quinta-feira, 5 de fevereiro de 2015

Contraf-CUT retoma debate com Caixa sobre plano de saúde dos empregados

  




Crédito: Fenae
FenaeDirigentes sindicais solicitaram esclarecimentos a respeito do Saúde Caixa 

A Contraf-CUT retomou as negociações com a Caixa Econômica Federal sobre o plano de saúde dos empregados, o Saúde Caixa, durante reunião ocorrida na última quinta-feira (29), no Edifício Matriz II, em Brasília. Os representantes dos trabalhadores solicitaram esclarecimentos a respeito dos números fornecidos pela empresa, dado que a planilha encaminhada apresenta dados contraditórios com as regras constantes do Acordo Coletivo de Trabalho (ACT).

Outra questão colocada é que o relatório atuarial apresentado pelo banco considera, para efeito de elaboração das projeções para os três exercícios futuros, outras despesas que não as assistenciais, contrariando também os parâmetros constantes do ACT, que no parágrafo 2° da cláusula 26ª deixa claro que apenas as despesas assistenciais serão custeadas na proporção de 30% para os empregados e 70% para a Caixa, devendo todos os demais custos ser suportados 100% pela empresa. Caso esse não fosse o entendimento correto, os resultados do Saúde Caixa se transformariam em deficitários.

Ocorre que, na época do contingenciamento, a Caixa afirmava que o plano havia sido deficitário nos anos de 2004 a 2007. No entanto, quando os bancários tiveram acesso aos números, foi verificado que isso não era verdade: o Saúde Caixa sempre foi superavitário. 

"Essa avaliação só é possível com balanços ano a ano", diz Fabiana Matheus, coordenadora da Comissão Executiva dos Empregados (CEE/Caixa), que assessora a Contraf-CUT nas negociações com o banco. Ela completa: "Precisamos de relatórios em regime de competência para que possamos fazer uma avaliação da fórmula de custeio, checando se de fato ela é sustentável, o que tem sido demonstrado pelos números disponíveis".

Na reunião do GT Saúde Caixa, a terceira depois do desfecho do ACT do ano passado, a Contraf-CUT solicitou esclarecimentos sobre alguns entendimentos da Caixa a respeito do funcionamento do Saúde Caixa. A expectativa é de que, concluída essa fase, ocorra o debate de forma mais objetiva sobre a destinação do superávit projetado para 2015. 

Isto é visto como fundamental para que uma assessoria técnica possa identificar a origem desse superávit, de modo a propor novas coberturas sem comprometer o equilíbrio financeiro do plano. A negociação sobre o tema representa uma das mais importantes conquistas da campanha salarial 2014 e da mesa permanente, graças à mobilização e luta do movimento nacional dos empregados.

Plínio Pavão, diretor e coordenador da representação da Contraf-CUT no GT, lembra que há uma cláusula no aditivo à Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) 2014/2015 que garante uma discussão a respeito da série histórica de superávits consecutivos do Saúde Caixa, inclusive com o acompanhamento de assessoria especializada. Ele diz ainda que os valores acumulados precisam ser incorporados ao Fundo de Reserva de Contingência. 

Conforme consta na cláusula do ACT, o valor da reserva de contingência, em princípio 5% do total da arrecadação anual, deve ser remunerado pela Caixa pelo índice da taxa Selic, porém a regra diz também que eventual superávit é incorporado a essa reserva. Ocorre que a Caixa somente está remunerando a parte correspondente aos 5% da arrecadação. A Contraf-CUT solicitou que a Caixa proceda a regularização dessa remuneração.

A necessidade de que o superávit do Saúde Caixa seja consumido no próprio exercício é vista por Fabiana Matheus, que também é diretora de Administração e Finanças da Fenae, como vital para a melhoria do plano de saúde dos empregados da Caixa em nível de coberturas e de ampliação da rede credenciada e no setor de atendimento. Ela afirma ainda que "um superávit que acumula, e não é consumido no exercício, não traz benefícios concretos para os participantes".

A questão relativa à proposta de metodologia para utilização do superávit do Saúde Caixa será objeto de novas reuniões do GT Saúde nos dias 20 e 26 de março, ambas agendadas para Brasília. O prazo de conclusão desse debate encerra-se em 15 de abril. 

Até lá, segundo Plínio Pavão, é preciso que haja uma definição sobre o destino dos recursos do Saúde Caixa, para que não ocorram mais acúmulos dos superávits anuais. Nesse sentido, mais urgente do que tratar o superávit acumulado, é dar um tratamento adequado para o superávit que o plano de saúde certamente apresentará no fim de mais este exercício anual.

Representantes dos empregados no GT Saúde 

O GT Saúde tem composição paritária. Nesse fórum, os representantes dos empregados são Plínio Pavão (Contraf-CUT), Jailson Bueno Prodes (Sindicato de Porto Alegre), Sérgio Wilson Lima de Amorim (Sindicato do Rio de Janeiro) e Laura Augusta Gatti Vitral (Fenacef e Apea/SP). 


Fonte: Contraf-CUT com Fenae
  

Contraf-CUT e sindicatos apoiam Rafael Matos para o Caref do BB














Funcionários elegem representante no Conselho de Administração.

De 2 a 6 de fevereiro, os funcionários da ativa do Banco do Brasil elegem seu representante para o Conselho de Administrado do banco, o Caref. A Contraf-CUT e a grande maioria dos sindicatos apoiam Rafael Matos, que disputa a reeleição.

Um candidato identificado com as lutas do funcionalismo

Rafael tem 14 anos de banco. De São Paulo, trabalhou na agência Freguesia do Ó, Gepes e Dicre SP. Foi diretor do Sindicato de São Paulo, participando da luta por melhores salários, condições de trabalho e isonomia para os novos funcionários. Trabalhou na Previ, assessorando os direitos eleitos a zelar pelo patrimônio dos associados. 

Sintonia com os sindicatos e compromisso com os trabalhadores

O Caref é a representação dos trabalhadores no mais alto órgão de decisão do Banco do Brasil, o Conselho de Administração. Apesar de ser minoritário, o conselheiro eleito pelos funcionários participa das decisões mais importantes e estratégicas do banco: política de crédito, investimentos, produtos, orçamento, aquisição e venda de subsidiárias, política de pessoal, remuneração da diretoria, dentre outras. 

É muito importante eleger um representante comprometido com os interesses do funcionalismo e em sintonia com o movimento sindical. É dessa união e soma de esforços que a luta do funcionalismo se fortalece. O primeiro mandato de Rafael teve esse caráter, de atuação conjunta com as entidades sindicais.

Por relações de trabalho melhores e por um BB público

Entre as principais bandeiras do candidato apoiado pela Contraf-CUT e pelos sindicatos, destacam-se

● Combate ao assédio moral, às metas abusivas e aos desafios diários. 

● A luta por melhores condições de trabalho e o combate ao autoritarismo. 

● A luta pelo orçamento participativo, com o envolvimento de todos os funcionários na definição de metas e acordos de trabalho, acabando com a política de imposição hoje praticada pela direção do banco. 

● A criação de uma Diretoria de Sustentabilidade e a presença de mais mulheres nos cargos de direção do BB. 

● Aprofundamento do caráter público do BB. 

● Aumentar a oferta de crédito, privilegiando o financiamento à atividade produtiva, a agricultura familiar, as cooperativas, as pequenas e médias empresas e o microcrédito. 

Para que isto aconteça, o funcionalismo deve tomar parte das decisões estratégicas do banco.

O Conselho de Administração

O Caref é o representante dos funcionários no Conselho de Administração. Este Conselho é composto de 8 membros, sendo 5 indicados pelo governo, 2 pelos acionistas minoritários mais um eleito pelos funcionários. Apesar de ser somente um, o Caref participa de todas as decisões, exceto daquelas que dizem respeito à remuneração e benefício dos funcionários. Em 2010 o Congresso Nacional aprovou a lei que garante esta representação em todas as empresas públicas federais e impôs esta restrição. A luta para derrubar esta proibição já começou, para que a representação seja por inteiro, e não pela metade. 


Como votar no Caref do funcionalismo

Siga os seguintes passos:

● Entre no SISBB

● Aplicativo PESSOAL

● Opção 48

● Eleição Caref 2015 1º turno

● Opção Candidato

● Rafael Vieira de Matos 
F8369846

● Confirmar o candidato


Fonte: Contraf-CUT
Lucro do Santander cresce e Contraf-CUT quer antecipação da PLR e PPRS.







O Santander divulgou nesta terça-feira (3) um lucro líquido gerencial de R$ 5,8 bilhões em 2014, o que representou um crescimento de 1,8% em relação ao ano de 2013. O lucro no 4º trimestre do ano passado foi de R$ 1,5 bilhão, com alta de 3,9% em relação ao 3º trimestre do mesmo ano. 

> Clique aqui para ver a análise do Dieese.

O resultado obtido no Brasil representou 19% do lucro global, que foi de 5,8 milhões de euros, o que significou um aumento de 39,3% sobre 2013. Só no Reino Unido o banco obteve participação semelhante. Nos demais país foi menor, mostrando mais uma vez a importância do nosso país para os ganhos do banco espanhol.

Antecipação da PLR e do PPRS

Logo após a divulgação do balanço, a Contraf-CUT enviou um ofício à diretoria do banco, reivindicando a antecipação do pagamento da PLR e do Programa de Participação nos Resultados Santander (PPRS), dentro da maior brevidade possível. 

Para o presidente da Contraf-CUT, Carlos Cordeiro, "esse lucro bilionário do Santander só foi alcançado com o empenho e a dedicação dos funcionários do banco". Na carta, foi informado que o Bradesco já decidiu antecipar o pagamento da PLR, cujo crédito será efetuado na próxima sexta-feira (6). 

Em contato telefônico ao final da tarde com a Contraf-CUT, o banco informou que está analisando a possibilidade de antecipar o pagamento da PLR, do PPRS e dos programas de renda variável do segundo semestre de 2014.

Menos empregos, mais correspondentes 

Conforme a análise do balanço feita pelo Dieese, a holding do Santander encerrou o ano com 49.309 empregados, o que significa uma redução de 312 postos de trabalho em 2014. "Mais uma vez, o banco andou na contramão da economia brasileira, que gerou 396.993 novos empregos em 2014", critica Cordeiro.

Além de cortar vagas, o Santander fechou 61 agências e 93 PAB's nos últimos 12 meses. Entretanto, o banco abriu 823 correspondentes bancários, precarizando o atendimento e a segurança dos clientes. 

Contudo, apesar da redução de agências e PAB's, a carteira de clientes cresceu significativamente (aproximadamente 1,6 milhão a mais em um ano). 

"Com menos empregos e mais clientes, aumentam os serviços para os funcionários, prejudicando as condições de saúde e trabalho e ampliando o risco de adoecimento", alerta o secretário de imprensa da Contraf-CUT, Ademir Wiederkehr.

Mais crédito

Segundo o Dieese, o retorno sobre o Patrimônio Líquido médio anualizado (ROE) ficou em 11,5%, com crescimento de 0,5 ponto percentual (p.p.) em doze meses. 

A carteira de crédito ampliada do banco cresceu 7,9% em 12 meses, atingindo um montante de R$ 245,5 bilhões. As operações com pessoas físicas cresceram 4,0% em relação a dezembro de 2013, chegando a R$ 78,3 bilhões. 

Já as operações com pessoas jurídicas alcançaram R$ 121,3 bilhões, com queda de 5,8% no segmento de pequenas e médias empresas e alta de 22,4% no segmento de grandes empresas em comparação a 2013. 

A carteira de "financiamento ao consumo" apresentou queda de 2,9% em 12 meses. 

Menor inadimplência

O índice de inadimplência superior a 90 dias apresentou queda de 0,4 p.p. em relação ao 3º trimestre de 2014, bem como em 12 meses, ficando em 3,3%. Com isso, foram reduzidas as despesas com provisões para créditos de liquidação duvidosa (PDD) em 16,4%, totalizando R$ 9,1 bilhões. 

Maiores ganhos com aumento da Selic

O crescimento das receitas com Títulos e Valores Mobiliários e com Aplicações Compulsórias foi diretamente influenciado pelos sucessivos aumentos na taxa Selic. As primeiras cresceram 28,8%, totalizando R$ 17,9 bilhões. Já o resultado com aplicações compulsórias teve alta de 38,1%, totalizando R$ 3,2 bilhões.

"Esses números comprovam que os bancos e detentores de títulos públicos são os que saem ganhando com o aumento da Selic, enquanto a sociedade perde valiosos recursos que deveriam ser injetados no crescimento com desenvolvimento econômico e social do país", aponta Cordeiro. 

Tarifas pagam 1,5 folha de pagamento

A receita com prestação de serviços mais a renda das tarifas bancárias cresceu 3,6% em 12 meses, totalizando R$ 11,1 bilhões. As despesas de pessoal subiram 2,0%, atingindo R$ 7,4 bilhões. 

Assim, em dezembro de 2014, a cobertura dessas despesas pelas receitas secundárias do banco foi de 149,7%.


Fonte: Contraf-CUT com Dieese

quarta-feira, 4 de fevereiro de 2015

Receita divulga regras para declaração do imposto de renda em 2015

  





A Secretaria da Receita Federal do Brasil publicou nesta quarta-feira (4) instrução normativa no Diário Oficial da União, informando as regras para a declaração do Imposto de Renda Pessoa Física em 2015. A Receita informou que o prazo para entregar o documento começa em 2 de março e termina em 30 de abril.

O órgão havia anunciado, no ano passado, que os contribuintes poderão fazer rascunho da declaração até 28 de fevereiro. Depois, os dados poderão ser transferidos ao formulário definitivo.

A entrega da declaração de 2015 poderá ser feita por meio do programa de transmissão Receitanet, disponibilizado no site da Receita Federal, online, para quem possui certificado digital ou por meio do serviço Fazer Declaração, para tablet e smartphone.

Está obrigado a apresentar declaração quem recebeu, em 2014, rendimentos tributáveis superiores a R$ 26.816,55 ou rendimentos isentos - não tributáveis ou tributados somente na fonte - cuja soma seja superior a R$ 40 mil. Ainda, quem obteve, em qualquer mês, ganho de capital na alienação de bens ou direitos, sujeito à incidência de imposto, ou realizou operações em bolsas de valores, de mercadorias e futuros. Por fim, quem auferiu ganhos ou tem bens ou propriedade rurais de acordo com os valores estabelecidos pela Receita.


Fonte: Agência Brasil

Bancários abraçam a Caixa por banco 100% público


Abraço em prédio na Paulista mostra que trabalhadores estão mobilizados para barrar qualquer tentativa de abertura de capital da instituição

São Paulo – “O Brasil precisa da Caixa Federal 100% pública. A gente sabe a relevância da Caixa e que ninguém se esqueça disso, da sua importância para o financiamento habitacional, do saneamento básico, para as políticas públicas, tudo em que a Caixa está presente. Queremos que a população reconheça o valor do banco público.” A fala emocionada de Ana Beatriz (sobrenome preservado), empregada da Caixa há 15 anos, reflete a de outras centenas de trabalhadores que se uniram em um abraço ao prédio do banco federal, na Avenida Paulista, em pleno Dia Nacional de Luta em Defesa dos Empregos e dos Direitos, na quarta-feira 28.

Fotos: galeria do abraço à Caixa
Ato em defesa de direitos e empregos

O ato simbólico foi para mostrar que os empregados são contra a abertura de capital ou qualquer tentativa de privatização do único banco de atuação nacional 100% público do Brasil. No final de 2014, a imprensa divulgou informações de que o governo solicitou uma avaliação sobre a venda de ações do banco. Apesar de não confirmada, a informação também não foi negada.

Ana Beatriz lembrou a escolha que fez na eleição presidencial. “Este foi um assunto que pegou a gente de surpresa. Na eleição, escolhemos um projeto de governo pensando justamente em não ter essa preocupação. O debate dos bancos pautou todo o processo eleitoral, os três principais candidatos tinham posturas claras e escolhemos um projeto com essa clareza (de preservar o banco público). O contrário do que está acontecendo agora, esse risco de abertura do capital da Caixa, exatamente o que a gente não quer. Nossa luta é pra manter a coerência do projeto político que escolhemos”, ressaltou a bancária.

> Caixa Federal tem de ser 100% pública

Pesadelo do passado? – “Quando entrei na Caixa em 1999, era uma época em que enfrentamos o RH 008, um instrumento que permitia a demissão sem justa causa. Era o maior terrorismo com os empregados. Era a época do FHC e tínhamos muito claro esse horizonte de privatização. Aí entrou o Lula, a Dilma, o clima mudou, a Caixa mudou como banco, cresceu, ficou altamente rentável, lucrativa, somos o terceiro banco do país. Hoje, a Caixa dá muito lucro, faz bem para o país. Então merecemos consideração e respeito”, compara Ana Beatriz.

O dirigente sindical Dionisio Reis fez coro. “A Caixa que defendemos é o banco com um peso econômico e social de extrema importância: 35% do PIB brasileiro passa pela Caixa por meio de pensões, concessões de crédito, contas correntes, entre outras formas. Somos contrários à privatização de qualquer fração desse importante banco público do Brasil. A Caixa 100% pública serve também para regular o mercado financeiro. Na bolsa de valores, a Caixa teria que vender pelo menos 25% das ações para o capital privado, o que consideramos privatização. Vamos combater essa prática.”

> Bancos públicos reforçaram crédito em 2014

Para João (sobrenome preservado), empregado do banco público há apenas dois anos e meio, a preocupação com a privatização não é um pesadelo do passado e sim uma tormenta nos dias atuais. “Estou aqui para defender um banco 100% público, que continue girando em torno dos interesses do país. O papel da Caixa é importante por todas as questões trabalhistas. Seria uma ameaça para toda a sociedade se a Caixa tivesse parte dela privatizada.”

Leia mais
Delegados unidos por Caixa 100% pública


Gisele Coutinho – 28/1/2015

fonte: http://www.spbancarios.com.br/Noticias.aspx?id=10197

terça-feira, 3 de fevereiro de 2015

Lucro do Santander Brasil é de R$ 5,8 bi em 2014, 19% do resultado mundial

  


O Santander Brasil, maior banco estrangeiro no país, anunciou nesta terça-feira (3) que obteve lucro líquido de R$ 1,521 bilhão no quarto trimestre de 2014, alta de 7,9% sobre igual período de 2013. No ano, o lucro do banco espanhol ficou em R$ 5,850 bilhões, uma alta de 1,8% frente a 2013.

A carteira de crédito total somou R$ 245,514 bilhões no final de dezembro de 2014, um avanço de 7,9% em 12 meses e 4,7% no trimestre. "Tanto em 12 meses como no trimestre, a variação do real frente ao dólar impactou a carteira de crédito em moeda estrangeira, que inclui também as operações indexadas em dólar", informou o banco, conforme reportagem do G1.

O saldo das provisões para crédito de liquidação duvidosa totalizou R$ 14,582 bilhões em dezembro de 2014, redução de 2,8% em 12 meses e de 0,8% no trimestre.

O índice de inadimplência, superior a 90 dias, atingiu 3,3% do total da carteira de crédito, mostrando redução de 0,4 ponto percentual em 12 meses e em três meses. O índice de inadimplência entre 15 e 90 dias, atingiu 4,1% em dezembro de 2014, registrando redução de 0,6 ponto percentual em 12 meses e 0,2 ponto percentual quando comparado a setembro de 2014.

Lucro mundial

O Santander, principal banco da Eurozona, registrou em 2014 um lucro mundial de 5,82 bilhões de euros, uma alta de 39,3%, graças ao aumento da atividade e de uma redução das provisões.

Mas no quarto trimestre de 2014, o lucro líquido do banco, em processo de transformação estimulado por Ana Botín, sua nova presidente, caiu 9,3%, a 1,46 bilhão de euros.

No início de janeiro, o banco havia calculado o lucro em 5,8 bilhões de euros e procedeu um aumento do capital de 7,5 bilhões de euros para melhorar a solvência da instituição.

Por países, a maior participação no lucro veio outra vez do Brasil e do Reino Unido, ambos com 19%; seguidos por Espanha (14%), Estados Unidos (10%), México (8%), Chile e Polônia (6% cada um), Alemanha (5%), Argentina (4%) e Portugal (2%).

O produto líquido bancário, indicador do valor agregado obtido pelo banco, progrediu 4% no ano passado, a 29,55 bilhões de euros, segundo um comunicado do banco.

Ana Botin, que sucedeu o pai Emilio, falecido em setembro de 2014, adotou uma nova estratégia de crescimento.

Pela primeira vez desde o início da crise econômica, o lucro do banco aumentou nos 10 principais mercados, entre eles Brasil, Reino Unido, Espanha e México, segundo o Santander.

O banco reduziu em quase 1% seus custos e as provisões duvidosas em 14%, segundo o comunicado.

Análise do Dieese

A subseção do Dieese na Contraf-CUT já está analisando o balanço do Santander de 2014, cujo resultado será divulgado ao longo desta terça-feira.

Pagamento da PLR e do PPRS

Com a publicação do balanço, a Contraf-CUT reivindica também o pagamento da segunda parcela da PLR e do Programa de Participação nos Resultados Santander (PPRS). O Bradesco já anunciou que o crédito da PLR será feito na próxima sexta-feira (6).


Fonte: Contraf-CUT com G1 e El País

Lucro do Itaú cresce 29% e sobe para R$ 20,242 bilhões em 2014

  



O Itaú Unibanco anunciou nesta terça-feira (3) que encerrou 2014 com lucro líquido de R$ 20,242 bilhões, 29% acima do resultado de R$ 15,696 bilhões registrado um ano antes.

No quarto trimestre de 2014, o banco teve lucro de R$ 5,52 bilhões, contra R$ 4,646 bilhões no mesmo período de 2013 e de R$ 5,404 bilhões nos três meses anteriores.

Em 2013, o lucro do Itaú foi o maior da história dos bancos brasileiros de capital aberto, de acordo com levantamento da consultoria Economatica.

No final de 2014, o índice de inadimplência das operações vencidas acima de 90 dias caiu 0,1 ponto percentual em relação ao trimestre anterior e 0,6 ponto percentual frente a dezembro de 2013, e "é, novamente, o menor nível histórico desde a fusão entre Itaú e Unibanco em novembro de 2008", segundo o balanço.

Em 31 de dezembro de 2014, o saldo total dos ativos do banco atingiu R$ 1,2 trilhão, aumento de 4,4% em relação ao final do trimestre anterior e evolução de 9,3% sobre o ano anterior.

Bradesco

Na sexta-feira (30), o Bradesco, segundo maior banco privado do país, estreou a temporada de balanços das instituições financeiras brasileiras e informou ter registrado lucro líquido de R$ 15,089 bilhões, valor 25,6% superior aos R$ 12 bilhões registrados em 2013.

Análise do Dieese

A subseção do Dieese na Contraf-CUT já está analisando o balanço do Itaú de 2014, cujo resultado será divulgado ao longo desta terça-feira.

Pagamento da PLR

Com a publicação do balanço, a Contraf-CUT reivindica também o pagamento da segunda parcela da PLR. O Bradesco já anunciou que o crédito será feito na próxima sexta-feira (6).


Fonte: Contraf-CUT com G1

segunda-feira, 2 de fevereiro de 2015

CUT e centrais voltam a se reunir com ministros do governo no dia 3

  



Crédito: Dino Santos
Dino SantosCUT não aceitará qualquer proposta que retire direitos dos trabalhadores

Dirigentes da CUT e das centrais sindicais voltam a se reunir com representantes do Executivo na próxima terça-feira (3), em Brasília. Esta será a segunda reunião neste mês para tratar das Medidas Provisórias (MPs) 664 e 665 anunciadas pelo governo no final do ano passado.

Construídas de forma unilateral e sem consulta prévia as entidades sindicais, as medidas dificultam o acesso ao seguro-desemprego, abono salarial, pensão por morte, auxílio-doença, entre outros, além de estabelecer a terceirização da perícia médica que poderá ser feita por empresas privadas.

De acordo com o secretário de Administração e Finanças da CUT, Quintino Severo, a Central vai reafirmar sua posição contrária às medidas. Ele concorda que é preciso construir alternativas para corrigir distorções e eventuais fraudes no uso do dinheiro público, conforme justificativa do governo, mas que a CUT não aceitará qualquer proposta que retire direitos e penalize trabalhadores e trabalhadoras. "Por isso, continuaremos insistindo no caminho da negociação e do diálogo", disse o dirigente.

Quintino citou o Codefat (Conselho Deliberativo do Fundo de Amparo ao Trabalhador), órgão no qual ele preside, que já tomou algumas medidas para evitar fraudes, como o depósito do salário na conta corrente do trabalhador e o desenvolvimento de um sistema biométrico para registrar as digitais de cada trabalhador. "Também já apresentamos ao governo a proposta de melhoria do Sistema Nacional de Emprego (Sine). Seria um investimento para reduzir custos", elencou.

Com a adoção das medidas provisórias, o governo estima uma reserva de 18 bilhões para alcançar a meta do superávit primário - economia para pagar os juros da dívida pública -. Quintino destaca que somente a taxação das grandes fortunas, reivindicação histórica da CUT, teria o potencial de gerar uma receita na casa dos 20 bilhões.

A reunião ocorrerá uma semana após o Dia Nacional de Lutas por Emprego e Direitos que mobilizou milhares de trabalhadores em ações por todo o Brasil.

Na quarta-feira (4), dirigentes e militantes da CUT farão uma ocupação pacífica do Congresso Nacional com visita aos gabinetes dos parlamentares para entrega da Pauta CUTista da Classe Trabalhadora. A concentração está marcada para as 10h, no Auditório Nereu Ramos - Câmara dos Deputados.

Também na quarta, a CUT se somará aos movimentos sociais para um ato no próprio auditório como forma de pressionar o Congresso Nacional a convocar um Plebiscito Constituinte pela Reforma do Sistema Político.


Fonte: CUT Nacional