quarta-feira, 31 de agosto de 2016

Campanha 2016 - Reivindicações

 
Após um grande debate nacional, amparado por inúmeras discussões regionais, com ampla participação de toda a categoria, os bancários definiram a pauta de reivindicações geral a ser entregue à federação dos bancos, a Fenaban, visando a renovação da Convenção Coletiva de Trabalho (CCT).

A construção da pauta começa com uma consulta às respectivas bases. Depois são debatidas regionalmente em assembleias e passam por conferências estaduais. A conclusão foi na 18º Conferência Nacional dos Bancários, de 29 e 31 de julho, em São Paulo.

Conferência: só a luta garante seus direitos

A entrega à Fenaban está marcada para 9 de agosto e marca o início da Campanha Nacional Unificada 2016. A CCT reúne todos os direitos conquistados pela categoria durante décadas de luta, tem validade nacional e a data-base é 1º de setembro.

Específicas  Além da pauta geral da categoria, há outras três pautas, independentes umas das outras, específicas dos funcionários do Banco do Brasil, dos empregados da Caixa Federal e dos bancários do Santander. As três valem para a renovação dos respectivos acordos aditivos à CCT, que reúnem direitos adicionais exclusivos.

Nesse espaço apresentamos os principais pontos das quatro: a geral (CCT) e específicas do BB, da Caixa e Santander, além das dos trabalhadores do BNB (Banco do Nordeste do Brasil) e Basa (Banco da Amazônia).

É fundamental que você se aproprie deles para fortalecer o movimento com sua participação. Mobilize-se!SÓ A LUTA TE GARANTE!
PAUTA CCT (FENABAN)
A luta dos bancários contra demissões, por mais contratações, aumento real, PLR maior, fim da terceirização e condições de trabalho decentes, este ano vai se somar à mobilização nacional de toda classe trabalhadora contra a retirada de direitos como a reforma da Previdência, que pretende aumentar a idade mínima para aposentadoria de homens e mulheres para até 70 anos.

Manifesto contra o golpe e a retirada de direitos

Remuneração – Os trabalhadores definiram reajuste salarial de 14,78%, o que representa aumento real de 5% mais inflação projetada em 9,31%. A PLR cobrada dos bancos é de de três salários mais R$ 8.317,90 de parcela fixa adicional e 14º salário. Para o piso, o salário mínimo do Dieese (R$ 3.940,24). O valor do vale-alimentação e da 13ª cesta reivindicado é de R$ 880. Para o vale-refeição, R$ 40 ao dia.

Emprego – Além do fim das demissões e mais contratações, os trabalhadores querem a promoção da igualdade de oportunidades para todos, o fim das discriminações na contratação, nos salários e na ascensão profissional de mulheres, negros, LGBT e pessoas com deficiência (PCDs).

No combate à terceirização no sistema financeiro, a proposta é a suspensão de todos os projetos dos que terceirizam serviços e a criação de uma comissão bipartite, com participação dos sindicatos e dos bancos, para reverter esse quadro e transformar todos os terceirizados em bancários.

Agências digitais – A pauta deste ano contém reivindicações específicas para agências digitais e sobre novas tecnologias. Uma questão fundamental é o acesso dos dirigentes sindicais a essas unidades, que tem sido dificultado pelos bancos. Há denúncias de que os bancários trabalham até oito horas comheadset  seis horas é a jornada estabelecida por lei para quem trabalha com teleatendimento. A reivindicação dos trabalhadores é de cinco horas sem redução do salário, inclusive para criação de mais empregos, já que outro grave problema é o volume muito grande de clientes para atender.

Saúde e condições de trabalho – Além da manutenção da luta contra o assédio moral e as metas abusivas, os bancários querem a melhoria nos programas de retorno ao trabalho, participação dos trabalhadores e dos sindicatos nas questões de saúde. A intenção é dar mais transparência no PCMSO [Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional] e acesso às informações dos serviços médicos dos bancos, tanto em relação a exames periódicos quanto a ações preventivas implementadas pelas empresas.

Sobre as Cipas (Comissão Interna de Prevenção de Acidentes), uma das demandas é que todos os locais de trabalho tenham uma e que os treinamentos e a Sipat [Semana Interna de Prevenção de Acidentes] sejam presenciais e com participação dos bancários. Também será cobrado que os planos de saúde sejam mantidos após a aposentadoria do trabalhador e custeados pelas empresas.

Segurança – Necessidade de portas giratórias nas agências, instalação de biombos nos caixas eletrônicos e o fim da guarda das chaves pelos trabalhadores, além da permanência de dois vigilantes por andar nas agências e pontos de serviços bancários.

Estratégia – Além da unidade entre trabalhadores de bancos públicos e privados, os bancários aprovaram estratégias de luta conjunta com outras categorias em defesa do emprego, pelo fim das demissões imotivadas, da terceirização, em defesa das empresas públicas. Também dizem não à reforma da Previdência como está apresentada pelo governo interino, à proposta que coloca o negociado sobre o legislado, e vão reforçar a luta em defesa da CLT, do SUS, além da importância de esclarecer a população sobre a alta de juros tão nefasta à sociedade.

PAUTA ADITIVO BANCO DO BRASIL
Definida no 27º Congresso Nacional dos Funcionários do Banco do Brasil, de 17 e 19 de junho, em São Paulo. Será entregue no dia 11 de agosto para a direção da instituição federal.

> Bancários do BB aprovam reivindicações específicas
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PAUTA ADITIVO CAIXA FEDERAL
Definida no 32º Congresso Nacional dos Empregados da Caixa Econômica Federal (Conecef), de 17 e 19 de junho, em São Paulo.

Conecef aprova pauta de reivindicações específicas

PAUTA ADITIVO SANTANDER
A pauta específica é fruto de debate democrático com os funcionários do banco espanhol que responderam a mais de 10 mil consultas e apontaram suas prioridades. As propostas foram aprovadas por unanimidade em assembleia realizada no dia 9 de maio.

Propostas específicas do Santander são aprovadas 

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