sexta-feira, 27 de novembro de 2015

Contraf-CUT e sindicatos cobram Itaú sobre demissões

Mudança do cálculo do Agir, que agora não terá mais impacto dos dias de greve também foi definida


Caetano Ribas
Forte mobilização contra demissões deve acontecer em todo o país - Caetano Ribas
Forte mobilização contra demissões deve acontecer em todo o país
A Contraf-CUT, federações e sindicatos, estiveram reunidos nesta quinta-feira (26) , em São Paulo,  com a direção do Itaú,  para discutir demissões e Agir, entre outros temas. Pelo banco, participaram Romualdo Garbos (RH), Marcelo Orticelli (Relações Sindicais), Carlos Sobrinho (Relações de Trabalho) e Marcos Aurelío (Relações Sindicais).
Os representantes dos bancários questionaram o Itaú sobre a existência de uma onda de demissões e fechamento de agências em todo o país, depois da campanha salarial. O banco afirmou que não há variação no número de demitidos em comparação ao ano passado e que não haverá demissão em massa. Os bancários pediram informações mais detalhadas e o banco ficou de apresentar na próxima reunião, que deve acontecer entre 15 e 17 de dezembro, mesmo período em que a COE-Comissão de Organização dos Empregados estará reunida em São Paulo.
Foi apresentada também a proposta de construção de uma agenda para reunião de três em três meses para acompanhar o nível de emprego dentro do Itaú, que foi aceita pelo bamco.
“Temos recebido muitas denúncias sobre demissões e se este processo continuar faremos uma campanha nacional de mobilização contra o Itaú”, afirma Jair Alves, coordenador da COE.
A Contraf-CUT também cobrou informações sobre o fechamento do prédio da São Cristovão, que tem em média 400 trabalhadores, anunciada ontem (25) ao Sindicato do Rio de Janeiro. O banco disse que vai realocar os funcionários da área comercial: “Reiteramos nossa preocupação com a garantia do emprego para o pessoal que trabalha no prédio” afirmou Jô Araujo, da COE.
Sobre o Agir, o banco disse que vai atender a uma antiga reivindicação sobre um ajuste do impacto dos dias da greve no cálculo da gratificação. A partir de agora, o banco vai usar a os últimos três meses como referência (julho, agosto e setembro), prevalecendo o que for mais vantajoso.  Os bancários reiteraram ainda, a reivindicação da revisão do impacto das férias no cálculo e o banco disse que vai avaliar.
“Depois de muita luta e muita insistência finalmente conseguimos que o banco entendesse que a greve é um direito do trabalhador, que não pode ser prejudicado na sua remuneração em virtude disso”, afirmou Mauri Sergio Martins de Souza, secretário de Assuntos Jurídicos da Contraf-CUT.
Outra informação importante durante a reunião foi a de que assistentes comerciais passarão a ser contratados como assistentes, com jornada de 6h, sendo que os que já trabalham continuarão na mesma função e jornada: “O número de assistentes comerciais é bastante representativo e o banco passa agora a respeitar a jornada dos bancários que é de seis horas”, destaca Jair.
 Fonte: Contraf-CUT

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