segunda-feira, 30 de junho de 2014

Publicar abandono de emprego dá danos morais


Anúncio para convocar empregado para retornar ao trabalho, sob pena de abandono, tem gerado condenações na Justiça


São Paulo – Condenações por danos morais para os empregadores que anunciam em jornal que o trabalhador deve voltar ao trabalho, sob pena de abandono, têm sido tendência nos Tribunais Regionais do Trabalho (TRTs) e no Tribunal Superior do Trabalho (TST). O entendimento é que o aviso deveria ser dado sem exposição do trabalhador.

Uma empresa foi condenada a pagar R$ 3 mil a uma ex-funcionária por ter publicado em jornal de grande circulação, por três dias seguidos, convocação para sua volta, dizendo que, de outra forma, seria demitida por justa causa. A decisão da 1ª Turma do TST considerou que a notificação deveria ter sido feita diretamente, por correio “ou outra forma direta e minimamente expositiva, preservando ao máximo a privacidade”.

A empregada estava afastada por tratamento de saúde e a empresa conhecia seu endereço. Sem provar tentativa de localizar a funcionária, a companhia foi condenada por sua exposição.

Outro caso parecido ocorreu em Santa Catarina, onde uma atendente recebeu R$ 5 mil de indenização. Até mesmo o número de sua carteira de trabalho saiu no jornal. Ela não tinha retornado após a licença-maternidade, mas isso não era motivo para que fosse desprestigiada de forma pública, conforme decisão.

De acordo com a sentença, “a mera e irresponsável publicação de nota de abandono de emprego sem antes buscar o contato por outras vias com o empregado é totalmente abusiva, sendo efetivamente depreciativa”.

O advogado trabalhista Fernando Cassar, do Cassar Advocacia, diz que esse é um costume que está mudando: “Algumas empresas ainda estão vinculadas a uma prática antiga, em uma época em que não se exercia tanto o direito ligado ao dano de imagem e da dignidade da pessoa humana”, afirma.

Segundo o advogado, há a condenação dessa atitude pela Justiça Trabalhista, a partir dos anos 2000: “Antes a própria Justiça aceitava esse anúncio. Porém, depois começou a entender que qualquer tipo de publicização que comprometa a imagem da pessoa pode ensejar dano moral”.

Para o professor de Direito do Trabalho da Unifesp e da FGV Rio Túlio Massoni, a publicação no jornal não é mais necessária para provar abandono de emprego. A Súmula nº 32, de 2003, do TST, entende que, se o empregado não retornar ao trabalho em 30 dias após o fim do benefício previdenciário, sem justificativa, é caracterizado o abandono. De acordo com o professor, fora os meios de telegrama, e-mail ou carta, pode haver muita exposição do trabalhador.

A sentença do TRT do Mato Grosso do Sul, entretanto, foi contra a tendência, ao considerar ser “comum na seara dos contratos trabalhistas a publicação em jornal de edital de convocação de empregado ao trabalho, e não comprovando o autor que sofreu dano, não se caracteriza ilícito que enseje a indenização por danos morais".


Redação do SEEB São Paulo, com informações do Valor Econômico

sexta-feira, 27 de junho de 2014

Lançada campanha internacional contra demissões no Santander Brasil

  




A UNI Américas Finanças, braço do sindicato global que representa três milhões de trabalhadores em bancos e seguros de todo mundo, lança nesta sexta-feira (27) uma campanha internacional contra as demissões do Santander no Brasil.

Uma nova edição do jornal Rede Global Bancária está sendo distribuída pelos sindicatos aos funcionários do banco espanhol, durante manifestações em todo o Brasil, fortalecendo a mobilização dos bancários brasileiros em defesa do emprego. Haverá também atividades em outros países.

> Clique aqui para ler o jornal Rede Global Bancária.

A campanha foi definida pela Rede Sindical do Santander, durante a 10ª Reunião Conjunta das Redes Sindicais dos Bancos Internacionais, realizada nos dia 5 e 6 de junho, em Lima, capital do Peru.

Solidariedade internacional

A reunião foi promovida pela UNI Américas Finanças e Comitê de Finanças da Coordenadora das Centrais Sindicais do Cone Sul (CCSCS), com o apoio de sindicatos peruanos. Estiveram presentes dirigentes sindicais do Brasil, Argentina, Uruguai, Chile e México, além de representantes das Comisiones Obreras (CCOO) e da UGT, as duas principais centrais sindicais da Espanha.

"Todos ficaram profundamente indignados diante da gestão equivocada do banco no Brasil e decidiram promover uma campanha internacional contra as demissões", afirma o secretário de Relações Internacionais da Contraf-CUT, Mário Raia. "Os trabalhadores brasileiros não podem ser tratados como se fossem de segunda categoria", destaca.

"O objetivo da campanha é aumentar a pressão para que o Santander pare o processo de dispensas, corte de empregos e fechamento de agências. Em nenhum outro país das Américas, o banco está desempregando trabalhadores como no Brasil, mesmo obtendo aqui 20% do lucro mundial", explica o secretário de Imprensa da Contraf-CUT, Ademir Wiederkehr.

Além de manifestações e protestos, a campanha também está nas redes sociais (Twitter, Facebook, Instagram), onde estão sendo usadas duas hashtags: #SantanderBastadeDemissões e #SantanderBastadeDespidosEnBrasil. A primeira destaca as atividades no Brasil e a segundo, no mundo. 

A Rede Sindical do Santander decidiu também reforçar a luta pelo emprego e pela melhoria das condições de trabalho nas Américas. 

Demissões injustificáveis

Apesar do lucro de R$ 1,428 bilhão no primeiro trimestre de 2014, o banco espanhol cortou 4.833 empregos entre março de 2013 e março de 2014, sendo 970 nos primeiros três meses do ano, o que é injustificável. 

"Enquanto paga bônus milionários para um punhado de altos executivos, os bancários e as bancárias que permanecem no emprego estão sobrecarregados, submetidos a metas abusivas e ao assédio moral, trabalhando no limite, estressados e adoecidos, e recebem um dos menores salários da categoria, o que revela falta de respeito e valorização para quem mais contribui para produzir os lucros estrondosos do banco", afirma a secretária de Mulheres da Contraf-CUT, Deise Recoaro. 

Cadê a reunião, Zabalza?

O presidente do Santander Brasil, Jesús Zabalza, ainda não marcou uma reunião com as entidades sindicais, após duas cartas encaminhadas em maio. Em resposta enviada no dia 6 de junho, ele disse que "em função de compromissos já assumidos, inclusive fora do País e que me impossibilitam de recebê-los com a urgência requerida, solicitarei à Vice-Presidência Executiva Sênior que viabilize uma agenda futura para que a reunião ocorra oportunamente". 

Passados mais de 20 dias, Zabalza permanece em silêncio, mas se encontra no País, tendo inaugurado na segunda-feira (23) o novo data-center do Santander em Campinas (SP). Nova carta para ele foi remetida nesta semana. 

A falta de diálogo é também um descaso aos cerca de 25 mil clientes insatisfeitos que assinaram cartas ao presidente do Santander, onde se solidarizam com a luta pelo fim das demissões e querem redução de tarifas e mais contratações de funcionários. As correspondências foram entregues para a diretora de Recursos Humanos, Vanessa Lobato.

"Queremos mostrar para Zabalza que é preciso mudar esse modelo de gestão baseado no corte de despesas", enfatiza a coordenadora da Comissão de Organização dos Empregados (COE) do Santander, Maria Rosani. "O caminho para crescer no Brasil não é reduzir custos, mas parar as demissões, fazer contratações, melhorar as condições de trabalho e o atendimento aos clientes, ampliar o crédito, baixar juros e tarifas, e investir no desenvolvimento econômico e social do País", destaca. 


Fonte: Contraf-CUT com UNI Américas Finanças

quinta-feira, 26 de junho de 2014

Bancários voltam a cobrar reunião com Santander para discutir emprego

  
Crédito: Seeb São Paulo
Seeb São Paulo


Entidades sindicais enviaram nova carta ao presidente do banco 

Uma nova carta foi enviada nesta quarta-feira (25) pelas entidades sindicais ao presidente do Santander Brasil, Jesús Zabalza, cobrando uma reunião para debater emprego e fim das demissões. Duas correspondências haviam sido encaminhadas anteriormente com o mesmo conteúdo. A última foi entregue em mãos no dia 27 de maio para a diretora de Recursos Humanos, Vanessa Lobato, durante o ato nacional contra as dispensas no banco em frente à Torre Santander.

No dia 6 de junho, o executivo remeteu uma carta-resposta para as entidades, dizendo que "em função de compromissos já assumidos, inclusive fora do País e que me impossibilitam de recebê-los com a urgência requerida, solicitarei à Vice-Presidência Executiva Sênior que viabilize uma agenda futura para que a reunião ocorra oportunamente". 

Passados quase 20 dias, Zabalza permanece em silêncio e se encontra no país, tendo inaugurado na segunda-feira (23) o novo data-center do Santander em Campinas. 

Na nova carta, as entidades reafirmam a importância do diálogo com os dirigentes sindicais para buscar alternativas de gestão. 

> Clique aqui para ler a nova carta para Zabalza.

"Dado à gravidade do problema e o tempo que já transcorreu da última resposta, encaminhamos novamente pedido para que seja priorizada data urgente para se reunir com representantes dos trabalhadores para discutirmos alternativas de gestão que não passem pela demissão. Essa postura equivocada já eliminou mais de cinco mil postos de trabalho e não trouxe nenhuma melhoria nos resultados do banco", destaca o documento. 


Fonte: Contraf-CUT com Seeb São Paulo

terça-feira, 24 de junho de 2014

Cassi prorroga recadastramento de cônjuges dependentes até 6 de julho

  




A Caixa de Assistência dos Funcionários do Banco do Brasil (Cassi) prorrogou para 6 de julho o prazo para os associados que tiverem dependentes com vínculo de cônjuge ou companheiro (a), com adesão até 31/12/2012, realizar o recadastramento desses dependentes no Plano de Associados. O formulário de Declaração de recadastramento de Dependente - Plano de Associados está disponível no site da instituição, na área "Serviços para você", opção Recadastramento de dependente. Para acessar o serviço, é necessário ter e-mail e senha previamente cadastrados.

"O recadastramento é uma exigência da ANS e também é muito importante para que a Caixa de Assistência dos Funcionários do BB mantenha em seu universo de participantes as pessoas que realmente têm direito porque a Cassi é uma entidade do modelo de autogestão em saúde é ela pertence ao conjunto dos trabalhadores e por ser um sistema solidário e o bom uso é um direito e uma obrigação de todos", destaca William Mendes, diretor eleito de Saúde e Rede de Atendimento.

Atualizar informações

O recadastramento tem por objetivo atualizar as informações da base de dados cadastrais mantidas pela Caixa de Assistência, visando com isso atender a Resolução Normativa nº 117/2005, da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS). 

Além disso, o recadastramento é importante para assegurar aos associados que sejam mantidas no plano de saúde, como dependentes, apenas aquelas pessoas previstas no artigo 12 do Estatuto Social da Cassi. Nos termos do art. 43 do Regulamento do Plano de Associados (RPA), os dependentes não recadastrados no prazo estipulado terão a cobertura assistencial suspensa até que a situação seja regularizada. 

Para aqueles que não possuem acesso à internet, é possível fazer a declaração pela Central Cassi (0800 729 0080) ou em uma das Unidades Cassi.

Para realizar o recadastramento pela Central ou em uma das Unidades, é preciso ter em mãos as seguintes informações: nome completo e CPF do cônjuge/companheiro(a), nome e localidade do cartório de registro da certidão de casamento ou declaração de união estável. 


Fonte: Contraf-CUT, com Cassi

sexta-feira, 20 de junho de 2014

Bancários fazem 16ª Conferência Nacional entre 25 e 27 de julho, em Atibaia

  




A 16ª Conferência Nacional dos Bancários, que definirá a estratégia e a pauta de reivindicações da Campanha de 2014, será realizada entre os dias 25 e 27 de julho, no hotel Bourbon Atibaia, interior de São Paulo. Participarão do encontro 635 delegados e delegadas eleitos em todo o país, além de 61 observadores.

"É o maior evento nacional dos bancários, que vai coroar todo um processo democrático e participativo de organização da Campanha 2014 em todo país, hoje um modelo e referência para as demais categorias de trabalhadores. Somos desafiados, frente à conjuntura que atravessamos, a realizar uma campanha com ousadia, unidade e mobilização, a fim de buscar novos avanços e conquistas", afirma Carlos Cordeiro, presidente da Contraf-CUT.

Os grandes temas em discussão

A Contraf-CUT e o Comando Nacional dos Bancários estão discutindo os últimos detalhes da programação da 16ª Conferência Nacional, que terá a participação de especialistas externos para discutir os grandes temas deste ano. Os temas serão aprofundados em reuniões de grupo na tarde do sábado 26, da seguinte maneira:

Grupo 1 - Emprego (Corte de postos de trabalho/Rotatividade/Terceirização)

Grupo 2 - Reestruturação Produtiva no Sistema Financeiro (Banco do Futuro/Correspondentes Bancários/Bancos pelo celular)

Grupo 3 - Remuneração (Aumento real/PCS/Piso salarial/PLR)

Grupo 4 - Saúde e Condições de Trabalho (Metas/Assédio moral/Segurança Bancária)

Todos os quatro grupos discutirão estratégia da campanha.

Além da pauta de reivindicações a ser apresentada aos bancos, a 16ª Conferência também terá painéis para debater temas importantes da conjuntura nacional, como a reforma política e a democracia no Brasil.

Conferências regionais e consulta aos bancários

Também serão apresentados na 16ª Conferência Nacional a proposta de mídia nacional, que está sendo discutida pela Contraf-CUT, federações e sindicatos, e o resultado da consulta nacional à categoria bancária, que está sendo conduzida pelos sindicatos em suas bases.

A Contraf-CUT está orientando as federações a realizarem as conferências regionais ou estaduais até o dia 20 de julho, com a recomendação de que seja contemplada a cota de gênero em 30% na eleição dos delegados para participação da 16ª Conferência Nacional. 

Localização e transporte

A 16ª Conferência Nacional acontecerá no Hotel Bourboun Atibaia, no Km 37,5 da Rodovia Fernão Dias, no município de Atibaia, próximo a São Paulo. A Contraf-CUT disponibilizará transporte do aeroporto de Guarulhos e da Quadra dos Bancários de São Paulo para o hotel. 

A programação completa da 16ª Conferência será divulgada pela Contraf-CUT assim que for aprovada pelo Comando Nacional.


Fonte: Contraf-CUT

segunda-feira, 16 de junho de 2014

Produtores acusam BB de fazer 'venda casada'
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Representantes do setor agrícola dizem que banco só faz contrato de seguro se for junto com crédito de custeio; banco nega a prática


O Banco do Brasil (BB) é alvo de reclamações de agricultores, que acusam a instituição de travar o Programa de Subvenção ao Prêmio do Seguro Rural (PSR). O programa é usado para os produtores contratarem apólices para cobrir eventuais perdas gerada por problemas climáticos.

De acordo com os produtores, o banco estatal libera o seguro quando há a contratação de financiamento de custeio para o início da plantio e apenas quando a seguradora é a BB Mafre - joint venture com uma carteira estimada em R$ 10 bilhões. A chamada "venda casada" do custeio com seguro é proibida. "O Banco do Brasil está fazendo a venda casada, não libera recursos de custeio sem a contratação do seguro", diz o diretor executivo da Aprosoja Brasil, Fabrício Rosa.

As denúncias contra o BB foram levadas ao ministro da Agricultura, Neri Geller, na quarta-feira, por representantes da Frente Parlamentar Agropecuária (FPA) e a Aprosoja Brasil. Segundo participantes da reunião, o ministro afirmou que, se não houver denúncia formal de produtores, nada poderá ser feito. A Aprosoja argumenta que os produtores têm medo de retaliações do BB, principal agente financeiro do agronegócio no País. Apesar do impasse, Geller se comprometeu a tratar o tema no governo.

O seguro representa em média 10% do valor do crédito dos agricultores como financiamento de custeio da produção. O governo assume até 60% do valor segurado. O governo liberou R$ 557,6 milhões pelo PSR no ano passado. Para a safra 2014/2015, a meta é empenhar R$ 700 milhões para 80 mil produtores.

Concentração. O líder da bancada ruralista no Congresso Nacional, deputado Luis Carlos Heinze (PP-RS), diz que o BB justificou que a suspensão se deve à falta de normas do Ministério da Agricultura para regulamentar o repasse dos R$ 700 milhões do Plano Safra 2014/2015. Segundo Heinze, há indicação as regras do seguro sejam definidas na próxima semana. "O Banco do Brasil já repassou R$ 150 milhões dos R$ 170 milhões e segurou até agora porque ainda não há uma definição de como a subvenção será feita", diz o presidente da FPA.

Rosa, da Aprosoja, diz que a suspensão tem outro fundamento: o Banco do Brasil está pressionando o governo para não haver uma pulverização dos recursos. O BB Mafre tem cerca de 70% do mercado de seguro agrícola. O banco recebe repasses da Agricultura, desde o início do programa em 2005.

O modelo foi contestado pelo Tribunal de Contas da União (TCU). A Corte decidiu, em abril, que a subvenção deve ser repassada diretamente ao produtor e não às seguradoras. Ficou acertado que enquanto não houver sistema para repasse direto, o ministério deveria distribuir cotas iguais dos R$ 700 milhões às seguradoras. Com isso, o mercado tende a descentralizar e o BB pode perder a liderança. O BB nega, por meio de sua assessoria, a "venda casada". O banco diz que também diz permite o seguro por outras seguradoras que não a BB Mafre.

Fonte: Estadão
Diretoria Executiva da CONTEC
Falta dinheiro para pagar restituição do IRPF, dizem especialistas
              
Receita abriu ontem consulta ao primeiro lote de devoluções do Imposto de Renda. Valor liberado, de R$ 1,95 bilhão, é 28% menor que o computado em igual período de 2013.

Desde ás 9h de quarta-feira, os contribuintes já podem consultar no site da Receita Federal ou nos aplicativos do órgão para tablets ou smartphones se estão contemplados no primeiro lote de restituição do Imposto de Renda Pessoa Física (IRPF), referente ao ano calendário de 2013. Ao todo, 1.305.668 pessoas receberão R$ 1,95 bilhão, o segundo menor valor liberado desde 2011, quando começou o governo da presidente Dilma Rousseff.

O valor frustrou o mercado, que esperava um novo recorde como forma de o governo dar mais um estímulo na combalida economia (que cresceu apenas 0,2% no primeiro trimestre deste ano). O montante ficou 28% abaixo dos R$ 2,7 bilhões referentes ao primeiro lote do exercício de 2013.

Para os especialistas, o governo está com dificuldades para fechar as contas. “Esse valor abaixo do esperado, apesar do grande interesse em estimular a atividade econômica via consumo, mostra que o orçamento fiscal anda meio apertado”, avaliou o economista Thiago Biscoula, da RC Consultores.

O professor de Finanças Públicas da Fundação Getulio Vargas (FGV) Fernando Zilveti, também acredita que há problemas de caixa para esse lote ter vindo tão baixo. “Essa explicação é possível, caso contrário, precisaríamos duvidar dos números de desemprego no país, que ainda estão baixos”, explicou. “Essa é uma prática comum da Fazenda para fazer caixa, especialmente em um ano em que o governo nunca dependeu tanto da arrecadação do IR porque as despesas continuam muito elevadas. Pode ser uma estratégia para cumprir a meta fiscal.

Mas isso é muito triste porque já não seria uma contabilidade criativa, mas um calote criativo”, disse Zilveti, lembrando que a Receita tem segurado as restituições das pessoas jurídicas quando elas têm que preencher o formulário Perdcomp. “Os pedidos de reembolso estão sendo indeferidos para se ganhar tempo. As Fazendas estaduais estão fazendo o mesmo”, completou.

Fonte: Jornal de Brasília
Diretoria Executiva da CONTEC
Como o PT perdeu poder nos fundos de pensão
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O desejo de mudança chega à Previ, à Funcef e à Petros, que movimentam R$ 280 bilhões, e dirigentes sindicais petistas e executivos ligados ao governo perdem força. Saiba como isso pode influenciar até no resultado das eleições presidenciais

O sentimento de mudança captado em pesquisas eleitorais e que ameaça a hegemonia do PT chegou primeiro aos fundos de pensão. Em menos de um mês, eleições realizadas em dois dos principais fundos de previdência complementar do País destronaram dirigentes sindicais e executivos ligados ao governo. Além do risco de perder o controle sobre recursos que se tornaram essenciais à política de investimentos do governo federal, o Palácio do Planalto teme que o voto de protesto nos fundos contamine as urnas em outubro. A primeira derrota ocorreu na Funcef, dos funcionários da Caixa Econômica Federal, o terceiro maior. Lá, a oposição colheu expressivos 45% dos votos, contra 31% da chapa petista. Duas semanas depois, foi a vez da Previ, dos funcionários do Banco do Brasil, o maior em patrimônio e contribuintes. Numa disputa acirrada, os opositores venceram com 31%, nove pontos percentuais à frente dos governistas. A onda anti-PT agora ameaça a Petros, dos servidores da Petrobras, o segundo maior do País.
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VOZ DA RAZÃO
Para Paulo Paim, derrotas do PT completam "um ciclo natural de desgaste"
Previ, Petros e Funcef reúnem mais de R$ 280 bilhões em patrimônio, quase metade dos R$ 624 milhões de mais de 250 fundos em operação. Por trás dessas cifras astronômicas, está o interesse de seis milhões de contribuintes ativos, aposentados e pensionistas. O futuro dessas pessoas depende da saúde financeira das entidades que administram poupanças acumuladas por toda uma vida. E não se trata apenas de indivíduos, mas de famílias inteiras. No frio cálculo eleitoral, são 30 milhões de votos, mais da metade do total obtido por Dilma Rousseff no segundo turno de 2010.
Imagine agora toda essa gente insatisfeita com o rumo de seus investimentos. Pois é exatamente isso que está acontecendo. Em 2013, os fundos de previdência fecharam seus balanços com um déficit histórico de R$ 22 bilhões e o saldo negativo só cresceu na primeira metade deste ano. A Previ acumula R$ 5 bilhões de prejuízo, a Petros tem algo próximo a R$ 3 bilhões, enquanto a Funcef já ostenta um saldo negativo de R$ 4 bilhões. Para se defender, os comandos das entidades culpam a difícil conjuntura econômica. Levantamento da Abrap, associação que reúne o setor, indica que 262 planos de benefícios fecharam o ano passado no vermelho, um aumento de quase 100% na comparação com 2012.
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Para os associados, porém, a justificativa não cola. Entre as principais bandeiras levantadas pelas chapas vitoriosas estão justamente as críticas à ingerência e ao aparelhamento promovido pelos petistas. “Nos últimos anos, ficou patente o interesse do governo em viabilizar seus projetos em detrimento da rentabilidade da previdência”, afirma o novo diretor de administração da Funcef, Antônio Augusto de Miranda. Ele pondera que no governo de Fernando Henrique o uso dos fundos era explícito. Após a chegada de Lula ao poder, criou-se um novo marco regulador que prometia proteção. Abriu-se a oportunidade de eleição para conselheiros e, posteriormente, para diretores. Essa dinâmica, porém, retroagiu quando o PT percebeu o poder que tinha nas mãos. “O governo passou a usar os fundos para viabilizar concessões públicas e empreendimentos em que o mercado não tinha interesse”, avalia.
Ao aparelhamento, somam-se a pouca transparência na gestão e o alto déficit. Na lista de negócios que o governo empurrou para a Funcef, Miranda destaca o caso da Brandes, empresa que prometia desenvolver em parceria com a IBM uma solução tecnológica para financiamento imobiliário na internet. Ficou no papel e consumiu R$ 1,2 bilhão. Outra foi a Eldorado Florestal, que também não existia, e a ALL Logística, que só deu prejuízo. A gota d’água foi a denúncia de que o deputado André Vargas intermediou uma reunião do doleiro Alberto Youssef com o diretor de participações societárias, Carlos Borges, nomeado pela Caixa. “O caso Youssef simbolizou o grau de ameaça que paira sobre a destinação dos recursos dos fundos. O alinhamento político canaliza esse tipo de negociata, como ocorreu na Postalis”, alerta Miranda.
Na Previ, a eleição garantiu mudanças substanciais no conselho deliberativo, no consultivo e na diretoria-executiva. A chapa vencedora é formada por auditores de carreira do BB. Apesar do alegado perfil técnico, ela foi organizada nos bastidores por Valmir Camilo, que já foi filiado ao PPS, e com apoio da Confederação Nacional dos Trabalhadores nas Empresas de Crédito (Contec), cujo presidente, Lourenço Prado, é do PMDB do Distrito Federal. Recentemente, a Contec também andou cortejando o pré-candidato presidencial do PSB, Eduardo Campos. Essa chapa multipartidária emplacou três diretores, entre eles Cecília Garcez (administração), ex-diretora de planejamento da Previ entre 2004 a 2010. À ISTOÉ, Camilo diz que não é militante partidário e sua relação com o PPS é pela amizade com Roberto Freire. “Nem sou mais filiado”, diz.
Ex-membro do conselho deliberativo da Previ, Camilo avalia que o desgaste do PT era previsível e se refletiu numa insegurança generalizada entre os participantes do fundo quanto à administração dos ativos. Ele cita como exemplos de “uma gestão nebulosa” o uso da Previ na criação da Oi, da BR Foods e da Invepar. “O Tasso Jereissati tinha R$ 150 milhões para investir num negócio de R$ 3 bilhões e uma dívida de R$ 700 milhões com o Bradesco. De repente, virou dono de tudo. Não há fórmula matemática que explique isso!”, ataca. Segundo ele, a Previ perdeu oito anos na gestão de Sérgio Rosa, que deixou o fundo no “piloto automático”.
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O governo continua com alguns dos cargos principais, que são privativos de nomeação do presidente do BB. Manteve o presidente, Dan Conrado, e indicou como diretor de investimentos Márcio Hamilton Ferreira, no lugar de Renê Sanda, o japonês. Também nomeou Marcio Geovanne como diretor de participações. O cargo era eletivo até 1997 e a nova chapa cogita recuperá-lo. Conrado confidenciou a alguns amigos que estava cansado e queria sair e o PT pensou em emplacar Robson Rocha, que ocupa hoje uma das vice-presidências do banco. Mas o governo resolveu deixar como está para evitar mais lenha na fogueira. Conrado entrou para pacificar a crise deflagrada em 2012 pelo então presidente da Previ, Ricardo Flores, ligado ao PT de Zé Dirceu. Para o senador Paulo Paim (PT-RS), que tem origem sindical – chegou a secretário-geral da CUT –, as derrotas do partido no comando dos fundos é um processo natural. “Acho que é um ciclo natural de desgaste de quem está na direção das entidades. O próprio movimento sindical está passando por isso”, diz.

Fonte: Istoé
Diretoria Executiva da CONTEC
 
Santander é condenado a pagar R$ 10 milhões por desrespeitar jornada de trabalho de seus empregados         
A Primeira Turma do Tribunal Regional do Trabalho da 10ª Região (TRT10) condenou o banco Santander ao pagamento de indenização por dano moral coletivo no valor de R$ 10 milhões. A decisão ocorreu no julgamento de um recurso da instituição bancária contra a sentença da 7ª Vara do Trabalho de Brasília. Nos autos, ficou comprovado que o banco manteve o desrespeito à jornada de trabalho de seus empregados, mesmo após o registro de inúmeros autos de infração nos estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Santa Catarina, entre outros.
original Fachada da sede do banco Santander em São Paulo
Segundo o relator do caso na Primeira Turma, desembargador Dorival Borges de Souza Neto, as provas juntadas aos autos confirmam as denúncias do Ministério Público do Trabalho da 10ª Região (MPT10), autor da ação civil pública contra o banco. As principais acusações contra a instituição são referentes à modificação ilícita dos dados registrados no sistema de ponto dos empregados; à coação dos trabalhadores; e à prorrogação das jornadas além das duas horas diárias autorizadas pela legislação; bem como à concessão irregular de intervalos.
“Ao exigir, como regra empresarial, a extrapolação cotidiana da jornada de trabalho dos bancários, situação agravada pelo desrespeito ao intervalo para descanso e alimentação previsto em lei como norma de saúde e higiene do trabalhador, o réu desrespeita o fundamento maior da dignidade da pessoa humana, ao impor a uma gama considerável de empregados condições prejudiciais de trabalho. Desrespeita também outro fundamento basilar da República, o valor social do trabalho, prejudicando com sua conduta não só o sistema produtivo, mas outros a ele relacionados, como o sistema de saúde e o sistema previdenciário”, fundamentou o magistrado em seu voto.
Para o desembargador, não se pode admitir que essas violações sejam mitigadas por meio do pagamento de horas extras ou outra forma de compensação. “É necessária uma política empresarial diversa da adotada, (...), ilegalidade mascarada pela compensação registrada nos cartões de ponto. Cabe ao empregador qualificar seus quadros gerenciais para a adoção de técnicas de gestão que impossibilitem ou desestimulem os empregados à prorrogação habitual da jornada, em complemento ao sistema de controle de ponto que, como se sabe, é alimentado apenas pela racionalidade de máquina ou numa linguagem mais moderna”, sugeriu o magistrado.
Processo nº 0001752-65.2012.5.10.0007

Fonte: TST
Diretoria Executiva da CONTEC
 
 
 
 
 

Ambiente de trabalho é a causa principal de adoecimento dos bancários

  
Crédito: Seeb - PB
Seeb - PB
Seminário discute condições de saúde e trabalho na Paraíba

O Sindicato dos Bancários da Paraíba sediou nos dias 2 e 3 de junho, em João Pessoa, o 1º Seminário de Saúde do Trabalhador do Ramo Financeiro, reunindo bancários da Paraíba e Pernambuco, com a participação da Contraf-CUT.

O secretário de Saúde do Trabalhador da Contraf-CUT, Walcir Previtale, conduziu o debate "Reestruturação Produtiva e a Precarização do Trabalho na Categoria Bancária". Ele enumerou vários problemas que afetam diretamente a saúde dos bancários hoje, como práticas de assédio moral, cobrança exagerada por metas abusivas, falta de segurança nas agências e o ambiente de trabalho adoecedor. 

Organização do trabalho

"Existe uma competição extrema entre os empregados e uma perda gradativa dos laços de solidariedade entre os trabalhadores bancários, tudo isso fruto modelo de gestão adotado pelo sistema financeiro brasileiro", explicou o secretário da Contraf-CUT. 

O seminário trilhou o caminho para indicar as melhores formas de solucionar, de forma coletiva, os problemas detectados. Os dirigentes sindicais foram unânimes em afirmar que o grande número de bancários doentes tem como principal causa o processo e a de organização do trabalho, que não valoriza a participação efetiva dos trabalhadores na sua definição e implementação. de políticas de saúde. 

Várias questões nortearam o debate como: Quem define a organização do trabalho e a forma como os bancários devem trabalhar? Qual o espaço de democracia que se tem dentro dos bancos que permitem aos trabalhadores um processo de negociação e interferência na organização do trabalho? Qual outra forma de se trabalhar? Qual outro modelo de gestão? 

"Não são indagações novas, entretanto são fundamentais para que as políticas de saúde do trabalhador avancem para dentro das empresas. Discutir e negociar o formato da organização do trabalho deveria ser considerado um direito humano fundamental para os trabalhadores", defende Walcir.

Metas e assédio moral

O diretor da Contraf-CUT também ressaltou que as metas abusivas, as quais figuram como drama cotidiano de toda a categoria bancária, explicam bem a questão da ausência de participação dos trabalhadores na definição do processo e organização do trabalho. 

"As metas são definidas pelos bancos de cima para baixo, geralmente por um departamento de engenharia do trabalho e marketing. Os bancários são excluídos desse processo, cabendo a eles somente cumprir, a qualquer custo, o que foi estipulado por alguém que sequer conhece a realidade dos locais de trabalho. Desta forma, os empregados executarão um trabalho fragmentado, pois não participaram da sua concepção desde o início. Então, podemos afirmar que a imposição de metas abusivas possui relação direta com a organização e processo de trabalho", disse Walcir.

Os bancários relataram várias situações de desrespeito ao trabalhador dentro das agências e o objetivo dos bancos em transformar os funcionários em vendedores de produtos. Cenário que o dirigente da Contraf-CUT definiu como terreno fértil para as práticas de assédio moral.

"Apenas o resultado positivo é considerado. Não há espaço de diálogo para se colocar as dificuldades e discutir o trabalho. Prega-se o trabalho em equipe, mas a avaliação individual de desempenho é a que prevalece. E aquele trabalhador que não bateu a 'sua' meta está perdido", explicou Walcir.

Perda de função nos bancos públicos

Durante o seminário, os dirigentes sindicais também levaram para a mesa de discussão as dificuldades vividas pelos bancários doentes do Banco do Brasil e da Caixa durante o período de reabilitação profissional e na volta ao trabalho. No BB os trabalhadores estão perdendo a função após 91 dias consecutivos de afastamento. 

"Esta questão apareceu com muita força nos debates. O BB entende que função é prerrogativa do banco e passa para outro funcionário as funções de quem está afastado por doença. No nosso entendimento isto é uma dupla penalização ao trabalhador, que já enfrenta problemas de saúde em função da organização do trabalho. Vamos continuar levando este debate para a Campanha Nacional deste ano para melhorar este acordo coletivo", finalizou o secretário de Saúde do Trabalhador da Contraf-CUT. 


Fonte: Contraf-CUT

quarta-feira, 11 de junho de 2014

Presidente do Santander diz que não tem agenda para debater demissões

  
Crédito: Seeb São Paulo
Seeb São Paulo


Recados de clientes deram voltas em redor da Torre, durante ato em 27 de maio





O presidente do Santander Brasil, Jesús Zabalza, não tem agenda para debater com os representantes dos bancários a redução de cerca de 5 mil postos de trabalho promovida pelo banco desde o ano passado. 

Ele respondeu carta enviada no dia 3 de junho, na qual o movimento sindical solicitava agendamento de reunião urgente para debater propostas que colocassem fim às dispensas. Essa foi a terceira enviada. Além disso, foram realizadas manifestações durante a jornada nacional de luta (de 13 a 23 de maio), com o apoio expresso por mais de 25 mil clientes que assinaram cartas para Zabalza. 

"Em função de uma agenda com compromissos já assumidos, inclusive fora do país e que me impossibilitam de recebê-los com a urgência requerida, solicitarei à Vice-presidência Executiva Sênior que viabilize uma agenda futura", informa a correspondência. 

> Clique aqui para ler a carta de Zabalza.

Para a diretora executiva do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Maria Rosani Gregorutti, embora Zabalza afirme entender a importância do tema demissões, o fato é que as dispensas continuam e nada vem sendo feito pelo banco para mudar esse quadro. 

"Dada a gravidade do tema, seria de fundamental importância que essa reunião acontecesse urgentemente. Ele diz valorizar o diálogo permanente com os representantes dos bancários, mas se ouvisse de fato o Sindicato essas dispensas já teriam parado", completa a dirigente. "Vamos continuar na luta cobrando o fim das demissões e a contração de mais trabalhadores." 


Fonte: Seeb São Paulo

EDITAL DE CONVOCAÇÃO




SINDICATOS DOS EMPREGADOS EM ESTABELECIMENTOS BANCÁRIOS DE VOTUPORANGA E REGIÃO
           

EDITAL DE CONVOCAÇÃO


Pelo presente edital ficam convocados os associados deste Sindicato, quites e em gozo dos seus direitos sindicais, para a Assembleia Geral Ordinária a realizar-se no dia 16 de Junho de 2014, em nossa sede social a Rua Tibagi nº 3447, nesta cidade as 19h:30min, em primeira convocação, para discutirem a seguinte ordem do dia:
ÚNICA- Leitura, discussão e votação do Balanço e Relatório da Diretoria, referente ao ano de 2013, com parecer do Conselho Fiscal.
 Caso não haja número legal a hora anunciada, a assembleia será realizada às 20h:00min, com qualquer numero de associados presentes.
Votuporanga SP, 11 de Junho de 2014.



HARLEY APARECIDO VIZONÁ

Presidente