terça-feira, 10 de outubro de 2017

Sindicato amplia convocação em defesa da Caixa

Com informações de que governo Temer pretende anunciar venda do banco federal, Sindicato aponta caminhos para ampliar resistência nas ruas e nos gabinetes; dia 18 tem audiência pública em São Paulo, compareça!
  • Redação Spbancarios
  • Publicado em 10/10/2017 15:53 / Atualizado em 10/10/2017 17:15
Caixa Federal é importante na promoção da justiça social
Foto: Mauricio Morais (arquivo)
São Paulo - Desde que Michel Temer começou a ensaiar o golpe contra a presidenta legitimada pelas urnas, Dilma Rousseff, o Sindicato já declarava em alto e bom som que a conspiração que o então vice-presidente arquitetava não era contra Dilma, mas contra o povo brasileiro. Agora, no último trimestre do ano, mais um capítulo dessa trágica história começa a ser escrito, agora contra os empregados da Caixa e por tabela toda a sociedade, atingindo em cheio especialmente os mais necessitados.
De acordo o jornal digital Relatório Reservado, voltado para o mundo empresarial, Temer já decidiu privatizar a Caixa e fará o anúncio oficial no final do ano, depois da privatização da Eletrobras. De acordo a publicação, de segunda-feira 9, “a responsabilidade pelo destino da privatização está nas mãos do presidente da Caixa, Gilberto Occhi”.
"Sempre foram muito claras as intenções do governo ilegítimo de Temer de entregar o patrimônio público brasileiro para os grandes banqueiros e empresários, afinal foram eles que financiaram sua alçada ao poder. E desde então reagimos. Agora mais uma dessas intenções está começando a se concretizar, então está mais do que na hora de os empregados ampliarem a resistência, sob pena de verem seus empregos irem por água abaixo junto com um dos maiores patrimônios do país", convoca Dionísio Reis, diretor executivo do Sindicato e coordenador da Comissão Executiva dos Empregados da Caixa (CEE/Caixa).
Ruas e gabinetes - A ameaça de privatização dá ainda mais importância à participação dos empregados da Caixa na audiência pública marcada para o dia 18, na Câmara Municipal de São Paulo. É uma quarta-feira e começa às 19h. Será o quarto encontro, de uma série de seis já agendados na base do Sindicato. Antes foram realizadas em Embu das ArtesCarapicuíba e Barueri.
A intenção é detalhar à população os riscos do desmonte dos bancos públicos para os municípios do estado de São Paulo. O debate é aberto e basta aparecer para participar. "Reúna colegas de trabalho e compareça. É o seu futuro e o futuro de nossa sociedade que está em jogo", convoca Dionísio. Além de São Paulo, há audiências públicas ocorrendo pelo restante do país.
A resistência organizada pelos empregados está também nas ruas, com atos em defesa dos bancos públicos por todo o Brasil. Em São Paulo e cidades adjacentes, o Sindicato organiza protestos às quartas-feiras. "Os empregados precisam entrar em contato conosco para realizarmos mais protestos, em regiões às quais ainda não fomos ou em alguma que já estivemos", acrescenta Dionísio.
Para entrar em contato, além de comparecer à entidade (a sede fica na Rua São Bento, 413, centro de São Paulo), os bancários podem ligar para o 3188-5200 ou mandar mensagem via WhatsApp pelo 97593-7749. O sigilo é garantido! 
"Também estamos articulando mais um grande ato nacional em defesa da Caixa", acrescenta Dionísio. "Já demos grandes mostras de poder de organização e resistência aos ataques do governo Temer com greves geraismarcha a Brasília, campanhas, dentre outras ações". A mais recente foi no dia 3, no Rio de Janeiro, e destaca-se também o lançamento da Frente Parlamentar Mista em Defesa dos Bancos Públicos, realizado em junho, em Brasília. Dele, derivam-se frentes estaduais, como a de São Paulo, que vêm sendo lançadas paulatinamente nos últimos meses. Na segunda 9, foi em Porto Alegre.
Caixa, emprego e justiça social - Um dos pontos mais marcantes dos ataques de Temer contra o patrimônio brasileiro é a redução da Caixa Federal. Segundo balanço divulgado pelo banco no fim de setembro, em apenas 12 meses foram eliminados 5.486 postos de trabalho e o número de estagiários e aprendizes caiu 3.626. As previsões de fechamento de agências já batem na casa da centena.
Na Caixa, o corte de postos de trabalho, e consequente redução do banco, traz um resultado ainda mais cruel: a perda de fôlego do marcante combate á injustiça social promovido pelo governo federal na década que antecedeu o golpe. Sem o banco, o abismo social no Brasil, um dos maiores do mundo, só tende a aumentar.
Somente no primeiro semestre de 2017, por exemplo, a carteira imobiliária da Caixa totalizou R$ 421,4 bilhões, boa parte voltados ao financiamento para famílias de baixa renda. As operações de saneamento atingiram R$ 80 bilhões. 
Fora isso, entre janeiro e junho, foram pagos cerca de 78,5 milhões de benefícios sociais, num total de R$ 14,2 bilhões, sendo R$ 13,7 bilhões referentes ao Bolsa Família. Em relação aos programas voltados ao trabalhador, a Caixa realizou 196 milhões de pagamentos, que totalizaram R$ 176,6 bilhões. Também foram realizados 33,7 milhões de pagamentos de aposentadorias e pensões aos beneficiários do INSS, correspondendo a R$ 40,7 bilhões. Ao final de junho, o banco possuía 84,1 milhões de correntistas e poupadores.
"Se a Caixa for privatizada, todo esse trabalho social cai por terra e em pouco tempo. Banqueiro não quer saber de investir nos pobres, em ações pautadas pelo social. Querem saber apenas dos lucros, independente do tamanho das consequências. O caminho do país não pode ser esse. Tem de ser do emprego e da justiça social e, para isso, precisamos da Caixa 100% pública", finaliza Dionísio.
fonte: http://spbancarios.com.br/10/2017/sindicato-amplia-convocacao-em-defesa-da-caixa

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