quinta-feira, 25 de fevereiro de 2016

Bancos driblam crise e mantêm lucros exorbitantes


Esforço extra Em um ano de turbulências na economia, os bancos precisaram fazer um esforço redobrado para obter resultados positivos. E deu certo. De acordo com os números divulgados pelos maiores bancos no País, nenhum crescimento foi abaixo dos 13%. O Banco do Brasil foi o que mais cresceu: 28% em relação ao ano de 2014. O maior lucro, porém, ainda é do Itaú, com R$ 23,4 bi. Apenas a Caixa não publicou seus números. A previsão do banco público é que a divulgação seja a partir do dia 29/02.
Itaú O Itaú Unibanco reportou lucro líquido de R$ 23,4 bilhões no ano de 2015, uma alta de 15,4% em relação a 2014. O patrimônio líquido do banco chegou a R$ 106,462 bilhões no quarto trimestre, um aumento de 11,1% em 12 meses. Para 2016, porém, os executivos da instituição estão mais cautelosos. Para o crédito, o banco admitiu, considerando Brasil, encolhimento de até 1,0% na carteira total.
Bradesco O banco teve lucro de R$ 17,2 bilhões em 2015, alta de 13,9% em comparação com o ano anterior. A carteira de crédito expandida do Bradesco, que considera avais e fianças, fechou dezembro com R$ 474,027 bilhões, leve queda de 0,1% na comparação com setembro. Por não cumprir todas as metas de 2015, banco traça objetivos mais tímidos para 2016 e espera que crédito cresça entre 1% e 5%.
Banco do Brasil O Banco do Brasil registrou alta de 28% em 2015 em comparação com 2014, totalizando R$ 14,4 bilhões. De acordo com a instituição, o negócio de gestão de cartões Ourocard, em parceria com a Cielo, ajudou no resultado. A carteira de crédito do banco terminou o ano com saldo de R$ 193,2 bilhões, uma alta de 7,5% em 12 meses. O crédito ao agronegócio também teve alta.
Santander O Santander Brasil foi a primeira a anunciar seu balanço. Seu lucro líquido foi de R$ 6,6 bilhões, um aumento de 13,2% em relação a 2014. As receitas de serviços e tarifas alcançaram R$ 11,9 bilhões no ano passado, montante 7,3% maior que o de 2014. O Brasil respondeu por 19% do lucro do banco espanhol e manteve-se como a 2ª subsidiária mais lucrativa. O destaque ficou para serviços de conta corrente, seguros, crédito e cobrança - todas com crescimento superior a 10% no período.
Fonte: Estadão
Diretoria Executiva da CONTEC

Lucro do Banco do Brasil sobe 28% em 2015, para R$ 14,4 bilhões


Negócio de gestão de cartões Ourocard, em parceria com a Cielo, ajudou no resultado do banco; além de dividendos, acionistas irão receber juros sobre capital próprio


Banco do Brasil registra alta de 28% em 2015 em comparação com 2014
Banco do Brasil registra alta de 28% em 2015 em comparação com 2014

Último a apresentar o resultado de 2015, o Banco do Brasil  apresentou lucro líquido de R$ 14,4 bilhões no ano, um aumento de 28% em relação a 2014, quando somou R$ 11,2 bilhões. O lucro líquido ajustado, que exclui os efeitos de itens extraordinários, atingiu R$ 11,5 bilhões no ano. Esse resultado foi 2,2% superior ao observado em 2014. 
No balanço divulgado nesta manhã, o banco aponta que o resultado obtido em 2015 foi impactado pela receita da operação Cateno, que gerou resultado de R$ 3,2 milhões no lucro líquido no período. A operação foi anunciada em novembro de 2014 e deu à Cielo a gestão dos cartões de crédito e de débito da marca Ourocard, do Banco do Brasil. Em maio do ano passado, foi divulgada a mudança do nome da parceria, que passou de Token para Cateno. 
Outras altas. Os ativos totais cresceram 10,2% em 12 meses, para R$ 1,6 trilhão em dezembro. As principais linhas do ativo são operações de crédito, TVM e aplicações interfinanceiras de liquidez, que responderam por 80,3% do total em dezembro/15.
A carteira de crédito do banco terminou 2015 com saldo de R$ 193,2 bilhões, uma alta de 7,5% em 12 meses. As linhas de menor risco, como crédito consignado, alcançaram 75,9% do total da carteira.
Líder no crédito ao agronegócio, com 60,9% de participação de mercado, o banco obteve alta nessa carteira de crédito, que, incluindo operações de crédito rural e agroindustrial, cresceu 6,1% em 12 meses, alcançando R$ 174,9 bilhões em dezembro. O guidance para essa linha era alta de 10% a 14% 
Acionistas. Por ação, o lucro líquido do BB alcançou R$ 5,05 no ano de 2015. A gestão da companhia manteve a prática de distribuir 40% do lucro líquido a seus acionistas (payout) e destinou R$ 5,7 milhões em remuneração no período.
O conselho diretor do Banco também aprovou a distribuição de juros sobre capital próprio no valor total de R$ 246,619 milhões, relativo ao quarto trimestre de 2015. Por ação, o valor será de R$ 0,08831 ou R$ 0,09004 atualizado até o dia de hoje (25). O valor também será atualizado pela taxa Selic até a data do pagamento, em 11 de março de 2016.
O patrimônio líquido do BB foi a R$ 81,536 bilhões. O retorno sobre o patrimônio líquido médio ajustado, chamado pelo banco de RSPL, caiu de 14,9% no quarto trimestre de 2014 para 12% em 2015, enquanto fechou o ano em 16,1%, acima dos 14,2% de 2014. Considerando eventos extraordinários, o indicador foi de 14,6% no quarto trimestre de 2014 para 11,4% no quarto trimestre de 2015. No ano, o retorno sobre o patrimônio líquido médio sem efeito extraordinário caiu para 13%, de 14,3% em 2014.
No quarto trimestre de 2015, as demonstrações contábeis consolidadas do Banco do Brasil passaram a ser apresentadas abrangendo o BB Banco Múltiplo e suas entidades controladas.
Fonte: O Estado de S. Paulo
Diretoria Executiva da CONTEC

segunda-feira, 22 de fevereiro de 2016

Aparelhamento de fundos de pensão afeta 500 mil aposentados


Déficit na Petros (da Petrobras), Funcef (Caixa) e Postalis (Correios) é de R$ 29,6 bilhões

Maria do Socorro Ramalho, ex-funcionária da Caixa Econômica Federal, sofre com a crise no fundo de previdência Funcef - ANDRE COELHO / Agência O Globo
RIO - De segunda a sexta, é tudo sempre igual. Sai de casa cedo, no Jardim América, Zona Norte, viaja uma hora até o Centro do Rio e passa o dia à espera de um serviço de despachante no entorno da sede da Petrobras, onde trabalhou um terço da vida. Deixou a estatal, em 1993, levando um plano de previdência anunciado na empresa como a garantia de um “futuro mais tranquilo”. (Infografico: déficit dos fundos de pensão das estatais)
Aos 71 anos, Livaldo Pereira de Souza é um aposentado preocupado com o seu futuro e o de outras 150 mil pessoas que, como ele, apostaram no fundo de previdência da Petrobras:
— Não é possível que a Petros possa estar em situação difícil — hesita. — Quando mais vou precisar, ela não poderá pagar minha pensão? Como um fundo como a Petros, que tinha um dos maiores patrimônios depois da Previ (Banco do Brasil), pode estar em situação difícil? Isso só pode ser má gestão dos dirigentes, que sempre foram nomeados por indicação do governo federal.
Aflição similar há um ano consome o cotidiano em Brasília de Maria do Socorro Ramalho, de 56 anos. Ex-funcionária da Caixa Econômica Federal, ela começou a ouvir rumores sobre uma crise no fundo de previdência Funcef. O boato virou realidade numa segunda-feira, 13 de abril, quando ouviu o presidente da Funcef Carlos Alberto Caser confirmar o déficit:
— Foi chocante, porque eles viviam falando que estava tudo bem.
Maika, como prefere ser chamada, soube de uma mobilização dos sócios do fundo dos Correios. Aposentados da Funcef e do Postalis foram ao Congresso pedir ajuda para obter informações sobre a situação das contas. Ela descobriu que a situação no Postalis é bem pior que na Funcef.
Em quatro meses de ativismo, ela percebeu também como é a elevada sensibilidade do Legislativo às pressões do funcionalismo: a Câmara abriu uma CPI dos Fundos de Pensão e o Senado já tem outra na fila.
Sobram motivos. Um deles é o tamanho do déficit na Petros (da Petrobras), Funcef (Caixa) e Postalis (Correios): R$ 29,6 bilhões, pela última medição governamental, em agosto do ano passado.
Outra razão é a velocidade em que o rombo aumenta: média de R$ 3,7 bilhões ao mês, até agosto. Nesse ritmo, os balanços de 2015 de Petros, Funcef e Postalis, cuja divulgação está prevista para abril, devem fechar com perdas de R$ 44,4 bilhões — um valor sete vezes maior que as perdas reconhecidas pela Petrobras com corrupção.
O pagamento dessa fatura será dividido ao meio entre associados de Petros, Funcef e Postalis e as estatais patrocinadoras — ou seja, pela sociedade, porque as empresas são controladas pelo Tesouro Nacional. No Ministério da Previdência e na CPI, considera-se provável que os 500 mil sócios dos três fundos atravessem as próximas duas décadas com reduções nos rendimentos. De até 26% no caso do Postalis.
— Roubaram meu dinheiro — desabafa Jackson Mendes, aposentado com 42 anos de trabalho nos Correios.
Professor de Matemática, Mendes integra o grupo que levou a Câmara a instalar a CPI. Ele se diz convicto:
— Fizeram investimentos mal explicados e o dinheiro virou pó.
Sede dos Correios em Brasília. Fundo de pensão da estatal apresenta défcit - André Coelho / Agência O Globo
A maioria dos responsáveis pelos déficits das fundações públicas tem em comum a origem no ativismo sindical. Nos últimos 12 anos, os principais gestores dos fundos de Petrobras, Banco do Brasil, Caixa e Correios saíram das fileiras do Sindicato dos Bancários de São Paulo.
É uma característica dos governos Lula e Dilma, e as razões têm mais a ver com perspectivas de poder e negócios do que com ideologias.
Os sindicalistas-gestores agem como força-tarefa alinhada ao governo. Compõem uma casta emergente na burocracia do PT. Agregam interesses pela capacidade de influir no acesso de grandes empresas ao Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT), fonte principal de recursos subsidiados do BNDES. Onde não têm hegemonia, por efeito do loteamento administrativo, convivem em tensão permanente com indicados pelo PMDB e outros partidos, caso do Postalis.
O uso dos fundos de pensão estatais como instrumento de governo é um traço peculiar do modo de organização política brasileira. Moldadas no regime militar, as 89 fundações públicas existentes dispõem de uma reserva de investimentos (R$ 450 bilhões no ano passado) que seduz governantes: permite-lhes vislumbrar a possibilidade de induzir iniciativas econômicas, por meio da participação dos fundos na estrutura de propriedade das empresas envolvidas. Petros, Previ, Funcef e Postalis, por exemplo, concentram dois terços do patrimônio dos fundos públicos.
Essas entidades paraestatais cresceram nas privatizações iniciadas por Fernando Collor e Itamar Franco. Com Fernando Henrique Cardoso, passaram ao centro das mudanças na mineração (Vale) e nas comunicações (Telefônicas).
Quando chegou ao Planalto, em 2003, Lula estava decidido a ampliar esse canal de influência sobre o setor privado, pela via da multiplicação da presença dos fundos de pensão estatais e do BNDES no quadro societário das empresas.
Havia um projeto, desenhado desde os primórdios do PT e da Central Única dos Trabalhadores, por iniciativa de Luiz Gushiken, então presidente do Sindicato dos Bancários de São Paulo.
Tipo incomum, ascendera à liderança sindical convocando greves a bordo de terno e gravata. Trocou a militância no comunismo trotskista pela composição com Lula, líder dos metalúrgicos, a partir de uma conversa de botequim. Ajudou a escrever o primeiro estatuto, presidiu o PT, elegeu-se deputado federal três vezes e se tornou um dos mais influentes assessores de Lula.
Foram os negócios nada ortodoxos entre fundos estatais e empresas privadas durante o governo Collor, em 1991, que levaram Gushiken e dois diretores do sindicato paulistano, Ricardo Berzoini e Sérgio Rosa, a abrir o debate dentro do PT sobre o potencial político dos fundos de pensão — até então percebidos como meros instrumentos governamentais de cooptação de sindicalistas.
No ano seguinte, a cúpula político-sindical do PT elegeu bancários para diretorias da Previ e da Funcef, derrotando a velha guarda da Confederação dos Trabalhadores nas Empresas de Crédito.
O grupo avançou com a eleição de Berzoini à presidência do sindicato paulistano, com Sérgio Rosa e João Vaccari Neto na diretoria. Meses depois, esse trio teve a ideia de entrar no ramo imobiliário com apoio financeiro dos fundos de previdência: nascia a Bancoop, cooperativa habitacional, hoje alvo de múltiplos processos por suposto desvio de dinheiro para campanhas do PT e calote em mais de dois mil clientes.
Gushiken decidiu não disputar o quarto mandato de deputado federal pelo PT, em 1998. Berzoini ficou com a vaga. Elegeu-se, mas fez questão de continuar na direção da Bancoop até a campanha presidencial de Lula, em 2002.
Na sede da CUT, Gushiken instalou um curso para formação de sindicalistas em Previdência Complementar. Sinalizava o rumo nas apostilas: “No Brasil, o fundo de pensão como fonte de poder ou como potente agente de negociação nunca foi objeto de discussão nos sindicatos (...) Existe a possibilidade, não remota, de que este monumental volume de recursos, oriundos do sacrifício de milhões de trabalhadores, venha a se transformar num gigantesco pesadelo para estes mesmos trabalhadores”.
O grupo testou o potencial de um fundo estatal na campanha presidencial de 2002. Sérgio Rosa estava na diretoria de Participações da Previ, onde decidem-se os investimentos. Numa quinta-feira, 9 de maio, ele despachou cartas a uma centena de conselheiros do fundo em empresas privadas. Pediu informações sobre como a disputa política “está sendo abordada na empresa em que nos representa” e “qual o posicionamento” das companhias privadas quanto à “participação efetiva no processo”.
Naquele ano eleitoral, as aplicações da Previ no mercado de ações foram quadruplicadas. Adversários sindicais, como Magno de Mello e Valmir Camilo, relacionaram as aplicações da Previ com doações de empresas privadas para Lula e 254 candidatos do PT em todo o país.
Eleito, Lula deu à burocracia sindical 11 dos 33 ministérios e partilhou diretorias na Petrobras, Banco do Brasil, Caixa e Correios com PMDB e PTB, entre outros integrantes da “maior base parlamentar do Ocidente”, como definia o ministro da Casa Civil, José Dirceu.
Gushiken ficou com a Secretaria de Comunicação; Berzoini foi para o Ministério da Previdência; e Vaccari assumiu o sindicato em São Paulo. Eles definiram com Lula o comando dos maiores fundos de pensão estatais a partir do núcleo do sindicalismo bancário. Assim, Sérgio Rosa ganhou a presidência da Previ, Wagner Pinheiro ficou com a Petros e Guilherme Lacerda foi para a Funcef. Ao PMDB reservaram o menor, Postalis.
Na Previdência, Berzoini fechou o circuito com a nomeação de um ex-conselheiro fiscal da Bancoop, Carlos Gabas, para a secretaria-executiva do ministério, que controla o órgão de fiscalização dos fundos de pensão, a Previc. Passaram os anos seguintes testando na prática o projeto que haviam imaginado na década de 80. Os bons companheiros estavam no poder.
Fonte: O Globo
Diretoria Executiva da CONTEC

HSBC anuncia queda no lucro em 2015 e perda no 4º trimestre


O HSBC registrou em 2015 uma queda de 1,2% do lucro líquido e um prejuízo inesperado no quarto trimestre, anunciou o banco nesta segunda-feira.
O lucro líquido do grupo foi de 13,52 bilhões de dólares no ano passado, segundo um comunicado enviado à Bolsa de Hong Kong.
No quarto trimestre do ano passado, o HSBC registrou uma perda antes de impostos de 858 milhões de dólares. O resultado foi uma grande surpresa, pois vários analistas acreditavam em um resultado trimestral positivo.
Apesar da queda nos últimos meses do ano, o lucro global antes de impostos para 2015 foi de 18,9 bilhões de dólares, abaixo da previsão dos analistas (21,8 bilhões).
O volume de negócios do grupo caiu 2,36%, a US$ 59,8 bilhões.
Em um comunicado, o presidente do banco, Douglas Flint, chamou o desempenho do grupo de "globalmente satisfatório".
"Não esperávamos uma perda trimestral", admitiu o analista financeiro Jackson Wong, da Simsen Securities.
"Acredito que as perdas têm relação com o petróleo e as matérias-primas", disse.
O ano de 2015 foi complicado pela queda nas cotações de várias matérias-primas, em particular o petróleo. O fenômeno se deve parcialmente à desaceleração da demanda na China, cuja economia registra o menor nível de crescimento em 25 anos.
Os movimentos de pânico nas Bolsas mundiais, especialmente na China, também afetaram os números.
Abalado por uma série de escândalos e resultados financeiros decepcionantes, o HSBC anunciou em junho do ano passado um ambicioso plano de reestruturação, que incluía a eliminação de 50.000 postos de trabalho e a venda de suas atividades no Brasil e Turquia.
Mas o grupo anunciou que pretende conservar as atividades na Turquia. Ao mesmo tempo, Flint indicou que a venda das atividades no Brasil está quase concluída.

Fonte:Isto é Dinheiro com Terra.

Número de desempregados sobe 41,5% em um ano e chega a 9,1 mi, diz IBGE


O número de desempregados no Brasil chegou a 9,1 milhões no trimestre de setembro a novembro do ano passado. Na comparação com o mesmo período de 2014, o aumento foi de 41,5%, com 2,7 milhões de desempregados a mais.
Em relação ao trimestre anterior, de junho a agosto de 2015, a alta foi de 3,7%, ou 323 mil pessoas a mais.
O número de pessoas com emprego era de 92,2 milhões entre setembro de novembro do ano passado. Ele ficou estável em relação ao trimestre anterior, mas caiu 0,6% na comparação com o mesmo período de 2014. Isso significa que, em um ano, são 533 mil empregos a menos.
Com isso, a taxa de desemprego no trimestre de setembro a novembro do ano passado foi de 9%, 0,3 ponto percentual maior do que o do trimestre anterior, entre junho e agosto. Na comparação com o período de setembro a novembro de 2014 (6,5%), o aumento foi de 2,5 pontos percentuais.
Os dados foram divulgados nesta sexta-feira (19) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) e fazem parte da Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios) Contínua mensal.
Ela usa dados de trimestres móveis, ou seja, de três meses até a pesquisa. Na de novembro, são usadas informações de setembro, outubro e novembro. As informações são coletadas em 211.344 domicílios, em cerca de 3.500 cidades.
O IBGE tem outra pesquisa de desemprego, a PME (Pesquisa Mensal de Emprego), que mede a taxa mês a mês, com base em seis regiões metropolitanas. Ela indicou que o desemprego em 2015 teve média de 6,8%.
O instituto considera desempregado quem não tem trabalho e procurou algum nos 30 dias anteriores à semana em que os dados foram coletados. 
Três pesquisas
O IBGE divulga mais duas pesquisas com dados de desemprego, mas deve manter neste ano apenas a Pnad Contínua mensal.
Uma delas já foi encerrada, a Pesquisa Industrial Mensal de Emprego e Salário (Pimes). A última foi divulgada na quinta-feira (17) e indicou que o número de trabalhadores na indústria em 2015 caiu 6,2%, quarto ano seguido de queda e a maior desde 2002, quando a pesquisa começou a ser feita.
A outra pesquisa, a PME, também deve terminar neste ano. Diferentemente da Pnad Contínua, que é nacional, a PME é baseada apenas nos dados das regiões metropolitanas de Recife, Belo Horizonte, São Paulo, Salvador, Rio de Janeiro e Porto Alegre. A última divulgação está marcada para março. 
Dados do Ministério do Trabalho
Além do IBGE, o Ministério do Trabalho também apresenta dados sobre emprego, levando em conta o número de contratações e demissões de pessoas com carteira assinada, baseados no Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados).
No mês passado, o Ministério divulgou que o Brasil perdeu 1,54 milhão de vagas de trabalho com carteira em 2015, pior resultado para um ano desde o início da pesquisa, em 1992.
Fonte: UOL
Diretoria Executiva da CONTEC

sexta-feira, 19 de fevereiro de 2016

PLR Caixa Econômica Federal


A divulgação do balanço da Caixa poderá ocorrer no próximo dia (26/02). Já a distribuição da Participação nos Lucros ou Resultados – PLR, tem previsão de ser creditada na primeira semana do mês de março.

Fonte: Contec

Rombo nos fundos de pensão deve ultrapassar R$ 46 bilhões

Com o déficit, participantes podem ter que aumentar contribuição



BRASÍLIA - O rombo acumulado dos quatro principais fundos de pensão de estatais — Correios (Postalis), Petrobras (Petros), Caixa Econômica Federal (Funcef) e Banco do Brasil (Previ) — deve ter ultrapassado R$ 46 bilhões em 2015. A conta considera números preliminares dos balanços anuais a serem divulgados nos próximos meses e dados dos conselhos fiscais das entidades. O rombo de R$ 46 bilhões é o déficit atuarial, ou seja, se o fundo fosse obrigado a pagar hoje todos os benefícios atuais e futuros, esse seria o tamanho da fatura.

Com dados parciais das contas do ano passado, Postalis, Petros, Funcef e Previ registraram saldo negativo de R$ 17 bilhões. O rombo sobe para R$ 46,6 bilhões com os números ainda em circulação restrita entre representantes dos trabalhadores nos conselhos fiscais. As assessorias de imprensa informaram que as entidades somente poderão se manifestar após a divulgação dos balanços, o que deve ocorrer a partir de abril.

















Só para se ter uma ideia da ordem de grandeza, o déficit de todo o sistema até o terceiro trimestre de 2015 era de R$ 60,9 bilhões, segundo dados da Superintendência Nacional de Previdência Complementar (Previc).

Parte da fatura começa a ser repassada aos participantes (ativos e aposentados) em março: no Postalis e na Funcef, com saldos negativos desde 2012, os planos de equacionamento do déficit estão em fase adiantada. Petros e Previ devem fechar uma proposta para cobrir os respectivos rombos, ao longo deste ano, e implementar as medidas a partir de 2017. A adoção de um plano para tapar os buracos dos fundos de pensão é uma exigência legal, que prevê aportes adicionais dos trabalhadores e das estatais patrocinadoras.

CPI INVESTIGA FUNDAÇÕES
No fim de 2015, o governo aprovou uma regra mais flexível para solucionar o déficit. Por ela, os resultados negativos poderão ser equacionados a longo prazo, de acordo com o fluxo de pagamento das aposentadorias e pensões. Assim, quanto mais aposentados, menor o tempo para o acerto das contas. A legislação anterior não permitia isso: apenas exigia uma solução depois de três anos seguidos de resultado negativo e em valor superior a 10% do patrimônio.
Má gestão, investimentos arriscados e sem retorno, reflexo do aparelhamento das entidades com indicações políticas, e agravamento da crise na economia explicam o déficit crescente dos planos de benefícios. As quatro entidades são investigadas pela CPI dos fundos de pensão da Câmara dos Deputados. A comissão, a segunda nos governos do PT para tratar da questão, foi criada a partir da Operação Lava-Jato, que levantou a suspeita de participação dos fundos de previdência das empresas públicas em desvio de recursos para favorecer partidos, causando prejuízo aos trabalhadores.

Crise econômica e má gestão afeta resultados das fundações
ATIVO TOTAL
EVOLUÇÃO DOS DÉFICITS DOS FUNDOS DE PENSÃO DAS ESTATAIS
TOTAL
Previ
R$ 13 bilhões
Previ
R$ 165
bilhões
Déficit no ano (previsão)
Déficit entre janeiro e
setembro de 2015
R$ 572,8 milhões
Petros
R$ 15,4 bilhões
TOTAL GERAL:
Déficit acumulado nos anos
de 2013 e 2014
R$ 46,6
Petros
R$ 67
bilhões
R$ 6,2 bilhões
Em 2015
bilhões
R$ 9,2 bilhões
(até outubro)
Funcef
R$ 12,5 bilhões
Funcef
R$ 57,7
bilhões
Déficit acumulado nos anos
de 2012, 2013, 2014
R$ 5,5 bilhões
Em 2015
R$ 7 bilhões
(previsão)
Postalis
R$ 5,7 bilhões
Postalis
R$ 8,4
bilhões
Déficit acumulado nos anos de 2012, 2013, 2014, 2015
(até novembro)
Fontes: Abrapp (dados até setembro/2015) e entidades/conselho fiscal
Editoria de Arte

‘SE A GENTE NÃO PAGAR, NÃO SE APOSENTA’
Alvo da CPI, do Ministério Público Federal e da Polícia Federal, o Postalis acumulou déficit de R$ 5,7 bilhões em 2012, 2013, 2014 e 2015 (até novembro) — valor que deve subir na conclusão do balanço. Parte do rombo pode ser atribuída a aplicações mal sucedidas, como compra de papéis da dívida da Argentina e da Venezuela, que viraram pó, e de fundos de investimentos que geraram prejuízos milionários.
Na semana passada, a atual diretoria entrou com ação contra o banco responsável pela administração (Bank of New York Mellon), na tentativa de recuperar R$ 2,2 bilhões. Enquanto isso, o fundo está finalizando uma proposta de equacionamento para o rombo, que deve ser apresentada em março aos trabalhadores. Procurado, o BNY Mellon respondeu: “Embora não possamos comentar ações judiciais às quais não tivemos acesso, as reivindicações que temos visto até esta data não têm mérito e vamos continuar nos defendendo contra elas".

Faltando 12 anos para se aposentar, o funcionário dos Correios Deuzimar Batista dos Santos tem dúvidas sobre o futuro. Com 25 anos de carreira, ele trabalha como motorista e entrega encomendas de Sedex em Brasília. Ganha R$ 2.500 por mês e desconta cerca de R$ 200 para o fundo de pensão. E foi informado que pode ser obrigado a desembolsar mais R$ 100 para ajudar a cobrir o déficit do fundo.

— Os diretores do Postalis são escolhidos pelos Correios. Assim, a empresa tem que arcar com o déficit — disse Santos.

— Se a gente não pagar, não pode se aposentar. Também não há garantia de que os recursos serão bem administrados de agora em diante — reforçou o carteiro Luis Sandro Ribeiro, também funcionário dos Correios, com 22 anos de casa.
Na Funcef, o comando da entidade acabou de aprovar uma proposta para solucionar o déficit de R$ 5,1 bilhões de um dos quatro planos de benefícios, com resultado negativo desde 2012. Do total, R$ 1,9 bilhão começará a ser pago pelas partes em maio, num prazo de 17 anos. Considerando os demais planos, o rombo soma R$ 5,5 bilhões. A expectativa é que o balanço de 2015 tenha desequilíbrio adicional de R$ 7 bilhões.
Após déficit acumulado de R$ 6,2 bilhões, em 2013 e 2014, a Petros deve repetir o desempenho ruim em 2015. Até outubro, o rombo alcançou R$ 15,4 bilhões (R$ 9,2 bilhões a mais), segundo dados do conselho fiscal. Mesmo a Previ, após anos de resultados positivos, como lucro de R$ 12,4 bilhões em 2014, deve virar 2015 com déficit na casa dos R$ 13 bilhões. Até setembro, a perda era de R$ 572,8 milhões. Mas o rombo vai subir no resultado fechado do ano devido a uma reavaliação no valor dos ativos da entidade.
No caso da Previ, com 52% dos ativos aplicados em renda variável, a conjuntura econômica é uma das principais razões para o déficit. O fundo tem aplicações na Vale e na Petrobras, que perderam valor de mercado, diante da queda nas commodities. No caso da Petrobras, contaram também denúncias de corrupção. Além disso, a Previ tem participações em outras empresas, como Invepar, que passa por dificuldades financeiras. Endividada após assumir o aeroporto de Guarulhos, a situação da Invepar se agravou depois que um dos sócios, a construtora OAS, apareceu na Lava-Jato e pediu recuperação judicial.

"Essa conjuntura é difícil para todo o mercado e impacta os investimentos em geral, inclusive os fundos de pensão", destacou em nota a Previ.

PERDAS COM INVEPAR E SETE BRASIL
Petros e Funcef também contabilizam perdas com investimentos em renda variável, além de outras dificuldades, como compra de participação da Sete Brasil. Eles investiram quase R$ 1,4 bilhão cada um na empresa, sem perspectiva de retorno no momento. Os dois fundos também detêm participação na Invepar.
Segundo conselheiros da Petros, o resultado também deve ser prejudicado pela situação da Invepar, pois o valor da empresa caiu de R$ 2,8 bilhões em 2014 para R$ 2,2 bilhões no ano passado. O impacto negativo no balanço do fundo deve ficar em torno de R$ 600 milhões. A Petros também contabiliza perdas por investimentos mais antigos, como na Lupatech (do setor de petróleo) e no grupo Galileo.
A Associação Nacional dos Participantes dos Fundos de Pensão (Anappar) informou em nota que, com exceção do Postalis, os déficits nos outros fundos são resultado da conjuntura econômica ou fazem parte do risco do negócio. No texto, porém, a Anappar alerta para perdas reais nos ativos: “Até onde pudemos avaliar por meio dos balanços e relatórios de investimentos, as perdas de rentabilidade são causadas pela conjuntura adversa. Entretanto, a continuar nesta conjuntura adversa por muito tempo, corremos o risco de termos perdas reais nos ativos dos planos. É hora de muito cuidado e prudência na gestão dos planos”.

‘NÃO HÁ DÚVIDA QUE HOUVE MÁ GESTÃO’
Documento apresentado pelo Fórum Independente em Defesa dos Fundos de Pensão à CPI dos fundos de pensão em dezembro mostra que as entidades patrocinadas por empresas privadas registraram lucro em 2014, enquanto o déficit nos fundos das estatais só cresceu. Para o colegiado, a elevada participação dos fundos das empresas públicas em investimentos de maior risco ajuda a explicar o desempenho ruim dessas entidades.
No Postalis, a proporção dos investimentos nesses projetos alcança 18,63%; na Funcef, 10,84%; na Petros é de 6,14% e na Previ, 0,7%. Já entre as entidades que mais lucraram em 2014, como o Sistel, por exemplo, essa distribuição é de 0,46%; na Fundação Itaú-Unibanco, é de 0,02% e na Valia, 3,9%.

Relator da CPI, o deputado Sérgio Souza (PMDB-PR), disse que os depoimentos à CPI reforçam os indícios de irregularidades na gestão dos recursos dos fundos de pensão. Ele disse que a comissão encerra o trabalho em março e enviará relatório às autoridades para que sejam apuradas responsabilidades na esfera criminal. Segundo Souza, várias pessoas serão indiciadas:

— Não temos dúvida que houve má gestão dos recursos, ingerência política e a corrupção está nos fundos de pensão.

fonte: O Globo


CONVÊNIO


GREGUI DESPACHANTE


Agora todo associado do Sindicato não paga honorários, na aquisição de veículos automotores. O associado só paga as taxas normais.

O Sindicato é quem paga os honorários para você (transferência, licenciamento etc...).

Mais um privilégio de ser bancário associado. Filie-se.


Gregui Despachante 
Rua Goiás, 3649 - Centro - Votuporanga/SP  
Fones: (17)3421-8000 e 3046-1680


Maiores informações no Sindicato-(17)3421-3047.

segunda-feira, 15 de fevereiro de 2016

Carta de Rial a funcionários é puro assédio moral


Comunicado do novo presidente do Santander faz do crédito da PLR motivo para mais cobrança e pressão, e representa ameaça velada aos bancários quando diz que “o passado não garante o presente, muito menos o futuro”
São Paulo – O que deveria ser motivo de comemoração e de parabenizar os funcionários do Santander, que merecidamente recebem PLR cheia no dia 19 de fevereiro, virou justificativa para mais cobranças, pressão por metas e assédio moral. Em carta endereçada aos funcionários (veja abaixo), na sexta-feira 5, o novo presidente do banco, Sérgio Rial, fala da satisfação “em poder pagar (...) a melhor PLR da nossa história, este ano”. Mas logo em seguida revela a verdadeira intenção do documento: exigir que os bancários intensifiquem o já elevado ritmo de trabalho e se esforcem ainda mais na fidelização de clientes e na venda de produtos.

“Dia 19 de fevereiro esse crédito será feito em suas contas”, lembra o presidente, para logo em seguida chegar ao ponto: “Peço para que reflitam: o passado não garante o presente e muito menos o futuro”. E prossegue: “Volto a dizer, apesar do seu caráter de excepcionalidade, estamos pagando a maior PLR que já pagamos, poucas empresas podem falar isso hoje para os seus funcionários. Pensem nisso quando entrarem nas agências e nos locais de trabalho todos os dias”.

Para a diretora executiva do Sindicato e bancária do Santander, Maria Rosani, trata-se de uma ameaça e alusão velada ao risco de demissão, medo constante entre os funcionários. “O presidente do banco lembra ao trabalhador que não importa se ele bateu a meta no mês passado, ou se foi um excelente profissional durante todo o ano. O que importa para a empresa é se está batendo a meta agora. Ou seja, ele torna claro que se o funcionário não der seu sangue e sua qualidade de vida todos os dias para o banco, ele pode ser descartado.”

Rial perdeu uma grande oportunidade de se apresentar adequadamente aos funcionários, ressalta Rosani. “Ele usou a PLR, um direito do trabalhador, para assediar moralmente o bancário. Numa clara demonstração de que o assédio no Santander não é resultado da prática isolada de um gestor ou outro, mas é algo institucional na empresa.”

Cobranças – O comunicado prossegue com as cobranças: “A nossa linha de receita com os clientes sofreu e, dado o entorno macro, peço que cada um aumente o grau de intensidade do relacionamento comercial”.

Sérgio Rial, que fala em nome do Comitê Executivo do banco, exige ainda mais esforços dos gerentes-gerais. “Gostaria que todos os gerentes-gerais se tornem, em breve, (aqueles que ainda não o fazem) responsáveis por um portfólio de clientes tanto PJ quanto PF. Gerentes-gerais não são gerentes de Atendimento sênior, mas sim os grandes bandeirantes, levando nossa bandeira comercial aos pequenos negócios, aos melhores clientes a serem adquiridos, e trabalhando dia e noite para reter os existentes.”

Maria Rosani destaca que os gerentes-gerais já são altamente pressionados. “Eles já são responsáveis por portfólios de clientes. Já são cobrados todos os dias e como se não bastasse isso, agora são pressionados diretamente pelo presidente do banco”, critica.

A dirigente ressalta que foi o esforço dos funcionários do Santander que conseguiu ampliar o número de clientes do banco no ano passado: de 31,4 milhões em 2014 e passou a 33,5 milhões em 2015. “Ou seja, crescimento de 6,6% e em um ano de retração da economia”, diz ela, acrescentando que, com isso, também cresceu a intensidade de trabalho do bancário. “Se em 2014 havia 637 clientes por bancário no Santander, essa relação subiu para 670 em 2015. Mas ao invés de o presidente parabenizar os trabalhadores pelo desempenho, Rial cobra que trabalhem ‘dia e noite’”.

Ela destaca ainda o trecho final do documento em que o executivo conclui: “Acelerem de verdade, já que as curvas são muitas e é nelas, como dizia Senna, que se ganha a corrida”. Segundo a dirigente, o presidente do banco pede claramente que os bancários se arrisquem. “E as vidas dessas pessoas, e suas famílias? Onde ficam nessa equação?”, questiona.


 
Andréa Ponte Souza – 12/2/2016 - http://www.spbancarios.com.br/Noticias.aspx?id=14038

BMG lidera queixas ao BC em janeiro; Caixa em 2º


Maior parte das reclamações "campeão" está relacionada com a contratação inadequada de cartões de crédito consignados
São Paulo – O BMG alcançou a liderança do ranking de reclamações ao Banco Central em janeiro. A instituição financeira teve 158 queixas consideradas procedentes e índice 71,85. O levantamento do BC apontou que a reclamação mais comum dos clientes foi a não contratação, ou contratação inadequada, de cartão de crédito consignado (55).

Na vice-liderança do incômodo ranking aparece a Caixa, com 842 queixas procedentes e índice 10,73. No ano passado, o banco público esteve no topo da lista por sete meses, consolidando a liderança também no acumulado de 2015. A instituição perdeu mais de 3 mil empregados que aderiram ao seu PAA (Plano de Apoio a Aposentadoria) e admitiu apenas 7,54% dos 32.879 candidatos aprovados em concurso público realizado em 2014. O banco conta hoje com uma média de 23 empregados por unidade, a pior situação desde 2003.

> Direção torna Caixa campeã em reclamações
> Direção da Caixa abre pacote de maldades

Após a Caixa, em terceiro lugar, está o Itaú (480 queixas e índice 7,99); seguido pelo Bradesco (591 queixas e índice 7,65); e Santander (188 queixas e índice 5,57).

Ranking do Banco Central – Para elaborar o ranking, as reclamações são divididas pelo número de clientes da instituição financeira que originou a demanda e multiplicadas por 1 milhão. Assim, é gerado o índice, que representa o número de reclamações de cada instituição financeira para cada grupo de 1 milhão de clientes.


Felipe Rousselet – 15/2/2016 - http://www.spbancarios.com.br/Noticias.aspx?id=14051

Funcef não faz plebiscito e despreza empregados


Fundo de pensão dos empregados da Caixa ignora reivindicação do movimento sindical e impõe novas regras para equacionar déficit
São Paulo – De nada adiantaram as reivindicações dos participantes para definir qual a melhor forma de equacionar as contas da Funcef, o fundo de pensão dos empregados da Caixa Federal.

Isso porque a Funcef irá adotar, à revelia dos participantes, a íntegra da Resolução 22/2015 do CNPC (Conselho Nacional de Previdência Complementar), que trata de regras para a cobertura de déficit e a destinação de superávit dos fundos de pensão. Medida que atinge quem tem tanto o Reg/Replan saldado quanto os que não saldaram.

Dionísio Reis, diretor do Sindicato e integrante da Comissão Executiva dos Empregados (CEE), enfatiza que a decisão é desrespeito ao princípio democrático que deve nortear a gestão da entidade. “Não há qualquer justificativa para adotar a nova regra de imediato. A própria resolução assegura que a adoção de novo modelo é optativa para este ano. O que havíamos reivindicado é que houvesse campanha de esclarecimento junto aos participantes, da ativa e aposentados, e a realização de plebiscito para que pudessem decidir. Até porque nem sequer há consenso entre técnicos em previdência complementar se a medida é positiva ou não. Nada disso, infelizmente, foi atendido. Um tremendo desrespeito.”

> Empregados cobram plebiscito da Funcef

Diferenças – Pela regra antiga (Resolução 26 do CNPC), os fundos de pensão eram obrigados a apresentar proposta de equacionamento quando o plano de benefícios acumulasse 10% de déficit ou apresentasse resultado deficitário por três anos consecutivos.

Com a nova regra, os limites para desequilíbrios atuariais passam a ser estabelecidos de acordo com a duração dos planos. No caso do REG/Replan saldado, a duração é 11,6 anos, o índice de solvência é 7,6% e o déficit está em 12,58%. Assim, o valor a equacionar é R$ 2,1 bilhões em até 17,4 anos ou 208 meses, sendo a patrocinadora (a Caixa Federal) e os participantes responsáveis por metade do valor cada. Caso a regra anterior fosse aplicada, o montante seria de R$ 5,7 bilhões, com prazo máximo de 11,6 anos para o ajuste.

Já o REG/Replan não saldado tem duração de 13,3 anos, solvência de 9,3%, e o déficit em 8,75%. O que não requer equacionamento neste ano.

Cobrança extra – Com a adoção da nova regra, a Funcef definiu como proposta de equacionamento a cobrança de contribuição extraordinária de 2,78% sobre benefícios pagos a aposentados e pensionistas do REG/Replan saldado. Esse percentual também será cobrado dos participantes ativos.

Esse plano depende agora da apreciação do Departamento de Coordenação e Governança das Empresas Estatais (DEST). Caso aprovado, a contribuição extra deve começar em até 60 dias após o parecer do órgão.

Provisionamento – De acordo com Dionísio Reis a partir de agora é cada vez mais urgente que se encontre solução aos provisionamentos feitos pela Funcef para pagamento ações judiciais.

Atualmente são cerca de 4 mil ações de empregados que pleiteiam que entrem no cálculo do complemento de aposentadoria verbas como o CTVA (Complemento Temporário Variável de Ajuste de Mercado). “Só que o bancário não recolhia para a Funcef por esse pagamento quando estava na ativa. Isso por conta da irresponsabilidade da Caixa de não incluir o CTVA no repasse ao fundo”, destaca Dionísio. “Ou seja, nesse, e em outros casos, o fundo de pensão está pagando mais do que arrecadou tanto do participante quanto do banco. O movimento sindical apontou esses problemas no grupo de trabalho sobre Funcef, mas a direção da empresa interrompeu todo o debate.”

O provisionamento da Funcef para ações judiciais será tema de discussão da reunião do Conselho Deliberativo da Funcef marcada para 24 de fevereiro.

Na ocasião será apreciado o voto do conselheiro eleito, Antônio Luiz Fermino, para que a Funcef mova ação contra a Caixa visando o ressarcimento de valores provisionados para pagar o contencioso judicial. Dados de maio de 2015 da Funcef apontam que são cerca de R$ 8,9 bilhões para essa finalidade, considerando os seguintes riscos de condenação judicial: remoto, possível e provável.


Jair Rosa, com informações da Fenae – 15/2/2016 - http://www.spbancarios.com.br/Noticias.aspx?id=14052

Itaú pagará PLR no dia 29 de fevereiro

A Contraf-CUT havia reivindicado a antecipação e o banco informou que o pagamento da PLR, parcela adicional e ‎diferenças da PCR serão realizados dia 29

15/02/2016
A PLR é composta por regra básica e parcela adicional
A PLR é composta por regra básica e parcela adicional
Em comunicado enviado à Contraf-CUT, o Itaú informou nesta segunda-feira (15), que fará o pagamento da PLR, PLR Adicional e ‎diferenças da PCR no próximo dia 29. O percentual do teto da PLR será de 2,2 salários e o valor teto da PLR Adicional será de R$ 4.043,58. Para a PCR (Participação Complementar de Resultado) haverá o pagamento da diferença de R$2.285,00 (adiantamento) do valor a ser pago R$ 2.395,00, em razão do ROE em 2015 ter sido de 23,9%.
De acordo com o secretário de Assuntos Jurídicos da Contraf-CUT, Mauri Sergio Martins de Souza, o percentual do teto para a PLR já era esperado pelos bancários. “Estas premissas para o pagamento da PLR eram esperadas tendo em vista o lucro recorde do Itaú deste ano, que foi arrancado diante de um ambiente de trabalho estressado, em que os bancários e bancárias tiveram que bater as metas a qualquer custo. Vale ressaltar que o pagamento do teto de 2,2 salários equivalerá a aproximadamente 4,3% do lucro líquido do Itaú em 2015. Ou seja, nem pagando o teto se alcança 5% do lucro do banco”, concluiu.
Lucros nas alturas e postos de trabalhos eliminados
Vale lembrar que em 2015, o banco Itaú obteve um lucro recorde de R$ 23,8 bilhões, o maior na história do sistema financeiro brasileiro, o que representa um crescimento de 15,6% em relação ao de 2014. Mas, em contrapartida extinguiu 2.711 postos de trabalho. O número de cortes foi maior no último trimestre do ano passado. Dos 2.711 empregos eliminados, 1.009 foram entre outubro e dezembro de 2015. Além disso, o banco fechou 120 agências ao longo de 2015 e encerrou o ano com 3.816 unidades no país.
Nenhum desses números se justifica, já que apenas com as receitas de prestação de serviços e tarifas bancárias, que em 2015 somaram R$ 30,8 bilhões (elevação de 11%), o Itaú cobre 165% do total de suas despesas com pessoal.
Fonte: Contraf-CUT