O Banco Santander ganhou 2,24 bilhões de euros na América Latina entre
janeiro e junho de 2012, isto é, 8,8% menos que no mesmo período de 2011.
Segundo as informações encaminhadas à Comissão Nacional do Mercado de Valores
(CNMV), ainda que tenham sofrido redução de 16,6%, os resultados registrados no
Brasil - ganho de 1,152 bilhão de euros - foram os melhores da entidade
espanhola na América Latina.
O banco sofreu menos que outros rivais na Espanha com a crise no país
devido aos seus negócios diversificados no Brasil, México, Polônia e Reino
Unido. A América Latina responde por metade do lucro do Santander, e o Brasil é
responsável por 26% desse total. Porém, analistas apontaram as menores receitas
na região e maiores perdas em crédito, especialmente no Brasil, onde a economia
está passando por desaquecimento, elevando os calotes no setor bancário. "O
Brasil foi a grande decepção", disse Jaime Beceril, do JP Morgan.
De acordo com termos contábeis brasileiros, o Santander Brasil encerrou o
segundo trimestre com lucro líquido R$ 1,464 bilhão, queda de 5,48% na
comparação com o mesmo período de 2011, segundo, em meio a um aumento de
provisões para perdas com crédito e alta na inadimplência. Sem incluir reversão
de despesa com amortização de ágio decorrente da aquisição do Banco Real, no
valor de R$ 909 milhões, o lucro líquido societário do banco foi de R$ 555
milhões no segundo trimestre, recuo de 35,2% sobre o resultado dos primeiros
meses de 2012.
Analistas consultados pela Reuters, estimavam lucro líquido
recorrente de R$ 1,285 bilhão para o período. Não ficou imediatamente claro se
os termos são comparáveis. Seguindo quadro apresentado pelos rivais Bradesco e
Itaú Unibanco, a instituição fechou o trimestre passado com aumento na provisão
para créditos de liquidação duvidosa. A linha teve salto de 49% na comparação
anual, para R$ 3,8 bilhões. Na comparação com o primeiro trimestre, as provisões
dispararam 23,2%.
O crescimento veio acompanhado de aumento no índice de inadimplência de
operações de financiamento vencidas há mais de 90 dias, que passou de 4,3% no
segundo trimestre de 2011 para 4,9% nos três meses encerrados em junho. Enquanto
isso, os atrasos acima de 60 dias, indicativo do comportamento futuro da
inadimplência, passou de 5,2% para 6% no período.
O Santander Brasil fechou o segundo trimestre com carteira de crédito
ampliada de R$ 217,055 bilhões, crescimento de 17,3% em 12 meses e de 2,8% no
trimestre. Enquanto isso, o retorno sobre patrimônio líquido médio anualizado
(ROE), um indicador da lucratividade de um banco, foi de 11,5%, excluindo ágio,
no segundo trimestre, enquanto analistas consultados pela Reuters
estimavam índice de 11,6% no período. Nos três primeiros meses de 2012, o
indicador havia sido de 14,2%.
Global
O Santander publicou nesta quinta-feira os resultados do
primeiro semestre do ano, período no qual o grupo obteve um lucro líquido de
1,704 bilhão de euros em suas operações no mundo inteiro, o que representa 51%
menos que há um ano.
Com informações da Reuters
Fonte: Portal Terra
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