quarta-feira, 14 de agosto de 2013

Banco do Brasil - Primeira rodada específica da Campanha 2013 com BB ocorre nesta quarta

13/08/2013
 
O Comando Nacional dos Bancários, coordenado pela Contraf-CUT, se reúne nesta quarta-feira (14), às 14h, com o Banco do Brasil para a primeira rodada de negociação da Campanha 2013 da pauta específica de reivindicações dos funcionários do BB, em Brasília. Estarão em discussão as demandas sobre saúde, condições de trabalho e previdência.

"Vamos cobrar, sobretudo, a melhoria da saúde e das condições de trabalho no BB, pois o clima está insuportável no banco, diante da falta de funcionários, das metas abusivas e do assédio moral, que estão levando ao adoecimento de muitos trabalhadores", afirma o secretário de Formação da Contraf-CUT e coordenador da Comissão de Empresa dos Funcionários do BB.

Com o lucro gigantesco de R$ 10,03 bilhões no primeiro semestre deste ano, o maior da história dos bancos no país, recursos financeiros não faltam para que o BB atenda as reivindicações gerais e específicas dos funcionários.

"Queremos um basta na triste realidade enfrentada diariamente pelos funcionários do BB nos locais de trabalho e por isso vamos exigir soluções concretas do banco", adverte William.

Veja as principais reivindicações que estão em negociação nesta quarta:

Condições de trabalho

> Fim do monitoramento individual do GAT;

> Mais contratações;

> Cumprimento da NR-17 nas CABB;

> Fim das metas intradia;

> Fim dos rankings;

> Fim da cobrança individual de metas;

> Retirada das metas individuais da GDP;

Saúde e Cassi

> Cassi para todos;

> Fortalecimento dos conselhos de usuários e Cipas;

> Plano odontológico administrado pela Cassi com custeio pelo banco;

> Ampliação das Clinicassi;

> Promoção do Programa de Estratégia de Saúde do Trabalhador;

> Redenciamentos de qualidade e ampliação de unidades próprias e melhor aparelhadas;

> Cumprimento de legislação trabalhista através da ação conjunta de ESMT, Cipas e sindicatos;

> Defesa do modelo de prevenção da Equipe de Saúde da Família; aumentar e melhorar os credenciamentos

Previ

> Previ para todos;

> Fim do voto de minerva no Conselho Deliberativo da Previ;

> Direito de aposentadoria antecipada para mulheres aos 45 anos;

> Contribuição do BB à Previ sobre a PLR;

> Volta da eleição do diretor de Participações;

> Redução da Parcela Previ;

> Direito de resgate de contribuições patronais aos associados do Previ Futuro;

> Aumento dos benefícios de risco;

> Criação de teto remuneratório no benefício pago pela Previ;

> Manutenção do pagamento do BET, suspensão das contribuições e teto de benefícios para 100%


Fonte: Contraf-CUT - http://www.contrafcut.org.br/noticias.asp?CodNoticia=35348

Banco do Brasil vai ampliar crédito, na contramão dos bancos privados

 
Reuters

O Banco do Brasil anunciou na terça-feira (13) que vai emprestar mais dinheiro este ano do que havia previsto. Sua nova projeção vem na contramão dos grandes bancos privados, que estão reduzindo suas estimativas de concessão de crédito em 2013.

Segundo o novo cálculo, a oferta de financiamentos pelo Banco do Brasil deve avançar este ano no mínimo 17% e no máximo 21%. A previsão anterior apontava alta de 16% a 20%.

O BB está, segundo o presidente do banco, Aldemir Bendine, atuando na direção contrária do pessimismo e da tendência de desaquecimento da economia. "Temos adotado uma estratégia contra cíclica desde 2009. Estamos vendo grandes oportunidades em crédito", destacou ele, em entrevista com a imprensa, durante a apresentação dos resultados do segundo trimestre.

O anúncio da elevação da oferta de crédito pelo BB ocorreu dias depois de Itaú Unibanco, Bradesco e Santander anunciarem cortes nas suas previsões, com receio da situação da economia.

O Itaú Unibanco, que tinha a projeção mais conservadora entre os bancos, espera que a oferta de recursos cresça de 8% a 11% em 2013. A previsão anterior era de 11% a 14%.

O Santander, que falava em 15%, agora trabalha com a possibilidade de no máximo 10%.

O Bradesco espera alta de 11% e 15% em 2013, em comparação com uma previsão anterior de 13% a 17%.

Bendine afirmou que não há risco de piora na carteira de crédito do banco. O banco elevou sua projeção com base numa projeção mais otimista para os segmentos de crédito agrícola e de empresas.

"A carteira do BB pela qualidade do risco é muito superior à do mercado. Não temos no curto nem no médio prazo nenhum grande risco corporativo que possa trazer sobressalto para a inadimplência", disse Bendine.

O presidente do BB rebateu comentários de analistas que têm apontado esse risco porque a economia brasileira tem crescido pouco. "Se projetássemos o banco de acordo com a visão dos analistas, teríamos quebrado o banco faz tempo."

No segundo trimestre, a inadimplência do BB recuou para 1,87%, ante 2% de março. Embora tenha reduzido a inadimplência, o BB elevou as despesas com provisões (reservas) para devedores duvidosos. Esses gastos chegaram a R$ 4,2 bilhões no fim de junho, 14,8% mais que no mesmo mês de 2012 e 28,7% mais que em março.

Analistas do Credit Suisse destacaram em relatório que o aumento das provisões sinaliza piora na qualidade dos ativos. "Os dados levantam a questão de que podemos estar vendo o início de uma seleção adversa."

Para Bendine, a provisão cresceu por causa do aumento dos volumes de empréstimos, e isso não significa que o banco esteja temeroso com a qualidade do crédito. "A provisão está maior pelos volumes (de financiamentos) e não por deterioração. O crédito é bom e saudável."

Bradesco

O acesso a funding (origem dos recursos) permitirá aos bancos públicos expandir suas carteiras de crédito em ritmo superior aos privados neste ano, mas a estratégia tem limites e, em algum momento, o descompasso entre os dois ritmos de alta diminuirá, avaliou o diretor-presidente do Bradesco, Luiz Carlos Trabuco Cappi.

"Os bancos públicos têm a possibilidade, por funding, que os bancos privados não têm, de ter uma política anticíclica um pouco melhor definida", afirmou Trabuco, em intervalo de evento sobre o Bradesco, organizado pela Apimec Rio num hotel em Copacabana.

"Num determinado momento, por limitações do próprio funding que se opera (nas instituições públicas), os bancos privados têm condições de retomar suas fatias de mercado."

Segundo o executivo, a indicação de crescimento da carteira de crédito informada pelo Bradesco, de 11% a 15% neste ano, é "bastante adequada em relação ao crescimento do PIB".


Fonte: Estadão com Reuters - http://www.contrafcut.org.br/noticias.asp?CodNoticia=35358

Terceirização - Trabalhadores ocupam a CCJC e exigem "arquivamento já" do PL 4330

 
Crédito: Wilson Dias - Agência Brasil
Wilson Dias - Agência Brasil Mobilização em protesto contra terceirização parou o andamento da reunião

Pelo menos duas centenas de representantes dos trabalhadores, a grande maioria com camisetas da CUT, ocuparam a Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJC) da Câmara nesta quarta-feira 14 para exigir o "arquivamento já" do PL 4330, o projeto de terceirização que leva à precarização do trabalho, cuja votação foi adiada para setembro.

Com mais prazo para discutir, a mesa quadripartite formada por representantes das centrais sindicais, dos empresários, do governo e do Parlamento reúne-se na próxima segunda-feira 19 para definir novo calendário de negociações em busca de um acordo sobre terceirização que não seja prejudicial aos trabalhadores, como é o PL 4330.

A CUT defende que o prazo para negociações seja indefinido e quer o arquivamento do PL 4330. O presidente da CCJC, deputado Décio Lima (PT-SC), disse que o projeto de lei deve ir a votação no dia 3 de setembro.

Veja aqui como foi o adiamento da votação do PL, que estava previsto para esta quarta-feira na CCJC, e a mobilização dos trabalhadores em Brasília.

Intensificar a mobilização

"A orientação da CUT é que todas as entidades sindicais e os trabalhadores mantenham a mobilização porque, embora o presidente da CCJC da Câmara tenha retirado o PL 4330 da pauta, qualquer deputado pode apresentar requerimento recolocando o projeto em votação, se conseguir apoio de 34 parlamentares, o que pode ocorrer a qualquer reunião da CCJC", alerta Carlos Cordeiro, presidente da Contraf-CUT.

"A reunião qadripartite de segunda-feira será importante para sinalizar o rumo das negociações. A CUT rejeitou na semana passada o projeto apresentado na mesa pelo governo, porque ele não avançou em quase nada em relação ao projeto de lei original do deputado Sandro Mabel. Não aceitaremos um acordo que precarize o trabalho", avisa Carlos Cordeiro.

Conheça aqui resolução da direção da Contraf-CUT sobre as negociações da mesa quadripartite até agora.

"Vamos intensificar a mobilização para o dia nacional de luta do dia 22 de agosto e para a greve geral convocada pelas centrais sindicais para 30 de agosto", acrescenta Miguel Pereira, secretário de Organização do Ramo Financeiro da Contraf-CUT. "Precisamos aumentar a pressão e o trabalho de convencimento tanto dos parlamentares quanto do governo federal, para que melhore sua posição na mesa quadripartite, na segunda-feira".

A ocupação da CCJC

Apesar do adiamento da votação do PL 4330, as centrais sindicais decidiram manter a mobilização e a vigília no Congresso Nacional nesta quarta-feira, diante da possibilidade de a bancada patronal apresentar requerimento para colocar o projeto de lei em votação.

A cautela se justificou. Quando os trabalhadores da CUT e demais centrais começaram a chegar ao Congresso de manhã, encontraram no plenário da CCJC cerca de 30 manifestantes pró-terceirização, com camisetas e faixas, levados pessoalmente pelo presidente da Fenavist, Odair Conceição. Trata-se de entidade patronal de segurança privada que representa empresas de terceirizados, muitas contratadas pelos bancos, fazendo pressão sobre os parlamentares para que colocassem o PL 4330 em votação.

Uma pequena parte dos militantes das centrais sindicais que conseguiu entrar no plenário da CCJC neutralizou a pressão dos defensores da terceirização. A grande maioria dos manifestantes da CUT e das outras centrais, no entanto, foi barrada na porta do Congresso Nacional.

Nesse clima de tensão dentro do plenário, o presidente da CCJC informou que o PL não seria colocado em votação. A sala já estava sendo esvaziada quando os trabalhadores cutistas e das outras centrais barrados do lado de fora do Congresso forçaram a entrada no prédio e ocuparam a CCJC, paralisando a sessão parlamentar.

Deixaram o plenário 15 minutos depois, dando o recado em coro aos parlamentares: "Terceirização é coisa de ladrão", "Arquivamento, já!, "Ô, deputado, pode esperar, 2014 tem eleição", e "Central... Única...dos Trabalhadores".


Fonte: Contraf-CUT - http://www.contrafcut.org.br/noticias.asp?CodNoticia=35359

terça-feira, 13 de agosto de 2013

Negociações com a Caixa começam sem avanços

Em mesa específica da Campanha, dirigentes sindicais cobram posicionamento sobre diversas questões, mas representantes do banco não dão respostas

São Paulo – Na primeira rodada de negociação para tratar de questões relativas a saúde do trabalhador, Saúde Caixa e condições de trabalho, a direção da Caixa Federal não se posicionou em relação às reivindicações dos trabalhadores. A reunião, da Campanha Nacional, ocorreu na sexta 9, em Brasília.

Os integrantes da Comissão Executiva dos Empregados voltaram a reforçar que as novas agências não podem ser abertas sem o número adequado de trabalhadores. Além disso, que é essencial aumentar o número de empregados por unidade.

De acordo com Dionísio Reis integrante da CEE, em 2003 eram cerca de 53 mil empregados, uma média de 46 bancários por agência. Com a abertura de muitas novas unidades, a média nacional caiu para 20 trabalhadores por agência em 2012. “Tem local abrindo com apenas sete empregados. Ou seja, o tratamento que a Caixa dá é desumano. Vincular a produtividade com a quantidade de empregados por unidade é absurdo pois, além de não levar em conta as demandas sociais tão importantes para o país, sobrecarrega os empregados.”

 Outra reivindicação dos bancários é que no setor de retaguarda das agências tenha pelo menos um tesoureiro e um técnico bancário.

Práticas antissindicais – Os empregados cobraram explicações da direção do banco sobre pesquisa que circula entre os trabalhadores com perguntas sobre greve, negociação coletiva e movimento sindical. E reforçaram que isso é uma prática antissindical. Os representantes da Caixa afirmaram que o objetivo da consulta não tinha esse caráter e iriam averiguar a denúncia.

Os bancários criticaram o fato de os dirigentes sindicais estarem impedidos de entrar em alguns locais de trabalho. Nesse caso, o banco também ficou de averiguar. Além disso, a Caixa irá avaliar a reivindicação de não anotar a participação dos bancários no dia nacional de luta, em 11 de julho, como ausência não justificada.

Saúde do trabalhador – A CEE reivindicou que as unidades de saúde do trabalhador estejam mais próximas dos empregados, principalmente longe das grandes metrópoles. A Caixa disse que está revendo o modelo de filiais na reestruturação.

Foi reivindicado ainda o custeio integral de tratamento, inclusive de medicamentos, para os trabalhadores que contraíram doença ocupacional ou se aposentaram por invalidez. Outra proposta é que haja licença de aleitamento, com a redução de jornada da mãe em uma hora por dia, por um ano e sem reduzir salário. A reivindicação dos trabalhadores segue orientação da Organização Mundial de Saúde para que as crianças tenham o leite materno por período maior.

Descomissionamento – A CEE voltou a criticar os descomissionamentos sem critérios e reforçaram que essa prerrogativa gera situações de assédio moral e sexual nas dependências da Caixa. Eles também criticaram o ranking de performance, inclusive, as chamadas “galerias de notáveis” que camuflam a exposição de funcionários.

Saúde Caixa – Os bancários cobraram a utilização de superávit para a melhoria do plano de saúde dos empregados. Os representantes da Caixa afirmaram que o plano é superavitário e admitiram que a comissão paritária não evoluiu.

Dessa forma, os representantes dos trabalhadores cobraram maior participação do Conselho de Usuários e que esse fórum tenha também caráter deliberativo.

Colaborou-Jair Rosa - 12/8/2013 com www.spbancarios.com.br


Banco do Brasil desbanca Itaú e tem maior lucro da história dos bancos

 
UOL

O Banco do Brasil (BBAS3), maior instituição financeira da América Latina, teve o maior lucro líquido da história dos bancos no país, com ganhos de R$ 10,03 bilhões no 1º semestre. Os dados são da consultoria Economatica.

Com isso, o BB desbanca o Itaú Unibanco entre os maiores lucros de bancos privados no país. O lucro de R$ 7,055 bilhões do Itaú Unibanco no 1º semestre é, agora, o segundo maior entre os bancos do país.

Nos últimos quatro anos, o Itaú havia registrado os maiores lucros da história dos bancos brasileiros no primeiro semestre.

Explosão no segundo trimestre

O lucro do banco foi puxado pelo forte resultado do 2º trimestre, quando registrou lucro líquido de R$ 7,47 bilhões, cerca de duas vezes e meia acima do resultado positivo obtido um ano antes, impulsionado pela venda de ações de sua área de previdência, seguros e capitalização, BB Seguridade.

No primeiro trimestre, o banco teve lucro líquido de R$ 2,56 bilhões.

O indicador de inadimplência do Banco do Brasil, com dívidas maiores que três meses, caiu para o menor patamar em 11 anos, segundo o balanço do banco.

O banco informou ainda que manteve a política de distribuir 40% do lucro líquido aos acionistas (cerca de R$ 4 bilhões no 1º semestre).

A carteira de crédito ampliada do Banco do Brasil encerrou junho em R$ 638,628 bilhões, expansão de 7,7% ante março e de 25,7% em 12 meses. Os destaques do período foram as carteiras pessoa jurídica e de agronegócios, que registraram aumentos em 12 meses de 28,8% e 32,8%, respectivamente.

Ao final de junho, o BB ampliou sua liderança em crédito no sistema financeiro nacional, atingindo 20,8% de participação de mercado.

Os empréstimos destinados à pessoa física totalizaram R$ 161,550 bilhões no segundo trimestre, aumento de 15,9% em doze meses e de 3,3% sobre março, respondendo por 25,3% da carteira de crédito do banco.

Já os recursos destinados às pessoas jurídicas somaram R$ 300,142 bilhões, com elevação de 28,8% e 5,4%, respectivamente. Esse segmento responde por 47,0% da carteira de crédito total do BB.

Os ativos do Banco do Brasil alcançaram R$ 1,21 trilhão no primeiro semestre de 2013, crescimento de 15,5% em 12 meses, favorecido principalmente pela expansão da carteira de crédito.

O retorno sobre o patrimônio líquido anualizado (RSPL) no conceito ajustado do BB ficou em 16,4% ao final de junho ante 21,2% visto um ano antes.

O banco também divulgou retorno de 51,8% contra 21,4% em um ano, impactado pela alienação das ações da BB Seguridade. O BB encerrou o segundo trimestre com patrimônio líquido médio de R$ 64,721 bilhões, montante 6,4% superior ao visto em igual intervalo de 2012.

fonte: http://www.contrafcut.org.br/noticias.asp?CodNoticia=35344

Banco do Brasil tem lucro de R$ 2,634 bi no 2º trimestre, queda de 11,8%

A instituição também anunciou lucro líquido de R$ 7,472 bilhões no período, aumento de 148,4% em 12 meses, influenciado pela venda das ações da BB Seguridade

Agência Estado |
            
O Banco do Brasil divulgou nesta terça-feira, 13, lucro líquido ajustado de R$ 2,634 bilhões no segundo trimestre deste ano, recuo de 11,8% ante a cifra registrada no mesmo intervalo do ano passado, de R$ 2,986 bilhões.
A expectativa média de 12 casas consultadas pelo Broadcast (Bank of America Merrill Lynch, Bradesco, BTG Pactual, Citibank, Credit Suisse, Deutsche Bank, Grupo Bursátil Mexicano (GBM), Goldman Sachs, Itaú BBA, Morgan Stanley, Safra e UBS) apontava para lucro líquido ajustado de R$ 2,648 bilhões no período.
Getty Images
Banco do Brasil teve queda de 11,8% no lucro do 2º trimestre
A instituição também anunciou lucro líquido de R$ 7,472 bilhões no período, aumento de 148,4% em 12 meses, influenciado pela venda das ações da BB Seguridade. A carteira de crédito ampliada do banco encerrou junho em R$ 638,628 bilhões, expansão de 7,7% ante março e de 25,7% em 12 meses.
Os destaques do período, conforme relatório do banco que acompanha suas demonstrações financeiras, foram as carteiras pessoa jurídica e de agronegócios, que registraram aumentos em 12 meses de 28,8% e 32,8%, respectivamente.

Veja também: Captação em euros do Banco do Brasil abre caminho para outros bancos
Ao final de junho, o BB ampliou sua liderança em crédito no sistema financeiro nacional, atingindo 20,8% de participação de mercado. Os empréstimos destinados à pessoa física totalizaram R$ 161,550 bilhões no segundo trimestre, aumento de 15,9% em doze meses e de 3,3% sobre março, respondendo por 25,3% da carteira de crédito do banco.
Já os recursos destinados às pessoas jurídicas somaram R$ 300,142 bilhões, com elevação de 28,8% e 5,4%, respectivamente. Esse segmento responde por 47,0% da carteira de crédito total do BB.
Os ativos do Banco do Brasil alcançaram R$ 1,21 trilhão no primeiro semestre de 2013, crescimento de 15,5% em 12 meses, favorecido principalmente pela expansão da carteira de crédito. O retorno sobre o patrimônio líquido anualizado (RSPL) no conceito ajustado do BB ficou em 16,4% ao final de junho ante 21,2% visto um ano antes.

Veja também: Banco do Brasil e Caixa vão bancar crédito à infraestrutura
O banco também divulgou retorno de 51,8% contra 21,4% em um ano, impactado pela alienação das ações da BB Seguridade. O BB encerrou o segundo trimestre com patrimônio líquido médio de R$ 64,721 bilhões, montante 6,4% superior ao visto em igual intervalo de 2012.


fonte: http://economia.ig.com.br/mercados/2013-08-13/banco-do-brasil-lucra-r-2634-bi-no-2-trimestre-queda-de-118.html


Ministério da Saúde e IBGE iniciam pesquisa sobre saúde da população


O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e o Ministério da Saúde começaram nesta segunda-feira (12) a fazer coletas de dados para a primeira Pesquisa Nacional de Saúde (PNS). Além do questionário com perguntas sobre a saúde da população, a pesquisa fará, pela primeira vez, um levantamento nacional domiciliar com aferição de pressão arterial, medição de peso/altura e coleta de sangue e urina.

A pesquisa vai durar três meses e será feita em duas etapas. Na primeira etapa, os entrevistadores do IBGE visitarão 80 mil domicílios em 1,6 mil municípios do país, com um questionário que terá perguntas sobre os moradores daquela casa, como cobertura do plano de saúde, utilização dos serviços de saúde e a situação de pessoas com mais de 60 anos, crianças com menos de dois anos e pessoas com deficiência.

Em seguida, um morador maior de idade será selecionado aleatoriamente pelo computador do IBGE para responder a perguntas mais específicas, como a percepção de seu estado de saúde, acidentes e violências sofridas, estilo de vida, doenças crônicas, saúde da mulher, acompanhamento pré-natal, saúde bucal e atendimento médico.

A pessoa escolhida terá sua altura, peso e circunferência da cintura medidos, além de ter sua pressão arterial aferida. Em uma segunda etapa, da qual participarão apenas cerca de 25% dos domicílios, um laboratório credenciado pelo Ministério da Saúde marcará visita domiciliar para fazer coleta de sangue e urina.

O exame de urina vai permitir a medição dos níveis de sódio, potássio e creatinina. Já a análise do sangue permitirá que sejam conhecidas doenças como diabetes, anemia e dengue. Também será possível saber os níveis de colesterol e creatinina, substância que, por sua vez, pode apontar a existência de problemas renais na pessoa.

Segundo a diretora do Departamento de Análise da Situação da Saúde do Ministério da Saúde, Deborah Malta, as informações permitirão que os gestores públicos possam planejar suas estratégias.

"Vamos analisar tanto os acessos a serviços, quanto a existência de doenças crônicas como a diabetes e a hipertensão. Também vamos conhecer outras questões relacionadas ao comportamento de saúde. Todas essas informações vão apoiar o Ministério da Saúde no desenvolvimento de políticas públicas de promoção, prevenção e controle das doenças", disse.

Os entrevistados poderão depois ter acesso aos resultados dos exames. Quem tiver problemas de saúde constatados, receberá orientação para procurar o sistema de saúde. O IBGE e o Ministério da Saúde pedem aos moradores dos domicílios selecionados que colaborem com a pesquisa.

A expectativa é fazer o levantamento de cinco em cinco anos, mas ainda não há previsão para a divulgação dos resultados dessa primeira edição.


Fonte: Agência Brasil


CUT ocupa o Congresso Nacional nesta terça e quarta contra terceirização


Crédito: Roberto Parisotti - CUT
Roberto Parisotti - CUTMobilização contra PL 4330 pressiona nesta semana CCJC da Câmara

A CUT começou esta semana lutando ao mesmo tempo em duas frentes contra o PL 4330, da terceirização. Na tarde desta segunda-feira (12), voltou à mesa de negociação em Brasília (reunião em andamento) com as demais centrais, governo federal, deputados e empresários. Nesta terça-feira (13), inicia vigília no Congresso Nacional para pressionar deputados a não aprovar o projeto.

Milhares de trabalhadores e dirigentes cutistas de todo o país, dentre eles centenas de bancários, já estão mobilizados para ocupar o complexo do Parlamento porque o projeto pode ser colocado em votação nesta quarta-feira (14).

A reunião anterior da mesa que negocia o PL 4330 aconteceu na segunda-feira passada (5) e teve, pela primeira vez, proposta completa apresentada pelo governo. Por conta disso, as centrais pediram mais tempo para analisar o texto, mas o restante da mesa discordou e manteve decisão anterior de que a última reunião do grupo seria realizada nesta segunda-feira.

Pressão

Com a forte possibilidade de o PL 4330 ser colocado em votação na Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJC) da Câmara, a CUT, além de prosseguir com as negociações, decidiu também mobilizar seus dirigentes e militantes para pressionar os deputados. No dia 6 foi realizado um dia nacional de mobilizações, com atos em todo o País em frente às federações patronais.

Milhares de cutistas já estão em Brasília. Ficarão em vigília no Congresso até saber os rumos do PL 4330 e durante a votação. A tarefa é pressionar os parlamentares a votar contra a proposta.

De autoria do deputado Sandro Mabel, a projeto que precariza ainda mais a vida dos trabalhadores terceirizados já recebeu aval do relator do texto na CCJC, o deputado Arthur Maia (PMDB-BA), e apenas aguarda a votação.

Enfrentamento

"A CUT permanecerá na mesa de negociação para tentar construir um acordo capaz de regulamentar a terceirização sem que isso seja sinônimo de precarização, redução de direitos, de salários e enfraquecimento da representação sindical. Mas também faremos o enfrentamento colocando nossos militantes em Brasília para impedir que um texto com uma série de ataques aos trabalhadores seja votado e aprovado", diz o presidente nacional da CUT, Vagner Freitas.

"Da maneira como está, o projeto traz a desorganização sindical, a redução de salário dos trabalhadores, a retirada de conquistas sociais. E isso não aceitaremos. Vamos apostar sempre na negociação, por isso continuaremos o debate nesta segunda-feira, mas temos de ampliar a mobilização dos nossos ramos e estaduais para pressionar e lembrar os deputados que eles foram eleitos para representar o povo brasileiro.", afirma o secretário-geral da CUT Nacional, Sérgio Nobre.

Raio-X

O trabalhador terceirizado permanece 2,6 anos a menos no emprego, tem uma jornada semanal de três horas a mais e ganha 27% a menos que o contratado de forma direta, de acordo com um estudo de 2011 da CUT e do Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos (Dieese).

Mas nenhum número é tão revelador da precariedade imposta pelos patrões aos terceirizados: a cada dez acidentes de trabalho, oito ocorrem entre terceirizados.

No Brasil, há entre 12 e 13 milhões de terceirizados segundo diferentes fontes (não há dados oficiais), mas esse número pode ser bem maior. O total equivale a 25% do total de trabalhadores com carteira assinada no País.


Fonte: CUT

segunda-feira, 12 de agosto de 2013



Presidente de CCJC da Câmara diz que é contra PL 4330 da terceirização


Crédito: CUT
CUTDirigentes da CUT, durante reunião com o deputado em Florianópolis

"Os empresários querem segurança jurídica e nós achamos que a lei pode ser concedida, desde que não precarize os direitos dos trabalhadores." A frase do deputado federal Décio Lima (PT-SC), presidente da Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJC) da Câmara, durante conversa com o Portal da CUT, em 6 de agosto, no Dia Nacional de Mobilização, coincide com o pensamento da Central.

Para a CUT, é necessário regulamentar esse modelo de contratação que atinge mais de 10 milhões de trabalhadores, o equivalente a 22% de todos os formais no país, porém, de uma maneira que acabe com a precarização nas relações de trabalho. E o PL 4330 não atende a essa demanda.

Décio Lima admite avanços na discussão da mesa quadripartite - com empresários, parlamentares e governo federal -, instalada por pressão da CUT para discutir o tema, mas aponta que dois aspectos ainda precisam ser acolhidos por parte dos empresários e do relator. O primeiro, a igualdade de direitos entre trabalhadores terceirizados e contratados diretos. "Não podemos ter duas categorias diferentes. Por exemplo, o bancário terceirizado é tão bancário quanto o contratado direto e deve ter os mesmos direitos."

O segundo é a chamada responsabilidade solidária, aquela em que a empresa contratante assume a responsabilidade sobre pendências trabalhistas que não sejam quitadas pela terceirizada. "A empresa que contratou a terceirizada também deve ter a responsabilidade com as obrigações trabalhistas", disse.

Caso o PL não responda a essas duas questões, o deputado assumiu o compromisso de não votar projeto. "Não votarei algo que precariza as relações de trabalho e acredito que tenhamos maioria aqui para impedir agressões à classe trabalhadora", afirmou.

Trabalho de terceira

Um estudo de 2011 da Central e do Dieese apontou que oito em cada 10 acidentes de trabalho ocorrem em empresas que utilizam mão de obra terceirizada. De acordo com o levantamento, o terceirizado ganha, em média, 27% a menos do que o contratado direto, apesar de realizar uma jornada de, ao menos, três horas a mais.

Além disso, a terceirização promove a rotatividade. Prova disso é que o tempo médio de permanência do trabalhador terceirizado na empresa é a metade em relação ao contratado direto.

Mais respeito

Desde 2004, quando criou um grupo de trabalho (GT) para discutir a questão, a CUT negocia com empresários, parlamentares e governo federal uma legislação que obrigue os patrões a respeitarem direitos trabalhistas.

Em 2007, o deputado federal Vicentinho (PT-SP), apresentou o Projeto de Lei 1621, fruto do trabalho do GT da Central. O texto aguarda parecer na Comissão de Comissão de Desenvolvimento Econômico, Indústria e Comércio (CDEIC).

Em 2009, uma discussão no Ministério do Trabalho das centrais com empresários e governo terminou com o abandono dos patrões e a criação de outro projeto. Esse se encontrado engavetado na Casa Civil.

CUT não aceita terceirização total

Ao contrário de ambos, o PL 4330/2004, do empresário Sandro Mabel (PMDB-GO), avança na CCJC, onde recebeu parecer favorável do relator Arthur Maia (PMDB-BA) e pode ser votado a qualquer momento.

O texto contraria a luta da classe trabalhadora ao defender, entre outros retrocessos, que a terceirização possa ser aplicada em qualquer setor da empresa, inclusive na chamada atividade fim, a finalidade principal da companhia.

Desde julho, por conta da pressão da CUT, novamente foi criada uma mesa de negociação com representantes dos trabalhadores, empresários, Congresso e governo federal.

O lado dos parlamentares

Após os deputados José Reguffe (PDT-DF), Érika Kokay (PT-DF), Roberto Policarpo (PT-DF), Ricardo Berzoini (PT-SP) e Paulo Teixeira (PT-SP) assumirem voto contrário ao PL 4330, o Portal da CUT foi à CCJC para ouvir a posição de outros integrantes da comissão.

Veja abaixo o que pensam:

Antônio Bulhões (PRB-SP)
"Embora a intenção do PL fosse outra, precarizará ainda mais as condições de trabalho e por isso eu me posiciono contra."

Assis Melo (PCdoB-RS)
"Votaremos contra porque é uma Emenda 3 disfarçada. Os trabalhadores deixarão de ser pessoas físicas para serem jurídicas e a CLT acabará."

Beto Albuquerque (PSB-RS, líder do partido)
"O momento não é de precarizar, mas de ampliar direitos. Somos contra porque propõe terceirizar também a atividade-fim e, com isso, ampliar o ataque às relações trabalhistas."

Delegado Protógenes (PCdoB-SP)
"Esse projeto vem disfarçado de uma solução para todas as necessidade dos trabalhadores, das empresas e dos serviços públicos essenciais ao povo brasileiro, mas vem impregnado de uma situação já construída nos governos neoliberalistas, que fragiliza as estruturas do Estado. A terceirização não vai gerar mais emprego e renda, ao contrário, cria o subemprego."

Dr. Grilo (PSL-MG, líder do partido)
"Sou contra porque é lesivo ao trabalhador e institucionalizará o calote no Brasil. Atualmente, várias empresas dispensam seus empregados, não pagam as verbas recisórias e os empregados tem dificuldade de receber a recisão na Justiça. Esse projeto só vem fortalecer essa situação."

Ivan Valente (PSOL-SP)
Apesar de não compor a Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJC), o deputado afirmou que a bancada do partido fechou contra o PL 4330.

João Paulo Lima (PT-PE)
"Estou com centrais sindicais, acredito que a medida contraria a conquista dos trabalhadores e não podemos aceitar retrocessos. "

Luiz Couto (PT-PB)
"O projeto é um retrocesso, prejudicial à classe trabalhadora e não podemos votar de maneira alguma. E se não houver por parte do relator o entendimento de que deva aceitar as emendas que foram apresentadas pelas centrais, iremos usar todos os mecanismos para obstrução."

Luiza Erundina (PSB-SP)
"Sou pessoalmente contra e o partido está fechado contra o PL 4330, porque é uma tentativa de precarização do trabalho e das relações trabalhistas."

Marcos Rogério (PDT-RO)
"A bancada fechou entendimento de que será contrária à matéria porque afronta direitos e interesses dos trabalhadores".


Fonte: CUT


Trabalhadores e empresários estão longe de acordo sobre terceirização


Crédito: CUT
CUTJacy Afonso de Melo
Secretário nacional de Organização da CUT


Ao contrário do que disse o professor Pastore em artigo recente, o Brasil está longe de ver um acordo sobre a regulamentação da terceirização, pois, a depender dos empresários e do governo, terceirizar continuará sendo sinônimo de precarizar.

Os esforços para regulamentar a terceirização no país são antigos. Empresários e trabalhadores se debruçam sobre o tema há mais de 10 anos e constroem suas propostas. O que está em jogo são os objetivos centrais da regulamentação que, no caso de empregadores e trabalhadores, são diametralmente opostos.

De um lado, a classe patronal entende a terceirização como um instrumento de gestão cujo principal objetivo é a reduzir custos (segundo estudo da própria CNI), repassando para um terceiro a responsabilidade de parte de seus serviços.

Desta forma, o empresário se desvencilha da responsabilidade com os trabalhadores, suas condições de trabalho e remuneração, da sua representação sindical e do passivo trabalhista, e o governo dribla o cumprimento da Lei de Responsabilidade Fiscal, fugindo do controle de gastos e eximindo-se também de compromissos com direitos trabalhistas, saúde do trabalhador e condições de trabalho.

Trabalhadores, por sua vez, defendem que a terceirização deve garantir isonomia de direitos e de condições de trabalho ao terceirizados e que os empregadores devem ser responsáveis solidariamente por estes trabalhadores.

Os dados mostram a realidade da terceirização no Brasil: trabalhador terceirizado ganha menos e trabalha mais, adoece mais e está mais exposto a acidentes e morte no trabalho, pois trabalha em ambientes e condições insalubres na maioria dos casos, além de apresentar os maiores índices de rotatividade do mercado de trabalho. A situação é tão evidente que hoje é senso comum entre os trabalhadores que ser terceirizado é ter direitos rebaixados.

Nos últimos meses, essas discussões vêm ganhando mais espaço na sociedade com o debate e a negociação em torno do PL 4330, do deputado Sandro Mabel, que tramita em fase final na Câmara dos Deputados. O conteúdo do Projeto apresentado por seu relator, deputado Arthur Maia, visa legalizar a precarização e ampliar de forma ilimitada a terceirização no Brasil, abrindo a possibilidade de terceirizar qualquer área e parte do processo produtivo, tanto no setor privado quanto no setor público.

Em tese, se aprovado, o projeto acabará com o concurso público e abrirá a possibilidade de empresas sem nenhum trabalhador direto. Em pouco tempo, o Brasil será formado por um imenso contingente de trabalhadores terceirizados e precarizados, e um pequeno grupo de empresários cada vez mais ricos a custa dos direitos dos trabalhadores. É a forma "moderna" da escravidão.

Fruto da articulação política e da mobilização da CUT e das demais centrais sindicais, foi constituída uma mesa de negociação com representação de trabalhadores, empresários, governo e a presença do deputado Arthur Maia. Depois de oito reuniões, nenhum movimento significativo foi feito pelo governo, pelos empresários ou pelo relator para mudar o conteúdo central do PL 4330.

Diante disto, é preciso dizer à sociedade que não existe acordo, nem sinalização de acordo em torno da regulamentação da terceirização nesta conjuntura.

A Executiva Nacional da CUT, reunida em São Paulo na última semana, reafirmou sua posição: não haverá acordo com a proposta final construída pelo governo e o relator e apresentada na última reunião da mesa de negociação. Não haverá acordo em torno de um projeto que libere a terceirização para todas as áreas e atividades da empresa; que não garante isonomia de direitos para os trabalhadores terceirizados; que não compromete solidariamente os empresários com a garantia da remuneração, dos direitos e condições de trabalho dos terceirizados; que permite a subcontratação dentro do processo de terceirização, ou seja, a quarteirização e que não garante o fortalecimento da representação sindical destes trabalhadores. Nenhum destes pontos está contemplado na proposta apresentada e são todos inegociáveis, esta é a posição final da CUT.

A conjuntura atual de pressão para flexibilização das relações de trabalho nos coloca diante do desafio de construir um pacto social para que o mercado de trabalho no Brasil não venha a se aproximar do modelo chinês, onde a produtividade e seus ganhos são resultado da exploração sem limites dos trabalhadores.

Jamais seremos uma nação desenvolvida se não defendermos o papel central do trabalho nesta construção. Os trabalhadores devem ser tratados como atores fundamentais neste processo, devem ser valorizados e protegidos por lei.

Precisamos avançar na formação profissional, com uma força de trabalho cada vez mais qualificada, mão de obra especializada, que gere riqueza e valor agregado à nossa produção. Precisamos ampliar os direitos e a massa salarial dos brasileiros, garantindo acima de tudo dignidade e cidadania.

A sociedade brasileira não pode aceitar que o futuro da juventude e do país seja comprometido por um projeto de lei que joga no lixo os direitos até aqui conquistados, deixando expostos e desprotegidos os trabalhadores, um PL que vem sendo chamado de "PL da Escravidão". Ou empresários e governo assumem sua responsabilidade, ou a classe trabalhadora vai parar o Brasil.


Fonte: CUT

Bancos negam reivindicações de saúde, condições de trabalho e segurança
 
Crédito: Jailton Garcia - Contraf-CUT
Jailton Garcia - Contraf-CUTPrimeira rodada de negociação entre Comando e Fenaban frustrou bancários

Os bancos negaram todas as reivindicações sobre saúde, condições de trabalho e segurança bancária apresentadas pelo Comando Nacional dos Bancários, coordenado pela Contraf-CUT, na manhã desta sexta-feira (9), na conclusão da primeira rodada de negociações da Campanha 2013, em São Paulo.

"As negociações começaram muito mal. Os banqueiros só estão preocupados com a gestão dos lucros e não com a gestão das pessoas e a proteção da vida", critica Carlos Cordeiro, presidente da Contraf-CUT e coordenador do Comando Nacional.

"Mais uma vez deixamos claro aos bancos que as más condições de trabalho, responsáveis pela epidemia de adoecimentos que atinge a categoria, e a proteção à vida são prioritárias e precisam ser resolvidas nesta Campanha Nacional. A postura intransigente dos bancos na mesa de negociação não deixa outra alternativa do que o crescimento da mobilização dos bancários em todo o país", alerta Carlos Cordeiro.

Em 2012, segundo dados dos INSS, 21.144 bancários foram afastados do trabalho por adoecimento, dos quais 25,7% com estresse, depressão, síndrome de pânico, transtornos mentais relacionados diretamente ao trabalho. Outros 27% se afastaram em razão de lesões por esforços repetitivos (LER/Dort).

Somente nos primeiros três meses deste ano, 4.387 bancários já haviam se afastado por adoecimento, sendo 25,8% por transtornos mentais e 25,4% por LER/Dort.

Na recente consulta para a Campanha Nacional, 18% dos que responderam declararam ter se afastado do trabalho por motivos de doença nos 12 meses anteriores e 19% disseram usar medicação controlada.

E em relação aos problemas de saúde, 66,4% dos bancários responderam na mesma consulta que as metas abusivas são o mais grave problema enfrentado hoje pela categoria. Outros 58,2% pedem o combate ao assédio moral, enquanto 27,4% assinalaram a falta de segurança contra assaltos e sequestros.

Assédio moral/violência organizacional

O Comando Nacional cobrou mais empenho dos bancos para coibir a prática da violência organizacional nos locais de trabalho e defendeu a necessidade de aprimorar o instrumento de combate ao assédio moral, conquistado na Campanha Nacional 2011, que depende da adesão de sindicatos e bancos. Um dos problemas é que o prazo de apuração das denúncias encaminhadas aos bancos é hoje de até 60 dias. Foi proposta uma redução para até 30 dias.

Os dirigentes sindicais também reivindicaram que as empresas possibilitem que os sindicatos realizem palestras e reuniões nas agências e departamentos sobre prevenção ao assédio moral. E defenderam a garantia de estabilidade no emprego ao bancário ou bancária assediada durante o período de investigação da denúncia.

Os negociadores não deram resposta para as demandas e sugeriram que essas questões sejam remetidas para aprofundamento na mesa temática de saúde e condições de trabalho.

Retorno ao trabalho após licença-saúde

O Comando Nacional denunciou que alguns bancos estão descumprindo a 43ª da convenção coletiva, pois estão chamando de volta para o trabalho bancários que estão afastados por licença-médica com benefício no INSS.

"É importante que o banco tenha um programa de retorno ao trabalho, a partir da alta do INSS, buscando reinserir o funcionário no trabalho, com apoio de equipe multidisciplinar", destacou Walcir Previtale, secretário de Saúde do Trabalhador da Contraf-CUT.

Além disso, os dirigentes sindicais apontaram a necessidade da prevenção. "Não concordamos que o trabalhador deve ser adaptado ao ambiente que o adoeceu. Queremos discutir a prevenção, de modo que o bancário retorne ao trabalho, seja acolhido e não volte a adoecer", destacou Carlos Cordeiro.

Foi proposto pelo Comando que seja realizado um estudo conjunto sobre o porquê do adoecimento no trabalho, a fim de discutir as causas do problema e buscar soluções eficazes para garantir um emprego saudável para todos. A Fenaban respondeu dizendo que não é possível assumir um compromisso de fazer esse estudo.

"Também foi defendido pelo Comando que seja garantida a manutenção do pagamento integral do salário e demais vantagens, sem perda da função e sem descomissionamento, para todo bancário que retorna ao trabalho após afastamento por motivo de saúde", salienta Walcir.

E foi ainda reivindicado o pagamento do salário até o retorno ao trabalho para o bancário que recebe alta do INSS, mas é considerado inapto pelo banco. Hoje o prazo vai até 120 dias. Os bancos não aceitaram as propostas.

Trabalhadores com deficiência

O Comando Nacional propôs que os bancários com deficiência tenham direito ao abono das faltas em todas as ocasiões em que houver necessidade de conserto, reparo ou aquisição de prótese. Os bancos não aceitaram, alegando que o pleito já vem sendo atendido em cada empresa.

Outras demandas de saúde

O Comando Nacional discutiu ainda problemas envolvendo a realização de exames médicos. "Há práticas inadequadas dos bancos, como preenchimento antecipado do ASO", disse Juvandia Moreira, presidenta do Sindicato dos Bancários de São Paulo. Foi denunciada a realização de exames demissionais no local de trabalho no ato do dispensa, o que é um absurdo. A Feanban disse que essas questões também devem ser discutidas na mesa temática de saúde.

Os dirigentes sindicais ressaltaram também a necessidade de manutenção do plano de saúde para o bancário na aposentadoria nas mesmas condições vigentes quando na estava na ativa.

Abono-assiduidade

O Comando reivindicou novamente a concessão de um abono-assiduidade de cinco dias de ausências justificadas por ano, já praticado pelo Banco do Brasil e Caixa Econômica Federal. Segundo Eduardo Araújo, presidente do Sindicato dos Bancários de Brasília, "esse abono trata dos cinco dias do ano que os trabalhadores não recebem para trabalhar". No HSBC, o dia do aniversário do bancário já é abonado.

A resposta da Fenaban, no entanto, foi outro "não", deixando indignados os dirigentes sindicais. Os bancos aumentam os lucros, mas não há contrapartidas sociais para os trabalhadores, responsáveis pelos resultados astronômicos das instituições. Pode?

Segurança Bancária

O Comando Nacional reafirmou a necessidade de proteger a vida das pessoas e cobrou prevenção contra assaltos e sequestros, bem como a melhoria da assistência às vítimas. Os bancos, no entanto, negaram o atendimento das reivindicações por mais segurança, mostrando que a gestão do lucro está acima da preservação da vida.

Foi ressaltada a necessidade de prevenção contra sequestros. O número de ocorrências vem crescendo assustadoramente. Nos últimos sete dias, segundo levantamento do Comando, dez bancários foram vítimas nos estados de São Paulo, Rio Grande do Sul, Paraná, Pernambuco e Pará, atingindo gerentes e tesoureiros, os que levam as chaves do banco para casa. Os bancos recusaram a proposta do fim da guarda das chaves pelos bancários, alegando que não é a causa dos sequestros.

"Defendemos a abertura das agências e postos de atendimento por empresas de segurança, como sendo feito por vários bancos, como a Caixa Econômica Federal. Também é possível utilizar novas tecnologias, como o controle remoto, mas infelizmente o foco dos bancos tem sido a gestão do lucro e não a proteção da vida", criticou Ademir Wiederkehr, secretário de imprensa da Contraf-CUT e coordenador do Coletivo Nacional de Segurança Bancária.

Além da prevenção, o Comando defendeu estabilidade no emprego e maior assistência para vítimas de assaltos, sequestros e extorsões. Foi proposta a emissão da CAT, a liberação dos funcionários do trabalho e o fechamento das agências e postos no dia da ocorrência, o custeio de remédios e segurança individual no reconhecimento de suspeitos na delegacia de polícia, dentre outras demandas.

Mas nada foi aceito pelos bancos. A Fenaban ainda sugeriu que os trabalhadores busquem a via judicial para discutir os problemas enfrentados em decorrência de assaltos e sequestros.

Os dirigentes sindicais denunciaram o descumprimento da cláusula 30ª da convenção coletiva, que determina a adoção de providências pela Fenaban, juntamente com os bancos, para coibir o transporte de valores feito por bancários.

"Na última reunião da CCASP na Polícia Federal, uma mesma agência do Bradesco em Rio Branco foi multada em 41 processos por ter mandado uma gerente transportar numerário, em vez de contratar um carro-forte", denuncia Ademir. "Outra agência do Bradesco, no Pará, utilizou este ano um bancário para levar dinheiro a um posto de atendimento e foi autuada pela Polícia Federal", completa.

Foi também abordado o projeto-piloto de segurança bancária em Recife, Olinda e Jaboatão dos Guararapes. A lista das agências, onde serão instalados os equipamentos previstos, está sendo concluída e, depois, serão definidos os nomes do grupo de acompanhamento e agendada a primeira reunião de trabalho. "Trata-se de um importante avanço, fruto da Campanha Nacional 2012, e esperamos que os equipamentos de prevenção contra assaltos, ali previstos, sejam depois estendidos para todo o Brasil", salienta Ademir.

Só a mobilização garante avanços

"Deixamos claro nesta primeira rodada de negociação que as condições de trabalho são prioritárias na campanha deste ano e que não será possível acordo se não houver avanços e uma solução para o problema das metas abusivas", reforça Carlos Cordeiro. "Esperamos uma resposta dos bancos já próxima rodada", ressalta.

A segunda rodada de negociação foi marcada para quinta e sexta-feira, dias 15 e 16, quando será tratado o tema do emprego.

Mas para avançar a negociação, é preciso ter ousadia, unidade e mobilização. Por isso, além da pressão contra o PL 4330 da terceirização na próxima terça e quarta-feira, dias 13 e 14, em Brasília, onde é essencial a presença de dirigentes sindicais de todo Brasil, é necessário organizar desde já o dia nacional de luta, a ser realizado no dia 22, com passeatas em todo o país.

Vem pra luta, bancário e bancária!

Calendário de mobilização

13 e 14 - Mobilização em Brasília contra PL 4330
14 - Primeira rodada de negociação entre Comando Nacional e Banco do Brasil
15 e 16 - Segunda rodada de negociação com a Fenaban sobre o tema Emprego
19 - Primeira rodada de negociação entre o Comando e o Banco da Amazônia
22 - Dia Nacional de Luta, com passeatas dos bancários
22 - Dia Nacional de Luta dos empregados da Caixa
28 - Dia do Bancário, com atos de comemoração e de mobilização
30 - Paralisação nacional das centrais sindicais pela pauta da classe trabalhadora


Fonte: Contraf-CUT - http://www.contrafcut.org.br/noticias.asp?CodNoticia=35323
Primeira negociação específica entre Comando e Caixa discute saúde
 
Crédito: Fenae
FenaePrimeira rodada debateu também condições de trabalho

O Comando Nacional dos Bancários, coordenado pela Contraf-CUT e assessora pela Comissão Executiva Nacional dos Empregados (CEE-Caixa) iniciou na tarde desta sexta-feira (9) as negociações com a Caixa Econômica Federal acerca da pauta de reivindicações especificas para Campanha Nacional 2013. A rodada, que ocorreu em Brasília, abordou demandas sobre a saúde do trabalhador, o plano Saúde Caixa e as condições de trabalho.

Porém, antes de começar os debates, o Comando cobrou da empresa solução para questões ainda pendentes, a exemplo dos casos de descomissionamentos de dirigentes sindicais ocorridos em Santa Caratina e no Rio Grande do Sul e de empecilhos colocados à distribuição de material das entidades associativas e sindicais em determinadas unidades da cidade de São Paulo, todos enquadrados como práticas antissindicais.

Os dirigentes sindicais cobraram também que a Caixa reveja sua posição de considerar como falta o dia não trabalhado em 11 de julho, em razão do dia nacional de luta promovido pelas centrais sindicais em favor da pauta da classe trabalhadora.

Saúde do trabalhador

Nos debates sobre saúde, o Comando defendeu a criação de unidades específicas para Saúde do Trabalhador e Saúde Caixa, com estruturas técnica e administrativa compatíveis com suas atribuições, sendo, no mínimo, uma por estado. Cobrou também o reconhecimento das atividades de tesoureiro, avaliador de penhor e caixa como insalubres, a extensão da pausa de 10 minutos a cada 50 trabalhados a todos os bancários que atendem público ou trabalham com entrada de dados, e a manutenção da titularidade e complementação salarial referente a CTVA para afastados por motivo de saúde, enquanto perdurar o afastamento.

Os representantes dos empregados reivindicaram ainda o custeio integral pela Caixa do tratamento das doenças do trabalho, inclusive para aposentados por invalidez em função de acidente de trabalho, e defenderam a extensão da licença-aleitamento para mães com crianças de até um ano.

O Comando cobrou ainda da Caixa procedimentos de efetivo combate a todas as formas de violência organizacional, sobretudo no que se refere ao assédio moral e ao assédio sexual. A imposição de metas e as pressões por resultados foram taxadas pelos dirigentes sindicais como exercício do assédio moral.

Saúde Caixa

Nas discussões sobre o Saúde Caixa, os representantes dos empregados propuseram a utilização do resultado anual para melhorias no plano, bem como o ressarcimento do valor integral dos procedimentos, em localidades em que não haja profissionais credenciados.

O Comando reforçou a cobrança de transformação do caráter do Conselho de Usuários de consultivo para deliberativo e defendeu o fortalecimento dos comitês de acompanhamento da rede credenciada.

A defesa da extensão do Saúde Caixa para as pessoas que se aposentaram por PADV foi feita, uma vez mais, pelo presidente da Federação Nacional dos Aposentados, Décio de Carvalho, que representa o segmento na mesa de negociação. Na oportunidade, o dirigente cobrou ainda informações da empresa sobre a busca de solução para os mais de 15 anos de congelamento dos benefícios pagos pelo INSS aos aposentados pelo chamado Plano de Melhoria de Proventos e Pensões (PMPP).

Os representantes da Caixa asseguraram que a extensão do plano aos aposentados por PADV está sendo avaliada e que a conclusão deve sair ainda em agosto. Sobre o PMPP, a informação é de que a Caixa adotou como procedimento acionar a Câmara de Arbitragem da Advocacia Geral da União (AGU), a fim de trazer o INSS para a discussão do assunto.

Condições de trabalho

O Comando apresentou à Caixa a exigência de que a abertura de novas unidades se dê somente com a estrutura física, de segurança e ergonomia necessárias ao atendimento adequado da população. Cobrou também o fortalecimento das estruturas das Gilogs para o atendimento das demandas existentes.

Para o Comando, a melhoria das condições de trabalho exige o aumento do número mínimo de empregados por agência. A reivindicação feita é que haja dois tesoureiros por unidade, em dois turnos de trabalho, e no mínimo um TBN na retaguarda, por unidade.

A segunda rodada de negociação da pauta de reivindicações específicas da Campanha Nacional 2013 com a Caixa ficou agendada para o dia 19 de agosto. "Essa mesa sobre temas específicos é importante porque temos muitas coisas para resolver com a Caixa e a hora de começar a pressão é agora, com mobilização por todo o país", ressaltou Fabiana Uehara Proscholdt, diretora da Contraf-CUT.


Fonte: Contraf-CUT com Fenae - http://www.contrafcut.org.br/noticias.asp?CodNoticia=35324
Contraf-CUT reforça pressão em Brasília contra PL 4330 nos dias 13 e 14
 
A Contraf-CUT reafirmou nesta quarta-feira, dia 7, durante a reunião do Comando Nacional dos Bancários, em São Paulo, a importância da mobilização em Brasília na próxima semana contra o PL 4330 da terceirização. O projeto pode ser votado na terça ou quarta-feira, dias 13 e 14, na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJC) da Câmara dos Deputados.

O presidente da Contraf-CUT, Carlos Cordeiro, ressaltou que os bancários estão entre as categorias que mais serão prejudicadas, caso o PL 4330 for aprovado. "Esse projeto vai piorar as condições precárias de trabalho de quem já está terceirizado e vai empurrar aqueles que hoje não estão, como os caixas e os gerentes das agências", denunciou.

Além disso, Cordeiro lembrou que já está em tramitação no Senado outro projeto, "tão ruim quanto o PL 4330", de autoria do senador Armando Monteiro Neto (PTB-PE), ex-presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI).

Para o secretário de Organização do Ramo Financeiro da Contraf-CUT, Miguel Pereira, a mobilização dos trabalhadores é fundamental para evitar a aprovação desses projetos que liberam por inteiro a terceirização no país.

"Foi a presença dos bancários que fez a diferença em 11 de junho e em 10 de julho, quando o PL 4330 esteve prestes de ser votado na CCJC da Câmara", apontou. "A pressão dos trabalhadores garantiu a abertura de um processo de negociação, através da mesa quadripartite, que volta a se reunir na próxima segunda-feira, dia 12".

Miguel reforçou a convocação já enviada pela Contraf-CUT aos sindicatos e federações para que participem da mobilização em Brasília, a fim de visitar os gabinetes dos deputados e lotar a sala de reuniões da CCJC da Câmara.

A CUT também promoverá na terça-feira uma vigília diante do Congresso Nacional. Os trabalhadores farão um acampamento, onde passarão a noite para protestar e cobrar que os parlamentares se posicionem contra o PL 4330.

"País de primeira não pode ter emprego de terceira", concluiu Miguel.


Fonte: Contraf-CUT - http://www.contrafcut.org.br/noticias.asp?CodNoticia=35303

CUT vai à negociação sobre PL 4330 nesta segunda e aumenta pressão
 
Enquanto negocia, CUT pressiona deputados contra projeto da terceirização

A CUT começa a próxima semana lutando ao mesmo tempo em duas frentes contra o PL 4330 da terceirização. Nesta segunda-feira (12), à tarde, volta à mesa de negociação em Brasília com as demais centrais, governo federal, deputados e empresários. Na terça-feira (13), inicia vigília no Congresso Nacional para pressionar deputados a não aprovar o projeto.

Milhares de trabalhadores e dirigentes cutistas de todo o País já estão mobilizados para ocupar o complexo do Parlamento porque o projeto pode ser colocado em votação na quarta-feira (14).

A reunião anterior da mesa que negocia o PL 4330 aconteceu na segunda-feira (5) e teve, pela primeira vez, proposta completa apresentada pelo governo. Por conta disso, as centrais pediram mais tempo para analisar o texto, mas o restante da mesa discordou e manteve decisão anterior de que a última reunião do grupo seria realizada nesta segunda-feira .

PRESSÃO

Com a forte possibilidade de o PL 4330 ser colocado em votação na Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJC) da Câmara, a CUT, além de prosseguir com as negociações, decidiu também mobilizar seus dirigentes e militantes para pressionar os deputados, caso o projeto seja votado no dia 14. Durante a semana, realizou atos em todo o País, em frente à federações patronais.

Milhares de cutistas já se preparam para deixar seus estados rumo a Brasília na terça-feira. Ficarão por lá, em vigília no Congresso, até saber os rumos do PL 4330 e durante a votação, se o texto for votado.

A tarefa é pressionar os parlamentares a votar contra a proposta. De autoria do deputado Sandro Mabel, a projeto que precariza ainda mais a vida dos trabalhadores terceirizados já recebeu aval do relator do texto na CCJC, o deputado Arthur Maia (PMDB-BA), e apenas aguarda a votação.

Enfrentamento

"A CUT permanecerá na mesa de negociação para tentar construir um acordo capaz de regulamentar a terceirização, sem que se isso seja sinônimo de precarização, redução de direitos, de salários e enfraquecimento da representação sindical. Mas também faremos o enfrentamento colocando nossos militantes em Brasília para impedir que um texto com uma série de ataques aos trabalhadores seja votado e aprovado", diz o presidente nacional da CUT, Vagner Freitas.

"Da maneira como está, o projeto traz a desorganização sindical, a redução de salário dos trabalhadores, a retirada de conquistas sociais. E isso não aceitaremos. Vamos apostar sempre na negociação, por isso continuaremos o debate nesta segunda-feira, mas temos de ampliar a mobilização dos nossos ramos e estaduais para pressionar e lembrar os deputados que eles foram eleitos para representar o povo brasileiro", afirma o secretário-geral da CUT, Sérgio Nobre.

Raio-X

O trabalhador terceirizado permanece 2,6 anos a menos no emprego, tem uma jornada semanal de três horas a mais e ganha 27% a menos que o contratado de forma direta, de acordo com um estudo de 2011 da CUT e do Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos (Dieese).

Mas nenhum número é tão revelador da precariedade imposta pelos patrões aos terceirizados: a cada dez acidentes de trabalho, oito ocorrem entre terceirizados.

No Brasil, há entre 12 e 13 milhões de terceirizados, segundo diferentes fontes (não há dados oficiais), mas esse número pode ser bem maior. O total equivale a 25% do total de trabalhadores com carteira assinada no País.


Fonte: Luiz Carvalho e Vanilda Olvieira - CUT - http://www.contrafcut.org.br/noticias.asp?CodNoticia=35328

sexta-feira, 9 de agosto de 2013

CAMPANHA SALARIAL 2013/2014 - CALENDÁRIO

São diversas as atividades envolvidas na Campanha Nacional dos Bancários, como manifestações, assembleias, negociações e reuniões. Fique atento à programação e participe de tudo! É a nossa força de mobilização e união que vai determinar o tamanho de nossa vitória.

Calendário
Dia 8
Negociação Fenaban Saúde e Condições de Trabalho - Leia mais
Dia 9
Negociação Fenaban Saúde e Condições de Trabalho - Leia mais
Dia 9
Negociação Caixa Saúde e Condições de Trabalho - Leia mais
Dia 14
Negociação Banco do Brasil - Leia mais
 
 
Fonte: SP Bancários

quarta-feira, 7 de agosto de 2013



Primeira rodada entre Comando Nacional e Fenaban começa nesta quinta


Começa nesta quinta-feira (8) a primeira rodada de negociação entre o Comando Nacional dos Bancários, coordenado pela Contraf-CUT, e a Fenaban, em São Paulo. Os debates continuam na sexta-feira (9).

Estarão na mesa o bloco de reivindicações sobre condições de trabalho, que envolve saúde do trabalhador, fim das metas abusivas e do assédio moral, e segurança bancária. A minuta de reivindicações da categoria foi entregue no dia 30 de julho.

A Campanha Nacional dos Bancários deste ano tem como eixos centrais o reajuste de 11,93% (inflação projetada do período mais aumento real de 5%), elevação do piso salarial para R$ 2.860,21, PLR de três salários mais R$ 5.553,15, defesa do emprego, fim da terceirização e melhores condições de trabalho.

Os balanços já publicados dos bancos mostram que a situação do sistema financeiro é muito sólida, os lucros continuam muito altos e, por isso, eles têm reais condições de atenderem a pauta de reivindicações dos bancários. "O tempo é favorável para ir à luta, com ousadia, unidade e mobilização, a fim de arrancar novas conquistas econômicas e sociais para a categoria", afirma o presidente da Contraf-CUT e coordenador do Comando Nacional, Carlos Cordeiro,

Bancos federais

A primeira negociação da pauta específica com a Caixa Econômica Federal acontece nesta sexta-feira, dia 9, às 15h, em Brasília. Com o Banco do Brasil, a primeira rodada foi marcada para o dia 14, às 13h, também em Brasília. Em ambas, o tema inicial será igualmente saúde e condições de trabalho.

Calendário de mobilização

7 - Reunião do Comando Nacional dos Bancários
8 e 9 - Primeira rodada de negociação entre Comando Nacional e Fenaban
9 - Primeira rodada de negociação entre Comando Nacional e Caixa Econômica Federal
13 e 14 - Mobilização em Brasília contra PL 4330
14 - Primeira rodada de negociação entre Comando Nacional e Banco do Brasil
22 - Dia Nacional de Luta, com passeatas dos bancários
28 - Dia do Bancário, com atos de comemoração e de mobilização
30 - Paralisação nacional das centrais sindicais pela pauta da classe trabalhadora

"Vem pra luta, bancário e bancária", convoca o presidente da Contraf-CUT.


Fonte: Contraf-CUT


Lucro mundial do HSBC sobe 22% no 1º semestre, mas no Brasil cai 70%


O HSBC registrou lucro líquido atribuível aos acionistas da companhia controladora de US$ 10,284 bilhões no primeiro semestre, em comparação com um lucro líquido de US$ 8,438 no mesmo período de 2012, o que corresponde a uma alta de 21,8%. Já o lucro líquido no período, que inclui a parte dos minoritários, subiu 24,5%, para US$ 11,346 bilhões, de US$ 9,108 bilhões na mesma comparação. O resultado foi divulgado na segunda-feira (5), em Londres.

Já a receita reportada do HSBC caiu 7% no primeiro semestre de 2013 para US$ 34,372 bilhões, de US$ 36,897 bilhões nos mesmos seis meses de 2012.

O CEO do HSBC, Stuart Gulliver, emitiu uma nota de cautela sobre o crescimento econômico da China. "A nova ênfase na qualidade em vez de quantidade de crescimento está mudando o equilíbrio da política para longe de estímulo e em direção a reforma. Acreditamos que isso deve limitar o ritmo de crescimento da China para 7,4% em 2013 e 2014, o que já está sendo refletido em números de crescimento mais modestos em outros mercados, particularmente na Ásia", disse, no comunicado.

Desde 2011, o HSBC reorienta-se nos principais mercados. Até agora, a empresa vendeu por volta de 54 negócios. Gulliver disse que a velocidade das vendas agora se abrandará.

O balanço diz, ainda, que as receitas relacionadas às taxas de juros caíram na América Latina, especialmente no Brasil. No mercado brasileiro, o HSBC cita como causa a queda da taxa de juros no médio e longo prazo, observada desde o início de 2012.

Lucro no Brasil cai 70%

O lucro do banco inglês no Brasil caiu 70% no primeiro semestre de 2013 na comparação com igual período do ano passado. Conforme o anúncio em Londres, a filial brasileira gerou lucro antes dos impostos de US$ 153 milhões de janeiro a junho de 2013, cerca de um terço dos US$ 505 milhões observados em igual período de 2012. O balanço do primeiro semestre ainda não foi publicado no Brasil.

O resultado nos primeiros seis meses deste ano foi sustentado pelo banco de atacado e de investimentos, que teve um lucro de US$ 290 milhões. Já o segmento de varejo registrou um prejuízo de US$ 117 milhões, conforme o jornal Valor Econômico.

Contraf-CUT rebate explicações do banco

O chefe-executivo do HSBC citou que o desempenho aqui é uma reação à situação macroeconômica do País. "O Brasil está crescendo menos e o consumo está crescendo menos", explicou, ao comentar que, apesar disso, o desempenho do País "não é um tema de preocupação particular", disse Gulliver.

No balanço, a instituição britânica explica que o desempenho econômico do Brasil "ficou abaixo das expectativas no período". "No primeiro trimestre de 2013, em especial, o Produto Interno Bruto (PIB) desacelerou pelo fraco consumo diante de consumidores brasileiros que parecem cortar gastos como uma resposta à inflação, alto nível de endividamento e queda da confiança", diz o documento.

Para Miguel Pereira, secretário de Organização da Contraf-CUT, os argumentos para a queda dos lucros no Brasil que estão relacionados ao fraco desempenho da economia brasileira e a queda do consumo não podem ser aceitos de maneira alguma.

"Estão utilizando uma cortina de fumaça para tentar encobrir os reais problemas que o banco inglês enfrenta no Brasil, que basicamente estão ligados às péssimas condições de trabalho dos funcionários, que são submetidos a metas escorchantes sem terem as reais condições de cumprimento, que associadas às milhares de demissões levam a um sentimento de desvalorização dos funcionários e obviamente dificulta a geração de novas receitas. Não basta apenas focar nas despesas e, muito pior, quando essas são diretamente ligadas a mais demissões, pois só deterioram as condições de competitividade do banco", avalia Miguel.

"Se realmente os problemas fossem relacionados apenas ao cenário macroeconômico, como seus demais concorrentes, públicos e privados, não só mantiveram, como vem apresentando aumentos expressivos nos seus resultados?", indaga o dirigente sindical.

Mudança nas provisões para devedores duvidosos

O CEO do HSBC afirmou ainda que houve "mudança de portfólio no Brasil", o que também prejudicou o desempenho. O banco explica que foram revistos e alterados parâmetros para o cálculo de perdas relacionadas aos empréstimos. Ao todo, o ajuste fez com que as provisões aumentassem em US$ 242 milhões. Segundo o banco, o ajuste foi especialmente nos segmentos de varejo e pequenas empresas.

"Teremos que olhar com muita atenção os altos provisionamentos para devedores duvidosos (PDD) que o banco realiza", alerta Miguel. A cada semestre o banco consegue a proeza de aumentar, e muito, esse provisionamento.

"Tínhamos informações, que avaliávamos como seguras até então, de que os resultados seriam muito melhores e que inclusive o lucro líquido não seria mais impactado pela questão dos provisionamentos, pois os já realizados davam conta do montante de crédito emprestado. E novamente vemos o banco usar a alegação de que foram alterados parâmetros para o cálculo de perdas relacionadas aos empréstimos. Ao todo, o ajuste fez com que as provisões aumentassem em U$ 242 milhões", observa o diretor da Contraf-CUT.

"Ora, como isso é possível se a carteira de crédito não teve essa evolução e as taxas de inadimplência também se mantiveram estáveis?", questiona.

Impactos no pagamento da PLR

"Com esses resultados, além de dificultar a pauta de negociação em curso, compromete, e muito, o pagamento da PLR da convenção coletiva dos bancários, que sempre fica na regra básica, além de praticamente inviabilizar novamente o pagamento dos programas próprios de remuneração variável. É mais um balde de água fria, apesar de todo empenho e esforço no cumprimento dos objetivos do banco", aponta Miguel.

Outras perguntas permanecem sem resposta até o momento. Quem formula esses programas de performance e define as metas? Quando faz isso, está em que mundo, que não dialoga com a realidade? O banco, apesar de trimestralmente revisitar o programa, tem feito quais ações para corrigir os rumos, ou não faz nada para acertar as coisas?

"Parece que isso que sucessivamente vem ocorrendo e, apesar dos funcionários apresentarem resultados positivos, ao final dos semestres, quando da divulgação do lucro líquido, esses desaparecem e os bancários ficam no prejuízo quando o banco não apresenta o cumprimento da meta de lucro (PBT)", analisa o dirigente sindical.

"Com a publicação do balanço no Brasil, vamos ter que estudar direitinho esses dados e cobrar muitas explicações da diretoria do banco", ressalta Miguel.

CEO do HSBC ganha mais de R$ 60 mil por dia

Enquanto isso, o CEO do HSBC ganha entre salários e bônus mais de R$ 60 mil por dia, o que representa R$ 22 milhões por ano, conforme reportagem da revista Época em março deste ano.

O anúncio ocorreu poucos meses depois de uma multa recorde por lavagem de dinheiro de quase US$ 2 bilhões. O caso despertou a fúria do sindicato britânico. "Isso é um absurdo e tem de acabar", enfatiza Miguel.

Multas bilionárias por lavagem de dinheiro

Além disso, o HSBC continua pagando multas bilionárias por condenações de lavagem de dinheiro, como os U$ 2 bilhões nos EUA e México. Também acaba de ser denunciado pelo mesmo crime na Argentina.

"Aí o banco diz que precisa demitir mais 10 mil funcionários em todo o mundo para cobrir os prejuízos advindos dos pagamentos dessas multas. Isso sai de onde? Do trabalho, suor, lágrimas e adoecimento dos bancários também do Brasil e isso é revoltante", conclui o dirigente da Contraf-CUT.


Fonte: Contraf-CUT com Estadão e Valor Econômico

segunda-feira, 5 de agosto de 2013



CUT e demais centrais sindicais irão às ruas contra PL 4330 nesta terça


A classe trabalhadora vai às ruas em todo o país nesta terça-feira (6), contra o Projeto de Lei 4330/2004, de autoria do deputado Sandro Mabel (PMDB-GO), que regulamenta a terceirização fraudulenta e ameaça os direitos estabelecidos na Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) e as conquistas das convenções e acordos coletivos.

O Dia Nacional de Luta é convocado pela Central Única dos Trabalhadores (CUT) e demais centrais sindicais. Segundo a CUT, trabalhadores das mais diversas categorias protestarão nas portas das federações patronais em todas as capitais do Brasil e também nas confederações de empresários, em Brasília.

Na capital paulista, a manifestação contra a terceirização que precariza o emprego começa por volta das 10h, em frente à Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), na Avenida Paulista 1.313.

"Estamos combatendo junto com a CUT e as demais centrais sindicais o PL 4330 que, se for aprovado, vai liberar a terceirização para todas as áreas, o que significa a possibilidade de terceirizar caixas e gerentes nos bancos", alerta o presidente da Contraf-CUT, Carlos Cordeiro.

Não é à toa que o representante da Fenaban lidera a bancada dos empresários nas negociações da mesa quadripartite. O substitutivo do deputado Arthur Maia (PMDB-BA) legaliza ainda os correspondentes bancários.

"Todo terceirizado sonha em ser contratado pela empresa onde trabalha. Mas nenhum contratado sonha em virar terceirizado", aponta Cordeiro.

Precarização

"Os empresários são os mais interessados na aprovação desse projeto pela Câmara e estão fazendo forte lobby nesse sentido. E isso porque, caso vire lei, eles não terão mais nenhum impedimento legal para terceirizar toda e qualquer atividade da empresa. Para eles isso significa reduzir custos com mão de obra e se eximir de qualquer responsabilidade trabalhista. Mas para o trabalhador, isso vai significar emprego precário, com salários menores, jornadas maiores e péssimas condições, ou seja, será a precarização total do emprego no país", alerta a secretária-geral do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Raquel Kacelnikas.

O PL 4330 tramita em fase final na Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJ) da Câmara e sua votação está prevista para o dia 13 de agosto. Caso aprovado, o projeto segue para o Senado.

Mobilização nesta terça

A data foi escolhida pelas centrais por ser o dia seguinte à última reunião da comissão quadripartite, que conta com representantes dos trabalhadores, empresários, parlamentares e governo federal para debater o tema.

O objetivo da comissão é negociar mudanças no texto do PL 4330 que sejam consenso entre os quatro segmentos. No entanto, segundo a CUT, até agora não houve avanços no debate porque os empresários resistem às alterações propostas pelos trabalhadores.

As entidades sindicais avaliam que há retrocessos nas propostas apresentadas nas reuniões da comissão pelo governo e empresários em seis pontos que são considerados prioritários pelos trabalhadores: o conceito de atividade especializada; os limites à terceirização; o entrave para a quarteirização; o significado dado à responsabilidade solidária (aquela em que a empresa contratante é responsável por quitar dívidas trabalhistas deixadas pela terceirizada); o caso dos correspondentes bancários; e a organização e representação sindical.

Ainda segundo a CUT, após a reunião do dia 5, as centrais deverão redigir uma carta aberta com o objetivo de alertar a população sobre os perigos do PL 4330. Essa carta será divulgada e lida durante o ato do dia 6.

Vem pra luta, bancário e bancária!

O secretário-geral da CUT, Sérgio Nobre, reforça o papel das manifestações do dia 6. "No estágio em que está a discussão, estamos longe de um acordo. Vamos reforçar a mobilização do nosso povo no dia 6, porque sempre que conseguimos combinar mesa de negociação com mobilização de massa, saímos vitoriosos. O envolvimento dos nossos sindicatos, federações e confederações será determinante."

Ele lembra que a união e mobilização dos trabalhadores já arrancou avanços no processo de tramitação do projeto, cuja votação na CCJ foi suspensa duas vezes, e conquistou ainda mesa e calendário de negociações.

"Há dois meses, muitos diziam que deveríamos nos preparar para melhorar o projeto, porque seria aprovado com certeza. E não só emperramos o andamento, como ainda conquistamos uma mesa quadripartite de negociação que não podemos abandonar, por saber que existem milhões de trabalhadores terceirizados sofrendo com precárias condições de trabalho."

Dias 13 e 14 em Brasília

Além da manifestação nacional do dia 6, a CUT fará mobilizações nos dias 13 e 14 em Brasília para convencer os parlamentares da Câmara e do Senado a rejeitarem o PL 4330 e similares. A Contraf-CUT já chamou os sindicatos e federações para que organizem os bancários para novamente fazerem pressão no Congresso Nacional.

Na nota em que critica a postura do empresariado na comissão quadripartite, a Central cita que o senador Armando Monteiro (PTB/PE) - que presidiu a Confederação Nacional da Indústria (CNI) até 2010 - desrespeitou o canal de negociação ao apresentar na CCJ do Senado um substitutivo ao PLS 87/10, que vai na mesma linha do PL 4330.

Inicialmente essas datas eram 12 e 13, mas a direção nacional da CUT alterou por avaliar que o PL 4330 pode ser votado na terça 13 ou na quarta 14, se até lá não houver acordo na mesa quadripartite.

E-mails para deputados

Os bancários devem entrar na luta, enviando e-mails aos deputados federais que compõem a CCJC e manifestando sua reprovação ao PL 4330.

Clique aqui para ver os nomes dos parlamentares da CCJC.

"Na hora em que o banco transfere a função do bancário para um terceiro, ele não precisa mais do bancário. Que a categoria não tenha dúvidas que o PL 4330 representa perda de emprego, de salário, de condições de trabalho. Mande e-mail para os deputados e proteste", diz Raquel.


Fonte: Contraf-CUT com Seeb São Paulo

sexta-feira, 2 de agosto de 2013

Bradesco, Itaú e BB são multados por desrespeito ao direito do consumidor



O Ministério da Justiça multou o Banco do Brasil, o Itaú Unibanco (Itaucard) e o Bradesco por desrespeito aos direitos do consumidor, de acordo com decisões do Departamento de Proteção e Defesa do Consumidor, publicadas na edição desta sexta-feira (2) do Diário Oficial da União.
O Itaucard terá de pagar multa de R$ 532,050 mil. O Bradesco foi multado em R$ 666,2 mil e o Banco do Brasil, em R$ 532,05 mil.
Os valores serão recolhidos ao Fundo de Defesa de Direitos Difusos. Os recursos desse fundo são aplicados em ações voltadas para a proteção do meio ambiente e do patrimônio público e na defesa dos consumidores.
Segundo o Ministério da Justiça, o Itaucard e o Banco do Brasil foram multados pelo envio de cartões de crédito sem prévia solicitação dos consumidores.
"O Departamento de Proteção e Defesa do Consumidor (DPDC) da Secretaria Nacional do Consumidor recebeu denúncias de consumidores relatando que estavam recebendo cartões de crédito dos bancos mencionados, em suas residências, sem qualquer pedido prévio. Trata-se de prática abusiva vedada pelo Código de Defesa do Consumidor", diz o ministério.
Ainda de acordo com o ministério, pesquisa realizada no Sistema Nacional de Informações de Defesa do Consumidor (Sindec) mostra que existem várias reclamações similares em âmbito nacional. "Foram constatados, à época, 106 demandas no Sindec, apenas em 2006, para o Banco Itaúcard e 128 entre os anos de 2007 e 2010, para o Branco do Brasil."
No caso do Bradesco, o ministério diz que houve publicidade irregular relacionada a fundos de renda fixa, "ofertados sem a adequada informação relativa aos riscos envolvidos". "Importa lembrar que a informação clara e suficiente aos consumidores sobre os serviços, inclusive relacionada a eventuais riscos envolvidos em investimentos financeiros, deve ser assegurada antes da contratação, e não apenas por meio da entrega de prospectos ou documentos informativos após a contratação", explica a pasta da Justiça.
O ministério acrescenta que a aplicação da multa "levou em consideração os critérios do Código de Defesa do Consumidor, a perpetuação do tempo da prática abusiva e a coletividade atingida".

Resposta dos bancos

Em nota, o Banco do Brasil informou que "não emite cartão de crédito sem solicitação prévia e expressa do cliente e ressalta que não fez, e não faz, nenhum movimento nesse sentido". O banco afirmou ainda que irá esclarecer às autoridades e órgãos de defesa do consumidor que a sua tecnologia de cartões, "uma das mais modernas do sistema financeiro nacional".
O Bradesco informou que o assunto está sub júdice, e o banco não comenta.
O UOL também entrou em contato com Itaú, mas até o momento não recebeu uma resposta.
(Com Agência Brasil)
Fonte: UOL

quinta-feira, 1 de agosto de 2013



Ministro do Trabalho adia decisão sobre reajuste do seguro-desemprego


A decisão sobre o reajuste do seguro-desemprego foi adiada, não tem data para acontecer, disse nesta quarta-feira (31) o ministro do Trabalho e Emprego, Manoel Dias. A reunião do Conselho Deliberativo do Fundo de Amparo ao Trabalhador (Codefat), que decidiria se o benefício passaria a ser corrigido de acordo com o cálculo usado para o salário mínimo, estava marcada para esta quarta-feira. Uma nova data deverá ser fixada pelo presidente do conselho e secretário de Políticas Públicas do ministério, Sérgio Vidigal.

Segundo Manoel Dias, o motivo do adiamento da reunião do Codefat foi a necessidade de deliberação dos membros sobre a resolução do conselho, que aprovará ou não o novo cálculo. A assessoria de imprensa do ministério informou à Agência Brasil que existe a possibilidade de a nova reunião ser marcada para o dia 15 de agosto.

Na última semana, o Ministério do Trabalho havia informado que o reajuste estava acertado com o governo. Logo em seguida, o Ministério da Fazenda negou ter dado aval ao novo cálculo, que aumentaria de 6,2% para 9% a correção do seguro dos trabalhadores que ganham acima de um salário mínimo (R$ 678). O ministro do Trabalho respondeu dizendo que a mudança estava em negociação.

A troca de percentual para o reajuste do seguro-desemprego, caso seja aprovada, será um retorno ao cálculo usado até janeiro deste ano, quando o benefício passou a ser reajustado de acordo com o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC).

O cálculo era atrelado ao percentual de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) - assim como é feito hoje com o salário mínimo. A estimativa é que o reajuste causaria um impacto de R$ 250 milhões nos gastos até o fim do ano.

De acordo com o Ministério do Trabalho, cerca de 50% dos trabalhadores que têm direito ao seguro-desemprego deverão ser afetados pela medida. Atualmente, são gastos aproximadamente R$ 30 bilhões por ano com o pagamento do benefício.


Fonte: Agência Brasil


Negociações com o HSBC sinalizam avanços, mas banco precisa ir além


Crédito: Dino Santos
Dino SantosReunião das entidades sindicais com o banco inglês foi realizada em São Paulo

Na segunda rodada de negociações específicas da Contraf-CUT, federações e sindicatos com o HSBC, realizada nesta quarta-feira 31 em São Paulo, o banco inglês sinalizou com pequenos avanços econômicos, mas ainda tímidos para satisfazer as expectativas dos bancários. Nova rodada de negociação está marcada para o dia 20 de agosto.

Houve avanços nas negociações a respeito dos seguintes temas:

> Continuidade da bolsa educacional, aumentando de 1.100 para 1.300 bolsistas, com majoração dos valores para R$ 460,00 a partir de janeiro de 2014, que serão acrescidos dos percentuais da Campanha Nacional dos Bancários.

> O banco sinaliza com ajustes no atual modelo do fundo de previdência complementar. Na próxima rodada de negociação, no dia 20, o movimento sindical apresentará proposta para o fundo de pensão, visando a construção conjunta das melhorias no plano de previdência.

> Constituição imediata de uma comissão paritária de saúde e condições de trabalho.

> O banco ratificou a garantia de que não descontará de seus programas próprios de remuneração (PPR) os valores da PLR a serem conquistados na Campanha Nacional dos Bancários.

> Fim das metas para a área de atendimento.

> Manutenção das duas operadoras de planos de saúde e odontológico.

> Treinamento interno (treinet) somente durante a jornada de trabalho.

> Abono das folgas nas datas de aniversário de vida e de tempo de casa.

Banco tem condições de avançar

"Diferentemente do que vinha acontecendo, diante da mobilização do funcionalismo em todo o país o banco finalmente começa a negociar com efetividade. Mesmo alegando as dificuldades por conta de orçamento e da projeção do impacto da Campanha Nacional em suas contas, nós trabalhadores acreditamos que o HSBC tem condições e deve avançar no processo negocial para atender as reivindicações dos bancários", afirma Alan Patrício, secretário de Assuntos Jurídicos da Contraf-CUT.

"Para a próxima reunião, em 20 de agosto, esperamos uma resposta positiva do banco nas questões pendentes, como a garantia de benefícios da NR 279 da ANS no plano de saúde, vale-cultura, atualização do CPK, extensão do parcelamento do adiantamento de férias em até dez parcelas, acesso ao sistema de aplicativo do RH para os funcionários afastados e licenciados, participação na discussão dos programas próprios de remuneração, além de garantia no emprego", afirma Carlos Kanak, coordenador da Comissão de Organização dos Empregados (COE) do HSBC.


Fonte: Contraf-CUT

Itaú, Bradesco e Santander lucram R$ 15,9 bi, mas cortam 5.988 empregos


Os três maiores bancos privados do país (Itaú, Bradesco e Santander) publicaram nos últimos dias os balanços do primeiro semestre de 2013, somando lucros astronômicos de R$ 15,905 bilhões, apesar do pequeno crescimento da economia brasileira.

No entanto, eles continuaram demitindo milhares de bancários, praticando rotatividade para reduzir custos e eliminando juntos 5.988 postos de trabalho, o que é inaceitável. A novidade é que o Santander é o novo campeão, pois cortou 2.290 empregos, ultrapassando o Itaú que eliminou 2.264 no semestre. O Bradesco extinguiu 1.434 vagas. Já nos últimos 12 meses os três bancos fecharam 10.254 empregos.

Para Carlos Cordeiro, presidente da Contraf-CUT, os três bancos estão andando na contramão do emprego, uma vez que o país gerou 826.168 novos postos de trabalho de janeiro a junho deste ano. "Os bancos privados - os que mais lucros acumulam ano após ano - deveriam ser os que mais criam empregos, mas são lamentavelmente os que mais demitem trabalhadores e cortam postos de trabalho, o que explica por que lideram o ranking de reclamações de clientes no Banco Central e no Procon", destaca.

Santander, corte de 2.290 empregos

O Santander apurou um lucro gerencial de R$ 2,929 bilhões no 1º semestre de 2013. Enquanto isso, o banco espanhol fechou 2.290 empregos.

Apenas no segundo trimestre, o banco ceifou 1.782 vagas. Com isso, o quadro que em junho de 2012 era de 54.918 funcionários caiu em junho de 2013 para 51.702, uma redução de 3.216 empregos nos últimos 12 meses.

Itaú, corte de 2.264 empregos

O lucro líquido do Itaú atingiu R$ 7,055 bilhões, o segundo maior lucro semestral da história dos bancos brasileiros, só ficando atrás de outro recorde do próprio banco no ano de 2011 (R$ 7,133 bilhões).

Apesar disso, o Itaú continuou reduzindo postos de trabalho. Apenas no primeiro semestre de 2013, foram cortados 2.264 empregos, dos quais 1.556 no segundo trimestre. Já nos últimos 12 meses o enxugamento foi de 4.458 funcionários. Assim, em junho de 2013, o quadro caiu para 88.059 empregados.

Bradesco, corte de 1.434 empregos

O Bradesco obteve lucro líquido de R$ 5,921 bilhões, o maior da história do banco. Mesmo assim, o banco fechou 1.434 empregos no 1º semestre de 2013.

Já nos últimos 12 meses o banco cortou 2.580 postos de trabalho. Com isso, o quadro que em junho de 2012 era de 104.531 funcionários caiu para 101.951.

Milhões para executivos

Mas enquanto os três bancos reduzem empregos, os altos executivos ganham salários e bônus milionários. Segundo levantamento do Dieese com base em dados da Comissão de Valores Mobiliários (CVM), cada diretor do Itaú recebeu em média R$ 9,05 milhões em 2012, o que representa 234,27 vezes o que ganha o caixa do banco.

No Santander, cada diretor embolsou em média R$ 5,6 milhões, o que significa 145,64 vezes o salário do caixa. E o Bradesco pagou em média R$ 5 milhões para cada diretor, uma diferença de 129,57 vezes a remuneração do caixa.

"Trata-se de um modelo perverso, que escancara a falta de distribuição de renda no setor financeiro e que não pode continuar. Não é de graça que o Brasil é o 12º país com a maior concentração de renda do mundo", denuncia Cordeiro.

Campanha Nacional dos Bancários

O emprego é novamente uma das prioridades da Campanha Nacional dos Bancários 2013. A pauta de reivindicações foi entregue na terça-feira (30) para a Fenaban e a primeira rodada de negociações com o Comando Nacional foi marcada para o próximo dia 8 de agosto.

"Queremos o fim das demissões imotivadas e mais contratações para melhorar as condições de trabalho e o atendimento aos clientes", ressalta Cordeiro.

Mobilização contra PL 4330

"Também estamos combatendo junto com a CUT e as demais centrais sindicais o PL 4330 que, se for aprovado, vai liberar a terceirização para todas as áreas, o que significa a possibilidade de terceirizar caixas e gerentes nos bancos", alerta o presidente da Contraf-CUT. Não é à toa que o representante da Fenaban lidera a bancada dos empresários nas negociações da mesa quadripartite. O substitutivo do deputado Arthur Maia (PMDB-BA) legaliza ainda os correspondentes bancários.

Na próxima terça-feira, dia 6 de agosto, os bancários participam das manifestações que as centrais sindicais estão organizando em todos os estados contra o PL 4330, pressionando as confederações e as federações patronais.

E nos dias 13 e 14 de agosto, a Contraf-CUT está organizando nova mobilização em Brasília para convencer deputados e senadores contra a precarização do trabalho e em defesa dos direitos dos trabalhadores.

"Todo terceirizado sonha em ser contratado pela empresa onde trabalha. Mas nenhum contratado sonha em virar terceirizado", aponta Cordeiro.

"Vem pra luta, bancário e bancária. País de primeira não pode ter emprego de terceira", conclui.


Fonte: Contraf-CUT