Chuva de “nãos” em negociação com a Caixa
Sem apresentar qualquer proposta concreta para as demandas dos trabalhadores, banco público empurra empregados para a greve; assembleia é quinta-feira 1º
São Paulo – “Uma chuva de nãos”. Assim, o diretor executivo do Sindicato e coordenador da Comissão Executiva dos Empregados (CEE), Dionísio Reis, definiu a terceira rodada de negociações entre representantes dos empregados e da direção da Caixa. Mesmo de posse dasreivindicações desde o dia 9 de agosto, o banco não apresentou proposta palpável.
> Principais reivindicações dos bancários
Caixa 100% pública – Uma das cobranças dos empregados é a manutenção do caráter público do banco. Na mesa, foi realizado um ato com a abertura de cartazes e uma fala do coordenador da CEE e diretor do Sindicato, Dionísio Reis, em defesa da Caixa 100% Pública. “Não aceitamos o fatiamento, com a venda de áreas como loterias, seguros e cartões. Algo ventilado na imprensa. O próprio presidente é contraditório. Por vezes confirma a intenção privatista, outras desmente”, destaca Dionísio Reis.
“Os representantes do banco dizem depender das políticas de governo. Se a intenção for o fatiamento, a abertura de capital, vão levar adiante. Portanto, é fundamental a mobilização dos empregados e da população na defesa da Caixa 100% pública. Não podemos aceitar que o banco seja submetido à lógica de mercado em detrimento do seu importante papel social e estratégico para o Brasil”, acrescenta.
> Occhi confirma intenção de privatizar a Caixa
> Occhi nega privatização, mas não convence
Caixas – Outro ponto de destaque na negociação foi a volta da função de caixas. Apesar da direção do banco negar a extinção do cargo, o normativo RH184 prevê apenas a existência do “caixa minuto”.
“São colocados no caixa só quando a demanda é alta. Isso acarreta maior risco de erros, já que o trabalhador não possui prática e é pego no susto. E não vale a pena financeiramente: caso o bancário cometa um erro, pode perder muito mais que o valor da gratificação pelo tempo no caixa”, critica Dionísio.
Outro exemplo de problema no RH184 é a restrição ao acesso dos empregados à incorporação de função. “Em caso de descenso, antes o empregado não precisava procurar a Justiça para garantir incorporação proporcional. Agora, com o RH184, ele precisa recorrer ao judiciário. Assim, o banco intensifica a judicialização das relações de trabalho”, explica o coordenador da CEE.
Sobre a revogação da RH184, a Caixa não apresentou nenhuma proposta.
Descomissionamento – De acordo com Dionísio, uma conquista histórica dos bancários da Caixa é o processo seletivo interno. Porém, por outro lado, o banco sempre manteve em segredo a questão do descomissionamento.
“Mesmo o processo seletivo foi flexibilizado pela direção do banco, com denúncias de haver nomeações. Já o descomissionamento sempre ficou nas mãos do gestor, que aplica critérios subjetivos de forma arbitrária. Inclusive, é bom pontuar que ameaças de descomissionamento, configuram-se assédio moral”, diz o diretor do Sindicato.
Na mesa, a direção do banco admitiu arbitrariedades por parte de gestores no descomissionamento, mas declarou não ter intenção de abrir discussão com empregados sobre a questão.
Reestruturação – Outra prioridade dos trabalhadores é a discussão prévia e transparente de qualquer processo de reestruturação.
“Temos um processo de reestruturação suspenso, que nos normativos do banco oferece uma série de garantias aos trabalhadores. Mas, pelas beiradas, a direção da Caixa vai aplicando uma reestruturação disfarçada, dia após dia, com a remodelagem de áreas específicas, como aconteceu na Cehag. Neste caso, nem mesmo garantias previstas para reestruturações são asseguradas”, denuncia Dionísio.
Novamente, a direção da Caixa não se pronunciou.
“A direção da Caixa, além de não avançar em nenhum ponto, tem descumprido questões acordadas em anos anteriores como o Saúde Caixa, no qual não utiliza o superávit para melhoria do plano. Isso já se arrasta por dois anos. Cobramos a efetivação, já no âmbito da Campanha, da utilização do superávit e redução da coparticipação dos empregados. Outro exemplo é o grupo de representantes do banco e empregados que deveria debater a Funcef, mas não foi efetivado pela direção da Caixa até hoje”, critica o dirigente sindical.
“Esta postura intransigente e desrespeitosa está empurrando os bancários para a greve. Todos os empregados devem comparecer à assembleia de quinta-feira 1º. Em caso de ameaça ou perseguição, devem procurar o Sindicato. O momento agora é de construir uma grande mobilização em torno da Caixa 100% pública e por nenhum direito a menos, além das reivindicações gerais da categoria”, conclui Dionísio.
Denuncie – Em caso de perseguição ou ameaça, o bancário denunciar ao Sindicato por meio dos dirigentes, pelo 3188-5200 ou pelo Fale Conosco (clique aqui e escolha o setor "Site"). O sigilo é garantido.
Leia mais
> Proposta dos bancos é desrespeito e levará à greve
Felipe Rousselet – 30/8/2016 - http://www.spbancarios.com.br/Noticias.aspx?id=15929

Caixa 100% pública – Uma das cobranças dos empregados é a manutenção do caráter público do banco. Na mesa, foi realizado um ato com a abertura de cartazes e uma fala do coordenador da CEE e diretor do Sindicato, Dionísio Reis, em defesa da Caixa 100% Pública. “Não aceitamos o fatiamento, com a venda de áreas como loterias, seguros e cartões. Algo ventilado na imprensa. O próprio presidente é contraditório. Por vezes confirma a intenção privatista, outras desmente”, destaca Dionísio Reis.
“Os representantes do banco dizem depender das políticas de governo. Se a intenção for o fatiamento, a abertura de capital, vão levar adiante. Portanto, é fundamental a mobilização dos empregados e da população na defesa da Caixa 100% pública. Não podemos aceitar que o banco seja submetido à lógica de mercado em detrimento do seu importante papel social e estratégico para o Brasil”, acrescenta.
> Occhi confirma intenção de privatizar a Caixa
> Occhi nega privatização, mas não convence
Caixas – Outro ponto de destaque na negociação foi a volta da função de caixas. Apesar da direção do banco negar a extinção do cargo, o normativo RH184 prevê apenas a existência do “caixa minuto”.
“São colocados no caixa só quando a demanda é alta. Isso acarreta maior risco de erros, já que o trabalhador não possui prática e é pego no susto. E não vale a pena financeiramente: caso o bancário cometa um erro, pode perder muito mais que o valor da gratificação pelo tempo no caixa”, critica Dionísio.
Outro exemplo de problema no RH184 é a restrição ao acesso dos empregados à incorporação de função. “Em caso de descenso, antes o empregado não precisava procurar a Justiça para garantir incorporação proporcional. Agora, com o RH184, ele precisa recorrer ao judiciário. Assim, o banco intensifica a judicialização das relações de trabalho”, explica o coordenador da CEE.
Sobre a revogação da RH184, a Caixa não apresentou nenhuma proposta.
Descomissionamento – De acordo com Dionísio, uma conquista histórica dos bancários da Caixa é o processo seletivo interno. Porém, por outro lado, o banco sempre manteve em segredo a questão do descomissionamento.
“Mesmo o processo seletivo foi flexibilizado pela direção do banco, com denúncias de haver nomeações. Já o descomissionamento sempre ficou nas mãos do gestor, que aplica critérios subjetivos de forma arbitrária. Inclusive, é bom pontuar que ameaças de descomissionamento, configuram-se assédio moral”, diz o diretor do Sindicato.
Na mesa, a direção do banco admitiu arbitrariedades por parte de gestores no descomissionamento, mas declarou não ter intenção de abrir discussão com empregados sobre a questão.
Reestruturação – Outra prioridade dos trabalhadores é a discussão prévia e transparente de qualquer processo de reestruturação.
“Temos um processo de reestruturação suspenso, que nos normativos do banco oferece uma série de garantias aos trabalhadores. Mas, pelas beiradas, a direção da Caixa vai aplicando uma reestruturação disfarçada, dia após dia, com a remodelagem de áreas específicas, como aconteceu na Cehag. Neste caso, nem mesmo garantias previstas para reestruturações são asseguradas”, denuncia Dionísio.

“A direção da Caixa, além de não avançar em nenhum ponto, tem descumprido questões acordadas em anos anteriores como o Saúde Caixa, no qual não utiliza o superávit para melhoria do plano. Isso já se arrasta por dois anos. Cobramos a efetivação, já no âmbito da Campanha, da utilização do superávit e redução da coparticipação dos empregados. Outro exemplo é o grupo de representantes do banco e empregados que deveria debater a Funcef, mas não foi efetivado pela direção da Caixa até hoje”, critica o dirigente sindical.
“Esta postura intransigente e desrespeitosa está empurrando os bancários para a greve. Todos os empregados devem comparecer à assembleia de quinta-feira 1º. Em caso de ameaça ou perseguição, devem procurar o Sindicato. O momento agora é de construir uma grande mobilização em torno da Caixa 100% pública e por nenhum direito a menos, além das reivindicações gerais da categoria”, conclui Dionísio.
Denuncie – Em caso de perseguição ou ameaça, o bancário denunciar ao Sindicato por meio dos dirigentes, pelo 3188-5200 ou pelo Fale Conosco (clique aqui e escolha o setor "Site"). O sigilo é garantido.
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> Proposta dos bancos é desrespeito e levará à greve
Felipe Rousselet – 30/8/2016 - http://www.spbancarios.com.br/Noticias.aspx?id=15929
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