terça-feira, 31 de julho de 2018

Negociação com Fenaban é quarta 1 e bancários querem proposta

Com o fim da ultratividade, CCT só é válida até 31 de agosto; por isso, banqueiros têm de apresentar respostas para as reivindicações da categoria. Negociação dia 1º debaterá cláusulas econômicas, e os lucros cada vez mais altos dos bancos não deixam dúvidas: eles podem dar aumento real e PLR maior
  • Redação Spbancarios
  • Publicado em 31/07/2018 12:35 / Atualizado em 31/07/2018 13:02
Arte: Seeb-SP
A nova lei trabalhista acabou com a ultratividade, princípio que garantia a validade de um acordo até a assinatura de outro. E essa é mais uma preocupação da categoria na Campanha 2018. Por isso, os bancários cobraram da Fenaban que assinasse um pré-acordo garantindo a ultratividade da CCT após 31 de agosto, quando acaba sua validade. 
“Mas a resposta foi que, até o final do calendário de negociações nós já teríamos uma proposta final. Acontece que já tivemos quatro rodadas e os bancos não deram respostas concretas à maioria das nossas reivindicações. A última mesa agendada, nesta quarta 1º de agosto, debaterá cláusulas econômicas, e esperamos que a Fenaban realmente traga uma proposta final digna de ser apresentada aos bancários”, ressalta a presidenta do Sindicato, Ivone Silva, uma das coordenadoras do Comando Nacional dos Bancários, que representa a categoria nas negociações com a Fenaban (federação dos bancos). 
A dirigente reforça que a categoria deve estar mobilizada para defender todos os direitos contidos na CCT; defender sua validade para toda a categoria, independentemente da remuneração do bancário; pela garantia dos empregos e por valorização, com aumento real e PLR maior.
“Os bancos podem valorizar seus empregados, pois têm lucros cada vez maiores mesmo na crise. E nada mais justo, já que é o trabalho e dedicação desses bancários, muitas vezes ao custo de suas saúdes inclusive, que fazem os bancos lucrarem tanto”, destaca Ivone, lembrando que a categoria espera aumento real nos salários e demais verbas e PLR maior.

Bancos podem valorizar seus empregados 

Os números comprovam que os bancos podem oferecer aumento real aos trabalhadores. Em 2017, os cinco maiores (Itaú, Bradesco, Santander, BB e Caixa) lucraram, juntos, R$ 77,4 bilhões, crescimento de 33,5% em relação a 2016. Só no primeiro trimestre deste ano, os mesmos cinco já atingiram R$ 20,6 bi em lucro, 20,4% a mais do que no mesmo período de 2017. 
Santander e Bradesco já anunciaram seus resultados do primeiro semestre e mantêm tendência de alta: o lucro do Santander cresceu 27,5% (R$ 5,9 bi) e o do Bradesco aumentou 9,7% (R$ 10,2 bi). 
“Ou seja, queremos proposta digna desses lucros”, completa Ivone.

Negociações específicas com BB e Caixa

Paralelamente às rodadas de negociação com a federação dos bancos  que discutem a pauta geral da categoria para renovação da Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) -, os representantes dos bancários do Banco do Brasil e da Caixa Econômica Federal realizam mesas de negociação com as direções dos respectivos bancos (abaixo links e vídeos sobre mesas do BB e da Caixa) para debater as pautas específicas dos trabalhadores de cada uma das instituições financeiras, para a renovação dos respectivos acordos coletivos aditivos à CCT. 
A quarta mesa com a Caixa será no dia 2 de agosto, e voltarão a ser debatidos os temas relacionados ao Saúde Caixa, o fim do descomissionamento de gestantes, garantias contra as ameaças da nova lei trabalhista, PLR e PLR Social. A quarta mesa com o Banco do Brasil será no dia 3 de agosto e discutirá cláusulas econômicas.  
fonte: http://spbancarios.com.br/07/2018/campanha-bancarios-2018-fenaban-tem-de-apresentar-proposta-negociacao-1-agosto

segunda-feira, 30 de julho de 2018

Caixa: PLR e PLR Social ameaçadas

Governo, através do CA da Caixa, impôs limitou distribuição de lucros ao teto de 6,25% do lucro líquido, o que pode reduzir o valor para menos da metade; Em negociação, representantes do banco afirmaram que não está autorizado o pagamento da PLR Social; Momento exige forte mobilização
  • Redação Spbancarios, com informações da Contraf-CUT
  • Publicado em 27/07/2018 18:04 / Atualizado em 30/07/2018 11:35
Arte: Linton Publio
Está sendo preparado um verdadeiro golpe contra os empregados da Caixa. Por meio de decisão do Conselho de Administração, foi determinado que a PLR (Participação nos Lucros e Resultados) será limitada a 25% do valor pago ao Tesouro na forma de dividendos, que por sua vez representa 25% do lucro líquido do banco. Assim, o valor distribuído aos empregados seria limitado ao teto de 6,25% do lucro líquido do banco, o que acarretaria em um corte de mais da metade da PLR creditada aos trabalhadores.
O posicionamento do banco é baseado na última mudança do seu estatuto, feita em 2017 pelo Conselho de Administração. Desde então, o pagamento da PLR deve seguir os preceitos legais, o que significa seguir a lei original da Participação nos Lucros e Resultados, promulgada no ano 2000 (lei 10.101). Hoje, o pagamento da PLR na Caixa consta do acordo coletivo firmado com os representantes dos trabalhadores, mas como se trata de um cálculo com muitas variáveis, a inclusão dessa cláusula no estatuto impedirá uma efetiva negociação e poderá resultar em controvérsias e perdas para os empregados do banco.
Para piorar, em mesa de negociação representantes do banco afirmaram que não está autorizado pelo governo o pagamento da PLR Social.
“Essa medida, que acarretará em uma drástica redução da PLR, é mais um golpe contra os empregados da Caixa desse governo ilegítimo que retira direitos e busca privatizar empresas públicas. Uma arbitrariedade sem precedentes, que se soma a outros tantos ataques contra os nossos direitos como a tentativa de acabar com o Saúde Caixa por meio das resoluções da CGPAR; o contencioso da Funcef, uma dívida da Caixa que é jogada nas costas dos trabalhadores; a intensificação da política de descomissionamentos; a recusa em garantir a não aplicação da reforma trabalhista, que retira direitos e precariza a relação de trabalho;  entre outros”, critica o diretor do Sindicato e coordenador da Comissão Executiva de  Empregados da Caixa, Dionísio Reis. 
“E o que já é ruim, pode piorar ainda mais caso a Caixa não pague a PLR Social, uma vez que em mesa de negociação o banco informou que não está autorizado o seu pagamento pelo governo. Seria o fim de um direito fundamental dos empregados, uma conquista da vitoriosa Campanha dos Bancários de 2010, que valoriza a papel social do trabalho exercido pelos empregados”, acrescenta.
O diretor do Sindicato destaca ainda que a única saída para evitar esse duro golpe nos direitos e no bolso dos empregados é a mobilização de todos, junto ao Sindicato e demais entidades representativas, na Campanha Nacional Unificada 2018.
“Essas medidas são resultado de um governo neoliberal e privatista e de um Conselho de Administração formado por agentes provenientes do mercado financeiro, que atenta contra a função pública do banco e os direitos dos trabalhadores. Nossa única saída para defender nossas conquistas históricas e a Caixa 100% pública é a forte mobilização de todos na Campanha Nacional Unificada. O Sindicato está entrando com tudo nessa briga. Precisamos de todos unidos e fortes na defesa dos nossos direitos. Para isso, estamos disponibilizando um link para os empregados deixarem seu contato para agendarmos reuniões nos locais de trabalho. O sigilo dos dados é absoluto”, conclama Dionisio.
fonte: http://spbancarios.com.br/07/2018/caixa-corte-da-plr-fim-da-plr-social

sexta-feira, 27 de julho de 2018

Governo quer impor o fim do Saúde Caixa 

Na terceira rodada de negociação, que tratou sobre Saúde Caixa e Funcef, representantes do banco não apresentam respostas e não garantiram os direitos dos empregados; próxima negociação voltará a debater PLR, fim do descomissionamento de gestantes e Saúde Caixa
  • Redação Spbancarios
  • Publicado em 26/07/2018 22:06 / Atualizado em 26/07/2018 22:14
Durante a negociação, representantes dos empregados cobraram a manutenção do Saúde Caixa nos moldes atuais
Foto: Fenae
Na terceira mesa de negociação específica da Caixa que debateu Funcef e Saúde Caixa, dentro da Campanha Nacional 2018, a direção do banco negou a manutenção da atual forma de custeio e cobertura do plano de saúde dos empregados e reforçou que irá seguir a resolução 23 da CGPAR, que acaba com o plano para os empregados aposentados, para o grupo familiar, e pode torná-lo finaceiramente insustentável.
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“O Saúde Caixa é resultado de negociação entre os trabalhadores e o banco e não pode ser destruído por um decreto editado por um governo ilegítimo, a pedido de banqueiros e dos planos privados. Os trabalhadores contribuem com o Saúde Caixa e esperam ter seu direito à saúde garantido, assim como os aposentados, que contribuíram a vida inteira tanto para o crescimento da Caixa quanto para o plano de saúde, e por isso devem ter seus direitos assegurados”, afirmou Dionisio Reis, coordenador da Comissão Executiva dos Empregados da Caixa (CEE/Caixa) e diretor do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região.
 
A negociação ocorreu nesta quinta-feira 26, em Brasília.  A primeira rodada foi realizada no dia 13 e a segunda no dia 20. A próxima será no  dia 2.
Dentre outros pontos prejudiciais, a resolução 23 da CGPAR ameaça o princípio da solidariedade do Saúde Caixa, que garante o mesmo percentual de coparticipação e valor de mensalidade a todos os empregados, independentemente da idade e do tempo de banco; abrangência sobre o grupo familiar da assistência e a cobrança de acordo com as faixas etárias; e a garantia do convênio para os aposentados.
 
“O Saúde Caixa é resultado da luta dos trabalhadores e da negociação coletiva, e é altamente sustentável, por isso não há qualquer justificativa para que seja alterado”, afirma Dionisio.

PLR e PLR Social

No dia 2 de agosto será realizada nova rodada de negociação, quando voltarão a ser debatidos temas relacionados ao Saúde Caixa, o fim do descomissionamento de gestantes e garantias contra as ameaças embarcadas na nova lei trabalhista.
Também voltarão a ser debatidas as sérias ameaças que pairam sobre a PLR dos empregados, já que na última mesa, a direção do banco não só não garantiu o pagamento da PLR social, como ainda determinou, por meio de decisão do Conselho de Administração, que a distribuição da PLR será limitada a 25% do valor pago ao Tesouro na forma de dividendos, que por sua vez representa  25% do lucro líquido do banco. Assim, o valor da PLR distribuída aos empregados seria limitado ao teto de 6,25% do lucro líquido do banco.
 
“Esperamos que a Caixa traga respostas para essas questões que afetam seriamente as condições de trabalho e os direitos dos seus empregados”, afirma Dionisio.

Funcef

Na negociação desta quinta-feira 26 foi cobrada a revisão da metodologia de equacionamento do REG/Replan. A Caixa alegou que se pauta por estudos sobre o tema. A CEE/Caixa cobrou que a direção do banco aceite debater essa questão com os empregados a fim de encontrar solução para o equacionamento.
Previ, Funcef e demais fundos de pensão sob ameaça  
 
Mais uma vez foi reivindicada a responsabilidade da Caixa sobre o contencioso da Funcef.  A direção do banco respondeu que se pautará pelas decisões judiciais e por eventuais mudanças na legislação.
 
“Só que a mesa de negociação está acima das leis, que foram construídas justamente a partir das negociações, que podem inclusive evitar a grande judicializaçâo de alguns temas. A maior parte do contencioso é resultado da implantação do Complemento Temporário Variável de Ajuste de Mercado (CTVA) implantado sem qualquer negociação, portanto entendemos que  é de inteira responsabilidade da Caixa”, afirma Dionisio.
fonte: http://spbancarios.com.br/07/2018/campanha-bancarios-2018-terceira-negociacao-saude-caixa-funcef-plr

Banco do Brasil propõe reduzir prazo de descomissionamento e não avança na pauta

Proposta do banco de reduzir para um semestre facilita perseguição e assédio moral. Próxima rodada é dia 3 de agosto, sobre cláusulas econômicas
  • Contraf-CUT, com edição de Spbancarios
  • Publicado em 26/07/2018 20:28 / Atualizado em 26/07/2018 20:52
Foto: Contraf-CUT
Na quarta reunião de negociação da mesa específica do Banco do Brasil, da Campanha Nacional dos Bancários 2018, os temas tratados foram as cláusulas sociais e sindicais, envolvendo representação dos delegados e dirigentes sindicais.
Nas cláusulas sociais, o banco sinalizou a renovação dos itens já constantes no atual acordo, com promessa de apresentar redação de alguns itens que foram debatidos.
Um dos debates colocados foi de se avançar na cláusula de ausências, acrescentando as madrastas e padrastos. A argumentação da Comissão de Empresa para essa questão é que não se trata apenas de se ter um controle de quem é ou da quantidade de madrastas e padrastos, mas a questão do luto de um ente familiar, mesmo que não constante nos registros de nascimento.
Sobre planos de previdência complementar, o banco informou que está tratando internamente sobre a proposta da minuta de melhoria dos planos de previdência patrocinados pelo banco e também envolvendo os funcionários de bancos incorporados.
O banco adiantou na primeira mesa de negociação a possibilidade de revisão da fórmula PIP (Pontuação Individual do Participante) constante no regulamento da PREVI.

Problemas nos pedidos de férias

Os representantes dos funcionários relataram os problemas que vêm acontecendo nas solicitações de férias, quando as cobranças de adiantamentos vêm antes do crédito. Os funcionários relataram que na prática é como se as pessoas pagassem para tirar férias.
O banco informou que os problemas decorrem da operacionalização do E-Social e que está discutindo internamente uma forma de amenizar os problemas apresentados pelos sindicatos.

Parcelamento de férias

O banco apresentou a proposta de abrir a possibilidade de parcelamento de férias em três períodos, dentro das regras vigentes na legislação. Para este tema, o BB apresentará uma proposta de redação na mesa de negociação.

Pauta dos funcionários LGBTI

Os representantes dos funcionários debateram com o BB os pontos da pauta de reivindicações dos funcionários LGBTI construída no Congresso dos Funcionários, informando ao banco que a Comissão de Empresa apoia a pauta desses funcionários, apresentada diretamente em outras instâncias do BB.
Algumas questões envolvendo o nome social em todos os sistemas de identificação tem apresentado pequenos problemas. O banco informou a existência de normativo específico e vai verificar os problemas.
Os representantes do banco falaram que o banco tem apoiado as ações e que o Banco do Brasil foi o primeiro grande banco brasileiro a aderir aos padrões de conduta para empresas, criados pela ONU (Organização das Nações Unidas), que contribui para demonstrar a clientes, funcionários e acionistas o apoio a pessoas LGBTI (lésbicas, gays, bissexuais, travestis, transexuais e pessoas intersexo).

Descomissionamento por GDP

O BB apresentou na mesa a proposta de redução para apenas 1 ciclo avaliatório de GDP o período para descomissionamento decorrente de avaliação funcional. A argumentação do BB é que com um ciclo igualaria todos os funcionários com cargos comissionados.
A Comissão de Empresa argumentou com o banco que a proposta traz mais insegurança para os funcionários e pode facilitar as situações de assédio e perseguição. Os funcionários relataram que nas reuniões que os superintendentes realizam em todo o país, vem sendo abertamente orientado que os gestores devem aumentar o número de anotações na GDP com o objetivo de facilitar os descomissionamentos.
A Comissão de Empresa apresentou ao banco vários argumentos que mostram que a GDP não vem sendo seguida há muito tempo como, por exemplo, ao não observar a média das avaliações e as notas dos pares e subordinados.
Outro argumento apresentado é que ao considerar apenas 1 ciclo, o banco aumenta o risco de adoecimento, uma vez que os funcionários correm o risco de adiar inclusive ausências para tratamento de saúde, já que a pressão está mais alta o tempo todo.
Para Wagner Nascimento, coordenador da Comissão de Empresa, a reunião não trouxe avanços e apresentou ainda uma proposta de retrocesso, que é a mudança no tempo para descomissionamentos por desempenho. "Com essa proposta o banco ratifica o fim da GDP segundo os próprios critérios e estudos feitos pela área de gestão de pessoas ao longo dos anos. O que queremos e falamos na reunião é que o banco aplique a GDP da forma como ela é concebida, o que não vem acontecendo. Somos contra essa alteração, pois vai facilitar os acertos de conta, as ameaças e as perseguições", disse.  
"Sobre os demais itens tratados, esperamos que o banco apresente avanços na próxima reunião, assim como uma proposta econômica que contemple o esforço dos funcionários no último período", completou Wagner Nascimento.
A próxima rodada de negociação com o banco será no dia 3 de agosto, também em São Paulo, e discutirá as cláusulas econômicas.
Saiba como foram as negociações anteriores com o Banco do Brasil na Campanha 2018:
fonte: http://spbancarios.com.br/07/2018/campanha-bancarios-2018-quarta-negociacao-banco-do-brasil-descomissionamento-GDP-ferias

quinta-feira, 26 de julho de 2018

R$ 354 bi da renda do trabalhador foi para pagar juros aos bancos

Dados são de uma pesquisa da Fecomércio que mostra que as famílias gastam cada vez mais com pagamento de juros, superando alimentação fora de casa, transporte e aluguel
  • Contraf-CUT, com edição da Redação Spbancarios
  • Publicado em 25/07/2018 17:32 / Atualizado em 25/07/2018 18:24
Arte: Contraf-CUT
Uma transferência absurda de renda dos que têm menos para o setor mais rico do Brasil. Assim a presidenta da Contraf-CUT, Juvandia Moreira, classifica os dados divulgados na terça-feira 24,  pela Federação do Comércio do Estado de São Paulo (Fecomércio-SP), informando que o pagamento de juros aos bancos é a maior despesa das famílias brasileiras. Foram R$ 354,8 bilhões transferidos da renda dos trabalhadores para as instituições financeiras em 2017, o que representa 17,9% de aumento real, ou seja, já descontada a inflação.
A reportagem é da Contraf-CUT.
De acordo com o levantamento, o montante gasto pelas famílias com juros em 2017 superou os R$ 291,3 bilhões gastos com alimentação fora de casa, os R$ 154,3 bilhões dos gastos com transporte urbano e os R$ 129,9 bilhões pagos em aluguel.
“São os bancos agravando a já absurda desigualdade social no Brasil”, critica Juvandia. “E fazem isso também quando demitem milhares de bancários, agravando a crise de desemprego que faz com que um em cada quatro brasileiros esteja à procura de um emprego.” Desde 2016 os bancos extinguiram 41.304 postos de trabalho, período em que viram seus lucros crescerem como sempre.
De acordo com Altamiro Carvalho, assessor econômico da Fecomércio-SP, os gastos das famílias com juros devem continuar em alta, reforçado pela baixa concorrência bancária no Brasil. Diante do crédito escasso, bancos cobram quanto querem para emprestar, mesmo pagando menos para captar dinheiro, já que a taxa oficial de juro no Brasil, a Selic, está baixa. Em 2017, as despesas com juros absorveram 10,8% da renda das famílias, contra 9,5% no ano passado.

Bancos cobram risco de não receber, mesmo com inadimplência em queda

Carvalho explica que uma série de fatores influencia a taxa cobrada. “Uma delas é o risco que os bancos dão a uma operação, o que aumenta em momentos de incerteza. Como tivemos uma recessão grande, esse risco de não pagamento aumentou, o que foi colocado dentro da taxa de juros”, explicou em reportagem de O Globo.
A inadimplência no Brasil, no entanto, está em queda: foi de 3,3% em maio, menos que os 4% registrados 12 meses atrás pelo Banco Central.
Já entre as empresas, os gastos com juros no ano passado foram de R$ 120,8 bilhões, queda de 3% - um indicativo da retração no ritmo da atividade econômica, que inibe a tomada do crédito.
Para o professor Silvio Paixão, da Fundação Instituto de Pesquisas Contábeis, Atuariais e Financeiras (Fipecafi), para reduzir o peso dos juros na renda das famílias e das empresas, seria necessário haver a conjugação de três fatores: o crescimento do emprego, o que reduziria a percepção de risco por parte dos bancos; o aumento da renda disponível; e a maior oferta de crédito. “A perspectiva não é de queda, porque a renda das pessoas não aumentou. Elas então precisam fazer uso do crédito e, como não há espaço para amortizar essa dívida, acabam renovando essas operações”, avalia o professor na reportagem de O Globo.
“Mais uma razão para os brasileiros analisarem bem em quem votarão nas eleições de outubro”, diz Juvandia. “Qualquer programa de governo sério tem de ter propostas para a redução dos absurdos juros cobrados no Brasil, um dos mais altos do mundo. O fortalecimento dos bancos públicos, para fazer concorrência à taxa imposta pelos privados, é outro fator fundamental para o desenvolvimento do país.”
fonte:  http://spbancarios.com.br/07/2018/r-354-bi-da-renda-do-trabalhador-foi-para-pagar-juros-aos-bancos

Empregados da Caixa protestam contra resolução 23 da CGPAR

Na véspera da negociação sobre Saúde Caixa dentro da Campanha Nacional 2018, bancários fazem Dia Nacional de Luta contra medida do governo Temer que ataca os planos de saúde de empresas públicas; trabalhadores podem apoiar projeto de lei que suspende a resolução 23 da CGPAR
  • Redação Spbancarios
  • Publicado em 25/07/2018 14:44 / Atualizado em 25/07/2018 19:07

Empregados da Caixa lotados no edifício São Joaquim protestam em defesa do Saúde Caixa e Contra a resolução 23 da CGPAR
Foto: Seeb-SP
Na véspera da negociação específica da Caixa que discutirá Saúde Caixa, dentro da Campanha Nacional Unificada, trabalhadores e movimento sindical deflagraram, nesta quarta-feira 25, Dia Nacional de Luta em Defesa dos Planos de Saúde, com atos e paralisações em locais de trabalho pelo país.



O direito à saúde dos trabalhadores de empresas públicas, incluindo bancários da Caixa, está seriamente ameaçado pela resolução 23 da CGPAR (Comissão Interministerial de Governança Corporativa e de Administração de Participações Societárias da União) que resultará em mudanças drásticas nos convênios médicos dos empregados das estatais, como o Saúde Caixa. 

Dirigentes sindicais conversam com empregados da SR Santo Amaro sobre a resolução 23 da CGPAR

Na quinta-feira 26 será realizada a terceira rodada de negociações quando serão debatidos, além do Saúde Caixa, a Funcef.  A primeira negociação ocorreu no dia 13 e a segunda no dia 20
Em São Paulo, o Sindicato dos Bancários organizou protestos em agências e centros administrativos da Caixa e do Banco do Brasil. Os empregados da Caixa paralisaram as atividades por uma hora nas Superintendências Regionais Santo Amaro e Pinheiros, nas agências Granja Julieta (zona sul) e Pedroso de Morais (zona Oeste) e no Edifício São Joaquim (centro). Muitos foram trabalhar vestindo a cor branca, manifestando apoio ao Saúde Caixa e repúdio à resolução 23 da CGPAR.

Projeto de lei suspende a resolução 23 da CGPAR

Durante os protestosn, os trabalhadores foram orientados a opinar sobre o Projeto de Decreto Legislativo (PDC 956/2018), que revoga a medida. Para apoiar o projeto na enquete disponibilizada no site da Câmara dos Deputados, CLIQUE AQUI e selecione a opção “Concordo”. Não é necessário se identificar.

O PDC PDC 956/2018 foi protocolado pela bancária da Caixa e deputada federal Erika Kokay. A parlamentar defende que a resolução viola direitos assegurados em acordos coletivos de trabalho, estatutos e convenções que regulam as entidades de autogestão de saúde.

Protesto contra resolução 23 da CGPAR na SR Pinheiros


Resolução 23 da CGPAR ataca direito à saúde

Dentre outros pontos prejudiciais (veja no infográfico abaixo), a resolução 23 da CGPAR (Comissão Interministerial de Governança Corporativa e de Administração de Participações Societárias da União) exclui os aposentados dos planos de saúde, cobra mensalidade para cada membro da família e limita a cobertura somente aos filhos até 24 anos que estejam cursando 3º grau.   
A resolução foi publicada no Diário Oficial da União em janeiro.  A CGPAR é um órgão vinculado ao Ministério do Planejamento, Desenvolvimento e Gestão.
fonte: http://spbancarios.com.br/07/2018/empregados-da-caixa-protestam-contra-resolucao-23-da-cgpar