terça-feira, 4 de outubro de 2016

GREVE DOS BANCÁRIOS É A MAIOR DOS ÚLTIMOS 12 ANOS

03-10-2016
FotorCreated3
Apesar da extensão, não há previsão para o término, já que não há rodada de negociações agendadas para os próximos dias.
Sem chegar a um consenso nas negociações, a greve dos bancários avança pela quinta semana. Nesta segunda-feira, completam 28 dias do início das paralisações em todo o país.
A Greve
Nesta segunda-feira, 3, a gerência média aderiu à greve e paralisação continua forte no Tocantins (TO). O presidente do Sindicato dos Bancários do Tocantins (SINTEC-TO), Crispim Batista Filho, ressaltou que com a entrada dos gerentes na greve ela ganha ainda mais força. “Até o momento os caixas e os postos efetivos que aderiram à greve. Acreditamos que agora realmente, a Fenaban negocie, porque são esses bancários que realizam os negócios que aumentam os lucros do banco”, destacou Batista Filho.
Na região de Franca (SP), repetindo o que o Santander já havia feito, hoje foi a vez do Itaú descumprir a Lei de Greve e retirar os cartazes da agência Centro, a maior da cidade. “Ao invés de tentar acabar com a greve à força, os banqueiros deveriam solucionar o impasse negociando com a categoria”, afirmou o diretor do Sindicato e funcionário do Itaú Claudinei Peres.
Em Campo Grande e outros 27 municípios de Mato Grosso do Sul, são 152 agências fechadas por conta da greve dos bancários que completou nesta segunda-feira (3), 28 dias.
Em Juazeiro (BA), 29 agências bancárias estão com suas atividades paralisadas desde 6 de setembro. Esta greve é a mais demorada dos últimos 11 anos. Em 2004, a paralisação durou 30 dias e se a Fenaban não entrar em acordo com a categoria, a greve pode bater o recorde este ano.
Em Maringá e região (PR), desde o primeiro dia estão fechadas praticamente 100% das agências, única exceção para o Bradesco/HSBC, que abriu semana passada por determinação judicial, via interdito proibitório. O Departamento Jurídico do Sindicato, no entanto, já está recorrendo, frisando que o direito de greve, assegurado na Constituição Federal destaca, em seu art. 9º, não pode ser tolhido. A greve é, portanto, uma garantia constitucional, considerada um direito social dos trabalhadores, tratando-se de garantia fundamental.
Já no País a mobilização fechou mais de 13 mil agências e 29 centros administrativos. O número representa mais de 50% das agências de todo o Brasil.
Falsas informações
O Sindicato dos Bancários de Goiás pede aos companheiros para permanecerem em alerta quanto a indústria de boatos implementada pelos bancos neste momento de luta da nossa categoria. As instituições financeiras têm disseminado informações falsas de que greve por mais de 30 dias configura abandono de emprego. Ora, no período de greve os contratos de trabalho ficam suspensos pelo prazo que durar a paralisação. Ademais, o Sindicato cumpriu todas as exigências da lei de greve, razão pela qual nosso movimento reivindicatório é legal e ninguém pode sofrer retaliações.
Reivindicações
A última proposta apresentada, há uma semana no último dia 26, foi de aumento salarial de 7% e R$ 3,5 mil de abono. “Eles somente aumentaram em R$ 200 o abono, que era de R$ 3,3 mil. Por isso rejeitamos”, As reivindicações dos bancários estão mantidas desde o início: a reposição da inflação acumulada nos últimos 12 meses, que fechou em 9,62%, e mais 5% de aumento real. Não há a intenção de obter o abono, como ocorria nas negociações há anos, como destaca Gilberto Leite.
O presidente do Sindicato dos Bancários de Ponta Grossa (PR) afirma que os bancários estão abertos, dispostos a negociar, algo que não é observado por parte dos banqueiros. “Estamos percebendo uma grande má vontade dos patrões em resolver o problema, aliada a uma costumeira ganancia”, destaca.
São por essas razões que a greve dos bancários continua forte, paralisando o sistema financeiro em todo país.
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Diretoria Executiva da CONTEC

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