segunda-feira, 15 de agosto de 2011

CAMPANHA SALARIAL - BANCÁRIOS ENTREGA PAUTA A FENABAN

Comando entrega pauta à Fenaban, com aumento real e emprego decente

 
Crédito: Jailton Garcia
Jailton Garcia O Comando Nacional dos Bancários, coordenado pela Contraf-CUT, entregou à Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) nesta sexta-feira 12, em São Paulo, a pauta de reivindicações da Campanha Nacional 2011, aprovada pela 13ª Conferência Nacional, realizada entre 29 e 31 de julho.

A pauta contempla reajuste salarial de 12,8% (aumento real de 5% mais reposição da inflação projetada em 7,5%), PLR de três salários mais R$ 4.500, piso do Dieese (R$ 2.297,51 em junho), emprego decente, com plano de cargos e salários para todos, fim das metas abusivas, combate ao assédio moral, segurança contra assaltos, garantia contra dispensas imotivadas, mais contratações, fim da rotatividade, reversão das terceirizações, igualdade de oportunidades, aposentadoria digna e banco para todos, sem precarização.

Ao entregar a pauta de reivindicações ao novo presidente da Fenaban, Murilo Portugal (estavam na mesa representantes do Itaú, Banco do Brasil, Bradesco, Caixa, Santander e HSBC), o presidente da Contraf-CUT, Carlos Cordeiro, lembrou o momento positivo que o Brasil vive, com crescimento econômico, reconhecimento internacional e se transformando na sétima maior economia mundial. "Mas infelizmente o país está ainda entre as dez piores distribuições de renda do mundo. O sistema financeiro, que continua lucrando como nunca, precisa ajudar o país a transformar o crescimento econômico em desenvolvimento, com distribuição de renda", enfatizou Carlos Cordeiro.

Emprego decente

Por isso, informou o presidente da Contraf-CUT e coordenador do Comando Nacional, os bancários estão incluindo na Campanha Nacional deste ano o conceito de emprego decente, elaborado pela Organização Internacional do Trabalho (OIT) e assumido pela CUT como bandeira central de luta em 2011.

"O emprego decente que queremos ter dentro dos bancos envolve várias dimensões, entre elas a de garantia no emprego, remuneração digna, sem discriminações de nenhum tipo, condições de trabalho decente, fim do assédio moral e das metas abusivas - que é um problema tanto dos bancos públicos como privados -, aposentadoria decente e mais segurança nas agências", disse Carlos Cordeiro.

"Precisamos acabar com a alta rotatividade nos bancos, que é uma coisa, como a jabuticaba, só existe no Brasil. Infelizmente, os bancos internacionais só praticam a alta rotatividade aqui, e não nos outros países vizinhos onde atuam", criticou o presidente da Contraf-CUT.

"Queremos uma remuneração decente, continuar na valorização do piso, no aumento real, na melhor distribuição da PLR, sem discriminação contra mulheres, que ganham 24% menos que os homens, contra negros, contra pessoas com deficiência", acrescentou Cordeiro. "A amplitude entre o maior e o menor salário nos bancos no Brasil é muito maior que nos outros países, como disseram os especialistas no seminário que a própria Fenaban organizou. Precisamos reduzir essa concentração de renda."

Sistema financeiro decente

O Comando Nacional também informou a Fenaban que a pauta de reivindicações deste ano inclui também o conceito de inclusão bancária, que é o direito de toda a população brasileira ter conta bancária e ter atendimento decente, feito em agências e postos de atendimento, com assessoria financeira, sigilo de dados e segurança.

"Estamos levando à presidenta Dilma Roussef a convocação de uma Conferência Nacional para discutir com toda a sociedade brasileira o sistema financeiro que o Brasil quer e precisa para alavancar o desenvolvimento econômico e social", disse Carlos Cordeiro. "Dentro desse debate, queremos discutir os correspondentes bancários, que achamos que é um instrumento para segregar e excluir os mais pobres e precarizar as relações de trabalho. Se o Brasil quer ser grande, precisa ter um sistema financeiro diferente, com as pessoas em primeiro lugar."

Venda ética de serviços bancários

Além da pauta de reivindicações, o Comando Nacional também entregou à Fenaban a carta aprovada pelo Comitê Diretivo da UNI Finanças durante reunião realizada em Copenhague, na Dinamarca, em junho de 2010, que defende a venda ética de produtos e serviços bancários e a orientação adequada aos clientes sobre as melhores opções para fazer investimentos.

A Declaração sobre a Venda Responsável de Produtos Financeiros prevê, entre outros itens, o fim das metas abusivas e a garantia de uma "cultura interna de negócios e procedimentos operacionais que conduzam à venda responsável de produtos".

"Os bancários querem acabar com as pressões que sofrem nos bancos, com remuneração vinculada a metas abusivas e assédio moral, para vender a qualquer custo", afirma Carlos Cordeiro, que também é presidente da UNI Américas Finanças. "Queremos oferecer aos clientes um atendimento ético, esclarecendo as pessoas sobre os serviços, taxas de juros e tarifas de forma clara e transparente, e garantir que esses serviços atendam de fato às necessidades de cada cliente. Queremos acabar com procedimentos como a venda casada, que os bancos pressionam os trabalhadores a realizar."


Principais reivindicações

Reajuste Salarial
12,8% (5% de aumento real mais a inflação projetada de 7,5%)

PLR - Participação nos Lucros e Resultados
Três salários mais R$ 4.500

Pisos
Portaria - R$ 1.608,26
Escritório - R$ 2.297,51
Caixa - R$ 3.101,64
1º Comissionado - R$ 3.905,77
1º Gerente - R$ 5.169,40
Vales Alimentação e Refeição e auxílio-creche/babá
Salário Mínimo Nacional - R$ 545

PCCS - Plano de Cargos, Carreiras e Salários
Para todos os bancários

Auxílio-educação
Pagamento para graduação e pós

Emprego
Ampliação das contratações
Fim da rotatividade
Combate às terceirizações
Garantia contra dispensas imotivadas (Convenção 158 da OIT)
Banco para todos, sem precarização

Outras prioridades
Cumprimento da jornada de 6 horas
Fim das metas abusivas
Combate ao assédio moral e à violência organizacional
Segurança contra assaltos e adicional de 30% de risco de morte
Previdência complementar para todos os trabalhadores
Contratação da remuneração total
Igualdade de oportunidades

Fonte: Contraf-CUT

sexta-feira, 12 de agosto de 2011

CAMPANHA SALARIAL - ENTREGA DA MINUTA HOJE ( 12/08/2011 )

Comando Nacional entrega pauta de reivindicações à Fenaban nesta sexta
 
O Comando Nacional dos Bancários, coordenado pela Contraf-CUT, entrega nesta sexta-feira, dia 12, às 15h, a pauta de reivindicações da Campanha Nacional 2011 para a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban), em São Paulo. A minuta foi aprovada durante a 13ª Conferência Nacional, ocorrida nos dias 29, 30 e 31 de julho, com a participação de quase 700 delegados eleitos e observadores de todo país.

A categoria quer reajuste salarial de 12,8% (composto por aumento real de 5% mais reposição da inflação projetada em 7,5%), PLR de três salários mais R$ 4.500, piso do Dieese (R$ 2.297,51 em junho), aumentos nos vales refeição e alimentação e auxílio creche/babá para R$ 545 cada, contratação da remuneração total e previdência complementar para todos.

Os bancários reivindicam emprego decente, com plano de cargos e salários para todos, fim das metas abusivas, combate ao assédio moral, segurança contra assaltos, garantia contra dispensas imotivadas, mais contratações, fim da rotatividade, reversão das terceirizações, igualdade de oportunidades, aposentadoria digna e banco para todos, sem precarização.

Mobilização

"A pauta de reivindicações é resultado de um processo coletivo, democrático e transparente, que contou com a participação de milhares de bancários em todo Brasil, servindo de exemplo para outras categorias de trabalhadores", afirma o presidente da Contraf-CUT e coordenador do Comando Nacional, Carlos Cordeiro.

"Agora vamos lançar a campanha em todos os sindicatos, levando as nossas demandas para todos os locais de trabalho e para as ruas, iniciando a mobilização da categoria e da sociedade, e preparando as negociações com os bancos", aponta. "Com o crescimento da economia e os lucros acumulados, os bancos reúnem todas as condições para garantir aumento real pelo oitavo ano consecutivo, assegurar emprego decente para todos e atender as demais reivindicações dos bancários", conclui.

Principais reivindicações

Reajuste Salarial
12,8% (5% de aumento real mais a inflação projetada de 7,5%)

PLR - Participação nos Lucros e Resultados
Três salários mais R$ 4.500

Pisos
Portaria - R$ 1.608,26
Escritório - R$ 2.297,51
Caixa - R$ 3.101,64
1º Comissionado - R$ 3.905,77
1º Gerente - R$ 5.169,40
Vales Alimentação e Refeição e auxílio-creche/babá
Salário Mínimo Nacional - R$ 545

PCCS - Plano de Cargos, Carreiras e Salários
Para todos os bancários

Auxílio-educação
Pagamento para graduação e pós

Emprego
Ampliação das contratações
Fim da rotatividade
Combate às terceirizações
Garantia contra dispensas imotivadas (Convenção 158 da OIT)
Banco para todos, sem precarização

Outras prioridades
Cumprimento da jornada de 6 horas
Fim das metas abusivas
Combate ao assédio moral e à violência organizacional
Segurança contra assaltos e adicional de 30% de risco de morte
Previdência complementar para todos os trabalhadores
Contratação da remuneração total
Igualdade de oportunidades


Fonte: Contraf-CUT

quinta-feira, 11 de agosto de 2011

BANCO DO BRASIL

10/08/2011

Funcionários pressionam BB pelas seis horas para todos nesta quinta

 
O dia nacional de mobilização pela jornada de seis horas para todos os funcionários do Banco do Brasil promete cobrar emprego decente e pressionar a direção do BB nesta quinta-feira, dia 11, em todo país. A atividade, que está sendo organizada pela Contraf-CUT, federações e sindicatos, foi aprovada no 22º Congresso, realizado nos dias 9 e 10 de julho, em São Paulo.

"A jornada de seis horas para todos está na pauta específica dos bancários do BB, bem como a contratação de mais 5 mil funcionários para diminuir a sobrecarga de trabalho a que os trabalhadores vêm sendo submetidos cotidianamente", afirma Eduardo Araújo, coordenador da Comissão de Empresa dos Funcionários do BB. "Queremos emprego decente", destaca.

"Ao insistir no descumprimento da legislação trabalhista, o BB vem sofrendo milhares de derrotas na Justiça. O mais impressionante é que o crescimento vertiginoso do passivo trabalhista parece não incomodar nem um pouco o Conselho Diretor do BB, que assiste de camarote à avalanche de processos judiciais cobrando a sétima e a oitava horas", critica Araújo. "Os sindicatos não aceitam e repudiam qualquer retaliação do banco com as pessoas que procuraram seus direitos na Justiça", alerta o dirigente sindical.

"Vamos mostrar nesta quinta-feira para a direção do BB a importância e a oportunidade de garantir a jornada de seis horas para todos, ainda mais neste momento em que o banco apurou lucro recorde de R$ 6,26 bilhões no primeiro semestre", salienta Araújo.

"Com a terceirização e o uso fraudulento dos correspondentes bancários (o Mais BB, sem funcionários do banco), as receitas com prestação de serviços do BB atingiram R$ 8,49 bilhões no primeiro semestre. Já as despesas de pessoal atingiram R$ 6,50 bilhões, o que significa que o BB cobre 1,30 vezes a folha de pagamentos do funcionalismo somente com as tarifas, piorando as condições de trabalho e promovendo emprego indecente", dispara Rodrigo Britto, presidente do Sindicato dos Bancários de Brasília.

A jornada de seis horas é uma conquista histórica da categoria bancária, encontra-se definida em lei e precisa ser cumprida pelo BB. "Isso deve valer para todos os funcionários do banco, inclusive comissionados, sem nenhuma redução de salário", enfatiza o coordenador da Comissão de Empresa.

Em Brasília, a mobilização será realizada na Praça do Cebolão, no Setor Bancário Sul. "Chegou a hora de o funcionalismo mostrar que está realmente disposto a lutar por respeito a um direito já conquistado desde a década de 1930", conclui Araújo.

Veja as propostas dos funcionários do BB sobre jornada de trabalho:

- 6 horas para todos os comissionados sem redução de salários
- Contratação de mais 5 mil funcionários;
- Todos os aplicativos de trabalho no BB devem ser vinculados ao ponto eletrônico;
- Integração de 15 minutos de intervalo na jornada;
- CABB - Integração de 20 minutos de descanso na jornada;
- Caixas - pausa de 10 minutos a cada hora de trabalho;
- Concessão de um folga para provas de certificação;
- Garantir o estudo para certificações dentro do horário de expediente;
- Horas extras com pagamento de 125% da hora normal;
- Fim da compensação de banco de horas do SISBB e pagamento de 100% das horas extras para todos;
- Reclassificação de todos os dias de greve dos anos anteriores (2005 a 2010).


Fonte: Contraf-CUT com Seeb Brasília

sexta-feira, 5 de agosto de 2011

EDITAL ASSEMBLÉIA GERAL EXTRAORDINÁRIA

EDITAL ASSEMBLÉIA GERAL EXTRAORDINÁRIA


Sindicato dos Empregados em Estabelecimentos Bancários de Votuporanga-sp, inscrito no CNPJ/MF sob o nº 49.074.172/0001-07, Registro sindical nº 006.132.86232.7, por seu presidente abaixo assinado, convoca todos os empregados em estabelecimentos bancários dos bancos públicos e privados, sócios e não sócios, da base territorial deste sindicato, para a assembléia geral  extraordinária   que  se   realizará dia 09 de Agosto de 2011( terça feira) às 19:00 horas em primeira convocação, e às 20:00 horas, em segunda convocação, no endereço à Rua Chácara das Palmeiras – Bairro dos Comerciários em Votuporanga-sp, para discussão e deliberação acerca da seguinte ordem do dia:

1. Autorizar à diretoria para realizar negociações coletivas, celebrar convenção coletiva de trabalho, convenções/acordos coletivos aditivos, bem como convenção/acordos de PLR e, frustradas as negociações, defender-se e/ou instaurar dissídio coletivo de trabalho, bem como delegar poderes para tanto;

2. Deliberar sobre aprovação da minuta de pré-acordo de negociação e minuta de reivindicações da categoria bancária 2011/12 definida na 13ª Conferência Nacional dos Bancários;

3. Deliberar sobre desconto a ser feito nos salários dos empregados em razão da contratação a ser realizada;

  Votuporanga-sp, 02  de agosto de 2011.

Harley Ap. Vizona
Presidente

quinta-feira, 4 de agosto de 2011

Lucro dos Bancos BRADESCO, SANTANDER E ITAÚ

Três maiores bancos do país acumulam lucro monstro
Bradesco, Santander e Itaú somam R$ 16,8 bi somente nos seis primeiros meses deste ano e Sindicato cobra valorização dos trabalhadores


São Paulo - Os bancários deveriam ter razão para comemorar. Afinal, com o anúncio do crescimento do lucro dos três maiores bancos privados do Brasil, em pleno início da Campanha Nacional Unificada 2011, o aumento real de salários, o crescimento da PLR e a valorização do piso deveriam ser obrigação das instituições financeiras.

“Mas não é bem assim e os bancários sabem disso porque todo ano o lucro cresce de forma estupenda, mas os trabalhadores têm de arrancar com muita mobilização e luta o que deveria ser um direito”, afirma a presidenta do Sindicato, Juvandia Moreira.

Bradesco, Santander e Itaú empregam quase 212 mil trabalhadores em todo o país, 44% do setor (dados do balanço dos bancos de dezembro de 2010). Juntos, lucraram no primeiro semestre R$ 16,8 bilhões.

“Outros resultados vão sair e mais uma vez fica claro que os bancos têm total condição de atender às reivindicações dos seus funcionários”, ressalta a dirigente, lembrando que apesar de tanto lucro, o setor deve muito, não só aos seus empregados, mas à população. “É socialmente injusto. Se os bancos fossem tão sustentáveis, como querem fazer crer em suas propagandas, teriam de se tornar empregadores muito melhores do que são, e baixar as absurdas taxas de juros, reduzindo o spread bancário que é um dos maiores do mundo”, salienta Juvandia.

“O crescimento do setor segue forte numa média de 20% há mais de dez anos. Ou seja, poderiam cumprir seu papel social, pagar mais e empregar mais trabalhadores para atender melhor à população com melhores condições de trabalho, sem adoecer seus funcionários com pressão e metas absurdas”, completa a dirigente, lembrando que as questões de saúde continuam entre as principais preocupações dos bancários.

> As principais reivindicações aprovadas pela Conferência Nacional dos Bancários

Muito dinheiro – O lucro líquido divulgado pelo Bradesco para o primeiro semestre de 2011 foi de R$ 5,487 bilhões, 21,7% maior na comparação com igual período do ano passado. Um dos fatores que puxaram o resultado foram as operações de crédito, que saltaram de R$ 176 bilhões em 2010 para R$ 215 bilhões neste ano, crescimento de 22%. Outra receita com alto rendimento foi a de prestação de serviços, subindo de R$ 6,2 bilhões para R$ 7 bilhões, variação de 12%. Os números foram anunciados em 27 de julho.

No Santander, o lucro líquido, informado também no dia 27, foi de R$ 4,153 bilhões para os primeiros seis meses de 2011, 17,7% mais que no mesmo período do ano anterior e o melhor resultado de todos os países onde a instituição atua, correspondendo a 25% do lucro global do grupo. A carteira de crédito cresceu 17%.
O resultado do Itaú foi o maior até agora. Divulgado nesta terça-feira 2, o lucro líquido de R$ 7,133 bilhões no primeiro semestre deste ano foi 11,5% maior que no mesmo período de 2010.

“Todo esse crescimento é resultado direto do trabalho do bancário, produzido no dia a dia das agências e departamentos. Esses trabalhadores merecem ser valorizados e vamos lutar por isso”, completa Juvandia.

Leia mais> Página reúne todas as informações da Campanha Nacional 2011

Redação - 03/08/2011
Fonte: Sindicato dos Bancários de São Paulo

quarta-feira, 3 de agosto de 2011

Comando Nacional entrega pauta de reivindicações para Fenaban no dia 12

 

rédito: Maurício Morais - Seeb São Paulo
Maurício Morais - Seeb São Paulo Conferência Nacional aprova minuta unificada de reivindicações

O Comando Nacional dos Bancários, coordenado pela Contraf-CUT, entrega no próximo dia 12 de agosto a pauta de reivindicações da Campanha Nacional 2011 para a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban), em São Paulo. A minuta foi aprovada durante a 13ª Conferência Nacional, ocorrida no último fim de semana, com a participação de delegados eleitos em todo país.

A categoria quer reajuste salarial de 12,8% (composto por aumento real de 5% mais reposição da inflação projetada em 7,5%), PLR de três salários mais R$ 4.500, piso do Dieese (R$ 2.297,51 em junho), aumentos nos vales refeição e alimentação e auxílio creche/babá para R$ 545 cada, contratação da remuneração total e previdência complementar para todos.

Os bancários reivindicam emprego decente, com plano de cargos e salários para todos, fim das metas abusivas, combate ao assédio moral, segurança contra assaltos, garantia contra dispensas imotivadas, mais contratações, fim da rotatividade, reversão das terceirizações, inclusão bancária, igualdade de oportunidades e aposentadoria digna.

Confira os principais itens da pauta de reivindicações:

Reajuste Salarial
12,8% (5% de aumento real mais a inflação projetada de 7,5%)

PLR
Três salários mais R$ 4.500

Piso
Salário mínimo do Dieese (R$ 2.297,51 em junho)

Salário de Ingresso - Minuta 2011Em R$Proporção em relação ao SMN DIEESE
Portaria   1.608,26                                       0,70
Escriturário   2.297,51                                       1,00
Caixa   3.101,64                                       1,35
1º comissionado   3.905,77                                       1,70
1º gerente   5.169,40                                       2,25
Fonte: Dieese; Minuta Bancários Elaboração: Rede Bancários



Vales Alimentação e Refeição e auxílio-creche/babá
Salário Mínimo Nacional (R$ 545)

PCCS
Para todos os bancários

Auxílio-educação
Pagamento para graduação e pós

Emprego
Ampliação das contratações
Combate às terceirizações e à rotatividade
Garantia contra dispensas imotivadas (Convenção 158 da OIT)
Inclusão bancária para todos os brasileiros

Outras prioridades
Cumprimento da jornada de 6 horas
Fim das metas abusivas
Combate ao assédio moral e à violência organizacional
Segurança contra assaltos e adicional de 30% de risco de morte
Previdência complementar para todos os trabalhadores
Contratação da remuneração total
Igualdade de oportunidades


Fonte: Contraf-CUT

terça-feira, 2 de agosto de 2011

HSBC - Demissões anunciadas

A Contraf-CUT, federações e sindicatos se reunirão nesta quinta-feira (4) com a direção do HSBC para cobrar uma explicação sobre o anúncio feito pelo banco inglês nesta segunda-feira (1º) de que irá demitir cerca de 20% dos seus empregados em todo mundo, através de uma teleconferência nos Estados Unidos. Serão 30 mil trabalhadores demitidos, o que é um absurdo - ainda mais frente ao lucro mundial de US$ 11,5 bilhões obtido pela instituição entre janeiro e junho deste ano, que foi igualmente anunciado nesta segunda-feira.

Antes da negociação, a Contraf-CUT realizará uma reunião ampliada da Comissão de Organização dos Empregados (COE) do HSBC nesta quarta-feira (3), às 10h, em São Paulo.

"É inadmissível que a empresa anuncie demissões simultaneamente ao lucro astronômico atingido neste primeiro semestre", afirma Carlos Cordeiro, presidente da Contraf-CUT e da UNI Américas Finanças.

A Contraf-CUT enviou na manhã desta segunda-feira um documento ao presidente do HSBC no Brasil, Conrado Engel, cobrando explicações sobre as demissões e o agendamento de uma reunião para discutir o tema. Além disso, solicitou uma negociação urgente com o diretor executivo de Recursos Humanos do HSBC para as Américas, João Rached. "O objetivo é sabermos qual será o impacto do corte aos bancários no Brasil e em todo o continente", explica Cordeiro.

Lucro crescente

O lucro alcançado é maior do que os US$ 11,1 bilhões apurados um ano antes e melhor que a média das estimativas de analistas, de US$ 10,9 bilhões. O HSBC também informou que cortou 5 mil empregos em meio à reestruturação em andamento na América Latina, nos Estados Unidos, Grã-Bretanha, França e Oriente Médio, e que eliminará outros 25 mil postos até 2013.

"Haverá mais cortes de empregos", disse o presidente-executivo do banco, Stuart Gulliver, em teleconferência. "Será algo em torno de 25 mil vagas eliminadas entre agora e o final de 2013". Para Daniel Tabbush, analista da CLSA em Bangkok, "é um número grande (de cortes de empregos), mas faz sentido porque os custos do HSBC são razoavelmente altos".

No domingo (31), o HSBC anunciou que venderá 195 agências nos EUA ao First Niagara Financial por cerca de US$ 1 bilhão em dinheiro, além de fechar outras 13 das 470 filiais que possui naquele país.

Reestruturação

Outro problema que se apresenta após o anúncio da reestruturação é a informação de que o HSBC está centralizando suas atividades na Ásia. "Precisamos compreender o que essa informação significa", afirma Miguel Pereira, funcionário do banco e secretário de Organização do Ramo Financeiro da Contraf-CUT

"Estamos em plena Campanha Nacional e a questão do emprego é central em nosso debate", conclui Miguel.

HSBC nega demissões no Brasil

Em nota divulgada no fim da tarde desta segunda-feira, o HSBC Brasil informou que o país não será afetado pelo plano mundial de demissões anunciado pela matriz do banco. "O Brasil não faz parte da reestruturação do grupo, que inclui corte de funcionários", informou.

No comunicado desta tarde, a unidade brasileira do HSBC informou que está contratando 1.000 novos gerentes de relacionamento este ano para ampliar sua presença no varejo local. "O país foi destaque no anúncio dos resultados ao ser, entre os 87 países onde o banco atua, o terceiro a mais contribuir com o lucro do grupo", segundo trecho da nota à imprensa, detalhando que o lucro antes de impostos do conglomerado no Brasil foi de US$ 637 milhões de janeiro a junho.


Fonte: Contraf-CUT, com Reuters

segunda-feira, 1 de agosto de 2011

CAMPANHA SALARIAL 2011/2012 - DEFINIDA PAULA DE REIVINDICAÇÕES

Bancários definem pauta da Campanha Nacional 2011
Durante três dias de conferência, delegados eleitos em todo o Brasil debateram e fecharam os itens que serão negociados com os bancos


São Paulo - Está definida a pauta de reivindicações dos bancários para a Campanha Nacional Unificada 2011. Delegados eleitos por empregados de bancos públicos e privados de todo Brasil debateram entre os dias 29 e 31 de julho, na 13ª Conferência Nacional, os itens que serão negociados este ano. A pauta deve ser entregue à federação dos bancos (Fenaban) no dia 12 de agosto.

> Fotos: galeria com imagens dos três dias de conferência
> Vídeos: todas as reportagens feitas pela TVB

A categoria bancária quer reajuste salarial de 12,8% (composto por aumento real de 5% mais reposição da inflação projetada em 7,5%), PLR de três salários mais R$ 4.500; valorização do piso; aumentos nos vales refeição e alimentação. Os bancários querem, ainda, plano de cargos e salários para todos, fim das metas abusivas e do assédio moral – para ter melhores condições de trabalho –, além de mais segurança e empregos.

“Foram três dias de amplo e democrático debate para que a nossa pauta reflita a vontade e as necessidades dos bancários de todo o Brasil. Agora, começamos nossa campanha e a luta para arrancar dos bancos aumento real de salários, participação maior nos lucros, valorização do piso e condições muito melhores de trabalho, com o fim do assédio moral e das metas abusivas. E os bancos, setor mais rentável do país, têm total condição de atender a todas as nossas reivindicações”, diz a presidenta do Sindicato, Juvandia Moreira. “Nós bancários saímos da nossa Conferência unidos e mobilizados para fazer mais uma campanha vitoriosa”, destaca a dirigente, lembrando que a categoria mantêm há 18 anos uma Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) que vale para os mais de 484 mil empregados de bancos em qualquer cidade do Brasil.

> Vídeo: entrevista de Juvandia e Raquel Kacelnikas sobre a conferência
> Vídeo: entrevista com Daniel Reis sobre a pauta de segurança

Inclusão bancária – Os delegados reunidos na Conferência Nacional querem a inclusão bancária, para que todos tenham direito a atendimento de qualidade feito por bancários em agências e postos de atendimento, independentemente da região do país. Quase 40% dos cidadãos ainda não têm acesso a contas-correntes no Brasil. O objetivo da categoria é acabar com esse quadro e com a precarização do trabalho bancário, feita por meio do uso dos correspondentes. Além disso, garantir a proteção ao sigilo e a aplicação do plano de segurança para funcionamento das agências.

Assim, a categoria definiu apoio ao Projeto de Decreto Legislativo do deputado Ricardo Berzoni (PT-SP), pela revogação das resoluções do Banco Central que ampliaram as possibilidades de atuação dos correspondentes bancários.

> "BC funciona como sindicato de banqueiros", diz Berzoini
> Vídeo: Juvandia convoca para audiência do dia 16 sobre correspondentes

Venda responsável – Junto com a pauta de reivindicações, os bancários entregarão à Fenaban a Declaração sobre a Venda Responsável de Produtos Financeiros. O objetivo é que os banqueiros assinem o documento – elaborado pela Uni Finanças, ligada à UNI Sindicato Global – e se comprometam com a venda ética de produtos e o cumprimento de seu papel social.

> Vídeo: Rita Berlofa fala sobre a venda responsável de produtos

Confira os principais itens da pauta de reivindicação
Reajuste Salarial
12,8% (5% de aumento real mais a inflação projetada de 7,5%)
PLR
três salários mais R$ 4.500
Piso
Salário mínimo do Dieese (R$ 2.297,51)
Vales Alimentação e Refeição
Salário Mínimo Nacional (R$ 545)
PCCS
Para todos os bancários
Auxílio-educação
Pagamento para graduação e pós
Emprego
Ampliação das contratações, inclusão bancária, combate às terceirizações e à rotatividade por meio da qual os bancos aumentam seus ganhos com a redução dos salários, além da aprovação da convenção 158 da OIT
Outras
Cumprimento da jornada de 6 horas;
Fim das metas abusivas;
Fim do assédio moral e da violência organizacional;
Mais segurança nas agências e departamento;
Previdência complementar para todos os trabalhadores;
Contratação da remuneração total;
Igualdade de oportunidades


Redação - 31/07/2011
Fonte: Sindicato dos Bancários de São Paulo

sexta-feira, 29 de julho de 2011

CONFERÊNCIA NACIONAL 2011 2012

13ª Conferência Nacional começa nesta sexta com transmissão ao vivo

 
Começa hoje 29, em São Paulo, a 13ª Conferência Nacional dos Bancários, que reunirá 695 delegados e observadores de todo o país para definir a pauta de reivindicações da categoria para a Campanha de 2011/2012, nosso Sindicato estará participando com os diretores Harley Ap.Vizoná e Paulo Francisco da Silva. O encontro, que será realizado no Expo Center Norte e vai até domingo 31, terá transmissão ao vivo,via webtv, da abertura e de todas as palestras pelo site da Contraf-CUT (www.contrafcut.org.br), que também fará a cobertura online de todo o evento.

Tanto a transmissão ao vivo quanto a cobertura com textos e fotos serão realizadas pela Rede de Comunicação dos Bancários, formada por profissionais de imprensa de várias entidades sindicais de todo o país, sob coordenação da Contraf-CUT.

"Esse é um momento muito importante no processo democrático de construção da Campanha Nacional dos Bancários deste ano, que passou pelas consultas realizadas pelos sindicatos junto às bases, por assembléias e por encontros estaduais e conferências regionais", afirma Carlos Cordeiro, presidente da Contraf-CUT. "Após essa ampla discussão com os bancários, vamos definir as reivindicações que apresentaremos aos banqueiros nesta campanha."

Veja a programação da 13ª Conferência Nacional:

Sexta - 29/julho

10h às 18h - Credenciamento

14h às 15h30 - Painel sobre Saúde e Condições de Trabalho: "A saúde do trabalhador no contexto atual da relação capital X trabalho". Palestra do dr. Dalmo de Abreu Dallari (jurista e professor emérito da Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo). Transmissão ao vivo

15h30 às 17h - Painel sobre Igualdade de Oportunidades: "Teoria econômica da discriminação". Palestrante: Pedro Chadarevian, professor de Economia da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar). Transmissão ao vivo

17h às 18h - Apresentação dos resultados da Consulta e Pesquisa da Campanha Nacional 2011.

19h - Abertura solene. Transmissão ao vivo

Sábado - 30/julho

8h às 13h - Credenciamento

9h - Apresentação do vídeo do Observatório Social

9h20 às 13h30

Votação do Regimento Interno

Análise de Conjuntura: Deputado Ricardo Berzoini. Transmissão ao vivo

Sistema Financeiro Nacional: Fernando Cardim, professor titular do Instituto de Economia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Transmissão ao vivo

Painel sobre Emprego e Remuneração:

- Dra Zilmara David de Alencar, Secretaria de Relações do Trabalho do MTE. Transmissão ao vivo

- Miguel Huertas, técnico da subseção do Dieese na Contraf-CUT, mestre em Economia Política (PUC São Paulo) e professor de economia da Universidade São Judas. Transmissão ao vivo

14h30 às 18h30 - Trabalho em grupos (4 temas)

Grupo 1 - Emprego e Remuneração
Grupo 2 - Saúde e Condições de Trabalho
Grupo 3 - Segurança Bancária
Grupo 4 - Sistema Financeiro Nacional

Domingo - 31/julho

9h às 13h - Plenária final


Fonte: Contraf-CUT

quinta-feira, 28 de julho de 2011

EDITAL DE ASSEMBLÉIA EXTRAORDINÁRIA - LEIA

EDITAL DE CONVOCAÇÃO DE ASSEMBLÉIA GERAL EXTRAORDINÁRIA DOS    EMPREGADOS BANCÁRIOS DE VOTUPORANGA.





            Sindicato dos Empregados em Estabelecimentos Bancários de Votuporanga. CNPJ/MF nº 49.074.172/0001-07, por seu Presidente Harley Ap. Vizoná, convoca todos os empregados em bancos privados, sócios e não sócios dos municípios de : Àlvares Florence, Américo de Campos, Cardoso, Cosmorama, Dulcinópolis, Estrela d,oeste, Fernandópolis, Guarani d,oeste, Jales, Indiaporã, Macêdonia, Meridiano, Mira Estrela, Ouroeste,  Paranapuã, Pedranopolis, Populina, Rubinéia,  São João das Duas Pontes, Santa Albertina, Santa Clara d,oeste, Santa Rita d,oeste, Santana da Ponte Pensa, Santa Fé do Sul, Turmalina, Urânia, Valentim Gentil e Votuporanga, para Assembléia Extraordinária que será realizada dia 01 de agosto de 2011, em primeira convocação às 19:00 horas em segunda convocação às 19:30 horas, Sede do Sindicato, localizado na Rua Amazonas nº 3.300 – 10ª andar sala 101/102 Edifício Alpha Center, para discussão e aprovação da seguinte ordem do dia:
1-    Discussão, deliberação e aprovação de formalização do Acordo Coletivo de Trabalho para utilização de sistema alternativo de controle de jornada , conforme autorizado pela Portaria n. 373/2011 do MTE, em substituição ao Sistema REP – Registro Eletrônico de Ponto criado pela Portaria 1510/2009, para período de 01/09/2011 a 31/08/2012.
2-    Deliberação e autorização à diretoria para celebração, implementação e assinatura de Acordo Coletivo de Trabalho Sistema Alternativo Eletrônico de Controle de Jornada de Trabalho – 2011/2012, conforme dispõe Portaria 373/2011.

                                 Votuporanga,27 de Julho de 2011.

                                                 Harley Ap. Vizoná
                                                        Presidente

quarta-feira, 27 de julho de 2011

Correspondentes - Serviços Bancários

Artigo de Carlos Cordeiro: Pela verdadeira universalização dos serviços bancários

 
Crédito: Jailton Garcia
Jailton Garcia O jornal Brasil Econômico publicou na edição desta terça-feira, 26 de julho, artigo do presidente da Contraf-CUT, Carlos Cordeiro. Intitulado "Pela verdadeira universalização dos serviços bancários", o texto denuncia a política de exclusão bancária através dos correspondentes e defende a inclusão bancária para todos os brasileiros.

Para Carlos Cordeiro, "ao contrário da propaganda do sistema financeiro de que está aumentando a bancarização com a abertura indiscriminada de correspondentes, o que de fato está acontecendo é a elitização dos serviços e a expulsão das agências das camadas mais pobres da população - além de ser uma estratégia para reduzir custos".

Leia abaixo a íntegra do artigo:

Pela verdadeira universalização dos serviços bancários

Carlos Cordeiro*

Nos últimos oito anos, 48,7 milhões de brasileiros ascenderam socialmente para as classes A, B e C, ampliando o mercado de consumo em quase uma Espanha, segundo estudo da Fundação Getúlio Vargas.

Esse crescimento econômico extraordinário já coloca o Brasil como a 7ª economia mundial, a caminho de conquistar o 5º lugar talvez ainda nesta década. No entanto, a despeito dessa inédita inclusão social na nossa história, o país ainda pontua no vergonhoso ranking das dez economias mais desiguais do planeta.

O Brasil caminha na direção certa, mas precisa acelerar o processo de desenvolvimento, o que inclui manter o ritmo de crescimento econômico alto e sustentável, desconcentração da riqueza, geração de mais e melhores empregos, fim da miséria, crescente inclusão e universalização de direitos e de cidadania.

Um desses direitos é o de ter acesso ao crédito e a dispor de conta em banco, sem discriminação de qualquer espécie - o que não está sendo assegurado aos brasileiros. Dados do Banco Central revelam que, dos 5.587 municípios brasileiros, 1.973 (35,3%) não possuem sequer uma agência ou posto de atendimento bancário, e que 49% da população brasileira não possui nenhum tipo de atendimento em instituições financeiras. No Nordeste, apenas 36% têm conta em banco.

Embora sejam concessões públicas, os bancos não estão cumprindo seu papel. Em vez de ampliar o número de agências, para melhorar o atendimento à população em boas condições de segurança, estão empurrando sua responsabilidade para terceiros, com a abertura indiscriminada de correspondentes bancários (supermercados, lojas, lotéricas, drogarias etc.). Em dezembro de 2010, já havia 165.228 correspondentes no país, contra 19.813 agências bancárias.

Ao contrário da propaganda do sistema financeiro de que está aumentando a bancarização com a abertura indiscriminada de correspondentes, o que de fato está acontecendo é a elitização dos serviços e a expulsão das agências das camadas mais pobres da população - além de ser uma estratégia para reduzir custos.

Para justificar a edição das resoluções 3.954 e 3.959 de fevereiro e março deste ano, respectivamente, que ampliam a liberdade de os bancos abrirem correspondentes bancários, o Banco Central argumentou que elas visam a inclusão social. Não é verdade. A metade dos correspondentes está concentrada no Sudeste, sendo que 25% somente no Estado de São Paulo, a região mais bancarizada do país. O BC está atendendo os interesses dos bancos e não os da sociedade.

Mais: esses correspondentes frequentemente funcionam ao lado ou em frente às agências. É para lá que os bancos estão empurrando a clientela de baixa renda, reservando as agências tradicionais para os correntistas mais abastados e criando os pontos de atendimento mais exclusivos para a elite da elite. E se nas agências bancárias a violência já é grande, com três mortes em média por mês, nos correspondentes bancários a falta de segurança é ainda maior.

Estudo realizado pelo Departamento Intersindical de Estudos Socioeconômicos (Dieese) mostra que os correspondentes representam para as instituições financeiras 25% da folha salarial dos bancários. É mais uma forma de os bancos aumentarem os lucros reduzindo custos e precarizando as relações de trabalho.

Isso não é inclusão. É uma segmentação que aumenta a exclusão social. Bancarizar é incluir quem está à margem do sistema, garantindo que tenham conta em banco e, assim, levar crédito à sociedade, promovendo desenvolvimento econômico e social, que deveria ser o verdadeiro papel dos bancos.

*Carlos Cordeiro é presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT)


Fonte: Contraf-CUT

terça-feira, 26 de julho de 2011

SANTANDER

Bancários definem calendário de luta para construir novo aditivo do Santander

 
Crédito: Contraf-CUT
Contraf-CUT Começa organização e mobilização para novo aditivo do Santander

A Contraf-CUT, federações e sindicatos definiram nesta segunda-feira, dia 25, o calendário de luta para o processo de negociação com o Santander, visando construir um novo acordo aditivo à convenção coletiva dos bancários. O prazo de vigência do atual aditivo, válido por dois anos, termina no próximo dia 31 de agosto, quando também vencem o acordo do Programa de Participação nos Resultados Santander (PPRS) e os Termos de Compromisso Cabesp e Banesprev.

O calendário foi aprovado por consenso em reunião ampliada da Comissão de Organização dos Empregados (COE) do Santander, na sede do Sindicato dos Bancários de São Paulo, com a participação de dirigentes sindicais de todo país.

"Aprovamos um calendário que valoriza a participação dos bancários. Para tanto, vamos fazer uma consulta aos trabalhadores do Santander, levantar as reivindicações específicas, elaborar a pauta unificada, realizar assembleias em todos os sindicatos e, por fim, entregar a minuta para a direção do Santander", afirma o coordenador da COE do Santander, Marcelo Sá.

"Vamos deflagrar um processo de organização e mobilização, buscando firmar um novo aditivo que traga avanços e novas conquistas e reconheça o empenho dos trabalhadores brasileiros, hoje responsáveis por 25% do lucro mundial do Santander, o melhor desempenho em todos os países onde atua, superando até mesmo a matriz na Espanha cuja participação no lucro caiu para 13%", destaca o secretário de imprensa da Contraf-CUT, Ademir Wiederkehr.

Veja o calendário de luta aprovado:

. até 1º de agosto - Contraf-CUT disponibiliza consulta aos bancários do Santander

. 1º a 10 de agosto - realização da consulta nas agências, postos e departamentos do banco, junto com reuniões nos locais de trabalho e encontros regionais e estaduais

. até 12 de agosto - remessa das propostas de reivindicações específicas para o coordenador da COE do Santander, Marcelo Sá pelo e-mail marcelosa@spbancarios.com.br

. 15 de agosto - Contraf-CUT promove reunião de sistematização das propostas recebidas

. 17 de agosto - Contraf-CUT disponibiliza minuta específica de reivindicações aos sindicatos

. 18 a 25 de agosto - realização de assembleias pelos sindicatos para discussão e aprovação da minuta específica de reivindicações

. 30 de agosto - data indicativa para a entrega da minuta específica de reivindicações para a direção do Santander

Rede Sindical do Santander nas Américas

Os debates desta segunda-feira antecederam a 8ª Reunião do Comitê Sindical Internacional do Grupo Santander da UNI Américas Finanças, que ocorre nesta terça e quarta-feira, dias 26 e 27, em conjunto com a 6ª Reunião do Comitê Sindical Internacional do Grupo Itaú da UNI Américas Finanças, no auditório da Contraf-CUT, em São Paulo.

Além dos brasileiros, estão confirmados representantes dos bancários do Santander na Argentina, Uruguai, Chile, Colômbia e Espanha.

As discussões também acontecem na véspera da 8ª Reunião do Grupo Diretivo da UNI Américas Finanças, que acontece nesta quinta-feira, dia 28, igualmente na sede da Contraf-CUT. Os participantes das reuniões das redes sindicais estão convidados a acompanhar as discussões como observadores.


Fonte: Contraf-CUT

segunda-feira, 25 de julho de 2011

Campanha Salarial 2011/2012

 Encontros neste fim de semana encerraram preparação para 13ª Conferência

As conferências dos bancários de São Paulo, Bahia e Sergipe, e os encontros dos bancários do Distrito Federal e do Mato Grosso do Sul finalizaram neste fim de semana os eventos preparatórios para a 13ª Conferência Nacional dos Bancários, que ocorre entre os dias 29 e 31 de julho, em São Paulo, onde serão definidos os rumos do movimento. Os eventos ocorreram no final do calendário de organização aprovado pelo Comando Nacional, coordenado pela Contraf-CUT.

"A construção da Campanha Nacional dos Bancários é um processo coletivo
e democrático, que garante voz e vez a milhares de trabalhadores em todo país e às mais variadas posições da categoria para a definição das estratégias e da pauta de reivindicações para a negociação unificada", afirma Carlos Cordeiro, presidente da Contraf-CUT. "A 13ª Conferência Nacional será o auge desse processo vigoroso que reforça a unidade nacional dos bancários e fortalece a luta da categoria", sustenta.

Neste último dia 23, aconteceu a 13ª Conferência Estadual dos Bancários de São Paulo, promovida pela Fetec-CUT/SP, na capital paulista. Participam 325 dele
gados eleitos em assembleias realizadas pelos sindicatos e nas conferências regionais preparatórias. Na ocasião, também foram eleitos os delegados que representarão os bancários de São Paulo na 13ª Conferência Nacional.

Já a 13ª Conferência Interestadual dos Bancários da Bahia e Sergipe ocorreu nos dias 23 e 24, no Hotel Sol Victória Marina, Corredor da Vitória, em Salvador. As discussões foram aberta a todos trabalhadores da base. Da mesma fora, foram eleitos os delegados que representarão os bancários de São Paulo na 13ª Conferência Nacional.

O Sindicato dos Bancários de Brasília
também realizou no último dia 23, plenária e assembléia que definiu propostas de estratégias e prioridades para a Campanha Nacional. Trata-se da segunda e terceira etapas do congresso do Sindicato, cuja programação teve início nos dias 11 e 12. Na assembléia foram eleitos os delegados que representarão os bancários de Brasília na 13ª Conferência Nacional.

Por fim, o 1º Encontro Estadual dos Bancários de Mato Grosso do Sul (Eban-MS) foi realizado, neste sábado, dia 23, em Dourados. Os trabalhadores também discutiram estratégias e definirão as principais reivindicações da categoria
no Estado. O evento foi organizado pelos Sindicatos dos Bancários de Campo Grande e Dourados, com apoio da Contraf-CUT. Os Sindicatos de Ponta Porã, Corumbá, Naviraí e Três Lagoas também foram convidados  Fonte: Contraf CUT

sexta-feira, 22 de julho de 2011

BANCOS

Bancos na contramão da geração de empregos
Apesar de lucros continuarem crescendo, instituições financeiras precarizam e terceirizam trabalho bancário


São Paulo - O setor de serviços foi o carro chefe da geração de empregos durante o primeiro semestre. O Ministério do Trabalho e Emprego contabilizou 564 mil novos empregos nesse grupo, dos 1,41 milhão criados durante o governo da presidenta Dilma Rousseff. Os dados são do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) do mês de junho.

Justamente seu subgrupo mais rico, as instituições financeiras, com ganhos líquidos (somando apenas os cinco maiores bancos) no primeiro trimestre de 12 bilhões, devolveram à sociedade apenas 16 mil novos postos de trabalho.

Ou seja, enquanto os outros cinco subgrupos que compõem o setor (comércio e administração de imóveis, transportes e comunicações, serviços médicos e odontológicos, ensino e serviços de alojamento, alimentação, reposição e manutenção) geraram 547.857, correspondente a 97% do total do setor, os bancos surfaram na boa onda econômica colaborando com a geração de 3% dos empregos.

Em comparação aos números semestrais do Caged, o resultado é ainda pior: pouco mais de 1%, para ser justo, exatos 1,15%.

“Os bancos têm obtido resultados excepcionais ano após ano, mas não transformam isso em ganhos sociais, em uma consistente geração de empregos. Pelo contrário, a precarização e terceirização do trabalho estão entre as reclamações da categoria”, observa a presidenta do Sindicato, Juvandia Moreira.

> Audiência pública na Câmara sobre correspondentes será dia 16

Ela explicou que os bancários estão cada vez mais sobrecarregados. “Isso ficou evidente nos resultados da consulta para Campanha Nacional Unificada, onde os trabalhadores exigiram, entre outros pontos, o combate ao assédio moral e a garantia de empregos.”

> Consulta aponta reivindicações prioritárias da Campanha 2011

Geração de empregos – O resultado do semestre é o terceiro melhor para o período na série de saldos semestrais, superado apenas pelos registrados em 2010, quando foram gerados 1.634.357 postos de trabalho e 2008, com 1.445.734. O crescimento no período de janeiro a junho, em relação ao estoque de dezembro de 2010, foi de 3,94%.

O ministro do Trabalho, Carlos Lupi, acredita que o segundo semestre trará resultados mais expressivos na geração de novos empregos “Ao contrário do que a maioria espera para o segundo semestre desse ano, eu como otimista que sou, acho que vai ser melhor que o primeiro. Muitos processos vão deslanchar. Hoje eu vejo muita substituição de investimento, que está mais restrito ao capital nacional, pelo investimento do capital internacional. Muitas multinacionais investindo no Brasil, muitas empresas apostando numa lucratividade maior nas suas filiais brasileiras, muitas empresas crescendo. Por causa desses motivos acredito em um crescimento melhor no segundo semestre”.

Leia mais> Câmara debate tempo de atendimento em bancos

Marcelo Santos, com informações do MTE - 21/07/2011

Fonte: Sindicato dos Bancários de São Paulo

quinta-feira, 21 de julho de 2011

Comissão da Câmara marca audiência sobre correspondentes

 
20/07/2011

Comissão da Câmara marca audiência sobre correspondentes para 16 de agosto

 
A Comissão de Finanças e Tributação (CFT) da Câmara dos Deputados marcou a realização da audiência pública que irá discutir o Projeto de Decreto Legislativo (PDL) nº 214/2011, do deputado federal Ricardo Berzoini (PT-SP) para o próximo dia 16 de agosto, às 14h30, em Brasília. O PDL suspende as recentes resoluções do Banco Central que ampliam as funções dos correspondentes bancários. O relator do projeto é o deputado Rui Costa (PT-BA).

A audiência pública foi solicitada em requerimento do presidente da Comissão, deputado Cláudio Puty (PT-PA), após proposta apresentada por dirigentes da Contraf-CUT, federações e sindicatos que participaram da sessão da CFT ocorrida no dia 13 de junho. Na ocasião, os dirigentes sindicais se reuniram com Puty e fizeram contatos políticos na Câmara, tendo obtido o apoio de vários deputados e de diversos partidos.

> Clique aqui para ler o requerimento

> Clique aqui para ler a íntegra do PDL 214/2011 de Berzoini

"Na audiência pública, vamos mostrar aos deputados e à sociedade a necessidade de barrar essas resoluções do Banco Central, pois discriminam o atendimento bancário, trazem insegurança, representam risco à proteção dos dados dos clientes e significam uma séria ameaça ao futuro da categoria bancária, uma vez que permitem aos bancos substituírem agências por correspondentes a um custo infinitamente menor", alerta Carlos Cordeiro.

O presidente da Contraf-CUT é um dos convidados pela CFT para a audiência pública. Também estão convidados o presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, o autor do PDL, deputado Ricardo Berzoini, a diretora do Departamento de Proteção e Defesa do Consumidor da Secretaria de Direito Econômico do Ministério da Justiça, Juliana Pereira da Silva, e o presidente da Febraban, Murilo Portugal.

BC não pode legislar pelo Congresso

O PDL suspende a aplicação dos artigos 1º a 21º, dos incisos I e II do artigo 22, e do inciso II do artigo 23 da Resolução 3.954, de 24 de fevereiro de 2011 do Conselho Monetário Nacional (CMN). Em sua justificativa, o projeto pede a anulação de medidas que transformaram o correspondente em "verdadeira filial do banco".

O projeto tramita em caráter ordinário. Depois de analisado e votado pela CFT será encaminhado para análise da Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJC). Após passar pelas duas comissões, o projeto vai à votação no plenário da Câmara.

"O BC deu todas as facilidades para que os bancos contratem empresas para realizar seus serviços. Isso só é vantajoso para os bancos, mas prejudica clientes e trabalhadores", diz Berzoini, que é funcionário licenciado do Banco do Brasil e ex-presidente do Sindicato dos Bancários de São Paulo e da antiga Confederação Nacional dos Bancários (CNB-CUT).

Ele ressalta que os bancos usam os correspondentes para economizar em mão-de-obra. Isso porque, apesar de realizarem os mesmos serviços, esses trabalhadores não são reconhecidos como bancários e, por isto, não usufruem os direitos da categoria, conquistados em convenção coletiva. A resolução do BC "invade a competência exclusiva da União para legislar sobre Direito do Trabalho", diz o texto do PDL.


Fonte: Contraf-CUT

sexta-feira, 15 de julho de 2011

13ª CONFERÊNCIA NACIONAL DOS BANCÁRIOS

CONFIRA A PROGRAMAÇÃO:

Entre os dias 29 e 31 de julho, bancários e bancárias de todo o Brasil estarão com as atenções voltadas para São Paulo, onde estará ocorrendo a 13ª Conferência Nacional dos Bancários. Realizado pelo Comando Nacional dos Bancários, coordenado pela Contraf-CUT, o evento reúne os delegados eleitos em conferências regionais em todo o país para definir a pauta de reivindicações da categoria para a negociação unificada com os bancos e dar a largada na Campanha Nacional dos Bancários 2011.

"A conferência é o evento mais importante do ano no calendário do movimento sindical bancário. É o momento em que as demandas de todo o país, discutidas e aprovadas nos eventos organizados pelas federações e sindicatos, são debatidas e formam a pauta de reivindicações da categoria", afirma Carlos Cordeiro, presidente da Contraf-CUT. "É o ponto culminante de um processo de construção democrática que envolve toda a base da categoria."

Consulta

Durante a conferência, será apresentado o resultado da consulta nacional organizada pela Contraf-CUT e realizada pelos sindicatos e federações, que visa identificar as principais demandas dos trabalhadores. As entidades que ainda não enviaram os resultados devem fazê-lo o quanto antes pelo e-mail contrafcut@contrafcut.org.br.


Veja a programação:

29/julho
10h00 às 18h00 - Credenciamento

14h00 às 15h30 - Painel sobre Saúde e Condições de Trabalho: "A saúde do trabalhador no contexto atual da relação capital x trabalho"
Dr. Dalmo de Abreu Dallari (jurista e professor emérito da Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo

15h30 às 17h00 - Painel sobre Igualdade de Oportunidades: "Teoria econômica da discriminação"
Pedro Chadarevian, professor de Economia da UFSCAR

17h00 às 18h00 - Apresentação resultados da Consulta e Pesquisa da Campanha Nacional 2011

19h00 - Abertura


30/julho
08h00 às 13h00 - Credenciamento

09h00 - Apresentação do vídeo do Observatório Social

09h20 às 13h30
Votação do Regimento Interno

Análise de Conjuntura: Deputado Ricardo Berzoini
Sistema Financeiro Nacional: Fernando Cardim, professor titular do Instituto de Economia da UFRJ

Painel sobre Emprego e Remuneração:
- Dr Grijalbo Fernandes Coutinho, Juiz Federal do Trabalho da 19ª Vara, em Brasília (TRT/10ª Região) , ex-presidente da Associação Latin-americana dos Juízes do Trabalho e ex-presidente da Anamatra (Associação Nacional dos Magistrados da Justiça do Trabalho)
- Dra Zilmara David de Alencar, Secretaria de Relações do Trabalho do M.T.E. (a confirmar)
- Miguel Huertas, técnico da subseção do Dieese na Contraf-CUT, mestre em Economia Política (PUC São Paulo) e professor de economia da Universidade São Judas.

14h30 às 18h30 - Trabalho em grupos (04 temas)
Grupo 1 - Emprego e Remuneração
Grupo 2 - Saúde e Condições de Trabalho
Grupo 3 - Segurança Bancária
Grupo 4 - Sistema Financeiro Nacional

31/julho
09h00 às 13h00 - Plenária final


Fonte: Contraf-CUT

quinta-feira, 14 de julho de 2011

HSBC - PSV

HSBC muda pagamento e prejudica bancários
Direção do banco altera regra de forma unilateral e revolta funcionários



São Paulo – Os trabalhadores do HSBC estão indignados com a postura do banco inglês de mudar a todo o momento as regras no que se refere ao Programa Semestral Variável (PSV).

Não bastasse mudar as metas a qualquer dia do mês, prejudicando a pontuação de centenas de trabalhadores, o banco comunicou nesta semana que não mais fará a distribuição mensal do PSV, reduzindo a remuneração mensal dos bancários.

Segundo a diretora do Sindicato Liliane Fiuza, o PSV é destinado ao corpo gerencial das agências e departamentos. A distribuição era feita mensalmente e correspondia a entre 20% e 30% do valor do programa, sendo que o restante era creditado junto com a Participação nos Lucros e Resultados da categoria.

“Agora o banco diz que vai pagar a cada seis meses e mantendo o desconto da PLR. Não concordamos com essa medida, que acaba diminuindo a remuneração do bancário, e vamos pressionar para que a empresa mantenha o pagamento mensal como acontece há anos. Além disso, estamos exigindo que a direção do HSBC negocie com o Sindicato regras claras para o pagamento desses programas, garantindo que os trabalhadores sejam valorizados”, diz a dirigente.

Redação - 13/07/2011
Fonte: Sindicato dos Bancários de São Paulo

segunda-feira, 11 de julho de 2011

Congressos de BB e Caixa

10/07/2011

Congressos de BB e Caixa aprovam pautas específicas e fortalecem unidade

 
Os 338 delegados presentes ao 22º Congresso Nacional dos Funcionários do Banco do Brasil e os 417 participantes do 27º Congresso Nacional dos Empregados da Caixa Econômica Federal aprovaram nas plenárias finais realizadas neste domingo 10, em São Paulo, as pautas específicas que serão apresentadas aos dois bancos federais na Campanha dos Bancários de 2011. A pauta geral de reivindicações da categoria, que inclui o índice de reajuste salarial, será definida pela Conferência Nacional dos Bancários marcada para os dias 29 a 31 de julho, também em São Paulo.

"Os dois encontros coroam o processo democrático traduzido pela pluralidade de idéias e pelo embate maduro durante os debates nos grupos e plenárias. Antecedendo os congressos ocorreram ainda diversos encontros, assembléias e conferências que permitiram a participação de milhares de trabalhadores em todo o país, o que fortalece a estratégia do fortalecimento da unidade nacional na busca de novas conquistas para a categoria", avalia Marcel Barros, secretário-geral da Contraf-CUT.

Veja aqui as resoluções dos congressos dos dois bancos públicos federais.

> Funcionários do BB reivindicam melhorias nos planos de cargos e fim do assédio moral.

> 27º Conecef aprova pauta específica e reforça negociação permanente

Rede de Comunicação dos Bancários

quinta-feira, 7 de julho de 2011

SÚMULA 331 DO TST PREVÊ RESPONSABILIDADE SUBSIDIÁRIA

Se a prestadora de serviços não efetuar o pagamento dos créditos salariais devidos ao trabalhador, a responsabilidade deve ser transferida à tomadora de serviços, responsável subsidiária. Esse entendimento está consagrado na nova redação da Súmula nº 331 do Tribunal Superior do Trabalho (item IV) e não exclui da obrigação do tomador de serviços nenhuma verba deferida pela Justiça ao empregado.
Para não haver dúvidas quanto à extensão ou limites da condenação subsidiária, em maio deste ano os ministros do TST acrescentaram o item VI à Súmula, com o seguinte teor: “a responsabilidade subsidiária do tomador de serviços abrange todas as verbas decorrentes da condenação referentes ao período da prestação laboral”. E justamente esse item foi aplicado em julgamento recente de um recurso de revista na Segunda Turma do Tribunal.
No caso relatado pelo ministro José Roberto Freire Pimenta, o Banco do Brasil, na condição de tomador dos serviços, foi condenado, de forma subsidiária, a pagar pelas diferenças salariais devidas a ex-empregado contratado diretamente pela Empresa de Segurança de Estabelecimentos de Crédito de Itatiaia, na hipótese de inadimplemento do prestador de serviços.
Entretanto, ao recorrer ao Tribunal Regional do Trabalho da 15ª Região (Campinas), o banco foi liberado do pagamento referente às multas convencionais. O TRT concluiu que a responsabilidade subsidiária deve incidir apenas sobre direitos trabalhistas, e não sobre multas de índole punitiva e recolhimentos fiscais e previdenciários. Inconformado com esse resultado, o trabalhador entrou com recurso de revista no TST com o argumento de que a Súmula nº 331, itens IV e VI, inclui todas as verbas objeto da condenação, até mesmo as multas convencionais.
De fato, observou o relator, o empregado tinha razão, pois a jurisprudência do Tribunal entende que a condenação subsidiária do tomador dos serviços abrange todas as verbas devidas pelo devedor principal, inclusive as multas e verbas rescisórias ou indenizatórias. O ministro esclareceu que o trabalhador não pode arcar com os prejuízos decorrentes da falta de pagamento por parte da prestadora de serviços, cuja contratação e fiscalização não lhe competiam.
Assim, se a prestadora de serviços não efetuar o pagamento do crédito do trabalhador, essa responsabilidade é transferida, na sua totalidade, à tomadora de serviço. Por consequência, o relator deu provimento ao recurso de revista do trabalhador para restabelecer a sentença de origem que condenara o banco a responder subsidiariamente pelo pagamento das multas convencionais. A decisão foi acompanhada pelos demais integrantes da Turma.
Fonte: Ascom TST
Informe Contec

quarta-feira, 6 de julho de 2011

STF quer definir teto em agosto para valor de aviso prévio proporcional

O Supremo Tribunal Federal (STF) deve estabelecer um teto para o pagamento do aviso prévio proporcional ao tempo de serviço. O ministro Gilmar Mendes, relator do processo, avisou que o plenário do tribunal deve retomar o julgamento em agosto, após o recesso de julho.
O julgamento desse assunto foi suspenso na semana passada, pois os ministros não chegaram a um acordo sobre a fórmula de cálculo do aviso prévio proporcional.
Uma das propostas em discussão, sugerida pelo ministro Marco Aurélio, previa o aumento anual do aviso prévio. A cada ano trabalhado, o trabalhador faria jus ao pagamento equivalente a dez dias de trabalho.
Ministros consideram que essa proposta não deve prosperar, pois geraria custos elevados para os empregadores e poderia gerar desemprego. Além disso, argumentam que a Constituição prevê o pagamento proporcional ao tempo de serviço. Não seria, portanto, um valor progressivo que aumenta com o passar dos anos.
Os ministros passaram a avaliar a legislação de outros países e devem se esmerar nesses modelos para julgar o caso de quatro ex-funcionários da Vale.
Já na semana passada, o ministro Luiz Fux citava as legislações de países como Alemanha, Dinamarca, França e Suíça, onde o aviso prévio pode chegar a seis meses.
A decisão do Supremo de definir uma fórmula para o pagamento proporcional ao tempo de serviço recebeu críticas das empresas e entidades representativas. "Estamos preocupados, pois a decisão poderá causar expressivo impacto econômico para quem gera empregos formais", disse Robson Andrade, presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI).
Fonte: O Estado de S.Paulo

terça-feira, 5 de julho de 2011

TRABALHADORES DEFENDEM TERCEIRIZAÇÃO SOMENTE PARA ATIVIDADE MEIO

TRABALHADORES DEFENDEM TERCEIRIZAÇÃO SOMENTE PARA ATIVIDADE MEIO
  
Os representantes dos trabalhadores defenderam, em audiência pública na Câmara, no dia 29/06/2011, a terceirização somente para as atividades-meio e que a responsabilidade pelas obrigações trabalhistas seja solidária com a contratante da empresa terceirizada. O presidente da CONTEC, Lourenço Prado, participou da audiência promovida pela Comissão Especial sobre a Regulamentação do Trabalho Terceirizado.
O relator das propostas que tramitam na Câmara sobre terceirização, deputado Roberto Santiago (PV-SP), reconhece que, da maneira como está sendo feita, a terceirização tem tornado precárias as relações de trabalho. Ele assinalou que em outros países não é dessa forma. “O grande desafio é buscar um acordo para construir um relatório que atenda a todos para mudar essa situação.“
Um dos parlamentares que solicitou a audiência, Sandro Mabel (PR-GO) afirmou que é preciso combater a má terceirização. Ele é autor do Projeto de Lei 4330/04, que institui a responsabilidade subsidiária, segundo a qual o trabalhador terceirizado só pode cobrar direitos trabalhistas da tomadora de serviços quando esgotados os bens da empresa prestadora, no caso de falência, por exemplo. Mabel Afirmou que seu projeto tem o objetivo de trazer regras para o setor e contemplar as manifestações dos trabalhadores apresentadas na Câmara.
Na responsabilidade subsidiária, o terceirizado só pode cobrar direitos trabalhistas da empresa contratante depois que forem esgotados todos os bens da empresa de prestação de serviços.

Fonte: CONTEC com Agência Câmara

segunda-feira, 4 de julho de 2011

Santander e Itaú lideram ranking de reclamações de clientes no Banco Central

04/07/2011

Santander e Itaú lideram ranking de reclamações de clientes no Banco Central

 
Santander e Itaú, bancos que passaram por fusões, lideraram nos últimos meses o ranking de reclamações no Banco Central.

Em maio, o Santander teve 247 reclamações consideradas procedentes, equivalente a 1,15 reclamações por grupo de 100 mil clientes.

Desse total, 103 queixas foram relativas a débitos não autorizados na conta, enquanto 43 diziam respeito à segurança por conta de operações não reconhecidas.

Em abril, foi a vez do Itaú liderar o ranking do Banco Central com 148 queixas -0,67 por 100 mil clientes.

No caso do Itaú, a maioria das reclamações - total de 30 queixas - também era sobre débitos não autorizados.

O banco teve ainda outras 30 reclamações por conta da cobrança irregular de tarifas bancárias por serviços.

A maior reclamação dos clientes no Banco Central é sobre a ocorrência de débitos não autorizados na conta.

Em maio, foram registrados no Banco Central 251 casos de débitos não autorizados, 80% mais do que os 140 apurados em abril.

Em maio, também aumentou a ocorrência de reclamações por conta da cobrança de tarifas irregulares. Foram 166 ocorrências em maio, após 89 casos em abril.

ANTES DO PRAZO

Além de débitos irregulares, os clientes reclamam dos bancos na hora de tentar quitar débitos com antecedência. Muitos reclamam que não conseguem sequer obter informação antes de partir para uma negociação com o gerente sobre o assunto.

Para efetuar uma reclamação, o cliente pode ir ao site do BC (www.bcb.gov.br) e procurar a seção "Cidadão".


Fonte: Folha de São Paulo