terça-feira, 31 de janeiro de 2012

Lucro do Santander Brasil cai, mas representa 28% do grupo

O Santander apresentou nesta terça-feira lucro líquido de 5,35 bilhões de euros (US$ 7 bilhões) no fechado de 2011, queda de 35% após o banco espanhol assumir provisões adicionais contra a deterioração de ativos imobiliários. Ao contrário de seus concorrentes na Espanha, o Santander tem condições de absorver maiores provisões graças às operações fora do país. A Espanha responde por apenas cerca de 10% do lucro do grupo. Em 2011, a América Latina, liderada pelo Brasil, responde por 51% do lucro do grupo, puxado pelo Brasil que soma 28%. O banco ganhou em 2011 na América Latina 4,6 bilhões de euros, 1,4% menos na comparação com os 4,7 bilhões de euros de 2010.

O maior banco da zona do euro foi a mais recente instituição da Espanha a anunciar que iria destinar capital para cobrir sua exposição ao setor imobiliário, antes de exigências do governo para que os bancos elevem suas provisões. O Santander informou que vai separar 3,2 bilhões de euros em provisões extraordinárias.



O lucro líquido recorrente da instituição foi de 7,02 bilhões de euros no ano passado, 14% menor que o apurado em 2010 e em linha com as estimativas de analistas. A margem financeira líquida, enquanto isso, subiu 5,5%, para 30,8 bilhões de euros.





Por países, o Brasil foi novamente o que mais forneceu aos resultados da América Latina, já que a entidade ganhou 2,6 bilhões de euros, 7,2% menos que há um ano. O lucro líquido foi de R$ 3,557 bilhões para 2011, abaixo dos R$ 3,863 bilhões apurados no ano anterior. A carteira de crédito da instituição ao final do ano passado somava R$ 197,1 bilhões, crescimento de 19,2% em 12 meses.



Atrás do País aparece o México, onde o grupo registrou lucro de 936 milhões de euros, 40% a mais que em 2010, enquanto que no Chile, o Banco Santander ganhou 611 milhões de euros, o que representa 9% menos.



Na Argentina, o banco presidido por Emilio Botín obteve lucro líquido de 287 milhões de euros, valor 2,7% menor do que o recebido em 2010, enquanto que no Uruguai ganhou 20 milhões de euros, 70,3% a menos.



A Colômbia registrou lucro líquido de 58 milhões de euros, 43% a mais no períod. Em Porto Rico, o lucro alcançou 34 milhões de euros, o que representa 10,1% menos que há um ano. Além da América Latina, a presença do Santander na América inclui os negócios nos Estados Unidos, onde o Banco Sovereign obteve lucro de 526 milhões de euros, 24% mais que os 424 milhões de euros de 2010.



Durante 2011, todas as margens do negócio aumentaram na América Latina, principalmente os juros, que alcançaram 16,4 bilhões de euros, 12,2% a mais que no ano anterior. A margem bruta aumentou 8,5%, para os 22,4 bilhões de euros, enquanto que o líquido (o que melhor reflete o negócio puro bancário) subiu 6,5%, para os 13,5 bilhões de euros.



A margem líquida do Brasil aumentou 10,6%, para os 9,963 bilhões de euros, enquanto que no México caiu 3,3%, para 1,3 bilhão de euros. Durante 2011, a taxa de inadimplência da América Latina alcançou 4,32%, superior a 4,11% de um ano antes. A taxa de inadimplência do Brasil foi de 5,38%, contra 4,91% de 2010. Na América Latina, o Banco Santander conta com 91.887 funcionários e 6.046 escritórios.

Com informações da EFE

Fonte: TERRA

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