JUSTIÇA DECRETA: QUEM NÃO CONTRIBUI COM O SINDICATO, NÃO TEM DIREITO AOS
BENEFÍCIOS DO ACORDO
A decisão foi do juiz Eduardo Rockenbach Pires, da 30ª Vara do Trabalho
de São Paulo. Ao julgar o caso de um trabalhador que se recusava a contribuir
com o sindicato de sua categoria, o magistrado decretou que o trabalhador não
tivesse direito de receber os benefícios previsto no acordo coletivo, e ainda
afirmou: "O trabalhador sustentou não ser sindicalizado e, por isso, negou-se a
contribuir para a entidade sindical.
A despeito disso, não menos certo é que as
entidades sindicais devem ser valorizadas, e precisam da participação dos
trabalhadores da categoria (inclusive financeira), a fim de se manterem fortes e
aptas a defenderem os interesses comuns", defendeu o juiz. A sentença proferida
é referente ao processo nº 01619-2009-030-00-9, item 6.
Em outras palavras, o juiz disse ser justo que o autor não se beneficie
das vantagens negociadas pelo sindicato a favor da categoria, já que o mesmo se
recusa a contribuir com a entidade.
Oracildes Tavares, presidente do SINTRIVEL, fala sobre o assunto: "Para o
movimento sindical esta é uma decisão muito importante, que abriu
jurisprudências para decisões semelhantes em outros casos.
A justiça do trabalho
começa a reconhecer a importância da manutenção dos sindicatos para a luta em
benefício das categorias que representam. Isso vem fortalecer o movimento
sindical, já que a primeira estratégia para enfraquecer os sindicatos tem sido a
política de não contribuir com a entidade. Todo trabalhador tem que receber
salário pra se sustentar.
Da mesma forma, qualquer empresa precisa cobrar pela
prestação de serviços. Com as entidades sindicais é a mesma coisa, o dinheiro
para sustentar o sindicato precisa vir de algum lugar. Como o sindicato é dos
trabalhadores, são os trabalhadores que precisam contribuir para a manutenção do
mesmo.
Cada trabalhador precisa saber claramente que o sindicato existe para
garantir os direitos dos trabalhadores através das Convenções Coletivas de
Trabalho que são negociadas todos os anos com os patrões.
Mil trabalhadores
juntos tem mais força pra negociar um aumento salarial, por exemplo, do que um
trabalhador sozinho.justia"
Nenhum comentário:
Postar um comentário