quarta-feira, 21 de outubro de 2015

Negociação continua na quinta; greve também

Bancos apresentaram nova proposta de 8,75% e Comando dos Bancários recusou índice que sequer repõe a inflação e representa perda de 1,03%
São Paulo – A federação dos bancos (Fenaban) voltou para rodada de negociação com o Comando Nacional dos Bancários, na quarta-feira 21, com uma proposta de 8,75% para reajustar salários, piso, PLR, vales e auxílios, e sem abono. O índice representa perda de 1,03%.

O Comando questionou o valor que não repõe a inflação de 9,88% (INPC do período) e reiterou que os bancários querem aumento real.

Depois de um longo debate, a Fenaban destacou que as margens de negociação estão estreitas, mas vai consultar os bancos para continuar a rodada na quinta 21, no 17º da greve, às 14h. Na terça-feira 20, a proposta apresentada foi de 7,5%, também rejeitada na mesa de negociação pelo Comando Nacional.

“Os bancos têm de melhorar essa proposta”, cobra a presidenta do Sindicato, Juvandia Moreira. “Outros setores da economia, inclusive prejudicados pela crise internacional como químicos e metalúrgicos, estão pagando aos seus trabalhadores reajuste que cobre a inflação”, reforça a dirigente que é uma das coordenadoras do Comando.

Com data base em 1º de setembro, como os bancários, dezenas de empresas do ABC paulista – mesmo diante dos efeitos da queda na venda de automóveis e caminhões – ofereceram aos seus empregados a garantia do índice que recompõe a inflação de 9,88%.

O setor químico de São Paulo, também propôs aos seus funcionários a correção dos salários pelo percentual equivalente à variação integral do Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) do período de novembro de 2014 a outubro de 2015, que deverá girar em torno de 10%. A data-base da categoria é 1º de novembro.

“Os bancos não podem querer impor perdas aos seus empregados. A greve está forte e continua até que eles entendam isso”, finaliza Juvandia.

“Vamos manter a negociação pelo terceiro dia consecutivo. Esperamos uma proposta condizente aos lucros bilionários dos bancos”, disse Roberto Von der Osten, presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), que também participa da coordenação do Comando Nacional.

Públicos – Banco do Brasil e Caixa Federal mantêm a sinalização de retomar as negociações específicas tão logo encerrada a mesa com a Fenaban.

Greve - Enquanto os banqueiros não trazem proposta digna da categoria, os bancários seguem parados. Na quarta-feira 21, foram 55 mil trabalhadores de braços cruzados.


Cláudia Motta - 21/10/2015 - http://www.spbancarios.com.br/Noticias.aspx?id=12989

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