sexta-feira, 27 de novembro de 2015

Contraf-CUT e sindicatos cobram Itaú sobre demissões

Mudança do cálculo do Agir, que agora não terá mais impacto dos dias de greve também foi definida


Caetano Ribas
Forte mobilização contra demissões deve acontecer em todo o país - Caetano Ribas
Forte mobilização contra demissões deve acontecer em todo o país
A Contraf-CUT, federações e sindicatos, estiveram reunidos nesta quinta-feira (26) , em São Paulo,  com a direção do Itaú,  para discutir demissões e Agir, entre outros temas. Pelo banco, participaram Romualdo Garbos (RH), Marcelo Orticelli (Relações Sindicais), Carlos Sobrinho (Relações de Trabalho) e Marcos Aurelío (Relações Sindicais).
Os representantes dos bancários questionaram o Itaú sobre a existência de uma onda de demissões e fechamento de agências em todo o país, depois da campanha salarial. O banco afirmou que não há variação no número de demitidos em comparação ao ano passado e que não haverá demissão em massa. Os bancários pediram informações mais detalhadas e o banco ficou de apresentar na próxima reunião, que deve acontecer entre 15 e 17 de dezembro, mesmo período em que a COE-Comissão de Organização dos Empregados estará reunida em São Paulo.
Foi apresentada também a proposta de construção de uma agenda para reunião de três em três meses para acompanhar o nível de emprego dentro do Itaú, que foi aceita pelo bamco.
“Temos recebido muitas denúncias sobre demissões e se este processo continuar faremos uma campanha nacional de mobilização contra o Itaú”, afirma Jair Alves, coordenador da COE.
A Contraf-CUT também cobrou informações sobre o fechamento do prédio da São Cristovão, que tem em média 400 trabalhadores, anunciada ontem (25) ao Sindicato do Rio de Janeiro. O banco disse que vai realocar os funcionários da área comercial: “Reiteramos nossa preocupação com a garantia do emprego para o pessoal que trabalha no prédio” afirmou Jô Araujo, da COE.
Sobre o Agir, o banco disse que vai atender a uma antiga reivindicação sobre um ajuste do impacto dos dias da greve no cálculo da gratificação. A partir de agora, o banco vai usar a os últimos três meses como referência (julho, agosto e setembro), prevalecendo o que for mais vantajoso.  Os bancários reiteraram ainda, a reivindicação da revisão do impacto das férias no cálculo e o banco disse que vai avaliar.
“Depois de muita luta e muita insistência finalmente conseguimos que o banco entendesse que a greve é um direito do trabalhador, que não pode ser prejudicado na sua remuneração em virtude disso”, afirmou Mauri Sergio Martins de Souza, secretário de Assuntos Jurídicos da Contraf-CUT.
Outra informação importante durante a reunião foi a de que assistentes comerciais passarão a ser contratados como assistentes, com jornada de 6h, sendo que os que já trabalham continuarão na mesma função e jornada: “O número de assistentes comerciais é bastante representativo e o banco passa agora a respeitar a jornada dos bancários que é de seis horas”, destaca Jair.
 Fonte: Contraf-CUT

quinta-feira, 26 de novembro de 2015


EDITAL DE CONVOCAÇÃO
ASSEMBLEIA GERAL ORDINÁRIA


O SINDICATO DOS EMPREGADOS EM ESTABELECIMENTOS BANCÁRIOS DE VOTUPORANGA, através de seu presidente abaixo assinado, convoca todos os Diretores Executivos, Diretores do Conselho Fiscal e Associados, quites com suas obrigações estatutárias, para Assembleia Geral Ordinária, a ser realizada em 30 de novembro/2015, às 17h00min, em primeira convocação ou às 17h30min, em segunda convocação com qualquer numero de presentes, na sede da entidade sito à Rua Tibagi nº 3447, bairro Patrimônio Novo, em Votuporanga SP, para deliberações conforme a seguir:
1  -  Discussão, deliberação e aprovação da Proposta Orçamentária para 2016;
2  - Parecer do Conselho Fiscal – Cap.X; Art. 51; Item D; Parag. Único do Estatuto Social.



Votuporanga SP, 26/Novembro/2015


HARLEY APARECIDO VIZONÁ-Presidente

quarta-feira, 25 de novembro de 2015

Desemprego alcança 8,9% no terceiro trimestre, diz IBGE


O desemprego no país alcançou 8,9% no terceiro trimestre (julho, agosto e setembro) de 2015, informou hoje (24) o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). É a maior taxa da série iniciada em 2012. No trimestre anterior (abril, maio e junho), o indicador estava em 8,3%.
Os dados divulgados, que fazem parte da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio Contínua Trimestral (Pnad Contínua), indicam que a população desocupada no Brasil chegou a 9 milhões de pessoas.
A população ocupada, no terceiro trimestre, corresponde a 92,1 milhões de pessoas. A pesquisa indica, ainda, que cerca de 35,4 milhões de pessoas tinham, no terceiro trimestre, carteira de trabalho assinada no setor privado.
No terceiro trimestre do ano passado a taxa de desocupação foi 6,8%. A Bahia foi o estado que teve a maior taxa de desocupação (12,8%) e Santa Catarina a menor (4,4%). Entre os 27 municípios das capitais, Salvador registrou a maior taxa de desemprego (16,1%) e o Rio de Janeiro a menor (5,1%). 

Fonte: Agência Brasil - Nielmar de Oliveira

Bancos fecham 6.319 postos de trabalho entre janeiro e outubro de 2015

Pesquisa mostra que a rotatividade também é alta, trabalhadores que entraram nos bancos receberam valor médio 56,1% menor que a remuneração dos dispensados



Nos primeiros dez meses deste ano os bancos que operam no Brasil fecharam 6.319 postos de trabalho, de acordo com a Pesquisa de Emprego Bancário (PEB), divulgada nesta terça-feira (24) pela Contraf-CUT. O estudo é feito mensalmente, em parceria com o Dieese, e usa como base os números do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE).
Os bancos múltiplos, com carteira comercial, categoria que engloba grandes instituições, como Itaú, Bradesco, Santander, HSBC e Banco do Brasil, foram os principais responsáveis pelo saldo negativo. Eles eliminaram 3.980 empregos. O número também foi impactado pelos planos de aposentadoria incentivada promovidos pela Caixa e BB. Somente na Caixa foram fechados 2.356 postos.
"Acabamos de fechar com os bancos uma dura negociação e um dos pontos que mais insistimos foi a necessidade de convencionar salvaguardas para proteger empregos. Claro que os bancos não aceitaram isso.  Através da rotatividade continuam retirando do salário médio os impactos do aumento real. Isto significa que os bancos seguem demitindo altos salários e contratando bancários com salários mais baixos. Para piorar, estão demitindo mais do que contratando. Mostram o seu baixo compromisso com a realidade brasileira pois o setor que mais lucrou tinha, na verdade, que contratar mais.", afirma Roberto von der Osten, presidente da Contraf-CUT.
Reduções por estados 
No total, 23 estados registraram saldos negativos de emprego. As reduções mais expressivas ocorreram no Rio de Janeiro (-1126), São Paulo (-1088), Rio Grande do Sul (649) e Distrito Federal (-646). Já o Pará, foi o estado com maior saldo positivo, com geração de 132 novos postos de trabalho, seguido pelo Mato Grosso (74).
Rotatividade e salário 
De acordo com o levantamento da Contraf-CUT/Dieese, além do corte de vagas, a rotatividade continuou alta. Os bancos contrataram 27.503 funcionários e desligaram 33.822 nos primeiros dez meses. A pesquisa também revela que o salário médio dos admitidos pelos bancos foi de R$ 3.507,23, contra R$ 6.246,41 dos desligados. Assim, os trabalhadores que entraram nos bancos receberam valor médio 56,1% menor que a remuneração dos dispensados.
Desigualdade entre homens e mulheres 
A pesquisa mostra também que as mulheres, mesmo representando metade da categoria e tendo maior escolaridade, continuam discriminadas pelos bancos na remuneração. A média dos salários dos homens admitidos pelos bancos foi de R$ 3.855,43 entre janeiro e outubro. Já a remuneração das mulheres ficou em R$ 3.121,93, valor cerca de 23,5% inferior à remuneração de contratação dos homens.
A diferença de remuneração entre homens e mulheres é maior na demissão. As mulheres que tiveram o vínculo de emprego rompido nos bancos entre janeiro e outubro deste ano recebiam R$ 5.376,29, que representou 76,5% da remuneração média dos homens desligados dos bancos, de R$ 7.029,89.
Veja aqui a íntegra da pesquisa
Fonte: Contraf-CUT e Dieese

segunda-feira, 23 de novembro de 2015

Caixa acumula lucro de R$ 6,7 bilhões de janeiro a setembro de 2015 e ignora novas contratações

23/11/2015
Na contramão dos resultados positivos, a Caixa Econômica Federal, que obteve nos três primeiros trimestres de 2015 lucro superior ao mesmo período do ano passado, ignora novas contratações e reduz mais de dois mil portos de trabalho em relação a setembro de 2014. Segundo dados do Dieese, entre janeiro e setembro de 2015, a Caixa acumulou lucro líquido de R$ 6,5 bilhões, crescimento de 23,3% em 12 meses. O lucro no trimestre foi de R$ 3,0 bilhões, 60,0% superior em relação ao mesmo trimestre do ano anterior e 57,0% sobre o segundo trimestre de 2015. O retorno sobre o patrimônio líquido médio anualizado ficou em 13,2%, ante 17,79% no mesmo período do ano anterior.
A Carteira de Crédito Ampliada cresceu 15,5% em doze meses, atingindo um montante de R$ 666,1 bilhões. A carteira comercial pessoa física cresceu 13,1% em relação a setembro de 2014, chegando a R$ 103,7 bilhões, com destaque para o crédito consignado, cujo saldo chegou a R$ 58,3 bilhões, com evolução de 13,1% em 12 meses. Em setembro de 2015 as operações com pessoa jurídica chegaram a R$ 94 bilhões, uma leve queda de 1,3% em relação a setembro de 2014. O crédito voltado para a habitação (com participação de 67,5% do mercado) cresceu 17,2% e totalizou R$ 375,7 bilhões.
O Índice de Inadimplência (atrasos superiores a 90 dias) apresentou alta de 0,53 p.p. em relação a setembro de 2014, ficando em 3,26%. As despesas com provisões para créditos de liquidação duvidosa (PCLD) cresceram 61,8%, chegando a R$ 15,7 bilhões.
As receitas com prestação de serviços e tarifas bancárias cresceram 12,3% e totalizaram em R$ 15,1 bilhões, enquanto as despesas de pessoal cresceram em 11,3%, com total de R$ 14,3 bilhões. Assim, a relação entre receita de prestação de serviços e tarifas e das despesas de pessoal manteve-se no período em torno de 105%.
Postos de Trabalho - Quanto ao emprego, a redução de 2.416 postos de trabalho em relação a setembro de 2014 deixa claro o forte impacto do Programa de Apoio à Aposentadoria (PAA) sobre o quadro funcional do banco. No mesmo período, a Caixa abriu 39 novas agências.
Mais empregos - Nesta quarta-feira (25), vence o prazo estabelecido pelo Ministério Público do Trabalho para a Caixa Econômica Federal apresentar cronograma de contratação dos aprovados no concurso público realizado em 2014 ou estudo em que dimensione as admissões a serem feitas até dezembro deste ano, como prevê a cláusula 50 do ACT 2014/2015, ou até junho de 2016, quando termina a validade do certame.
        
Fonte: Contraf-CUT e Dieese

Itaú aumenta lucro, demite e prevê mais desemprego em 2016


Seeb Feira de Santana
Dirigentes de Feira de Santana dialogam com bancários e clientes - Seeb Feira de Santana
Dirigentes de Feira de Santana dialogam com bancários e clientes
O banco Itaú teve um lucro líquido de 5,9 bilhões de reais de julho a setembro de 2015, um crescimento de 10% ante os mesmos meses de 2014. E na contramão dos lucros exorbitantes continua demitido, explorando os poucos funcionários e ameaçando diariamente seu quadro para o cumprimento de metas cada vez mais inatingíveis.
O conturbado atendimento dispensado aos clientes em Feira de Santana tende a piorar, pois, mesmo com a visível falta de funcionários para dar conta da demanda, o banco acaba de demitir mais dois funcionários.
O mercado de trabalho deve ficar ainda mais concorrido no ano que vem, com o aumento de demissões, segundo o Itaú. A previsão do banco é de que a taxa média de desemprego fique em 9,5% em 2016, contra 7% em 2015.
“É um absurdo!!! Nos últimos 3 meses, o banco que se diz: 'Feito pra você' teve um lucro líquido de 5,9 bilhões de reais. Mesmo assim, é um dos que mais promove redução de postos de trabalho e aumenta o percentual de desemprego no país. Piorando, ainda mais o atendimento e sobrecarregando os bancários que ali laboram”, desabafa Marcos Campelo, diretor do Sindicato e funcionário do Itaú.
Fonte: Seeb Feira de Santana

sexta-feira, 20 de novembro de 2015

Caixa tem lucro líquido de R$ 3 bilhões no 3º trimestre, alta de 60% em um ano

A Caixa Econômica Federal teve lucro líquido de R$ 3 bilhões no terceiro trimestre deste ano, cifra 60% maior que a vista no mesmo intervalo de 2014. Ante o trimestre anterior, foi visto aumento de 57%. De janeiro a setembro, o lucro da Caixa somou R$ 6,5 bilhões, elevação de 23,3% na comparação com o mesmo intervalo do exercício anterior.
A carteira de crédito ampliada da Caixa encerrou setembro com saldo de R$ 666,1 bilhões, aumento de 15,5% em 12 meses e de 2,8% no trimestre. Sua participação de mercado ficou em 20,9% no período ante 20,7% em junho. Crédito habitacional seguiu como destaque, com avanço de 17,2% no ano, para R$ 375,7 bilhões, e 2,5% no trimestre. Líder neste segmento, a Caixa encerrou setembro com fatia de e 67,5% do mercado.
As operações comerciais com pessoas físicas e pessoas jurídicas totalizaram R$ 197,8 bilhões no terceiro trimestre, alta de 5,7% em 12 meses e de 0,9% no trimestre. Já as operações de saneamento e infraestrutura somaram R$ 68,4 bilhões, alta de 33,3% e 8,1%, nesta ordem.
Ao final de setembro, a Caixa era responsável pela gestão de quase R$ 2 trilhões em ativos, aumento de 12,9% em 12 meses. Tal crescimento, conforme o banco, foi impulsionado, principalmente, pelos ativos próprios, que chegaram a R$ 1,2 trilhão, avanço de 13,5% em um ano.
"Em nove meses, a Caixa injetou R$ 546,4 bilhões na economia brasileira por meio de contratações de crédito, distribuição de benefícios sociais, investimentos em infraestrutura própria, remuneração de pessoal, destinação social das loterias, dentre outros", destaca a instituição, em nota à imprensa.
Seu retorno sobre o patrimônio líquido médio (ROE) foi de 13,2% no terceiro trimestre frente a 12,49% nos três meses imediatamente anteriores.
A base de clientes do banco público alcançou 82,4 milhões de correntistas e poupadores em setembro de 2015, alta de 6,8% em 12 meses. A carteira de pessoas físicas somou 80,2 milhões, e a de pessoas jurídicas, 2,3 milhões, aumentos de 6,8% e 7%, nesta ordem,em comparação ao mesmo período de 2014.

Fonte: Estadão e Terra

sexta-feira, 13 de novembro de 2015

Pagamento da PLR e Imposto de Renda dos Bancos Privados/ PCR e Bolsas de Estudo ITAÚ/UNIBANCO


ANTECIPAÇÃO DA PLR 
Os bancos privados pagaram a antecipação da PLR conforme regra básica. 54% do salário padrão, mais fixo de R$ 1.213,07, limitado a R$ 6.507,55 e ao teto de 12,8% do lucro líquido do banco (o que ocorrer primeiro), apurado no primeiro semestre deste ano, somado à regra adicional: 2,2% do lucro líquido do primeiro semestre, dividido igualmente entre os bancários, com teto de R$ 2.021,79.

PCR DO ITAÚ/UNIBANCO 
Programa Complementar de Resultado do Itaú/Unibanco pagará a todos os funcionários do bancos o valor de R$ 2.285,00. Se o resultado do retorno sobre o patrimônio líquido ROE do Itaú/Unibanco, no final de 2015, for maior que 23%, o PCR será maior, no valor de R$ 2.395,00. O pagamento da diferença será de R$ 110,00. Isto será creditado em março de 2016.
O novo valor da PCR de 2016 terá o índice de reajuste salarial dos bancários.
Os funcionários do Itaú/Unibanco receberão o valor do PCR mais a PLR (a antecipação é parte da PLR que será paga juntamente com o valor da PCR). Já os programas próprios como o Agir serão descontados da PLR.

IMPOSTO DE RENDA SOBRE A PLR
O Imposto de Renda sobre a PLR, dependendo do valor, será isento ou terá descontos menores. Essa medida é aplicada desde 2013. A correção da tabela do Imposto de Renda dos bancários, que receberão R$ 6.677,55 de PLR, estarão isentos do Imposto de Renda.
A base de cálculo para a cobrança do Imposto de Renda refere-se ao ano em exercício, 2015. Então, para o cálculo da isenção ou valor de imposto a pagar, cada um deverá somar o que será pago agora com o que foi pago no início do ano, com a segunda parcela da PLR do ano passado.

BOLSA DE ESTUDOS DO ITAÚ/UNIBANCO
O banco concedeu 5.000 Bolsas de Estudos no valor de R$ 365,00 cada, em 2016. Em 2017, o valor das bolsas será de R$ 390,00. Essas Bolsas de Estudos poderão ser utilizadas para primeira graduação, para pós-graduação ou segunda graduação.
Atenção: A antecipação da PLR do Citibank e a gratificação do HSBC serão pagos nesta sexta-feira (13/11).
 
Fonte: CONTEC
plr

quinta-feira, 12 de novembro de 2015

Lucro líquido ajustado do BB soma R$ 2,881 bi no 3º trimestre, -0,1% em um ano


O Banco do Brasil encerra nesta quinta-feira, 12, a temporada de balanços dos grandes bancos de capital aberto do País no terceiro trimestre ao anunciar lucro líquido ajustado de R$ 2,881 bilhões, com leve recuo de 0,1% em um ano, de R$ 2,885 bilhões. Na comparação com o trimestre anterior, de R$ 3,040 bilhões, a redução foi maior, de 5,2%.
O lucro líquido, considerando eventos extraordinários, totalizou R$ 3,062 bilhões de julho a setembro, com aumento de 10,1% ante o mesmo intervalo do ano passado, de R$ 2,780 bilhões. Ante os três meses anteriores, quando foi de R$ 3,008 bilhões, subiu 1,8%.
No terceiro trimestre, o BB apurou ganho contábil de R$ 3,405 pela majoração da contribuição social sobre o lucro líquido (CSLL) que passou de 15% para 20%. Tal montante foi, porém, parcialmente compensado por uma provisão para devedores duvidosos adicional no valor de R$ 2,370 bilhões, provisão extraordinária com demandas contingentes de R$ 1,794 bilhão e outros. Do lado positivo, o BB apurou ainda R$ 2,325 bilhões efeitos fiscais e participação nos lucros e resultados sobre itens extraordinários.
A carteira de crédito ampliada do BB, que considera títulos privados e garantias, encerrou setembro em R$ 804,633 bilhões, alta de 3,6% contra junho, de R$ 776,799 bilhões.
O BB fechou setembro com R$ 1,575 trilhão em ativos totais, aumento de 10,0% em um ano, de R$ 1,432 trilhão. Ante junho, quando a cifra estava em R$ 1,534 trilhão, o crescimento foi de 2,7%.
O patrimônio líquido do BB foi a R$ 83,814 bilhões no terceiro trimestre, aumento de 3,2% em um ano e de 1,4% em relação aos três meses imediatamente anteriores. O retorno sobre o patrimônio líquido médio ajustado, chamado pelo BB de RSPL, ficou em 13,3% contra 16,1% e 14,2%, respectivamente. Considerando eventos extraordinários, o indicador foi de 14,8% ao final de setembro ante 15,5% em um ano e 14,1% no segundo trimestre.
De janeiro a setembro, o Banco do Brasil registrou lucro líquido de R$ 11,888 bilhões, acréscimo de 43,5% em um ano. O desempenho, conforme o banco, teve reflexo da receita da operação Cateno, que gerou impacto de R$ 3,212 bilhões no período. Sem itens extraordinários, o lucro do BB foi de R$ 8,947 bilhões até setembro, aumento de 7,5% em um ano. O retorno ficou em 13,7% ao ano.
Projeções
O lucro líquido ajustado do BB de R$ 2,881 bilhões ficou em linha com a projeção de analistas. A expectativa média de nove casas consultadas pelo Broadcast (Deutsche, Goldman, BTG, BofA, Citi, Safra, UBS, Santander e outra que preferiu não ser identificada) previa resultado de R$ 3,000 bilhões.
O serviço de notícias em tempo real da Agência Estado considera que o resultado veio em linha quando a variação para cima ou para baixo é de até 5%.

Fonte: Isto é Dinheiro e Terra

segunda-feira, 9 de novembro de 2015

Nova regra de aposentadoria terá efeito só no curto prazo, dizem especialistas


Apesar de fórmula que exige soma de idade e tempo de contribuição de 85 para mulheres e 95 para homens incentivar trabalhador a esperar mais para requerer benefício, medida é considerada branda para resolver déficit previdenciário no longo prazo (João Villaverde)
Desde ontem os brasileiros têm uma nova regra para ter direito a aposentadoria integral, batizada de fórmula 85/95, que leva em conta a soma do tempo de contribuição ao INSS e a idade. Essa fórmula vai aumentar ao longo dos próximos anos. Quem não atingir a soma exigida na nova lei, sancionada pela presidente Dilma Rousseff, terá a aposentadoria calculada com base no chamado Fator Previdenciário, uma fórmula complexa que vigora desde 1999 e reduz o valor do benefício para as mulheres que não têm 60 anos e para homens com menos de 65 anos.
A mudança nas regras tem o objetivo de melhorar, segundo o governo, as contas da Previdência. O salto de 40% no rombo da Previdência em 2016, que chegará a R$ 124,9 bilhões, segundo o governo, seria maior caso a nova lei não entrasse em vigor.
Segundo o especialista em assuntos previdenciários Leonardo Rolim, consultor legislativo da Câmara, a nova regra terá efeito positivo no curto prazo, por fazer homens e mulheres aguardarem alguns anos a mais para atingir os novos requisitos e, assim, escapar do fator previdenciário e ter direito ao benefício integral. “Mas, no longo prazo, essa nova lei é muito ruim para as contas públicas.”
Segundo Rolim, o governo deveria ter fixado o 85/95 como regra de acesso, e não de cálculo, e progressivamente igualar a soma para homens e mulheres até 105 pontos em 2050, o que reduziria o déficit da Previdência fortemente, em 1,5% do Produto Interno Bruto (PIB) por ano.
A regra 85/95 valerá até 30 de dezembro de 2018. Ou seja, a soma da idade com o tempo de contribuição tem que ter como resultado 85 para mulheres e 95, para homens. A lei fixa a progressividade da pontuação 85/95, subindo em um ponto a cada dois anos, a partir de 31 de dezembro de 2018, atingindo o máximo de 90/100 em 31 de dezembro de 2026.
Segundo números da Previdência Social obtidos pelo Estado, o adiamento do requerimento da aposentadoria pode economizar R$ 14,7 bilhões ao governo entre o fim de 2015 e o fim de 2018, e outros R$ 13,3 bilhões de 2019 a 2022. O ministro do Trabalho e da Previdência Social, Miguel Rossetto, reconheceu que “a médio e longo prazo é possível aumento de despesa”, mas que a progressividade até 90/100 “reduz o impacto e preserva a sustentabilidade da Previdência”. Em nota, Rossetto disse que nova lei é uma conquista dos trabalhadores.
Para o economista Marcelo Abi-Ramia Caetano, do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), a nova fórmula acaba incentivando as pessoas a se aposentarem mais tarde. “Para as mulheres, especialmente, o incentivo é gigantesco. Quem esperar alguns anos para chegar até a fórmula poderá ganhar a aposentadoria cheia, sem fator previdenciário”, disse.
Segundo Caetano, a nova regra de aposentadoria pode elevar a idade média de aposentadoria no Brasil. Hoje, mulheres se aposentam aos 52 anos, em média, e homens, aos 54. A partir de 2027, quando a fórmula atingir o teto de 90/100 pontos, mulheres podem se aposentar aos 56 anos, em média, e homens, aos 60.
Os especialistas, Caetano e Rolim, defendem a instituição de uma idade mínima para a aposentadoria no Brasil e a equiparação dessa idade para homens e mulheres. Esse é o sistema que tem sido adotado no mundo desenvolvido. Essa é a posição da equipe econômica do governo, que vai propor esse debate no fórum federal com a participação de centrais sindicais e empresários. “O Brasil tem essa mania de resolver um problema criando outro. Não é deixando a diferença entre mulheres e homens em dez anos para aposentadoria que se resolverá a desigualdade cruel do mercado de trabalho. Essa diferenciação apenas quebra ainda mais a Previdência”, diz Rolim.
‘Desaposentação’
Ao sancionar a lei da aposentadoria, Dilma vetou o artigo inserido pelo Congresso que permitia a “desaposentação” – o mecanismo que permite aos cidadãos que já se aposentaram, mas continuaram no mercado de trabalho, pedirem que esse tempo extra seja somado ao cálculo da aposentadoria.
Segundo dados da Previdência Social, o impacto imediato da desaposentação nas contas públicas seria de R$ 7,6 bilhões entre novembro deste ano e outubro de 2016 e de R$ 181,9 bilhões em 20 anos, considerando os 300 mil aposentados que estão na ativa hoje.
O veto presidencial, no entanto, ainda será analisado pelos parlamentares e pode ser derrubado. O partido que pressionou para incluir a desaposentação na lei, o PPS, já se pronunciou ontem favorável à derrubada do veto. Mas o governo avalia que, dado o impacto nas contas públicas e o fato de que a discussão está sendo feita também no Supremo Tribunal Federal (STF), os parlamentares devem manter o veto de Dilma.
Fonte: Estadão

sexta-feira, 6 de novembro de 2015

Centrais se unem para discutir como recuperar e fortalecer empregos

06/11/2015
Centrais querem retomada dos investimentos na construção, indústria naval e petróleo
Centrais querem retomada dos investimentos na construção, indústria naval e petróleo
Na próxima segunda-feira (9), representantes de centrais sindicais vão se reunir, juntamente com o Dieese, para debater propostas e alternativas de combate à crise, com o intuito de destravar investimentos e garantir a geração de emprego, sobretudo nos setores de petróleo e gás, indústria naval e da construção civil.
O coordenador de relações sindicais do Dieese, José Silvestre, em entrevista à Rádio Brasil Atual nesta sexta (6), elogia a iniciativa da reunião e espera que a elaboração de propostas alternativas também sirvam para abrir o diálogo com o governo e representantes desses setores, na busca de soluções para o enfrentamento da crise.
Silvestre demonstra especial preocupação com a Petrobras que, segundo ele, desde o início da Operação Lava Jato, que investiga casos de corrupção na estatal, vem sofrendo com o travamento de crédito e a suspensão de negócios, que impactam diretamente na perda de postos de trabalho na cadeia produtiva do petróleo e gás.
Ele lembra que o funcionamento da Petrobras, maior empresa do país é vital para o desenvolvimento da economia brasileira, e diz que o desafio é separar a apuração dos maus feitos dos demais negócios da empresa.
"A Petrobras representa muito, em torno de 12% do PIB, tem um volume de investimentos que é significativo. Portanto, me parece uma decisão extremamente acertada, das centrais, em se reunir para procurar alternativas", diz Silvestre
Fonte: RBA

quarta-feira, 4 de novembro de 2015

Bradesco pagará antecipação da PLR no próximo dia 10

04/11/2015
Na próxima terça-feira (10), o Bradesco pagará a antecipação da primeira parcela da Participação nos Lucros de Resultados (PLR) para os seus funcionários. A segunda parcela deverá ser paga até 1º de março de 2016.
O valor da antecipação da regra básica da PLR equivale a 54% do salário mais fixo de R$ 1.213,07, limitado a R$ 6.507,55 e ao teto de 12,8% do lucro líquido do banco (o que ocorrer primeiro) apurado no primeiro semestre deste ano. Será paga também na próxima quinta-feira (12) a antecipação do valor adicional à PLR, que corresponde a 2,2% do lucro líquido do primeiro semestre, dividido igualmente entre os trabalhadores, com teto de R$ 2.021,79.
“Este é o fruto da forte Campanha Nacional dos bancários de todo o País. Vale ressaltar que é de extrema importância que os bancos antecipem o quanto antes o pagamento dos acordos a partir da data de sua assinatura para atender a expectativa dos bancários”, destacou Roberto von der Osten, presidente da Contraf-CUT.
A regra básica da PLR nos bancos privados corresponde a 90% do salário reajustado em 10% mais R$ 2.021,79, limitado a R$ 10.845,92. Se o montante distribuído entre os bancários for inferior a 5% do lucro líquido do banco em 2015, o valor será aumentado até atingir os 5% ou 2,2 salários do empregado (o que ocorrer primeiro), com teto de R$ 23.861,00. A parcela adicional corresponde a 2,2% do lucro líquido dividido entre os funcionários, até o limite individual de R$ 4.043,58.
Fonte: Contraf-CUT

Caixa assina a acordo coletivo e PLR será depositada nesta sexta-feira

Durante a assinatura, a Caixa anunciou que pagará até 20 de novembro as diferenças relativas a salários e aos vales refeição e alimentação


Jaílton Garcia - Contraf-CUT
A Contraf-CUTassinou nesta terça-feira (3) o acordo coletivo da Caixa, aditivo à CCT - Jaílton Garcia - Contraf-CUT
A Contraf-CUTassinou nesta terça-feira (3) o acordo coletivo da Caixa, aditivo à CCT
A Contraf-CUT, federações e sindicatos assinaram nesta terça-feira (3), em São Paulo, o acordo coletivo da Caixa Econômica Federal, aditivo à convenção Coletiva de Trabalho (CCT). O documento inclui a aplicação do reajuste de 10% em todos os níveis das tabelas salariais, para a PLR e para o piso, reajuste de 14% para os vales refeição e alimentação, PLR adicional de 4% do lucro, distribuída igualmente. Durante a assinatura, a Caixa anunciou que até a sexta-feira (6) pagará os 60% do total da Participação nos Lucros e Resultados a quem têm direito e, até 20 de novembro, diferenças relativas a salários e vales refeição e alimentação.
Destacam-se no acordo também o atendimento às reivindicações pontuais dos empregados nas mesas de negociações com o banco durante toda a Campanha Nacional, como a suspensão da terceira onda do programa de Gestão de Desempenho de Pessoas (GDP), fim dos 15 minutos de pausa para mulheres antecedendo a jornada extraordinária (em localidades onde não existem ações judiciais), retorno do adiantamento odontológico (a partir de janeiro de 2016), devolução dos dias descontados em mobilizações em defesa da Caixa 100% Pública e contra a terceirização, e promoção por mérito para 2017, no plano de carreira.
Durante a assinatura, o presidente da Contraf-CUT, Roberto von der Osten exaltou o processo ético e democrático de negociação. "Apesar de dura a negociação foi respeitosa durante todo o tempo. Espero que todos tenhamos aprendido com este ano. Mais a caixa, a nos enfrentar menos e nos respeitar mais” afirmou.
Para Genésio Cardoso, coordenador em exercício da CEE/Caixa, a luta dos empregados vai continuar depois da assinatura do acordo: “A Caixa nos deve contratação de mais 2 mil trabalhadores, do acordo do ano passado. A Caixa disse que cumpriu ao contratar este número, mas em contrapartida demitiu 4 mil trabalhadores. Está nos devendo também a substituição do efeito cascata, quando sai um gerente ou um gestor em férias ou licença, pois recentemente a Caixa cortou substituições e alguém tem que fazer este trabalho sem estar recebendo por isso. A Caixa nos deve também a suspenção da GDP-Gestão de Pessoas, para todos os níveis, porque os gerentes continuam enquadrados na GDP sem um debate com a categoria” afirmou.
Fabiana Uehara Proscholdt, secretária da Juventude da Contraf-CUT lembra que todos os benefícios que preenchem nossa ACT são fruto da luta histórica dos empregados da Caixa. “Com o fim do processo negocial deste ano, temos de ter a consciência de que a mobilização não pode ocorrer só durante a Campanha Nacional, já que o enfretamento aos problemas ocorre durante todo o ano. Temos de reforçar a luta contra o assédio moral, por melhores condições de trabalho e mais contratações”. Fabiana lembrou ainda a greve história da Caixa, que aconteceu há 30 anos, na qual os trabalhadores conquistaram a jornada de 6 horas e o direito a sindicalização.
Confira as principais conquistas específicas na Caixa:
Reajuste Salarial – A Caixa aplicará reajuste de 10% nos salários e pisos, mesmo percentual definido na mesa da Fenaban. Assim como, os 14% de reajuste nos vales refeição, alimentação e 13ª cesta.
Participação nos Lucros e Resultados (PLR)
PLR Regra Fenaban
I - Regra Básica
90% da remuneração base ajustada em setembro de 2015, acrescido do valor fixo de R$ 2.021,79, limitado a R$ 10.845,92, de acordo com as regras estabelecidas em Acordo Coletivo de Trabalho (ACT).
II – Parcela Adicional
2,2% do lucro líquido apurado no exercício de 2015, distribuído igualmente para todos os empregados elegíveis, de acordo com as regras estabelecidas em ACT.
PLR adicional da Caixa
4% do lucro líquido no exercício de 2015, distribuído igualmente para todos os empregados elegíveis, de acordo com as regras estabelecidas em ACT.
PLR Parcela Complementar
A Caixa garantirá no mínimo uma remuneração base a todos os empregados, ainda que a soma da PLR Fenaban e PLR adicional não atinja este limite.
Antecipação da PLR
60% do valor total da PLR devida, a ser paga em até 10 dias após assinatura do ACT.
Horas extras - Manutenção da cláusula referente à prorrogação da jornada de trabalho, assegurando-se o pagamento, com adicional de 50% sobre o valor da hora normal, ou a compensação das horas extraordinárias, realizadas na proporção de 1 hora realizada para 1 hora compensada e igual fração de minutos e pagamento de 100% das horas extras realizadas em agências com até 20 (vinte) empregados.
Incentivo à elevação da escolaridade - Serão oferecidas 1600 bolsas de incentivo à elevação da escolaridade, na seguinte forma: até 300 para graduação, até 500 para pós-graduação e até 800 para idiomas.
Ausências permitidas - Para efeito de ausência permitida para levar cônjuge, companheiro(a), pai, mãe, filho(a), enteado(a) ou dependente menor de 18 anos, ao médico.  A Caixa propõe alterar de até 2 dias, para 12 ou 16 horas, conforme a jornada do empregado, de 6 ou 8 horas.
Promoção por mérito -  ano base 2016 - Realizará sistemática avaliação em 2016, para promoção por mérito em 2017, referente ao ano base de 2016, dos empregados ativos em 31.12.2016, com, no mínimo, 180 dias de efetivo exercício em 2016.
Comissões de Conciliação - A Caixa se compromete a renovar a assinatura do ACT que regulamenta a Comissão de Conciliação por ocasião do seu vencimento.
Além da manutenção dos temas Jornada de Trabalho e Auxílio-Alimentação, terá a inclusão do tema Natureza Salarial do Auxílio-Alimentação, dentre os assuntos passíveis a serem conciliados, a partir de janeiro de 2016


Fonte: Contraf-CUT

terça-feira, 3 de novembro de 2015

Bancários assinam convenção coletiva e acordos aditivos específicos com BB, CEF, HSBC e Itaú

Campanha salarial dos bancários terá impacto de R$ 11 bilhões na economia

03/11/2015
Contraf-CUT
Contraf-CUT
O Comando Nacional dos Bancários e a federação dos bancos (Fenaban) assinam nesta terça-feira (3), em São Paulo, a Convenção Coletiva de Trabalho (CCT), conquistada com a forte greve da Campanha Nacional 2015, que garantiu reajuste de 10% para salários, piso, PLR, verbas, e de 14% nos vales refeição, alimentação e na 13ª cesta. A assinatura será realizada no hotel Macksoud Plaza, ás 16h, em São Paulo.
O evento também contará com as assinaturas dos acordos aditivos específicos com as direções do Banco do Brasil e da Caixa Federal; do PCR, com o Itaú; e da gratificação de R$ 3 mil conquistada pelos bancários no HSBC. A partir da data, os bancos têm até dez dias para depositar a antecipação da Participação nos Lucros e Resultados (PLR).
Clique aqui para ver a CCT dos bancários 2015-2016.
A forte mobilização da categoria, de 21 dias em greve, conseguiu dobrar os banqueiros que queriam impor perdas aos bancários. A Campanha 2015 também garantiu a assinatura de um termo de entendimento entre os seis maiores bancos e o movimento sindical bancário para tratar das condições de trabalho nos bancos, na gestão das instituições de modo a reduzir as causas de adoecimento. As comissões de empresa acompanharão para garantir a melhoria das condições de trabalho.
Bancos Públicos - No caso do BB foram assegurados avanços no que se refere à isonomia dos egressos de bancos incorporados (como a antiga Nossa Caixa), para atendentes do Serviço de Apoio ao Cliente (SAC) e da Central de Atendimento (CABB), além da manutenção da distribuição semestral da PLR. Os empregados da Caixa Federal conseguiram barrar a implantação da terceira etapa do plano Gestão de Desempenho Pessoal (GDP) e mantiveram a promoção por mérito e a PLR Social.
Itaú – Também será renovado acordo referente à bolsa de estudos e ao Programa Complementar de Remuneração (PCR) do Itaú, que prevê pagamento de R$ 2.285 sem desconto na PLR da categoria.
HSBC – Na ocasião será concretizado acordo sobre a gratificação de R$ 3 mil aos funcionários do HSBC.
Dias parados - A negociação garantiu que não haverá desconto dos dias, com anistia de 63% dos dias parados para quem faz jornada de seis horas e de 72% dos dias para quem faz oito horas. A compensação, seja para quem fez os 14 dias úteis de greve ou menos será de, no máximo, uma hora por dia, entre 4 ou 5 de novembro (quando o acordo será assinado) até 15 de dezembro.
Campanha salarial dos bancários terá impacto de R$ 11 bilhões na economia
Este ano, o índice conquistado pelos bancários foi de 10% no piso e PLR e 14% nos vales refeição e alimentação. Com esse índice, em 12 anos, a categoria vai acumular 20,84% de ganho real nos salários e 42,3% nos pisos e 26,30% nos vales.
“Os bancários têm motivos para comemorar. Conseguimos avançar numa campanha em que os bancos, desde o início, alegavam não ter condição de dar um reajuste digno para os trabalhadores. Nossa união e mobilização garantiu pelo décimo segundo ano seguido aumento real para os salários”, disse a presidenta do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região, Juvandia Moreira e uma das coordenadoras do Comando Nacional dos bancários.
Impacto na economia - O reajuste de 10% nos salários, 14% nos vales refeição e alimentação e os valores da PLR significam incremento anual de cerca de R$ 11,2 bilhões na economia, de acordo com projeção feita pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese). Desse montante, R$ 6,04 bilhões referentes ao pagamento da PLR, sendo que R$ 2,4 bilhões já devem ser distribuídos na antecipação, em até 10 dias depois da assinatura da Convenção Coletiva de Trabalho. As diferenças salariais anuais dos bancários devem injetar R$ 4,240 bilhões na economia brasileira, sem contar os reflexos em FGTS e aposentadorias. As diferenças nos auxílios refeição e alimentação devem ter um impacto anual de R$ 894 milhões na economia.
Os bancários são uma das poucas categorias no país que possui Contrato Coletivo de Trabalho (CCT) com validade nacional. Os direitos conquistados têm legitimidade em todo o país. São mais de 512 mil bancários no Brasil, sendo 142 mil na base do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região.


Fonte: Contraf-CUT com Seeb SP

Lucro do Itaú Unibanco tem alta de 20,7% no terceiro trimestre de 2015


Seeb PE
Fachada do Itaú de Pernambuco - Seeb PE
Fachada do Itaú de Pernambuco
Nos nove primeiros meses de 2015, o lucro líquido recorrente do Banco Itaú foi de R$ 18,059 bilhões, o que significou uma alta de 20,7% em relação ao mesmo período de 2014. A rentabilidade sobre o patrimônio líquido médio anualizado foi de 24,5%, com alta de 0,8 p.p. em doze meses.
A carteira de crédito do banco cresceu 10,1% em doze meses, atingindo um montante de R$ 590,7 bilhões. As operações com pessoas físicas cresceram 4,4% em doze meses, chegando a R$ 186,1 bilhões no 3º trimestre. Ampliaram-se os segmentos de menor risco em PF, como o consignado (25,4%) e o imobiliário (21,5%). Já as operações com pessoas jurídicas alcançaram R$ 306,3 bilhões, com elevação de 7,2% em no período. Destaque para o segmento de Grandes empresas que cresceu 9,1%.
O índice de inadimplência superior a 90 dias ficou praticamente estável, em 3,3% no 3º trimestre. Apesar de a inadimplência estar baixa e em queda, as despesas com provisões para créditos de liquidação duvidosa (PDD’s) subiram 58,0%, totalizando R$ 21,3 bilhões.
O crescimento do resultado com Títulos e Valores Mobiliários foi diretamente influenciado pelos sucessivos aumentos na taxa Selic, como também pelo crescimento nos índices de preços. Esse resultado quase dobrou: 98,0% de crescimento em doze meses, totalizando R$ 52,966 bilhões.
As receitas com prestação de serviços mais a renda das tarifas bancárias cresceram 11,0% em relação a setembro de 2014 e somaram R$ 22,6 bilhões enquanto as despesas de pessoal subiram 13,4%, totalizando R$ 13,9 bilhões. Diante disso, a cobertura das despesas de pessoal pelas receitas secundárias do banco foi de 162,95% (3,52 p.p. a menos que em setembro de 2014).
O número de empregados da holding ao final do semestre foi de 84.490 e teve redução de 3,0%, que representou o corte de 2.642 postos de trabalho em doze meses. A rede de atendimento do Itaú fechou 42 agências no período, enquanto foram criadas 51 “agências digitais”. Foram fechados 38 PA’s e abertos 183 novos correspondentes bancários.

Fonte: Contraf-CUT e Dieese

Lucro do Bradesco nos últimos nove meses é de R$13,3 bilhões e banco continua a cortar empregos

O lucro líquido ajustado do Bradesco teve crescimento de 18,6 % de janeiro a setembro (matéria atualizada em 30/10)


Bancários Pará
A receita com prestação de serviço e tarifas bancárias cresceu 13,5% em doze meses - Bancários Pará
A receita com prestação de serviço e tarifas bancárias cresceu 13,5% em doze meses
O lucro líquido ajustado do Bradesco teve crescimento de 18,6 % nos nove primeiros meses do ano em comparação ao mesmo período do ano passado. Porém, o banco continua a cortar postos de trabalho. Em um período de 12 meses, os empregos decaíram 5,2%. É o que mostra o balanço do terceiro trimestre divulgado nesta quinta-feira (29).
A receita com prestação de serviço e tarifas bancárias cresceu 13,5% em doze meses, totalizando R$18,2 bilhões e cobrem em 168,3%, as despesas com pessoal, que foi de R$11,2 bilhões. Ou seja, o banco paga integralmente os salários dos seus trabalhadores somente com as tarifas e ainda sobra dinheiro.
Veja, abaixo, a análise do balanço elaborada pelo Dieese.

 Destaques das Demonstrações Financeiras do Banco Bradesco –  trimestre de 2015
Nos nove primeiros meses de 2015, o Lucro Líquido Ajustado do Banco Bradesco chegou a R$ 13,3 bilhões, com um crescimento de 18,6% em relação ao mesmo período de 2014. O retorno anual sobre o Patrimônio Líquido médio ajustado foi de 21,2% e registrou crescimento de 0,8 p.p. em doze meses.
As Operações de Crédito cresceram 6,8% em doze meses e 2,4% no trimestre, atingindo um montante de R$ 474,5 bilhões. As operações com pessoas físicas cresceram 5,2% em relação a setembro de 2014 chegando a R$ 145,2 bilhões, enquanto as operações com pessoas jurídicas alcançaram R$ 329,3 bilhões, com elevação de 7,5% no período.
O Índice de Inadimplência superior a 90 ficou em 3,8% com alta de apenas 0,2 p.p. Mesmo assim, o banco elevou suas despesas com provisões para créditos de liquidação duvidosa (PDD) em 49,2% que atingiram o montante de R$ 15,9 bilhões.
O crescimento do resultado com Títulos e Valores Mobiliários foi diretamente influenciado pelos sucessivos aumentos na taxa Selic, com alta de 40,6%, perfazendo um total de R$ 33,5 bilhões.
A receita com prestação de serviços mais a renda das tarifas bancárias cresceu 13,5%% em doze meses, totalizando R$ 18,2 bilhões. Já as despesas de pessoal subiram, apenas, 3,2%, chegando a R$ 11,1 bilhões. Com isso, a cobertura dessas despesas pelas receitas secundárias do banco ficou em 163,3% no 3º trimestre de 2015 (14,8 p.p. a mais que em setembro de 2014).
O número de empregados na holding em setembro de 2015 foi de 93.696 com corte de 5.153 postos de trabalho (-5,2%) em doze meses. De acordo com o banco, em novembro de 2014, ocorreu a transferência de 2.431 funcionários da Scopus Tecnologia para a IBM Brasil, que foi vendida. Foram fechadas 66 agências e 845 unidades do correspondente bancário Bradesco Expresso.

 (R$ milhões)
Itens
3tri2015
3tri2014
Variação
Ativos Totais
1.050.983
987.364
6,4%
Operações de Crédito
474.488
444.195
6,8%
Patrimônio Líquido
86.222
79.242
8,8%
Rentabilidade (LL/PL)
21,2%
20,4%
0,8 p.p.
Resultado com TVM*
33.543
23.859
40,6%
Lucro Líquido Ajustado
13.311
11.227
18,6%
Rec. Prest. Serviços + Rendas de Tarifas (RPS)
18.170
16.003
13,5%
Despesa de Pessoal (DP)
11.128
10.779
3,2%
Cobertura RPS /DP
163,28%
148,46%
14,82 p.p.
Taxa de Inadimplência
3,8%
3,6%
0,2 p.p.
Despesas de PDD
15.923
10.671
49,2%
Índice de Basileia
14,5%
16,3%
-1,8 p.p.
Agências
4.593
4.659
-66
Bradesco Expresso (correspondentes)
48.175
49.020
-845
Número de Empregados
93.696
98.849
-5.153
            Fonte: Demonstrações Financeiras do Banco Bradesco (3º trimestre de 2015).
            *Título e Valores Mobiliários **Receitas geradas pelos recursos que ficam retidos no Banco Central.
                                                                                                                                 Elaborado pela Rede Bancários – DIEESE.


Fonte: Contraf-CUT e Dieese

Lucro do Santander tem alta de 15,9% e alcança R$ 5 bilhões nos primeiros nove meses do ano

O lucro obtido no Brasil representa 19% do resultado global de 5,1 bilhões de euros, com alta de 17% em doze meses


Nos nove primeiros meses de 2015, o Santander obteve um lucro líquido gerencial de R$ 5 bilhões, com crescimento de 15,9% em relação ao mesmo período de 2014. O retorno sobre o Patrimônio Líquido Médio Anualizado (ROE) ficou em 12,8%, com crescimento de 1,5 ponto percentual, em doze meses. O lucro obtido no Brasil representou 19% do lucro global, que chegou a  5,1 bilhões de euros, com  alta de 17% em doze meses.
O balanço divulgado pelo banco nesta quinta-feira (29) e analisado pelo Dieese, revela que a holding do Santander encerrou o 1º semestre de 2015 com 50.519 empregados, com aumento de 1.038 postos de trabalho em relação ao mesmo período no ano passado. Foram abertas doze agências no período.
Confira abaixo a análise completa do Dieese sobre o balanço do Santander
Destaques das Demonstrações Financeiras do Banco Santander – 3º trimestre de 2015
A Carteira de Crédito Ampliada do banco cresceu 13,4% em doze meses e atingiu R$ 332,3 bilhões. As operações com pessoas físicas cresceram 8,0% em relação a setembro de 2014, chegando a R$ 82,8 bilhões. Já as operações com pessoas jurídicas alcançaram R$ 145,1 bilhões e tiveram alta de 19,6%. No segmento de pequenas e médias empresas houve alta de 1,9% em doze meses, enquanto no segmento de grandes empresas o crescimento foi de 25,7%. O Índice de Inadimplência superior a 90 dias apresentou queda de 0,5 p.p. no período, ficando em 3,2%. Com isso, foram reduzidas as despesas com provisões para créditos de liquidação duvidosa (PDD) em 5,0%, totalizando R$ 6,9 bilhões.
O crescimento das receitas com Títulos e Valores Mobiliários (TVM) foi diretamente influenciado pelos sucessivos aumentos na taxa Selic e elevação nos índices de preços. No caso do Santander, essas receitas quase dobraram em doze meses, com crescimento de 94,6%, totalizando R$ 23,2 bilhões.
A receita com prestação de serviços mais a renda das tarifas bancárias cresceu 7,1% no período, totalizando R$ 8,7 bilhões. As despesas de pessoal subiram 8,6%, atingindo R$ 5,9 bilhões. Assim, em setembro de 2015, a cobertura dessas despesas pelas receitas secundárias do banco foi de 147,3%.