os recursos disponíveis. Os únicos objetivos que foram perseguidos pela direção do BB foram os de alinhamento estratégico da "força de vendas" e o de melhorar os resultados para o banco. Na verdade, a obsessão do BB era ser o primeiro, manter a liderança e incrementar lucro. Sempre a qualquer custo.

Foram criadas quatro etapas: inicial, bronze, prata e ouro. E o Sinergia era igual ao ATB. A pontuação era dividida em Negócios (400 pontos) e Gestão (50 pontos), além dos bônus e dos indutores com pontuação móvel (no tempo do cumprimento e na quantidade de pontos) ao sabor de interesses pouco claros da diretoria do banco.

O que deveria ser "excepcional" para ajustar, incluir ou excluir indicadores, adequando o programa em função da dinâmica do mercado, possíveis alterações do cenário econômico e/ou outras necessidades detectadas, os diretores da DIRED, DIREV, DIMPE, DIREO e DIRCO, em decisão colegiada, passaram a usar como regra diária.

O aditivo da PLR não foi prejudicado em função do Sinergia porque todos os gestores e funcionários tinham uma noção de por onde caminhar mesmo com as metas impostas e abusivas. Os bônus e os indutores serviam para maquiar o resultado final do programa.

Com a manipulação das metas do ATB ao final de cada semestre, em torno de 95% das dependências recebiam a PLR integral e o restante das dependências poderiam fazer recursos ou recebiam uma proporcionalidade.

Novo Sinergia BB destrói regra de parcela adicional

A Contraf-CUT, fundada em 2006, ocupando o lugar da extinga CNB-CUT, as entidades filiadas e os funcionários do BB foram surpreendidos em 2012 com a mudança na gestão de metas do banco, que eliminou o ATB na rede de agências com a criação do Novo Sinergia BB.

Sob o comando do presidente do BB, Aldemir Bendine, e dos superintendentes nomeados pela diretoria, o programa foi piorado e rebatizado, estabelecendo metas individuais por carteira e enterrando de vez a solidariedade nos locais de trabalho.

As novas "premissas" englobam o foco na gestão das carteiras e nos grupos negociais, cuja importância foi ampliada, considerando atribuição de 70% do peso total para a formação da nota das agências. Além disso, o sistema de avaliação semestral tem intenção de fazer premiações periódicas e individualizadas.

Nada disso foi capaz de melhorar o desempenho porque as metas continuaram abusivas. Conforme sondagem das entidades sindicais, no primeiro semestre de avaliação de 2012 verificou-se que 50% das agências nem saiu da etapa inicial e menos de 20% atingiu a etapa ouro, demonstrando a distorção do modelo, e 90% das superintendências ficaram na etapa prata.

O movimento sindical chegou a alertar o banco em negociação nos primeiros meses do ano de que os funcionários estavam revoltados com o Novo Sinergia BB, que tem como foco metas individuais e ainda dificulta a gestão do resultado da agência pelos administradores.

O programa do banco alterou o parâmetro negociado desde 2005 com as entidades sindicais para a parcela adicional de módulo bônus e os representantes dos bancários tinham informado da dificuldade de qualquer negociação de metas individuais na regra de PLR dos funcionários do BB.

Compete agora ao BB fazer uma proposta que contemple as demandas dos bancários e corrija o problema que ele mesmo criou.


Fonte: Contraf-CUT com sindicatos e federações


Caixa frustra bancários ao não trazer soluções para jornada, Sipon e segurança


Crédito: Valéria Carvalho - Fenae
Valéria Carvalho - FenaeEmpregados devem responder ausência de propostas com mobilização

O Comando Nacional dos Bancários, coordenado pela Contraf-CUT e assessorado pela Comissão Executiva dos Empregados (CEE/Caixa), realizou nesta quinta-feira (23), com a direção da Caixa Econômica Federal, em Brasília, a terceira rodada de negociação da pauta específica da Campanha Nacional 2012. No entanto, apesar das cobranças das entidades, o banco não apresentou qualquer contraproposta para solucionar pendências em relação à jornada, Sistema de Ponto Eletrônico (Sipon) e segurança bancária.

"Desde a primeira rodada de negociações, em 10 de agosto, temos apresentado propostas detalhadas para cada reivindicação da pauta específica e tínhamos a expectativa de que os negociadores da Caixa trouxessem soluções para itens como isonomia, contratação de pessoal, Saúde Caixa, condições de trabalho, carreira, jornada /Sipon, segurança bancária e questões relativas à Funcef, entre as quais a incorporação do REB pelo Novo Plano e a extensão do auxílio e da cesta-alimentação a todos os aposentados e pensionistas", afirmou Jair Pedro Ferreira, coordenador da CEE/Caixa e vice-presidente da Fenae.

Ele lembra que isto não só não aconteceu, como a Caixa limitou-se a afirmar, após o fim da terceira rodada, que irá esperar os resultados da negociação com a Fenaban marcada para a próxima terça-feira, 28 de agosto, Dia do Bancário, em São Paulo, para só depois apresentar uma proposta global aos trabalhadores da empresa.

Diante disso, Jair observou que o resultado da negociação desta quinta-feira foi frustrante, sobretudo por não registrar nenhum avanço.

Jornada de tabalho e Sipon

Reivindicação recorrente, o respeito à jornada de seis horas para todos os empregados, inclusive os de nível gerencial e carreiras profissionais, e sem redução salarial, abriu o bloco de debates sobre jornada de trabalho e Sipon. A demanda foi mais uma vez negada pela Caixa, sob a alegação de que a empresa opera basicamente com duas jornadas: uma de seis horas e outra de oito para cargos comissionados e de carreiras profissionais.

Foi lembrado também à empresa que a questão do Sipon é uma das maneiras de avaliar o respeito à jornada, mas quase sempre isto não vem sendo colocado em prática. Como resultado disso, segundo Jair, os trabalhadores estão sobrecarregados e são frequentemente vítimas de assédio moral, sofrendo com a pressão pelo cumprimento de metas abusivas.

O dirigente sindical ressaltou ainda que "uma das tarefas do Sipon é mostrar a sobrecarga de trabalho a que estão submetidos os empregados com jornadas extensas no dia a dia, o que vem causando cada vez mais adoecimento no ambiente das unidades".

Para resolver essas situações esdrúxulas, o Comando Nacional propôs na mesa de negociação, entre outras medidas, a adoção de "login único" para acesso aos sistemas corporativos, o fim do banco de horas ou a extinção do registro de horas negativas no Sipon (não previsto no acordo coletivo) e o pagamento de todas as horas extras, acrescidas de 100% das horas normais.

Também foi reivindicada a adoção da "areg inteligente", de modo a permitir que o batimento do ponto de saída ocorra apenas a partir do horário de fechamento do último sistema acessado no dia em que o ponto ficar em aberto.

Não houve avanço ainda para o item da proibição de trabalho aos sábados, domingos e feriados, exceto quando se tratar de situações em que a Caixa fica obrigada ao pagamento das horas trabalhadas com acréscimo de 100%, mais tíquete-alimentação e transporte a todos os trabalhadores envolvidos. Foi lembrado que trabalho fora do horário, mesmo por meios eletrônicos, é claramente irregular e contraria recente lei do governo federal.

"Parece até que, tendo como referência situações dessa natureza, a Caixa trata seus empregados como meras peças de um tabuleiro. Isto agride, inclusive, o principio largamente difundido de ser a empresa a melhor para se trabalhar", disse Jair.

Foram citados os exemplos dos feirões da casa própria em finais de semana, cuja realização não está devidamente regulamentada. Sobre esse assunto, a empresa alegou não ter como proibir, argumentando que vem cumprindo o que determina a legislação, até quanto ao pagamento de horas extras. O certo, porém, é que a Caixa resiste a fazer esse debate com a seriedade necessária.

A denúncia de que em Salvador gestores estão sendo convocados a trabalhar neste fim de semana (25 e 26 de agosto), com o propósito de ajudar empresas de construção civil, ficou de apurada pela Caixa para eventuais providências.

Por outro lado, caso a Caixa não se comprometa a acabar com o registro de horas negativas no Sipon, além de outras questões relativas à jornada que prejudicam seus empregados, o Comando afirmou categoricamente que não pretende mais renovar essa cláusula no acordo coletivo deste ano. Outra coisa: a compensação das horas trabalhadas a mais precisa ser feita de forma negociada, pois isto é condição para a renovação da cláusula.

Sobre o "login único", a Caixa informou que o sistema está sendo revisto. A previsão é de que a medida seja implantada a partir do início do ano de 2013. A empresa esclareceu ainda que o bloqueio de acesso motivado por falta de homologação do gestor ou decorrente de hora extra não acordado não se constitui mais em problema, por já ter sido resolvido.

Para a reivindicação de o ponto ser batido independentemente de qualquer restrição, os negociadores da Caixa ficaram de verificar como isto poderá ser feito.

Foi solicitada que seja estendida aos gestores de todo o país a marcação de ponto, a exemplo do que acontece na cidade de São Paulo.

Universidade Caixa

O Comando reivindicou a realização dos cursos da Universidade Caixa dentro da jornada de trabalho, obrigatoriamente, cabendo ainda à empresa disponibilizar locais e equipamentos adequados, sem abrir mão de planejamento, de forma a assegurar a igualdade a todos os trabalhadores.

A Caixa, porém, não dispõe de informações detalhadas sobre o quantitativo de empregados que fizeram os cursos da UCC até agora, ficando de apresentar os números quanto a esse item na próxima rodada de negociação.

Segurança bancária

O banco se recusou a atender a proposta de criação de estruturas de segurança em todos os estados, compatíveis com as demandas locais e de modo a impedir a existência de regiões desprotegidas, como ocorre hoje.

A alegação é que o atual modelo de segurança, formado por nove filiais e por 84 consultores espalhados pelas Superintendências Regionais, é suficiente para as necessidades da empresa. A expansão está descartada, portanto, mas a Caixa pensa em investir em outras modalidades de segurança.

Para combater a onda de clonagem de cartão, recorrente em vários lugares do país, a Caixa afirmou que pretende adotar medidas "inovadoras" para evitar essas fraudes eletrônicas. Disse, inclusive, que já estão instaladas câmaras internas de monitoramento em mais de 2.704 unidades, com o objetivo de verificar os chamados chupas-cabras nas máquinas de autoatendimento.

O Comando, por outro lado, cobrou a imediata instalação de biombos e divisórias nos guichês de caixa e penhor, separando os clientes durante o atendimento, nos moldes da lei municipal existente na cidade de Jundiaí (SP). A medida é vista como necessária para combater os chamados crimes de "saidinha de banco", cada vez mais comum no sistema financeiro.

A retomada da implantação do modelo "Agência Segura" também foi reivindicada. Nesse quesito, a Caixa limitou-se a dizer que esse projeto não está paralisado, mas o Comando lembrou aos representantes da empresa que nada de concreto está sendo viabilizado pelo país.

"A Caixa precisa dispor de uma política que leve em conta a segurança de empregados e clientes, resgatando assim a discussão do projeto de Agência Segura. Os gestores não devem ter autonomia para decidir sobre assunto da maior relevância", cobrou Plínio Pavão, diretor da Contraf/CUT.

Diante dessas cobranças, a Caixa assumiu o compromisso de discutir melhor essa questão com as áreas pertinentes.

A Caixa se negou ainda a atender reivindicações como a que prevê a instalação de portas de segurança com detectores de metais na entrada das unidades, antes das salas de autoatendimento. A empresa também alega dificuldades em proibir o atendimento prévio na parte externa das unidades, argumentando para isso que precisa discutir melhor o assunto internamente.

Outro item que a Caixa considera complicado de atender é o da não-responsabilização civil dos empregados em caso de fraudes ou golpes de terceiros contra o banco. Os representantes dos bancários esclareceram que não se trata de inocentar o empregado por princípio, mas sim de não imputá-lo responsabilidade civil, como vem ocorrendo com frequência.

Também foi negada a isenção de tarifas para TED e DOC nos casos de saques do FGTS, precatórios e alvarás judiciais, sob a alegação de que essa cobrança é da responsabilidade exclusiva do Banco Central. A cobrança de tarifas para as operações de transferências, segundo a empresa, é feita apenas entre bancos distintos e não entre agências de uma mesma instituição.

A Caixa se negou ainda a apresentar ao movimento sindical e às entidades representativas relatórios sobre estatísticas das ocorrências de assaltos, furtos ou outros delitos ocorridos em suas agências e postos de correspondentes bancários. A reivindicação está baseada no fato de que os ataques a bancos cresceram 50,48% no primeiro semestre de 2012, atingindo 1.261 ocorrências em todo o país.

O Comando cobrou que esse debate seja feito na mesa específica de negociações, mas a Caixa alegou não ser possível a apresentação dos relatórios, dado que essas informações são repassadas diretamente à Federação Nacional dos Bancos (Fenaban), a quem cabe definir as medidas necessárias em negociações com os representantes dos bancários.

Avaliação

O Comando Nacional avalia que a ausência de proposta decente para o desfecho das negociações específicas da Campanha Nacional 2012 deve ser respondida com mobilização. Isto é visto como fundamental para que sejam atendidas as expectativas dos trabalhadores, tanto em relação às suas reivindicações específicas como em relação aos itens gerais tratados na mesa da Fenaban.

Segundo Jair, "os empregados estão dispostos a seguir com a luta na campanha deste ano, não só por aumento real e PLR digna, mas também por valorização do piso, isonomia, contratação de mais empregados, saúde e condições de trabalho, Funcef/Prevhab, tíquete dos aposentados, respeito à jornada/Sipon e por medidas efetivas de segurança bancária". O momento, segundo ele, "é de mostrar nossa força".


Fonte: Contraf-CUT com Fenae

quinta-feira, 23 de agosto de 2012



Consumidor desconhece que tem direito a conta corrente sem tarifa


Quem possui conta bancária pode mantê-la sem pagar nenhuma tarifa de manutenção. Basta que opte por uma conta corrente de serviços essenciais.

De acordo com a Resolução nº 3.518/07, do Banco Central, que está em vigor desde 2008, as instituições financeiras são obrigadas a oferecer gratuitamente esse tipo de conta, que pode atender as necessidades de quem não precisa fazer muitas movimentações financeiras ao longo do mês.

Os bancos, porém, não costumam oferecer essa possibilidade no momento da abertura da conta. O mais comum é fazer o consumidor contratar uma conta corrente pela qual pagará alguma tarifa. E se por acaso este manifesta mais tarde o desejo de converter sua conta tarifada pela gratuita, os bancos resistem em fazer a mudança.

Isso foi observado por uma pesquisa realizada pelo Idec nos seis maiores bancos do país: Banco do Brasil, HSBC, Caixa Econômica Federal, Bradesco, Itaú e Santander. Nenhum deles ofereceu espontaneamente aos pesquisadores do Instituto o pacote de serviços essenciais na abertura da conta.

Três meses depois, quando foi solicitada a mudança da conta tarifada para a gratuita, apenas a Caixa e o Itaú não criaram problema. O Santander e o Bradesco fizeram a conversão, mas antes tentaram empurrar outro pacote com tarifas mais baratas.

Já o Banco do Brasil e o HSBC alegaram, respectivamente, questões "técnicas" e "inexistência de conta gratuita" para negar a alteração.

O pacote da conta corrente de serviços essenciais inclui: quatro saques mensais; duas transferências entre contas do mesmo banco; dois extratos do mês anterior; um extrato anual; dez folhas de cheque (se o correntista preencher os requisitos exigidos pelo banco) e consulta ilimitada ao site do banco.

É uma opção para consumidores com perfil de uso básico, mas pode servir também para aquele que realiza poucas operações "por fora" (TED ou DOC, por exemplo), pagando uma tarifa avulsa por elas.


Fonte: JM News - Ponta Grossa/PR

quarta-feira, 22 de agosto de 2012

CAMPANHA SALARIAL - TERCEIRA RODADA DE NEGOCIAÇÕES



Bancários negociam remuneração e Fenaban fará proposta global dia 28



Ao final da terceira rodada de negociações da Campanha 2012, realizada nesta quarta-feira 22 em São Paulo, em que o Comando Nacional defendeu as reivindicações sobre remuneração da pauta geral, os bancos informaram que apresentarão na próxima terça-feira, dia 28, às 10h, uma proposta global para as demandas da categoria. "Será um presente para o Dia dos Bancários", disseram os banqueiros.

"Deixamos claro aos bancos que a categoria tem a expectativa de que, além do aumento real, valorização do piso e melhoria da PLR, a proposta contemple as reivindicações sobre emprego, saúde e condições de trabalho, segurança bancária e igualdade de oportunidades", ressalta Carlos Cordeiro, presidente da Contraf-CUT e coordenador do Comando Nacional.

"Mostramos à Fenaban que, como os lucros dos bancos aumentaram mesmo com os superprovisionamentos para devedores duvidosos, e eles pagam bônus milionários aos altos executivos e salários muito baixos aos bancários comparados com outros países da América Latina, as empresas têm totais condições de atender às reivindicações da categoria", acrescenta Cordeiro.

Essas são as principais reivindicações dos bancários sobre remuneração:

* Reajuste salarial de 10,25% (reposição da inflação mais 5% de aumento real).

* PLR de três salários mais R$ 4.961,25 fixos.

* Piso salarial de R$ 2.416,38 (salário mínimo do Dieese).

* Plano de Cargos, Carreiras e Salários (PCCS) para todos os bancários.

* Auxílio-educação para graduação e pós-graduação.

* Auxílio-refeição, cesta-alimentação, auxílio-creche/babá, 13º auxílio-refeição e 13ª cesta-alimentação: R$ 622,00 (salário mínimo nacional).

O Comando Nacional dos Bancários iniciou reunião de avaliação do processo de negociação. Divulgaremos mais informações ao final da reunião.


Fonte: Contraf-CUT

Federação assina aditivo com Santander


A Federação dos Bancários de São Paulo e Mato Grosso do Sul, representando os Sindicatos Filiados, e o Banco Santander assinaram nesta terça-feira, 21/8, o Aditivo à CCT (Convenção Coletiva de Trabalho) e o acordo do PPRS. Negociado no dia 15 de junho, o aditivo e o acordo do PPRS tem validade de dois anos. Foram assinados ainda os termos de compromisso do Banesprev e Cabesp, que preveem a manutenção das duas entidades além dos prazos fixados no edital de privatização do Banespa,

O novo Aditivo contempla, entre outras cláusulas, igualdade de oportunidades; 2.500 bolsas de estudo e vale-refeição e cesta-alimentação quando o funcionário utilizar a licença não remunerada de 30 dias para fins de acompanhamento de hospitalizado ou doença grave de parentes de primeiro grau e por afinidade. Quanto ao PPRS (Programa de Participação nos Resultados Santander), o valor equivale a R$ 1.600,00 neste ano e R$ 1.600,00 mais o reajuste salarial a ser negociado com a Fenaban



Principais pontos:
- Acordo Aditivo
- Renovação de todas as cláusulas vigentes do acordo aditivo por dois anos.
- Ampliação das bolsas de estudo para graduação de 2.300 para 2.500.
- Inclusão de uma nova cláusula de igualdade de oportunidades.
- Inclusão de parágrafo na cláusula de licença não remunerada de 30 dias (para acompanhamento de hospitalizado ou doença grave de parentes de 1º grau e por afinidade), garantindo a concessão de vale-refeição e cesta-alimentação no período.
- Atualização da cláusula de licença-adoção, conforme a nova legislação vigente, com retirada da limitação do período de afastamento em função da idade da criança a ser adotadas; os pais podem optar entre 120 dias ou 180 dias, independentemente da idade da criança.

PPRS
- Renovação do acordo do Programa de Participação nos Resultados Santander (PPRS) por dois anos.
- Valor R$ 1.600,00 neste ano; em 2013, R$ 1.600,00 mais a aplicação do reajuste a ser definido neste ano, em negociação com a Fenaban.
- Manutenção do não desconto do PPRS e dos programas próprios de remuneração variável no pagamento da Participação nos Lucros e Resultados (PLR).

Compromisso: venda responsável
- Assinatura de uma declaração conjunta entre o Banco Santander (Brasil) e as entidades sindicais pela venda responsável de produtos e serviços financeiros, nos moldes do documento firmado no ano passado no Comitê de Empresa Europeu, em Madri, a partir da campanha mundial da UNI Sindicato Global.
- Cabesp, Banesprev e opção de migração ao PCS.

Fonte: FEEB SP/MS

CAMPANHA SALARIAL 2012/2013



Negociação sobre igualdade emperra; Comando propõe projeto de segurança


Crédito: Jailton Garcia
Jailton GarciaNegociação continua nesta quarta-feira com o tema remuneração

Na abertura da terceira rodada de negociações da Campanha 2012, realizada nesta terça-feira 21 com a Fenaban, em São Paulo, não houve avanços em relação às reivindicações apresentadas pelo Comando Nacional dos Bancários sobre igualdade de oportunidades nas empresas. Na discussão sobre segurança bancária, os representantes dos bancos disseram que consultarão seus superiores sobre proposta do Comando de elaboração de projeto-piloto conjunto para prevenir assaltos e sequestros.

As negociações continuam nesta quarta-feira 22, das 9h às 13h, agora para debater remuneração, o último tema da pauta de reivindicações.

Segurança bancária

O Comando Nacional apresentou as principais preocupações da categoria com relação à segurança bancária, tema que interessa também aos vigilantes, aos clientes e à sociedade. Os representantes dos bancários mostraram os dados da 3ª Pesquisa Nacional de Ataques a Bancos, elaborada pela Confederação Nacional dos Vigilantes (CNTV) e Contraf-CUT, com apoio técnico do Dieese, a partir de notícias da imprensa, estatísticas de Secretarias de Segurança Pública (SSP) e os levantamentos de sindicatos e federações de vigilantes e bancários.

Segundo a pesquisa, os ataques a bancos cresceram 50,48% no primeiro semestre de 2012 e atingiram 1.261 ocorrências em todo país, uma média assustadora de 6,92 por dia. Desses casos, 377 foram assaltos (inclusive com sequestro de bancários e vigilantes), consumados ou não, e 884 arrombamentos de agências, postos de atendimento e caixas eletrônicos. No mesmo período do ano passado, foram registrados 838 casos, sendo 301 assaltos e 537 arrombamentos.

Os representantes dos bancários também lembraram que já houve 27 assassinatos em assaltos envolvendo bancos, na sua maioria em "saidinhas de banco", no primeiro semestre de 2012. Em todo ano passado foram 49 mortes em todo país.

Para combater essa insegurança, o Comando Nacional defende a proibição da guarda das chaves e acionadores de alarmes para evitar sequestros, fim do transporte de numerário por bancários, instalação de equipamentos como a porta giratória e medidas de prevenção contra assaltos, sequestros e extorsões, estabilidade ao empregado vítima desse tipo de violência, além de adicional de risco de morte de 30% do salário para quem trabalha em agências, postos e áreas de tesouraria.

"Nos últimos anos tivemos avanços nas negociações, mas insuficientes diante dos graves problemas de segurança que atingem bancários, vigilantes e clientes. É preciso avançar mais e proteger a vida das pessoas. Os bancos têm que investir mais em segurança", afirmou Ademir Wiederkehr, diretor de imprensa da Contraf-CUT.

No primeiro semestre, os cinco maiores bancos lucraram R$ 24,6 bilhões e aplicaram R$ 1,5 bilhão em despesas de segurança e vigilância, o que representa somente 6% em comparação aos lucros.

"Cobramos também o fim da discriminação contra vigilantes que em diversos estados não podem utilizar o espaço de refeição de agências no horário do meio-dia para almoçar, segundo denúncia da Confederação Nacional dos Vigilantes (CNTV)", destaca Ademir. Reportagem da TV Goiânia divulgada no site da Contraf-CUT mostra vigilantes almoçando no banheiro, ao lado de um vaso sanitário, de uma agência do Banco do Brasil. Os representantes dos bancos nada comentaram.

O Comando propôs a elaboração conjunta de um projeto-piloto, em cidade ou região a ser definida, para experimentar propostas dos bancários para a melhoria da segurança, como portas de segurança, biombos e fim da guarda das chaves por bancários e vigilantes, dentre outras demandas. Os negociadores da Fenaban se comprometeram a levar a proposta para apreciação dos bancos e que disseram que trarão uma resposta até o final da campanha nacional.

"Achamos que essa é uma ideia pioneira e um passo positivo nas negociações", avalia Carlos Cordeiro, presidente da Contraf-CUT e coordenador do Comando Nacional.

Igualdade de oportunidades

O Comando Nacional reivindicou da Fenaban a inclusão na Convenção Coletiva dos Bancários dos planos de ação dos bancos de combate às discriminações, elaborados a partir do Mapa da Diversidade. Defendeu também a realização de um novo censo na categoria para avaliar se as medidas em defesa da igualdade de oportunidades estão produzindo resultados. Os bancos, no entanto, recusaram todas as propostas.

"Mostramos que os planos de ação que os bancos instituíram unilateralmente não estão produzindo efeitos positivos, uma vez que não vemos negros nas agências nem programas de encarreiramento das mulheres com critérios objetivos, que evitem discriminações", aponta Deise Recoaro, secretária de Mulheres da Contraf-CUT e coordenadora da Comissão de Gênero, Raça e Orientação Sexual (CGROS).

O Comando ainda propôs a inclusão dos planos de ação dos bancos na Convenção Coletiva, mas a Fenaban rechaçou a proposta, afirmando que isso "engessaria" as iniciativas das empresas.

"O Mapa da Diversidade fez uma boa radiografia das discriminações nos locais de trabalho, mas precisa ser acompanhado de ações concretas de promoção da igualdade de oportunidades", acrescenta Carlos Cordeiro.

Remuneração

A terceira rodada das negociações da Campanha Nacional 2012 prossegue nesta quarta-feira, das 9h às 13h, com o tema remuneração em todas as suas dimensões para debater as reivindicações da categoria:

> Remuneração fixa direta: reajuste salarial de 10,25%, piso de R$ 2.416,38, Plano de Cargos e Salários, salário do substituto, parcelamento do adiantamento de férias e gratificações.

> Remuneração indireta: auxílio-refeição, cesta-alimentação, 13ª cesta-alimentação, auxílio-creche/babá, 13º auxílio-creche/babá, vale-transporte, auxílio-educação.

> Remuneração variável: PLR de três salários mais R$ 4.961,25 fixos. Os bancários reivindicam também a contratação total da remuneração, incluindo a renda variável.


Fonte: Contraf-CUT

terça-feira, 21 de agosto de 2012

Dia do Vermelho no Banco do Brasil

Mobilização na quarta-feira 22 cobra da direção respeito à mesa específica de negociações
São Paulo – Os funcionários do Banco do Brasil farão um Dia do Vermelho na quarta-feira 22 a fim de cobrar da direção da empresa respeito à mesa específica de negociação da Campanha Nacional 2012. Na ocasião, os trabalhadores usarão alguma vestimenta ou assessório vermelho.

Nas duas primeiras reuniões entre representantes dos funcionários e da direção do Banco do Brasil, nos dias 13 e 14, nada de avanços.

A primeira reivindicação apresentada foi o cumprimento da jornada legal de seis horas sem redução de salário, considerada prioridade pelos bancários. Também foram debatidos temas como combate ao assédio moral, fim da terceirização e igualdade de direitos para funcionários oriundos de bancos incorporados (Cassi e Previ para todos). Mas a direção do BB até agora não apresentou proposta.

São também reivindicações específicas plano de carreira melhor para todos os funcionários, fim do PSO com retorno dos caixas, gerentes e escriturários para as agências, plano odontológico na Cassi, fim da trava de dois anos, fim do voto de Minerva na Previ.

As propostas foram aprovadas no 23º Congresso dos Funcionários do BB.

Geral – Além das questões específicas, os bancários reivindicam aumento real com reajuste salarial de 10,25%, vale refeição e alimentação de R$ 622 cada, PLR mais justa e melhoria das condições de trabalho e segurança.


Redação – 17/8/2012 - http://www.spbancarios.com.br/Noticias.aspx?id=2392

Sindicato protesta contra gestor do HSBC

Cobrança excessiva de metas e falta de educação fazem parte da rotina na agência República
São Paulo – O comportamento do gerente da agência do HSBC da Praça da República motivou protesto organizado pelo Sindicato nesta segunda-feira dia 20. O ambiente, segundo denúncias de bancários, está um verdadeiro inferno.

De acordo com os trabalhadores é comum a cobrança excessiva de metas, com xingamentos de “incompetentes” e afirmações como: “não está satisfeito, pede para sair”.

> Fotos: galeria do protesto

O funcionário do HSBC e dirigente Sindical Nelson Nascimento relata que nem uma saudação de “bom dia” o gestor dá. É só cobrança e falta de educação. “Isso está gerando um clima de insatisfação e propício a adoecimentos. Além dos bancários, clientes também fizeram reclamação desse gerente. Já foi formalizada denúncia junto à direção do banco contra o comportamento dele, mas nenhuma providência foi tomada. Fizemos esse protesto com o objetivo de melhorar o ambiente”, afirma o dirigente sindical.


Fonte: http://www.spbancarios.com.br/Noticias.aspx?id=2407

Temos informações que  tem ocorrido problemas também em nossa base sindical.
Todo e qualquer problema deve ser levado ao nosso conhecimento para tomarmos as medidas junto ao
COE/HSBC.
ESTAMOS DE OLHO!!!!!!!!! D E N U N C I E.

SINDICATO DOS BANCÁRIOS DE VOTUPORANGA

Truculência no serviço médico do Itaú

"Se você não está feliz, vá procurar algo que de fato te faça feliz", diz um dos relatos de adoecidos que chegaram ao Sindicato
São Paulo – O Sindicato tem recebido várias denúncias de funcionários que passam pela medicina ocupacional de diversas unidades do Itaú e se deparam com problemas graves que comprometem ainda mais sua saúde no ambiente de trabalho: o tratamento dado pelo médico.

Para a secretária de Saúde do Sindicato, Marta Soares, a violência organizacional lamentavelmente chegou a um dos departamentos da instituição financeira que deveria passar longe da pressão que faz parte da gestão do banco. “O serviço médico ocupacional deve ser um espaço no qual os trabalhadores procuram apoio. No entanto, estão tendo de enfrentar a mesma truculência de algumas gestões do ambiente de trabalho. É um desrespeito com o funcionário, com o ser humano, que vai adoecer ainda mais”, relata a dirigente.

Um exemplo de queixa recebida pelo Sindicato é de um funcionário que retornou ao trabalho com relatórios de outro médico, que solicitava troca de função ou redução da carga horária para preservar sua saúde, com o objetivo de amenizar o adoecimento ocupacional. “A resposta do médico do Itaú foi a seguinte: ‘não vamos mudar sua função, se você não está feliz, vá procurar algo que de fato te faça feliz’. Não faz sentido o banco não se responsabilizar pelo adoecimento de um trabalhador no local de trabalho”, diz Marta Soares.

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Segundo a dirigente, outro bancário foi avaliado pelo mesmo médico. “Na consulta, o especialista que representa o banco pediu que o funcionário levantasse os braços, ficasse de pé, e em seguida anunciou o resultado de sua avaliação: ‘se você consegue andar e levantar os braços, você está em ótimas condições de saúde’. Outro funcionário ouviu do médico do trabalho que ele deveria procurar outro emprego, ter um plano B. Parece piada de muito mau gosto, mas, infelizmente, o bancário adoecido que já enfrenta inúmeros problemas está sendo tratado desse modo em uma instituição financeira que está entre as maiores e mais rentáveis do país”, relata Marta.

> Bancos veem metas que adoecem como desafio

A secretária de Saúde do Sindicato cobra do banco uma postura ética no atendimento médico ocupacional dos funcionários em todos os locais.

Os casos não param por aí. Outro bancário relata que ouviu do mesmo médico: “Você tem um currículo tão bom, porque não procura algo diferente para fazer? Aqui não é lugar para gente fraca, para funcionário que não suporta pressão”.

Outro trabalhador denuncia à secretaria de Saúde do Sindicato os comentários do profissional contratado pelo banco: “Você não é nenhum inválido, você faz alongamento e fisioterapia com aparelho e ainda paga? Então você é burro de gastar dinheiro com isso”. E o médico vai além ao comentar: “Existem pessoas que não tem perna e nem braço e ainda trabalham. Você que tem pernas e braços, não pode trabalhar?”.

Consequências – A secretária de Saúde do Sindicato alerta para os danos psicológicos que os trabalhadores que foram submetidos ao tratamento impróprio do serviço médico do Itaú podem sofrer. “No Brasil, em 2011, foram registrados 12.337 acidentes de trabalho relacionados a transtornos mentais. Na categoria bancária não temos um registro preciso, mas o número é grande, uma vez que as metas abusivas estão presentes nas agências e departamentos. Quando o funcionário adoece e procura ajuda, já está fragilizado. É inadmissível que tenha de passar por mais uma situação traumática. Queremos uma solução de emergência a respeito deste departamento e o tratamento dado aos bancários”, conclui Marta.

Fonte: http://www.spbancarios.com.br/Noticias.aspx?id=2405

PCR terá de ser aprovado em assembleia

Sindicato convocará trabalhadores que deliberarão sobre proposta apresentada pela instituição financeira
São Paulo - O valor mínimo de R$ 1.800 para o PCR (Programa Complementar de Remuneração), 5.500 bolsas de estudos e aprimoramento do sistema alternativo de marcação de ponto. Esses são os pontos da proposta feira pelo Itaú para firmar acordo com os trabalhadores. A proposta tem de passar por assembleia, com data ainda a ser divulgada.

> Negociação garante avanços no PCR do Itaú

Segundo o diretor executivo do Sindicato Daniel Reis, as negociações com o banco resultaram em avanços aos trabalhadores. O PCR, cujo acordo será válido por um ano, passou de R$ 1.600 para o mínimo R$ 1.800. O valor a ser pago depende do indicador de retorno sobre patrimônio liquido (ROE) - veja tabela abaixo.

O programa não terá desconto de programas próprios, como Agir e Prad, e da Participação nos Lucros e Resultados, que vem sendo discutida na Campanha 2012, entre o Comando Nacional dos Bancários e a federação dos bancos.

“O aumento no PCR correspondeu a 12,5% em relação ao que foi pago no ano passado. Conseguimos avanços também nos percentuais a serem levados em consideração na ROE", disse Daniel Reis, acrescentando que o Itaú já foi cobrado para que faça o crédito da PCR de forma imediata.

O Sindicato reivindicou, ainda, que os debates para o PCR de 2013 ocorram logo após a Campanha 2012. “Queremos discutir também o Agir, alvo de muitas reclamações dos bancários”, completa o diretor.

Ampliação - As bolsas de estudos foram ampliadas das atuais 4 mil para 5,5 mil – sendo mil destinadas preferencialmente aos bancários com deficiência. O valor corresponderá a 70% da mensalidade, com teto de R$ 320. Caso a proposta seja aprovada em assembleia, será aberto processo complementar de requerimento e os contemplados terão créditos retroativos a fevereiro.

Ponto eletrônico – Segundo Daniel Reis, o banco fez os ajustes reivindicados pelos trabalhadores para aprimorar o sistema alternativo de ponto eletrônico, entre eles o direito de o bancário ter acesso às marcações do dia e de datas anteriores e que a anotação será feita por todos, inclusive gerentes, e só no local de trabalho. O Sindicato acompanhará a implantação do sistema para garantir que ele seja inviolável.

 

Redação - 21/8/2012 - http://www.spbancarios.com.br/Noticias.aspx?id=2421