terça-feira, 21 de junho de 2011

BANCO DO BRASIL

Alteração na Previ só beneficia direção do BB
Proposta de teto de R$ 81 mil seria interessante apenas para quem tem remuneração estatutária



São Paulo – Em 2008 a diretoria do Banco do Brasil adotou novo critério para a remuneração dos seus diretores. Na ocasião, o banco também propôs criar um teto para o salário de participação, que é a base sobre a qual incidem as contribuições e são calculados os benefícios. Os diretores passaram de celetistas para estatutários e passaram a receber vencimentos superiores ao maior salário previsto no Plano de Cargos e Salários, que é o NRF Especial de cerca de R$ 27 mil.
A mudança foi efetivada nos regulamentos dos Planos 1 e Previ Futuro, onde foi introduzido esse teto de salário de participação. Os novos regulamentos foram aprovados pela diretoria do banco, pelos ministérios do Planejamento e da Fazenda e enviados à SPC, atual Previc, para aprovação. Mas o banco mudou sua postura, após as mudanças em sua diretoria em 2009, revogando esse item da proposta de alteração do regulamento do Plano I da Previ em 2010.

“Esse fato trouxe um impasse, pois o banco defende que o teto seja de R$ 81 mil, enquanto nós defendemos o teto de R$ 27 mil. A proposta do BB beneficiaria exclusivamente os dirigentes estatutários, que têm remuneração estabelecida pelo estatuto, ao contrário de todos os demais funcionários, que têm remuneração pelo Plano de Cargos e Salários”, afirma o diretor executivo do Sindicato Ernesto Izumi.

Nas negociações sobre Previ, a Contraf-CUT e os representantes eleitos pelos funcionários, José Ricardo Sasseron, Paulo Assunção de Sousa e Vitor Paulo C. Gonçalves posicionaram-se a favor do teto, bem como os demais representantes, de entidades de aposentados.

"Repudiamos a manobra do banco, que beneficiará uma minoria em detrimento de todos os associados do Plano I da Previ. Todos contribuímos a vida toda com base no nosso Plano de Cargos e Salários e Plano de Cargos Comissionados e agora a diretoria do banco pretende beneficiar um seleto grupo, que já tem condições diferenciadas quando se afasta da empresa. Quem vai pagar por isso são os associados da ativa e aposentados do Plano I", diz Ernesto.

No final de maio, os diretores e conselheiros eleitos da Previ divulgaram manifesto (leia aqui) onde defendem o teto de contribuição.


Danilo Pretti Di Giorgi - 20/06/2011

Fonte: Sindicato dos Bancários de São Paulo

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