quinta-feira, 30 de agosto de 2018

Bancários aprovam proposta da Fenaban

Trabalhadores de bancos públicos e privados decidiram a favor de proposta que prevê 5% de reajuste (reposição total da inflação (INPC) mais aumento real de 1,18%), maior do que média dos acordos do 1º semestre, e manutenção de todas as cláusulas da CCT, além de novas conquistas
  • Redação Spbancarios
  • Publicado em 29/08/2018 21:58 / Atualizado em 30/08/2018 00:29
Em assembleia lotada, trabalhadores de bancos privados votaram sim à proposta
Foto: Anju
Trabalhadores de bancos privados, da Caica Econômica Federal e do Banco do Brasil aprovaram, em três assembleias lotadas na noite desta quarta-feira 29, a proposta da Fenaban que prevê reajuste de 5% - reposição total da inflação (INPC) mais aumento real de 1,18% - mais manutenção de todos os direitos históricos da CCT, além de novas conquistas.
A assembleia dos bancos privados (Bradesco, Itaú, Santander e outros) foi no Clube Homs, na Avenida Paulista. A dos bancários do BB foi na Casa de Portugal, na Liberdade; e a dos empregados da Caixa foi na Quadra dos Bancários, na Sé.
 
A proposição prevê, também, acordo com validade de dois anos, já garantida para 2019 a manutenção de todos os direitos, além da reposição total da inflação (INPC) mais 1% de aumento real para salários e demais verbas (VA, VR, 13ª Cesta, Auxílio-Babá/Creche). A proposta avançou em outras garantias, com a de todos os direitos também para os empregados hipersuficientes (bancários com salários a partir de R$ 11.291,60), criados pela nova lei trabalhista. A priori, esses trabalhadores poderiam estabelecer suas condições de trabalho diretamente com o empregador, e não estariam resguardados pelo acordo coletivo da categoria.  
Para a presidenta Ivone Silva, a proposta aprovada é uma grande vitória diante de um cenário temerário, de retirada de direitos, precarização do trabalho e ataque às organizações de trabalhadores no país. “A proposta conquistada pela categoria, após dez exaustivas rodadas de negociação, prevê, além de aumento real, a manutenção das nossas conquistas históricas e avança outros direitos. Garante ainda os direitos a cerca de 90 mil bancários que seriam considerados hipersuficientes, o que foi uma vitória da categoria bancária contra a reforma trabalhista”, ressalta a dirigente.
“É importante lembrar que a Campanha Nacional começou com a consulta aos bancários de todo o país sobre as principais demandas da categoria, passou pelas mesas de negociação - muitas delas sem proposta alguma por parte dos bancos ou com proposições insuficientes -, mobilizações nos locais de trabalho e nas redes sociais e terminou agora com a aprovação da proposta em assembleia”, acrescenta.

 
Ivone Silva lembra que a proposta foi aprovada em tempo hábil, antes da data base da categoria (1º de setembro), e que contemplou, nas mesas específicas, também todos os direitos dos bancários da Caixa e do Banco do Brasil. “É uma conquista histórica ante um cenário de desmonte dos bancos públicos promovido pelo governo ilegítimo de Temer”, salienta.

Aumento real acima da média dos acordos

Levantamento feito pelo Dieese, que levou em conta 4.659 acordos fechados entre janeiro e julho deste ano, mostra que o aumento real médio foi de 0,97%. A força da categoria bancária, na mesa de negociação com os bancos e nas mobilizações em todo o país, garantiu reajuste de 5% com ganho real de 1,18%.
fonte: http://spbancarios.com.br/08/2018/campanha-2018-bancarios-aprovam-em-assembleia-proposta-fenaban

quarta-feira, 29 de agosto de 2018

Se proposta for aprovada, PLR vem até dia 20 de setembro

Participação nos Lucros e Resultados dos bancários, assim como salários e demais verbas, terá reajuste de 5%, com ganho real de 1,18% nos valores fixos da regra. Proposta da Fenaban prevê ainda manutenção de todos os direitos da CCT. Assembleia é quarta-feira
  • Redação Spbancarios
  • Publicado em 27/08/2018 15:45 / Atualizado em 28/08/2018 19:53
A proposta apresentada pela Fenaban (federação dos bancos) em rodada de negociação na noite de sábado 25 prevê reajuste de 5% nos salários, PLR e demais verbas (que corresponde a reposição da inflação mais 1,18% de aumento real) e mantém todos os direitos previstos na Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) dos bancários, inclusive a regra da PLR.
Assim, com o reajuste, a parcela fixa da regra básica da PLR passa a R$ 2.355,76 – lembrando que a esse montante é somado 90% do salário base –; e o teto da parcela adicional (distribuição linear de 2,2% do lucro líquido do banco) passa a R$ 4.711,52.
Na antecipação, os bancários recebem 60% da regra básica, ou seja, 54% do salário + R$ 1.413,46; e a parcela adicional: distribuição linear de 2,2% do lucro líquido do semestre, com teto de R$ 2.355,76 (tabela abaixo mostra quanto bancários receberá de acordo com seu salário).
Ficou acordado na mesa de negociação que se a proposta da Fenaban for aprovada pelos bancários nas assembleias de quarta-feira 29, a antecipação da PLR será creditada até o dia 20 de setembro.

Confira a regra da PLR

PLR Total: Regra Básica + Parcela Adicional
•  Regra Básica: 90% do salário + valor fixo de R$ 2.355,76. Caso o montante não atinja 5% do lucro líquido dos bancos o valor será elevado até o limite individual de 2,2 salários.
•  Parcela Adicional: Distribuição linear de 2,2% do lucro líquido anual dos bancos, com teto de R$ 4.711,52
Antecipação da PLR
•  60% da regra básica, ou seja, 54% do salário + R$ 1.413,46
• Parcela adicional: Distribuição linear de 2,2% do lucro líquido semestral dos bancos, com teto de R$ 2.355,76

Veja quanto receberá de acordo com o salário:

fonte: http://spbancarios.com.br/08/2018/PLR-bancarios-vem-dia-20-se-proposta-fenaban-for-aprovada

Em julho, maioria dos reajustes ficou abaixo da inflação

Já no acumulado dos sete primeiros meses de 2018, negociações resultaram em média em um aumento real de 0,97%. Dados provam que bancários arrancaram uma boa proposta da Fenaban, com 1,18% de aumento real. Trabalhadores do setor avaliam proposta em assembleias na quarta 29
  • Redação Spbancarios
  • Publicado em 28/08/2018 19:12 / Atualizado em 28/08/2018 19:20
Foto: Seeb-PB
Não foi fácil. Depois da Fenaban (federação dos bancos) apresentar proposta com aumento real (reposição do INPC mais reajuste) de 0,5% e retirada de diversos direitos, o Comando Nacional dos Bancários, que representa os trabalhadores nas mesas de negociação com os bancos, não arredou o pé e após muitas horas de debates conseguiu arrancar dos banqueiros uma nova proposta, que prevê aumento real de 1,18% e a garantia de todos os direitos previstos na Convenção Coletiva de Trabalho da categoria.
Dados atualizados do Dieese mostram que a proposta é uma vitória para os trabalhadores. Em julho, 51% das negociações de outras categorias resultaram em acordos com perda salarial, ou seja, com reajustes abaixo da inflação. No mês, a variação real média dos reajustes ficou em -0,2%. Já no acumulado do ano, a variação real média dos reajustes, levando em conta 4.659 acordos, ficou em 0,97%. Ou seja, o aumento real arrancado da Fenaban (1,18%), com a força dos bancários, que se mobilizaram nas ruas e redes, ficou acima da média das negociações já realizadas em 2018.
“Em uma conjuntura totalmente adversa conseguimos uma proposta que não só derrotou a reforma trabalhista no que diz respeito à nossa CCT, com a manutenção de absolutamente todas as nossas conquistas históricas, válidas para todos os bancários, inclusive derrotando o conceito de trabalhador hipersuficiente [que possui  nível superior e ganha acima de dois tetos do INSS, atualmente em R$ 11.291,60], que negociaria seus direitos diretamente com o patrão; como também prevê aumento real acima da média de todas as negociações já realizadas em 2018”, enfatiza a presidenta do Sindicato, Ivone Silva.
“Também foram garantidos os direitos previstos nos acordos específicos do Banco do Brasil e Caixa, que estavam seriamente ameaçados pelo governo federal, permanentemente com a tesoura na mão para cortar direitos. No caso da Caixa, a manutenção do Saúde Caixa e da PLR Social é uma vitória estrondosa contra o governo Temer”, acrescenta.

Assembleias

Os bancários de todo o país avaliarão a proposta em assembleias na quarta-feira 29. A assembleia dos trabalhadores de bancos privados da base do Sindicato será no Clube Homs (Av. Paulista, 735); a dos empregados da Caixa será na Quadra dos Bancários (Rua Tabatinguera, 192, Sé); e a dos funcionários do Banco do Brasil será na Casa de Portugal (Av. da Liberdade, 602, Liberdade), todas às 19h. O Comando orienta pela aprovação da proposta da Fenaban, assim como pela aprovação das específicas do Banco do Brasil e da Caixa.
“Orientamos pela aprovação da proposta. Essa é uma decisão tomada com muita responsabilidade pelo Comando Nacional. Cabe aos bancários de todo o país, de bancos públicos e privados, uma profunda reflexão sobre os riscos de uma greve na atual conjuntura. Caso um possível movimento descambe para a judicialização existe uma grande chance de sairmos do tribunal com um acordo bem inferior ao que foi proposto pela Fenaban”, alerta Ivone.

Campanhas que foram à Justiça tiveram perdas

As categorias que tiveram que resolver suas campanhas no Tribunal Superior do Trabalho não obtiveram sucesso na reivindicação por aumento real. Os trabalhadores da Companhia Brasileira de Trens Urbanos, Valec Engenharia, Embrapa e Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco obtiveram reajuste pouco abaixo da inflação e manutenção das cláusulas sociais. Já no caso dos Correios, o tribunal decidiu pela reposição da inflação, sem aumento real, e os trabalhadores ainda tiveram excluída do acordo a cláusula que assegura o plano de saúde.
fonte: http://spbancarios.com.br/08/2018/negociacoes-propostas-abaixo-fenaban-campanha-bancarios-2018-aumento-real-direitos

terça-feira, 28 de agosto de 2018

BB apresenta proposta final que mantém todos os direitos

Comando Nacional orienta aprovação da proposta na assembleia da quarta-feira 29, a partir das 19h, na Casa de Portugal
  • Contraf-CUT, com edição Redação Spbancarios
  • Publicado em 26/08/2018 03:01 / Atualizado em 28/08/2018 17:14

Foto: Leandro Caproni/Contraf-CUT
O Banco do Brasil apresentou para a Comissão de Empresa dos Funcionários do BB, no sábado 25, a redação de proposta de acordo para os trabalhadores do banco. A mesa de negociação ocorreu após a realização da mesa única com a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban).
Bancos propõem reajuste de 5% com garantia de direitos

O BB propôs, assim como a Fenaban, um Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) de dois anos com reajuste de 5% em 2018 - que corresponde à reposição da inflação mais aumento real de 1,18% - e inflação mais ganho real de 1% em 2019 sobre todas as verbas.

Intervalo de almoço

O intervalo de almoço dos funcionários com  jornada de oito horas poderá ser reduzido para 30 minutos, de forma facultativa. Já para os funcionários de seis horas será mantido o modelo atual, sem registro de ponto. A mudança no intervalo dos funcionários de seis horas será discutida ao longo do processo de negociação permanente até que se tenha um entendimento, inclusive em outros bancos.

No caso de horas extras, o tempo mínimo de intervalo para o funcionário de jornada de seis horas, poderá ser de 30 minutos. Diferente de como acontece atualmente, no qual o funcionário é obrigado a fazer uma hora de intervalo.

Banco de horas

Os funcionários terão seis meses para a compensação das horas extras com folgas, sendo um dia acumulado para um dia folgado, e caso a compensação não aconteça em até seis meses, o saldo de horas será convertido em espécie e pago no mês subsequente com o devido adicional de hora extra, ou seja, uma hora e meia.

PLR

Está mantido o mesmo modelo de PLR no Banco do Brasil e o pagamento do primeiro semestre, assim como nos anos anteriores, será logo após a assinatura do acordo, caso seja aprovado.

Manutenção das três avaliações

Foi conquistada na última reunião, realizada no dia 22 de agosto, a manutenção da cláusula do Acordo Coletivo que garante a observação de três ciclos avaliatórios consecutivos de GDP com desempenhos insatisfatórios, para efeito de descomissionamento.

Mesas temáticas

O acordo mantém a mesa temática sobre Saúde e Segurança no Trabalho, e acrescenta duas novas mesas temáticas sobre Teletrabalho e Escritórios Digitais e Entidades Patrocinadas de Bancos Incorporados.

A proposta também inclui um dia de luto para falecimento de padrastos e madrastas do funcionário. E o trabalhador poderá optar pelo recebimento do vale-transporte em dinheiro ou em cartão magnético.

“O Comando, em estratégia acertada, antecipou a Campanha Nacional devido ao fim da ultratividade, princípio que garantia a validade de um acordo até a assinatura de outro. O Comando também tinha objetivo de manter a mesa única, entre bancos públicos e privados, e garantir os direitos dos acordos específicos de bancos. Alcançamos o objetivo, por isso indicamos a aprovação da proposta da Fenaban e da proposta do BB”, diz  a presidenta do Sindicato e uma das coordenadoras do Comando Nacional dos Bancários, Ivone Silva.
“Um ano após a reforma trabalhista que acabou com várias garantias legais para a classe trabalhadora, a categoria bancária deu um exemplo ao garantir os direitos conquistados em anos de luta na CCT e no acordo específico do BB. As propostas da Fenaban e do BB não só mantiveram a mesa única como trouxeram avanços específicos. Por isso, por resistirmos à reforma trabalhista em um acordo nacional para todos os bancários é que a Comissão de Empresa e o Comando Nacional dos Bancários indicam a aprovação da proposta”, orienta o representa de São Paulo na Comissão de Empresa, João Fukunaga.
fonte: http://spbancarios.com.br/08/2018/bb-apresenta-proposta-final-que-mantem-todos-os-direitos

Proposta mantém Saúde Caixa e PLR Social

Proposta veda descomissionamento de gestante; mantém Saúde Caixa nos moldes atuais para empregados e aposentados, e os que vão se aposentar; PLR Social, além de direitos contidos em inúmeras cláusulas do ACT; Comando orienta aprovação na assembleia de quarta, às 19h, na Quadra dos Bancários
  • Redação Spbancarios
  • Publicado em 26/08/2018 03:41 / Atualizado em 28/08/2018 17:26
A partir da esquerda, Juvandia Moreira (Contraf-CUT), Dionisio Reis (CEE/Caixa) e Ivone Silva (Seeb-SP)
Foto: Leandro Caproni/Contraf-CUT
A oitava rodada de negociação com a direção da Caixa resultou na manutenção da cobertura do Saúde Caixa nos moldes atuais e em outros avanços em relação a proposta apresentada originalmente. A mobilização dos trabalhadores também assegurou o pagamento da PLR Social.  A negociação se estendeu pela madrugada de domingo 26, em São Paulo e foi realizada após a mesa com a Fenaban.
Os empregados da Caixa avaliam a proposta específica do banco, assim como a geral da Fenaban (que vale para bancos privados e públicos), em assembleia na quarta-feira 29, às 19h, na Quadra dos Bancários (Rua Tabatinguera, 192, Sé). O Comando Nacional dos Bancários e a Comissão Executiva dos Empregados (CEE/Caixa) orientam pela aprovação de ambas as propostas. Para participar da assembleia, os bancários de São Paulo, Osasco e região devem se cadastrar, apresentando documento de identificação com foto e holerite (ou crachá) do banco.

Manutenção do Saúde Caixa

As negociações garantiram a manutenção do Saúde Caixa e do modelo de custeio no qual os custos administrativo e fiscal ficarão sob encargo do banco. Além disso, 70% dos custos assistenciais também serão de responsabilidade da Caixa. 
Os empregados custearão o convênio através da mensalidade de 2% sobre a remuneração-base e 20% de coparticipação sobre o valor dos procedimentos médicos, limitado a R$ 2.400 ao ano. Com isso, os bancários arcarão com 30% do custeio do Saúde Caixa. Além disso, foi garantido que a implementação do teto de 6,5% da folha de pagamento e proventos só serão implementadas a partir do exercício de 2021. Os atuais dependentes indiretos com idade de 24 anos ou mais serão mantidos no Saúde Caixa até os 27 anos, com o custo de R$ 110 ao mês. Futuramente a limitação será de 24 anos. 
Foi retirada o ponto que condicionava a cobertura do Saúde Caixa aos filhos e enteados dependentes indiretos com renda inferior a R$ 1.800. 
O Saúde Caixa está garantido a todos os empregados admitidos ate 31 de agosto de 2018 e aos aposentados. Os empregados hoje na ativa também manterão o plano quando se aposentarem.
“Manifestamos nosso absoluto repúdio em relação à discriminação com os novos concursados e vamos construir a luta junto com os futuros trabalhadores, como já fizemos no passado, para inseri-los no Saúde Caixa”, afirma Dionisio Reis, coordenador da Comissão Executiva dos Empregados (CEE/Caixa).

PLR e PLR Social

Foi garantida a PLR Social para 2018 e 2019 (4% do lucro líquido apurado nos exercícios de 2018/2019, distribuído em valores iguais para todos os empregados).
Pagamento da PLR será feito pela regra Fenaban (90% da remuneração-base vigente em primeiro de setembro de 2018 acrescido do valor de R$ 2.355,76, limitado ao valor de R$ 12.637,50). Parcela adicional: 2,2% do lucro líquido apurado no exercício de 2018, distribuído em valores igualmente para todos os empregados elegíveis, limitado a R$ 4.711,52, de acordo com as regras estabelecidas em ACT. 
PLR parcela complementar: a Caixa garantirá até uma remuneração-base a todos os empregados, ainda que a soma da PLR Fenaban e PLR Social não atinja este limite, de acordo com as regras estabelecidas em ACT.
Antecipação de 50% do valor da PLR será paga em 20 de setembro. 

Manutenção da função das gestantes

A negociação atual conquistou a manutenção da titularidade da  função gratificada das gestantes e empregadas que usufruem de licença-maternidade. Ou seja, a Caixa não pode descomissioná-las. 

Proposta garante manutenção dos direitos

- Promoção por mérito 2019 e 2020, que representa aumento de 2,36% a cada delta, chegando até dois deltas, podendo alcançar aumento de 4,68% ao ano;
- APIP: 5 dias por ano para serem utilizadas por interesse pessoal dos empregados. Podem ser convertidas em dinheiro;
- Promoção por antiguidade: um delta a cada dois anos;
- Tesoureiro executivo: melhoria das condições de trabalho dos empregados que ocupam essa função;
- Fortalecimento da Gestão de Pessoas: Fórum Nacional de Condições de Trabalho, com o compromisso de debater, entre outros temas, o fim da GDP, combate ao assédio moral e adoecimento dos trabalhadores; fortalecimento da Gestão de Pessoas em âmbito regional: o compromisso de instalação de fóruns regionais de condições de trabalho em toda base Gipes e Repes;
- Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (Cipa)  com eleição de todos os representantes: representante da Cipa eleito em todos os locais de trabalho;
- Delegados sindicais eleitos em todos os locais de trabalho;
- Empréstimo emergencial para calamidade; Grupo de Trabalho para debater Saúde Caixa e saúde do trabalhador;
- Incentivo à elevação de escolarida de por meio da concessão de 1,6 mil bolsas a cada ano para graduação (500), pós-graduação (300) e idiomas (800); qualidade de vida dos empregados; compromisso de promoção de campanhas visando a qualidade de vida dos empregados.
Além de todas as demais cláusulas do Acordo Coletivo Atual.

Adicional noturno em jornada mista 

Está mantida a redação do acordo coletivo atual quanto ao adicional noturno, principalmente quanto à jornada mista, que compreende as que se iniciam entre 22h e 2h30 e se encerram após as 7h do dia seguinte. Hoje, as horas trabalhadas após as 7h, nesse tipo de jornada, são pagas acrescidas também de adicional noturno.

VA, VR e cesta-alimentação durante licença médica

Também estão mantidas as garantias do acordo coletivo atual, que prevê vale-alimentação, vale-refeição e cesta-alimentação aos empregados em licença médica. A Caixa queria limitar esses auxílios para o período máximo de 180 dias e, no caso de doenças graves, para o período máximo de dois anos.

Isenção de tarifas

As isenções de tarifas para empregados estão mantidas. Outro item que a Caixa queria alterar. 

Ausências permitidas

Nas negociações anteriores, a Caixa tentou limitar ausências permitidas garantidas pelo ACT atual. 
O banco voltou atrás e  manteve o direito de se ausentar do trabalho para participar de seminários, congressos ou outras atividades, desde que previamente autorizado pelo gestor, e que não implique custos para a empresa.   
Também manteve o direito dos empregados de se ausentarem por até 12 ou 16 horas por ano, conforme a jornada de 6 ou 8 horas, respectivamente, para levar cônjuge, companheiro, pai, mãe, filho, enteado menor de 18 anos ou dependente menor de 18 anos a  consultas e procedimentos médicos.
Entretanto, na proposta mais recente apresentada, a Caixa suprime a ausência permitida de até dois dias por ano para internação hospitalar por motivo de doença de cônjuge ou companheiro, filho, enteado, pai ou mãe.

Intervalo

A Caixa voltou atrás na tentativa de reduzir para 30 minutos o intervalo de quem faz jornada de 8 horas. E aumentou o intervalo de 15 para 30 mintos para quem faz jornada de 6 horas, sendo 15 intrajornada e 15 fora da jornada. O empregado de seis horas, quando executar hora extra, terá a possibilidade de utilizar intervalos de 30 minutos nos mesmos moldes (15 intrajornada e 15 fora da jornada).  Hoje o banco obriga cumprimento de uma hora de intervalo.

Mais direitos garantidos

Entre outras cláusulas mantidas estão: descanso adicional em agência barco, grupos de trabalho, incorporação ao REB ao novo plano da Funcef, promoção ano base 2018/2019, qualidade de vida dos empregados, tesoureiro executivo, trabalho da gestante, registro de jornada, 13ª cesta-alimentação. 
“A mobilização dos trabalhadores garantiu a manutenção dos direitos que o governo atual quer suprimir. Um governo que cortou 20 anos de investimentos na saúde e na educação, promoveu a reforma trabalhista que eliminou diversos direitos, e que pretende acabar com a aposentadoria. Conseguimos rechaçar a CGPAR mantendo o Saúde Caixa no acordo coletivo e o reconhecimento dos trabalhadores pelo papel social da Caixa por meio do pagamento da PLR Social e a manutenção dos direitos do acordo coletivo”, afirma Dionisio Reis.
fonte: http://spbancarios.com.br/08/2018/proposta-mantem-saude-caixa-e-plr-social

Bancos propõem reajuste de 5% com garantia de direitos

Após dez rodadas de negociação, categoria arranca aumento real de 1,18%, maior que média dos acordos do 1º semestre, e manutenção de todas as cláusulas da CCT. Em assembleias na quarta 29, bancários de bancos privados, da Caixa e do BB avaliam proposta; Comando Nacional orienta aprovação
  • Andréa Ponte Souza, Spbancarios
  • Publicado em 26/08/2018 02:41 / Atualizado em 28/08/2018 14:33
Foto: Jailton Garcia/Contraf-CUT
Num cenário de retirada de direitos, com a reforma trabalhista que precariza empregos e ataca a organização dos trabalhadores, os bancários mostraram mais uma vez sua força, garantindo uma proposta que mantém todas as conquistas históricas da categoria e ainda um reajuste de 5%, com aumento real de 1,18%, maior do que média dos acordos coletivos fechados no primeiro semestre (leia abaixo). Prevê, também, acordo com validade de dois anos, já garantida para 2019 a manutenção de todos os direitos, além da reposição total da inflação (INPC) mais 1% de aumento real para salários e demais verbas. Se aprovada a proposta, a primeira parcela da PLR será paga em 20 de setembro.
Se proposta for aprovada, PLR vem dia 20 de setembro

“Foram dez rodadas de negociação em que a Fenaban ou não apresentava nada ou apresentou propostas inaceitáveis, com alteração ou exclusão de cláusulas da CCT. Mas a categoria bancária mais uma vez mostrou sua força, tanto na mesa com os bancos quanto nas mobilizações que promovemos, com paralisações de agências e centros administrativos em todo o país. E conseguimos arrancar uma proposta que, além de manter nossas conquistas históricas, avança com novas, e prevê aumento real maior do que o de 0,5% proposto por eles anteriormente”, avalia a presidenta do Sindicato e uma das coordenadoras do Comando Nacional dos Bancários, Ivone Silva.
Valeu a pressão: bancos recuam e devolvem PLR às bancárias em licença-maternidade
PLR dos afastados também está garantida; negociação continua nesta sexta

Os bancários de todo o país avaliarão a proposta em assembleias na quarta-feira 29. A assembleia dos trabalhadores de bancos privados da base do Sindicato será no Clube Homs (Av. Paulista, 735); a dos empregados da Caixa será na Quadra dos Bancários (Rua Tabatinguera, 192, Sé); e a dos funcionários do Banco do Brasil será na Casa de Portugal (Av. da Liberdade, 602, Liberdade), todas às 19h. O Comando orienta pela aprovação da proposta Fenaban, assim como pela aprovação das específicas do Banco do Brasil e da Caixa.


“Diante do golpe que tem promovido enormes retrocessos no país, com aumento do desemprego, aprofundamento da crise e perda do poder de compra da população e com medidas como a reforma trabalhista, elaborada para retirar direitos e enfraquecer o poder de organização da classe trabalhadora. E diante de um cenário eleitoral de incertezas. Ter uma proposta que resguarda nossos direitos, que manteve a mesa única de negociação (com bancos privados e públicos) e os acordos por bancos e que garante aumento real, é uma vitória contra esses ataques todos que estamos sofrendo", reforça Ivone. "Mais uma vez a luta da categoria bancária vai servir de modelo para as demais categoria que forem negociar daqui para a frente, fortalecendo toda a classe trabalhadora”, acrescenta. A proposta prevê ainda taxa negocial de 1,5%.

A dirigente lembra ainda que a reforma trabalhista acabou com a ultratividade, princípio que previa a validade de um acordo até a assinatura de um novo. “Com o fim da ultratividade, nossa CCT perde a validade em 31 de agosto. Por isso antecipamos nossa campanha este ano e é fundamental fechar um acordo no tempo hábil, antes da data base da categoria (1º de setembro).”

Ela destaca que a Campanha dos Bancários 2018 também garantiu os direitos dos trabalhadores dos bancos públicos, que estão sendo desmontados pelo governo Temer. “Nossa luta também foi vitoriosa porque manteve os direitos especificos previstos nos acordos do Banco do Brasil e da Caixa.”

A proposta garante ainda todos os direitos para os empregados hipersuficiente (bancários com salários a partir de R$ 11.291,60). O empregado hipersuficiente foi criado pela nova lei trabalhista: eles poderiam estabelecer suas condições de trabalho diretamente com o empregador, e não estariam resguardados pelo acordo coletivo da categoria. “Conseguimos manter a validade da CCT para esses bancários”, reforça Ivone. 
Aumento real acima da média dos acordos no semestre
Levantamento feito pelo Dieese, que levou em conta 2.896 acordos entre janeiro e junho, mostra que 78% deles tiveram aumento real, e a média foi de 0,94%. A força da categoria, na mesa de negociação com os bancos e nas mobilizações em todo o país, garantiram reajuste de 5% com aumento real de 1,18%.
fonte: http://spbancarios.com.br/08/2018/fenaban-proposta-reajuste-com-garantia-direitos