sexta-feira, 24 de agosto de 2012



Mobilizados, funcionários do Banco do Brasil aguardam boa proposta de PLR


As negociações entre o Comando Nacional dos Bancários, coordenado pela Contraf-CUT, e a Fenaban estão em andamento. Os bancários aguardam propostas sobre todas as reivindicações apresentadas tanto na mesa geral da Fenaban quanto nas mesas específicas dos bancos públicos, inclusive sobre a regra geral de PLR.

Assim como ocorre desde a conquista desse direito pelos funcionários do Banco do Brasil na greve histórica de 2003, haverá provavelmente alguma proposta adicional à regra geral de PLR da categoria. A negociação visa ampliar o direito.

É importante esclarecer que nenhuma proposta na mesa da Fenaban reduz a PLR. Pelo contrário, ela pode aumentá-la. Foi assim quando a porcentagem do salário aumentou de 80% para 90% do paradigma ao ano.

Pelos resultados apresentados pelos maiores bancos do sistema financeiro, a proposta precisa ser boa porque, mesmo com abusivas provisões para devedores duvidosos (PDD), eles lucraram mais de R$ 25 bilhões no primeiro semestre deste ano.

E olha que o BB lucrou R$ 5,7 bilhões e provisionou R$ 6,93 bilhões para PDD. A provisão sofreu um acréscimo de 26,58% e a variação da inadimplência do banco foi de 0,1% (comparação com primeiro semestre de 2011), segundo cálculo do Dieese.

Os resultados estão aí e foram produzidos pelos bancários que merecem receber a sua parte.

PLR NO BB: IMPORTANTE CONQUISTA DA UNIDADE DA CATEGORIA

Quando se fala em conquistas oriundas da luta unitária de uma categoria profissional sempre é bom apresentar o histórico da distribuição da Participação nos Lucros e Resultados no Banco do Brasil. O banco só passou a ter PLR a partir da greve de 2003.

Histórico na categoria

A PLR foi conquistada pela categoria bancária no ano de 1995. O acordo foi assinado entre a então Confederação Nacional dos Bancários (CNB/CUT) e a Fenaban e valia para dezenas de bancos do país.

A conquista foi fruto da luta dos bancários e o modelo garantia uma distribuição de uma porcentagem do salário do trabalhador mais um valor fixo distribuído para todos sem vínculo com metas individuais.
Uma das principais características da regra geral da PLR da categoria sempre foi garantir que ninguém seja excluído do direito à participação.

Bancos públicos federais sem PLR até 2002

Antes da campanha unificada nos anos 2000, os bancos públicos federais não assinavam a Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) dos bancários e, com isso, os trabalhadores desses bancos não tinham alguns direitos da categoria como a PLR.

A greve de 2003 no BB e na Caixa foi histórica, pois a reivindicação dos bancários era pelo cumprimento da CCT da categoria e pela isonomia de direitos como reajustes salariais, Vale-Alimentação, Vale-Refeição, Auxílio-Creche/Babá (todos com valores menores que a CCT da época) e PLR assinada com os sindicatos, federações e CNB/CUT.

O BB, antes dessa conquista da campanha unificada, tinha um programa de resultados (PR) entre 1998 e 2002, que discriminava milhares de bancários, pois pagava valores irrisórios para as principais funções nas agências e até 54 vezes mais para os executivos do banco. Pelas regras do Dest - departamento que controla as empresas estatais -, o banco não pode distribuir mais que 6,25% do lucro entre os bancários.

Unidade com a categoria traz PLR ao BB

Com a greve de 2003, o governo federal foi obrigado a implantar a PLR no BB assinada com os sindicatos, federações e CNB/CUT na mesa da Fenaban. A conquista fez o banco passar a distribuir mais que 6,25% do resultado para atender às regras da convenção da categoria, que prevê uma porcentagem do salário mais um valor fixo distribuído a todos.

Os bancários perceberam a conquista já no primeiro pagamento da PLR em 2003, uma vez que, ao invés de receber uns R$ 400 e milhares de bancários não ganharem nada, todos receberam valores muito maiores.
O banco gasta, em geral, entre 10% e 12% na distribuição do lucro justamente para cumprir a regra conquistada na luta, com base no modelo da Fenaban. Os bancários não aceitam que o banco apague essa referência.

Avanços a partir de 2005

A partir de 2005, os funcionários do BB conquistaram na campanha unificada daquele ano um aditivo de 4% linear, além da regra geral da categoria, e as entidades sindicais passaram a negociar um acréscimo de módulo bônus atrelado ao resultado coletivo das dependências (ATB).

É importante deixar claro que os funcionários do BB não abrem mão da referência na regra da categoria na mesa da Fenaban, pois foi da luta da campanha unificada que garantiram o direito. E o modelo da Fenaban mais a distribuição linear de 4% não têm nenhuma vinculação com metas.

O módulo bônus, que foi negociado entre 2005 e 2011, sempre teve como referência o resultado coletivo das unidades e é importante salientar que, em geral, 95% das dependências cumpriam os 400 pontos do ATB.

Antigo Sinergia não impedia adicional de módulo bônus

O programa Sinergia foi criado em outubro de 2005, com a participação dos superintendentes, gerentes regionais, gerentes de mercado, administradores e aprovado pelo Conselho Diretor em dezembro de 2005. Uma das "premissas" era estabelecer objetivos de acordo com o ORC/ATB (Acordo de Trabalho), além de estimular o atingimento de resultados de todas as dependências do banco.

Um dos problemas do programa sempre foi a falta de um acordo efetivo de trabalho que verificasse a realidade de mercado de cada dependência, ou seja, tudo sempre foi imposto sem um acordo real e efetivo.

Foram traçados objetivos no programa, porém alguns deles nunca foram mensurados adequadamente, dentre eles, o de assegurar a adoção das melhores práticas bancárias e o de utilizar racionalmente os recursos disponíveis. Os únicos objetivos que foram perseguidos pela direção do BB foram os de alinhamento estratégico da "força de vendas" e o de melhorar os resultados para o banco. Na verdade, a obsessão do BB era ser o primeiro, manter a liderança e incrementar lucro. Sempre a qualquer custo.

Foram criadas quatro etapas: inicial, bronze, prata e ouro. E o Sinergia era igual ao ATB. A pontuação era dividida em Negócios (400 pontos) e Gestão (50 pontos), além dos bônus e dos indutores com pontuação móvel (no tempo do cumprimento e na quantidade de pontos) ao sabor de interesses pouco claros da diretoria do banco.

O que deveria ser "excepcional" para ajustar, incluir ou excluir indicadores, adequando o programa em função da dinâmica do mercado, possíveis alterações do cenário econômico e/ou outras necessidades detectadas, os diretores da DIRED, DIREV, DIMPE, DIREO e DIRCO, em decisão colegiada, passaram a usar como regra diária.

O aditivo da PLR não foi prejudicado em função do Sinergia porque todos os gestores e funcionários tinham uma noção de por onde caminhar mesmo com as metas impostas e abusivas. Os bônus e os indutores serviam para maquiar o resultado final do programa.

Com a manipulação das metas do ATB ao final de cada semestre, em torno de 95% das dependências recebiam a PLR integral e o restante das dependências poderiam fazer recursos ou recebiam uma proporcionalidade.

Novo Sinergia BB destrói regra de parcela adicional

A Contraf-CUT, fundada em 2006, ocupando o lugar da extinga CNB-CUT, as entidades filiadas e os funcionários do BB foram surpreendidos em 2012 com a mudança na gestão de metas do banco, que eliminou o ATB na rede de agências com a criação do Novo Sinergia BB.

Sob o comando do presidente do BB, Aldemir Bendine, e dos superintendentes nomeados pela diretoria, o programa foi piorado e rebatizado, estabelecendo metas individuais por carteira e enterrando de vez a solidariedade nos locais de trabalho.

As novas "premissas" englobam o foco na gestão das carteiras e nos grupos negociais, cuja importância foi ampliada, considerando atribuição de 70% do peso total para a formação da nota das agências. Além disso, o sistema de avaliação semestral tem intenção de fazer premiações periódicas e individualizadas.

Nada disso foi capaz de melhorar o desempenho porque as metas continuaram abusivas. Conforme sondagem das entidades sindicais, no primeiro semestre de avaliação de 2012 verificou-se que 50% das agências nem saiu da etapa inicial e menos de 20% atingiu a etapa ouro, demonstrando a distorção do modelo, e 90% das superintendências ficaram na etapa prata.

O movimento sindical chegou a alertar o banco em negociação nos primeiros meses do ano de que os funcionários estavam revoltados com o Novo Sinergia BB, que tem como foco metas individuais e ainda dificulta a gestão do resultado da agência pelos administradores.

O programa do banco alterou o parâmetro negociado desde 2005 com as entidades sindicais para a parcela adicional de módulo bônus e os representantes dos bancários tinham informado da dificuldade de qualquer negociação de metas individuais na regra de PLR dos funcionários do BB.

Compete agora ao BB fazer uma proposta que contemple as demandas dos bancários e corrija o problema que ele mesmo criou.


Fonte: Contraf-CUT com sindicatos e federações


Caixa frustra bancários ao não trazer soluções para jornada, Sipon e segurança


Crédito: Valéria Carvalho - Fenae
Valéria Carvalho - FenaeEmpregados devem responder ausência de propostas com mobilização

O Comando Nacional dos Bancários, coordenado pela Contraf-CUT e assessorado pela Comissão Executiva dos Empregados (CEE/Caixa), realizou nesta quinta-feira (23), com a direção da Caixa Econômica Federal, em Brasília, a terceira rodada de negociação da pauta específica da Campanha Nacional 2012. No entanto, apesar das cobranças das entidades, o banco não apresentou qualquer contraproposta para solucionar pendências em relação à jornada, Sistema de Ponto Eletrônico (Sipon) e segurança bancária.

"Desde a primeira rodada de negociações, em 10 de agosto, temos apresentado propostas detalhadas para cada reivindicação da pauta específica e tínhamos a expectativa de que os negociadores da Caixa trouxessem soluções para itens como isonomia, contratação de pessoal, Saúde Caixa, condições de trabalho, carreira, jornada /Sipon, segurança bancária e questões relativas à Funcef, entre as quais a incorporação do REB pelo Novo Plano e a extensão do auxílio e da cesta-alimentação a todos os aposentados e pensionistas", afirmou Jair Pedro Ferreira, coordenador da CEE/Caixa e vice-presidente da Fenae.

Ele lembra que isto não só não aconteceu, como a Caixa limitou-se a afirmar, após o fim da terceira rodada, que irá esperar os resultados da negociação com a Fenaban marcada para a próxima terça-feira, 28 de agosto, Dia do Bancário, em São Paulo, para só depois apresentar uma proposta global aos trabalhadores da empresa.

Diante disso, Jair observou que o resultado da negociação desta quinta-feira foi frustrante, sobretudo por não registrar nenhum avanço.

Jornada de tabalho e Sipon

Reivindicação recorrente, o respeito à jornada de seis horas para todos os empregados, inclusive os de nível gerencial e carreiras profissionais, e sem redução salarial, abriu o bloco de debates sobre jornada de trabalho e Sipon. A demanda foi mais uma vez negada pela Caixa, sob a alegação de que a empresa opera basicamente com duas jornadas: uma de seis horas e outra de oito para cargos comissionados e de carreiras profissionais.

Foi lembrado também à empresa que a questão do Sipon é uma das maneiras de avaliar o respeito à jornada, mas quase sempre isto não vem sendo colocado em prática. Como resultado disso, segundo Jair, os trabalhadores estão sobrecarregados e são frequentemente vítimas de assédio moral, sofrendo com a pressão pelo cumprimento de metas abusivas.

O dirigente sindical ressaltou ainda que "uma das tarefas do Sipon é mostrar a sobrecarga de trabalho a que estão submetidos os empregados com jornadas extensas no dia a dia, o que vem causando cada vez mais adoecimento no ambiente das unidades".

Para resolver essas situações esdrúxulas, o Comando Nacional propôs na mesa de negociação, entre outras medidas, a adoção de "login único" para acesso aos sistemas corporativos, o fim do banco de horas ou a extinção do registro de horas negativas no Sipon (não previsto no acordo coletivo) e o pagamento de todas as horas extras, acrescidas de 100% das horas normais.

Também foi reivindicada a adoção da "areg inteligente", de modo a permitir que o batimento do ponto de saída ocorra apenas a partir do horário de fechamento do último sistema acessado no dia em que o ponto ficar em aberto.

Não houve avanço ainda para o item da proibição de trabalho aos sábados, domingos e feriados, exceto quando se tratar de situações em que a Caixa fica obrigada ao pagamento das horas trabalhadas com acréscimo de 100%, mais tíquete-alimentação e transporte a todos os trabalhadores envolvidos. Foi lembrado que trabalho fora do horário, mesmo por meios eletrônicos, é claramente irregular e contraria recente lei do governo federal.

"Parece até que, tendo como referência situações dessa natureza, a Caixa trata seus empregados como meras peças de um tabuleiro. Isto agride, inclusive, o principio largamente difundido de ser a empresa a melhor para se trabalhar", disse Jair.

Foram citados os exemplos dos feirões da casa própria em finais de semana, cuja realização não está devidamente regulamentada. Sobre esse assunto, a empresa alegou não ter como proibir, argumentando que vem cumprindo o que determina a legislação, até quanto ao pagamento de horas extras. O certo, porém, é que a Caixa resiste a fazer esse debate com a seriedade necessária.

A denúncia de que em Salvador gestores estão sendo convocados a trabalhar neste fim de semana (25 e 26 de agosto), com o propósito de ajudar empresas de construção civil, ficou de apurada pela Caixa para eventuais providências.

Por outro lado, caso a Caixa não se comprometa a acabar com o registro de horas negativas no Sipon, além de outras questões relativas à jornada que prejudicam seus empregados, o Comando afirmou categoricamente que não pretende mais renovar essa cláusula no acordo coletivo deste ano. Outra coisa: a compensação das horas trabalhadas a mais precisa ser feita de forma negociada, pois isto é condição para a renovação da cláusula.

Sobre o "login único", a Caixa informou que o sistema está sendo revisto. A previsão é de que a medida seja implantada a partir do início do ano de 2013. A empresa esclareceu ainda que o bloqueio de acesso motivado por falta de homologação do gestor ou decorrente de hora extra não acordado não se constitui mais em problema, por já ter sido resolvido.

Para a reivindicação de o ponto ser batido independentemente de qualquer restrição, os negociadores da Caixa ficaram de verificar como isto poderá ser feito.

Foi solicitada que seja estendida aos gestores de todo o país a marcação de ponto, a exemplo do que acontece na cidade de São Paulo.

Universidade Caixa

O Comando reivindicou a realização dos cursos da Universidade Caixa dentro da jornada de trabalho, obrigatoriamente, cabendo ainda à empresa disponibilizar locais e equipamentos adequados, sem abrir mão de planejamento, de forma a assegurar a igualdade a todos os trabalhadores.

A Caixa, porém, não dispõe de informações detalhadas sobre o quantitativo de empregados que fizeram os cursos da UCC até agora, ficando de apresentar os números quanto a esse item na próxima rodada de negociação.

Segurança bancária

O banco se recusou a atender a proposta de criação de estruturas de segurança em todos os estados, compatíveis com as demandas locais e de modo a impedir a existência de regiões desprotegidas, como ocorre hoje.

A alegação é que o atual modelo de segurança, formado por nove filiais e por 84 consultores espalhados pelas Superintendências Regionais, é suficiente para as necessidades da empresa. A expansão está descartada, portanto, mas a Caixa pensa em investir em outras modalidades de segurança.

Para combater a onda de clonagem de cartão, recorrente em vários lugares do país, a Caixa afirmou que pretende adotar medidas "inovadoras" para evitar essas fraudes eletrônicas. Disse, inclusive, que já estão instaladas câmaras internas de monitoramento em mais de 2.704 unidades, com o objetivo de verificar os chamados chupas-cabras nas máquinas de autoatendimento.

O Comando, por outro lado, cobrou a imediata instalação de biombos e divisórias nos guichês de caixa e penhor, separando os clientes durante o atendimento, nos moldes da lei municipal existente na cidade de Jundiaí (SP). A medida é vista como necessária para combater os chamados crimes de "saidinha de banco", cada vez mais comum no sistema financeiro.

A retomada da implantação do modelo "Agência Segura" também foi reivindicada. Nesse quesito, a Caixa limitou-se a dizer que esse projeto não está paralisado, mas o Comando lembrou aos representantes da empresa que nada de concreto está sendo viabilizado pelo país.

"A Caixa precisa dispor de uma política que leve em conta a segurança de empregados e clientes, resgatando assim a discussão do projeto de Agência Segura. Os gestores não devem ter autonomia para decidir sobre assunto da maior relevância", cobrou Plínio Pavão, diretor da Contraf/CUT.

Diante dessas cobranças, a Caixa assumiu o compromisso de discutir melhor essa questão com as áreas pertinentes.

A Caixa se negou ainda a atender reivindicações como a que prevê a instalação de portas de segurança com detectores de metais na entrada das unidades, antes das salas de autoatendimento. A empresa também alega dificuldades em proibir o atendimento prévio na parte externa das unidades, argumentando para isso que precisa discutir melhor o assunto internamente.

Outro item que a Caixa considera complicado de atender é o da não-responsabilização civil dos empregados em caso de fraudes ou golpes de terceiros contra o banco. Os representantes dos bancários esclareceram que não se trata de inocentar o empregado por princípio, mas sim de não imputá-lo responsabilidade civil, como vem ocorrendo com frequência.

Também foi negada a isenção de tarifas para TED e DOC nos casos de saques do FGTS, precatórios e alvarás judiciais, sob a alegação de que essa cobrança é da responsabilidade exclusiva do Banco Central. A cobrança de tarifas para as operações de transferências, segundo a empresa, é feita apenas entre bancos distintos e não entre agências de uma mesma instituição.

A Caixa se negou ainda a apresentar ao movimento sindical e às entidades representativas relatórios sobre estatísticas das ocorrências de assaltos, furtos ou outros delitos ocorridos em suas agências e postos de correspondentes bancários. A reivindicação está baseada no fato de que os ataques a bancos cresceram 50,48% no primeiro semestre de 2012, atingindo 1.261 ocorrências em todo o país.

O Comando cobrou que esse debate seja feito na mesa específica de negociações, mas a Caixa alegou não ser possível a apresentação dos relatórios, dado que essas informações são repassadas diretamente à Federação Nacional dos Bancos (Fenaban), a quem cabe definir as medidas necessárias em negociações com os representantes dos bancários.

Avaliação

O Comando Nacional avalia que a ausência de proposta decente para o desfecho das negociações específicas da Campanha Nacional 2012 deve ser respondida com mobilização. Isto é visto como fundamental para que sejam atendidas as expectativas dos trabalhadores, tanto em relação às suas reivindicações específicas como em relação aos itens gerais tratados na mesa da Fenaban.

Segundo Jair, "os empregados estão dispostos a seguir com a luta na campanha deste ano, não só por aumento real e PLR digna, mas também por valorização do piso, isonomia, contratação de mais empregados, saúde e condições de trabalho, Funcef/Prevhab, tíquete dos aposentados, respeito à jornada/Sipon e por medidas efetivas de segurança bancária". O momento, segundo ele, "é de mostrar nossa força".


Fonte: Contraf-CUT com Fenae

quinta-feira, 23 de agosto de 2012



Consumidor desconhece que tem direito a conta corrente sem tarifa


Quem possui conta bancária pode mantê-la sem pagar nenhuma tarifa de manutenção. Basta que opte por uma conta corrente de serviços essenciais.

De acordo com a Resolução nº 3.518/07, do Banco Central, que está em vigor desde 2008, as instituições financeiras são obrigadas a oferecer gratuitamente esse tipo de conta, que pode atender as necessidades de quem não precisa fazer muitas movimentações financeiras ao longo do mês.

Os bancos, porém, não costumam oferecer essa possibilidade no momento da abertura da conta. O mais comum é fazer o consumidor contratar uma conta corrente pela qual pagará alguma tarifa. E se por acaso este manifesta mais tarde o desejo de converter sua conta tarifada pela gratuita, os bancos resistem em fazer a mudança.

Isso foi observado por uma pesquisa realizada pelo Idec nos seis maiores bancos do país: Banco do Brasil, HSBC, Caixa Econômica Federal, Bradesco, Itaú e Santander. Nenhum deles ofereceu espontaneamente aos pesquisadores do Instituto o pacote de serviços essenciais na abertura da conta.

Três meses depois, quando foi solicitada a mudança da conta tarifada para a gratuita, apenas a Caixa e o Itaú não criaram problema. O Santander e o Bradesco fizeram a conversão, mas antes tentaram empurrar outro pacote com tarifas mais baratas.

Já o Banco do Brasil e o HSBC alegaram, respectivamente, questões "técnicas" e "inexistência de conta gratuita" para negar a alteração.

O pacote da conta corrente de serviços essenciais inclui: quatro saques mensais; duas transferências entre contas do mesmo banco; dois extratos do mês anterior; um extrato anual; dez folhas de cheque (se o correntista preencher os requisitos exigidos pelo banco) e consulta ilimitada ao site do banco.

É uma opção para consumidores com perfil de uso básico, mas pode servir também para aquele que realiza poucas operações "por fora" (TED ou DOC, por exemplo), pagando uma tarifa avulsa por elas.


Fonte: JM News - Ponta Grossa/PR

quarta-feira, 22 de agosto de 2012

CAMPANHA SALARIAL - TERCEIRA RODADA DE NEGOCIAÇÕES



Bancários negociam remuneração e Fenaban fará proposta global dia 28



Ao final da terceira rodada de negociações da Campanha 2012, realizada nesta quarta-feira 22 em São Paulo, em que o Comando Nacional defendeu as reivindicações sobre remuneração da pauta geral, os bancos informaram que apresentarão na próxima terça-feira, dia 28, às 10h, uma proposta global para as demandas da categoria. "Será um presente para o Dia dos Bancários", disseram os banqueiros.

"Deixamos claro aos bancos que a categoria tem a expectativa de que, além do aumento real, valorização do piso e melhoria da PLR, a proposta contemple as reivindicações sobre emprego, saúde e condições de trabalho, segurança bancária e igualdade de oportunidades", ressalta Carlos Cordeiro, presidente da Contraf-CUT e coordenador do Comando Nacional.

"Mostramos à Fenaban que, como os lucros dos bancos aumentaram mesmo com os superprovisionamentos para devedores duvidosos, e eles pagam bônus milionários aos altos executivos e salários muito baixos aos bancários comparados com outros países da América Latina, as empresas têm totais condições de atender às reivindicações da categoria", acrescenta Cordeiro.

Essas são as principais reivindicações dos bancários sobre remuneração:

* Reajuste salarial de 10,25% (reposição da inflação mais 5% de aumento real).

* PLR de três salários mais R$ 4.961,25 fixos.

* Piso salarial de R$ 2.416,38 (salário mínimo do Dieese).

* Plano de Cargos, Carreiras e Salários (PCCS) para todos os bancários.

* Auxílio-educação para graduação e pós-graduação.

* Auxílio-refeição, cesta-alimentação, auxílio-creche/babá, 13º auxílio-refeição e 13ª cesta-alimentação: R$ 622,00 (salário mínimo nacional).

O Comando Nacional dos Bancários iniciou reunião de avaliação do processo de negociação. Divulgaremos mais informações ao final da reunião.


Fonte: Contraf-CUT

Federação assina aditivo com Santander


A Federação dos Bancários de São Paulo e Mato Grosso do Sul, representando os Sindicatos Filiados, e o Banco Santander assinaram nesta terça-feira, 21/8, o Aditivo à CCT (Convenção Coletiva de Trabalho) e o acordo do PPRS. Negociado no dia 15 de junho, o aditivo e o acordo do PPRS tem validade de dois anos. Foram assinados ainda os termos de compromisso do Banesprev e Cabesp, que preveem a manutenção das duas entidades além dos prazos fixados no edital de privatização do Banespa,

O novo Aditivo contempla, entre outras cláusulas, igualdade de oportunidades; 2.500 bolsas de estudo e vale-refeição e cesta-alimentação quando o funcionário utilizar a licença não remunerada de 30 dias para fins de acompanhamento de hospitalizado ou doença grave de parentes de primeiro grau e por afinidade. Quanto ao PPRS (Programa de Participação nos Resultados Santander), o valor equivale a R$ 1.600,00 neste ano e R$ 1.600,00 mais o reajuste salarial a ser negociado com a Fenaban



Principais pontos:
- Acordo Aditivo
- Renovação de todas as cláusulas vigentes do acordo aditivo por dois anos.
- Ampliação das bolsas de estudo para graduação de 2.300 para 2.500.
- Inclusão de uma nova cláusula de igualdade de oportunidades.
- Inclusão de parágrafo na cláusula de licença não remunerada de 30 dias (para acompanhamento de hospitalizado ou doença grave de parentes de 1º grau e por afinidade), garantindo a concessão de vale-refeição e cesta-alimentação no período.
- Atualização da cláusula de licença-adoção, conforme a nova legislação vigente, com retirada da limitação do período de afastamento em função da idade da criança a ser adotadas; os pais podem optar entre 120 dias ou 180 dias, independentemente da idade da criança.

PPRS
- Renovação do acordo do Programa de Participação nos Resultados Santander (PPRS) por dois anos.
- Valor R$ 1.600,00 neste ano; em 2013, R$ 1.600,00 mais a aplicação do reajuste a ser definido neste ano, em negociação com a Fenaban.
- Manutenção do não desconto do PPRS e dos programas próprios de remuneração variável no pagamento da Participação nos Lucros e Resultados (PLR).

Compromisso: venda responsável
- Assinatura de uma declaração conjunta entre o Banco Santander (Brasil) e as entidades sindicais pela venda responsável de produtos e serviços financeiros, nos moldes do documento firmado no ano passado no Comitê de Empresa Europeu, em Madri, a partir da campanha mundial da UNI Sindicato Global.
- Cabesp, Banesprev e opção de migração ao PCS.

Fonte: FEEB SP/MS

CAMPANHA SALARIAL 2012/2013



Negociação sobre igualdade emperra; Comando propõe projeto de segurança


Crédito: Jailton Garcia
Jailton GarciaNegociação continua nesta quarta-feira com o tema remuneração

Na abertura da terceira rodada de negociações da Campanha 2012, realizada nesta terça-feira 21 com a Fenaban, em São Paulo, não houve avanços em relação às reivindicações apresentadas pelo Comando Nacional dos Bancários sobre igualdade de oportunidades nas empresas. Na discussão sobre segurança bancária, os representantes dos bancos disseram que consultarão seus superiores sobre proposta do Comando de elaboração de projeto-piloto conjunto para prevenir assaltos e sequestros.

As negociações continuam nesta quarta-feira 22, das 9h às 13h, agora para debater remuneração, o último tema da pauta de reivindicações.

Segurança bancária

O Comando Nacional apresentou as principais preocupações da categoria com relação à segurança bancária, tema que interessa também aos vigilantes, aos clientes e à sociedade. Os representantes dos bancários mostraram os dados da 3ª Pesquisa Nacional de Ataques a Bancos, elaborada pela Confederação Nacional dos Vigilantes (CNTV) e Contraf-CUT, com apoio técnico do Dieese, a partir de notícias da imprensa, estatísticas de Secretarias de Segurança Pública (SSP) e os levantamentos de sindicatos e federações de vigilantes e bancários.

Segundo a pesquisa, os ataques a bancos cresceram 50,48% no primeiro semestre de 2012 e atingiram 1.261 ocorrências em todo país, uma média assustadora de 6,92 por dia. Desses casos, 377 foram assaltos (inclusive com sequestro de bancários e vigilantes), consumados ou não, e 884 arrombamentos de agências, postos de atendimento e caixas eletrônicos. No mesmo período do ano passado, foram registrados 838 casos, sendo 301 assaltos e 537 arrombamentos.

Os representantes dos bancários também lembraram que já houve 27 assassinatos em assaltos envolvendo bancos, na sua maioria em "saidinhas de banco", no primeiro semestre de 2012. Em todo ano passado foram 49 mortes em todo país.

Para combater essa insegurança, o Comando Nacional defende a proibição da guarda das chaves e acionadores de alarmes para evitar sequestros, fim do transporte de numerário por bancários, instalação de equipamentos como a porta giratória e medidas de prevenção contra assaltos, sequestros e extorsões, estabilidade ao empregado vítima desse tipo de violência, além de adicional de risco de morte de 30% do salário para quem trabalha em agências, postos e áreas de tesouraria.

"Nos últimos anos tivemos avanços nas negociações, mas insuficientes diante dos graves problemas de segurança que atingem bancários, vigilantes e clientes. É preciso avançar mais e proteger a vida das pessoas. Os bancos têm que investir mais em segurança", afirmou Ademir Wiederkehr, diretor de imprensa da Contraf-CUT.

No primeiro semestre, os cinco maiores bancos lucraram R$ 24,6 bilhões e aplicaram R$ 1,5 bilhão em despesas de segurança e vigilância, o que representa somente 6% em comparação aos lucros.

"Cobramos também o fim da discriminação contra vigilantes que em diversos estados não podem utilizar o espaço de refeição de agências no horário do meio-dia para almoçar, segundo denúncia da Confederação Nacional dos Vigilantes (CNTV)", destaca Ademir. Reportagem da TV Goiânia divulgada no site da Contraf-CUT mostra vigilantes almoçando no banheiro, ao lado de um vaso sanitário, de uma agência do Banco do Brasil. Os representantes dos bancos nada comentaram.

O Comando propôs a elaboração conjunta de um projeto-piloto, em cidade ou região a ser definida, para experimentar propostas dos bancários para a melhoria da segurança, como portas de segurança, biombos e fim da guarda das chaves por bancários e vigilantes, dentre outras demandas. Os negociadores da Fenaban se comprometeram a levar a proposta para apreciação dos bancos e que disseram que trarão uma resposta até o final da campanha nacional.

"Achamos que essa é uma ideia pioneira e um passo positivo nas negociações", avalia Carlos Cordeiro, presidente da Contraf-CUT e coordenador do Comando Nacional.

Igualdade de oportunidades

O Comando Nacional reivindicou da Fenaban a inclusão na Convenção Coletiva dos Bancários dos planos de ação dos bancos de combate às discriminações, elaborados a partir do Mapa da Diversidade. Defendeu também a realização de um novo censo na categoria para avaliar se as medidas em defesa da igualdade de oportunidades estão produzindo resultados. Os bancos, no entanto, recusaram todas as propostas.

"Mostramos que os planos de ação que os bancos instituíram unilateralmente não estão produzindo efeitos positivos, uma vez que não vemos negros nas agências nem programas de encarreiramento das mulheres com critérios objetivos, que evitem discriminações", aponta Deise Recoaro, secretária de Mulheres da Contraf-CUT e coordenadora da Comissão de Gênero, Raça e Orientação Sexual (CGROS).

O Comando ainda propôs a inclusão dos planos de ação dos bancos na Convenção Coletiva, mas a Fenaban rechaçou a proposta, afirmando que isso "engessaria" as iniciativas das empresas.

"O Mapa da Diversidade fez uma boa radiografia das discriminações nos locais de trabalho, mas precisa ser acompanhado de ações concretas de promoção da igualdade de oportunidades", acrescenta Carlos Cordeiro.

Remuneração

A terceira rodada das negociações da Campanha Nacional 2012 prossegue nesta quarta-feira, das 9h às 13h, com o tema remuneração em todas as suas dimensões para debater as reivindicações da categoria:

> Remuneração fixa direta: reajuste salarial de 10,25%, piso de R$ 2.416,38, Plano de Cargos e Salários, salário do substituto, parcelamento do adiantamento de férias e gratificações.

> Remuneração indireta: auxílio-refeição, cesta-alimentação, 13ª cesta-alimentação, auxílio-creche/babá, 13º auxílio-creche/babá, vale-transporte, auxílio-educação.

> Remuneração variável: PLR de três salários mais R$ 4.961,25 fixos. Os bancários reivindicam também a contratação total da remuneração, incluindo a renda variável.


Fonte: Contraf-CUT

terça-feira, 21 de agosto de 2012

Dia do Vermelho no Banco do Brasil

Mobilização na quarta-feira 22 cobra da direção respeito à mesa específica de negociações
São Paulo – Os funcionários do Banco do Brasil farão um Dia do Vermelho na quarta-feira 22 a fim de cobrar da direção da empresa respeito à mesa específica de negociação da Campanha Nacional 2012. Na ocasião, os trabalhadores usarão alguma vestimenta ou assessório vermelho.

Nas duas primeiras reuniões entre representantes dos funcionários e da direção do Banco do Brasil, nos dias 13 e 14, nada de avanços.

A primeira reivindicação apresentada foi o cumprimento da jornada legal de seis horas sem redução de salário, considerada prioridade pelos bancários. Também foram debatidos temas como combate ao assédio moral, fim da terceirização e igualdade de direitos para funcionários oriundos de bancos incorporados (Cassi e Previ para todos). Mas a direção do BB até agora não apresentou proposta.

São também reivindicações específicas plano de carreira melhor para todos os funcionários, fim do PSO com retorno dos caixas, gerentes e escriturários para as agências, plano odontológico na Cassi, fim da trava de dois anos, fim do voto de Minerva na Previ.

As propostas foram aprovadas no 23º Congresso dos Funcionários do BB.

Geral – Além das questões específicas, os bancários reivindicam aumento real com reajuste salarial de 10,25%, vale refeição e alimentação de R$ 622 cada, PLR mais justa e melhoria das condições de trabalho e segurança.


Redação – 17/8/2012 - http://www.spbancarios.com.br/Noticias.aspx?id=2392

Sindicato protesta contra gestor do HSBC

Cobrança excessiva de metas e falta de educação fazem parte da rotina na agência República
São Paulo – O comportamento do gerente da agência do HSBC da Praça da República motivou protesto organizado pelo Sindicato nesta segunda-feira dia 20. O ambiente, segundo denúncias de bancários, está um verdadeiro inferno.

De acordo com os trabalhadores é comum a cobrança excessiva de metas, com xingamentos de “incompetentes” e afirmações como: “não está satisfeito, pede para sair”.

> Fotos: galeria do protesto

O funcionário do HSBC e dirigente Sindical Nelson Nascimento relata que nem uma saudação de “bom dia” o gestor dá. É só cobrança e falta de educação. “Isso está gerando um clima de insatisfação e propício a adoecimentos. Além dos bancários, clientes também fizeram reclamação desse gerente. Já foi formalizada denúncia junto à direção do banco contra o comportamento dele, mas nenhuma providência foi tomada. Fizemos esse protesto com o objetivo de melhorar o ambiente”, afirma o dirigente sindical.


Fonte: http://www.spbancarios.com.br/Noticias.aspx?id=2407

Temos informações que  tem ocorrido problemas também em nossa base sindical.
Todo e qualquer problema deve ser levado ao nosso conhecimento para tomarmos as medidas junto ao
COE/HSBC.
ESTAMOS DE OLHO!!!!!!!!! D E N U N C I E.

SINDICATO DOS BANCÁRIOS DE VOTUPORANGA

Truculência no serviço médico do Itaú

"Se você não está feliz, vá procurar algo que de fato te faça feliz", diz um dos relatos de adoecidos que chegaram ao Sindicato
São Paulo – O Sindicato tem recebido várias denúncias de funcionários que passam pela medicina ocupacional de diversas unidades do Itaú e se deparam com problemas graves que comprometem ainda mais sua saúde no ambiente de trabalho: o tratamento dado pelo médico.

Para a secretária de Saúde do Sindicato, Marta Soares, a violência organizacional lamentavelmente chegou a um dos departamentos da instituição financeira que deveria passar longe da pressão que faz parte da gestão do banco. “O serviço médico ocupacional deve ser um espaço no qual os trabalhadores procuram apoio. No entanto, estão tendo de enfrentar a mesma truculência de algumas gestões do ambiente de trabalho. É um desrespeito com o funcionário, com o ser humano, que vai adoecer ainda mais”, relata a dirigente.

Um exemplo de queixa recebida pelo Sindicato é de um funcionário que retornou ao trabalho com relatórios de outro médico, que solicitava troca de função ou redução da carga horária para preservar sua saúde, com o objetivo de amenizar o adoecimento ocupacional. “A resposta do médico do Itaú foi a seguinte: ‘não vamos mudar sua função, se você não está feliz, vá procurar algo que de fato te faça feliz’. Não faz sentido o banco não se responsabilizar pelo adoecimento de um trabalhador no local de trabalho”, diz Marta Soares.

> O que você acha deste caso? Opine no Boca no Trombone

Segundo a dirigente, outro bancário foi avaliado pelo mesmo médico. “Na consulta, o especialista que representa o banco pediu que o funcionário levantasse os braços, ficasse de pé, e em seguida anunciou o resultado de sua avaliação: ‘se você consegue andar e levantar os braços, você está em ótimas condições de saúde’. Outro funcionário ouviu do médico do trabalho que ele deveria procurar outro emprego, ter um plano B. Parece piada de muito mau gosto, mas, infelizmente, o bancário adoecido que já enfrenta inúmeros problemas está sendo tratado desse modo em uma instituição financeira que está entre as maiores e mais rentáveis do país”, relata Marta.

> Bancos veem metas que adoecem como desafio

A secretária de Saúde do Sindicato cobra do banco uma postura ética no atendimento médico ocupacional dos funcionários em todos os locais.

Os casos não param por aí. Outro bancário relata que ouviu do mesmo médico: “Você tem um currículo tão bom, porque não procura algo diferente para fazer? Aqui não é lugar para gente fraca, para funcionário que não suporta pressão”.

Outro trabalhador denuncia à secretaria de Saúde do Sindicato os comentários do profissional contratado pelo banco: “Você não é nenhum inválido, você faz alongamento e fisioterapia com aparelho e ainda paga? Então você é burro de gastar dinheiro com isso”. E o médico vai além ao comentar: “Existem pessoas que não tem perna e nem braço e ainda trabalham. Você que tem pernas e braços, não pode trabalhar?”.

Consequências – A secretária de Saúde do Sindicato alerta para os danos psicológicos que os trabalhadores que foram submetidos ao tratamento impróprio do serviço médico do Itaú podem sofrer. “No Brasil, em 2011, foram registrados 12.337 acidentes de trabalho relacionados a transtornos mentais. Na categoria bancária não temos um registro preciso, mas o número é grande, uma vez que as metas abusivas estão presentes nas agências e departamentos. Quando o funcionário adoece e procura ajuda, já está fragilizado. É inadmissível que tenha de passar por mais uma situação traumática. Queremos uma solução de emergência a respeito deste departamento e o tratamento dado aos bancários”, conclui Marta.

Fonte: http://www.spbancarios.com.br/Noticias.aspx?id=2405

PCR terá de ser aprovado em assembleia

Sindicato convocará trabalhadores que deliberarão sobre proposta apresentada pela instituição financeira
São Paulo - O valor mínimo de R$ 1.800 para o PCR (Programa Complementar de Remuneração), 5.500 bolsas de estudos e aprimoramento do sistema alternativo de marcação de ponto. Esses são os pontos da proposta feira pelo Itaú para firmar acordo com os trabalhadores. A proposta tem de passar por assembleia, com data ainda a ser divulgada.

> Negociação garante avanços no PCR do Itaú

Segundo o diretor executivo do Sindicato Daniel Reis, as negociações com o banco resultaram em avanços aos trabalhadores. O PCR, cujo acordo será válido por um ano, passou de R$ 1.600 para o mínimo R$ 1.800. O valor a ser pago depende do indicador de retorno sobre patrimônio liquido (ROE) - veja tabela abaixo.

O programa não terá desconto de programas próprios, como Agir e Prad, e da Participação nos Lucros e Resultados, que vem sendo discutida na Campanha 2012, entre o Comando Nacional dos Bancários e a federação dos bancos.

“O aumento no PCR correspondeu a 12,5% em relação ao que foi pago no ano passado. Conseguimos avanços também nos percentuais a serem levados em consideração na ROE", disse Daniel Reis, acrescentando que o Itaú já foi cobrado para que faça o crédito da PCR de forma imediata.

O Sindicato reivindicou, ainda, que os debates para o PCR de 2013 ocorram logo após a Campanha 2012. “Queremos discutir também o Agir, alvo de muitas reclamações dos bancários”, completa o diretor.

Ampliação - As bolsas de estudos foram ampliadas das atuais 4 mil para 5,5 mil – sendo mil destinadas preferencialmente aos bancários com deficiência. O valor corresponderá a 70% da mensalidade, com teto de R$ 320. Caso a proposta seja aprovada em assembleia, será aberto processo complementar de requerimento e os contemplados terão créditos retroativos a fevereiro.

Ponto eletrônico – Segundo Daniel Reis, o banco fez os ajustes reivindicados pelos trabalhadores para aprimorar o sistema alternativo de ponto eletrônico, entre eles o direito de o bancário ter acesso às marcações do dia e de datas anteriores e que a anotação será feita por todos, inclusive gerentes, e só no local de trabalho. O Sindicato acompanhará a implantação do sistema para garantir que ele seja inviolável.

 

Redação - 21/8/2012 - http://www.spbancarios.com.br/Noticias.aspx?id=2421

Propostas dos bancários estão na mesa, mas BB não apresenta soluções


Crédito: Maurício Morais/Seeb-São Paulo
Maurício Morais/Seeb-São PauloSegunda rodada de negociação da pauta específica com BB não avança

O Comando Nacional dos Bancários, coordenado pela Contraf-CUT e assessorado pela Comissão de Empresa dos Funcionários do Banco do Brasil, realizou nesta segunda-feira (20), em São Paulo, a segunda rodada de negociação da pauta específica do funcionalismo com a direção do BB. O banco não apresentou nenhuma solução para melhorias do Plano de Carreira e Remuneração (PCR) e Planos de Comissões.

"Temos apresentado, desde a primeira rodada de negociações, propostas detalhadas para cada ponto de reivindicação e nossa expectativa era de que o BB trouxesse soluções para melhorias na carreira do trabalhador, incluindo piso maior, jornada de seis horas para todos, soluções para os caixas executivos e CABB, fim dos descomissionamentos e tratamento isonômico para os trabalhadores, independentemente da origem, seja pré ou pós 1998 ou de bancos incorporados. Nossa reivindicação é que todos saiam desta campanha nas mesmas condições", defende William Mendes, secretário de formação da Contraf-CUT e coordenador nacional da Comissão de Empresa do BB.

No entanto, o BB afirmou que irá esperar os resultados da negociação dos bancários com a Fenaban para só depois apresentar uma proposta global aos trabalhadores do banco. "Os resultados desta segunda rodada foram decepcionantes. Não é verdade que o banco não possa fazer propostas para as questões específicas. O BB está com as reivindicações dos bancários desde 1º de agosto e não consegue nenhum avanço. Não é à toa que a Contraf-CUT está chamando os bancários a se mobilizarem em todo o país", afirma William.

"Estamos cobrando que o BB mude a postura que mantém há nove anos de trazer propostas apenas após a greve. Este é o momento de o banco mudar esse espírito para que possamos encontrar soluções na mesa de negociação", salienta o dirigente sindical.

Pontos fundamentais

O conjunto dos problemas da vida funcional dos bancários do BB passa por soluções apresentadas nos artigos 3 e 18 da minuta de reivindicações que tratam do PCR e Planos de Comissões, e que envolvem 100% dos trabalhadores. "Justamente por tratar de assuntos como piso, jornada, melhoria na carreira de mérito e como adquirir as letras M, esses artigos protegem o trabalhador e sua vida laboral", aponta William.

"Em termos de carreira não é possível seguir sem melhorias que passem pelas discussões feitas nestes três dias. Todos os problemas de assédio moral e fraudes generalizadas na empresa passam por falta de critérios e respeito para se manter e crescer na carreira. Queremos restabelecidos critérios de remoção automática sem discriminação e concorrência sem travas, pois hoje apenas cresce na empresa quem é conhecido de gestores e quem se arrisca além dos normativos para cumprimento de metas e os bancários não concordam com isso", destaca o dirigente da Contraf-CUT.

Reivindicações

Entre os pontos apresentados pelo Comando estão as seguintes propostas: seleção interna para comissionamento, fim da perda de funções/descomissionamentos, volta dos caixas executivos para dotações das agências e inclusão na carreira de mérito para os caixas, fim das travas para concorrência e remoção automática, fim da perda de função por licenças e afastamentos, direito à adesão Cassi/Previ para todos, mudança nos comitês de ética para que tenha renovação da cláusula, assinatura da cláusula de Combate ao Assédio Moral da convenção coletiva firmada com a Fenaban e fim do voto de minerva na Previ.

Em relação à remuneração e carreira:

- aumento do piso, interstício de 6% e diminuição do tempo para aquisição das letras de mérito;
- PLR (modelo debatido na Fenaban), sendo que qualquer modelo aditivo à Fenaban não terá vínculo com o programa Sinergia BB;
- pontuação de mérito para caixas e escriturários;
- VR para os caixas executivos e aumento no valor da gratificação de função;
- efetivação dos caixas e que todos pertençam às dotações das agências;
- gratificação de função de 55% para atendentes CABB, unificação dos atendentes A e B e tirar a trava de remoção (pela natureza do trabalho).

Sem redução de direitos

O banco chegou a sugerir a possibilidade de reduzir o número de dirigentes sindicais bancários e prazos para descomissionar. "Não vamos aceitar redução de direitos", afirma William.

Bom pra todos

Os bancários reivindicam o fim dos truques que envolvem o Bom pra Todos. "É necessário que o banco tome medidas sérias para impedir que gestores obriguem os bancários a praticar venda casada entre outras fraudes, constrangendo os trabalhadores e aumentando a pressão por metas", alerta William. "As tarifas devem ser reduzidas, pois para se ter direito a taxas menores do programa gasta-se mais de R$ 400", completa.

Ameaças

A Contraf-CUT condena a atitude de gestores do banco que estão fazendo reuniões nos locais de trabalho para ameaçar funcionários sobre participação na greve. "Cobramos um posicionamento da direção do BB, uma vez que apostamos na mesa de negociação e esse terrorismo nada contribui para a construção de propostas para um bom acordo", destaca William.

Mobilização

A Comissão de Empresa, que assessora o Comando nas negociações com o BB, levará sugestão de Dia Nacional de Luta à reunião de avaliação do Comando Nacional, que deve acontecer nesta quarta-feira (22) após a negociação com a Fenaban.

Para William, todos os trabalhadores devem intensificar os processos de mobilização, principalmente o segmento comissionado, que hoje é mais da metade da categoria, participando das atividades que estão sendo organizadas pelos sindicatos em todo país.


Fonte: Contraf-CUT

segunda-feira, 20 de agosto de 2012

Segurados do INSS recebem primeira parte do 13º a partir do dia 27

 
O Ministério da Previdência começa a liberar nesta segunda-feira (20) a consulta à primeira parcela do 13º salário de aposentados, pensionistas e segurados que recebem benefícios do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social).

O pagamento abrange quase 26 milhões de benefícios em todo o Brasil e representa uma injeção de recursos da ordem de R$ 11,22 bilhões na economia.

Segundo a Previdência, os extratos serão atualizados ao longo da semana.

O valor estará disponível no extrato de benefício do mês de agosto. O documento poderá ser consultado no site previdência.gov.br.

No banco, o valor deve aparecer no extrato de dois a cinco dias antes do depósito.

A verba começará a ser paga no dia 27 para os benefícios de quem recebe até um salário mínimo - R$ 622 -, com final 1, e vai até 10 de setembro.

Já para os segurados que recebem o benefício acima de um salário mínimo, o prazo começa a valer a partir do dia 3 de setembro.

O valor será depositado no mesmo dia do pagamento do benefício e, por isso, deverá aparecer no extrato mensal de pagamento do segurado.

De acordo com a Previdência, o valor aparecerá separado do benefício mensal, destacado como "13º salário" ou "antecipação de Natal".

Na maioria dos casos, os segurados receberão metade do valor do benefício, com exceção de quem passou a ganhar a aposentadoria por incapacidade depois do mês de janeiro.

A primeira parcela não terá descontos de Imposto de Renda. Quem começou a receber depois de janeiro ou recebeu neste ano um auxílio terá o 13º proporcional.

Segundo a Previdência, como o auxílio é temporário, o INSS calcula a antecipação proporcional ao período em que o segurado recebeu o benefício no ano.

Um auxílio que começou a ser pago em janeiro, por exemplo, e que ainda está em vigor, terá o 13º calculado sobre oito meses.


Fonte: Agora - http://www.contrafcut.org.br/noticias.asp?CodNoticia=31646

Banco público conquista cliente com juro menor em portabilidade de crédito

 
Quando Reynaldo Gianecchini e Camila Pitanga foram à televisão em abril como garotos-propaganda dos bancos públicos, os atores conseguiram levantar o ibope de uma ferramenta já velha, mas praticamente desconhecida dos brasileiros: a portabilidade de operações de crédito, criada em 2006.

Dados do Banco Central mostram que o número de operações de troca de dívida cresce desde maio, logo depois que começou a ofensiva da Caixa Econômica Federal e do Banco do Brasil para conquistar clientes dos concorrentes. Camila Pitanga anunciou, em horário nobre, uma "redução drástica de juros" na Caixa, e Gianecchini, "crédito para antecipar seus sonhos" no BB.

Foram promessas que levaram alguns brasileiros endividados às ruas, querendo trocar parcelas mais altas por outras mais baixas no banco concorrente, em um movimento que atingiu proporção recorde no país. De maio a julho, foram fechadas aproximadamente 45 mil operações de portabilidade por mês, somando R$ 520 milhões mensais, sendo que a maior parte é de crédito consignado. Na série histórica do Banco Central, iniciada em dezembro de 2006, esses patamares não tinham sido alcançados por três meses consecutivos antes.

É certo que esse volume ainda não atinge nem 1% dos desembolsos mensais de crédito para pessoas físicas no Brasil, mas dá sinais da evolução que vem ocorrendo. Em nenhum outro mês deste ano havia se chegado a esse nível de transações por mês. Os volumes mais altos tinham sido de 32,7 mil operações em março e, em valor, de R$ 383 milhões em janeiro.

Diversos estudos internacionais apontam que a portabilidade é uma ferramenta importante para estimular a concorrência entre bancos. Por aqui, o BC sabe que isso só está começando, mas que as campanhas do BB e da Caixa trouxeram um importante estímulo. Depois que os bancos públicos foram à televisão, outras instituições privadas também resolveram mostrar suas ofertas.

Não há números públicos que mostrem quem ganhou e quem perdeu empréstimos dos concorrentes. Mas os balanços dos bancos de abril a junho apontam que as instituições públicas - muitas vezes sacrificando suas margens em prol da decisão do governo de aquecer a economia - tiveram um avanço maior da carteira de crédito. Caixa (+5,1%) e Banco do Brasil (+3,1%) também conquistaram, proporcionalmente, mais correntistas do que Bradesco (+ 0,8%) e Santander (+2,1%). O Itaú Unibanco não divulga esse dado.

Para o BC, os números da portabilidade de crédito acabam escondendo um movimento maior que pode ter ocorrido desde que os bancos públicos anunciaram redução de taxas. O argumento da autoridade é que muitos devedores podem ter usado de seu poder de barganha para conseguir descontos nas próprias instituições onde tomaram o empréstimo.

O Banco do Brasil sentiu esse efeito. Muitos clientes, ao verem as propagandas do banco com taxas mais baixas do que aquelas que estavam pagando, buscaram renegociar suas dívidas dentro do próprio BB. O volume de renegociações alcançou R$ 16 bilhões, 60% maior do que um ano antes. Em teleconferência com analistas, Ivan Monteiro, vice-presidente de relações com investidores, explicou que a maior parte dessa expansão se deve a clientes do banco que trocaram um crédito com taxa mais alta por juros mais baixos.

Quando se trata da troca de um banco para outro, o avanço da portabilidade esbarra em problemas técnicos. No caso de financiamento de automóveis, por exemplo, um dos problemas é a liberação da garantia do carro de um banco para outro. Enquanto a transferência da dívida é feita em um dia, a mudança na garantia é mais lenta.

"Para conseguir fechar esse tipo de portabilidade, temos de dar um voto de confiança de que a garantia vai para o banco. É um processo que leva até dez dias", diz Alexandre Abreu, vice-presidente de negócios de varejo do Banco do Brasil. O banco começou a adotar esse procedimento no fim de maio. No fim de julho, tinha fechado 5.100 operações, com R$ 150 milhões.

No crédito imobiliário, a transferência ainda esbarrava nos custos cartorários até meados deste mês. Uma lei, porém, reduziu esses gastos.

Fonte: Carolina Mandl - Valor Econômico - http://www.contrafcut.org.br/noticias.asp?CodNoticia=31647

Sindicatos se preparam para brigar por ganho real de até 10% nos salários


Grandes categorias profissionais se preparam para brigar por aumentos reais de até 10% nos salários, além da reposição da inflação, nos próximos meses. Na linha de frente estão sindicatos de categorias mais organizadas no Brasil, como metalúrgicos, bancários, petroleiros e comerciários, que, juntos, representam mais de 3 milhões de trabalhadores com data-base para renovação de convenção coletiva em setembro.

As conquistas dessas categorias costumam balizar as negociações de acordos coletivos das categorias menos organizadas. A expectativa dos sindicalistas é de fechar bons acordos, apostando num segundo semestre melhor que o primeiro.

"Entramos na campanha salarial num momento em que a indústria volta a se revigorar", diz Valmir Marques, o Biro-Biro, presidente da Federação Estadual dos Metalúrgicos da Central Única dos Trabalhadores (FEM-CUT).

Biro-Biro, que negocia em nome de 250 mil metalúrgicos em todo o Estado de São Paulo, vai batalhar por aumentos reais maiores que os 2,42% do ano passado.

Os 36 mil metalúrgicos de montadoras do ABC paulista garantiram ganho real de 2,51% para este ano, previsto no acordo fechado em 2011.

Do outro lado da mesa de negociações, as bancadas patronais tratam de jogar água fria no ânimo dos trabalhadores. A Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) alega que, em 12 meses, os gastos com salários subiram 3,4% acima da inflação, enquanto a produtividade do trabalho caiu 0,8%.

O Sindipeças, que representa a indústria de autopeças, apresentou dados aos sindicalistas mostrando que o aumento das importações se refletiu na queda das vendas do setor. Até maio, segundo a entidade, as empresas faturaram R$ 89 bilhões, ante R$ 91,5 bilhões no mesmo período de 2012.

"Choradeira"

"A gente já senta à mesa sabendo que vem choradeira, mas temos nossas argumentações que comprovam justamente o contrário", diz Herbert Claros, vice-presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos (SP), filiado à CSP-Conlutas. Para exemplificar, ele cita que uma fabricante de autopeças de grande porte da região, que em 2011 produzia em média 105 mil válvulas por dia, este ano já produz 14 5 mil peças por dia, com 53 funcionários a menos.

A campanha salarial da CSP-Conlutas é unificada entre os metalúrgicos de São José dos Campos, Campinas, Santos e Limeira, do interior e do litoral do Estado. Conhecidos como a bancada caipira, juntos, esses sindicatos representam cerca de 150 mil trabalhadores. Eles reivindicam aumento real de 7,48%, além da inflação.

Na base do sindicato de São José dos Campos, a General Motors (GM) é a única montadora, com 7,5 mil trabalhadores. A fábrica local acaba de fechar as linhas de produção do Corsa, Meriva e Zafira, e mesmo assim não diminuiu o apetite dos trabalhadores por aumento real de salário. "O problema da GM é de restruturação produtiva e não de ordem salarial ou de crise financeira", pondera Claros.

Petroleiros

A Federação Única dos Petroleiros (FUP), que representa 80 mil trabalhadores da Petrobrás, reivindica ganho real de 10% nos salários, além da inflação. "Esse índice é compatível com a conjuntura de crescimento do setor energético", afirma João Antônio de Moraes, presidente da FUP.

Nesse cenário, segundo ele, houve elevação dos salários no mercado e "muitos profissionais" estão saindo da Petrobrás para trabalhar em outras empresas. "Se a Petrobrás não se aperceber disso, ela pode ter problemas sérios no curto e médio prazos, porque a disputa por mão de obra tende a se agravar", afirma o sindicalista. Para ele, o prejuízo de R$ 1,3 bilhões da companhia no segundo trimestre "não é estrutural e seguramente não pode se manter".

Bancários

A Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) reivindica reajuste salarial de 10,25%, sendo 5% de ganhos reais, para os 530 mil bancários no País.

Eles querem participação nos lucros ou resultados (PLR) de três salários mais parcela fixa adicional de R$ 4.961,25, além de vale-refeição, cesta-alimentação e auxílio-creche no valor de R$ 622 cada.

"Apesar de terem aumentado drasticamente as provisões para devedores duvidosos, destoando da inadimplência real, os bancos apresentaram lucros bilionários no semestre, o que demonstra que eles podem atender às nossas reivindicações", argumenta Carlos Cordeiro, presidente da entidade.

Fonte: Marcelo Rehder - O Estado de S.Paulo

DIA DO BANCÁRIO - ALMOÇO

Almoço comemorativo ao DIA DO BANCÁRIO em 25/08/2012
LOCAL: Assary Clube de Campo - Votuporanga – SP


Solicitamos a gentileza de enviarem relação dos bancários e dependentes (conforme registro no Sindicato) que participarão do almoço acima. Exemplo:
Nome do(a) Funcionário(a) filiado:
Nome dos(as) dependentes: (ver abaixo) OBSERVAÇÃO
Sócios do Sindicato e dependentes
quites c/a mensalidade GRATUÍTO
Estagiários e terceirizados dentro do banco - R$ 25,00 por pessoa.
Dependente do sócio(a) casado(a): esposa(o) e filhos
Dependente do sócio(a) solteiro(a): pai/mãe e/ou namorado(a)
(identificação na recepção)
Os convites entregues são instransferíveis, não podendo ser cedidos à não sócios ou outros convidados.
NÃO SERVIREMOS REFEIÇÃO PARA VIAGEM OU MARMITA.

Após cobrança da Contraf, Itaú vai pagar toda PCR com antecipação da PLR


Crédito: Seeb São Paulo
Seeb São PauloNegociação garantiu valor de R$ 1.800 que agora será pago em uma única vez

O Itaú anunciou nesta sexta-feira (17) que pagará o valor integral de no mínimo R$ 1.800 da Participação Complementar nos Resultados (PCR) junto com a antecipação da Participação dos Lucros e Resultados (PLR).

A medida atende reivindicação da Contraf-CUT e ocorre um dia após a negociação com a direção do Itaú, onde o banco havia proposto efetuar o crédito em duas parcelas: a primeira de R$ 1.000 com a antecipação da PLR e a outra de R$ 800 com a segunda parte da PLR.

"Trata-se de mais um avanço, somado ao reajuste da PCR para R$ 1.800, que representa um crescimento de 12,5% em relação ao que foi pago no ano passado, que foi de R$ 1.600", afirma Wanderley Crivellari, um dos coordenadores da Comissão de Organização dos Empregados (COE) do Itaú Unibanco, que assessora a Contraf-CUT nas negociações com o banco.

A PCR é uma conquista de longa data dos funcionários do Itaú e traz importantes princípios defendidos pelo movimento sindical. "Ela é linear, na medida em que todos recebem o mesmo valor indistintamente; e não é compensável com nenhum programa próprio de renda variável, como o Agir. Ou seja, todo mundo vai receber, e não é baseada em metas individuais", destaca Wanderley.

Na negociação, o banco assumiu também o compromisso com o movimento sindical de abrir negociações sobre a PCR do próximo ano e de debater os programas próprios imediatamente após a Campanha Nacional 2012.


Fonte: Contraf-CUT

Comando Nacional retoma negociações com Fenaban na terça e quarta


O Comando Nacional dos Bancários, coordenado pela Contraf-CUT, retoma na terça-feira 21 as negociações da Campanha 2012 com a Fenaban, em São Paulo, agora para discutir as reivindicações sobre segurança bancária, igualdade de oportunidades e remuneração. Essa terceira rodada de negociações continuará na manhã de quarta-feira 22.

"O sistema financeiro nacional está mais sólido que nunca. Somente os cinco maiores bancos do país lucraram no primeiro semestre do ano mais de R$ 24,5 bilhões. Não há nenhuma razão para que não atendam às reivindicações econômicas e sociais dos bancários, principais responsáveis pelos bons resultados", afirma Carlos Cordeiro, presidente da Contraf-CUT e coordenador do Comando Nacional.

As demandas sobre segurança, igualdade e remuneração deveriam ter sido discutidos na quarta e quinta-feira desta semana, dias 15 e 16, mas foram adiadas por causa do falecimento do ex-dirigente sindical Manoel Castaño Blanco, marido da assessora jurídica da Contraf-CUT, dra. Deborah Regina Rocco Castaño Blanco, que participa da mesa de negociação.

Antes da interrupção, o Comando Nacional e a Fenaban haviam discutido na manhã do dia 15 propostas dos bancários sobre saúde e condições de trabalho. Na reunião, os bancos assumiram o compromisso de manter os salários dos bancários afastados que aguardam perícia médica até que seja regularizada a situação junto ao INSS.

Esse avanço contrastou com os resultados das duas rodadas anteriores, nas quais a Fenaban recusou as reivindicações apresentadas pelos bancários, como mais contratações, fim da rotatividade, aplicação da convenção 158 da OIT que proíbe demissões imotivadas e fim das metas abusivas, entre outras.

Veja como foram até agora as rodadas de negociação com a Fenaban:

Avança negociação sobre saúde entre Comando Nacional e Fenaban

Banqueiros dizem que bancários não estão preocupados com emprego

Banqueiros se negam a discutir metas abusivas que adoecem bancários

O que será negociado na terceira rodada

As negociações começam na terça-feira pelo tema segurança bancária, em que se destacam reivindicações como a proibição da guarda das chaves e acionadores de alarmes para evitar sequestros, fim do transporte de numerário por bancários, instalação de equipamentos e medidas de prevenção contra assaltos, sequestros e extorsões, emissão obrigatória de BO com cópia aos sindicatos e à Contraf-CUT, estabilidade ao empregado vítima desse tipo de violência, além de adicional de risco de morte de 30% do salário para quem trabalha em agências, postos e áreas de tesouraria.

Os bancários também buscam avanços na promoção da igualdade de oportunidades e de tratamento, por meio da democratização do acesso, garantindo que mulheres, negros, indígenas, homoafetivos e pessoas com deficiência tenham igualdade de condições de contratação, ascensão profissional e remuneração. Outra medida é a eliminação de quaisquer práticas discriminatórias nas relações.

As negociações sobre remuneração envolverão:

> Remuneração fixa direta, como o reajuste salarial de 10,25%, valorização do piso, Plano de Cargos e Salários, adiantamento do 13º, salário do substituto, parcelamento do adiantamento de férias e gratificações.

> Remuneração indireta, como auxílio-refeição, cesta-alimentação, 13ª cesta-alimentação, auxílio-creche/babá, 13º auxílio-creche/babá, vale-transporte.

> Remuneração variável, como a PLR. Os bancários reivindicam também a contratação total da remuneração, incluindo a renda variável.


Fonte: Contraf-CUT

sexta-feira, 17 de agosto de 2012

Projeto de Lei quer isenção de IR sobre o 13º salário

Conforme o senador, a legislação não permite que o 13º receba os mesmos abatimentos e deduções dos outros rendimentos, o que torna a alíquota efetiva mais alta que a do resto do salário. Para Lobão Filho, a isenção não afetará o governo, já que a parcela dispensada voltará aos cofres públicos na forma de tributos. Segundo ele, o efeito econômico gerado pela alta de vendas graças ao dinheiro do 13º se propaga para toda a cadeia produtiva.

Fonte:Terra

Contraf-CUT negocia com Itaú e arranca proposta de PCR e bolsa educação


Crédito: Seeb São Paulo
Seeb São PauloProposta é resultado de intenso processo de negociações em 2012

A Contraf-CUT, federações e sindicatos retomaram as negociações com o Itaú na tarde desta quinta-feira (16), em São Paulo, e após intenso processo de discussões, iniciado no começo deste ano, o banco apresentou proposta para a Participação Complementar nos Resultados (PCR). Os valores pagos dependerão do indicador de retorno sobre patrimônio liquido (ROE).

"Pela proposta do banco, o valor mínimo a ser recebido pelo funcionário será de R$ 1.800, um crescimento de 12,5% em relação ao que foi pago no ano passado, que foi de R$ 1.600", afirma Wanderley Crivellari, um dos coordenadores da Comissão de Organização dos Empregados (COE) do Itaú Unibanco, que assessora a Contraf-CUT nas negociações com o banco.

"A PCR é uma conquista de longa data dos funcionários do Itaú e traz as seguintes características defendidas pelo movimento sindical: é linear, todos recebem o mesmo valor indistintamente, não é compensável com nenhum programa próprio, ou seja, todo mundo vai receber, e não é baseada em metas individuais", explica Wanderley.

Antecipação da PCR

A primeira parcela da PCR, no valor de R$ 1.000, será paga conjuntamente com a antecipação da PLR da categoria, que será negociada na mesa de negociação da Campanha 2012 entre o Comando Nacional dos Bancários e a Fenaban. O valor restante de R$ 800 será creditado junto com a segunda parcela da PLR.

Compromisso

O banco assumiu também compromisso com o movimento sindical de abrir negociações sobre a PCR do próximo ano e de debater os programas próprios imediatamente após a Campanha 2012.

Bolsa educação

A Contraf-CUT também conquistou mais 1.500 bolsas educação, sendo que 1.000 serão destinadas preferencialmente a bancários com deficiência.

Com isso, o movimento sindical obteve um total de 5.500 bolsas educação: 4 mil para bancários, 1.000 para bancários com deficiência e outras 500 para trabalhadores não bancários da holding.

A bolsa educação será retroativa a fevereiro deste ano e totalizará 11 parcelas, cobrindo 70% da mensalidade com teto de R$ 320. Não há restrição de cursos. Assim qualquer primeira graduação é possível.

Outra antiga reivindicação do movimento é a desvinculação do auxílio educação da PCR. "Isso também foi garantido nesta negociação", destaca Wanderley.

A abertura do processo de inscrição para o auxílio educação será divulgada em breve pelo banco.

Ponto eletrônico

O banco também apresentou proposta de acordo coletivo que regulamenta o Sistema Alternativo Eletrônico de Jornada de Trabalho. As negociações sobre este tema também aconteceram durante o primeiro semestre deste ano e as alterações solicitadas pela Contraf-CUT foram feitas pelo Itaú.

"Dentre as alterações, destacamos a possibilidade da marcação do ponto eletrônico apenas nas dependências internas do banco", destaca Wanderley.
O comprovante de registro de ponto também foi alterado pelo banco, conforme solicitação da Contraf-CUT.

"Os sindicatos vão poder fiscalizar cada vez mais a jornada de trabalho no Itaú, visto que a falta de funcionários tem gerado sobrecarga de trabalho e extrapolação do horário", aponta Jair Alves, um dos coordenadores da COE do Itaú Unibanco.

Orientação aos sindicatos

Nos próximos dias, a Contraf-CUT deverá encaminhar aos sindicatos uma circular jurídica orientando a realização de assembleias dos funcionários do Itaú para avaliar e deliberar sobre as propostas de PCR e bolsa educação e sistema de ponto eletrônico.

Todas as propostas de acordo coletivo têm validade de um ano.


Fonte: Contraf-CUT

BB descumpre compromisso e atrasa o acerto de interstício no VCPI


    A Campanha Nacional 2012 começou mal em relação ao respeito aos direitos dos bancários por parte do Banco do Brasil. Após a incorporação da Nossa Caixa, os bancários oriundos do ex-banco paulista fizeram adesão ao plano de carreira administrativa do BB desde 1º de dezembro de 2009.

Com a adesão, os bancários passaram a ter seus salários e remuneração regrados pelo plano de carreira da empresa: o PCR com uma tabela de antiguidade de 12 níveis e uma tabela de mérito com 25 níveis.

Assim como qualquer bancário que tomou posse no BB muda de nível na tabela de antiguidades e passa ao nível seguinte (dois anos no primeiro nível e três anos nos seguintes), aumentando em 3% seu salário base, a remuneração básica trazida por cada bancário da ex-Nossa Caixa tem direito ao mesmo interstício nas mudanças de nível.

Todos os bancários aderentes ao PCR do banco desde dezembro de 2009 mudaram de nível a partir de 2 de março deste ano e passaram a ter direito a 3% sobre seus salários anteriores reunidos na Verba de Caráter Pessoal Incorporados (VCPI).

Banco já deve cinco meses de acerto

Todos os bancários que tiverem acertos maiores que seus pisos de função, ou que não detenham função comissionada, têm direito a receber a diferença desde o dia que completaram a mudança de nível no Plano de Carreira administrativa do banco.

O BB ficou de pagar os acertos desde abril e pediu paciência aos trabalhadores e às entidades sindicais para mudar o sistema de folha de pagamento. A última promessa de pagamento dos valores devidos seria para 20 de agosto, com assinatura do aditivo nesta semana que se encerra na sexta-feira 10. "Novamente o BB descumpriu seus deveres para com os direitos dos bancários", critica William Mendes, diretor da Contraf-CUT e coordenador da Comissão de Empresa dos Funcionários do BB.

BB é reincidente em desrespeitar compromissos

"A empresa está há três anos desrespeitando os bancários dos bancos incorporados e as entidades sindicais, pois não cumpre com aquilo que fala, pactua e contrata", acrescenta William.

Para o dirigente sindical, o principal problema de discriminação a todos os bancários oriundos de bancos incorporados é o bloqueio ao direito legítimo de adesão à Cassi e à Previ a todos eles, preservando os direitos que cada um tenha.

Mobilização

"Só a mobilização forte e unitária fará o banco respeitar a mesa de negociação, os direitos contratados e os bancários da empresa independente de origem e tempo de banco", conclui William.

Fonte: Contraf-CUT

Lucro da Caixa Econômica Federal sobe 25% no primeiro semestre


                                                              

A Caixa Econômica Federal registrou um lucro líquido de R$ 2,8 bilhões no primeiro semestre de 2012, uma alta de 25,2% em relação ao mesmo período do ano passado, informou o banco nesta quinta-feira (9).

No segundo trimestre do ano, o banco teve lucro de R$ 1,7 bilhão. "Nossa estratégia está dando certo e vamos continuar nela", disse o presidente da Caixa, Jorge Hereda, em coletiva de imprensa.

Crédito

No final de junho, a carteira de crédito do banco estatal era de R$ 298 bilhões, um avanço anual de 44,6% em 12 meses. A Caixa ainda elevou a previsão de crescimento de sua carteira de financiamentos de 2012, de 33% para 42%.

As despesas com provisões para perdas com inadimplência foram de US$ 1,954 bilhão no segundo trimestre.

Ainda durante a coletiva, Hereda afirmou que a Caixa Econômica Federal prevê ter participação de 15% no mercado de crédito ao fim de 2012. O presidente da empresa disse também que a Caixa deverá ser um dos três maiores bancos do Brasil nos próximos anos.

(Com informações da Reuters)

Onda de greves se alastra e desafia governo Dilma


                                                       

A greve dos servidores federais ganhou ontem a adesão de policiais rodoviários e ameaça se tornar a paralisação mais ampla do funcionalismo desde o começo do governo Lula (2003-2010), desafiando a gestão da presidente Dilma Rousseff.

Greve da PF vai ao 3º dia com operação-padrão em aeroportos

Operação da PRF causa lentidão em rodovias de sete Estados

Os números oficiais e do movimento não batem. Nas contas sindicais, ao menos 27 órgãos federais foram diretamente afetados, entre greves, suspensão temporária de trabalho ou operações-padrão.

As paralisações já prejudicam o cotidiano da população. Ontem, pelo menos oito estradas ficaram congestionadas por causa de uma fiscalização intensa de veículos. Aeroportos e até a área da saúde, com a retenção de remédios importados em depósitos, estão sendo afetados. Universidades federais estão paradas há quase três meses.

Ontem, em Brasília, grevistas tentaram subir a rampa do Palácio do Planalto, mas foram contidos por policiais.

Até agora, o governo negocia apenas com funcionários de universidades federais.

                                                                             

Policiais Rodoviários Federais realizam operação-padrão na rodovia Dutra, em Guarulhos (Grande São Paulo)

VAIAS

O ministro responsável por negociar com movimentos sociais, Gilberto Carvalho (Secretária-Geral), foi vaiado e chamado de traidor em um congresso por manifestantes da CUT, tradicional braço sindical do petismo.

"Traidor, traidor", ouviu. "A greve continua. Dilma a culpa é sua!". Carvalho discutiu aos gritos com a plateia.

Ao fim, o presidente da CUT, Vagner Freitas, comentou: "Se eu fosse presidente, destituía o ministro."

"Houve greves grandes, mas eram concentradas em um setor. Essa tende a se ampliar", disse Artur Henrique, dirigente da CUT.

A decisão do governo de punir grevistas com descontos e não conceder reajustes acirrou os ânimos. Outra medida que desagradou servidores foi um decreto, de julho, facilitando a troca de grevistas por funcionários estaduais e municipais.

Para os sindicatos, há mais de 300 mil funcionários parados entre os 573 mil servidores. O Ministério do Planejamento diz que isso é irreal. "Se fosse tal como é dito, teríamos o serviço totalmente comprometido, e não está. Há pouquinha gente parada e muita fazendo barulho", disse o secretário de Relações do Trabalho, Sérgio Mendonça.

Ele refuta o status de pior greve dos últimos anos e lembra paralisações nos governos Lula e FHC, mas o governo diz não saber quantos servidores estão parados. O país "enfrentou momentos difíceis" com greves antes, disse.

Também repercutiu mal entre sindicalistas e setores do governo a afirmação do secretário do Tesouro, Arno Agustin, dizendo que a greve acabaria no dia 31, com o envio do Orçamento de 2013 para o Congresso, o que encerraria a possibilidade de negociação salarial.

"Nós entendemos que a crise [internacional] é grave. Mas, diante da crise, tem que flexibilizar o superávit primário [economia para pagar juros da dívida] e recuperar carreiras", disse Artur Henrique.