terça-feira, 15 de setembro de 2015

Ministério Público do Trabalho tenta evitar demissões no HSBC

  



Crédito: Paraná Online
Paraná OnlineBanco realizou demissão em massa antes da venda

O Ministério Público do Trabalho no Paraná (MPT-PR) entrou com uma ação com pedido de liminar contra os bancos HSBC e Bradesco na última quinta-feira (3). A ação resulta de uma série de negociações com o HSBC por conta de demissões em massa ocorridas no ano passado e da atual negociação de compra do banco pelo Bradesco, visando garantir a manutenção de direitos trabalhistas dos empregados após a transação.

O primeiro inquérito foi instaurado após denúncias do Sindicato dos Empregados em Estabelecimentos Bancários de Maringá e Região, em novembro passado, de que o banco estaria promovendo dispensas em massa, totalizando em torno de mil casos desde o início de 2014. O sindicato realizou tentativas de negociação, negadas pelo banco.

O MPT-PR entrou então como mediador das negociações, com o objetivo de suspender as dispensas coletivas. O inquérito foi arquivado no final de novembro quando se teve notícia de que as demissões foram suspensas e que uma negociação coletiva foi iniciada.

Entretanto, em maio de 2015 houve um pedido de desarquivamento do inquérito após a notícia de que o HSBC encerrava as atividades no Brasil. O Sindicato dos Bancários de Curitiba e Região pleiteou junto ao banco a inclusão de cláusulas que garantissem os direitos dos trabalhadores na negociação.

Em investigações realizadas desde então, concluiu-se que as dispensas em massa ainda seriam um risco aos trabalhadores, visto que nada havia sido estabelecido quanto a demissões futuras no banco. Não há qualquer garantia de manutenção dos empregos dos funcionários pelo HSBC e pelo comprador Bradesco em procedimento oficial junto ao MPT-PR, apesar de ser veiculado na imprensa a informação de que não haverá demissões.

Por essa razão, uma ação com pedido de liminar foi instaurada, solicitando à Justiça do Trabalho que os réus se abstenham de realizar demissões em massa sem prévia negociação coletiva; que mantenham o pagamento do vale alimentação e do seguro-saúde por cinco anos a partir da dispensa; que ofertem cursos de qualificação profissional e auxílio na busca de novos postos de trabalho aos empregados dispensados; que concedam a preferência aos empregados dispensados em casos de recontratação e que compensem todos os trabalhadores dispensados com o pagamento de um salário bruto para cada ano de serviço prestado.

No caso de descumprimento das obrigações, a procuradora do trabalho Margaret Matos de Carvalho pleiteia multa de R$ 20 mil por empregado demitido por dia. Além disso, o MPT-PR solicita a concessão de medida cautelar para bloqueio de R$ 250 milhões do banco. A multa solicitada por dano moral coletivo é de R$ 10 milhões. 

Fonte: Paraná Online

Comando debate saúde e remuneração com Fenaban nesta semana

  




O Comando Nacional dos Bancários retoma nesta terça-feira (15), às 14h30, em São Paulo, o debate com a Fenaban sobre saúde. Atendendo à reivindicação dos representantes dos trabalhadores, a mesa extra tratará das discussões sobre as causas dos adoecimentos dos bancários, fim das metas abusivas, combate ao assédio moral, programa de retorno ao trabalho. Na quarta-feira (16), às 10h, o tema será remuneração.

Já foram três rodadas de negociação e os bancos não apresentaram nenhum compromisso com a categoria. A Fenaban preferiu ficar no "festival de nãos" com as reivindicações de emprego, segurança, saúde, condições de trabalho e igualdade de oportunidades. 

Para Roberto von der Osten, presidente da Contraf-CUT e um dos coordenadores do Comando Nacional dos Bancários, o momento exige grande mobilização da categoria. "Um setor que ganha tanto deveria valorizar mais seus empregados na hora dos salários", disse.

Lucro nas alturas
Entra ano, sai ano, o setor bancário continua sendo o mais rentável do País. Mesmo com retração econômica, somente no primeiro semestre deste ano, os cinco maiores bancos que operam no País (Itaú, Bradesco, Santander, Banco do Brasil e Caixa) lucraram R$36,3 bilhões. Um crescimento de 27,3% em relação ao mesmo período do ano passado. 

"Nós vamos continuar cobrando dos bancos sua responsabilidade social, seu compromisso com o crescimento econômico e a coerência. É hora de colocar mais renda nas famílias dos trabalhadores", garantiu o presidente da Contraf-CUT

Principais reivindicações da categoria
Entre as principais reivindicações da categoria estão:
Reajuste salarial de 16%. (incluindo reposição da inflação mais 5,7% de aumento real)

PLR: 3 salários mais R$7.246,82 

Piso: R$3.299,66 (equivalente ao salário mínimo do Dieese em valores de junho último).

Vales alimentação, refeição, 13ª cesta e auxílio-creche/babá: R$788,00 ao mês para cada (salário mínimo nacional).

Melhores condições de trabalho com o fim das metas abusivas e do assédio moral que adoecem os bancários.

Emprego: fim das demissões, mais contratações, fim da rotatividade e combate às terceirizações diante dos riscos de aprovação do PLC 30/15 no Senado Federal, além da ratificação da Convenção 158 da OIT, que coíbe dispensas imotivadas.
Plano de Cargos, Carreiras e Salários (PCCS) para todos os bancários.

Auxílio-educação: pagamento para graduação e pós.
Prevenção contra assaltos e sequestros: permanência de dois vigilantes por andar nas agências e pontos de serviços bancários, conforme legislação. Instalação de portas giratórias com detector de metais na entrada das áreas de autoatendimento e biombos nos caixas. Abertura e fechamento remoto das agências, fim da guarda das chaves por funcionários. 

Igualdade de oportunidades: fim às discriminações nos salários e na ascensão profissional de mulheres, negros, gays, lésbicas, transsexuais e pessoas com deficiência (PCDs). 

"São reivindicações justas, construídas democraticamente pela categoria, com a participação de milhares de mãos e dimensionadas pelo princípio da razoalbilidade. Os bancos podem e devem atender seus empregados. Pois são eles que constroem os seus grandes lucros", completou Roberto von der Osten. 

Fonte: Contraf-CUT

segunda-feira, 14 de setembro de 2015


 FESTA DO BANCÁRIO em 19/09/2015
LOCAL: A A B B – SANTA FÉ DO SUL – SP

SOMENTE BANCÁRIOS DAS CIDADES PARTICIPANTES CONFORME ABAIXO (NA FOTO)


À PARTIR DAS 12:00HS

sexta-feira, 11 de setembro de 2015

Bancos rejeitam reivindicações de igualdade e insistem que não há discriminação

  



A remuneração dos negros também permanece desigual, 12,7% mais baixa

Nada de diferente. O não continua sendo a palavra usada pelos banqueiros na hora de negociar as reivindicações dos funcionários da Campanha Nacional 2015. Foi assim nas duas primeiras rodadas, com os temas emprego, saúde, segurança e condições de trabalho. A Fenaban não saiu da mesma toada, nesta quarta-feira (9), em São Paulo, com as reivindicações sobre igualdade de oportunidades, as quais visam corrigir discriminações históricas de gênero, raça e orientação sexual nos locais de trabalho.

A Fenaban voltou a negar os problemas, mas o ambiente bancário ainda está longe de ser democrático. O II Censo da Diversidade, conquistado pela categoria e divulgado em 2014, pela própria Fenaban, revelou que as mulheres ganham 22,1% a menos que os homens. A remuneração dos trabalhadores negros também permanece desigual, 12,7% mais baixa na comparação com brancos, apesar de 74,5% terem curso superior. Do universo de 511 mil bancários, apenas 3,4%, ou 17 mil trabalhadores, se autodefiniram como pretos na pesquisa.

"As negociações têm sido duras, muito duras, mas estamos mobilizados. Os bancos continuam ganhando muito e vão ter que atender nossas reivindicações", afirmou o presidente da Contrarf-CUT e um dos coordenadores do Comando Nacional do Bancários, Roberto Von der Osten.

Durante a negociação, o Comando Nacional dos Bancários ressaltou a necessidade de democratizar o acesso ao trabalho para mulheres, negros, indígenas, homoafetivos e trabalhadores com deficiência, para que tenham igualdade de condições de contratação, independentemente de idade e condições econômicas.

Mulheres 
As mulheres apresentam melhor qualificação educacional que os homens nos bancos. O II Censo da Diversidade identificou que 82,5% têm curso superior completo, contra 76,9% dos homens. Mas além da diferença salarial, as bancárias também estão em menor número nos cargos de direção. De acordo com a Rais, Relação Anual de Informações Sociais, referente ao ano de 2013, elas representam, apenas, 8,4% da diretoria dos bancos.

"No ritmo de correção das distorções vai demorar 88 anos para que as mulheres passem a receber salários iguais aos homens nos bancos. E, na região Sudeste, onde a diferença salarial de gênero é ainda maior, demoraria 234 anos para as mulheres atingirem a mesma remuneração dos homens", disse Juvandia Moreira, vice-presidenta da Contraf-CUT e presidenta do Sindicato dos Bancários de São Paulo.

"Apesar do número de bancárias ter aumentado, isso não mudou a realidade da distorção salarial entre as mulheres e os homens. Elas continuam ganhando menos e ocupando poucos cargos de direção", ressaltou o secretário de Políticas Sociais da Contraf-CUT, Fabiano da Silva Junior. 

Em relação às mulheres negras, a discriminação se acentua ainda mais. Na apresentação do segundo censo, a Fenaban não havia disponibilizado os dados sobre a situação das bancárias negras ao movimento sindical. Cobrados, os negociadores dos bancos ficaram de apresentar, o quanto antes, estas informações específicas da pesquisa.

PCS 
Diante da falta de igualdade nos bancos, o Comando Nacional propôs debater um Plano de Cargos e Salários (PCS) para todos, para corrigir as distorções de mobilidade nas carreiras e um processo seletivo interno para promoções. Reivindicaram que os critérios passem a ser objetivos para que todos os funcionários tenham igualdade de oportunidades. A Fenaban usou de levantamento próprio para negar discriminação, argumentando que das últimas promoções de cargos, executadas pelos bancos, 54% foram de homens e 46% de mulheres, muito próximo das porcentagens de distribuição de gênero no emprego bancário.

Os bancários também defenderam o reajuste anual de 1% (um por cento) para os funcionários a cada ano completo de serviço. Os bancos responderam que promoções por tempo de serviço não são mais utilizadas pelas corporações. O critério certo, segundo a Fenaban, é a avaliação das competências e a meritocracia.

"O reajuste anual é visto por nós como uma possibilidade objetiva de combater as desigualdades. Mas os bancos deixaram claro que tempo de casa é coisa do passado, demonstrando sua falta de comprometimento com a valorização dos funcionários que prestam bons serviços por anos a fio para a instituição" criticou Roberto von der Osten.

Pessoas com deficiência (PCD) 
Os trabalhadores com deficiência representam, atualmente, apenas 3,6% da categoria bancária, comprovando que os bancos não estão respeitando a cota de 5%, prevista na Lei Federal 8.213, promulgada há 24 anos. O Comando reivindicou mais contratações e solicitou que as instituições parem de incluir os reabilitados que tinham sido afastados por motivo de saúde na cota de PCD, como tentativa de demonstrar que estão cumprindo a legislação.

"O espírito da lei é que as empresas procurem no mercado pessoas com deficiência para serem contratadas, uma responsabilidade social com a inclusão, que os bancos afirmam que têm, mas que continuamos identificando problemas", explicou o presidente da Contraf-CUT.

Além de não apresentar nenhuma proposta para expandir estas contratações, os negociadores da Fenaban negaram o desrespeito à lei, ao dizer que podem efetuar tal manobra, sem esclarecer o número de trabalhadores reabilitados.

Assédio sexual 
A Consulta Nacional dos Bancários 2015 identificou que o assédio sexual preocupa 12% dos bancários que responderam ao questionário. Para avançar no combate ao problema, os trabalhadores querem instalação de um grupo de trabalho para produzir uma campanha de prevenção, em conjunto com os bancos. Além de acompanhar o processo de apuração e solução dos casos.

"A Fenaban alegou que não quer causar pânico diante do tema. Mas a campanha que estamos propondo é de caráter pedagógico e de prevenção educacional. O assédio sexual deve ser uma preocupação de todos nós, representantes dos bancários e dos bancos", explicou Fabiano Paulo Junior.

Ausências remuneradas 
A pauta dos bancários também quer garantir aos pais o direito a um dia de ausência remunerada, a cada seis meses, para participar de reuniões escolares com os professores para cada filho, seja natural, adotado ou enteado, em idade escolar.

Identidade visual
O Comando Nacional cobrou respeito à expressão de personalidade e identidade visual dos empregados, defendendo que já passou da hora dos bancos deixarem de interferir no corte de cabelo, na barba e até nas roupas dos funcionários. As características físicas expressam o direito de personalidade de cada um, que tem sido negado há muito tempo, reclamaram os representantes dos trabalhadores.

A Fenaban se recursou a colocar esta cláusula na Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) e preferiu passar o bastão para cada banco, sem levar em conta a importância que o debate merece, ao tratar do combate à discriminação no ambiente de trabalho.

"Os nossos sindicatos e federações, com a nossa histórica unidade, tem conversado muito com os bancários e as bancárias nos locais de trabalho, estão mobilizados para a luta. Com isso, tenho certeza que vamos continuar o nosso ciclo de ganhos reais e vamos avançar em novas conquistas sociais. Juntos somos fortes", declarou o presidente da Contraf-CUT.

Semana de luta
Os bancários retomam, nesta semana, a mesa de negociações específicas com a Caixa, com os temas "carreira, isonomia e organização do movimento" e também com o Banco do Brasil, sobre "reivindicações de cláusulas sociais e previdência complementar". As duas reuniões acontecem na próxima sexta-feira (11), em Brasília. 


Calendário Negociações

Fenaban
15/9- Saúde (mesa extra)
16/9 - Remuneração

Caixa
11/9 - Carreira, isonomia e organização do movimento
18/9 - Contratação, condição das agências e jornada

Banco do Brasil
11/9 - Cláusulas sociais e previdência complementar
18/9 - Remuneração e plano de carreira 

Fonte: Contraf-CUT

quarta-feira, 9 de setembro de 2015

Banesprev: Santander rejeita decisão do plebiscito

  




O Santander rejeitou a decisão de assembleia, realizada em abril, e do plebiscito, realizado em junho, a respeito da eleição da sétima vaga no colegiado. O anúncio foi feito em reunião extraordinária do Conselho Deliberativo do Banesprev, realizada recentemente.

Além de não acatar o resultado democrático, o Santander ainda agride as normas estatutárias vigentes no Banesprev, pois aprovou, com o voto dos indicados do banco, o encaminhamento para a Previc justamente da proposta de reforma estatutária aprovada na Reunião do Conselho Deliberativo (17/11/2014), já rejeitada pela assembleia.

Durante a reunião do Conselho, os eleitos foram contrários ao encaminhamento do processo, pois não considera as decisões da assembleia e plebiscito.

Eles, inclusive, apresentaram justificava para esse posicionamento embasada no § 2º, do artigo 24 do Estatuto em vigência, que diz: "Todas as alterações do Estatuto do BANESPREV deverão ser aprovadas em Assembleia específica dos Participantes, ratificadas pela Diretoria do Banco e aprovadas pelo INPS (atual Previc), antes da implementação." 

No entanto, a ata da assembleia é clara: a proposta que o Santander diz que irá encaminhar à Previc que foi "rejeitada por maioria de votos (3 abstenções)."

O presidente da Afubesp e conselheiro deliberativo eleito, Camilo Fernandes, ressalta que para qualquer alteração estatutária ter validade todos os integrantes dessa tríade (patrocinadora, Conselho Deliberativo do Banesprev e assembleia). "Os participantes foram contra essa reforma tanto na assembleia como no plebiscito porque querem a eleição da sétima, o que torna inválida a proposta", avalia Fernandes. A negativa dada pelos participantes determina a que a proposta deve ser revisada ou indeferida, portanto não deve ser encaminhada para registro.

Aviso em cima da hora - Além do teor da reunião extraordinária do colegiado afrontar o Estatuto do Banesprev e prejudicar os participantes e assistidos, mais um problema deve ser destacado.

Apesar de ter tempo para avisar, com antecedência, os representantes eleitos sobre o tema, o Banesprev só encaminhou a decisão do Santander em cima da hora, na noite anterior à reunião. Ou seja, menos de 24 horas antes de sua realização.

"Achamos absurda essa postura do Banesprev, que sequer nos concedeu tempo para nos manifestar de forma mais fundamentada durante a reunião", comenta Walter Oliveira, secretário-geral da Afubesp e conselheiro deliberativo. "Registramos em ata nosso descontentamento com atitude, nossa posição contrária à decisão do banco, bem como fizemos constar em ata um aditamento ao voto, que foi encaminhado ao Banesprev, posteriormente".

Lembramos ainda que a 7ª vaga no conselho, ou a 3ª dos eleitos é de fundamental importância para restabelecer a composição inicial do colegiado, garantindo uma maior relação de forças, sendo que para eventuais alterações nos regulamentos de algum dos planos de benefícios, será necessário a concordância dos eleitos.

Cronologia dos acontecimentos - Depois de apurado o resultado do plebiscito, em 3 de julho, o Banesprev encaminhou a decisão dos participantes ao banco, dez dias depois (13/7). No dia 28 do mesmo mês, a patrocinadora Santander (que inclui Santander Brasil, Santander S.A., Santander Corretora de Câmbio e Valores Mobiliários, Produban e Isban) respondeu a carta aprovando a proposta do Conselho Deliberativo (de 17/11/2014), ignorando a decisão da assembleia e plebiscito. E conclui dizendo que concorda "em manter inalterado o caput 27 do estatuto, sem o preenchimento da 3ª vaga eletiva (7ª vaga do Conselho Deliberativo), rejeitando a proposta apresentada pelas associações dos participantes".

A patrocinadora Cabesp manifestou-se da mesma forma, trazendo incrivelmente a assinatura do diretor administrativo, Ricardo Mitsouka, um representante eleito que, mais uma vez, se posicionou contra quem o elegeu.

O informe sobre a reunião, marcada para manhã do dia 21 de agosto, chegou aos eleitos no dia 17, mas sem o assunto a ser tratado, o que só foi divulgado no dia 20, às 18 horas.

A Afubesp tomará todas as medidas cabíveis para resguardar o direito dos participantes do Banesprev. 

Fonte: Afubesp

Bradesco tem de manter serviço se cliente do HSBC quiser

  




Mesmo após a integração entre os bancos, o Bradesco tem obrigação de manter os serviços contratados pelos clientes do HSBC. Qualquer mudança ou migração de pacotes só pode ser feita com a anuência do correntista. "Não pode haver alteração unilateral de contrato", afirma Renata Reis, coordenadora da diretoria de atendimento e orientação ao consumidor do Procon de São Paulo. "Mesmo que a empresa alegue incompatibilidade de sistemas ou qualquer outra questão, o serviço tem de ser mantido se o cliente não concordar com a mudança", acrescenta.

Segundo a especialista em direitos do consumidor, em uma aquisição, a empresa compradora tem de respeitar os contratos firmados pelo consumidor com a incorporada. "Os clientes do HSBC, se preferirem, podem manter o mesmo pacote de serviços e pagar as mesmas tarifas que estão pagando atualmente."

O mesmo princípio vale para produtos, como cartões de crédito. "Tem de manter os benefícios também. Se um serviço tiver sido disponibilizado pelo HSBC e não houver anuência do consumidor para mudar, o Bradesco vai ter de mantê-lo, caso de um programa de recompensas, mesmo que a instituição trabalhe com outro sistema de milhagem."

Para Renata, esse "é o risco da incorporação". Conforme a legislação, o consumidor pode exigir o cumprimento da oferta e na impossibilidade pode exigir a devolução dos valores pagos em adiantamento, abatimento no preço e até mesmo uma indenização. Se a empresa não consegue oferecer a solução, "os Procons podem arbitrar o caso e converter isso numa obrigação de pagamento ou até de indenização por perda material, se for comprovada", explica.

Segundo a coordenadora, alteração de preço só pode ser feita dentro das regras que já existem, por exemplo, se o Banco Central autorizar um reajuste já previsto.

Conforme Erika Ribeiro, especialista em fusões bancárias da Value Partners, o adquirente tem de fazer um esforço de convencimento dos clientes da instituição incorporada para que façam a migração. "Na fusão do BankBoston com o Itaú, da qual participei, foi feito um grande esforço de convencer os clientes a migrar. O exercício que o banco tem de fazer é criar um produto otimizado, e oferecer facilidades que o cliente do outro banco não tem para convencê-lo a mudar."

Segundo Erika, é comum nos processos de fusão de bancos haver um período, que pode se estender por mais de um ano, no qual existam grupos distintos de clientes com pacotes e tarifas diferentes até a migração total da base. Para Renata, do Procon-SP, as instituições financeiras costumam se preparar bem para as incorporações. "Não tivemos problemas em fusões de bancos anteriores. As instituições costumam ter um cuidado. É raro ter uma reclamação por não conformidade." 

Fonte: Valor Online

Começa terceira rodada de negociação da Campanha Nacional dos Bancários

  




Crédito: Jailton Garcia - Contraf-CUT
Jailton Garcia - Contraf-CUTA negociação sobre igualdade de oportunidades teve início às 10h20 em SP

O Comando Nacional dos Bancários retomou na manhã desta quarta-feira (9), em São Paulo, as discussões da Campanha Nacional 2015 com a Fenaban. Trata-se da terceira rodada de negociação e estão em debate as reivindicações de igualdade de oportunidades. 

O ambiente bancário ainda está longe de ser democrático. Os bancos continuam discriminado as pessoas com deficiência, a população LGBT, os negros e as mulheres. O II Censo da Diversidade sobre a categoria bancária, divulgado em 2014, revelou que as mulheres ganham 22,1% a menos que os homens. A remuneração dos trabalhadores negros também é menor, 12,7% mais baixa na comparação com brancos, apesar de 74,5% dos negros terem curso superior, assim como 82,5% das mulheres. 

"Estas diferenças salariais mostram que estão mantidas as históricas discriminações nos bancos. Isto é injustificável e precisa continuar sendo combatido", afirma o presidente da Contraf-CUT, Roberto von der Osten. 

Entre as reivindicações entregues à Fenaban estão a democratização do acesso de candidatas e candidatos às vagas de emprego, com garantias igualitárias de contratação, independentemente de gênero, raça, orientação sexual, idade e condições econômicas. 

O movimento sindical também quer o compromisso dos bancos com o combate ao assédio sexual. A Consulta Nacional dos Bancários 2015 revelou que o tema preocupa 12% da categoria e as denúncias estão aumentando. 

Semana de luta

Além da Fenaban, os bancários retomam, nesta semana, a mesa de negociações específicas com a Caixa sobre carreira, isonomia e organização do movimento e também com o Banco do Brasil, com reivindicações de cláusulas sociais e previdência complementar. As duas reuniões acontecem na próxima sexta-feira (11), em Brasília. 

Calendário Negociações

Fenaban

9/9 - Igualdade de Oportunidades
16/9 - Remuneração

Caixa
11/9 - Carreira, isonomia e organização do movimento
18/9 - Contratação, condição das agências e jornada

Banco do Brasil
11/9 - Cláusulas sociais e previdência complementar
18/9 - Remuneração e plano de carreira 

Fonte: Contraf-CUT

terça-feira, 8 de setembro de 2015

Deu breu na gestão de pessoas do BB mais uma vez

  




A Diretoria de Pessoas do BB mais uma vez usa de atropelos para dar solução de problemas que afetam a vida dos funcionários.

Desta vez foi o comunicado às mulheres que estão desobrigadas de cumprir o intervalo de 15 minutos antes da jornada extraordinária, devido a anulação do julgamento feito pelo TST.

O banco informa que não voltará à situação anterior somente nas praças do Distrito Federal e nos estados do Amapá e Pará, devido liminares concedidas pela justiça do trabalho local.

O Banco do Brasil havia modificado o ponto eletrônico das bancárias de todo o Brasil, alegando que as liminares o obrigavam a cumprir a decisão em todo o território nacional.

No dia 31 de agosto, a Contraf-CUT e o Sindicato de Brasília se reuniram com o Banco do Brasil com o objetivo de discutir a medida que seria anunciada pelo BB. Os representantes dos funcionários solicitaram ao banco que adiasse a edição de algum normativo até que houvesse a discussão com as bancárias dos locais afetados.

Com a decisão de enviar comunicado às funcionárias, a Diretoria de Pessoas indicou que sua resposta foi não negociar nenhuma solução, uma vez que implantou anteriormente o intervalo em todo o país e agora faz segmentação de locais.

A diretoria de pessoas do BB não informou no comunicado se vai pagar os 15 minutos daquelas bancárias que foram obrigadas a trabalhar sem intervalo.

Para Wagner Nascimento, coordenador da Comissão de Empresa do BB, o diretor Carlos Netto reitera o breu instalado na gestão de pessoas do BB, conforme já denunciamos na última edição da Revista Espelho. 

"Em plena campanha salarial, medidas como essa, que visam conflitar os trabalhadores com suas representações demonstram mais uma vez o despreparo no trato com as pessoas. Para quem implantou o Plano de Funções com redução de salários que provocou aumento das ações judiciais no BB, cancelou férias para cobrar compensação de greve, transformou a diretoria de pessoas numa fábrica de inquéritos administrativos e queria transformar em fraude se o funcionário não saísse ou entrasse no banco em cinco minutos, nada mais é surpresa" afirma. 



Fonte: Contraf-CUT