quinta-feira, 26 de julho de 2012

Lucro do Santander no Brasil cai 16,6% no 1º semestre

O Banco Santander ganhou 2,24 bilhões de euros na América Latina entre janeiro e junho de 2012, isto é, 8,8% menos que no mesmo período de 2011. Segundo as informações encaminhadas à Comissão Nacional do Mercado de Valores (CNMV), ainda que tenham sofrido redução de 16,6%, os resultados registrados no Brasil - ganho de 1,152 bilhão de euros - foram os melhores da entidade espanhola na América Latina.

O banco sofreu menos que outros rivais na Espanha com a crise no país devido aos seus negócios diversificados no Brasil, México, Polônia e Reino Unido. A América Latina responde por metade do lucro do Santander, e o Brasil é responsável por 26% desse total. Porém, analistas apontaram as menores receitas na região e maiores perdas em crédito, especialmente no Brasil, onde a economia está passando por desaquecimento, elevando os calotes no setor bancário. "O Brasil foi a grande decepção", disse Jaime Beceril, do JP Morgan.

De acordo com termos contábeis brasileiros, o Santander Brasil encerrou o segundo trimestre com lucro líquido R$ 1,464 bilhão, queda de 5,48% na comparação com o mesmo período de 2011, segundo, em meio a um aumento de provisões para perdas com crédito e alta na inadimplência. Sem incluir reversão de despesa com amortização de ágio decorrente da aquisição do Banco Real, no valor de R$ 909 milhões, o lucro líquido societário do banco foi de R$ 555 milhões no segundo trimestre, recuo de 35,2% sobre o resultado dos primeiros meses de 2012.

Analistas consultados pela Reuters, estimavam lucro líquido recorrente de R$ 1,285 bilhão para o período. Não ficou imediatamente claro se os termos são comparáveis. Seguindo quadro apresentado pelos rivais Bradesco e Itaú Unibanco, a instituição fechou o trimestre passado com aumento na provisão para créditos de liquidação duvidosa. A linha teve salto de 49% na comparação anual, para R$ 3,8 bilhões. Na comparação com o primeiro trimestre, as provisões dispararam 23,2%.

O crescimento veio acompanhado de aumento no índice de inadimplência de operações de financiamento vencidas há mais de 90 dias, que passou de 4,3% no segundo trimestre de 2011 para 4,9% nos três meses encerrados em junho. Enquanto isso, os atrasos acima de 60 dias, indicativo do comportamento futuro da inadimplência, passou de 5,2% para 6% no período.


O Santander Brasil fechou o segundo trimestre com carteira de crédito ampliada de R$ 217,055 bilhões, crescimento de 17,3% em 12 meses e de 2,8% no trimestre. Enquanto isso, o retorno sobre patrimônio líquido médio anualizado (ROE), um indicador da lucratividade de um banco, foi de 11,5%, excluindo ágio, no segundo trimestre, enquanto analistas consultados pela Reuters estimavam índice de 11,6% no período. Nos três primeiros meses de 2012, o indicador havia sido de 14,2%.


Global
O Santander publicou nesta quinta-feira os resultados do primeiro semestre do ano, período no qual o grupo obteve um lucro líquido de 1,704 bilhão de euros em suas operações no mundo inteiro, o que representa 51% menos que há um ano.


Com informações da Reuters 
Fonte: Portal Terra

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