sexta-feira, 23 de agosto de 2013



HSBC reduz lucro em 24,5% e atinge R$ 454,7 milhões no 1º semestre


O HSBC publicou o balanço do primeiro semestre de 2013 com lucro líquido de R$ 454,7 milhões, o que representa uma redução de 24,5% em relação ao mesmo período do ano passado. Esses números, embora muito ruins, são melhores que os projetados no último dia 5 , quando da divulgação do lucro global pelo CEO do banco inglês, Stuart Gulliver.

No comunicado à imprensa mundial, o banco havia anunciado um aumento do lucro global de 22%, totalizando U$ 10,284 bilhões, mas uma queda de 70% no Brasil comparativamente ao mesmo período de 2012, somando U$153 milhões, sustentado basicamente pelo banco de atacado e de investimentos, com lucro de U$ 290 milhões. Já o segmento de varejo registrava um prejuízo de U$ 117 milhões, conforme publicou o Jornal Valor Econômico.

A exemplo dos demais grandes bancos privados, o HSBC cortou 209 empregos no primeiro semestre e reduziu o seu quadro de funcionários em 724 postos de trabalho se comparado a junho de 2012. Assim, o número total de empregados do banco no Brasil caiu para 22.328 trabalhadores. O total de agências no país sofreu uma leve alteração, com o acréscimo de uma unidade entre os meses de junho de 2012 e 2013, totalizando hoje 867.

A Contraf-CUT já encaminhou ofício à direção do banco, solicitando o agendamento de uma reunião o mais breve possível para maiores esclarecimentos sobre os resultados apresentados no balanço e as possíveis repercussões sobre o nível de emprego e os pagamentos da PLR da convenção coletiva dos bancários e dos programas próprios (PPR).

"Ficamos muito preocupados com os números divulgados e estamos em estado de alerta. O HSBC usa como desculpa para o mau desempenho supostas dificuldades da economia brasileira, o que não se sustenta, pois os demais bancos comemoram recordes de lucratividade. Na verdade, a falta de funcionários nas agências e péssimas condições de trabalho, aliada à cobrança de metas abusivas, é que tem, a nosso ver, impedido melhor performance do banco inglês no Brasil. O HSBC, ao invés de ouvir o movimento sindical, que sempre reivindicou mais contratações, continua a eliminar postos de trabalho", critica Miguel Pereira, secretário de Organização do Ramo Financeiro da Contraf-CUT.

Números do balanço

As operações de crédito cresceram 3,97% entre junho de 2012 e junho de 2013, atingindo um montante de R$ 59,9 bilhões.

Clique aqui para ver a análise do Dieese.

As operações com pessoas físicas caíram 10,5%, em relação a junho de 2012, chegando a R$ 19,6 bilhões. As operações com pessoas jurídicas, por sua vez, alcançaram R$ 39,2 bilhões, com elevação de 12,4% comparado ao mesmo período do ano passado.

Do total, a carteira de pessoas jurídicas representou a maior parte da carteira de crédito (65,4%), seguida da de pessoas físicas (32,7%) e o restante (1,9%) é crédito destinado ao setor agropecuário e mineração.

O índice de inadimplência superior a 90 dias apresentou redução de 0,5 ponto percentual, atingindo a marca de 4,30% no primeiro semestre.

O HSBC praticamente não alterou suas despesas com provisões para créditos de liquidação duvidosa (PDD) de janeiro a junho deste ano em relação a igual período de 2012, permanecendo em um patamar de R$ 1,8 bilhão (equivalente a quase quatro vezes o lucro líquido do período).


Fonte: Contraf-CUT com Dieese


Comando negocia carreira, contratações e isonomia com a Caixa no dia 29


O Comando Nacional dos Bancários, coordenado pela Contraf-CUT e assessorado pela Comissão Executiva dos Empregados (CEE-Caixa), volta a se reunir com a Caixa Econômica Federal na próxima quinta-feira, dia 29, às 15h, em Brasília, para a terceira rodada de negociação específica da Campanha 2013. Estarão em discussão as reivindicações sobre carreira, contratações e isonomia.

A nova rodada acontece após o dia nacional de luta, definido pelo Comando Nacional e realizado nesta quinta-feira (22), conforme decisão do 29º Conecef, ocorrido entre os dias 17 e 19 de maio, em São Paulo.

Nas duas primeiras negociações, os "nãos" da Caixa às reivindicações específicas se repetiram, indignando os empregados. Tanto que até agora não houve avanços. Nada foi apresentado pelo banco para as demandas sobre saúde do trabalhador, Saúde Caixa, condições de trabalho, aposentados, Prevhab e segurança bancária. Enquanto isso, os empregados continuam sobrecarregados nas agências, situação provocada pela carência de pessoal.

Para Jair Pedro Ferreira, coordenador da CEE/Caixa e vice-presidente da Fenae, "o balanço semestral da Caixa mostrou que a empresa continua batendo recordes de lucro, não havendo, portanto, razão para serem recusadas as reivindicações específicas dos empregados. A situação é a mesma em relação ao restante do sistema financeiro nacional".

Ele afirma também que o tema das condições de trabalho é uma das prioridades das negociações específicas da campanha deste ano. "É preciso acabar de uma vez por todas com a sobrecarga de trabalho nas unidades, pondo fim à frequente e desnecessária extrapolação da jornada".

Jair diz ainda que essa situação é devido ao aumento da demanda e à falta de empregados. "A luta do movimento nacional dos empregados é para que a direção da Caixa aumente a média de trabalhadores por agência".

"Mas para que haja conquistas é muito importante a participação dos empregados nas mobilizações. Sem força de pressão, as negociações não avançam", conclui.


Fonte: Contraf-CUT com Fenae


Passeata dos bancários no centro de São Paulo pressiona banqueiros


Crédito: Seeb São Paulo
Seeb São PauloTrabalhadores saem às ruas para fazer ouvir sua voz e seu descontentamento

Quinta-feira, 22 de agosto, oito da noite. Horário em que uma multidão de bancários deixou de estar em casa com a família ou de ir a um happy hour com os amigos, até faltou à faculdade, e optou por percorrer as ruas do centro de São Paulo para demonstrar a força e a unidade da categoria, bem como seu descontentamento com a realidade dentro dos bancos.

A passeata da Campanha Nacional reuniu cerca de 1,5 mil pessoas e esbanjou motivação para a luta e descontração, proporcionando uma miríade de atrações como o pop rock da sempre presente banda Ritz - a banda da greve - , além de artistas circenses como malabaristas, engolidores de fogo e equilibristas.

O batuque da bateria da escola de samba Tom Maior deu o ritmo para a marcha dos bancários. Mas a seriedade das reivindicações dos bancários não foi ofuscada pelo tom descontraído da passeata, pelo contrário.

Os manifestantes deixaram claro que estavam ali com o propósito de pressionar os bancos contra os abusos cometidos na rotina de trabalho.

Uma bancária do Itaú que não quis se identificar diz que fez questão de comparecer para lutar pelos direitos da categoria. "Estou aqui para protestar contra as metas abusivas e pelo aumento do nosso salário e da nossa comissão, que são muito baixos", afirmou.

Já um bancário do Santander marcou presença para cobrar respeito dos bancos. "Estou aqui pela valorização do nosso serviço. Nos bancos, quem ganha são só os executivos. Os [funcionários] menores não passam de um número. Hoje a gente trabalha em uma agência e do dia para noite nos mandam trabalhar em outro lugar, em outro canto da cidade, não importa nossa vida pessoal, nossa família, nossa qualidade de vida."

A presidenta do Sindicato, Juvandia Moreira, lembrou que o setor bancário brasileiro é um dos mais rentáveis do mundo, tendo lucrado R$ 30 bilhões no primeiro semestre deste ano, e por isso, o argumento de que não podem dar aumento salarial por causa da crise mundial não é válido. "Essa passeata é para mostrar para os banqueiros a disposição de luta dos bancários, e nós estamos apenas começando", afirmou.

Para a secretária-geral do Sindicato, Raquel Kacelnikas, o bancário adoece cada vez mais para dar dinheiro aos banqueiros. "Hoje é um dia muito importante para nós, para que nós mostremos para os banqueiros a nossa vontade de lutar e de se organizar, e a exigência que nós fazemos é saúde e felicidade. Bancário não quer só aumento de salário e de vale-refeição, quer ter paz, saúde e alegria", declarou.

O ex-presidente do Sindicato e deputado estadual (PT) Luiz Claudio Marcolino aproveitou para lembrar a luta para implantar uma CPI na Assembleia Legislativa que pretende investigar as denúncias de corrupção que envolvem o governo paulista. "São mais de R$ 30 bilhões em 325 contratos fraudados entre o metrô, a CPTM, a Siemens e a Alstom, demonstrando a estrutura de corrupção ao longo dos 20 anos de governos do PDSB", afirmou.

O presidente da CUT, Wagner Freitas, lembrou o argumento dos banqueiros de que não podem dar aumento salarial por causa da crise econômica "Mas na hora de atender, os bancos extorquem o cliente nas tarifas, atendem mal, e banqueiro é isso, é um mal para a sociedade brasileira", completou.

O presidente da Contraf-CUT, Carlos Cordeiro, usando a camiseta "Não ao PL 4330", enfatizou a importância da ousadia, unidade e mobilização da categoria para pressionar os bancos. "Precisamos tomar as ruas para cobrar nossos direitos, como remuneração, emprego, saúde, segurança e condições de trabalho, e combater o projeto da terceirização que, se aprovado, permite terceirizar caixas e gerentes", destacou.

Para o bancário Walter San Martin, da Caixa, a categoria tem que participar dos fóruns e atividades proporcionados pelo Sindicato, como as assembleias e as manifestações. "Afinal de contas, é a representação dos trabalhadores e tem mais força com a nossa participação. O bancário delega muito ao Sindicato quando na verdade ele tem que participar para fazer ouvir e valer suas reivindicações".


Fonte: Contraf-CUT com Seeb São Paulo


TRT-PB barra demissões em massa no Santander e reintegra demitidos


Crédito: Seeb Paraíba
Seeb ParaíbaBancários presenciaram julgamento histórico no TRT da Paraíba

Em julgamento histórico ocorrido na quarta-feira (21), o Pleno do Tribunal Regional do Trabalho da 13ª Região (TRT-PB) julgou favorável aos trabalhadores o dissídio coletivo ajuizado pelo Sindicato dos Bancários da Paraíba para barrar as demissões em massa praticadas pelo Santander em dezembro do ano passado.

Embasado nos cinco votos favoráveis e três contrários, o Tribunal determinou a ilegalidade das demissões em massa na Paraíba e a reintegração dos funcionários demitidos pelo Santander em dezembro de 2012. E ainda arbitrou uma multa diária de R$ 10 mil, em caso de descumprimento da decisão judicial.

Após a sustentação oral do advogado Marcelo Dias Assunção, calorosos debates se sucederam entre os desembargadores, cuja maioria seguiu o brilhante voto do relator do processo, desembargador Paulo Maia Filho.

Em seu voto, o relator destacou a importância do tema e afirmou que o Santander descumpriu as normas constitucionais de proteção ao emprego e não poderia ter demitido em massa, sem antes negociar com o Sindicato.

Já o desembargador Wolney Cordeiro, que também votou a favor dos trabalhadores, destacou que, pela primeira vez em quase 30 anos de instalação do TRT 13, uma matéria tão importante veio a julgamento, tornando-se um julgamento histórico.

O advogado Marcelo Assunção destacou a atuação do Ministério Público do Trabalho, que favoreceu o resultado do julgamento. "O parecer do Dr. José Caetano dos Santos Filho, favorável aos trabalhadores e seguido pela maioria dos desembargadores, foi decisivo para a vitória dos trabalhadores", ressaltou.

O presidente do Sindicato dos Bancários da Paraíba, Marcos Henriques, comemorou mais essa vitória. "A decisão do TRT 13 veio reparar o abuso cometido pelo Santander que, às vésperas do Natal do ano passado, demitiu quase 5 mil funcionários em todo o país, sem negociar com os sindicatos".

Jurandi Pereira, diretor responsável pelo Jurídico do Sindicato, também foi enfático ao avaliar o julgamento histórico do TRT-PB. "Essa memorável decisão do TRT da 13ª Região fortalece ainda mais a categoria bancária como um todo, extrapolando inclusive nossas fronteiras para servir como jurisprudência por outras entidades sindicais na luta jurídica contra as ilegalidades cometidas pelo Santander em todo o país", concluiu.

Agora, o Sindicato aguarda a publicação do acórdão para tomar as providências cabíveis à reintegração dos demitidos.


Fonte: Contraf-CUT com Seeb Paraíba

quinta-feira, 22 de agosto de 2013



84,5% das negociações no primeiro semestre tiveram aumento real




Revista do Brasil
Vitor Nuzzi

São Paulo - Em um cenário de baixo crescimento e inflação um pouco maior, as negociações salariais realizadas no primeiro semestre conseguiram resultados positivos, embora em ritmo inferior ao de igual período do ano passado, segundo pesquisa divulgada hoje (22) pelo Dieese. De 328 acordos coletivos analisados, 84,5% foram fechados com reajustes acima do INPC-IBGE, 7% tiveram índices equivalentes e 8,5% ficaram abaixo da inflação. O aumento real (acima da inflação) médio foi de 1,19 ponto percentual. A primeira metade do ano reúne categorias como trabalhadores na construção civil e nos transportes, além da indústria da alimentação, entre outras.

No primeiro semestre de 2012, quase 100% dos reajustes ficaram acima da variação do INPC. Foram 96,5% acordos com índices superiores ao da inflação e 3% equivalentes ao calculado pelo IBGE e usado como referência nas negociações trabalhistas. O ganho real médio foi de 2,23 pontos percentuais. Segundo o Dieese, esse foi o melhor resultado desde 1996.

O índice do primeiro semestre deste ano (84,5% de reajustes acima da inflação) é equivalente ao de 2011 (84,4%). Fica também abaixo de 2010 (87,2%) e acima de 2008 (75,9%) e 2009 (78%). Os acordos com índices abaixo do INPC subiram de 0,9% em 2012, para 8,5%.

O coordenador de Relações Sindicais do Dieese, José Silvestre Prado de Oliveira, identifica um cenário mais diverso devido às incertezas da economia. Mas acrescenta que os números não podem ser vistos como ruins. "É fato que há um ligeiro recuo. Mas não podemos considerar negativo o resultado. O que houve foi um pequeno recuo causado pelo aumento da inflação", afirma. Ele também critica o que chamou de "certo terrorismo de parte da mídia" em relação a um suposto descontrole inflacionário. "A inflação nada teve de anormal nesse período", diz.

Na avaliação do economista, esse "terrorismo" visava, sobretudo, a aumentar a taxa básica de juros. "É a justificativa para a gritaria que houve naquele momento."

Entre os setores, de janeiro a junho deste ano a indústria teve 85,2% de acordos com reajustes acima da inflação, o comércio registrou 97,8% e o setor de serviços, 79,4%. A indústria teve quase 10% de acordos abaixo do INPC, o pior resultado desde 2008. "Foi o setor que nos últimos anos teve desempenho pior em função da crise, e isso em certa medida se refletiu nas negociações", observa Silvestre.

Nas regiões, destaca-se o número alto de reajustes abaixo do INPC nas regiões Norte (23,8%) e Nordeste (15,9%). No Sudeste, esse percentual chegou a 8% e no Sul, a 8,9%. O menor índice foi do Centro-Oeste (5,9%).

Silvestre lembra que várias medidas foram adotadas pelo governo, como desonerações e redução das tarifas de energia. "A expectativa era de que isso estimulasse o setor industrial", comenta.

Já o mercado de trabalho exige atenção. "O que a gente vem observando é que tanto os dados da ocupação como os registros administrativos (Rais e Caged) mostram uma perda de dinamismo", diz Silvestre.

Para o segundo semestre, a tendência é positiva, afirma o economista do Dieese. "Um dado fundamental é que a inflação acumulada deve ser menor. E você tem um quadro mais definido sobre o crescimento da economia em 2013", afirma. Além disso, os resultados na segunda metade do ano costumam ser melhores, entre outros fatores por se tratar de um período de produção maior e com setores de ponta, como metalúrgico, químico, de petróleo e financeiro.

Bancários, metalúrgicos, petroleiros e trabalhadores nos Correios já entregaram suas pautas de reivindicação e iniciaram negociações. As três primeiras categorias têm data-base em 1º de setembro e a última, em 1º de agosto.

Silvestre observa que o ideal para um crescimento sustentado, com reflexo nas negociações, seria uma alta do PIB constante em torno de 4%, 4,5%. "Mas o Brasil não tem conseguido crescer 4% de forma continuada." Ele avalia que em 2014 a economia brasileira deverá subir em torno de 3% a 3,5%. "Não vamos crescer 7,5%, como em 2010. Foi um ponto fora da curva. Assim como o mundo não cresce. Tirando a China, qual país cresce nesse patamar?"

Fonte: Contraf-CUT

ALMOÇO - DIA DO BANCÁRIO


Estagiário de 21 anos morre depois de trabalhar por 72 horas seguidas

Moritz Erhardt morreu, supostamente, após trabalhar demais no banco onde estagiava
O estudante Moritz Erhardt foi encontrado morto no chuveiro de seu alojamento em Londres, após sofrer uma convulsão. Ele estava trabalhando há praticamente 72 horas seguidas no Bank of America, onde fazia estágio – por três dias seguidos trabalhou até 6h da manhã, na semana em que morreu.
Segundo o “The Independent”, Mortiz entrou em colapso após a rotina exaustiva. O rapaz de 21 anos, nascido na Alemanha, foi para Londres fazer o estágio no banco por sete semanas. Ele foi encontrado sem vida por seus colegas de alojamento, que relataram que o amigo sofria de epilepsia

Fonte: UOL


HSBC propõe acordo aditivo e negociação segue após Campanha Nacional


Crédito: Jailton Garcia - Contraf-CUT
Jailton Garcia - Contraf-CUTBancários negociam pauta específica de reivindicações

Na terceira rodada de negociações permanentes entre Contraf-CUT, federações e sindicatos com o HSBC, que aconteceu nesta quarta-feira, dia 21, em São Paulo, o banco inglês apresentou Alexandra Roth, que substituirá Vera Saicali no cargo de diretora de RH,

Conforme previsto, a instituição trouxe os pontos para a formalização do acordo específico, contemplando direitos praticados atualmente:

- plano de saúde e odontológico com duas operadoras
- direito a folgas por tempo de casa e no dia do aniversário
- adiantamento salarial, no caso das férias, em até cinco parcelas
- bolsa educacional

Da pauta entregue e discutida até o momento, o banco negou a reivindicação referente ao CPK - reembolso de combustível, dizendo que não pode aplicar qualquer reajuste sobre os R$ 0,46 praticados atualmente.

Decorrente dos debates anteriores, as entidades sindicais solicitaram a inclusão no rol anterior de mais três itens: o Plano de Previdência Complementar já concedido, a criação da mesa paritária de saúde e utilização da treinet somente dentro da jornada de trabalho.

A redação do instrumento apresentado durante a negociação será submetido à avaliação da assessoria jurídica da Contraf-CUT para envio para os sindicatos filiados e uma vez aprovado, posterior formalização entre o banco e as entidades sindicais convenentes.

PPR

O banco admite que o programa esteja desvinculado da PLR da CCT dos bancários e, portanto, não efetuará a compensação entres os dois programas distintos. Mas não aceita incluir esses termos no acordo nem estabelecer negociação direta com as entidades sindicais para construção do programa neste momento.

Pendências

O banco concorda em prosseguir no debate, mas não apresentou uma redação final para os seguintes pontos:

- compartilhamento de agências: voltará ao debate e informou que Aides Jr, representante da área de operações, será convidado para esse debate.

- acesso dos dirigentes sindicais liberados e dos licenciados para tratamento de saúde ao portal RH e a comunicados internos: o banco disse estar tratando internamente da operacionalização para viabilizar o acesso.

- adiantamento de férias em dez parcelas.

- inclusão dentre as cláusulas do ACT que será formalizado, o direito de todos os admitidos até 31.12.2012 de permanecerem com seu plano de saúde nos casos de aposentadoria, uma vez que contribuíram para o plano nos termos da norma 279 da ANS.

- Plano de Previdência Complementar: apesar do benefício já estar implantado, uma série de ajustes foram propostos, entre ele a elevação do percentual mínimo de contribuição pela patrocinadora, de 0,5% para 3%, paritário.

- Vale Cultura.

Avanços e mais negociação

Segundo, Miguel Pereira, secretário de Organização da Contraf-CUT, todos os integrantes da comissão de empresa consideraram como positiva essa retomada do diálogo com o banco, inclusive com a construção de um acordo de trabalho específico contemplando direitos conquistados no passado: "Esses direitos ficavam a bel prazer da empresa, não havia garantia de que não seriam alterados unilateralmente", ressalta.

Carlos Kanak, coordenador da Comissão de Organização dos Empregados (COE) do HSBC, avalia ser fundamental que o processo de negociação seja permanente e avance cada vez mais, principalmente em questões relacionadas ao emprego, fim da rotatividade e mais contratações: "As condições de trabalho estão críticas e vem acarretando alto nível de adoecimento e pedidos de dispensa", afirma.

"Quando da retomada das negociações, após o fechamento da Campanha Nacional dos Bancários 2013/2014, daremos continuidade às discussões em temas como remuneração, PCS e PPR" destaca Alan Patrício, diretor Jurídico da Contraf-CUT e também representante da Fetrafi Nordeste na COE do HSBC.

Balanço semestral

A respeito do balanço semestral que foi publicado, ficou decidida a realização brevemente de uma reunião específica para analisar as perspectivas e problemas decorrentes dos maus resultados apresentados (LL 24% inferior ao mesmo período de 2012), particularmente impactos no nível de emprego, programas próprios de remuneração e PLR.


Fonte: Contraf-CUT

quarta-feira, 21 de agosto de 2013



Bancos só dizem 'não' e bancários vão à luta nesta quinta em todo o país

 
Os bancários vão às ruas nesta quinta-feira 22 em todo o país manifestar sua indignação diante da intransigência dos bancos, que nas duas rodadas duplas de negociação realizadas até agora na Campanha 13 rejeitaram todas as propostas sobre saúde, condições de trabalho, segurança, emprego e igualdade de oportunidades. Os mais de 130 sindicatos representados pelo Comando Nacional dos Bancários farão passeatas no final do expediente bancário.

"Os balanços semestrais dos bancos mostram que eles continuam batendo recordes de lucro. Não há razão, portanto, para recusarem as reivindicações dos bancários. E como os banqueiros só agem sob pressão, é importante que todas as nossas entidades intensifiquem a preparação do Dia Nacional de Luta no dia 22, com passeatas em todo o país, e também da greve geral do dia 30 convocada pelas centrais sindicais", afirma Carlos Cordeiro, presidente da Contraf-CUT e coordenador do Comando Nacional dos Bancários.

Veja aqui como foi a primeira rodada dupla de negociações com a Fenaban, nos dias 8 e 9, sobre saúde, condições de trabalho e segurança.

E leia aqui sobre a segunda rodada dupla de negociações, sobre emprego e igualdade de oportunidades.

O que os bancários reivindicam

> Reajuste salarial de 11,93%, composto de 5% de aumento real, além da inflação projetada de 6,6%.

> PLR: três salários mais R$ 5.553,15.

> Piso: R$ 2.860,21 (salário mínimo do Dieese).

> Vales alimentação, refeição, 13ª cesta e auxílio-creche/babá: R$ 678 ao mês para cada (salário mínimo nacional).

> Melhores condições de trabalho, com o fim das metas abusivas e do assédio moral que adoece os bancários.

> Emprego: fim das demissões, mais contratações, aumento da inclusão bancária, combate às terceirizações, especialmente ao PL 4330 que precariza as condições de trabalho, além da aprovação da Convenção 158 da OIT, que proíbe as dispensas imotivadas.

> Plano de Cargos, Carreiras e Salários (PCCS) para todos os bancários.

> Auxílio-educação: pagamento para graduação e pós-graduação.

> Prevenção contra assaltos e sequestros, com o fim da guarda das chaves de cofres e agências por bancários.

> Igualdade de oportunidades para bancários e bancárias, com a contratação de pelo menos 20% de trabalhadores afro-descendentes.

Calendário de luta

Agosto

22 - Dia Nacional de Luta, com passeatas dos bancários
22 - Primeira rodada de negociações específicas entre o Comando e o BNB
23 - Segunda rodada das negociações específicas do Banco do Brasil
26 e 27 - Terceira rodada de negociações entre Comando e Fenaban
28 - Dia do Bancário, com atos de comemoração e de mobilização
29 - Terceira rodada de negociação específica entre Comando e BB
30 - Dia Nacional de Mobilização e Paralisação das centrais sindicais pela pauta da classe trabalhadora

Setembro

3 - Previsão de votação do PL 4330 da terceirização na CCJC da Câmara


Fonte: Contraf-CUT - http://www.contrafcut.org.br/noticias.asp?CodNoticia=35420
Artigo da juíza Andréa Saint Nocchi: "A terceirização que escraviza"
 
Andréa Saint Pastous Nocchi
Juíza do Trabalho da 4ª Região


Se o trabalho infantil e o trabalho escravo podem, ainda, soar distantes e irreais para os juízes do trabalho, a terceirização, quarteirização e precarização das relações de emprego é o nosso dia a dia, nossa realidade a cada processo, a cada audiência. Nenhum magistrado trabalhista brasileiro poderá negar a presença, existência e os danos causados por estas formas de trabalho.

No início desta semana, mais uma notícia veiculada na grande imprensa, e com repercussão internacional, dá conta de que outra importante marca de roupas utilizava mão de obra escrava, ilegal e em condições desumanas na sua cadeia produtiva. O fato não é novidade. Outros trabalhadores bolivianos, submetidos a condição de escravidão, já foram resgatados e, nem assim, a perversidade das condições de trabalho sofreu alteração.

O exemplo do acontecido com a marca de luxo Le Lis Blanc nos ajuda, entretanto, a compreender melhor a relação estreita que une o ciclo de exclusão e exploração destes trabalhadores. No caso, mais uma vez, a mão de obra era de trabalhadores bolivianos, mas a realidade é mesma em qualquer idioma e nacionalidade. A pouca escolaridade, o desconhecimento de seus direitos, a necessidade de trabalho e de sobrevivência, a escravidão por dívida, longas jornadas e as péssimas condições de trabalho são características que se repetem a cada nova blitz de fiscalização da força-tarefa do Ministério do Trabalho. Neste fato, há a presença explicita e determinante da expressão máxima da precarização das relações de trabalho.

Os bolivianos trabalhavam em oficinas, sem qualquer direito trabalhista garantido, comandados por empresas terceiras contratadas pela marca de roupas de luxo, executando a atividade fim da atividade econômica - o produto a ser comercializado. Típica e ilegal terceirização que, no caso, já estava na fase da quarteirização. Tudo errado. Tudo de acordo com a lógica da exploração absoluta do homem, do seu trabalho e da busca pelo lucro fácil e sem precedentes.

E, lá, no meio daquela realidade um jovem de 16 anos. Trabalhando, como escravo, 12 horas de jornada, vítima do tráfico de pessoas, morando em condições degradantes. Uma juventude perdida, não para o tráfico de drogas ou para a violência das gangues. Uma juventude perdida pela necessidade de sobrevivência e porque há uma lógica de exploração que rege as relações humanas e domina a cadeia produtiva de diversas empresas que fecham os olhos ao que acontece ao seu redor.

Os juízes do trabalho, mesmo que não queiram enxergar o trabalho infantil e o trabalho escravo, não conseguem deixar de ver a terceirização e a precarização das relações de trabalho, especialmente em vias de votação do Projeto de Lei 4330 - chamada PL da terceirização - que, se aprovada, será a porta aberta para que casos como o noticiado virem muito mais do que notícia: virem rotina.

Fonte: TRT da 4ª Região - http://www.contrafcut.org.br/noticias.asp?CodNoticia=35426

terça-feira, 20 de agosto de 2013

Você já trabalhou com atestado na gaveta?
                             
Presenteísmo é o nome dessa prática, adotada por descaso com a própria saúde ou por medo de represália de gestores. Sindicato alerta sobre cuidados e responsabilidade para doença não virar pesadelo.

São Paulo – Você, bancário, já ouviu falar na palavra “presenteísmo”? Pode até não saber o que é, mas com certeza já passou ou viu algum amigo passando por tal situação. Presenteísmo é o mesmo que trabalhar doente. É o nome dado à prática de desempenhar as funções no ambiente corporativo com o atestado na gaveta, ou após ir ao médico e negar um atestado alegando que precisa trabalhar.

 O motivo da doença nem sempre é uma lesão por esforço repetitivo ou uma depressão. Pelo contrário. Qualquer gripe, crise de sinusite, rinite, ou outras doenças diagnosticadas por um médico e atestadas são motivos para desencadear o presenteísmo desde que o profissional ignore a necessidade da falta justificada e trabalhe mesmo adoecido.

 Para a secretária de Saúde do Sindicato, Marta Soares, pode ser um agravante para a saúde: o bancário comparece ao local de trabalho, mas não consegue manter a produtividade dentro do normal por estar doente e não assumir diante da falta de conhecimento da gravidade do problema ou até mesmo por medo dos gestores. “É um caminho para graves consequências, alguns danos irreversíveis, como a perda de movimento causada pela gravidade da LER/Dort ou sequelas por uma depressão. Qualquer resfriado com atestado médico é motivo para o trabalhador se recompor, receber medicação, descansar, para voltar com saúde ao trabalho.”

 Quem sofre – O conselho de uma bancária que exercia a função de gerente-geral e está afastada há seis anos, é que o trabalhador jamais guarde atestado na gaveta ou recuse o documento quando o médico indica afastamento. “Percebi que estava doente quando comecei a ir dormir 1h e acordar 3h da madrugada achando que já tinha que ir para o banco. A ansiedade era enorme e eu só pensava no trabalho. Ficava acelerada, fora do normal.”

A trabalhadora procurou um médico, que diagnosticou o caso como estresse e ansiedade causados pelo trabalho. “Fiz vários exames, ele falou para eu me afastar, mas recusei pegar o atestado e fui trabalhar no dia seguinte.”

  Em determinado momento, a situação se agravou. A bancária relata que não tinha paciência com as pessoas, falava alto no ambiente de trabalho e não conseguia se relacionar com os colegas. “Me arrependo bastante por não ter cuidado da minha saúde. Se o objetivo de um bancário hoje, que está doente, é continuar a trabalhar como bancário, meu recado é que ele procure logo se tratar, se cuidar para voltar mais forte ao trabalho. Saúde vem em primeiro lugar.”

 Além do transtorno psicológico, a trabalhadora entrevistada também trata de uma tendinite que se agravou nos últimos meses.

Epidemia na categoria – Mais de 21 mil bancários no Brasil estão afastados, dos quais 25,7% por doenças como estresse, depressão, síndrome do pânico, transtornos mentais relacionados diretamente ao trabalho. Outros 27% por doenças do sistema osteomuscular (como as LER/Dort). Todas são epidemia na categoria bancária, mas os bancos discordam desse fato. E você? Concorda que o adoecimento dos bancários está relacionado com o trabalho bancário? Clique aqui e responda à enquete.

Gisele Coutinho – 16/8/2013 - http://www.spbancarios.com.br/Noticias.aspx?id=5452
Após ação do MPT, Justiça condena BB a garantir Cassi e Previ para todos
 
Os bancários e as bancárias dos bancos incorporados pelo Banco do Brasil (Nossa Caixa, Besc e BEP), junto com seus dependentes, conquistaram o direito de se associarem à Cassi (plano de saúde) e à Previ (plano de previdência) nas mesmas condições aos demais empregados cujos vínculos se formaram diretamente com o BB.

A decisão é da 3ª Vara do Trabalho de Brasília, que condenou o BB após discriminação dos trabalhadores das instituições financeiras adquiridas pelo banco público federal. Assinada pelo juiz Carlos Augusto de Lima Nobre, a sentença foi publicada na última sexta-feira (16).

Na decisão, o juiz pede ainda a condenação solidárias dos réus ao pagamento de indenização por dano extrapatrimonial difuso, no valor de R$ 10 milhões, e por dano extrapatrimonial coletivo, no mesmo valor. Cabe recurso.

Desde o início da tramitação da ação, o Sindicato dos Bancários de Brasília contribuiu com o Ministério Público do Trabalho (MPT), mostrando que os trabalhadores oriundos dos bancos incorporados pelo BB são discriminados. Também fez encontro com bancários, participou de reuniões realizadas pelo MPT e convocou os bancários a acompanharem as audiências na Justiça do Trabalho.

Sindicato atuou em todas as frentes

"Estivemos presentes em todas as etapas da tramitação da ação do MPT. Além disso, reivindicamos nas reuniões com os representes dos BB na mesa de negociação uma solução para os bancários egressos dos bancos incorporados pelo BB. Esses trabalhadores, que também contribuem para os resultados da instituição financeira, devem receber o mesmo tratamento e condições dos demais funcionários", afirmou Rafael Zanon, diretor do Sindicato e representante da Fetec-CUT/CN na Comissão de Empresa dos Funcionários do BB.

"Desde que tomou conhecimento dos problemas enfrentados pelos trabalhadores incorporados, o Sindicato acionou seu departamento jurídico para auxiliar a categoria e realizou atividades para denunciar a discriminação", lembrou o secretário de Saúde e Condições de Trabalho do Sindicato, Wadson Boaventura, também bancário do BB.

"Importante, a decisão é mais uma prova de que atual administração do BB segue na contramão de um governo popular e democrático. Diante da condenação do banco, que põe em xeque sua credibilidade com clientes, usuários e bancários, esperamos, portanto, que os diretores da instituição financeira revejam sua postura e coloquem o BB no rumo certo", destacou o secretário de Assuntos Jurídicos do Sindicato, Wescly Queiroz, que também é bancário do BB.

Na sentença, o juiz Carlos Augusto de Lima Nobre escreveu: "o direito à igualdade, ao contrário do que sustentado pelo Banco do Brasil, não se assenta no fato de ter-se garantido aos egressos dos bancos incorporados os seus planos de saúde e previdenciária das instituições de origem. O princípio da isonomia não autoriza qualquer tratamento diferenciado de iguais, e não há como se negar que após a incorporação dos bancos BNC, BESC e BEP, todos passaram a ser, igualmente, empregados do Banco do Brasil. Diferenciá-los pela origem (do vínculo de emprego) não significa outra conduta senão a discriminatória".

Ação coletiva do Sindicato gerou jurisprudência favorável

O Sindicato obteve êxito em primeira e segunda instâncias em ação pleiteando acesso à Cassi para os funcionários do incorporado Banco do Estado do Piauí (BEP). Essa vitória está presente na ação civil pública do MPT, o que fortaleceu a causa dos trabalhadores.

A pressão do Sindicato para o BB garantir plano de saúde aos bancários egressos dos bancos incorporados surtiu efeito. Depois da vitória na ação judicial e da pressão do Sindicato, os funcionários egressos do BEP que trabalham em Brasília podem agora utilizar a rede nacional da Cassi.

Em sua sentença, o juiz Carlos Augusto citou o seguinte acórdão da ação do Sindicato: "logo, tendo os empregados do Banco do Estado do Piauí se vinculado, como efetivos empregados, ao Banco do Brasil, a partir da incorporação daquela Instituição Bancária pelo ora Recorrente, e sendo este o instituidor e o patrocinador do plano de assistência médico-hospitalar Cassi, cuja associação dá-se em virtude do contrato de trabalho mantido com o Banco do Brasil, ressai claro que a discussão sobre suposto tratamento desigual conferido pelo Banco Reclamado aos seus empregados, no que tange ao direito de extensão da possibilidade de adesão ao plano de saúde da Cassi aos egressos do Banco do Estado do Piauí, decorre diretamente da relação de emprego mantida entre as partes".


Fonte: Contraf-CUT com Seeb Brasília - http://www.contrafcut.org.br/noticias.asp?CodNoticia=35406


Itaú recua sobre prazo de manutenção do plano de saúde para demitidos


O Itaú recuou e garantiu que vai manter o teto correto no prazo de manutenção do plano de saúde para demitidos sem justa causa, após pressão do Sindicato dos Bancários de São Paulo. Os trabalhadores que foram prejudicados devem procurar a entidade para reaver os seus direitos.

Por conta própria, o banco havia reduzido para dois anos o período máximo de permanência no plano de saúde para desligados. O prazo é previsto na Lei 9.656/98 e Resolução 279 da ANS (Agência Nacional de Saúde), mas os bancários conquistaram tempo extra de seis meses para quem tinha até dez anos de casa e de nove meses para funcionários com mais de 20 anos de banco.

"O entendimento do estava simplesmente ignorando a Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) dos bancários, e a legislação é clara ao dizer que o prazo é acumulativo", afirma o diretor executivo do Sindicato e funcionário do Itaú, Carlos Damarindo.

O parágrafo 4º do artigo 30 da lei 9.656/98 é claro: "O direito assegurado neste artigo não exclui vantagens obtidas pelos empregados decorrentes de negociações coletivas de trabalho". Damarindo completa esclarecendo que com o consenso não há mais motivos para a ação coletiva.

O banco agora terá de atualizar seus cadastros para saber quem se enquadra nessas condições. Os trabalhadores também podem entrar em contato com o Sindicato pessoalmente, a fim de requerer o seu direito.


Fonte: Contraf-CUT com Seeb São Paulo


Caixa rejeita reivindicações específicas e Comando reafirma mobilização


Crédito: Fenae
FenaeResposta dos empregados será dada no dia nacional de luta nesta quinta

A Caixa Econômica Federal segue dizendo "nãos" para as reivindicações da pauta específica dos empregados, entregue pelo Comando Nacional dos Bancários, coordenado pela Contraf-CUT, à direção do banco no fim de julho.

Na segunda rodada de negociações específicas da Campanha Nacional 2013, realizada nesta segunda-feira (19), em Brasília, os representantes da Caixa rejeitaram as demandas sobre a Prevhab, as questões relativas aos aposentados e a maioria dos itens da minuta em relação à segurança bancária. O debate a respeito do tema da Funcef, que constava também na pauta, ficou para a próxima reunião, com pré-agendamento para o dia 29.

A empresa, que na rodada anterior em 9 de agosto, já havia recusado as reivindicações sobre saúde do trabalhador, Saúde Caixa e condições de trabalho, desta vez rejeitou também demandas vitais para os empregados, como a recomposição do poder de compra dos benefícios dos aposentados e pensionistas e a extensão do auxílio-alimentação e da cesta-alimentação a todos os aposentados e pensionistas, além do pagamento de abonos e PLR, com o custo arcado pela Caixa.

Praticamente todos os itens relativos aos aposentados foram negados, sob o argumento falacioso de que "quem se aposenta perde o vínculo com a empresa, devendo reivindicar eventuais reajustes salariais ou outras questões pertinentes ao segmento diretamente junto ao INSS".

Foi reivindicada ainda a criação de um programa de renegociação de dívidas pela Caixa, de modo a permitir a junção de valores devidos tanto à Caixa quanto à Funcef em até 120 meses com taxa de juros que viabilize o seu pagamento, sem comprometer a sobrevivência dos aposentados e pensionistas. Em resposta a esse item, a Caixa afirmou estar fazendo um estudo de educação financeira para posteriormente avaliar caso a caso.

"Os piores passivos vêm da década de 1990, quando a Caixa estava sendo preparada para a privatização, durante as gestões de Sérgio Cutolo e Emilio Carrazzai. Os problemas mais graves que os empregados enfrentam hoje são dessa época e precisam ser equacionados o mais rápido possível, de modo a pôr fim a discriminações e injustiças descabidas", observou Jair Pedro Ferreira, coordenador da Comissão Executiva dos Empregados (CEE/Caixa), que assessora o Comando Nacional nas negociações.

Segurança bancária

No debate sobre segurança bancária, o Comando Nacional defendeu a elevação do valor da indenização por assalto/sinistro para o equivalente a 100 salários mínimos calculados pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese).

Foi cobrada ainda a instalação de divisórias entre os guichês e penhor, a instalação de biombo que impeça a visualização das operações efetuadas nos caixas pelo público, a proibição do atendimento prévio na parte externa das unidades e a abertura de agências somente com a aprovação do plano de segurança pela Polícia Federal.

A Caixa informou que 95% de suas agências pelo país estão certificadas em conformidade de segurança, esclarecendo que as áreas de autoatendimento estão sendo devidamente monitoradas.

O Comando cobrou ainda da Caixa a obrigatoriedade de apresentação de relatório para as entidades sindicais e representativas dos empregados sobre ocorrências de assaltos, furtos e outros delitos registrados em agências do banco e correspondentes bancários.

Representação dos empregados no Conselho de Administração

Os dirigentes sindicais reforçaram a cobrança por alterações urgentes no estatuto da Caixa, adaptando o edital do calendário eleitoral, com o objetivo de efetivar o fim das restrições para participação de qualquer empregado na escolha do representante dos trabalhadores no Conselho de Administração.

Esse processo está em andamento. Como recentemente o Conselho de Administração aprovou a exclusão do requisito de experiência gerencial para as candidaturas de conselheiro representante, que impedia a participação de 80% do quadro dos empregados, o Comando reivindicou a imediata remodelagem do atual calendário eleitoral, para permitir a inscrição de qualquer empregado, cujo prazo encerra-se em 31 de agosto. A reivindicação, nesse caso, é para que seja feita uma mudança no edital com base nas novas regras.

A Caixa considerou essa proposta viável, mas argumentou que há a recomendação para que o processo eleitoral seja encaminhado com base no edital em vigor. Diante das ponderações feitas pela representação dos empregados, os negociadores do banco ficaram de consultar os escalões superiores sobre a viabilidade de alterar o prazo do calendário eleitoral, com imediata prorrogação do período de inscrição de candidatos.

Pendências de rodadas anteriores

Na primeira rodada de negociações específicas, o Comando havia cobrado da empresa soluções para questões ainda pendentes. Em relação ao item da extensão do Saúde Caixa para os empregados que se aposentaram por PADV, a Caixa voltou a informar que o assunto continua sob avaliação e deverá ser concluído até o fim de agosto.

No entanto, não há a previsão de quando será solucionada a situação para os mais de 15 anos de congelamento dos benefícios pagos pelo INSS aos aposentados pelo chamado Plano de Melhoria de Proventos e Pensões (PMPP).

A Caixa informou ainda que a questão do tesoureiro executivo está sendo avaliada por uma consultoria, ficando dependente diretamente do modelo de filiais. A solução para esse tema só virá, segundo a empresa, depois que essa consultoria concluir o seu trabalho.

Os casos tidos como de práticas antissindicais vão continuar pendentes. A Caixa não acenou com solução para os descomissionamentos de dirigentes sindicais ocorridos em Santa Catarina e no Rio Grande do Sul, assim como silenciou em relação aos empecilhos colocados à distribuição de material das entidades associativas e sindicais em determinadas unidades da cidade de São Paulo.

O Comando voltou a cobrar que a Caixa reveja sua posição de considerar como falta o dia não trabalhado em 11 de julho, devido a paralisações convocadas pela CUT e demais centrais sindicais. Em resposta ao pleito, a empresa disse que não haverá reflexos na vida funcional dos empregados e tampouco os trabalhadores serão prejudicados em situações com a da avaliação por mérito. Foi informado pela Caixa que há aproximadamente 636 trabalhadores nessa situação.

Mobilização nesta quinta

Diante da intransigência da Caixa, Jair considera a mobilização a melhor resposta dos empregados. Ele convoca os trabalhadores do banco a participarem do Dia Nacional de Luta nesta quinta-feira (22), como forma de pressionar a Caixa a garantir que as próximas rodadas de negociações específicas sejam produtivas.

Passeatas também estão sendo organizadas pelos sindicatos em todo o país, a fim de chamar cada bancário e bancária pra luta e esquentar a pressão sobre os bancos.

Para o coordenador da CEE-Caixa e vice-presidente da Fenae, "os avanços na negociação com a empresa só virão com a participação dos empregados em reuniões nos sindicatos e locais de trabalho, aumentando o envolvimento com a Campanha 2013. Portanto, os empregados da Caixa devem somar-se aos demais bancários para, juntos, enfrentarem a intransigência patronal e arrancarem novas e mais conquistas".


Fonte: Contraf-CUT com Fenae

segunda-feira, 19 de agosto de 2013

Para STJ, desaposentação deve considerar benefício após aposentadoria

 
O cálculo para novos benefícios previdenciários, após processo de desaposentação, deve levar em conta os salários de contribuição que se seguiram à primeira aposentadoria. A decisão é da Primeira Seção do Superior Tribunal de Justiça (STJ), no julgamento de recurso do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS).

A desaposentação ocorre quando o beneficiário renuncia à aposentadoria para requerer uma nova, mais vantajosa, conquistada depois de continuar trabalhando e contribuindo com a Previdência. Em maio, o STJ definiu que a desaposentação era possível, mas alguns pontos da decisão suscitaram dúvidas.

Para o INSS, não ficou claro se era preciso usar no cálculo do novo benefício todas as contribuições que se seguiram à primeira aposentadoria ou apenas aquelas posteriores à renúncia à aposentadoria antiga. Ao julgar o recurso, a Primeira Seção definiu pela primeira opção, mais vantajosa para o beneficiário.

Segundo explicou o relator do caso, ministro Herman Benjamin, a lógica do pedido de desaposentação é justamente computar os salários de contribuição posteriores à aposentadoria desfeita no cálculo da nova aposentação. Ele destacou que o entendimento estava subentendido na decisão anterior, que agora fica mais claro.

Mesmo com a decisão do STJ, a palavra final sobre a desaposentação cabe ao Supremo Tribunal Federal (STF), que prepara julgamento de processos sobre o tema.


Fonte: Agência Brasil - http://www.contrafcut.org.br/noticias.asp?CodNoticia=35393


Centrais preparam 30 de agosto, Dia Nacional de Mobilização e Paralisação


Crédito: CUT
CUTNova ação unitária pela pauta da classe trabalhadora

Ultimando os preparativos para o 30 de agosto, Dia Nacional de Mobilização e Paralisação, as centrais sindicais decidiram em reunião na sede da CUT Nacional, nesta segunda-feira (19), ampliar a convocação de norte a sul do país priorizando a luta pelo fim do fator previdenciário, redução da jornada de trabalho para 40 semanais e combate ao Projeto de Lei 4330, da terceirização.

Na avaliação das centrais, a conjuntura é favorável à manifestação, que dá continuidade aos protestos, passeatas e greves realizadas no 11 de junho, e potencializa a cobrança da pauta da classe trabalhadora.

A agenda de reivindicações inclui ainda a luta pelos 10% do PIB para a Educação; 10% do Orçamento da União para a Saúde; transporte público e de qualidade/mobilidade urbana; valorização das aposentadorias; reforma agrária e suspensão dos leilões de petróleo.

"Estamos enfrentando as dificuldades diante de um governo de disputa em que muitas vezes os interlocutores vão se alternando. Daí a importância da pressão conjunta, da unidade de ação do movimento sindical para impedir retrocessos e ampliar conquistas", afirmou o presidente da CUT, Vagner Freitas, para quem "o próximo dia 30 se soma ao ato vitorioso do 11 de junho, são manifestações para alterar o jogo".

"Com os trabalhadores em campo, paralisando atividades, realizando protestos e passeatas, acumulamos força para pressionar o Congresso Nacional e o governo federal. Foi assim que conseguimos na semana passada os recursos para o Fundo Social do pré-sal, foi essa luta colossal que tem impedido que eles passem o PL 4330 de qualquer maneira, impondo uma terceirização indiscriminada", ressaltou o presidente cutista.

Ao destacar o papel perverso do PL 4330, o secretário geral da CUT, Sérgio Nobre, lembrou que "país de primeira não pode ter emprego de terceira". Sérgio destacou a importância da mobilização do conjunto das categorias, em todos os Estados, para garantir a igualdade de direitos, de condições e de salário, direito à informação prévia, proibição na atividade-fim, responsabilidade solidária das empresas contratantes e penalização das empresas infratoras, tudo o que setores do patronato querem apagar da legislação.

Estudos do Dieese apontam que o trabalhador terceirizado recebe salário 27% menor que o contratado diretamente, tem jornada semanal de três horas a mais, permanece 2,6 anos a menos no emprego, e sua rotatividade é mais do que o dobro (44,9% contra 22%). Além disso, aponta o Dieese, a cada 10 acidentes de trabalho, oito acontecem entre os terceirizados.

REFORMA AGRÁRIA, JÁ!

Membro da coordenação nacional do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST), João Paulo Rodrigues condenou a postura do governo federal que "nem desapropria terra nem senta com o movimento". "Temos 80 mil famílias acampadas que necessitam ter prioridade nesse momento. Nos somamos à manifestação das centrais sindicais bastante animados de que o aumento da pressão vai abrir caminho para os avanços que o nosso povo e o Brasil precisam", acrescentou.

Para o secretário geral da Central Geral dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CGTB), Carlos Alberto Pereira, "o momento é de avanço do movimento sindical" e reflete os avanços obtidos a partir da mobilização de junho, que reuniu dois milhões de trabalhadores em mais de 250 cidades.

"De lá para cá tivemos três vitórias: a do Fundo Social do Pré-Sal, que garantiu mais de 200 bilhões de reais para a educação nos próximos dez anos; adiamos o PL da terceirização por 30 dias, barrando a tentativa de golpe que busca ampliar e legitimar a precarização; e aceleramos a nossa mobilização, o que tem sido fundamental para aprofundar as negociações com o governo e o Congresso Nacional", disse Pereira.

PROTAGONISMO DA CLASSE

De acordo com o secretário-geral da Força Sindical, João Carlos Gonçalves (Juruna), "construída na luta, a pauta unitária dos trabalhadores tem repercutido positivamente junto às bases e contribuído para que o papel do movimento sindical seja valorizado na mesa de negociação". Juruna lembrou que, apesar da campanha dos grandes conglomerados de comunicação para inviabilizar ou diminuir o protagonismo da classe trabalhadora na luta por mudanças, a ação unificada tem rendido frutos e demonstra a correção da iniciativa.

O secretário geral da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), Pascoal Carneiro, relatou da grande receptividade que a convocação do 30 de agosto vem tendo pelo país, citando a assembleia realizada recentemente na capital baiana, "onde há muita disposição de parar para colocar o país nos trilhos". "O sentimento é de greve no dia 30 em defesa de um projeto nacional de desenvolvimento com valorização do trabalho, combatendo a precarização e o retrocesso".

Representando a Intersindical, Edson Carneiro (Índio) reiterou o papel da caminhada conjunta, com unidade na diversidade, para fazer a pauta avançar. "O processo que o país está vivendo não é sindical, mas político, o que reforça a importância da pressão por mudanças na política econômica, como o fim do superávit primário. Queremos inverter a lógica do que beneficia o grande capital rentista, o agronegócio e as empreiteiras", frisou Índio.

A luta contra a precarização das relações de trabalho, apontou o presidente da Central dos Sindicatos Brasileiros (CSB), Antonio Neto, deve ser amplificada, "tanto no setor privado quanto público". "A lei 8666 que dispõe sobre a contratação direta significa contratação via preço, o que representa trabalho mais barato, precário. Esta é uma questão que precisa ser alterada com urgência", defendeu.

Em nome da Nova Central Sindical dos Trabalhadores (NCST), Luiz Gonçalves (Luizinho), enfatizou o compromisso de "parar aonde for possível no próximo 30 de agosto". "O volume do nosso protesto é essencial para mostrar que o movimento sindical está engajado em buscar o resultado das nossas negociações, a melhoria das relações de trabalho e o desenvolvimento do país", concluiu.


Fonte: CUT


Após pressão da CUT, negociação sobre PL 4330 recomeça nesta terça


A CUT e as demais centrais sindicais voltam à mesa de negociação com representantes de empresários, do governo federal e do Congresso para discutir na manhã desta terça-feira (20), em Brasília, o Projeto de Lei (PL) 4330/2004.

Com o argumento de regulamentar a terceirização, o PL do deputado federal e empresário Sandro Mabel (PMDB-GO) ameaça os direitos de todos os trabalhadores com carteira assinada.

Além de defender a terceirização sem limites, a proposta promove a fragmentação da representação sindical e não garante a responsabilidade solidária, aquela em que a contratante assume os encargos trabalhistas não quitados pela terceirizada.

O projeto já recebeu aval do relator, deputado Arthur Maia (PMDB-BA), na Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania da Câmara (CCJC), e apenas não foi votado ainda pela pressão da CUT.

Na última semana, cutistas de todo o país ocuparam a CCJC mais uma vez e promoveram uma vigília diante do Congresso Nacional. Com isso, o projeto foi adiado novamente e a expectativa é que volte à pauta somente no dia 3 de setembro.

Mobilização continuará

Apesar de haver um acordo com os parlamentares para que a proposta não seja votada ainda, o secretário-geral da Central, Sérgio Nobre, alerta que as bases devem manter a pressão para não ser surpreendida com o requerimento de algum deputado para antecipar a decisão.

"O melhor caminho é a mesa de negociação, onde estão pessoas que vivenciam o tema e sabem o quanto esse projeto pode ser danoso para os trabalhadores e para a sociedade brasileira se for mal discutido", alertou.

Secretária de Relações do Trabalho da Central, Maria das Graças Costas ressalta que os trabalhadores estarão de olho nos parlamentares. "Os deputados que se preparem para 2014. Quem votar contra nós, quem for a favor de escancarar a terceirização em nome do lucro, para ter mais morte, mais adoecimento dos trabalhadores, será lembrado", destacou.


Fonte: Luiz Carvalho - CUT


Segunda rodada de negociação específica com a Caixa ocorre nesta segunda


O Comando Nacional dos Bancários, coordenado pela Contraf-CUT e assessorado pela Comissão Executiva dos Empregados (CEE-Caixa), volta a se reunir com a Caixa Econômica Federal nesta segunda-feira, dia 19, a partir das 15h, em Brasília, para a segunda rodada de negociação específica da Campanha Nacional 2013.

Estarão em discussão as reivindicações sobre Funcef, aposentados, segurança bancária e representação dos empregados, podendo ainda entrar outros itens da pauta específica e da mesa de negociações permanentes.

Os representantes dos empregados irão cobrar o fim do voto de Minerva nas instâncias da Funcef, assim como o reconhecimento, por parte da Caixa, do CTVA como verba salarial para fins de aporte à Fundação aos que permanecerem no REG/Replan não-saldado e aos que saldaram. Também será reivindicado, no item Funcef, o fim da discriminação e o direito do pessoal do REG/Replan migrar para o PCS 2008 e PFG 2010.

No quesito da segurança bancária, uma das demandas é a retomada da implantação do modelo "Agência Segura", além da abertura de agências apenas com a aprovação do plano de segurança pela Polícia Federal. Outro ponto em destaque é a elevação do valor da indenização por assalto/sinistro para o equivalente a 100 salários mínimos calculados pelo Dieese.

A segunda rodada inclui ainda questões relativas aos aposentados e o item da representação dos empregados. Para Jair Pedro Ferreira, coordenador da Comissão Executiva dos Empregados (CEE/Caixa) e vice-presidente da Fenae, "a expectativa é que se consiga avançar, pois não se justifica o empregado viver com tantos problemas relacionados a pendências na Funcef/aposentados e em relação à segurança bancária".

Outras datas do calendário de negociações específicas na Caixa serão definidas de acordo com o andamento da campanha deste ano.

Até agora, Comando e Caixa realizaram uma rodada específica, no último dia 9, quando foram debatidos temas como saúde e condições de trabalho, sem o registro de qualquer avanço, o que mais uma vez frustrou os empregados e suas entidades representativas.

Reunião da CEE/Caixa

Antes da negociação, ocorre às 9h30, na sede da Fenae, uma reunião do Comando Nacional com os integrantes da CEE/Caixa para preparar os debates com a empresa.

Dia Nacional de Luta

Na próxima quinta-feira, dia 22, os empregados da Caixa realizam um Dia Nacional de Luta e irão reforçar as manifestações com passeatas da categoria bancária em todo o país, como parte do calendário de mobilização da Campanha 2013.

As mobilizações na Caixa foram aprovadas pelo 29º Congresso Nacional dos Empregados (Conecef), realizado entre os dias 17 e 18 de maio, em São Paulo. Já a data dos protestos em 22 de agosto foi definida em reunião do Comando Nacional.


Fonte: Contraf-CUT com Fenae

sexta-feira, 16 de agosto de 2013

Itaú Unibanco é autuado em R$ 18,7 bilhões pela Receita Federal

Fusão dos bancos em 2008 teria sido feita de forma a evitar cobrança de impostos

iG São Paulo - |
              
Fusão entre o Itaú e o Unibanco, em 2008, está sendo contestada pela Receita Federal
O Itaú Unibanco foi autuado pela Receita Federal em R$ 18,7 bilhões por não ter pago os impostos devidos quando houve a fusão entre os dois bancos, em 2008. O Fisco entendeu que a operação foi feita de uma forma que tornou inviável a cobrança de tributos, segundo comunicado da instituição financeira divulgado nesta sexta-feira (16).
 
Do total cobrado, R$ 11,84 bilhões se referem ao não recolhimento do Imposto de Renda e R$ 6,87 bilhões, da Contribuição Social sobre Lucro Líquido (CSLL). Em ambos os casos, os valores incluem multas e juros – o Itaú Unibanco não detalhou as contas.
 
No comunicado, o banco informou que já contestou o auto de infração, pois considera que a fusão foi feita de forma legítima, e que entende ser "remoto" o risco de perder dinheiro na disputa.
 
"A Receita discorda da forma societária adotada pelo Itaú para unificar as operações com o Unibanco. Sugere, no auto de infração enviado em 25 de junho, que deveriam ter sido feitas operações societárias de natureza diversa, que teriam gerado um ganho tributável", informa o comunicado enviado ao mercado.
 
O banco considera, porém, que a forma sugerida pela Receita para a operação "não encontra respaldo nas normas aplicáveis às instituições financeiras", informa o texto.  "É descabido, portanto, o entendimento da Receita Federal de que houve ganho tributável."
 
O Itaú Unibanco reafirma que as operações feitas em 2008 foram "legítimas" e tiveram aprovação das empresas dos acionistas, e das autoridades competentes como a Comissão de Valores Mobiliários (CVM), Banco Central (BC) e Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade).

Veja também: Itaú Unibanco tem lucro líquido de R$ 7 bilhões no primeiro semestre 

fonte:         http://economia.ig.com.br/empresas/2013-08-16/receita-federal-cobra-r-18-bilhoes-em-impostos-do-itau-unibanco.html     


Santander é hexacampeão do ranking de reclamações de clientes no BC


Pelo sexto mês consecutivo, o Santander liderou em julho o ranking de reclamações contra os bancos com mais de um milhão de clientes. O banco espanhol teve 611 reclamações procedentes e contava com 23,1 milhões de clientes.

"O título de hexacampeão mensal de queixas de clientes e a liderança do banco no corte de empregos no primeiro semestre de 2013 não são mera coincidência", afirma o funcionário do Santander e secretário de imprensa da Contraf-CUT, Ademir Wiederkehr. O banco eliminou 2.290 postos de trabalho entre janeiro e junho deste ano e 3.216 entre os meses de junho de 2012 e 2013.

"Para sair dessa posição incômoda para qualquer banco, o Santander deveria, ao invés de gastar fortunas em marketing, parar de demitir funcionários, contratar mais trabalhadores, melhorar as condições de trabalho e oferecer atendimento de qualidade aos clientes", defende o dirigente sindical.

Assim como em junho, em segundo lugar no ranking de reclamações aparece o Itaú Unibanco, com 335 reclamações para 25,9 milhões de clientes. Também como em junho, em terceiro lugar ficou o Banco do Brasil, com 422 reclamações entre 34,7 milhões de clientes.

O HSBC ocupa o quarto lugar, com 58 reclamações para 5,8 milhões de correntistas. Depois vem o Banrisul, repetindo a posição de junho, com 19 reclamações para 2,3 milhões de clientes.

Débito não autorizado é o principal abuso

No ranking sobre o tipo de reclamações, os débitos não autorizados lideram a lista, com 397 ocorrências. Nesse caso, o Santander também é líder, acumulando 106 dessas reclamações, seguido pela Caixa (90) e BB (69).

O segundo maior número de reclamações foi quanto prestação irregular de conta-salário, com 390 queixas. A cobrança de tarifas irregulares, por serviço não contratado, teve 222 ocorrências.

Total de reclamações contra bancos caiu 3%

Já o número total de reclamações contra os bancos caiu no mês passado, depois de registrar uma alta entre maio e junho,. De acordo com levantamento do BC, foram registadas 2.335 reclamações procedentes em julho, uma queda de 3% em comparação com as 2.406 registradas em junho.

O BC tem um critério para montar esse ranking. São utilizados o número de reclamações procedentes - aquelas que infringem normativos do Conselho Monetário Nacional (CMN) ou do próprio BC - dividido pelo número de clientes protegidos pelo Fundo Garantidor de Créditos (FGC), multiplicado por 100 mil. A partir dessa conta, chega-se a um índice que serve para definir as colocações de cada banco.


Fonte: Contraf-CUT com UOL


Trabalhadores criticam reajuste do seguro-desemprego em 6,2%


O reajuste do seguro-desemprego foi mantido em 6,2%, segundo resolução do Conselho Deliberativo do Fundo de Amparo ao Trabalhador (Codefat). O índice foi motivo de desencontro entre setores do governo, quando foi cogitada a possibilidade de elevação do reajuste para 9%, base de cálculo usada até janeiro deste ano e que é a mesma utilizada para a correção do salário mínimo (R$ 678).

O ministro do Trabalho e Emprego (MTE), Manoel Dias, chegou a informar, em julho, que o aumento do percentual de reajuste estava acertado com o governo para ocorrer a partir de agosto. Dias, no entanto, voltou atrás e disse que o tema ainda estava em negociação, depois de o Ministério da Fazenda negar ter dado aval para o aumento, no momento em que o governo faz cortes de gastos.

A estimativa era a de que o reajuste, caso fosse aprovado pelo conselho, geraria um gasto de R$ 250 milhões até o final deste ano. De acordo com o Ministério do Trabalho, são gastos R$ 30 bilhões por ano com o pagamento do seguro-desemprego.

Trabalhadores criticam

O conselheiro da Força Sindical, Sérgio Luiz Leite, disse à Agência Brasil que a proposta de reajuste do benefício foi derrotada porque o governo chegou unido à reunião. De acordo com ele, os votos dos empresários, somados aos dos representantes do governo, foram maioria e derrotaram os dos trabalhadores - determinando placar de 9 a 7 em favor da manutenção dos 6,2%.

"Vamos solicitar uma reunião na primeira semana de setembro, para discutir o tema e corrigir o erro do governo. É um contrassenso, em uma resolução do Codefat, mobilizar a base para atropelar os desempregados para economizar R$ 700 mil anualmente e prejudicar R$ 2 milhões de trabalhadores", explicou Sérgio Leite. Ele contestou o argumento do Ministério da Fazenda na reunião para barrar a medida, em que foram citados recentes gastos com desonerações que deverão alcançar R$ 90 bilhões.

Novo presidente

Na reunião foi eleito por unanimidade o novo presidente do Codefat, o tesoureiro da CUT, Quintino Severo (foto).

A eleição para o Conselho funciona de forma rotativa. Há quatro anos um representante da bancada dos trabalhadores não assumia o cargo, até então, ocupado por Sérgio Vidigal, secretário de políticas públicas de emprego do MTE e, anteriormente, por representante dos empresários.

Conforme Severo, as prioridades para o período são: fortalecer o Codefat e o Sistema Nacional de Emprego (SINE) - além da qualificação profissional, demanda que, segundo o dirigente da CUT, também será prioritária em sua gestão.

Sobre o Codefat

O Codefat é um órgão colegiado, de caráter tripartite e paritário, composto por representantes dos trabalhadores, dos empregadores e do governo, que atua como gestor do FAT.

É composto de nove membros e respectivos suplentes, assim definidos:

- Três representantes dos trabalhadores

- Três representantes dos empregadores

- Um representante do Ministério do Trabalho e Emprego

- Um representante do Ministério da Previdência e Assistência Social

- Um representante do BNDES


Fonte: Contraf-CUT com Agência Brasil e CUT


Lucro da Caixa cresce 10,3% e atinge R$ 3,1 bilhões no 1º semestre


A Caixa Econômica Federal divulgou nesta quinta-feira, dia 15, o balanço do primeiro semestre de 2013. O banco teve lucro líquido de R$ 3,1 bilhões, o que representa alta de 10,3% em comparação ao mesmo período do ano passado.

No segundo trimestre, o lucro líquido chegou a R$ 1,8 bilhão, aumento de 39,7% em relação ao primeiro trimestre do ano.

As receitas totais atingiram R$ 45,8 bilhões, aumento de 16,5%, enquanto as receitas com operações de crédito alcançaram R$ 20,8 bilhões, acréscimo de 25,9%.

A divulgação do lucro acontece no momento em que a empresa e os bancários estão negociando as reivindicações da Campanha Nacional 2013. A expectativa dos trabalhadores é que esse significativo desempenho possa ser revertido em melhores condições de trabalho.

Segundo o coordenador da Comissão Executiva de Empregados(CEE/Caixa), Jair Pedro Ferreira, que também é vice-presidente da Fenae, o resultado apresentado pela Caixa é fruto do árduo trabalho dos seus empregados, que vêm sendo submetidos à precarização das condições de trabalho com metas abusivas e sobrecarga, entre outros problemas.

Para ele, o lucro deve ser dividido também com os empregados, com reajuste salarial justo, melhorias das condições de trabalho entre outros benefícios.

No primeiro semestre, o banco também conquistou 3,6 milhões de novos clientes. Foram abertas 2,9 milhões de contas correntes, totalizando 24,4 milhões, e somou 49,1 milhões de cadernetas de poupança com alta de 10,6% em doze meses. Além disso, abriu 223 novas agências e postos de atendimento.

Geração de 6.597 empregos

Essa expansão, no entanto, ocorreu em ritmo maior que o das contratações: entre junho de 2012 e junho de 2013, o número de empregados subiu 7,5%, enquanto o de agências e postos de atendimento cresceu 24,3%.

Os postos de trabalho no banco passaram de 89.035 para 95.632, aumento de 6.597. Já o número de unidades da Caixa chegou a 3.753 em junho de 2013, ante 3.019 um ano atrás. Isso significa que se em junho de 2012 o número de empregados por agências e postos de atendimento era de 29,5, hoje caiu para 25,5.

Os números mostram ainda que só com as receitas de tarifas e de prestação de serviços a Caixa cobre em 105% sua folha de pessoal. Essas receitas cresceram 14,3% atingindo R$ 7,8 bilhões no primeiro semestre de 2013.

Balanço

Segundo a Caixa, o índice de inadimplência fechou em 2,27% no semestre, abaixo do percentual apresentado em março de 2013 (2,34%) e do percentual médio do mercado, de 3,40%.

A carteira de crédito alcançou saldo de R$ 431,3 bilhões, crescimento de 42,5% em 12 meses e participação de 16,95% no mercado. A carteira do crédito habitacional atingiu saldo de R$ 238,5 bilhões, expansão de 34,6% nos últimos 12 meses. A Caixa tem 69,1% do mercado de crédito habitacional.

As concessões de financiamentos imobiliários somaram R$ 66,1 bilhões no primeiro semestre de 2013, evolução de 43,9% em relação ao registrado no mesmo período de 2012. As operações com recursos de poupança (SBPE) totalizaram R$ 30 bilhões, e as linhas que utilizam recursos do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), R$ 23 bilhões.

No âmbito do Programa Minha Casa, Minha Vida, a Caixa contratou R$ 28,5 bilhões no período, atendendo a 1,5 milhão de pessoas com 378,9 mil unidades habitacionais. Desse valor, 58% foram destinados a famílias com renda até três salários mínimos.


Fonte: Contraf-CUT com Seeb São Paulo e Fenae


Banqueiros rejeitam reivindicações e Comando reforça mobilização dia 22


Crédito: Jailton Garcia - Contraf-CUT
Jailton Garcia - Contraf-CUTBancos recusam propostas sobre condições de trabalho e emprego

Na abertura da segunda rodada de negociação da Campanha 2013, realizada nesta quinta-feira 15 em São Paulo, antes de entrar na discussão do tema emprego o Comando Nacional dos Bancários cobrou respostas para as reivindicações sobre saúde e condições de trabalho apresentadas na primeira rodada, mas a Fenaban rejeitou as demandas da categoria sobre o fim das metas abusivas e avanços no combate ao assédio moral e à insegurança. Em relação ao emprego, os bancos recusaram o fim das demissões imotivadas e da rotatividade e o respeito à jornada de 6 horas. As negociações continuam nesta sexta-feira 16, às 9h30, incluindo as demandas sobre igualdade de oportunidades.

"Só a mobilização dos bancários vai fazer os bancos abandonarem sua postura de intransigência. Por isso é importante que todas as entidades intensifiquem as atividades de preparação do Dia Nacional de Luta na próxima quinta-feira, dia 22, com realização de passeatas à noite, bem como da greve geral das centrais sindicais no dia 30", convoca Carlos Cordeiro, presidente da Contraf-CUT e coordenador do Comando Nacional.

Houve apenas um avanço na segunda rodada de negociação, diante da proposta do Comando de fazer uma pesquisa sobre o adoecimento crescente da categoria. Os bancos propuseram criar, ao final da campanha deste ano, um grupo de trabalho bipartite com a participação de especialistas para discutir o afastamento dos bancários por razões de saúde.

O Comando propôs que o GT seja criado já, com a realização da primeira reunião durante a campanha para começar a discussão e com prazo fixado para concluir os trabalhos, buscando soluções para acabar com o adoecimento. Os representantes dos bancos ficaram de dar resposta na terceira rodada de negociações, a ser marcada nesta sexta-feira.

Saúde e condições de trabalho

O Comando Nacional insistiu nas reivindicações sobre saúde, condições de trabalho e segurança para reiterar aos bancos que não fechará a campanha deste ano se não houver solução para essas importantes demandas da categoria.

"As metas abusivas e o assédio moral estão provocando uma epidemia de adoecimento na categoria. São os problemas mais graves que os bancários enfrentam hoje, que precisam ser equacionados, assim como o da falta de medidas de segurança", explica Carlos Cordeiro.

Por isso, antes de entrar no tema emprego, que estava agendado para a segunda rodada de negociações, os representantes dos bancários exigiram dos bancos respostas para as reivindicações apresentadas na primeira rodada, destacando:

> proibição de torpedos e emails enviados pelos gestores aos bancários para cobrança de metas.

> reduzir de 60 para 40 dias o prazo para os bancos responderem às denúncias de assédio moral encaminhadas pelos sindicatos.

> medidas de prevenção contra sequestros.

> melhoria da assistência às vítimas de assaltos e sequestros.

> manutenção do plano de saúde e odontológico para aposentados.

> folga de cinco dias por ano (abono assiduidade).

> acabar com o prazo de 120 dias para adiantamento de salário aos bancários com alta do INSS, mas considerados inaptos pelos bancos.

Os representantes dos banqueiros não apresentaram respostas, dizendo que essas reivindicações não estão "no radar" dos bancos.

O Comando também denunciou o descumprimento da Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) em relação às cláusulas sobre proibição de transporte de valores pelos bancários, não exposição do ranking individual dos funcionários e não reabilitação de trabalhadores afastados por motivos de saúde. A Fenaban ficou de atuar junto aos bancos para que a CCT seja cumprida.

Segurança bancária

Após cobrança do Comando Nacional, a Fenaban agendou uma reunião da mesa temática de segurança bancária para a próxima terça-feira, dia 20, em São Paulo, para apresentação da estatística de assaltos a bancos do primeiro semestre de 2013, conforme estabelece a CCT.

Fim das demissões e da rotatividade

O Comando denunciou a estratégia principalmente dos bancos privados de melhorarem o "índice de eficiência" reduzindo postos de trabalho e cortando custos com a prática da rotatividade.

"Os dados do Caged apontam uma redução de 4.890 empregos no 1º semestre. Nos últimos 12 meses, entre os meses de junho de 2012 e 2013, houve corte de 10 mil empregos no sistema financeiro", disse Carlos Cordeiro.

Nos bancos múltiplos, houve 15 mil admissões e 20 mil desligamentos no primeiro semestre deste ano. "A redução da média salarial entre os admitidos e os desligados foi de 36%, o que mostra a perversidade da rotatividade", acrescentou o presidente da Contraf-CUT. Na economia como um todo, a diferença entre o salário médio dos admitidos e dos desligados é de 7%.

Para a presidenta do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Juvandia Moreira, "a redução dos empregos está agravando as condições de trabalho, porque os que ficam têm que fazer o serviço dos demitidos. Os bancários estão sem tempo até para almoçar. O corte de empregos é ruim para os bancários e para a sociedade".

Depois de mostrar os números, o Comando cobrou o atendimento das reivindicações, como garantia de emprego, proibição das demissões imotivadas conforme estabelece a Convenção 158 da Organização Internacional do Trabalho (OIT), fim da rotatividade, respeito à jornada de 6 horas para todos e manutenção da remuneração em caso de descomissionamento ou perda de gratificação. Os bancos, no entanto, rejeitaram todas essas demandas.

A segunda rodada de negociações continua nesta sexta-feira com a discussão das demais reivindicações sobre emprego. Também serão debatidas as demandas sobre igualdade de oportunidades, como a criação de uma cota de no mínimo 20% de negros e negras nos bancos.

Calendário de luta

Agosto
16 - Continuidade da segunda rodada de negociação entre Comando e Fenaban
19 - Segunda rodada de negociação entre Comando e Caixa
19 e 20 - Primeira rodada de negociação entre Comando e Banco da Amazônia
22 - Dia Nacional de Luta, com passeatas dos bancários
28 - Dia do Bancário, com atos de comemoração e de mobilização
30 - Paralisação nacional das centrais sindicais pela pauta da classe trabalhadora

Setembro
3 - Previsão de votação do PL 4330 da terceirização na CCJC da Câmara


Fonte: Contraf-CUT

quinta-feira, 15 de agosto de 2013



Empregados da Caixa realizam dia de luta e ampliam mobilizações no dia 22


Na próxima quinta-feira (22), os empregados da Caixa Econômica Federal realizam Dia Nacional de Luta e irão reforçar as manifestações com passeatas da categoria em todo país, dentro do calendário de mobilização da Campanha Nacional dos Bancários 2013.

O dia nacional de luta na Caixa foi aprovado pelo 29º Congresso Nacional dos Empregados (Conecef), ocorrido entre os dias 17 e 19 de maio, em São Paulo, e data foi definida na reunião do Comando Nacional dos Bancários, coordenado pela Contraf-CUT.

Para Jair Pedro Ferreira, coordenador da Comissão Executiva dos Empregados (CEE/Caixa) e vice-presidente da Fenae, os empregados da Caixa do Brasil inteiro precisam estar unidos e coesos com os trabalhadores de outras instituições financeiras, de modo a conquistar avanços tanto na mesa geral com a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) quanto na mesa da pauta específica com a Caixa.

Segundo Jair, o tema das condições de trabalho será uma das prioridades das negociações específicas da campanha deste ano. O objetivo, nesse caso, é acabar de uma vez por todas com a sobrecarga de trabalho nas unidades, pondo fim à frequente e desnecessária extrapolação da jornada, "situação recorrente devido ao aumento da demanda e à falta de empregados. A luta do movimento nacional dos empregados é para que a direção da Caixa aumente a média de trabalhadores por agência".

Negociações com a Caixa

A segunda rodada de negociação específica entre representantes dos empregados e da direção da Caixa será no dia 19 de agosto, próxima segunda-feira. A primeira reunião, que debateu saúde e condições de trabalho, ocorreu na sexta-feira (9), sem o registro de qualquer avanço.


Fonte: Contraf-CUT com Fenae


Terceirizada Delta não paga salários e abandona serviço prestado à Caixa


Um exemplo de como agem as terceirizadas aconteceu na Caixa Econômica Federal no Rio de Janeiro. No último dia 8, a Delta Locação de Serviços e Empreendimentos sumiu literalmente, abandonando três contratos de prestação de serviços de apoio administrativo ao banco, sem a menor explicação.

Para o diretor do Sindicato dos Bancários do Rio de Janeiro e membro titular do Conselho Fiscal da Fenae, Paulo Cesar Matilet, esse comportamento irresponsável mostra o que pode acontecer se não houver limites para a terceirização, como irresponsavelmente prevê o projeto de lei 4.330, que está em tramitação na Câmara dos Deputados.

Ele diz que, além de prejudicar o funcionamento da Caixa, a Delta não pagou os salários dos empregados, tíquete-refeição, vale-transporte, FGTS e INSS, deixando-os desesperados.

Também, segundo Matilet, a empresa terceirizada não responde aos e-mails enviados pela Caixa e tampouco as ligações telefônicas.

Precarização total

Diante da gravidade da situação, o Sindicato vai cobrar da Caixa o pagamento dos salários e das rescisões. Matilet lembra que, pela lei atual, a contratante é responsável solidária e obrigada a honrar os compromissos trabalhistas e previdenciários da contratada. Agora, caso seja aprovado o PL 4330, essa obrigação deixa de existir.

Matilet recorda ainda que as entidades sindicais dos bancários sempre criticaram as terceirizações e defenderam concursos para todos os cargos. Há, inclusive, segundo dele, uma série de outros casos em que terceirizadas prestadoras de serviços à Caixa também sumiram.

No caso de aprovação do PL 4330, todo o mercado de trabalho poderá ficar à mercê de terceirizadas como a Delta. Afirma ainda Matilet: "Os brasileiros ficarão sem a menor proteção, sem garantia de receber sequer a verba indenizatória no caso de rescisão e FGTS, férias e 13º salário. No caso dos bancários, poderão ser todos substituídos por mão de obra terceirizada".

Eis a conclusão de Matilet: "Mesmo que a prestadora honre seus compromissos, os terceirizados terão direitos precarizados, sendo obrigados a trabalhar no mínimo oito horas, sem PLR, sem os pisos e demais direitos dos bancários, garantidos na Convenção Coletiva Nacional de Trabalho".


Fonte: Contraf-CUT com Fenae


Segunda rodada entre Comando e Fenaban discute emprego nesta quinta


A segunda rodada de negociação da Campanha 2013 entre o Comando Nacional dos Bancários, coordenado pela Contraf-CUT, e a Fenaban acontece nesta quinta-feira (15), a partir das 10h, em São Paulo, sobre as reivindicações acerca de emprego. Os debates continuarão na manhã desta sexta (16), quando também serão discutidas as demandas de igualdade de oportunidades.

Estarão em discussão as propostas dos bancários, que incluem a proibição das demissões imotivadas, o fim da rotatividade, mais contratações, combate às terceirizações, ampliação do horário de atendimento para das 9h às 17h com dois turnos de trabalho e tempo máximo de permanência nas filas, dentre outras.

"Vamos cobrar o atendimento das propostas de emprego da categoria, pois é inaceitável que o sistema financeiro, que aufere lucros astronômicos, continue demitindo e cortando postos de trabalho, com exceção da Caixa e alguns bancos públicos. A criação de empregos precisa ser encarada pelos bancos como forma de melhorar as condições de trabalho e uma contrapartida social para garantir um atendimento de qualidade para a população e contribuir para transformar crescimento econômico em desenvolvimento", afirma Carlos Cordeiro, presidente da Contraf-CUT e coordenador do Comando Nacional.

Bancos cortam empregos, apesar dos lucros bilionários

Somente nos últimos 12 meses o Itaú, o Santander, o Bradesco e o BB cortaram 10.530 empregos. Entre os meses de junho de 2012 e de 2013, o Itaú eliminou 4.458 vagas. No mesmo período, o Santander cortou 3.216 postos; o Bradesco, 2.580; e o BB, 276. No primeiro semestre deste ano, eles obtiveram lucros gigantescos de R$ 26 bilhões.

A Caixa ainda não publicou o balanço do primeiro semestre, mas entre março de 2012 e março de 2013 contratou 7.423, bem diferente dos outros quatro grandes bancos. O HSBC também não divulgou os números dos primeiros seis meses deste ano.

Além da redução de postos de trabalho, os bancos demitiram milhares de funcionários, dentro da política de rotatividade, substituindo trabalhadores com salários maiores por outros com remunerações mais baixas. As instituições ainda mantêm empregados em desvio de função, numa lógica perversa de diminuir custos para turbinar os lucros.

Terceirização precariza relações de trabalho

A terceirização é outra estratégia dos bancos para redução dos custos. Eles transferem parte de suas atividades, que eram remuneradas de acordo com a Convenção Coletiva de Trabalho dos bancários, para outras empresas, tendo como objetivo reduzir despesas de pessoal.

Os trabalhadores terceirizados recebem um quarto do salário dos bancários, não dispõem dos mesmos direitos, trabalham em condições degradantes, cumprem metas elevadas, sofrem pressão e assédio moral e têm jornadas extenuantes. Além disso, não se sentem enquanto uma categoria profissional.

Como se não bastasse, os bancos têm ampliado os correspondentes, onde não há bancários nem vigilantes, precarizando o atendimento aos clientes e à população. O número disparou nos últimos anos, sobretudo, nas grandes cidades. Já o total de agências e postos de atendimento está quase estagnado.

E os bancos estão na linha de frente da pressão dos empresários para a aprovação do PL 4330 na Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJC) na Câmara dos Deputados, buscando terceirizar também caixas e gerentes.

"Queremos trabalho decente, a prevalência dos direitos humanos e uma nova ordem social pautada pelos princípios de justiça social e valorização do trabalho", salienta a resolução aprovada na segunda-feira (12) pela Executiva da Contraf-CUT.

Melhores condições de trabalho

O Comando Nacional vai cobrar também uma resposta dos bancos para as reivindicações sobre saúde do trabalhador e segurança bancária que foram discutidas na primeira rodada de negociação da Campanha 2013, ocorrida nos últimos dias 8 e 9, na capital paulista.

"As propostas de melhoria das condições de trabalho são prioritárias na campanha deste ano e não será possível firmar acordo se não houver avanços e uma solução para o problema das metas abusivas", reafirma Carlos Cordeiro. "Esperamos uma posição dos bancos", ressalta.

Calendário de luta

Agosto
15 e 16 - Segunda rodada de negociação entre Comando e Fenaban
19 - Segunda rodada de negociação entre Comando e Caixa
19 e 20 - Primeira rodada de negociação entre Comando e Banco da Amazônia
22 - Dia Nacional de Luta, com passeatas dos bancários
28 - Dia do Bancário, com atos de comemoração e de mobilização
30 - Paralisação nacional das centrais sindicais pela pauta da classe trabalhadora

Setembro
3 - Previsão de votação do PL 4330 da terceirização na CCJC da Câmara


Fonte: Contraf-CUT

quarta-feira, 14 de agosto de 2013

Contratar para acabar com a sobrecarga de trabalho

Bancos privados extinguiram mais de 10 mil postos de trabalho no último ano. Quem ficou, está no limite. Emprego é tema da rodada de negociação dos dias 15 e 16
    
São Paulo - Os bancários estão no limite. O ritmo estressante de trabalho está na rotina da categoria que, além de enfrentar a convivência com a pressão por metas que adoece, tem de lidar com a sobrecarga decorrente do número insuficiente de profissionais nas agências, postos de atendimento e centros administrativos dos bancos no Brasil.

Se em 1990 havia mais de 730 mil bancários no país, em 2001, eram menos de 390 mil. A retomada do crescimento econômico e a expansão das operações de crédito levaram a categoria ao patamar atual de cerca de 500 mil trabalhadores.

Essa pequena recuperação, no entanto, não faz frente à demanda gerada pela inclusão bancária de milhares de cidadãos, e os bancários sofrem com a sobrecarga de trabalho. Em 1996, cada um era responsável por cuidar, em média, de 83 contas correntes. No ano passado, eram pelo menos 326 contas  cada que, nesse período, passaram de 40 milhões para 162,9 milhões. Diante da alta de 307%, o número de bancários subiu parcos 3,5%.

“E isso levando em conta a Caixa Federal, que ainda contrata. Porque se forem contabilizados somente o Banco do Brasil e os privados, o déficit de bancários é enorme”, afirma a presidenta do Sindicato, Juvandia Moreira.

O tema emprego está na pauta da segunda rodada de negociação da Campanha Nacional Unificada 2013. A reunião entre o Comando dos Bancários e a federação dos bancos (Fenaban), nesta quinta e sexta-feira, dias 15 e 16, vai tratar também de igualdade de oportunidades.

> Cinco anos a espera de uma chance

Demissões – Desde o ano passado, os bancos se encontram num novo cenário. Os públicos, notadamente a Caixa, expandiram suas operações de crédito com a redução dos juros e passaram a ganhar em escala, com recordes de lucro. Os privados, também continuam batendo marcas, mas o caminho escolhido para ganhar mais foi o das demissões e terceirizações.

Entre os meses de junho de 2012 e de 2013, o Itaú eliminou 4.458 vagas. No mesmo período, o Santander cortou 3.216 postos; o Bradesco, 2.580. O BB reduziu 276 empregos e a Caixa contratou 7.423 (março de 2012/2013).

As demissões têm ainda outro caráter: muitas vezes salários mais altos são substituídos por remunerações mais baixas, e trabalhadores são mantidos em desvio de função, numa lógica perversa de economizar à custa dos empregos.

Somente nos seis primeiros meses deste ano foram extintas quase 5 mil vagas nos bancos (fora a Caixa), enquanto os quatro maiores (BB, Itaú, Bradesco e Santander) tiveram lucro somado de R$ 26 bi.

“Essa é mais uma forma de os bancos acabarem com a saúde dos bancários. Além disso, devolvem à sociedade da qual tanto lucro tiram, serviços piores, filas, atendimento precário”, critica Juvandia. “Vamos cobrar na mesa que os bancos alterem essa lógica. Chega de demissões! O Brasil e os brasileiros precisam de mais postos de trabalho e o setor financeiro deve isso à sociedade.”


Redação - 14/8/2013 http://www.spbancarios.com.br/Noticias.aspx?id=5420
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BB frustra funcionários na primeira negociação

Direção não apresenta respostas às reivindicações específicas relativas à saúde e condições de trabalho.

São Paulo - Embora a direção do Banco do Brasil esteja com a pauta de reivindicações do funcionalismo desde 30 de julho, os representantes da instituição financeira não se posicionaram em relação às propostas dos trabalhadores na primeira rodada de negociação específica da Campanha Nacional Unificada 2013. A reunião ocorreu nesta quarta 14, em Brasília.

De acordo com Cláudio Luiz de Souza, integrante da Comissão de Empresa dos Funcionários, os negociadores do banco se limitaram a protelar respostas e não se posicionaram claramente sobre as reivindicações. “Afirmamos que o lucro de R$ 10 bilhões no primeiro semestre deixou rastro de adoecimento no funcionalismo por conta da cobrança de metas abusivas e cada vez maiores”, disse.

> BB tem lucro recorde de R$ 10 bi no semestre
A essa questão, os negociadores do banco afirmaram que podem até discutir a forma de cobrança das metas, mas não concordam que elas gerem adoecimento. “Rebatemos dizendo que nas reuniões nos locais de trabalho há funcionários que afirmam estar ingerindo remédios ‘tarja preta’ em função da pressão, do assédio moral e da violência organizacional para cumprir metas”, afirma o dirigente.
Para a reivindicação de mais contratações, os representantes do BB disseram que primeiro irão fazer remanejamento de pessoal para depois verificar se realmente têm necessidade de mais contratações. “Isso mostra como a atual gestão do banco está insensível às questões do funcionalismo. A falta de bancários, principalmente nas agências, provoca sobrecarga de trabalho e também é fator de adoecimento”, disse Cláudio Luiz.

Para contornar o problema da discriminação sofrida pelo funcionário que retorna de licença-saúde e perde a função, o banco sinalizou que pode discutir uma proposta com o movimento sindical.
 
Outros nãos – Na reivindicação de Cassi e Previ para todos os representantes da instituição financeira se limitaram a responder que esse assunto não se resolveria neste ano, devido ao alto custo que essa medida envolve. Além disso, que a instalação de ambulatórios nas maiores concentrações era de responsabilidade da Cassi. “Só que nesse caso são os representantes do banco na Cassi, e não os eleitos pelos bancários, que dificultam a instalação desses postos médicos e de outras medidas para melhorar o atendimento ao usuário. Então, se as medidas não vão adiante é por responsabilidade da empresa”, avalia Cláudio Luiz. “Diante da postura da instituição é importante que os bancários do BB participem da passeata do dia 22 para mostrar que estão insatisfeitos e que exigem ser valorizados.”

Reunião com governo – Antes da negociação, os representantes dos trabalhadores reuniram-se com o assessor especial da Secretaria-Geral da Presidência da República, José Lopez Feijóo, e relataram todos os problemas enfrentados pelo funcionalismo com a atual gestão do banco público.

Jair Rosa - 14/8/2013 - http://www.spbancarios.com.br/Noticias.aspx?id=5421