terça-feira, 5 de fevereiro de 2019

Lucro do Santander cresce 24,6% em 2018

Bancários ultrapassam a meta de crescimento de 20% cobrada por Sérgio Rial em 2017 e como “prêmio” ganharam aumento abusivo no plano de saúde, demissões, rotatividade com salários mais baixos, mais cobrança de metas, desrespeito e retirada de direitos
  • Redação Spbancarios
  • Publicado em 31/01/2019 15:49 / Atualizado em 31/01/2019 18:20
Matriz do banco espanhol no Brasil; grande parte dos lucros da instituição é remetida para fora do país sem pagar impostos
Foto: Divulgação
O Santander obteve lucro líquido gerencial de R$ 12,398 bilhões em 2018, crescimento de 24,6% em doze meses e 9,5% em três meses encerrados em dezembro. O lucro obtido no Brasil representou 26% do lucro global, que foi de € 7,810 bilhões (crescimento de 18% no período).
“No fim de 2017, o Santander promoveu uma festa suntuosa com direito a show da Ivete Sangalo, na qual o presidente do banco, Sérgio Rial, fez uma aparição espalhafatosa, deslizando de rapel, e cobrou dos trabalhadores meta de crescimento de 20% no lucro em 2018. A meta foi superada em quase 5% e o que os bancários ganharam? Demissões, rotatividade com diminuição de salário, aumento abusivo no plano de saúde, crescimento das metas e retirada de direitos por meio da implantação de medidas da reforma trabalhista que prejudicaram os trabalhadores. E além de tudo, em 2018, a festa de fim de ano foi apenas para alguns poucos privilegiados”, critica Maria Rosani, diretora executiva do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região e bancária do Santander.
Segundo o balanço do banco, as receitas de prestação de serviços e tarifas bancárias somaram R$ 17,269 bilhões em 2018, aumento de 10,6% em doze meses encerrados em dezembro. 
Apenas com essas receitas, o Santander cobre 185,4% das despesas de pessoal (folha de pagamento, PLR, treinamentos etc.). Um incremento de 13,7 pontos percentuais em relação a 2017, que foi de 171,71%.
A despesa de pessoal, incluindo PLR, totalizou R$ 9,313 bilhões em 2018, crescimento de 2,4% em doze meses. Dentro da despesa de pessoal, se for considerado apenas o item remuneração (salário pago aos empregados), houve uma queda de 1,89% em 2018. No mesmo ano a categoria bancária teve reajuste de 5%. 
“Se compararmos a queda na remuneração com o reajuste de 5% da categoria bancária em 2018, podemos concluir que o banco está demitindo trabalhadores e recontratando novos empregados com salários mais baixos”, afirma Maria Rosani. 
Durante 2018, foram abertos apenas 608 postos de trabalho. O aumento se deveu à internalização dos empregados das empresas de tecnologia do banco Isban e Produban, que antes eram vinculados diretamente à matriz espanhola. 
A sobrecarga de trabalho aumentou, pois o banco espanhol passou de 836 clientes por empregado, em 2017, para 895 clientes por bancário em 2018. Crescimento de 7%.
“Essa relação leva em conta o total de empregados do banco, por isso a relação na área de atendimento é muito maior. São números que ajudam a explicar por que o Santander sempre figura entre os bancos com maior número de reclamações de clientes no Banco Central”, avalia Maria Rosani.
“É uma instituição que lucra muito com tarifas, serviços e juros altíssimos, e não oferece aos seus clientes atendimento satisfatório e condizente devido ao número insuficiente de funcionários, que por sua vez, enfrentam adoecimentos por causa da sobrecarga de trabalho e da cobrança abusiva de metas”, acrescenta a dirigente. 
A carteira de crédito atingiu R$ 386,736 bilhões no final de dezembro de 2018, crescimento de 11,2% (ou alta de 9,8% desconsiderando o efeito da variação cambial). O destaque continua sendo o de segmentos de pessoa física e financiamento ao consumo, com alta de 22,6% e 19,5% em doze meses, respectivamente.
Houve variação positiva no número de agências bancárias. Em dezembro, o banco possuía 2.283 agências, 23 a mais do que dezembro de 2017 (2.255).
“Um lucro de R$ 12,6 bilhões é um verdadeiro insulto em um país no qual grande parte da população vive na pobreza e está desempregada. E o Santander ainda contribui com o desemprego quando demite todos os anos milhares de pais e mães de família apenas para recontratar novos empregados pagando salários mais baixos. É uma lógica perversa que beneficia somente os acionistas e meia dúzia de diretores executivos com suas remunerações cada vez maiores”, protesta a dirigente sindical e bancária do Santander Lucimara Malaquias.
“Cobramos responsabilidade social dessa empresa estrangeira que lucra tanto no Brasil e nada contribui para o desenvolvimento econômico e social do pais, já que grande parte dos lucros são direcionados para a Espanha, sem pagar um centavo de imposto, em uma reprodução autêntica da relação colônia e metrópole que explorou e lesou a América Latina por séculos”, afirma a dirigente.
fonte: http://spbancarios.com.br/01/2019/lucro-do-santander-cresce-246-em-2018

segunda-feira, 4 de fevereiro de 2019

Santander lucra R$ 12,398 bilhões em 2018

O resultado representa 26% do global, que foi de € 7,810 bilhões

O Santander lucrou R$ 12,398 bilhões em 2018, um crescimento de 24,6% em relação a 2017. No último trimestre, o crescimento foi de 9,5%. Um dos respostáveis pelo resultado foi a entrada de crédito tributários no montante de R$ 1,3 bilhões que geraram uma queda (de mais de 77%) no total dos impostos e contribuições. O lucro obtido no Brasil representou 26% do lucro global que foi de € 7,810 bilhões (com crescimento de 18% no período). O retorno sobre o Patrimônio Líquido Médio Anualizado (ROE) ficou em 19,9%, com alta de 3,0 p.p. em doze meses.
Veja aqui os destaques do Santander.
A holding encerrou o ano de 2018 com 48.012 empregados, com abertura de 608 postos de trabalho em relação a dezembro de 2017, sendo 176 no trimestre, entretanto isso se deve, em parte, a consolidação dos empregados da tecnologia do banco, antes terceirizados pelas empresas Isban e Produban. Foram abertas 28 agências em doze meses, 7 no último trimestre do ano.
A receita com prestação de serviços mais a renda das tarifas bancárias cresceu 10,6% em doze meses, totalizando R$ 17,3 bilhões. As despesas de pessoal mais PLR subiram 2,4%, atingindo R$ 9,3 bilhões. Assim, no ano de 2018, a cobertura dessas despesas pelas receitas secundárias do banco foi de 185,4%.
A Carteira de Crédito Ampliada do banco teve alta de 11,2% em doze meses e 1,6% no trimestre, atingindo R$ 386,7 bilhões. As operações com pessoas físicas cresceram 22,6% em doze meses, chegando a R$ 132,6 bilhões, impulsionado por crédito consignado (31,9%), cartão de crédito (26,5%) e crédito imobiliário (15,4%). A Carteira de Financiamento ao Consumo, originada fora da rede de agências, somou R$ 50,1 bilhões, com crescimento de 19,5% em relação a 2017. Do total desta carteira, R$ 41,3 bilhões (82,4% da carteira) referem-se a financiamentos de veículos para pessoa física, apresentando aumento de 20,0% no período.
O crédito pessoa jurídica ficou praticamente estável em doze meses, alcançando R$ 122,6 bilhões, porém, com queda de 2,5% no trimestre. O segmento de pequenas e médias empresas cresceu 9,5%, enquanto o de grandes empresas caiu 3,6%. Desconsiderando-se o efeito cambial, a queda foi de 8,3% em doze meses. O Índice de Inadimplência superior a 90 dias ficou em 3,8%, com queda de 0,2%, enquanto as despesas com provisões para créditos de liquidação duvidosa (PDD) subiram 7,7%, somando R$ 12,7 bilhões.
Fonte: Contraf-CUT

Mudanças geram problemas no Santander

COE se reúne com o banco e cobra respostas

Mariana Valadares/Afubesp
Mariana Valadares/Afubesp
A Comissão de Organização dos Empregados (COE) do Santander se reuniu na quinta-feira (13) com representantes do banco Santander para tratar sobre os aumentos abusivos nos planos de saúde; unificação nos cargos da área operacional; o sistema que determina rotas de deslocamento para o local de trabalho; e os novos modelos de agência que estão sendo implantados.
Veja abaixo como foi o debate sobre cada um dos temas:
Aumentos no plano de saúde
Em novembro de 2018, os bancários denunciaram as dificuldades para arcar com os gastos em saúde. Alguns relataram que já chegaram a desembolsar mais da metade do salário com o convênio.
O problema surgiu após a alteração da operadora do plano de saúde dos bancários, ocorrida em fevereiro de 2017. A mudança resultou em aumentos nos valores das mensalidades, implantação de cobrança por faixa etária para os admitidos a partir de então, aumentou abusivamente a coparticipação e estendeu a cobrança para todos os procedimentos, inclusive de urgência em hospital.
Nesses quase dois anos, os gastos dos trabalhadores com o plano de saúde subiram em cerca de 40%, sem que os trabalhadores e seus representantes tenham acesso a informações que levaram a essa majoração. No mesmo período, os bancários tiveram reajuste de cerca de 8% no salário.
“O poder de compra dos bancários foi drasticamente reduzido por conta desses aumentos abusivos e da cobrança de coparticipação em todos os procedimentos médicos. Isso tem levado muitos trabalhadores a evitarem tratamentos, exames e consultas, ou os empurraram para o SUS”, denunciou Maria Rosani, coordenadora da Comissão de Organização dos Empregados (COE).
Os trabalhadores cobraram a revisão da cobrança da coparticipação por meio da instituição de um teto mensal; a implantação de uma forma diferenciada e menos onerosa de cobrança para os trabalhadores com doenças crônicas; transparência nos reajustes por meio da apresentação detalhada, aos trabalhadores e seus representantes, dos cálculos atuariais que resultarão nos aumentos, antes de aplicá-los aos bancários; negociação com os representantes dos trabalhadores sempre que houver aumentos.
Fusão de cargos na rede de agências
A partir de 2019, o Santander começará a implantar um processo de unificação de funções na rede de agências. A informação foi confirmada na reunião, mas os representantes do banco disseram que ainda não há muitos detalhes a respeito dessa mudança.
Os cargos envolvidos serão os de caixas, agente comercial, coordenador de agência, gerente Pessoa Física e assessor Pessoa Física. Os trabalhadores que ocupam essas funções passarão a se chamar gerentes de negócios e serviços. Os representantes do banco disseram que não haverá terceirização de funcionários, e haverá jornadas de oito e seis horas.
A justificativa para essa mudança é que o modelo atual de agência vai acabar. A fim de justificar a mudança, citaram outros setores, como farmácias e companhias aéreas, nos quais os funcionários exercem várias funções. E que essas alterações serão feitas para dar “dinamismo” ao atendimento.
“O que impede o ‘dinamismo’ e prejudica o atendimento é a enorme falta de funcionários nas agências, temos denunciado isso todos os dias. O que resulta em sobrecarga de trabalho, adoecimentos e precarização do atendimento”, afirmou Maria Rosani.
A COE quis saber se essa mudança resultará em desvio de função. Os representantes do banco disseram que nada está definido.
“Nós não tivemos todas as informações sobre esse projeto. O próprio banco assumiu que tem dificuldades de implantá-lo em sua totalidade. Mas tudo indica que haverá desvio e acúmulo de funções”, reforçou Maria Rosani.
Para ela, o banco vai vender essa mudança como uma oportunidade de encarreiramento semelhante ao que fez com o cargo de agente comercial, que na prática resultou apenas no acúmulo de função e na precarização do trabalho.
“Poucos agentes comerciais se tornaram gerentes. A maioria continua com essa dupla função: como agente comercial, trabalhando no caixa e no atendimento comercial. O banco demite e com isso desestrutura e precariza o atendimento nas agências e joga toda a culpa pela insatisfação dos clientes nas costas dos trabalhadores. Para melhorar o atendimento precisamos de mais braços nas agências, melhores condições de trabalho, treinamento e respeito aos bancários. Sem isso, a nova função só trará mais adoecimentos”, alertou Rosani.
“O banco cobra tarifas altíssimas, tem lucros astronômicos e pode contratar mais funcionários para melhorar o atendimento e não só penalizar e punir os funcionários como vem fazendo sistematicamente. E com essa mudança, isso se acentuará, pois todos os bancários terão de fazer tudo, a exemplo dos gerentes digitais, que agora demoram mais para atender os clientes de forma integral, mas são pontuados negativamente por isso e assediados para que façam mais negócios”, afirma Lucimara Malaquias, vice-presidenta da UNI Américas Juventude, diretora do Sindicato dos Bancários de São Paulo e bancária do Santander.
Mudança de itinerário
O Santander criou um sistema que determina os itinerários de deslocamento para os bancários, o que gerou muitos transtornos e reação do movimento sindical.
Na reunião de quinta-feira, o banco apresentou o programa, com algumas mudanças. O trabalhador poderá rejeitar até três rotas determinadas pelo sistema. Na terceira rejeição, o setor de RH, então, deverá atuar de acordo com a necessidade do trabalhador.
Enquanto a nova rota não for aprovada, o trabalhador receberá o mesmo valor no vale-transporte.
Segundo os integrantes do banco, os bancários não deverão andar mais de 750 metros. E as pessoas com deficiência não poderão caminhar mais de 500 metros.
Os representantes do banco também garantiram que os bancários não serão proibidos de utilizar dois modais distintos, como metrô e ônibus, por exemplo.
Em caso de problemas, os trabalhadores deverão procurar um representante sindical.
Novo modelo de agência
O banco está criando agências diferenciadas de negócios, chamada work café. O banco afirmou que não houve alteração de jornada dos trabalhadores. No horário normal de expediente, os bancários farão o atendimento. No horário extrajornada – após as 18h, durante a semana, e nos finais de semana – haverá nesses locais um prestador de serviço para dar informações que serão encaminhadas aos bancários. Eles não terão acesso ao sistema.
Nova reunião foi agendada para o dia 29 de janeiro, quando os representantes do Santander devem trazer respostas para os questionamentos dos representantes dos trabalhadores.
Fonte: SPbancarios, com edições da Contraf-CUT


Bradesco paga 2ª parcela da PLR dia 6



O Bradesco comunicou a Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), que irá efetuar o pagamento da Participação nos Lucros e Resultados (PLR) na quarta-feira (6). A PLR é uma conquista dos bancários, garantida pela Convenção Coletiva de Trabalho (CCT).
O Bradesco também informou que pagará o teto da PLR (a regra majorada, que é 2,2 salários com teto de R$ 27.802,48) e o teto da parcela adicional, que é R$ 4.711,52, descontando a primeira parcela da PLR, que já foi paga em setembro de 2018.
Veja a tabela da PLR:

sexta-feira, 1 de fevereiro de 2019

Reunião do CRT do Santander termina sem avanços

Banco não apresenta propostas positivas e frustra trabalhadores

O Comitê de Relações Trabalhistas do Santander (CRT) se reuniu, nesta terça-feira (29), para discutir sobre os aumentos abusivos nos planos de saúde, a unificação nos cargos e os novos modelos de agência.
O CRT é uma conquista dos trabalhadores, definido na cláusula 34ª do acordo coletivo do Santander aditivo à Convenção Coletiva do Trabalho (CCT), e é formado por representantes dos empregados, membros da COE e representantes do Santander, que se reúnem a cada dois meses. 
Planos de saúde
Desde a última reunião, realizada em 13 de dezembro de 2018, foram apontadas diversas dificuldades que os trabalhadores do banco têm passado por conta dos aumentos exorbitantes em seus planos de saúde. Nesta reunião, o banco apresentou inúmeros argumentos comparativos com os reajustes de outros planos do mercado e afirmou que os ajustes aplicados pelo banco estão em conformidade com a inflação médica.
Para Mario Raia, secretário de Assuntos Socioeconômicos e representante da Contraf-CUT na COE, a discussão não fala sobre qualquer setor da economia. “Mas, sim do setor financeiro, cujo lucro tem aumentado substancialmente a cada ano, inclusive acima da inflação médica”, afirmou se referindo ao alto lucro do Santander de R$12,398 bilhões em 2018.
Mario Raia explica ainda que mesmo com as conquistas do aumento real dos salários nos últimos anos, pelos trabalhadores, o valor do reajuste dos planos se torna maior. “Numa situação futura, será impossível os trabalhadores pagarem pelo plano de saúde. Os bancos poderiam arcar com esses custos para não impactar de forma violenta a renda do trabalhador”, explicou.
O banco informou que não há a mínima expectativa neste momento de discutir o modelo dos planos de saúde.
Modelo de atendimento
Foi tratada também a questão do novo modelo de atendimento que o banco pretende implementar ainda neste primeiro trimestre. A intenção do banco é criar um cargo único chamado gerente de Negócios e Serviços para as atuais funções de caixa, agente comercial, coordenador e gerente de pessoa física. Com isso, pretende-se que o mesmo funcionário atenda o cliente do início ao fim.
“Na reunião ficou claro que o banco ainda não tem a definição completa do modelo e isso tem gerado caos e pânico nas agências, pois há diferentes níveis salariais e cargos comissionados além do fato de que alguns gestores estão dizendo que todo funcionário terá que ter certificação AMBIMA”, explicou Maria Rosani, diretora financeira do Seeb SP e coordenadora da Comissão de Organização dos Empregados (COE) do Santander.
A Contraf-CUT orienta os trabalhadores a denunciarem aos seus sindicatos quaisquer tipos de pressão para a certificação AMBIMA, pois não é necessário que o trabalhador tenha certificação já neste momento de transição. O funcionário poderá ser certificado no prazo de até um ano após a implantação do novo modelo de atendimento.
Essa alteração no modelo de atendimento atingirá cerca de 13 mil funcionários.
O banco informou que os funcionários manterão as suas atuais gratificações e/ou comissões e também sua carga horária, isto é, todos terão seu cargo mudado para gerente de negócios e serviços, porém, não mudarão a sua carga horária atual. Mas, que a remuneração variável deverá sofrer alterações sem dar maiores detalhes.
Agência Work Café
O banco implementou como projeto piloto, em São Paulo (Shopping Center 3) e no Rio de Janeiro (Rua do Ouvidor), agências no estilo “Work Café”, um tipo de agência completamente reformulada onde não há espaços físicos determinados e o cliente é atendido em balcões e mesas. A representação dos trabalhadores visitou essas agências e constatou diversas irregularidades como: espaço pequeno, mobiliário não adequado, funcionários sentados na quina da mesa e sem espaço para utilização de computador.
O banco argumentou que por ser um projeto piloto acionará o Serviço Especializado de Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho (SESMT) para as devidas adequações.
“A COE saiu frustrada da reunião com o banco e aguarda propostas mais positivas do empregador na próxima reunião previamente agendada para o dia 13 de fevereiro”, concluiu Mario Raia.
fonte: http://www.contrafcut.org.br/noticias/reuniao-do-crt-do-santander-termina-sem-avancos-1f0a

Após suspensão da CCV, reunião com o BB é agendada para próxima quarta (6)

Foi agendada para o próximo dia 06 de fevereiro, quarta-feira, uma reunião entre a Contraf-CUT e o Banco do Brasil para discutir a mudança unilateral que o Banco fez no Termo de Conciliação Extrajudicial da Comissão de Conciliação Voluntária (CCV), ampliando o prazo de quitação para mais de 5 anos. A mudança no prazo de quitação nunca foi objetivo de discussão entre banco e sindicatos e não consta nos termos do acordo.
A Comissão de Empresa dos Funcionários do BB já tem agenda com o banco para tratar das mudanças nas agências de varejo e o assunto CCV será colocado na pauta.
"A orientação da Contraf-CUT é que as sessões de CCV fiquem suspensas até a reunião com o BB. Esperamos que o banco reveja sua posição para sairmos desse impasse”, afirma Wagner Nascimento, coordenador da Comissão de Empresa dos Funcionários do BB.
Saiba mais
fonte: http://www.contrafcut.org.br/noticias/apos-suspensao-da-ccv-reuniao-com-o-bb-e-agendada-para-proxima-quarta-6-fb5a

Negociação com a Caixa será realizada nesta sexta-feira

Representantes dos trabalhadores vão cobrar da direção do banco a contratação de mais empregados e soluções para os problemas relativos ao Saúde Caixa e Funcef

Mais empregados para a Caixa, defesa do banco 100% público, Funcef e Saúde Caixa serão alguns dos assuntos da pauta de reivindicações que os representantes dos empregados vão debater com a direção da empresa. A reunião acontece, a partir das 9h, em Brasília (DF).
“Vamos reafirmar na negociação a importância da Caixa como banco 100% público, fundamental para o desenvolvimento social e econômico do país, que não pode ter sua atuação reduzida”, destaca o coordenador da Comissão Executiva dos Empregados (CEE/Caixa) e diretor da  Região Sudeste da Fenae, Dionísio Reis.
Nesta quinta-feira (31), a comissão realizou uma reunião preparatória, quando foram debatidos a pauta já encaminhada à Caixa. “São temas fundamentais e urgentes que refletem no dia a dia do empregado da do banco. Vamos cobrar respeito aos trabalhadores e às suas reivindicações”, acrescenta o dirigente.
Estarão em pauta assuntos como o leilão da Lotex, remarcado para o dia 26 de março, fechamentos de agências, verticalização, Saúde Caixa, Descomissionamento via GDP, dentre outros.
A comissão dos empregados vai cobrar detalhes sobre a convocação de concursados aprovados no concurso público de 2014, anunciada em comunicado interno pela direção da empresa.
“Essa é uma reivindicação dos trabalhadores e das entidades, que têm denunciado nos últimos anos a redução significativa do quadro de pessoal do banco, acarretando o adoecimento dos empregados e comprometendo a qualidade do atendimento à população”, destaca o coordenador da CEE.
Fonte: Fenae

Participe da pesquisa que vai avaliar impactos do Agir e SQV

Programas foram implementados sem participação de trabalhadores e causam transtornos na rotina de trabalho, penalizações injustas, demissões injustificadas e até mesmo adoecimentos
  • Redação Spbancarios, com informações do Sindicato dos Bancários do ABC
  • Publicado em 30/01/2019 13:19 / Atualizado em 30/01/2019 16:54
Arte: Freepik
A fim de subsidiar as negociações frente ao Itaú visando melhorias nas condições de trabalho, o Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região quer ouvir a opinião dos trabalhadores sobre os programas Ação Gerencial Itaú para Resultado (Agir) e o Score de Qualidade de Venda (SQV).  Para isso, a entidade disponibiliza a pesquisa para os empregados que quiserem participar. As respostas serão confidenciais.
Para acessar a pesquisa, clique aqui.
“Vamos reportar aos representantes do banco as denúncias que recebermos dos bancários sobre metas abusivas e condições de trabalho degradantes”, explica Carlos Damarindo, secretário de Saúde do Sindicato e bancário do Itaú.
“As melhorias nas condições de trabalho e a ampliação dos direitos que o Sindicato conquista são feitas com a participação da categoria, por isso é fundamental a participação nessa pesquisa”, orienta Damarindo.
Na avaliação do Sindicato, quem trabalha nas agências digitais executa trabalho análogo ao de call center, mas cumpre jornada de 8 horas e opera com vários canais de comunicação [chat, e-mail, telefone, videochamada], o que confirma a sobrecarga de atividades e jornada de trabalho além da permitida pela regulamentação vigente para a função de call center, que é de 6 horas.
E para piorar a situação, o Itaú impede o acesso dos representantes sindicais nesses locais de trabalho, de forma a distanciar a relação dos trabalhadores com os seus representantes sindicais, dificultando a fiscalização das denúncias e a constatação dos abusos nas condições de trabalho.
A decisão de realizar o estudo foi tomada em julho passado, após reunião da COE (Comissão Organizada dos Empregados dos bancários do Itaú-Unibanco), que representa os trabalhadores nas negociações com o banco.
A COE atua junto com a Contraf-CUT e seus sindicatos, e sempre cobra do banco que abra o diálogo e negociações sobre os dois programas. Com a atuação da COE vários avanços já foram conquistados para os bancários, como por exemplo, a redução da cobrança de metas de 12 para 11 meses no Agir.
O Itaú-Unibanco foi um dos pioneiros na utilização de ferramentas de Gestão Organizacional fundamentadas em avaliações por resultados e qualidade. O Agir é a maior ferramenta desse tipo dentro da instituição. Mais recentemente, o banco lançou um Programa de Qualidade Total denominado SQV, que serve, segundo a empresa, para avaliar o comportamento das vendas realizadas pelos bancários, o que gera penalidades aos trabalhadores. 
 
Só que, assim como o Agir, o SQV foi implementado sem participação alguma dos trabalhadores, o que faz com que esses programas entrem em conflito com o trabalho real; ou seja, o dia a dia dos funcionários. 
“Não há transparência, e os trabalhadores não têm acesso aos critérios tomados de forma unilateral pela gestão do banco, o que está causando problemas resultantes de avaliações e penalizações injustas; demissões injustificadas e até mesmo adoecimentos” afirma Carlos Damarindo.
fonte: http://spbancarios.com.br/01/2019/participe-da-pesquisa-que-vai-avaliar-impactos-do-agir-e-sqv

Bradesco paga PLR dia 6 de fevereiro

Atendendo a pedidos do Sindicato, banco comunicou que antecipará a segunda parcela e pagará o teto, descontando a primeira parcela creditada em setembro de 2018
  • Redação Spbancarios
  • Publicado em 31/01/2019 08:00 / Atualizado em 31/01/2019 08:00
O Sindicato solicitou e o Bradesco informou que antecipará o pagamento da PLR. A segunda parcela, cujo prazo de crédito é até 1º de março, será paga pelo banco já no dia 6 de fevereiro.
O Bradesco também informou que pagará o teto da PLR (a regra majorada, que é 2,2 salários com teto de R$ 27.802,48) e o teto da parcela adicional, que é R$ 4.711,52, descontando a primeira parcela da PLR que já foi paga em setembro de 2018.
fonte: http://spbancarios.com.br/01/2019/bradesco-paga-plr-dia-6-de-fevereiro

Lucro do Santander cresce 24,6% em 2018

Bancários ultrapassam a meta de crescimento de 20% cobrada por Sérgio Rial em 2017 e como “prêmio” ganharam aumento abusivo no plano de saúde, demissões, rotatividade com salários mais baixos, mais cobrança de metas, desrespeito e retirada de direitos
  • Redação Spbancarios
  • Publicado em 31/01/2019 15:49 / Atualizado em 31/01/2019 18:20
Matriz do banco espanhol no Brasil; grande parte dos lucros da instituição é remetida para fora do país sem pagar impostos
Foto: Divulgação
O Santander obteve lucro líquido gerencial de R$ 12,398 bilhões em 2018, crescimento de 24,6% em doze meses e 9,5% em três meses encerrados em dezembro. O lucro obtido no Brasil representou 26% do lucro global, que foi de € 7,810 bilhões (crescimento de 18% no período).
“No fim de 2017, o Santander promoveu uma festa suntuosa com direito a show da Ivete Sangalo, na qual o presidente do banco, Sérgio Rial, fez uma aparição espalhafatosa, deslizando de rapel, e cobrou dos trabalhadores meta de crescimento de 20% no lucro em 2018. A meta foi superada em quase 5% e o que os bancários ganharam? Demissões, rotatividade com diminuição de salário, aumento abusivo no plano de saúde, crescimento das metas e retirada de direitos por meio da implantação de medidas da reforma trabalhista que prejudicaram os trabalhadores. E além de tudo, em 2018, a festa de fim de ano foi apenas para alguns poucos privilegiados”, critica Maria Rosani, diretora executiva do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região e bancária do Santander.
Segundo o balanço do banco, as receitas de prestação de serviços e tarifas bancárias somaram R$ 17,269 bilhões em 2018, aumento de 10,6% em doze meses encerrados em dezembro. 
Apenas com essas receitas, o Santander cobre 185,4% das despesas de pessoal (folha de pagamento, PLR, treinamentos etc.). Um incremento de 13,7 pontos percentuais em relação a 2017, que foi de 171,71%.
A despesa de pessoal, incluindo PLR, totalizou R$ 9,313 bilhões em 2018, crescimento de 2,4% em doze meses. Dentro da despesa de pessoal, se for considerado apenas o item remuneração (salário pago aos empregados), houve uma queda de 1,89% em 2018. No mesmo ano a categoria bancária teve reajuste de 5%. 
“Se compararmos a queda na remuneração com o reajuste de 5% da categoria bancária em 2018, podemos concluir que o banco está demitindo trabalhadores e recontratando novos empregados com salários mais baixos”, afirma Maria Rosani. 
Durante 2018, foram abertos apenas 608 postos de trabalho. O aumento se deveu à internalização dos empregados das empresas de tecnologia do banco Isban e Produban, que antes eram vinculados diretamente à matriz espanhola. 
A sobrecarga de trabalho aumentou, pois o banco espanhol passou de 836 clientes por empregado, em 2017, para 895 clientes por bancário em 2018. Crescimento de 7%.
“Essa relação leva em conta o total de empregados do banco, por isso a relação na área de atendimento é muito maior. São números que ajudam a explicar por que o Santander sempre figura entre os bancos com maior número de reclamações de clientes no Banco Central”, avalia Maria Rosani.
“É uma instituição que lucra muito com tarifas, serviços e juros altíssimos, e não oferece aos seus clientes atendimento satisfatório e condizente devido ao número insuficiente de funcionários, que por sua vez, enfrentam adoecimentos por causa da sobrecarga de trabalho e da cobrança abusiva de metas”, acrescenta a dirigente. 
A carteira de crédito atingiu R$ 386,736 bilhões no final de dezembro de 2018, crescimento de 11,2% (ou alta de 9,8% desconsiderando o efeito da variação cambial). O destaque continua sendo o de segmentos de pessoa física e financiamento ao consumo, com alta de 22,6% e 19,5% em doze meses, respectivamente.
Houve variação positiva no número de agências bancárias. Em dezembro, o banco possuía 2.283 agências, 23 a mais do que dezembro de 2017 (2.255).
“Um lucro de R$ 12,6 bilhões é um verdadeiro insulto em um país no qual grande parte da população vive na pobreza e está desempregada. E o Santander ainda contribui com o desemprego quando demite todos os anos milhares de pais e mães de família apenas para recontratar novos empregados pagando salários mais baixos. É uma lógica perversa que beneficia somente os acionistas e meia dúzia de diretores executivos com suas remunerações cada vez maiores”, protesta a dirigente sindical e bancária do Santander Lucimara Malaquias.
“Cobramos responsabilidade social dessa empresa estrangeira que lucra tanto no Brasil e nada contribui para o desenvolvimento econômico e social do pais, já que grande parte dos lucros são direcionados para a Espanha, sem pagar um centavo de imposto, em uma reprodução autêntica da relação colônia e metrópole que explorou e lesou a América Latina por séculos”, afirma a dirigente.
fonte: http://spbancarios.com.br/01/2019/lucro-do-santander-cresce-246-em-2018