sexta-feira, 17 de agosto de 2012


Saúde Caixa lança programa de reembolso de medicamentos de uso contínuo



Em ofício destinado à Federação Nacional das Associações de Aposentados e Pensionistas da Caixa (Fenacef), a Gerência Nacional de Plano de Saúde e Ambiência Corporativa da Caixa Econômica Federal informa que o Saúde Caixa, desde segunda-feira, dia 13 de agosto, passou a incluir na lista de suas coberturas o custeio de medicamentos especiais de uso contínuo para patologias especiais.

A medida é destinada aos aposentados, especialmente, fazendo parte do programa aproximadamente 50 medicamentos. A inclusão de novos fármacos será feita de forma gradual, de acordo com a conclusão de estudos em andamento.

No ofício à Fenacef, a GN de Plano de Saúde e Ambiência Corporativa esclarece que os percentuais de reembolso serão de 50%, 80% e 100%, respectivamente, com base na patologia indicada no relatório médico. O limite anual de reembolso está estimado em R$ 4.800, descolado, portanto, do limite anual de co-participação nas despesas médicas, exceto para neoplasia maligna (câncer), que não possui essa limite anual.

Farão jus ao reembolso os beneficiários cadastrados no programa e cujas patologias constem na lista de cobertura de medicamentos do Saúde Caixa. É preciso, no entanto, como etapa fundamental neste início do processo, demonstrar interesse em participar do programa, encaminhando relatório médico que comprove a patologia e a necessidade da medicação especial de uso contínuo para a Gipes de vinculação, a quem caberá fazer o cadastramento no aplicativo após avaliação e enquadramento da patologia.

No caso dos aposentados, a solicitação de reembolso e o recibo/nota fiscal deverão ser encaminhados para a Cepes, que se encarregará de analisar de acordo com as regras definidas pelo Saúde Caixa, cadastrando em seguida no aplicativo. Caberá à Cepes deferir ou indeferir o pedido de reembolso.

Os empregados ativos, ao solicitar o reembolso, devem acessar o AutoSC, a partir de 27 de agosto, e clicar no link "Reembolso - Pedido". Se o beneficiário estiver inscrito no programa, o sistema permitirá o cadastramento do processo de reembolso de medicamentos.

Com essas medidas, segundo a GN de Plano de Saúde e Ambiência Corporativa, o Saúde Caixa pretende atender solicitações antigas dos beneficiários que têm um alto custo com aquisição de medicamentos, com o propósito de assegurar uma maior qualidade de vida.

Fonte: Fenae Net

Avança negociação sobre saúde entre Comando Nacional e Fenaban



      
Nova rodada será realizada na próxima terça, dia 21, às 10h

Os salários dos bancários afastados que aguardam perícia médica serão mantidos pelos bancos até que seja regularizada a situação junto ao INSS. O compromisso foi assumido pelos representantes da Fenaban, na manhã desta quarta-feira, dia 15, diante da reivindicação do Comando Nacional dos Bancários, coordenado pela Contraf-CUT, apresentada na segunda rodada de negociação da Campanha 2012, que retomou o debate sobre as reivindicações de saúde e condições de trabalho.

A discussão havia iniciado na primeira rodada, realizada nos dias 7 e 8, quando os bancos se negaram a discutir o fim das metas abusivas que estão adoecendo os bancários em todo país.

A reunião foi suspensa às 13h por solicitação do Comando, após a notícia do falecimento do ex-dirigente sindical Manoel Castaño Blanco, conhecido como Manolo, vítima de acidente vascular, marido da assessora jurídica da Contraf-CUT, Dra. Deborah Regina Rocco Castaño Blanco, que participava da mesa de negociação.

As negociações serão retomadas na próxima terça-feira, dia 21, às 10h, em São Paulo. Estarão em pauta segurança bancária, igualdade de oportunidades e remuneração.

Remuneração para afastados

Uma das principais reivindicações debatidas foi a manutenção dos salários e da complementação por afastamento previdenciário. Desde 2005, o movimento sindical vem recebendo inúmeras denúncias de casos em que o trabalhador recebe a alta programada do INSS, mas acaba sendo considerado inapto no exame de retorno ao trabalho realizado pelos bancos e aí fica "no limbo", sem benefício e sem salário.

"Essa situação tem levado o trabalhador a ficar sem remuneração até que consiga nova perícia pelo INSS, o que leva meses. Nossa reivindicação é que o banco mantenha, no período em que o bancário esteja sem o auxílio-doença, o pagamento da remuneração total ao empregado. O que acontece hoje é que o trabalhador se endivida nesse período para conseguir manter sua família. Isso não pode continuar acontecendo", afirma Walcir Previtale, secretário da Saúde do Trabalhador da Contraf-CUT.

Os negociadores da Fenaban reconheceram que há problemas e assumiram o compromisso de manter os salários dos afastados que aguardam perícia médica, o que é um avanço. Além disso, eles concordaram em trabalhar conjuntamente junto ao INSS para agilizar a realização das perícias e resolver os transtornos causados pela alta programada.

Pausa de 10 minutos para caixas

Também foi discutida a proposta dos bancários de garantir o intervalo de 10 minutos a cada 50 minutos trabalhados nos casos de serviços que exijam movimentos repetitivos, como os caixas e as funções que exijam cálculo, contagem de dinheiro e leitura digital de documentos, garantindo que não ocorra aumento da jornada trabalhada.

"A pausa contínua deve servir para o trabalhador recuperar a vitalidade das suas atividades física e mental. A pausa é uma forma de prevenção", avalia Walcir.

Para Carlos Cordeiro, presidente da Contraf-CUT e coordenador do Comando Nacional, "a incidência de LER/Dort nos caixas é grande e eles continuam sendo avaliados pelas autenticações, o que aumenta o ritmo de trabalho".

Os bancos, no entanto, não aceitaram a implantação da pausa reivindicada para os caixas. Eles alegaram que o intervalo só se justifica na digitação e call center, em razão da concentração e dos esforços repetitivos.

No entanto, os bancos manifestaram disposição de fazer após a Campanha Nacional um análise técnica na Mesa Temática de Saúde do Trabalhador sobre as funções que são mais afetadas pela LER/Dort e buscar soluções.

Manutenção da função comissionada após retorno ao trabalho

O Comando Nacional defendeu a permanência da remuneração dos afastados após o retorno ao trabalho, de modo que não tenham redução salarial nem perda de função comissionada. Afinal, o bancário ficou afastado não por vontade própria mas porque foi acometido de doença do trabalho.

Assim, quem adoeceu não pode ser punido com a perda da função ao retornar ao trabalho. O descomissionamento é uma injustiça com o trabalhador.

Os bancos, porém, não aceitaram a reivindicação, alegando que se o funcionário mudou de função não pode continuar comissionado.

"Não concordamos com essa medida, pois o bancário, além de adoecer, ainda tem de lidar com outro problema que é a diminuição de remuneração mensal", critica Juvandia Moreira, presidenta do Sindicato dos Bancários de São Paulo.

Os dirigentes sindicais reivindicaram também que o bancário tenha o direito de fazer consulta médica durante o horário de trabalho, quando for preciso. Os bancos se negaram a garantir isso na convenção coletiva.

Eleições de todos os representantes das Cipas

Os bancários defenderam ainda que as Cipas (Comissão Interna de Prevenção de Acidente) sejam constituídas por eleições diretas de todos os seus membros. "Mas a Fenaban defende o atual modelo em que metade é indicada pelos bancos. Eles se recusaram a avançar nessa questão", critica Walcir.

Os representantes do Comando Nacional denunciaram a ingerência dos bancos na escolha dos representantes dos trabalhadores.

Fonte: Contraf-CUT com Seeb São Paulo

Comando Nacional negocia remuneração e carreira com BB nesta segunda


O Comando Nacional dos Bancários, coordenado pela Contraf-CUT e assessorado pela Comissão de Empresa dos Funcionários do Banco do Brasil, se reúne nesta segunda-feira, dia 20, às 9h, com a direção do BB para segunda rodada de negociação da pauta específica do funcionalismo da Campanha 2012, em São Paulo. A primeira rodada ocorreu sem avanços nos dias 13 e 14, em Brasília.

Estarão em pauta as reivindicações de remuneração e carreira, além de outros temas.

Remuneração e carreira

- aumento do piso, interstício de 6% e diminuição do tempo para aquisição das letras de mérito;

- PLR (modelo debatido na Feban), sendo que qualquer modelo aditivo à Fenaban não terá vínculo com o programa Sinergia BB;

- pontuação de mérito para caixas e escriturários;

- VR para os caixas executivos e aumento no valor da gratificação de função;

- efetivação dos caixas e que todos pertençam às dotações das agências;

- gratificação de função de 55% para atendentes CABB, unificação dos atendentes A e B e tirar a trava de remoção (pela natureza do trabalho).

Outros temas

O Comando Nacional também quer definir a data da eleição do representante dos funcionários no Conselho de Administração do BB, buscando garantir que ninguém será excluído do direito de ser elegível.

Os funcionários reivindicam ainda o fim do truque aos clientes e usuários em relação ao "Bom pra Todos".

Mobilização

Para William Mendes, secretário de formação da Contraf-CUT e coordenador da Comissão de Empresa dos Funcionários do BB, os trabalhadores devem intensificar o processo de mobilização, participando das atividades que estão sendo organizadas pelos sindicatos em todo país.

Além disso, os funcionários devem ficar espertos diante das notícias divulgadas por outros meios que não sejam os do movimento sindical. "O funcionalismo deve acessar os sites da Contraf-CUT e dos sindicatos e federações para se informar, pois o BB mais uma vez nos disse que vai utilizar muita comunicação direta através de suas ferramentas internas", alerta.

A Contraf-CUT condena a atitude de gestores do banco que estão fazendo reuniões nos locais de trabalho para ameaçar funcionários sobre participação na greve. "Vamos cobrar um posicionamento da direção do BB, uma vez que apostamos na mesa de negociação e esse terrorismo nada contribui para a construção de propostas para um bom acordo", destaca William.

O dirigente da Contraf-CUT salienta que o BB obteve lucro de R$ 5,69 bilhões no primeiro semestre, cujos principais responsáveis foram os seus funcionários. "Esse resultado foi muito bom e o BB tem todas as condições de atender às reivindicações do funcionalismo na campanha deste ano", conclui.


Fonte: Contraf-CUT

Comando Nacional negocia saúde do trabalhador com a Caixa nesta sexta


O Comando Nacional dos Bancários, coordenado pela Contraf-CUT, retoma nesta sexta-feira (17), das 11h30 às 15h, as negociações específicas da Campanha Nacional 2012 com a Caixa Econômica Federal, em Brasília. Estão na pauta desta segunda rodada as reivindicações sobre saúde do trabalhador, Saúde Caixa e condições de trabalho, podendo ainda entrar outros itens da pauta específica e da mesa de negociações permanentes. A primeira rodada aconteceu no último dia 10.

"Reivindicamos a melhoria da gestão do Saúde Caixa. Várias demandas da pauta específica traduzem a gravidade do problema que temos especificamente no plano e na saúde do trabalhador em geral. Nossa proposta é que haja uma área específica no banco para tratar as questões da saúde, inclusive com estrutura condizente às demandas dos bancários. Queremos que haja uma estrutura por estado e com vinculação direto à gerência nacional de saúde", afirma Plinio Pavão, diretor da Contraf-CUT.

Posteriormente, outras datas do calendário de negociações específicas na Caixa serão definidas de acordo com o andamento da campanha.

"Nossa expectativa é que consigamos avançar porque não se justifica o empregado viver com tantos problemas relacionados ao Saúde Caixa, visto os altos índices de superávit apresentados", ressalta o dirigente da Contraf-CUT.

Reunião da CEE/Caixa

Ainda nesta sexta-feira, às 9h30, na sede da Fenae, os membros da Comissão Executiva dos Empregados (CEE/Caixa), que assessora o Comando Nacional nas negociações, estarão reunidos para preparar os debates com a empresa.


Fonte: Contraf-CUT

quinta-feira, 16 de agosto de 2012


Contraf-CUT retoma negociação nesta quinta com Itaú e cobra PCR maior


A Contraf-CUT, federações e sindicatos realizam nesta quinta-feira (16) uma negociação com o Itaú sobre a Participação Complementar nos Resultados (PCR). A reunião ocorre às 18h, no Hotel Maksoud Plaza, em São Paulo, após a segunda rodada da Campanha 2012 entre o Comando Nacional e a Fenaban. A última discussão sobre PCR aconteceu no dia 23 de abril.

"Precisamos discutir regras e valores para a PCR de 2012. Com lucros recordes ano após ano, o Itaú precisa negociar parâmetros que de fato tragam valorização e reconhecimento ao esforço de seus trabalhadores", destaca Jair Alves, um dos coordenadores da Comissão de Organização dos Empregados (COE) do Itaú, órgão da Contraf-CUT que assessora as negociações com o banco.

Os valores de 2011 recebidos pelos trabalhadores foram definidos em um acordo negociado em 2010, com dois anos de vigência.

Na negociação de abril, o banco havia apresentado uma proposta de PCR que ficou aquém do que o movimento sindical esperava. "Naquela ocasião insistimos, e vamos continuar neste tom, sobre o conceito da PCR, que é um programa que não possui metas individuais, que não é compensado nos demais programas próprios e tem distribuição linear de valores", salienta Wanderley Crivellari, outro coordenador da COE do Itaú.

Programas próprios

O movimento sindical insiste ainda que o banco abra negociação sobre seus programas próprios, notadamente o AGIR e o Prad. "A cobrança de metas tem gerado uma pressão insuportável sobre os funcionários. As metas são alteradas constantemente e se tornam cada vez mais inatingíveis", afirma Wanderley.

Reunião da COE do Itaú

Antes da negociação, no mesmo dia, às 13h, os integrantes do COE do Itaú se reúnem na sede da Contraf-CUT, no centro da capital paulista, para preparar os debates com o banco.


Fonte: Contraf-CUT

Comando suspende negociações com morte do ex-dirigente sindical Manolo


Crédito: Seeb São Paulo
Seeb São PauloManolo morre aos 49 anos e deixa esposa Deborah e dois filhos, Beatriz e Diogo

A segunda rodada de negociação da Campanha 2012 entre o Comando Nacional dos Bancários e a Fenaban foi suspensa nesta quarta-feira 15, em razão do falecimento do ex-dirigente sindical Manoel Castaño Blanco, conhecido como Manolo, marido da assessora jurídica da Contraf-CUT, dra. Deborah Regina Rocco Castaño Blanco. As negociações serão retomadas na próxima terça-feira, dia 21, às 10h.

O Comando terminava as discussões sobre saúde com a Fenaban, às 13h, quando a dra. Deborah, que participava da mesa de negociação, recebeu a notícia da morte do marido, vítima de acidente vascular. O Comando solicitou então a suspensão da rodada de negociação, que continuaria à tarde e nesta quinta-feira, para discutir segurança bancária, igualdade de oportunidades e remuneração.

Ex-funcionário do Banco Safra, Manolo foi diretor do Sindicato dos Bancários de São Paulo de 1991 a 2002, onde comandou as Secretarias Jurídica, Cultural e de Imprensa. Foi também um dos responsáveis pela criação da Comissão de Segurança Bancária do Sindicato nos anos 1990.

Manolo tinha 49 anos e deixa esposa e dois filhos, Beatriz e Diogo. O corpo será cremado nesta quinta-feira 16, às 11h, no Memorial Crematório, situado na rua Nilo Peçanha, 50, saída da Anchieta, atrás da Beneficência Portuguesa Cemitério Vertical, no bairro de Marapé, em Santos.

Consternada, a Contraf-CUT manifesta sentimentos de apoio e solidariedade aos amigos e familiares de Manolo e da dra. Deborah.


Fonte: Contraf-CUT

quarta-feira, 15 de agosto de 2012


Bancários negociam saúde, segurança, igualdade e remuneração nesta quarta


O Comando Nacional dos Bancários, coordenado pela Contraf-CUT, realiza nesta quarta e quinta-feira 15 e 16 a segunda rodada de negociações da Campanha 2012 com a Fenaban, em São Paulo. Estão na pauta reivindicações sobre saúde e condições de trabalho que restaram da semana passada, segurança bancária, igualdade de oportunidades e remuneração.

A nova rodada começa menos de 48 horas depois do Dia Nacional de Luta pelo Emprego, realizado na segunda-feria 13, em que os bancários protestaram em todo o país contra o descaso da Fenaban na primeira rodada de negociações ocorrida nos dias 7 e 8 com o Comando Nacional. Além de não apresentarem propostas às reivindicações da categoria, os bancos disseram que os bancários não estão preocupados com o emprego.

Veja como foram o Dia Nacional de Luta e as negociações com a Fenaban

Dia Nacional de Luta pelo Emprego protesta contra descaso dos bancos

Banqueiros dizem que bancários não estão preocupados com emprego

Banqueiros se negam a discutir metas abusivas que adoecem bancários

"O sistema financeiro nacional está mais sólido que nunca. Somente os cinco maiores bancos do país lucraram no primeiro semestre do ano mais de R$ 24,5 bilhões. Eles têm totais condições de atender as reivindicações dos bancários sobre emprego, saúde e condições de trabalho, segurança, igualdade de oportunidades e remuneração", afirma Carlos Cordeiro, presidente da Contraf-CUT e coordenador do Comando Nacional.

O que será negociado nesta segunda rodada

As negociações começam nesta quarta-feira com as questões de saúde e condições de trabalho que ficaram pendentes da primeira rodada, na semana passada, como garantia de salário ao bancário que tiver benefício indeferido ou alta médica pela previdência social, constituição de Cipas, assistência às vítimas de assaltos, sequestros e extorsões e várias outras garantias de promoção da saúde nos locais de trabalho.

Sobre segurança bancária, as principais reivindicações que serão negociadas são a proibição da guarda das chaves e acionadores de alarmes para evitar sequestros, fim do transporte de numerário por bancários, instalação de equipamentos e medidas de prevenção contra assaltos, sequestros e extorsões, emissão obrigatória de BO com cópia aos sindicatos e à Contraf-CUT, estabilidade ao empregado vítima desse tipo de violência, além de adicional de risco de morte de 30% do salário para quem trabalha em agências, postos e áreas de tesouraria.

Os bancários também buscam avanços na promoção da igualdade de oportunidades e de tratamento, por meio da democratização do acesso, garantindo que mulheres, negros, indígenas, homoafetivos e pessoas com deficiência tenham igualdade de condições de contratação, ascensão profissional e remuneração. Outra medida é a eliminação de quaisquer práticas discriminatórias nas relações.

As negociações sobre remuneração envolverão:

> Remuneração fixa direta, como o reajuste salarial de 10,25%, valorização do piso, Plano de Cargos e Salários, adiantamento do 13º, salário do substituto, parcelamento do adiantamento de férias e gratificações.

> Remuneração indireta, como auxílio-refeição, cesta-alimentação, 13ª cesta-alimentação, auxílio-creche/babá, 13º auxílio-creche/babá, vale-transporte.

> Remuneração variável, como a PLR. Os bancários reivindicam também a contratação total da remuneração, incluindo a renda variável.


Fonte: Contraf-CUT

terça-feira, 14 de agosto de 2012

DIA DO BANCÁRIO - ALMOÇO


Almoço comemorativo ao DIA DO BANCÁRIO em 25/08/2012
LOCAL: Assary Clube de Campo - Votuporanga – SP

Solicitamos a gentileza de enviarem relação dos bancários e dependentes (conforme registro no Sindicato) que participarão do almoço acima.
Exemplo:
Nome do(a) Funcionário(a) filiado:
Nome dos(as) dependentes: (ver abaixo)
OBSERVAÇÃO
Sócios do Sindicato e dependentes
quites c/a mensalidade GRATUÍTO
Estagiários e terceirizados dentro do banco - R$ 25,00 por pessoa.
Dependente do sócio(a) casado(a): esposa(o) e filhos
Dependente do sócio(a) solteiro(a): pai/mãe e/ou namorado(a)
(identificação na recepção)
Os convites entregues são instransferíveis, não podendo ser cedidos à não sócios ou outros convidados.

NÃO SERVIREMOS REFEIÇÃO PARA VIAGEM OU MARMITA.

Definido calendário das primeiras rodadas de negociações dos financiários


A Contraf-CUT, federações e sindicatos se reuniram nesta segunda-feira (13), em São Paulo, com representantes da federação das financeiras (Fenacrefi) e definiram o calendário para as primeiras rodadas de negociações da Campanha Interestadual 2012.

A primeira rodada ocorrerá no próximo dia 24 e discutirá a abrangência do acordo - para que seja estendido também a promotores de crédito, entre outros trabalhadores - e a unificação da data base.

"Embora em São Paulo os reajustes incidam a partir de 1º de junho, em outros locais as datas são diferentes. A unificação é o primeiro passo para uma convenção coletiva nacional, como ocorre há 20 anos com os bancários", afirma o dirigente sindical Jair Alves.

A segunda negociação para discutir o instrumento de combate ao assédio moral será realizada no 27.

Já as datas para tratar da PLR, cláusulas econômicas e outros temas serão definidas posteriormente.


Fonte: Contraf-CUT com Seeb São Paulo

Negociação com BB sinaliza necessidade de forte mobilização dos bancários


Crédito: Seeb Brasília
Seeb BrasíliaPrimeira rodada continua nesta terça, em Brasília

Logo nos primeiros minutos da primeira negociação específica da Campanha Nacional 2012 nesta segunda-feira (13) com o Comando Nacional dos Bancários, coordenado pela Contraf-CUT e assessorado pela Comissão de Empresa dos Funcionários do BB (CEBB), em Brasília, o diretor de relações com funcionários e entidades patrocinadas do Banco do Brasil, Carlos Eduardo Leal Neri, apressou-se em lembrar que a instituição, por ser globalizada, está inserida na crise financeira internacional.

A afirmação foi prontamente rebatida pelo coordenador da CEBB e secretário de Formação da Contraf-CUT, William Mendes. "Desde 2009, os bancos brasileiros estão apresentando lucros recordes. Além disso, a inadimplência está caindo e o índice é muito pequeno no BB. Há um truque mágico aí. O que está ocorrendo é que as instituições estão aumentando seus provisionamentos muito acima da realidade, pois a inadimplência é estável e os bancos aumentaram de 30% a 50% suas provisões, diminuindo o resultado", afirmou o dirigente sindical, ao elencar uma a uma as reivindicações do funcionalismo.

Jornada de 6 horas para todos

A primeira reivindicação apresentada para o tema emprego e condições de trabalho foi o cumprimento da jornada legal de 6 horas sem redução de salário, considerada prioridade para os bancários do BB. Ela foi negada novamente pelos representantes do banco. O BB reafirmou que não vai negociar a implantação da jornada de 6 horas para todos os comissionados sem redução de salários.

A instituição já havia dito em julho que a jornada de 6 horas é tema de Plano de Comissões e que isto é estratégico e não discute em mesa de negociação. Naquela negociação, o BB havia ressaltado que não debate questões ligadas ao plano de metas, arquitetura organizacional e de remuneração da empresa.

"Mais uma vez, o BB mostra uma postura intransigente diante de um assunto considerado essencial para seus trabalhadores. O eixo das reivindicações passa por melhoria no Plano de Carreira, cujo pilar é a jornada de 6 horas para os comissionados, bem como seleção interna para crescimento na carreira e fim dos descomissionamentos. Se o banco fica dizendo que não negocia o essencial na mesa de negociação, ele quer dizer o quê? Que os bancários busquem outras formas de resolver os seus problemas sem ser por negociação coletiva?", indaga William.

Respeito e seriedade nas negociações

Em nome de todos os funcionários do BB, William fez um apelo para que os negociadores do banco analisem com respeito e seriedade a pauta específica de reivindicações entregue à instituição em 1º de agosto. "Com 50 itens, a minuta é o resultado de um amplo e democrático processo e inclusivo de consulta aos bancários e bancarias de todo o país. O texto final foi deliberado no 23º Congresso Nacional dos Funcionários do BB", acrescentou o dirigente.

Os temas debatidos nesta rodada versaram sobre combate ao assédio moral, fim da terceirização e aumento nas dotações das dependências, igualdade de direitos para os funcionários oriundos de bancos incorporados (Cassi e Previ para todos), melhorias nas ausências autorizadas, melhoria no plano odontológico, fim da perda de função e irredutibilidade de salário na volta das licenças-médicas, segurança bancária, volta do pagamento das substituições e ampliação dos direitos dos delegados sindicais.

A negociadora do BB, Áurea Faria Martins, ficou de analisar as reivindicações do funcionalismo e trazer as respostas nas próximas rodadas de negociações.

Atenção para as mensagens do banco

Como se não bastasse o fato de não ter apresentando nenhuma resposta concreta às reivindicações do funcionalismo, o BB ainda sinalizou que pretende reduzir o número de dirigentes sindicais. "Além de termos uma questão a resolver sobre liberações dos bancários eleitos para mandatos sindicais, porque havia uma regra em 2009 e o banco alterou por conta própria, o banco diz que quer diminuir a organização dos trabalhadores. O banco sabe que deveria liberar mais dirigentes e vem propor redução! Isso me parece provocação", rebate William.

Outra questão que trouxe preocupação para as entidades sindicais é o banco ter questionado a reivindicação de fim da discriminação e isonomia para os bancários oriundos de bancos incorporados em relação à Cassi e à Previ, dizendo que vai apresentar para os bancários dados perguntando se a isonomia é boa para todos mesmo. "É impressão minha ou o banco está dizendo que vai chamar os bancários que já eram do BB a discriminarem os colegas oriundos dos bancos incorporados? Muito estranha esta argumentação por parte do banco", alerta o dirigente.

Rodada segue nesta terça

A rodada de negociação prossegue nesta terça-feira (14) no edifício Sede I, em Brasília. "Esperamos que o BB apresente algo de concreto e avance nas questões debatidas, pois está com a pauta há duas semanas" frisou William Mendes.

A CEBB está trabalhando com a metodologia de apresentar todas as reivindicações deliberadas pelo funcionalismo. A estratégia é importante porque as propostas são justas e a expectativa é que a empresa apresente propostas em todos os temas.

Na avaliação do Comando Nacional, a crise financeira internacional não atingiu o sistema financeiro brasileiro que continua sendo considerado um dos mais lucrativos e sólidos do mundo. "Onde está a crise enfrentada pelos bancos brasileiros?", foi o contraponto dos dirigentes.

Diante desse frágil argumento utilizado logo na primeira negociação específica com o BB, a Contraf-CUT orienta que os trabalhadores intensifiquem a mobilização e fiquem atentos com as notícias divulgadas por outros meios que não sejam os dos trabalhadores, inclusive em relação ao banco. "O funcionalismo deve acessar os sites da Contraf-CUT e dos sindicatos e federações para se informar, pois o BB mais uma vez nos disse que vai utilizar muita comunicação direta através de suas ferramentas internas", aponta William.

Veja as principais reivindicações específicas do funcionários do BB

> Melhorias no Plano de Carreira e Remuneração.
> Negociação do Plano de Comissões.
> PLR sem vinculação com o programa de metas Sinergia.
> Jornada de 6 horas para todos, sem redução do salário.
> Fim das PSO e volta dos caixas e gerentes de serviços para as agências.
> Cassi e Previ para todos, sem redução de direitos.
> Remoção automática para o preenchimento de todas as vagas de escriturário.
> Acabar com o truque da direção do BB de enganar os clientes e a sociedade com o "Bom pra Todos".
> Delegados sindicais para todas as dependências do banco.
> Fim do voto de Minerva na Previ.
> Assinatura do Protocolo de Prevenção de Conflitos e revisão dos Comitês de Ética.
> Fim dos descomissionamentos e seleção interna para promoção em todos os cargos.


Fonte: Contraf-CUT com Seeb Brasília

segunda-feira, 13 de agosto de 2012


Caixa não apresenta propostas e Comando orienta intensificar mobilização


Crédito: Fenae
FenaeBanco intransigente na primeira negociação específica da Campanha 2012

O Comando Nacional dos Bancários, coordenado pela Contraf-CUT, saiu frustrado na última sexta-feira (10) da primeira rodada de negociação específica da Campanha 2012 com a Caixa Econômica Federal, em Brasília. O banco assumiu posição de intransigência e rejeitou a maioria das reivindicações dos empregados, como isonomia de direitos entre novos e antigos, pagamento do ticket alimentação aos aposentados, fim do voto minerva na Funcef e definição de critérios para descomissionamento.

Funcef

Os primeiros pontos discutidos foram relacionados à Funcef. Jair Pedro Ferreira, coordenador nacional da Comissão Executiva dos Empregados (CEE/Caixa), que assessora o Comando Nacional nas negociações, cobrou solução para o contencioso jurídico, problema que vem se agravando a cada dia, por conta do elevado número de ações judiciais contra a Fundação, mas que na verdade são de responsabilidade da patrocinadora, porque foram originados pela política de recursos humanos da Caixa, como a cobrança do Complemento Temporário Variável de Ajuste de Mercado (CTVA).

Os representantes dos trabalhadores sugeriram a criação de uma comissão paritária para debater soluções para o contencioso jurídico, proposta que não foi aceita pela empresa. A Caixa também rejeitou a reivindicação para acabar com o voto minerva, que confere à patrocinadora o poder de decidir sobre um assunto em caso de empate na votação entre os integrantes do colegiado. Segundo os representantes da empresa, o voto minerva está previsto em lei e no estatuto da Funcef.

No quesito Funcef, a Caixa concordou apenas com a manutenção da campanha permanente de filiação, que vem sendo realizada conjuntamente com a Fundação e entidades sindicais e associativas.

Isonomia

Os representantes dos empregados cobraram equiparação de direitos de todos empregados em relação à licença-prêmio e ao Adicional por Tempo de Serviço (ATS). A empresa não aceitou a proposta.

Os trabalhadores informaram que neste sábado (10) acontece um encontro nacional, em São Paulo, para discutir uma estratégia de mobilização em torno da luta pela isonomia.

Representante dos empregados no Conselho de Administração

O Comando Nacional cobrou mudança no estatuto da Caixa, que prevê que somente os gestores podem ser candidatos a representante dos trabalhadores no Conselho de Administração da empresa. Segundo os trabalhadores, esse critério é restritivo, excluindo quase 90% dos empregados do processo eleitoral.

Os negociadores da empresa alegaram que essa alteração não foi aprovada pelo Conselho de Administração e que irá levar a reivindicação dos trabalhadores para a direção da Caixa.

Carreira

PSI

Os trabalhadores cobraram ajustes no formato do Processo Seletivo Interno. Eles reconhecem a importância desse instrumento para o encarreiramento, mas reivindicam transparência nos critérios e universalização das participações.

Descomissionamento

A Caixa não deixa claro para os trabalhadores quais os critérios utilizados para descomissionar e essa medida vem sendo feita de forma unilateral, deixando a cargo do gestor a retirada de função.

Carreira de tecnologia

O Comando Nacional cobrou atenção especial para a área de tecnologia, com a criação de cargos e funções específicas de TI com remuneração compatível com o mercado e outros órgãos públicos, implantação da proposta de carreira de TI que mantenha a possibilidade de 6 horas nas funções técnica e técnico-gerencial e migração para as novas funções sem PSI.

A empresa informou que está desenvolvendo uma proposta de reestruturação da carreira, mas não estabeleceu um prazo para conclusão desse trabalho.

Mais contratações

A Caixa reassumiu o compromisso, firmado no acordo coletivo de 2011, de aumentar seu quadro de pessoal para 92 mil empregados até 31 de dezembro deste ano.

Para o Comando Nacional, o nível de contratações não tem acompanhado o ritmo de abertura de novas agências em todo o país, gerando sobrecarga de trabalho.

Mobilização

Segundo Jair, que é também vice-presidente da Fenae, diante da intransigência da Caixa a melhor resposta dos trabalhadores é a mobilização.

Os avanços na negociação só virão com a participação dos empregados nas reuniões dos sindicatos e locais de trabalho e o envolvimento com a Campanha Nacional. Os empregados da Caixa, conforme ele, devem somar-se aos demais bancários para, juntos, enfrentar os bancos e arrancar novas conquistas.

A próxima negociação específica com a Caixa ocorrerá na próxima sexta-feira (17), a partir 12h, e terá como pauta Saúde Caixa e saúde do trabalhador.


Fonte: Contraf-CUT com Fenae

Comando Nacional inicia nesta segunda negociações específicas com BB


Crédito: Jailton Garcia
Jailton GarciaA pauta específica do BB foi entregue ao banco no dia 1º de agosto

O Comando Nacional dos Bancários, coordenado pela Contraf-CUT, inicia nesta segunda-feira 13 as negociações específicas da Campanha Nacional dos Bancários 2012 com o Banco do Brasil. Essa primeira rodada continua na terça-feira, em Brasília. A pauta específica foi aprovada no 23º Congresso Nacional dos Funcionários do Banco do Brasil, realizado de 15 a 17 de junho, em Guarulhos-SP.

As negociações das questões específicas do BB ocorrerão simultaneamente às discussões da pauta geral dos bancários na mesa da Fenaban, que começaram nos dias 7 e 8 e prosseguem nas próximas quarta e quinta-feiras 15 e 16.

"Estamos com grande expectativa e muita disposição para debater todas as demandas específicas, ponto a ponto, buscando propostas concretas do banco", afirma William Mendes, secretário de formação da Contraf-CUT e coordenador da Comissão de Empresa dos Funcionários do BB, órgão que assessora o Comando Nacional nas negociações com o banco. "Queremos avanços para valorizar os funcionários do BB, como a jornada de seis horas para todos e o plano de carreira", aponta o dirigente sindical.

Antes da negociação, a Comissão de Empresa se reúne às 9 horas do dia 13, na sede da Contraf-CUT, no espaço do Sindicato dos Bancários de Brasília, para preparar as discussões com o BB.

As principais reivindicações específicas do BB

> Melhorias no Plano de Carreira e Remuneração.

> Negociação do Plano de Comissões.

> PLR sem vinculação com o programa de metas Sinergia.

> Jornada de 6 horas para todos, sem redução do salário.

> Fim da PSO e volta dos caixas e gerentes de serviços para as agências.

> Cassi e Previ para todos, sem redução de direitos.

> Remoção automática para o preenchimento de todas as vagas de escriturário.

> Acabar com o truque da direção do BB de enganar os clientes e a sociedade com o "Bom pra Todos".

> Delegados sindicais para todas as dependências do banco.

> Fim do voto de Minerva na Previ.

> Assinatura do Protocolo de Prevenção de Conflitos e revisão dos Comitês de Ética.

> Fim dos descomissionamentos e seleção interna para promoção em todos os cargos.


Fonte: Contraf-CUT

sexta-feira, 10 de agosto de 2012


Afubesp esclarece sobre estudos e propostas para Plano II do Banesprev


Walter Oliveira
Secretário-geral da Afubesp


Como vem sendo alertado desde 1998, o Plano II do Banesprev apresenta um problema estrutural que se refere à falta de aporte das reservas especiais, exigência prevista em lei (serviço passado). Este, aliado aos problemas conjunturais (rentabilidade baixa dos ativos financeiros, reforma da previdência, privatização do Banespa, dentre outros), causa um grave problema deficitário no plano.

A questão era camuflada quando eram obtidas rentabilidades bem acima da necessidade, mas mesmo assim o patrocinador Santander, a entidade Banesprev e o órgão de fiscalização SPC/Previc (Superintedência Nacional de Previdência Complementar) sempre foram alertados do problema que poderia causar prejuízo aos participantes.

Após criação de legislação específica para regrar a apuração de resultados dos planos de benefício, foi aprovado pelo Conselho Deliberativo e pelo Banco, com voto contrário da assembleia de participantes, uma contribuição extraordinária, por tempo indeterminado, para o Banco, os participantes ativos e aposentados, que foi implantada em abril deste ano. O objetivo é eliminar o déficit.

Antes da assembleia de participantes, a Afubesp e o Sindicato dos Bancários de São Paulo tentaram, por inúmeras vezes sem êxito, negociar com o Santander o assunto. Porém, as tratativas pararam na intransigência dos representantes da patrocinadora, culminando na denúncia protocolada na Previc. Em decisão isolada, o diretor de fiscalização da autarquia arquivou o processo, que neste momento está em fase de recurso.

Depois a assembleia de março, a Previc convocou uma audiência conciliatória, para o dia 4 de abril deste ano, ocasião em que as partes acordaram buscar alternativas para a reestruturação do Plano II. Para isso, foi concedido prazo de 60 dias para a realização de estudos e negociações necessárias.

Já no dia seguinte à audiência, as entidades buscaram o agendamento da primeira reunião para começo das discussões. No entanto, sob a alegação de problemas de agenda, fixou-se a data de 14 de maio para realização das primeiras tratativas. Esse foi o sinal inicial de postergação, tendo em vista que os parâmetros iniciais já haviam sido colocados na reunião do dia 4 de abril.

Na oportunidade - com a presença também dos atuários do Fundo e de técnico contratado pelas entidades - a representação reiterou as premissas que acreditava ser possível negociar e, efetuados os estudos, a patrocinadora poderia apresentar propostas alternativas, que seriam levadas para assembleia de participantes, o órgão máximo de deliberação do Banesprev.

Após 50 dias, em 3 de julho, os representantes dos participantes foram chamados para a apresentação das simulações elaboradas pelo atuário do Fundo. Entretanto, para nossa surpresa, foram desconsiderados todos os parâmetros por nós expostos. Não havia nenhuma "proposta", apenas um estudo do custo para saldamento do plano, com um rateio a ser aportado pela patrocinadora e pelos participantes. Assim, novamente reiteramos nossas premissas e que os estudos deveriam ser refeitos com os devidos ajustes propostos.

Entenda a proposta apresentada pela representação:

Saldamento do plano por conta exclusiva do patrocinador: processo que cessaria definitivamente o pagamento das contribuições normais e extraordinárias ao plano, mantendo-se o direito à percepção proporcional do benefício, originalmente contratado para os funcionários ativos no plano atual até a data do saldamento;

Concessão de um plano, opcional, de contribuição variável (renda vitalícia), com aportes dos participantes e patrocinador, o que suplementaria os benefícios;

Não haveria migração de reservas para o novo plano, mantendo um benefício proporcional saldado no atual e um novo benefício no modelo novo;

O tempo considerado para cálculo de benefício proporcional saldado, no plano atual, deveria ser contado desde o início das contribuições de cada participante para o INSS.

A taxa básica de retorno dos investimentos utilizada como meta atuarial deveria ser ajustada para a realidade brasileira, em torno de 5%, mantendo-se o INPC como forma de correção monetária;

A tábua de sobrevida deveria ser alterada para uma tábua adequada ao público abrangido por entidades de previdência complementar, AT 2000;

Atualização de todas as premissas que estivessem desatualizadas;

Para os aposentados e pensionistas, permaneceriam no Plano II, no molde contratado, porém sem a necessidade de aportar contribuições extraordinárias, ou seja, nada mudaria.

A proposta tem uma ótica totalmente previdenciária, visava resolver o problema estrutural do plano, para promover seu equilíbrio, eliminar as amortizações extraordinárias e, principalmente, evitar novos déficits no futuro.

Em 18 de julho, foi realizada a última reunião de negociação entre o Santander, Banesprev e representantes dos participantes. Na ocasião, a "proposta" apresentada possui foco totalmente financeiro, que não considera nenhuma premissa estabelecida, reduz os benefícios dos participantes ativos, elimina o direito adquirido dos aposentados e pensionistas, e cria um grupo de trabalho para elaborar o novo regulamento. Por tudo isso, ela foi rejeitada imediatamente sem discussão pela representação dos participantes.

Entenda a ´"proposta" apresentada pelo Santander:

Migração de todos os participantes ativos, aposentados e pensionistas para um plano de contribuição definida (CD), sem renda vitalícia;

Transferência de direito acumulado para o novo plano;

Desenho de um plano CD que seria discutido em um grupo de trabalho.

Impasse

Com as negociações encerradas, no último dia 6 de agosto, ocorreu à última audiência na Previc. O Banesprev tentou demonstrar um cenário positivo, relatando que um grupo pequeno questionou as contribuições extraordinárias, mas que o grande objetivo é fazer com que os ativos atinjam o benefício e, para tanto, pagarão um valor correspondente. Quanto aos aposentados já estão perdendo beneficio, através da contribuição extraordinária implantada.

O Banco, por sua vez, disse não haver espaço para a nossa proposta. Mostrando total falta de compromisso com os participantes do Plano II, deram um enfoque totalmente financeiro, pois trataram a previdência complementar como negócio de ponta de balcão.

Os representantes contestaram todos os argumentos expostos e apontaram para o perigo de uma "proposta" como a apresentada pelo Santander, que apenas elimina benefícios e joga todo o risco para os participantes.

Na oportunidade, foram citados vários casos no sistema brasileiro de planos que naufragaram por intransigência de patrocinadores, que deixaram de cumprir com suas obrigações perante o plano de benefícios. Ao final, foi protocolado documento com o histórico de negociações e propostas apresentadas pelos representantes dos participantes, desde a primeira audiência de conciliação.

Nos próximos dias, o colegiado composto pelos diretores da autarquia deverá julgar o recurso da denúncia apresentada pela Afubesp, pelo Sindicato dos Bancários de São Paulo e demais entidades. Dependendo do resultado serão iniciadas as demandas judiciais para cobrar a dívida relativa ao Serviço Passado.

Participaram das negociações com o Santander e audiências na Previc:

Paulo Salvador - Conselho Deliberativo do Banesprev
Rita Berlofa - Conselho Deliberativo do Banesprev
José Reinaldo - Conselho Fiscal do Banesprev
Vera Marchioni - Comitê Gestor do Plano II
Camilo Fernandes - Comitê Gestor do Plano II
Walter Oliveira - Comitê Gestor do Plano II
Maria Rosani - Diretora Executiva do Sindicato dos Bancários de São Paulo
Claudia Ricaldoni - Presidente da Associação Nacional de Participantes (Anapar)
Wanderley de Freitas - Consultor de Previdência Privada


Fonte: Afubesp

Ministro diz que não vai referendar retrocessos para classe trabalhadora


Crédito: Luiz Carvalho - CUT
Luiz Carvalho - CUTBrizola Neto se reuniu com trabalhadores na 1ª Conferência do Trabalho Decente

Na quinta-feira (9), segundo dia da 1ª Conferência Nacional de Emprego e Trabalho Decente, a bancada dos trabalhadores reuniu-se com o ministro do Trabalho e Emprego, Brizola Neto, no Centro de Convenções Ulysses Guimarães, local do evento, em Brasília.

Durante o encontro, lideranças das centrais sindicais trataram do posicionamento do governo nos debates que seguem até este sábado (11) e cobraram uma postura democrática na negociação com os servidores públicos.

Umas das representantes da CUT na coordenação da 1ª Conferência, a secretária de Mulheres, Rosane Silva, comentou que Brizola Neto salientou o esforço para dialogar tanto com a bancada dos trabalhadores quanto a dos empregadores na busca pelo consenso sobre temas estratégicos para o movimento sindical, como o direito à livre organização e o combate às práticas antissindicais.

"O ministro afirmou que é objetivo do Ministério do Trabalho sair dessa conferência avançando em direitos para a classe trabalhadora e não retrocedendo", disse Rosane.

O outro representante da Central na coordenação do evento e secretário de Administração e Finanças da CUT, Quintino Severo, espera que o governo posicione-se de acordo com suas origens.

"Em se tratando de uma gestão que tem origem no movimento sindical, evidentemente, esperamos que acompanhe a maioria das propostas da bancada dos trabalhadores", avaliou.

Os dirigentes cobraram ainda de Brizola Neto a aprovação de temas que consideram prioritários como a redução da jornada de trabalho e a ratificação das convenções 158 - que coíbe a demissão imotivada - e 189 - que garante às domésticas os direitos dos demais trabalhadores - da Organização Internacional do Trabalho (OIT).

Funcionalismo em pauta

A greve dos servidores federais também foi assunto da reunião. A CUT externou mais uma vez o repúdio ao Decreto nº 777 - que prevê a substituição dos funcionários públicos federais em greve por estaduais e municipais - e ressaltou como a ação prejudica o diálogo social, justamente no momento em que o movimento articula ações para ampliar a agenda do trabalho decente.

"Essa medida vai contra duas diretrizes que temos pautado nos últimos três anos: democratizar as relações de trabalho, garantindo direito de greve, organização por local de trabalho e liberdade e autonomia sindical. E prejudica a construção dessa perspectiva", disse Rosane

A dirigente acredita que nos próximos dias, por meio do diálogo e da articulação com as centrais e com as entidades dos servidores públicos, será possível retomar as negociações com o ministro da Secretaria-Geral da Presidência da República, Gilberto Carvalho, responsável por fazer a interlocução entre a Presidência da República e os trabalhadores. Quem sabe, enfim, o governo apresente uma contraproposta aos servidores.

Avanços nos tralhados em grupo

O dia também foi marcado por discussões em Grupos de Trabalho. Como as propostas apresentadas dependiam de 30% de aprovação para avançarem, a maior parte dos pontos polêmicos, que dividiam trabalhadores, empresários e governo, avançou em suas duas frentes, tanto na defesa, quanto na rejeição.

Porém, considerando as votações no Grupo 6, onde concentraram-se alguns dos temas prioritários para a CUT, o movimento sindical tem grandes chances de sair vitorioso.

Exemplo disso foi a proposta de redução de jornada para 40 horas semanais e aumento de 75% da remuneração da hora extra, medida aprovada por 53% do plenário. Mas, como a proposição de rejeitar obteve 47% dos votos, portanto, acima de 30% do mínimo exigido, ambas vão para plenária desta sexta-feira (10).

Dessa vez, as discussões serão divididas pelos três eixos da conferência: Princípios e Direitos; Proteção Social; Trabalho e Emprego e Diálogo Social, que colocarão em debate os resultados definidos nos grupos.

Por fim, o que passar vai para a plenária final, marcada para sábado (11), de onde sairão as diretrizes da Agenda e do Plano Nacional de Trabalho Decente. Nessa última etapa, somente 50% dos votos mais um garantem a aprovação.

Para o presidente da CUT-RS e coordenador do Grupo 6, Claudir Nespolo, os trabalhadores demonstraram que estão qualificados para ampliar as conquistas e combater os eixos que defendem práticas antissindicais.

"A bancada da CUT, ao lado das outras centrais, mostrou que está muito bem preparada para construir um posto de trabalho cercado de garantias, que é o conceito do trabalho decente", disse Claudir.

Participação

A Contraf-CUT também participa do encontro, através do presidente Carlos Cordeiro, do secretário de Organização do Ramo Financeiro, Miguel Pereira, e do diretor executivo Plínio Pavão.


Fonte: Contraf-CUT com Luiz Carvalho - CUT

Comando negocia carreira, isonomia e contratações com Caixa nesta sexta


Nesta sexta-feira, dia 10, às 14h, o Comando Nacional dos Bancários, coordenado pela Contraf-CUT, começa as negociações da pauta específica de reivindicações dos empregados da Campanha 2012 com a Caixa Econômica Federal, em Brasília. Os temas dessa primeira rodada serão Funcef, Prevhab, aposentados, segurança bancária, representação dos empregados no Conselho de Administração, carreira, isonomia, jornada de trabalho/Sipon e contratação, além de outros assuntos.

Inicialmente, esse temário seria debatido na próxima sexta-feira, dia 17, mas houve inversão, ficando a questão da saúde do trabalhador e Saúde Caixa para essa segunda rodada.

Jair Pedro Ferreira, coordenador da Comissão Executiva dos Empregados (CEE/Caixa), que assessora o Comando Nacional nas negociações com o banco, convoca os trabalhadores de todo o país a se mobilizarem. O desafio, segundo ele, é construir mais uma campanha vitoriosa.

As negociações das questões específicas na Caixa vão ocorrer simultaneamente aos debates da pauta geral da categoria bancária na mesa da Fenaban.

Entre as principais reivindicações específicas na Caixa, os destaques são contratação de mais empregados, saúde do trabalhador e melhores condições de trabalho, isonomia, recomposição do poder de compra dos salários, solução dos problemas do Saúde Caixa, extensão do tíquete e cesta-alimentação para aposentados e pensionistas, fim à discriminação dos participantes do REG/Replan não-saldado, fim do voto de minerva na Funcef, pagamento integral de toda hora extra realizada, defesa da jornada de seis horas, inclusão bancária sem correspondentes bancários e fim do assédio moral.


Fonte: Contraf-CUT com Fenae

Banqueiros se negam a discutir metas abusivas que adoecem bancários


Crédito: Jailton Garcia - Contraf-CUT
Jailton Garcia - Contraf-CUTComando Nacional cobra dos bancos melhores condições de saúde e trabalho

"Não existem metas abusivas nos bancos. Elas são apenas desafiadoras. O assédio moral, quando existe, é resultado do desvio de caráter de alguns gestores. As reclamações que existem nos locais de trabalho são normais, parecidas com as dos filhos que se queixam das cobranças dos pais, dos alunos que protestam contra exigências dos professores e dos atletas que reclamam do rigor dos técnicos."

Foi isso o que os bancos alegaram na última quarta-feira 8 ao Comando Nacional dos Bancários, coordenado pela Contraf-CUT, durante o segundo dia da primeira rodada de negociação da Campanha 2012, bloqueando as discussões sobre saúde e condições de trabalho e as reivindicações dos trabalhadores pelo fim das metas abusivas e do assédio moral, que estão provocando uma verdadeira epidemia de adoecimentos nas unidades.

"Os bancos querem naturalizar e individualizar a violência organizacional, como se ela fosse um desvio de caráter e a culpa, em última instância, fosse dos próprios bancários. Nós discordamos disso. Consideramos que o assédio moral é uma questão coletiva, resultado de um modelo de gestão equivocado, gerador de doenças", afirma Walcir Previtale, secretário de Saúde do Trabalhador da Contraf-CUT.

Os dirigentes sindicais expuseram essa visão aos representantes dos bancos e reafirmaram a reivindicação de que é preciso que os bancários participem da discussão das metas. "O problema hoje é de violência organizacional. Por que não fazemos uma pesquisa para ouvir os bancários, de modo a efetuarmos uma radiografia conjunta do problema?", propôs Carlos Cordeiro, presidente da Contraf-CUT e coordenador do Comando Nacional.

Os bancos recusaram tanto a realização da pesquisa como a inclusão dos bancários na discussão sobre o estabelecimento de metas. Eles alegam que isso significaria submeter a gestão dos bancos ao escrutínio dos bancários.

Combate ao assédio moral

O Comando Nacional cobrou dos bancos uma reavaliação do instrumento de combate ao assédio moral previsto na Convenção Coletiva com adesão espontânea para bancos e sindicatos. "Esse instrumento precisa ser avaliado. Ele é insuficiente e precisa de ajustes. Tem havido reincidências e, como é voluntário, não envolve todos os bancos", destaca Juvandia Moreira, presidenta do Sindicato dos Bancários de São Paulo.

Ela citou o caso de sua base sindical, onde há 640 casos de assédio moral registrados, muitos dos quais discutidos em cada local de trabalho, sem utilização do instrumento previsto na Convenção Coletiva. Há casos de respostas-padrão dos bancos que aderiram. "Esse instrumento precisa ser aprimorado", defendeu.

Programa de Reabilitação profissional

O Comando Nacional questionou os bancos sobre a razão pela qual nenhum deles aderiu ainda ao Programa de Reabilitação Profissional, que está desde 2009 na Convenção Coletiva. Pelo acordo, cuja implementação é opcional, os bancos devem instituir programas de reabilitação visando assegurar condições para a manutenção ou a reinserção ao trabalho do bancário com diagnóstico de adoecimento, de origem ocupacional ou não.

"O que observamos é que a grande maioria dos trabalhadores, ao retornarem ao trabalho depois de um determinado período de afastamento, é recolocada no mesmo posto de trabalho que o adoeceu, sem nenhuma mudança nas condições e no ritmo de trabalho", salienta Walcir.

A Fenaban tentou fugir do questionamento, sugerindo remeter a questão à mesa temática de saúde e condições de trabalho, mas os dirigentes sindicais cobraram uma solução na mesa de negociação. Por fim, a Fenaban se comprometeu a fazer reuniões com os bancos e procurar resolver o assunto ainda na atual Campanha Nacional.

Nova rodada de negociação

Os debates sobre saúde e condições de trabalho continuarão na segunda rodada de negociação, que ocorre na próxima quarta 15 e quinta-feira 16, em São Paulo. Também serão discutidas as reivindicações sobre segurança bancária, igualdade de oportunidades e remuneração.




Fonte: Contraf-CUT

segunda-feira, 6 de agosto de 2012


Emprego e saúde abrem negociações entre Comando e Fenaban nesta terça


O Comando Nacional dos Bancários, coordenado pela Contraf-CUT, inicia nesta terça-feira (7) a primeira rodada de negociações com a Fenaban, em São Paulo, discutindo os blocos de reivindicações sobre emprego, saúde e cláusulas sócias. Os debates continuarão na quarta-feira (8). A pauta da Campanha Nacional 2012 foi entregue aos bancos na última quarta-feira (1º).

A segunda rodada está agendada para os dias 15 e 16, quando serão discutidos os blocos de reivindicações sobre segurança bancária, igualdade de oportunidades e remuneração.

"O sistema financeiro nacional está mais sólido que nunca. Apesar de terem aumentado drasticamente as provisões para devedores duvidosos, destoando da inadimplência real, os três grandes bancos (Bradesco, Itaú e Santander) que divulgaram balanços do primeiro semestre lucraram R$ 16 bilhões, o que demonstra que eles podem atender às nossas reivindicações", destaca o presidente da Contraf-CUT e coordenador do Comando Nacional, Carlos Cordeiro.

Emprego

"O fechamento de postos de trabalho, que estava concentrado no Itaú, começa a se espalhar por todo o sistema e isso é muito preocupante. Nem nos países que passam por uma profunda crise, como a Espanha, estão havendo demissões como no sistema financeiro brasileiro", disse o presidente da Contraf-CUT na entrega da minuta aos banqueiros. Ele também condenou o que chama de "mecanismo perverso da rotatividade" utilizado pelos bancos para dispensar funcionários mais antigos e reduzir a massa salarial da categoria.

"Na economia brasileira como um todo, segundo o Caged, a diferença de valor do salário médio dos trabalhadores contratados e dos desligados é de 7%. No sistema financeiro é de 40%. Isso é inadmissível. Não acontece em nenhum banco na América Latina. Só no Brasil, como a jabuticaba", criticou Cordeiro.

Para ele, é também um fenômeno tipicamente brasileiro a imensa diferença salarial entre os altos executivos e o piso salarial dos bancários. "Aqui essa diferença chega a 210 vezes. Não podemos aceitar essa brutal concentração da riqueza produzida pelos trabalhadores."

Saúde

O coordenador do Comando Nacional também defendeu a necessidade de melhorar as condições de trabalho nos bancos. "Está aumentando o adoecimento da categoria por causa da pressão, das metas abusivas e do assédio moral. É grande o número de bancários que tomam remédio tarja preta. E ainda somos surpreendidos com banco contratando arapongas para vigiar a vida particular de bancários afastados por licença médica. Esperamos que não seja prática do setor, senão a negociação não é séria", assinala Cordeiro.

Principais reivindicações dos bancários

> Reajuste salarial de 10,25%, o que significa 5% de aumento real acima da inflação projetada de 4,97% nos últimos 12 meses.

> PLR de três salários mais R$ 4.961,25 fixos.

> Piso da categoria equivalente ao salário mínimo do Dieese (R$ 2.416,38).

> Plano de Cargos, Carreiras e Salários (PCCS) para todos os bancários.

> Auxílio-educação para graduação e pós-graduação.

> Auxílio-refeição, cesta-alimentação e auxílio creche/babá: R$ 622,00 cada.

> Emprego: aumentar as contratações, acabar com a rotatividade, fim das terceirizações, aprovação da Convenção 158 da OIT (que inibe demissões imotivadas) e universalização dos serviços bancários.

> Cumprimento da jornada de 6 horas para todos.

> Fim das metas abusivas e combate ao assédio moral para preservar a saúde dos bancários.

> Mais segurança nas agências e postos bancários.

> Previdência complementar para todos os bancários.

> Contratação total da remuneração, o que inclui a renda variável.

> Igualdade de oportunidades.

Calendário de Negociações

7 e 8 - Primeira rodada com Fenaban, em São Paulo
10 - Primeira rodada com Caixa, em Brasília
13 e 14 - Primeira rodada com BB, em Brasília
15 e 16 - Segunda rodada com Fenaban, em São Paulo
17 - Segunda rodada com Caixa, em Brasília


Fonte: Contraf-CUT

Bancos empregam pouco, têm alta rotatividade e sobrecarregam bancários


"Vivo uma situação de estrangulamento." É assim que um gerente do Banco do Brasil resume suas condições de trabalho na instituição. Antes responsável pela tesouraria, hoje o bancário, além de continuar com essa função, tem ainda sob sua responsabilidade os setores de manutenção, limpeza e segurança da agência e, frequentemente, tem de ir para o caixa. O resultado de quatro meses dessa "sobrecarga brutal de trabalho" foi o afastamento por estresse elevado e depressão.

Outro gerente, do Itaú, conta que nos 10 anos que está no banco sempre teve de abrir caixas. "Entrei como caixa, mas não deixei de exercer essa função nem mesmo quando fui promovido a supervisor operacional e depois a gerente operacional, cargo que ocupo agora. E isso acontece com 99% dos gerentes operacionais do Itaú."

O bancário resume o quadro com tristeza: "A sensação que dá é que os gerentes do banco perderam a alma. Parece que o espírito deles foi sugado e só restou o corpo." E se o espírito está mal - os trabalhadores, segundo ele, estão adoecendo por estresse -, o corpo não fica atrás. "Doenças como tendinite são comuns entre os colegas", diz.

Para um gerente da Caixa, a situação não é muito diferente. "Bancário exercendo duas, três, quatro funções é muito comum no banco. Sem dúvida nenhuma falta pessoal e os que estão lá, sofrendo sobrecarga e pressão dos superiores, estão adoecendo", afirma.

As histórias desses trabalhadores ilustram a realidade nos bancos, tanto nos públicos quanto nos privados. O setor financeiro, um dos mais lucrativos do país, economiza em mão de obra, apostando na sobrecarga do funcionário, em demissões - quando na verdade seria preciso contratar -, na rotatividade como forma de diminuir os salários da categoria, e na terceirização.

Redução de postos de trabalho

Esse é o quadro do emprego bancário no Brasil. Segundo dados dos próprios balanços dos bancos, houve redução no número de postos de trabalho nas principais instituições financeiras do país.

Em 12 meses (de junho de 2011 a junho de 2012), o Itaú reduziu mais de 9 mil vagas. De março a junho deste ano, a queda foi de 3.777. No mesmo período (março a junho de 2012), o Bradesco cortou 571 postos e o Santander, 135.

Isso mostra que o setor financeiro caminha na contramão da economia brasileira, cuja taxa de desemprego está nos patamares mínimos da história.

De janeiro a junho deste ano, a economia brasileira gerou 1,04 milhão de empregos formais. Para esse total os bancos contribuíram apenas com 0,22%. E isso graças à Caixa Federal, pois se tirarmos a instituição pública dessa conta, o saldo do setor seria negativo em 1.142 postos de trabalho.

"É importante lembrar que somente os três maiores bancos privados (Itaú, Bradesco e Santander) lucraram, juntos, R$ 16 bilhões no primeiro semestre. Nos primeiros três meses do ano o lucro dos cinco maiores chegou a R$ 12 bilhões e, em 2011, essa soma (incluindo o HSBC) alcançou R$ 52 bilhões. Além do mais, o setor bancário é o de maior rentabilidade no país. Portanto, os bancos podem e devem contratar mais", destaca a presidenta do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Juvandia Moreira.

Rotatividade

Além da redução de postos de trabalho, a rotatividade é alta no setor e é usada para conter a expansão da massa salarial da categoria. Segundo pesquisa do Dieese, no primeiro trimestre do ano, o salário médio dos trabalhadores contratados foi 38,2% inferior ao dos desligados. A remuneração média foi de R$ 2.656,92 e a dos desligados de R$ 4.299,27. Ou seja, os contratados recebem 38,2% menos que os desligados. Já na economia brasileira como um todo, a média salarial dos admitidos é 7% inferior a dos demitidos.

Presente à mesa que discutiu o tema emprego, na 14ª Conferência Nacional dos Bancários, em julho, o ministro do Trabalho Brizola Neto criticou a rotatividade nos bancos e prometeu combatê-la. Segundo ele, as maiores taxas de rotatividade da economia brasileira são as do setor financeiro e construção civil. Ele ressaltou, porém, que enquanto o problema na construção civil tem explicações na sazonalidade própria do setor, no sistema financeiro ele não se justifica.

Correspondentes

Com cada vez menos bancários nas agências, os bancos acabam empurrando os clientes, principalmente os de menor renda, para o atendimento precário dos correspondentes bancários.

No início da década de 2000 o número de correspondentes era inexpressivo, mas em 2010 eles chegavam a158 mil e, este ano, já ultrapassaram os 300 mil. "São trabalhadores que não possuem representação formal e têm direitos limitados", destaca o técnico do Dieese, Nelson Karam.

A abertura de correspondentes é mais uma estratégia desse setor tão lucrativo para cortar gastos com o atendimento aos correntistas e com os trabalhadores que, terceirizados, não têm os mesmos salários nem os mesmos direitos dos bancários.


Fonte: Contraf-CUT com Seeb São Paulo

quinta-feira, 2 de agosto de 2012


Comando Nacional entrega à Fenaban pauta de reivindicações da Campanha


Crédito: Jailton Garcia - Contraf-CUT
Jailton Garcia - Contraf-CUTNegociações já começam na próxima terça-feira

O Comando Nacional dos Bancários, coordenado pela Contraf-CUT, entregou nesta quarta-feira 1º de agosto ao presidente da Fenaban, Murilo Portugal, a pauta de reivindicações da Campanha Nacional 2012, em São Paulo. O encontro contou com a participação do novo presidente da CUT Nacional, o bancário Vagner Freitas.

Entre os principais pontos da pauta de reivindicações destacam-se o reajuste salarial de 10,25% (aumento real de 5% mais a reposição da inflação projetada de 4,97% para o período), piso de R$ 2.416,38 (salário mínimo calculado pelo Dieese), participação nos lucros ou resultados (PLR) de três salários mais parcela fixa adicional de R$ 4.961,25, além de vales-refeição, cesta-alimentação e auxílio-creche no valor de R$ 622 cada. As duas primeiras rodadas de negociação já estão marcadas para os dias 7 e 8, 15 e 16.

"Neste momento em que completamos 20 anos da Convenção Coletiva de Trabalho, estamos esperançosos de fazer um bom acordo. O sistema financeiro nacional está mais sólido que nunca. Apesar de terem aumentado drasticamente as provisões para devedores duvidosos, destoando da inadimplência real, os três grandes bancos que divulgaram balanços até agora alcançaram R$ 16 bilhões de lucro somente no primeiro semestre, o que demonstra que eles podem atender às nossas reivindicações", afirmou o presidente da Contraf-CUT e coordenador do Comando Nacional, Carlos Cordeiro, ao entregar a pauta ao presidente da Fenaban.

Cordeiro ressaltou que, além da remuneração (reajuste dos salários, valorização do piso salarial e melhorias na PLR), os bancários têm como preocupações centrais da atual campanha nacional a defesa dos empregos, a preservação da saúde e a melhoria das condições de trabalho, combatendo as metas abusivas, o assédio moral e a falta de segurança nas agências e postos de atendimento.

'Rotatividade para reduzir salário é inadmissível'

"O fechamento de postos de trabalho, que estava concentrado no Itaú, começa a se espalhar por todo o sistema e isso é muito preocupante. Nem nos países que passam por uma profunda crise, como a Espanha, estão havendo demissões assim no sistema financeiro brasileiro", disse o presidente da Contraf-CUT. Ele também condenou o que chama de "mecanismo perverso da rotatividade" utilizado pelos bancos para dispensar funcionários mais antigos e reduzir a massa salarial da categoria.

"Na economia brasileira como um todo, segundo o Caged, a diferença de valor do salário médio dos trabalhadores contratados e dos desligados é de 7%. No sistema financeiro é de 40%. Isso é inadmissível. Não acontece em nenhum banco na América Latina. Só no Brasil", criticou Cordeiro. Para ele, também é um fenômeno tipicamente brasileiro a imensa diferença salarial entre os altos executivos e o piso salarial dos bancários. "Aqui essa diferença chega a 210 vezes. Não podemos aceitar essa brutal concentração da riqueza produzida pelos trabalhadores."

Metas abusivas produzem assédio moral

O coordenador do Comando Nacional também defendeu a necessidade de melhorar as condições de trabalho nos bancos. "Está aumentando o adoecimento da categoria por causa da pressão, das metas abusivas e do assédio moral. É grande o número de bancários que tomam remédio tarja preta. E ainda somos surpreendidos com banco contratando arapongas para vigiar a vida particular de bancários afastados por licença médica. Esperamos que não seja prática do setor, senão a negociação não é séria."

A presidente do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Juvandia Moreira, destacou a importância de as negociações deste ano avançarem em relação ao combate ao assédio moral. "A inclusão da cláusula sobre o tema na Convenção Coletiva foi um avanço. Mas precisamos tomar outras medidas que vão além daquelas medidas, porque o assédio moral continua insuportável", afirmou Juvandia.

O presidente da Contraf-CUT também defendeu a necessidade de se avançar rumo a um acordo que ponha fim à insegurança bancária. "Não podemos conviver com a banalização dessa violência, que provocou 49 mortes em 2011 e outras 27 no primeiro semestre deste ano", disse Cordeiro.

Ele ressaltou ainda a reivindicação que garante o direito a uma aposentadoria digna a todos os bancários. "Os números do Caged mostram que é maior o número de bancários que morrem do que os que se aposentam. E quando se aposentam, os rendimentos caem drasticamente porque não incluem a parte indireta e variável da remuneração da ativa. Essa situação precisa ser resolvida num país que é a sexta maior economia do mundo", afirmou Cordeiro.

20 anos de Convenção Coletiva

O presidente da CUT Nacional ressaltou a importância da Convenção Coletiva dos Bancários, a única categoria de trabalhadores no Brasil que possui um acordo nacional com os mesmos direitos em todo o país. "Uma das principais tarefas que terei à frente da CUT será estender essa experiência vitoriosa dos bancários a outras categorias", disse Vagner, ex-presidente da Contraf-CUT.

"Espero que os bancários sejam vitoriosos nesse processo negocial e conquistem mais aumento real de salário. Isso influenciará outras categorias e aumentará o poder de compra dos trabalhadores, o que significa estabilidade e mais desenvolvimento e ajuda o Brasil. É com essa expectativa que a CUT acompanhará atentamente essas negociações, porque ela interessa a todo o Brasil", concluiu Vagner.

O presidente da Fenaban, Murilo Portugal, declarou que a Convenção Coletiva é uma conquista não só dos bancários, mas também das empresas. Reconheceu que "a situação dos bancos é positiva", citou o estudo do FMI atestando a solidez do sistema financeiro nacional e manifestou a esperança de que "as negociações deste ano sejam rápidas e exitosas para os dois lados".

Principais reivindicações dos bancários

> Reajuste salarial de 10,25%, o que significa 5% de aumento real acima da inflação projetada de 4,97% nos últimos 12 meses.

> PLR de três salários mais R$ 4.961,25 fixos.

> Piso da categoria equivalente ao salário mínimo do Dieese (R$ 2.416,38).

> Plano de Cargos, Carreiras e Salários (PCCS) para todos os bancários.

> Auxílio-educação para graduação e pós-graduação.

> Auxílio-refeição, cesta-alimentação e auxílio creche/babá: R$ 622,00.

> Emprego: aumentar as contratações, acabar com a rotatividade, fim das terceirizações, aprovação da Convenção 158 da OIT (que inibe demissões imotivadas) e universalização dos serviços bancários.

> Cumprimento da jornada de 6 horas para todos.

> Fim das metas abusivas e combate ao assédio moral para preservar a saúde dos bancários.

> Mais segurança nas agências e postos bancários.

> Previdência complementar para todos os bancários.

> Contratação total da remuneração, o que inclui a renda variável.

> Igualdade de oportunidades.


Fonte: Contraf-CUT

quarta-feira, 1 de agosto de 2012


Comando Nacional começa negociações específicas com BB nos dias 13 e 14


Crédito: Jailton Garcia - Contraf-CUT
Jailton Garcia - Contraf-CUTO Comando Nacional dos Bancários, coordenado pela Contraf-CUT, definiu o início das negociações específicas da Campanha Nacional dos Bancários 2012 com o Banco do Brasil. A primeira rodada foi agendada para os dias 13 e 14 de agosto, em Brasília.

Essa rodada acontece entre a primeira e a segunda negociação entre o Comando Nacional e a Fenaban, que ocorrem nos 7 e 8 de agosto e nos dias 15 e 16 de agosto, em São Paulo, para discutir a pauta de reivindicações da categoria.

Os trabalhadores irão discutir com a direção do BB a pauta específica aprovada no 23º Congresso Nacional dos Funcionários do Banco do Brasil, realizado de 15 a 17 de junho, em Guarulhos-SP.

"Estamos com grande expectativa e muita disposição para debater todas as demandas específicas, ponto a ponto, buscando propostas concretas do banco", afirma William Mendes, secretário de formação da Contraf-CUT e coordenador da Comissão de Empresa dos Funcionários do BB, órgão que assessora o Comando Nacional nas negociações com o banco.

"Queremos avanços para valorizar os funcionários do BB, como a jornada de seis horas para todos e o plano de carreira", aponta o dirigente sindical.

Antes da negociação, a Comissão de Empresa se reúne às 9 horas do dia 13, na sede da Contraf-CUT, no espaço do Sindicato dos Bancários de Brasília, para preparar as discussões com o BB.


Fonte: Contraf-CUT

Contraf-CUT define calendário de negociação específica com a Caixa


Crédito: Fenae
FenaeNegociação permanente com a Caixa, em Brasília

A Contraf-CUT, federações e sindicatos definiram com a Caixa Econômica Federal o calendário para as negociações específicas da Campanha Nacional dos Bancários 2012, que serão realizadas concomitantes com a mesa unificada da Federação Nacional dos Bancos (Fenaban). As datas foram confirmadas durante reunião da mesa de negociações permanentes, ocorrida na segunda-feira (30), em Brasília.

Na Caixa, a primeira rodada de negociação específica está marcada para o dia 9 de agosto, em Brasília, quando os representantes dos bancários e da empresa irão debater os itens de saúde do trabalhador e Saúde Caixa.

A segunda rodada, também na capital da República, está agendada para o dia 17 de agosto. Outras datas serão definidas de acordo com o andamento da Campanha Nacional deste ano, tendo em vista que as negociações específicas ocorrem concomitantes com as rodadas gerais de toda a categoria.

O coordenador da Comissão Executiva dos Empregados (CEE/Caixa) e diretor vice-presidente da Fenae, Jair Pedro Ferreira, avalia que a campanha 2012 ocupará as unidades bancárias de todo o país tão logo seja efetivado o ato de entrega da pauta unificada de reivindicações da categoria bancária à Fenaban e da pauta de reivindicações específicas para a Caixa.

Jair acrescenta que os bancários vão precisar de muita mobilização e luta para conseguir manter a trajetória de conquistas que marca a categoria nos últimos anos.

A CEE/Caixa assessora o Comando Nacional dos Bancários nas negociações específicas com a Caixa.

A rodada de negociação permanente de segunda-feira tratou ainda de questões relativas ao atraso na distribuição do vale-transporte, GT Saúde, substituição do empregado que se ausentar do serviço, ranqueamento e condições de trabalho nas Ret/PVs.

Vale-transporte

A Contraf-CUT formalizou denúncia sobre os sucessivos atrasos no crédito do vale-transporte dos empregados lotados em unidades da Caixa em São Paulo e Minas Gerais. Há casos de bancários que estão tendo problemas no recebimento do benefício, com demora de até alguns meses. Essa situação é uma clara afronta à Convenção Coletiva de Trabalho, que prevê o crédito até o quinto dia útil de cada mês. Foi dito que os empregados são os maiores prejudicados com esses atrasos.

A Caixa reconheceu a existência do problema, creditando a responsabilidade para a empresa terceirizada. Os representantes do banco esclareceram que, diante da falta de capacidade dessa empresa em cumprir minimamente o atendimento do benefício, o procedimento a ser adotado é de aplicação de multas e penalidades administrativas, culminando com a rescisão do contrato e impossibilidade de participação em novas licitações.

Até a nova empresa ser contratada, o que deverá ocorrer a partir de setembro, a Caixa assumirá a tarefa de distribuição do vale-transporte, com o crédito a ser feito em cartões ou diretamente na conta do trabalhador.

GT Saúde do Trabalhador

A Contraf-CUT questionou novamente a forma equivocada como a Gesad vem interpretando o funcionamento e as atribuições do GT e do Conselho de Usuários do Saúde Caixa, consubstanciadas no comunicado enviado após a última reunião do Conselho, realizada em 19 de junho.

De acordo com o informativo, importantes alterações no RH 43 que disciplina os procedimentos operacionais do Saúde Caixa teriam sido procedidas de acordo com debates ocorridos naquela reunião, tentando imputar a responsabilidade de ações unilaterais da empresa aos representantes eleitos do Conselho, inclusive ferindo dispositivos garantidos no acordo coletivo em vigor.

É importante frisar que o Conselho de Usuários tem papel fundamental de acompanhamento da gestão e da aplicação dos recursos do plano podendo sugerir mudanças "sem contudo alterar a estrutura e o formato de custeio, estabelecidos por Acordo Coletivo de Trabalho", como prevê o caput do Artigo primeiro do Regimento Interno do Conselho de Usuários, anexo ao ACT.

Portanto, toda e qualquer alteração pode ser proposta pelo Conselho, porém sua efetivação deve-se dar na mesa de negociação, e para isso existe o GT, cujo papel e auxiliar a mesa de negociação nos temas específicos de Saúde do Trabalhador e Saúde Caixa.

Uma das alterações feitas de forma indevida é a inclusão da regra de tempo mínimo para manutenção da condição de titularidade no plano para o aposentado, que passa a ser de no mínimo dez anos, segundo a nova versão do RH 43. Essa alteração não poderia ser implementada, pois o ACT não prevê qualquer restrição para a manutenção do direito ao empregado que se aposente em efetivo exercício na Caixa.

Outra novidade, que também fere o acordado, é o item que diz que no caso de casal em que ambos os cônjuges sejam empregados da Caixa o titular deverá ser o de maior salário.

Esses, entre outros problemas foram abordados na última reunião do GT, nos dias 28 e 29 de junho, em Porto Alegre, e a Caixa ficou de verificar, porém até o momento não houve uma nova edição do normativo, revogando esses dispositivos ilegais, exigência que a Contraf-CUT apresentou na mesa de negociação.

A Contraf-CUT contestou entendimento da Gesad segundo o qual o GT Saúde do Trabalhador não é o fórum adequado para discutir o Saúde Caixa, cabendo essa atribuição ao Conselho de Usuários. Os representantes dos empregados consideram isso um desrespeito sem precedentes, tendo em vista que o GT é um instrumento da mesa de negociação para aprofundar os debates sobre estes temas, previsto no Parágrafo primeiro da Cláusula 39 - Negociação Permanente - do ACT.

A representação nacional dos empregados denunciou ainda a ocorrência de alterações unilaterais em outras situações, reafirmando o entendimento de que norma negociada só pode ser novamente alterada mediante negociação, princípio com o qual a representação da Caixa reafirmou sua concordância.

Tendo em vista as urgentes demandas do tema, ficou acertado que as questões de Saúde do Trabalhador/Saúde Caixa serão abordadas na mesa de negociação do próximo dia 9 de agosto, quando ocorre a primeira rodada de negociação específica da Campanha Nacional dos Bancário deste ano.

Substituição de empregados

A Contraf-CUT questionou o fato de a Caixa não estar permitindo as substituições dos assistentes de negócios nas agências onde existam duas dessas funções, por ocasião de afastamento de um deles, o que tem provocado aumento na já elevada sobrecarga de trabalho.

Os representantes do banco afirmaram não haver alteração normativa nesse sentido e ficaram de verificar o problema, buscando solucioná-lo.

Divulgação de Ranking

Foi também apresentada a denúncia de que em muitas unidades tem havido a divulgação de ranking de empregados por venda de produtos, em descumprimento à CCT.

A Caixa informou que orienta todas as unidade a cumprir a cláusula, afirmando tratar-se de atitudes isoladas por parte de alguns gestores.

Os representantes dos trabalhadores registraram que isso vem ocorrendo na grande maioria das agências e que seria necessário a Caixa expedir uma orientação caracterizando expressamente a ilegalidade dessas iniciativas.

A Caixa solicitou que os casos sejam informados para que ela possa adotar as providências cabíveis.

Retaguarda nas unidades

A respeito das Ret/PVs, os problemas apontados pelas representações dos empregados foram a manutenção das rotinas inadequadas e do excesso de trabalho. Há casos de empregados, como os tesoureiros, que trabalham além de sua jornada, abrindo e fechando agências.

A Caixa reconheceu a carência de pessoal. As contratações, por exemplo, não ocorreram em quantidade suficiente para suprir sequer as 418 vagas com as quais a empresa havia se comprometido. A meta era de completar essas contratações até junho deste ano, prazo que não foi cumprido.

Foi reconhecida também a necessidade de promover a adequação das instalações na retaguarda das unidades, para suprir pendências em relação ao dimensionamento das áreas, com base na verificação dos locais que precisam de realocação de pessoal.

A Contraf-CUT lembrou que a falta de investimento na mudança de processos tem provocado sobrecarga de trabalho e mesmice nas rotinas das unidades. O desafio é fazer essas mudanças ou oferecer condições dignas para os empregados trabalharem.

Contratações

A Contraf-CUT manifestou preocupação em relação ao ritmo das contratações, pois hoje o total de empregados é de 88.900. Contudo, esse número irá diminuir com a demissão dos empregados aderentes ao Programa de Apoio à Aposentadoria (PAA).

A Caixa, no entanto, afirmou que irá cumprir o compromisso de 92 mil empregados até o final do ano, firmado no ACT 2011/2012.


Fonte: Agência Fenae

Fonte: Contraf-CUT